Entrevista: Marcel Hohlenwerger – Diretor Geral da Maré Comunicação
“Entendemos a capital como o espelho do interior e vice-versa. Essa fusão nos permite enriquecer a cada dia os nossos projetos, visando conteúdos de alto grau de pertencimento e valorização da nossa Bahia. “
MH: Vejo claramente como um papel de protagonismo. A nossa história é a nossa identidade, e o interior representa as raízes do nosso estado. Muito do que se vê na capital é fruto do interior, e essa interlocução pode e deve ser crescente. Penso ser essencial preservar e valorizar a riqueza histórica e cultural de cada território presente no interior baiano, com suas diversidades, particularidades e vocações.
Em Ipiaú, por exemplo, a produção cultural é latente, desde a criação até os criadores: compositores musicais (estou incluso), escritores, artistas plásticos, teatro, cinema, culinária, grupos de identidade, arquitetura, atividades ancestrais e festejos tradicionais. Todo esse movimento gira em torno de uma cultura enraizada.
Assim como Ipiaú, as cidades do Território Médio Rio das Contas também têm suas nuances culturais. Em Ibirataia, por exemplo, temos o “metro quadrado mais criativo do mundo”, onde se destaca a produção de artesanato. É assim em toda a região, e as cidades precisam criar condições de protagonismo, cumprindo um papel fundamental na valorização e difusão da nossa produção cultural.
A nossa agência, Maré Comunicação, tem feito a sua parte, identificando cada ponto, desenhando e personalizando ao inserir esses conteúdos identitários nos materiais publicitários. Com isso, repassamos pertencimento e ecoamos esses valores através dos trabalhos de comunicação, atuando como vetor da economia criativa da nossa região na vertente da publicidade, das mídias, do audiovisual, da criação, do planejamento, da redação e do design, até o trabalho publicitário de eventos.
ABMP: Salvador é vista como uma capital cultural do Brasil. Como essa força criativa da capital influencia os projetos da Maré Comunicação e de outras iniciativas no interior do estado?
MH: A cultura da capital é inspiradora. Salvador é uma cidade miscigenada e, para mim, é a que mais representa a essência do nosso país, pela pluralidade e diversidade de seu povo, dos locais históricos e culturais.
Portanto, a capital influencia diretamente os trabalhos da Maré Comunicação em todos os aspectos estéticos e de linguagem que reforçam a nossa identidade.
A Maré Comunicação se debruça constantemente no estudo dessas expressões e das linguagens presentes na capital e no estado, sobretudo para personalizar os trabalhos, criando conteúdos de identificação, empoderamento e autoestima.
Entendemos a capital como o espelho do interior e vice-versa. Essa fusão nos permite enriquecer a cada dia os nossos projetos, visando conteúdos de alto grau de pertencimento e valorização da nossa Bahia. Afinal, nossa história começou a ser contada pelo interior.
ABMP: O
mercado publicitário na Bahia vem crescendo com iniciativas como o
Scream Festival. Como você avalia a importância desses eventos para o
desenvolvimento do setor no estado? E como eles dialogam com esse
público mais jovem?
MH: Eu participei de uma edição do Scream e achei fantástica a iniciativa. É de suma importância que eventos como este tenham vida longa na Bahia, pois proporcionam conhecimento, troca de experiências e interação entre os participantes, num intercâmbio fluido de vivências que estimulam o movimento do mercado e criam uma base referencial para a juventude que está chegando. Para nós, um pouco mais veteranos, é também um momento de aprendizado e conectividade com o novo.
Penso que o Scream representa também o ato de retroalimentar e atualizar o nosso mercado, que está a cada dia mais desafiador e repleto de constantes transformações.
ABMP: Em sua opinião, qual é o impacto social da comunicação voltada para a valorização da cultura local?
MH: O reconhecimento. Este único conceito se desdobra em vertentes indispensáveis para a construção de uma sociedade.
É ter a noção de quem somos, onde estamos e para onde vamos. Esse autoconhecimento determina a percepção dos valores endêmicos do nosso estado, que, por sua vez, derivam da nossa própria essência e identidade. A partir daí, emergem impactos relacionados à integração, à inclusão, ao respeito à diversidade e às inúmeras manifestações culturais.
A comunicação faz fluir a construção da identidade, dá voz a quem precisa ser ouvido e, acima de tudo, mostra e reforça aquilo que temos de mais precioso: a nossa cultura. Ela, sim, é a verdadeira herança da nossa sociedade.
ABMP: Para você, qual é o papel das empresas de comunicação na construção de um mercado cultural mais sustentável e inclusivo?
MH: Mergulhar cada vez mais fundo na nossa história, nas experiências ao longo dos anos, tendo tato e um olhar atencioso para o novo.
Acredito que a sustentabilidade e a inclusão têm a ver com olhar para dentro. Têm a ver com a valorização das nossas riquezas e o estímulo à criação de condições de protagonismo individual para a formação de uma estrutura coletiva.
As empresas de comunicação têm esse poder de influenciar coletivamente e, por isso, penso que fomentar a consciência individual é importante para fortalecer a consciência coletiva.
É um trabalho de formiguinha, mas deve ser um propósito de vida de todos nós. O mais importante agora é a união, a interação entre os setores e as empresas, sabendo que, unidas, uma ajudando a outra, podemos muito mais.
ABMP: Como nova associada da ABMP, quais são suas expectativas em relação à troca de experiências e à conexão com outros profissionais e empresas do mercado publicitário baiano?
MH: A consolidação da união entre todos os atores do meio e a continuidade dessa troca de experiências são determinantes para o fortalecimento do mercado publicitário.
Muito já se avançou, mas temos muita estrada pela frente. Estamos em um mundo em constantes transformações, inclusive tecnológicas, que precisamos acompanhar. Mas também temos problemas históricos e paradigmas a serem quebrados.
Uma das maiores expectativas dessa troca é poder aproximar mais as demandas e necessidades do interior, criando soluções que vão gerar desenvolvimento para os territórios – sejam eles econômicos, sociais e/ou culturais.
O mercado da capital não é o mesmo do interior, e cada região tem suas especificidades sociais e culturais.
A ABMP é uma instituição consagrada que tem esse papel, e sempre é possível avançar mais nas relações e na capacidade de personalização do tratamento em cada localidade, rumo a um mercado cada vez mais forte, justo e respeitado.
Sabemos que esta importante instituição, juntamente com o Sinapro Bahia e outras entidades, contribuirá ainda mais para dar voz e evidência ao potencial do interior baiano.
Estamos juntos e felizes por iniciarmos essa parceria!
Acompanhado por ACM Neto e Bruno Reis, Flávio Matos vota em colégio de Camaçari
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Diversos políticos prestigiaram a votação de Flávio Matos em Camaçari |
Depois de levar a disputa para o segundo turno pela primeira vez na história de Camaçari, o candidato se mostrou confiante na vitória. “O sentimento nas ruas é de esperança, o povo não quer o retrocesso, não confia em um grupo que passou toda a campanha oprimindo as pessoas, criando pânico na cidade. Nós vamos vencer essa eleição e vamos viver um novo futuro de grandes avanços e vamos governar ouvindo o povo e servindo à população”.
A candidata a vice-prefeita Professora Angélica (PP) votou também nesta manhã, no distrito de Vila de Abrantes, na orla do município.
Deputados aproveitam janela partidária para firmar alianças nos municípios
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Em outubro, brasileiros elegem vereadores e prefeitos |
Esse período, que começou no dia sete de março, é conhecido como janela partidária. A regra foi regulamentada pela Reforma Eleitoral de 2015 (Lei 13.165/15). A janela é um intervalo de 30 dias, aberto apenas nos anos eleitorais, em que os detentores de mandatos obtidos em eleições proporcionais, como é o caso dos vereadores, podem mudar de partido sem perder o cargo que ocupam.
Também são definidos por eleições proporcionais os cargos de deputados distritais, estaduais e federais, mas como o pleito deste ano é municipal, apenas os vereadores serão beneficiados por essa janela.
Esta última semana de prazo para a troca de partidos esvaziou a Câmara. Não foram marcadas sessões de votação. O consultor legislativo Márcio Rabat comenta a importância de os deputados federais participarem das negociações políticas em seus municípios. “As eleições são sempre um momento muito importante da representação política e uma das funções principais do representante é fortalecer o seu grupo político porque só assim suas propostas vão pra frente”, ressaltou.
O deputado Giovani Cherini (PL-RS), vice-líder de seu partido na Câmara, também defende a importância da presença dos deputados nesse período. "O papel dos deputados federais nas eleições de 2024 é fundamental no sentido de fazer a base. O vereador é a base da pirâmide política e nós temos que visitar os municípios, encontrar as pessoas e construir os partidos políticos. O deputado federal e os deputados estaduais são fundamentais nesse processo".
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), vice-líder da federação PT-PCdoB-PV na Câmara, destacou que, agora, são estabelecidos os alicerces para as eleições gerais de 2026. "O papel dos parlamentares é fazer o diálogo com as lideranças em cada município do Brasil. É um processo cansativo, é um processo exaustivo, mas ao mesmo tempo é um processo onde renovam-se opiniões, onde estabelecem-se acordos e pactuações para as eleições municipais e garante-se a construção do preâmbulo, do alicerce para as eleições parlamentares e majoritárias daqui a dois anos."
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No dia 16 de agosto começa a propaganda eleitoral |
A janela foi criada como uma solução depois de decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal e estabeleceu que, no caso dos cargos obtidos em eleições proporcionais, o mandato pertence ao partido. Assim, fazendo a troca de legenda, fora da janela, o deputado ou vereador perde o mandato.
O consultor legislativo Márcio Rabat explica que, depois dessa decisão, foi preciso achar uma saída, pois uma das possibilidades para que o político não perdesse o mandato, de acordo com a nova regra, era a criação de uma nova legenda. “Quem estava desconfortável em seu partido precisava de uma saída e foram criados muitos partidos novos, que já começavam com uma certa força de bancada e isso foi fundamental para uma retomada da fragmentação partidária. Em um determinado momento, o próprio Congresso percebeu que não teria como se contrapor à decisão do Supremo Tribunal Federal, mas precisaria mudar regras.”
Existem ainda outras duas situações que permitem a mudança de legenda com justa causa, sem a perda do mandato: desvio do programa partidário ou grave discriminação pessoal.
Reportagem - Paula Moraes
Edição - Geórgia Moraes
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Por Agência Brasil - Rio de Janeiro
Por motivo de força Maior o Programa Alerta Cidade não realizará a entrevista anunciada com o Deputado Capitão Alden Nesta Terça-Feira.
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Foto: Ascom/Deputado Estadual Capitão Alden (PSL) |
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