Senadores relatam que nunca viram Alcolumbre com "tanto ódio" de Lula com indicação ao STF
| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado/Arquivo |
Senadores e deputados que conversaram com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) afirmam que nunca viram ele com tanto "ódio" de Lula como agora, depois que o petista indicou Jorge Messias para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).
Alcolumbre tinha outro candidato, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que acabou preterido na escolha.
"Ele está virado no Satanás, nunca vi ele tão bravo", afirma um parlamentar que conversou com Alcolumbre nesta sexta (21).
Um senador de oposição relata que nunca viu "esse cara com tanto ódio, irado", e descreve que "a veia dele até saltava do pescoço" ao falar da indicação de Lula, de tão "possesso" que Alcolumbre está.
De acordo com relatos, Alcolumbre passou a mão no telefone e ligou para diversos senadores e deputados da oposição a Lula para dizer que está disposto até mesmo a "romper totalmente com o governo" caso Lula "pressione muito" a favor de Messias.
O placar, até agora, não está definido, dizem os mesmos parlamentares. Por isso, Alcolumbre estaria "jogando tudo" na tentativa de derrotar o presidente.
A bolsonaristas, ele afirmou que só perde para o governo "se vocês me traírem", ou seja, se integrantes da oposição votarem a favor de Messias. É comum que indicados para o Supremo consigam votos entre senadores de todos os partidos.Alcolumbre também tem afirmado aos parlamentares que eles têm uma chance histórica de impor uma derrota ao Executivo.
Se Messias não for aprovado, será a primeira vez em 131 anos que um indicado pelo governo para a Suprema Corte será derrotado _em 1894, cinco indicações do governo de Floriano Peixoto foram rechaçadas.
As movimentações de Alcolumbre estão sendo acompanhadas de perto pelo governo Lula.
Interlocutores do presidente e de Messias afirmam que o senador, que poderia ser parte da solução e do diálogo, está indo para um confronto bruto e terá que ser enfrentado caso se coloque como o principal problema para a aprovação da indicação.
O placar de uma disputa direta de Lula contra Alcolumbre seria apertado.
De acordo com cálculos de parlamentares que conversaram com o presidente do Senado, ele teria o voto de oito a dez senadores completamente alinhados a seus desejos. E poderia contar com 32 da oposição _caso, como insiste com parlamentares bolsonaristas, não seja traído por eles.
Com isso, chegaria aos 41 votos necessários para derrotar o governo.
A votação no Senado para indicações ao STF é secreta.
Por Mônica Bergamo, Folhapress
Cratera surge na BR-116 e interdita totalmente rodovia na Bahia
Uma cratera se abriu na manhã desta sexta-feira (21) em trecho da BR-116 na Bahia, interditando totalmente a rodovia pelo menos até segunda-feira (24).
O trecho que foi interditado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) fica no quilômetro 290 da rodovia, entre os municípios de Araci e Tucano, no interior do estado.
Conforme a PRF e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), a cratera surgiu depois de o solo no local ceder devido às fortes chuvas que atingiram a região.
Segundo o Dnit, o carreamento de material obstruiu a vazão de um bueiro existente no local e provocou o rompimento do aterro, que gerou a interdição da rodovia nos dois sentidos.
O incidente gerou o deslocamento de equipes da Defesa Civil baiana até o local, assim como de técnicos do Dnit, que atuam na definição das medidas urgentes a serem adotadas.
O bueiro já foi desobstruído e uma empresa foi acionada para fazer a recomposição do aterro e do pavimento a partir desta sexta, com previsão de liberação do trecho até segunda-feira.
Com isso, a autarquia federal orienta que os motoristas façam caminho alternativo pela BA-084, por Biritinga até Nova Soure, e pela BR-110, até Ribeira do Pombal, pegando a BR- 410 até Tucano.
Foto: prf_ba/Instagram
Homem é preso por tráfico de drogas e corrupção ativa em Iraquara
Um homem, de 40 anos, foi preso em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e corrupção ativa, na manhã de sexta-feira (21), no município de Iraquara. A prisão é resultado de uma ação conjunta entre as polícias Civil e Militar.
Os policiais localizaram o suspeito em sua residência, no Povoado Lagoa Seca, onde encontraram porções de cocaína, uma balança e materiais utilizados para o acondicionamento de entorpecentes.
A ação foi realizada por equipes da Delegacia Territorial de Iraquara, com o apoio do Grupo de Apoio Tático de Iraquara (Gatti/Diamantina) e da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe/Chapada).
Durante a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante (APF), o investigado ofereceu uma quantia em dinheiro a um investigador da unidade para que a ocorrência não fosse registrada, o que motivou um segundo APF, pelo crime de corrupção ativa. O homem passou por exames de corpo de delito e segue custodiado, à disposição do Poder Judiciário.
Fonte
Guilherme Santos/Ascom-PCBA
ACM Neto deve ter redução estratégica de partidos para 2026 e anima aliados sobre montagem de chapa proporcional; veja cenário
Entre as correções de rumo de 2022 para o novo ciclo eleitoral que se avizinha em 2026, o grupo liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), considera estratégico rever a quantidade de partidos que se aglutinam em torno da chapa majoritária, especialmente para facilitar a montagem das nominatas - chapas proporcionais de deputados estaduais e federais.
Do arco de 13 legendas de 2022, a oposição marcha agora com apenas cinco (União Brasil, PP, Republicanos, PSDB e PL), podendo chegar a oito, conforme estimam.
“Na minha opinião e na maioria da nossa bancada, não foi muito positivo. A gente perdeu até um pouco da energia para concentrar na majoritária e dispensou energia para organizar 13 legendas. Isso não se repetirá”, afirmou o deputado Luciano Simões Filho (União Brasil), um dos quadros que tradicionalmente articula a nominata do grupo.
Ele participou na última terça-feira (18) da coletiva de imprensa na sala da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), onde o deputado Cafu Barreto (PSD) falou pela primeira vez depois de ter deixado a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para se juntar a ACM Neto.
“Quando a gente diminui o número de partidos, a atenção também se focaliza melhor na composição das chapas, tanto para estadual como para federal. Existem partidos em que é mais fácil a gente mexer para deputado federal do que para deputado estadual. Então, a gente vai fazer uma composição em que a gente abre o máximo de número de cadeiras possíveis com o menor número de votos para o desempenho das vagas”, analisou Simões Filho.
Segundo ele, a tendência deve valer também para o campo governista, onde hoje as dificuldades para acomodação de pré-candidatos é mais complexa. “A gente deve ir no palanque de ACM Neto com no mínimo cinco a seis legendas, mas eu acho que não chegará nem a oito legendas. Nem a gente nem o governador de plantão”.
Isso dá ao grupo oposicionista, nas palavras dele, “pujança” para brigar por cerca de metade das cadeiras na AL-BA.
“A gente vai ter uma pujança de candidaturas entre 25 a 30 vagas aqui na Assembleia Legislativa, onde a gente vai concentrar em cinco a oito legendas somente, no máximo oito legendas, então vai dar para equilibrar bem, botando os deputados teoricamente mais votados, os médios e os mais fracos, a gente distribui isso nos partidos para dar um equilíbrio na disputa. Então, volto a dizer, a gente não repetirá aquela estratégia de 22 com 13 legendas, a gente vai concentrar o que vai facilitar a montagem da chapa proporcional”, projetou.
Tudo isso, conforme enxerga Simões Filho, terá a convergência de uma candidatura presidencial de direita com palanque na Bahia, de modo a ampliar as condições de disputa de ACM Neto.
“O cenário de 26 é um cenário diferente, a gente vai ter uma eleição muito disputada, mas a eleição nacional exercerá uma influência muito grande na disputa estadual, como sempre. E temos grandes novidades, Lula não é mais o mesmo, não tem as mesmas entregas e a centro-direita do país, a oposição ao governo Lula, vai se unir em uma única candidatura, com certeza absoluta. E isso vai se desenhar mais depois do carnaval do ano que vem”.
Moraes manda prender Alexandre Ramagem após ida aos EUA
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou a prisão do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). O parlamentar, condenado no processo da trama golpista, deixou o país e está nos EUA, de acordo com monitoramento feito pela Polícia Federal.
Durante a investigação, Moraes determinou que Ramagem entregasse todos os passaportes, nacionais e estrangeiros, e fosse proibido de sair do país.
Ramagem foi condenado pela Primeira Turma do STF a 16 anos, um mês e 15 dias de prisão, em regime inicialmente fechado. O Supremo também determinou a perda do mandato de deputado federal.
Por José Marques, Folhapress
Art. 53 da Constituição Federal, de 1988
Texto compilado
Extraído em 16/11/2025 de
Planalto
LEGISLAÇÅO
Art. 53 da Constituição Federal, de 1988
Texto compilado
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
Como os algoritmos estão decidindo o que você compra sem perceber
Você já parou para pensar que boa parte das suas escolhas de consumo não são tão espontâneas quanto parecem? Do momento em que você abre o celular para rolar o feed até a hora em que decide qual produto colocar no carrinho, há um conjunto de algoritmos trabalhando em silêncio para influenciar sua decisão. O fenômeno não é novo, mas vem se tornando cada vez mais sofisticado, transformando a forma como consumimos sem que percebamos.
O poder invisível dos algoritmos
Algoritmos são conjuntos de instruções criados para organizar informações e oferecer o que parece ser o mais relevante para você. No universo digital, isso significa analisar cada clique, curtida, comentário, busca no Google ou tempo gasto em determinada publicação. Essa coleta de dados alimenta sistemas que “aprendem” seus gostos e comportamentos, moldando o que aparece em sua tela. Assim, sem notar, você passa a ser exposto a produtos e anúncios que parecem falar diretamente com seus desejos e necessidades.
O detalhe é que essa personalização não acontece por acaso. Plataformas de e-commerce, redes sociais e até serviços de streaming utilizam inteligência artificial para prever o que você pode querer antes mesmo de perceber conscientemente. É por isso que, após pesquisar por uma viagem ou por um tênis, você é bombardeado por anúncios similares durante dias.
A psicologia por trás das recomendações
Mais do que apenas exibir produtos, os algoritmos exploram princípios psicológicos que aumentam as chances de compra. Eles utilizam gatilhos como a escassez (“últimas unidades”), a prova social (“mais vendidos”), o imediatismo (“promoção só hoje”) e até a sensação de exclusividade. O consumidor, acreditando estar tomando uma decisão racional, na verdade muitas vezes responde a estímulos cuidadosamente calculados para induzir uma ação.
Outro fator importante é o reforço constante. Se você demonstrar interesse em determinado tipo de produto, a plataforma continuará mostrando opções similares, reduzindo o esforço de escolha. Com isso, cria-se uma sensação de familiaridade que aumenta a probabilidade de conversão.
O efeito bolha de consumo
O mesmo mecanismo que personaliza sua experiência pode também restringi-la. Quando os algoritmos oferecem apenas aquilo que você já demonstrou interesse, limitam suas opções e criam uma bolha de consumo. Isso significa que você deixa de ter contato com alternativas diferentes, reforçando preferências existentes e tornando mais previsível seu comportamento.
Esse efeito não impacta apenas no que você compra, mas também em como você enxerga o mundo. Afinal, ao restringir as informações e sugestões ao que está dentro da sua “bolha de interesses”, os algoritmos moldam não só seu carrinho de compras, mas sua visão de realidade.
O comércio que se antecipa
Grandes empresas de tecnologia estão avançando ainda mais: em vez de apenas sugerir, elas começam a prever compras futuras com base no histórico de consumo. A Amazon, por exemplo, já registrou patentes para “entrega preditiva”, em que o produto seria enviado antes mesmo de você clicar em comprar, partindo da certeza estatística de que você irá adquiri-lo. Esse é um retrato claro de como a decisão de consumo pode deixar de ser genuinamente sua para se tornar apenas uma validação do que já foi projetado.
Como recuperar o controle
Embora pareça impossível escapar desse mecanismo, há formas de reduzir a influência invisível dos algoritmos. Práticas como apagar cookies regularmente, utilizar modos de navegação anônima, diversificar fontes de informação e refletir sobre cada compra ajudam a devolver parte do poder de escolha ao consumidor. Além disso, cresce a discussão sobre a necessidade de transparência e regulação dessas tecnologias, para que os usuários entendam como seus dados estão sendo usados e tenham mais autonomia sobre suas decisões. Baixar video Instagram
Conclusão
Os algoritmos vieram para facilitar a vida digital, mas seu alcance vai muito além de sugestões úteis. Eles se tornaram agentes ativos que moldam hábitos de consumo, exploram vulnerabilidades psicológicas e criam uma falsa sensação de livre escolha. Ao reconhecer essa influência, o consumidor pode desenvolver uma postura mais crítica e consciente, lembrando que nem sempre o que aparece em sua tela é fruto do acaso — e sim de um cálculo invisível que já conhece suas vontades antes mesmo de você. Fonte: Izabelly Mendes.
PF captura quatro foragidos, prende passageira por tráfico e apreende passaportes no Aeroporto de Guarulhos
Guarulhos/SP. A Polícia Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos cumpriu quatro mandados de prisão, prendeu uma passageira por tráfico internacional de drogas e apreendeu dois passaportes durante operações realizadas entre os dias 19 e 20 de novembro.
Entre quarta (19/11) e quinta-feira (20/11), quatro homens procurados pela Justiça foram capturados no controle migratório. As prisões ocorreram após alertas gerados pelos sistemas da PF. Os mandados haviam sido expedidos pela Justiça Federal e pelas Justiças dos Estados de Rondônia, São Paulo e Paraíba, em razão dos crimes de tráfico de drogas, estupro, furto e inadimplemento de pensão alimentícia. Os presos foram encaminhados aos respectivos sistemas prisionais.
No mesmo período, durante fiscalização de rotina de passageiros e documentos de viagem, policiais federais apreenderam dois passaportes brasileiros. As decisões que determinaram as apreensões foram emitidas pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná e de São Paulo. Os documentos serão enviados às respectivas autoridades trabalhistas.
Na sexta-feira (19/11), policiais federais prenderam uma passageira que embarcaria para Paris, França. Durante inspeção, foi constatado que ela transportava cápsulas contendo substância entorpecente introduzida nas cavidades corporais e no aparelho digestivo.
Devido ao elevado risco à vida da detida, ela foi conduzida ao hospital, onde permanece sob custódia hospitalar, a cargo da Polícia Penal do Estado de São Paulo, até alta médica. A passageira responderá perante a Justiça Federal pelo crime de tráfico internacional de drogas.
Comunicação Social
Delegacia Especial no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos
Cessão de território, reconstrução com dinheiro russo, central nuclear dividida: veja pontos do plano de paz de Trump na Ucrânia
Esboço do documento, que AFP teve acesso, prevê 28 pontos, entre os quais que Kiev ceda regiões de Donetsk e Luhansk à Rússia. Kremlin afirmou que Ucrânia tem pouca margem para negociar, diante de um recente avanço de tropas russas.
O plano para a Ucrânia que vem sendo elaborado pelos governos dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, prevê que Kiev cederia as regiões de Donetsk e Luhansk à Rússia, segundo um esboço do documento ao qual a agência de notícias AFP teve acesso.
Essas duas regiões, que ficam no leste da Ucrânia, seriam "reconhecidas de fato como russas, inclusive pelos Estados Unidos". A mesma categoria seria aplicada para a Crimeia, a península ucraniana ilegalmente anexada pela Rússia em 2014.
Veja, abaixo, alguns dos 28 pontos da proposta, de acordo com a AFP:
Anexação das regiões de Donetsk e Luhansk pela Rússia — que correspondetem a mais da metade do que é atualmente ocupado por tropas russas, cerca de 20% de todo o território ucraniano.
Outras duas regiões no sul da Ucrânia, as de Kherson e Zaporizhzhia, seriam divididas segundo o traçado da atual linha de frente de batalha.
A redução das Forças Armadas da Ucrânia a 600 mil efetivos — o atual é de quase 900 mil soldados, segundo o governo ucraniano.
Que Kiev inclua em sua Constituição que renuncia integrar a Otan, uma das maiores reivindicações da Rússia desde antes da guerra. Mas a Ucrânia seguiria elegível para a adesão à União Europeia;
Garantias de segurança à Ucrânia semelhantes às da Otan — ou seja, no caso de uma nova invasão, EUA e Europa enviariam tropas para defender o território ucraniano;
O compromisso da Otan em não posicionar tropas na Ucrânia e estacionar aviões na Polônia;
A reconstrução da Ucrânia financiadas com US$ 100 bilhões (cerca de R$ 533 bilhões) de ativos russos atualmente congelados por sanções;
Divisão da central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, entre Rússia e Ucrânia (leia mais abaixo).
As propostas são vistas pelos ucranianos e europeus como muito favoráveis à Rússia, e o diálogo que Trump e Putin vem travando abastecem rumores disso. Nesta sexta-feira (21), fontes das negociações disseram à agência de notícias Reuters que os EUA ameaçaram deixar de fornecer informações de inteligência e até de armas para a Ucrânia como forma de pressão.
Oficialmente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vem evitando criticar a proposta, para não criar novos atritos com Trump. Sem criticar o texto diretamente, Zelensky exigiu na quinta-feira (20) que se respeite "a soberania da Ucrânia".
Nesta sexta-feira (21), ele disse que a semana que vem será "muito difícil para a Ucrânia" — fontes da agência de notícias Reuters afirmaram Zelensky e o vice-presidente dos EUA, JD Vance, devem se reunir na próxima sexta-feira (28).
Líderes europeus, em reunião nesta sexta, afirmaram que as forças ucranianas devem permanecer capazes de defender a soberania do país, em uma referência à exigência de redução das forças ucranianas.
O presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o chanceler alemão, Friedrich Merz, fizeram uma ligação conjunta por telefone com Zelensky. Na chamada, disseram que assegurarão apoio da Europa à Ucrânia, mas também elogiaram "os esforços de Donald Trump" por buscar o fim da guerra. Também nesta sexta, o Kremlin pressionou o governo ucraniano e disse que Kiev tem pouca margem de negociação diante dos recentes avanços das tropas russas no front da guerra. O governo de Vladimir Putin ainda não se manifestou sobre o plano.
Avanço da Rússia
O plano foi apresentado no momento em que um Exército ucraniano menos numeroso e equipado luta para conter o avanço da Rússia no front — nas últimas semanas, as tropas de Moscou tem conquistado vitórias nas principais frentes de batalha abertas. E aumentado os ataques aéreos.
No terreno, a Rússia reivindicou a tomado de Kupyansk na frente oriental. O Exército de Kiev, por sua vez, negou ter perdido essa localidade-chave, que já tinha sido ocupada por Moscou em 2022, e que depois foi recuperada pelas tropas ucranianas.
O chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, garantiu que sus tropas avançavam "praticamente em todas as frentes".
"(O plano) está em processo de negociação e ainda está em revisão, mas o presidente [Trump] apoia este plano. É um bom plano tanto para a Rússia quanto para a Ucrânia, e acreditamos que deveria ser aceitável para ambas as partes", declarou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Leavitt garantiu que Washington "está dialogando tanto com uma parte quanto com a outra", desconsiderando algumas preocupações em Kiev de que plano fosse muito próximo às exigências de Moscou.
Central nuclear
O rascunho também indica que os esforços para a reconstrução empreendidos pelos Estados Unidos sejam financiados com os US$ 100 bilhões (cerca de R$ 533 bilhões) provenientes de ativos russos atualmente congelados.
A central nuclear de Zaporizhzhia seria reativada sob a supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e sua produção de eletricidade se dividiria em 50% para a Ucrânia e 50% para a Rúsia
Por Redação g1
'Fraco', 'furos inaceitáveis', traição à ciência': especialistas e organizações criticam rascunhos de textos da COP30
O texto frustrou organizações e ativistas por não incluir políticas para redução do uso combustíveis fósseis.
A divulgação dos rascunhos da COP30 nesta sexta-feira (21) gerou repercussão entre organizações, especialistas e governos que defendiam textos mais ambiciosos.
Desde o início da cúpula, o governo vinha articulando a criação de um “mutirão global” que incluísse o mapa do caminho — um roteiro para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. O tema, porém, nunca entrou oficialmente na agenda da conferência, diante da resistência de alguns blocos de países.
Os rascunhos, ou drafts, são versões intermediárias dos textos, produzidas à medida que as discussões avançam.
Ainda na noite de quinta-feira (20), mais de 30 países já haviam se pronunciado pressionando a Presidência da COP30 ao afirmar que não apoiariam um texto final da Cúpula que deixe de fora um mapa do caminho de transição global para longe dos combustíveis fósseis.
No documento, países como Colômbia, França, Reino Unido, Alemanha e outros afirmam que “não podem apoiar um resultado que não inclua um mapa do caminho justo, ordenado e equitativo para deixar os combustíveis fósseis para trás”.
Veja abaixo o que disseram organizações e especialistas sobre o texto
Observatório do clima
O Observatório do Clima chamou o “Pacote de Belém”, como são chamados os rascunhos, de "desequilibrado e com furos inaceitáveis", criticando a ausência de um roteiro para abandonar os combustíveis fósseis.
Apesar de reconhecer avanços como o triplo financiamento para adaptação e a criação de um mecanismo de transição justa, a entidade afirma que as causas da crise climática foram ignoradas e alerta que a COP30 não será bem-sucedida se os desequilíbrios persistirem no documento.
Greenpeace
A diretora executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali, afirmou que as metas de emissão para 2035 estão muito aquém do esperado e que o texto da Decisão Mutirão é praticamente inútil, pois contribui muito pouco para reduzir a lacuna de ambição de 1,5°C e para pressionar os países a acelerarem suas ações.
"Não há outra opção senão os países rejeitá-lo e devolvê-lo à presidência para revisão", disse.
Apesar de reconhecer um pequeno avanço com o Mecanismo de Transição Justa, o Greenpeace avalia que o financiamento climático segue frágil, com promessas insuficientes e sem mecanismos concretos para apoiar os países mais vulneráveis.
Irene Vélez Torres, ministra do Meio Ambiente da Colômbia
"Tivemos uma grande decepção ao conhecer o texto, já que ele exclui dois temas muito relevantes para o sul global: o roteiro de eliminação progressiva de combustíveis fósseis e um mecanismo de transparência do financiamento para os países do Sul".
Tratado sobre Combustíveis Fósseis
A Iniciativa do Tratado sobre Combustíveis Fósseis também criticou o texto. Segundo o movimento, as medidas propostas pelo rascunho são insuficientes considerando o impacto que as mudanças climáticas já exercem sobre milhões de pessoas em todo o mundo.
"A falta de um plano concreto para lidar com a produção de carvão, petróleo e gás só aumenta a urgência de um Tratado sobre Combustíveis Fósseis", disse o presidente do movimento, Kumi Naidoo.
Instituto Talanoa
Para Caio Victor Vieira, especialista em Políticas Climáticas do Talanoa, apesar de “balanceado”, o texto teve perdas importantes de linguagem e ambição, principalmente relacionado aos combustíveis fósseis.
"Infelizmente não possui mais ali uma linguagem sobre o abandono dos combustíveis fósseis, mas sim diversas considerações sobre como é importante impulsionar e implementar mais rápido projetos de economia de energia limpa renovável de maneira justa e equitativa", diz.
Já a presidente da organização, Natalie Unterstell, chamou o rascunho de "fraco e vago". Ela afirma que o texto do Mutirão cria “salas de espera” para temas centrais como transição, financiamento e adaptação.
"Não há linguagem sobre combustíveis fósseis, não há uma direta relação com o parágrafo 28. Então é um rascunho fraco, é um rascunho nesse momento que faz, digamos, ambição por subtração", afirma.
Pavilhão de Ciência Planetária
O grupo de cientistas, incluindo Carlos Nobre, Thelma Krug e Johan Rockström, criticou a ausência de menção aos combustíveis fósseis no novo texto e afirmou que se trata de “uma traição à ciência e às pessoas mais vulneráveis”.
“É impossível limitar o aquecimento a níveis que protejam as pessoas e a vida sem eliminar gradualmente os combustíveis fósseis e acabar com o desmatamento. Nessas últimas horas, os negociadores devem trabalhar juntos para recolocar no texto os roteiros para um futuro mais seguro e próspero. A ciência está aqui para ajudar”, diz a nota.
O pesquisador do clima, Carlos Nobre, disse à Globonews que está torcendo para que essa versão seja apenas preliminar e que os textos oficiais incluam a importância de zerar os combustíveis fósseis: "É inaceitável", afirmou.
Por Redação g1
PM apreende drogas em Vitória da Conquista
Na manhã de quinta-feira (20), policiais militares da Companhia Independente de Polícia Rodoviária (CIPRv/Brumado), apreenderam uma mala com drogas, na BA-263, em Vitória da Conquista. Durante abordagem a um ônibus de transporte interestadual, foi encontrada no bagageiro do veículo coletivo, uma mala contendo onze tabletes de cocaína e um tablete de crack.
Todo o material foi apresentado na Delegacia de Vitória da Conquista, onde a ocorrência foi registrada.
Fonte: CIPRv/Brumado
Messias inicia ofensiva no Senado para garantir aprovação ao STF e aposta em apoio evangélico
Com a indicação oficial ao Supremo Tribunal Federal, o advogado-geral da União, Jorge Messias, inicia uma operação política para garantir os 41 votos necessários no Senado. A articulação será conduzida pelo senador Jaques Wagner (PT-BA), que já começou a organizar encontros com parlamentares de diferentes bancadas. Messias também pretende procurar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que demonstrou desconforto com a escolha, além de Rodrigo Pacheco, preterido por Lula. A informação é do jornal "O Globo".
A preocupação do governo aumentou após a apertada recondução de Paulo Gonet à PGR, o que acendeu o alerta para possíveis surpresas na votação secreta. Para ampliar apoios, especialmente entre a oposição, Messias deve explorar seu perfil religioso: evangélico e com participação ativa em eventos cristãos, ele contará com a ajuda da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que fará a ponte com a bancada feminina e com senadores evangélicos. O governo aposta nesse diálogo para reduzir resistências entre parlamentares que veem o PT com desconfiança.
A estratégia é apresentar Messias como um jurista técnico, moderado e conciliador, capaz de manter a independência do Supremo sem romper com o Executivo. Essa será a terceira indicação de Lula ao STF e representa uma tentativa de fortalecer a influência do governo na Corte, além de aproximar o presidente do eleitorado evangélico. Apesar das dificuldades previstas, o Planalto acredita que a combinação de articulação política intensa, discurso cristão e reputação jurídica sólida pode garantir a aprovação do indicado.
'Estou feliz', diz Lula sobre decisão de Trump de reduzir tarifas de produtos do Brasil
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita ao Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, com o Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. São Paulo (SP)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 20, que está feliz após o presidente Donald Trump anunciar o corte das tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros, como café, carne e frutas.
As declarações foram dadas durante participação na abertura oficial do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. Lula estava acompanhada da primeira-dama Janja Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e dos titulares da Fazenda, Fernando Haddad, e da Justiça, Ricardo Lewandowski.
"Hoje estou feliz, pois o presidente Trump já começou a reduzir algumas taxações que eles tiNham feito em alguns produtos brasileiros. E essas coisas vão acontecer na medida em que a gente consiga galgar respeito das pessoas. Ninguém respeita quem não se respeita. ninguém", disse Lula.
Antes, ele afirmou que "quando o presidente dos EUA tomou a decisão de fazer supertaxação no mundo inteiro, todo mundo entra em crise. todo mundo fica nervoso". "E eu não costumo tomar decisão quando estou com 39ºC graus de febre", afirmou Lula.
Por Ricardo Corrêa, Estadão Conteúdo
Indicação de Messias ao STF estremece relação do governo com Senado
A indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) deve estremecer a relação do governo com o Senado, principal fonte de governabilidade de Lula (PT) neste mandato até o momento.
O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e uma parcela dos parlamentares preferia que o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tivesse sido indicado. A interlocutores, após oficializada a decisão de Lula, Alcolumbre demonstrou insatisfação.
Havia expectativa de que o presidente telefonasse para informá-lo antes de a notícia tornar-se pública, o que não ocorreu, de acordo com a assessoria de imprensa de Alcolumbre.
Horas após a indicação de Messias, o presidente do Senado anunciou que levará ao plenário na próxima semana um projeto com potencial de impacto de bilhões de reais para as contas públicas, sobre a aposentadoria especial dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias.
Alcolumbre já indicou que não deve trabalhar pela aprovação do nome do advogado geral para a vaga no Supremo. Messias, por sua vez, recebeu o apoio público do ministro André Mendonça, indicado ao STF por Jair Bolsonaro.
Primeiro integrante da corte a cumprimentá-lo publicamente pela indicação, ele disse que ajudará o chefe da AGU (Advocacia-Geral da União) no diálogo com senadores.
O desgaste da gestão petista com o Senado atinge especialmente o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT). Tanto pelo cargo que ocupa quanto por ser amigo de Lula há décadas, Wagner é um dos principais canais de comunicação entre o Palácio do Planalto e a cúpula da Casa. Ele também é um dos maiores defensores da indicação de Messias para o STF. O advogado-geral da União trabalhou em seu gabinete no passado.
Além da discordância sobre a indicação, Alcolumbre ficou incomodado com uma fala proferida por Wagner à imprensa. O líder do governo expôs que o presidente do Senado, em conversa com Lula, tinha demonstrado preferência por Pacheco –e que o chefe do governo federal estava decidido por Messias.
Senadores próximos de Alcolumbre relatam que ele chegou a deixar de atender a telefonemas de Wagner.
A Folha tentou contato com o líder do governo e com o presidente do Senado, mas não obteve resposta.
A preferência de Lula por Messias é de conhecimento do mundo político há semanas, mas ganhou ainda mais relevância na segunda-feira (17). Naquele dia, o presidente da República teve uma conversa final com Rodrigo Pacheco e o informou que escolhera outro nome para a indicação ao STF, como revelou a colunista Mônica Bergamo, da Folha.
Na terça-feira, Alcolumbre demonstrou seu descontentamento publicamente pela primeira vez. "Tem que esperar [a indicação para o STF chegar ao Senado], fazer o quê? Se eu pudesse, eu fazia a indicação", disse a jornalistas.
A tensão entre governo e Senado causada pela indicação de Messias ainda pode aumentar. Líderes de bancada têm demonstrado, nos bastidores, disposição para insistir no nome de Pacheco. O ex-presidente do Senado é o nome favorito da maioria da Casa, não só de Alcolumbre.
Lula, por sua vez, não abre mão de Messias. Ele julga a escolha uma prerrogativa da Presidência da República que não deve estar sujeita a pressões externas.
A indicação cabe a Lula, mas seu escolhido só assumirá o posto de ministro do STF se houver aprovação do Senado. Primeiro, ele deve ser sabatinado e aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
E, depois, são necessários ao menos 41 votos favoráveis no plenário da Casa. O voto é secreto.
A última vez que os senadores rejeitaram a indicação de um presidente da República para a corte ocorreu no final do século 19.
Na última semana, a votação apertada que os senadores deram a favor da recondução de Paulo Gonet como procurador-geral da República foi interpretada por políticos e ministros do STF como um recado a Lula sobre a indicação de Messias. Gonet teve 45 votos, só 4 a mais do que precisava. Foi o placar mais apertado para um procurador-geral desde a redemocratização, nos anos 1980.
A avaliação no Senado é que Gonet correu risco de ser rejeitado, apesar de ser benquisto pela maioria dos senadores. Pesou contra ele a atuação para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como líder da trama golpista que tentou impedir a presidência de Lula.
Gonet foi aprovado depois de uma mobilização de líderes da Casa. Alcolumbre foi decisivo para garantir o mínimo de votos necessários para o PGR obter mais dois anos de mandato, mas indicou que não deve adotar a mesma conduta com Messias.
Apesar disso, o líder do PT na Casa minimizou o placar. "Havia um grupo forte de oposição a ele [Gonet] pelo fato de ele ter feito a denúncia ao ex-presidente da República. No caso do Messias, não vejo ele arestado com nenhum segmento aqui dentro do Senado", afirmou Wagner.
'Novo Dino' e apoio do Republicanos
Além da preferência por Pacheco, pesa contra Messias o receio de senadores de que ele se torne um "novo Flávio Dino", como alguns políticos dizem reservadamente.
Dino também foi uma escolha pessoal de Lula. Uma vez no cargo, o ministro passou a dar decisões que fiscalizam emendas parlamentares e restringem seu uso. A atitude revoltou senadores e deputados, que têm nesse mecanismo a principal forma para enviar recursos públicos para obras em suas bases eleitorais.
A vaga no STF foi aberta depois de o agora ex-ministro Luís Roberto Barroso antecipar sua aposentadoria. Ele poderia ficar no tribunal até os 75 anos, mas decidiu deixar o posto com 67, após de concluir seu mandato como presidente da Corte.
A indicação de Messias foi celebrada por petistas, criticada por bolsonaristas, e defendida por alguns integrantes do centrão.
"No processo de apreciação de seu nome pelo Senado Federal, o ministro Messias terá oportunidade de comprovar sua qualificação para a mais alta corte do país, demonstrada à frente da AGU e ao longo de sua carreira no campo do Direito e da Administração Pública", disse a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).
Já o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que a indicação "reforça o compromisso com a defesa da Constituição, o fortalecimento da Democracia e a estabilidade das instituições brasileiras".
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido de Jair Bolsonaro na Câmara, disse que, se o Senado aprovar o AGU, "serão mais 30 anos de um esquerdista petista, julgando e atrasando o Brasil com seus valores de esquerda".
"O fato de ser evangélico não é escudo: o Evangelho prega justiça, não perseguição e seletividade. STF exige independência, não mais partidarismo", afirmou o senador Jorge Seif (PL-SC).
O líder do Republicanos na Casa, Mecias de Jesus (RR), por sua vez, disse defender Messias por sua competência, sólida formação, e por ser alguém que preserva valores com os quais comunga, como a defesa da família e dos princípios cristãos. "Sua qualificação técnica supera debates ideológicos", afirmou.
Por Caio Spechoto, Marianna Holanda e Victoria Azevedo/Folhapress
PF, IBAMA, ICMBio, EB, PRF e CENSIPAM intensificam combate ao garimpo ilegal na divisa Brasil–Colômbia
Manaus-AM. A Polícia Federal, a Polícia Nacional da Colômbia (PNC), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Exercito Brasileiro (EB), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) deflagraram entre os dias 11 e 19 de novembro, a Operação Fronteira Dourada, voltada ao enfrentamento do garimpo ilegal na região do Rio Puruê (lado brasileiro) e Rio Purê (lado colombiano), área de intensa pressão criminosa em plena Amazônia.
A ação é coordenada pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI-Amazônia) e tem atuação simultânea e articulada com a Polícia Nacional da Colômbia (PNC), reforçando o caráter binacional da operação.
A operação, além de seu impacto direto no enfrentamento ao garimpo ilegal, representa um marco relevante no contexto da COP30, ao evidenciar o compromisso do Brasil e de seus parceiros internacionais com a proteção da Amazônia, o fortalecimento da cooperação transfronteiriça e a defesa do meio ambiente.
Entre 14 e 17 de novembro, no lado brasileiro, e entre 18 e 19 de novembro, no lado colombiano, as equipes consolidaram a inutilização de 14 dragas, seis rebocadores, duas balsas de combustível, uma retroescavadeira, 48 motores, 7.800 litros de diesel, 25 botijões de gás, três cilindros de oxigênio, um gerador, dois recipientes de fluido hidráulico (20 L), 32 galões de óleo 15W40 (20 L), 178 litros de gasolina e quatro frascos de mercúrio. O prejuízo total estimado ao garimpo ilegal é de mais de R$ 112 milhões.
A iniciativa tem como finalidade desarticular estruturas de mineração ilegal de ouro, responsáveis por graves danos socioambientais, contaminação de rios e financiamento de organizações criminosas. As equipes atuam em áreas remotas da fronteira, empregando aeronaves, embarcações e equipes táticas especializadas para localizar, inutilizar equipamentos e interromper a cadeia logística do garimpo.
Assim como em operações anteriores conduzidas pelo CCPI-Amazônia, a Fronteira Dourada integra estratégias de inteligência, repressão e proteção ambiental, reforçando o compromisso das instituições com o enfrentamento ao avanço da mineração ilegal na região amazônica.
Comunicação Social da Polícia Federal no Amazonas
PF intercepta venda clandestina de diamantes e prende quatro pessoas em flagrante em Rondônia
Grupo foi surpreendido durante negociação ilegal de pedras preciosas na zona rural de Espigão D’Oeste/RO
Espigão D’Oeste/RO. A Polícia Federal prendeu quatro pessoas em flagrante, nesta quarta-feira (19/11), durante ação de inteligência que identificou uma negociação clandestina de diamantes na zona rural do município.
Os policiais monitoravam a atividade suspeita e realizaram a intervenção no momento em que os envolvidos efetuavam a venda ilegal das pedras preciosas. Na abordagem, foram apreendidos diamantes brutos, aparelhos celulares e outros materiais que auxiliarão na investigação.
As primeiras apurações indicam que o grupo atuava na extração, comercialização e transporte irregular de minerais valiosos, sem qualquer autorização dos órgãos competentes, o que caracteriza exploração ilícita de recursos minerais da União, além de possível associação criminosa.
Os presos foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal em Ji-Paraná/RO, onde foram adotados os procedimentos de polícia judiciária. As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos e esclarecer a extensão da atividade ilegal.
Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia
Após incêndio, ONU diz que local da COP agora é responsabilidade do Brasil
O espaço da Blue Zone atingido por um incêndio nesta quinta-feira (20) deixa de ser responsabilidade da ONU e passa a ser responsabilidade do governo brasileiro, segundo nota enviada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC, na sigla em inglês).
O braço da ONU dedicado às mudanças climáticas esclareceu que a evacuação da área foi ordenada pelo chefe do Corpo de Bombeiros do Pará, que deve realizar uma verificação completa de segurança do local e trazer atualizações sobre o incidente. Ainda não foi confirmada a causa do incêndio.
"Observe que o local agora está sob a autoridade do país anfitrião e não é mais considerado Blue Zone", diz a nota. Antes do incidente, a seguranças da área de acesso restrito da COP ficava sob responsabilidade da ONU.
O fogo teve início na tarde desta quinta-feira em um dos estandes da Blue Zone da COP30. O incidente causou correria na área de acesso restrito, dedicada às negociações oficiais entre os países, e o local foi evacuado pela equipe de segurança. Segundo a organização da COP30, não há feridos.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, disse que a organização da COP vai dar um parecer sobre a retomada das negociações e se os participantes poderão voltar à Blue Zone ainda nesta quinta ou apenas na sexta-feira (21).
Fernanda Pinotti, da CNN Brasil
Messias agradece orações e manifestações para indicação ao STF e promete retribuir confiança
O ministro da AGU (Advocacia-Geral da União) Jorge Messias agradeceu nesta quinta (20) a indicação do presidente Lula para ocupar uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) e as orações e manifestações de apoio recebidas, e afirmou que retribuirá com "dedicação, integridade e zelo institucional".
"Uma vez aprovado pelo Senado, comprometo-me a retribuir essa confiança com dedicação, integridade e zelo institucional", disse nas redes sociais Messias, que é evangélico.
O chefe da AGU se reuniu com o presidente na manhã desta quarta (20) no Palácio da Alvorada, em Brasília, antes de Lula viajar para agenda em São Paulo. Ele foi indicado para vaga aberta com a saída do ministro Luís Roberto Barroso.
Alvo de resistência do Senado, que preferia a indicação do ex-presidente da Casa Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Messias afirmou ainda nas redes sociais que buscará demonstrar aos senadores que possui os "requisitos constitucionais necessários ao exercício desta elevada missão de Estado".
"Reafirmo meu compromisso com a Constituição da República, com o Estado democrático de Direito e com a Justiça brasileira, em especial, com os relevantes deveres e responsabilidades da magistratura nacional", escreveu.
A decisão de Lula em indicar Messias contraria uma ala importante da corte, composta pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino e Alexandre de Moraes, e também o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Alcolumbre tinha demonstrado preferência pelo nome de Pacheco, um de seus aliados mais próximos.
Cabe ao Senado aprovar a indicação do presidente para o STF, e para isso é necessário o apoio mínimo de 41 dos 81 senadores, em votação secreta. Integrantes do governo reconhecem que o nome de Messias enfrenta resistências no Senado, mas dizem acreditar que agora, já oficializada a indicação, começarão as conversas individuais com os parlamentares.
O presidente da República também se pronunciou nas redes sociais nesta quarta após a oficialização da indicação e compartilhou uma foto ao lado do aliado. "Faço essa indicação na certeza de que Messias seguirá cumprindo seu papel na defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito no STF, como tem feito em toda a sua vida pública", escreveu.
Por Victoria Azevedo, Folhapress
Tarcísio lá e Neto cá, a opção mais provável da oposição em 2026, por Raul Monteiro*
Nome preferido do Centrão e da Faria Lima, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já avisou aos mais próximos que está disposto a aceitar o desafio de sair candidato à Presidência da República em 2026. Só depende, no entanto, de um acerto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo qual obtenha a certeza de que nenhum de seus filhos ou mesmo sua mulher estejam dispostos a entrar na disputa. Tarcísio sabe que assumirá uma batalha perigosíssima e não quer correr o risco de ser abatido dentro do mesmo campo ideológico depois de se afastar de um governo para o qual sua reeleição é considerada garantida.
Se Bolsonaro conseguirá segurar o ímpeto de sua família intempestiva são outros quinhentos. Mas deve estar bastante apreensivo com a iminência de ser mandado para a Papuda e não poder contar com um presidente que lhe conceda a salvação de um indulto, hipótese na qual definitivamente não poderá apostar caso Lula (PT) se reeleja ao comando do país. A mensagem de que Tarcísio tenciona sair candidato à Presidência chegou a um endereço na Bahia: o do ex-prefeito ACM Neto, do União Brasil, principal liderança das oposições ao PT baiano, que vem se manifestando disposto a concorrer pela segunda vez ao governo do Estado.
Com efeito, Neto tem admitido aos aliados que é candidato a governador, desde que tenha um presidenciável para chamar de seu, time integrado, além de Tarcísio, pelos governadores Ronaldo Caiado (UB), de Goiás, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ratinho Jr. (PSD), do Paraná. É o governador de São Paulo, no entanto, aquele que mais o encanta por ser exatamente a figura capaz de unificar todas as demais forças oposicionistas em torno de si contra o projeto de reeleição de Lula. Tarcísio governa o Estado economicamente mais poderoso da Federação e conseguiu construir a imagem de quadro mais forte entre os nomes que se apresentam para a tarefa.
Depende, entretanto, de um empurrão do bolsonarismo se quiser se viabilizar eleitoralmente, do que seu entendimento com Bolsonaro - passando pelo controle que o ex-presidente possa exercer sobre a própria família - é simplesmente fundamental. Ao buscar associar seu nome ao de um candidato à Presidência Neto tenta escapar de uma quase maldição política muito conhecida na Bahia: aquela pela qual um candidato ao governo só se viabiliza no Estado se conseguir obter um apoio de peso para alavancá-lo, condição com a qual os petista contam desde que o hoje senador Jaques Wagner se elegeu governador tendo Lula como candidato à reeleição.
A ausência do link com a sucessão nacional foi talvez o principal empecilho enfrentado pelo ex-prefeito de Salvador na sucessão de 2022. Sem admiração pela figura bizarra de Bolsonaro e tido como opção de voto de muitos petistas na Bahia, Neto negou-se a atrelar-se a ele, contrariando sua própria base, para a qual a associação entre os dois seria a única forma de vencer o governador Jerônimo Rodrigues, candidato de Lula no Estado. O tempo passou e o país tem inúmeros candidatos hoje com perfil qualitativo muito superior ao do ex-presidente com os quais Neto pode interagir para mudar o resultado eleitoral na Bahia no ano que vem.
*Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.
Por Raul Monteiro*
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