Lula (46%) e Bolsonaro (43%) lideram rejeição; índice de Tarcísio é de 15%, diz Datafolha

O presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão tecnicamente empatados como líderes em rejeição entre os presidenciáveis citados em pesquisa Datafolha, realizada na terça (10) e quarta-feira (11).

Lula aparece numericamente à frente de todos os outros candidatos, com 46% dos entrevistados dizendo que não votariam de jeito nenhum no político no primeiro turno das eleições para presidente em 2026. Por sua vez, Jair Bolsonaro, atualmente inelegível até 2030 e réu no STF (Supremo Tribunal Federal) pela acusação de liderar uma trama golpista no final de 2022, aparece com 43% de rejeição.

A diferença entre os dois, portanto, está dentro da margem de erro para o total da amostra, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O Datafolha entrevistou 2.004 eleitores em 136 cidades.

Todos os familiares de Jair Bolsonaro citados no levantamento apresentam índices de rejeição acima de 30%: 32% dizem não votar de jeito nenhum no deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), 31% rejeitam Flávio, atual senador pelo PL do Rio de Janeiro, e 30%, Michelle, ex-primeira-dama.

Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, aparece com 29% de rejeição, seguido pelos governadores do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), com 19%, de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 18%, de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 15%, e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 15%.

O presidente Lula apresenta rejeição maior que Jair Bolsonaro entre os homens, com 49% de rejeição contra 39% do político do PL. Entre as mulheres, importante segmento para o petista, a rejeição do presidente é de 44%, frente a 46% de Bolsonaro. A margem de erro máxima por gênero é de 3 pontos percentuais.

Por idade, a rejeição de Lula é numericamente menor entre os mais jovens, mas no mesmo patamar da de Bolsonaro.

Entre eleitores desse grupo, de 16 a 24 anos, o petista tem rejeição de 41%, contra 40% de Bolsonaro.

A maior distância entre os políticos, com maior vantagem para Bolsonaro, aparece entre as faixas etárias de 25 a 34 e 35 a 44 anos. No primeiro caso, não votariam em Lula de jeito nenhum 49% dos entrevistados. O valor para Bolsonaro cai para 38%.

No grupo seguinte, de 35 a 44 anos, a rejeição de Lula é de 50%, frente a 42% de Bolsonaro.

A diferença cai nas faixas etárias seguintes, com rejeição respectivamente de 46% e 45% para Lula e Bolsonaro entre aqueles com 45 a 59 anos e 44% e 47% para os com mais de 60. A margem de erro por idade é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos.

Em relação à escolaridade, a rejeição do presidente é menor entre quem tem o ensino fundamental (32%). No caso de Bolsonaro, o valor é de 48%. Metade (50%) dos que têm ensino médio não votariam de jeito nenhum em Lula. 39% fariam o mesmo com Bolsonaro. No ensino superior, Lula tem rejeição de 52%, frente a 43% de Bolsonaro.

A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos entre os entrevistados do ensino fundamental e superior e de três pontos para aqueles do ensino médio.

Por renda familiar, a atuação de Lula é melhor entre os mais pobres, com a menor rejeição entre quem ganha até dois salários mínimos (39%). Nesse grupo, a margem de erro é de 3 pontos percentuais.

Por região, Lula só tem menor rejeição se comparado a Bolsonaro no Nordeste, com 31% frente a 53%. A rejeição do petista é de 50% ou mais no resto do país: 51% no Sudeste, 54% no Sul e 50% no Centro-Oeste/Norte.

Bolsonaro tem 43% de rejeição no Sudeste, 29% no Sul e 37% no Centro-Oeste/Norte.

A margem de erro por região do país é de 3 pontos percentuais para o Sudeste, 6 para o Sul e Centro-Oeste/Norte e 4 para o Nordeste.

No espectro religioso, 61% dos evangélicos rejeitam Lula. O valor cai para 41% entre católicos. No caso de Bolsonaro, os valores são, respectivamente, 25% e 47%.

A margem de erro para esses segmentos é de 3 pontos percentuais para católicos e 4 para evangélicos.

Ana Gabriela Oliveira Lima / Folhapress

Itamaraty estuda tirar políticos brasileiros em Israel pela Jordânia

O Ministério das Relações Exteriores estuda tirar pela Jordânia a comitiva de autoridades brasileiras que está em Israel.

Um grupo de pelo menos 41 pessoas visitava o país quando Israel atacou o Irã. O país muçulmano enviou foguetes em retaliação. Diante disso, os brasileiros precisaram se abrigar em bunkers.

O grupo é formado por duas comitivas diferentes, uma de prefeitos e outros representantes municipais e outra de representantes do Consórcio Brasil Central, formado por governos do Centro-Oeste.

“A embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com as delegações brasileiras e o Ministério das Relações Exteriores fez gestão junto ao Ministério de Relações Exteriores de Israel para que ambos os grupos tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem”, disse, em nota, o Itamaraty.

“Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”, aponta o texto.

Os prefeitos de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), e João Pessoa, Cícero Lucena (PP), estão na comitiva.

“Estamos em um local seguro. O alojamento tem um abrigo antiaéreo. A previsão de saída ainda não existe porque o espaço aéreo continua fechado, e após ele ser reaberto precisamos aguardar a volta à normalidade. Já fizemos solicitação para ver se o governo brasileiro poderia mandar um avião da FAB [Força Aérea Brasileira] para nos pegar”, afirmou Lucena à Folha nessa sexta (13).

A escalada na situação começou quando Israel atacou a infraestrutura nuclear do país persa e mirou seus altos comandantes militares na noite de quinta (12) para sexta. Nessa sexta, o Exército israelense afirmou que o Irã lançou quase 100 drones contra seu território.

Os ataques prosseguiram neste sábado (14). “Teerã vai queimar”, ameaçou o ministro da Defesa do Estado judeu, Israel Katz, após uma ação na capital adversária ter matado 60 pessoas segundo o governo local.

Lucas Marchesini / Folhapress

Trump chega a reunião do G7 envolvido em disputas com aliados dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai comparecer à reunião do G7 que começa neste domingo (15) envolvido em disputas com quase todos os países do bloco, que reúne Washington e mais seis das economias mais desenvolvidas do mundo —todas consideradas aliadas tradicionais dos EUA.

A cúpula do G7 acontece na cidade de Kananaskis, no Canadá, um país que Trump quer ver anexado ao seu —uma ameaça que repetiu durante visita do premiê Mark Carney à Casa Branca. Os outros membros do grupo, além da União Europeia, são o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Itália e o Japão. Todos são países contra os quais Trump conduz sua guerra tarifária e negocia novos acordos comerciais.

Além de ser a primeira reunião do grupo desde o início do segundo mandato de Trump, este também deve ser a primeira cúpula do G7 na qual a presença dos Estados Unidos é motivo de dor de cabeça para outros líderes.

Desde que voltou à Casa Branca, o republicano tem se ocupado de dinamitar as relações tradicionais entre Washington e as capitais europeias —intensificando uma corrida armamentista no continente, à medida que países como a Alemanha buscam uma arquitetura de segurança independente da Otan, a aliança militar ocidental frequentemente criticada por Trump.

O republicano deve ter uma série de reuniões bilaterais durante a cúpula, e ainda não se sabe se a dinâmica vista no Salão Oval da Casa Branca, onde Trump transformou encurralar líderes estrangeiros em esporte, se repetirá —um encontro entre o republicano e o presidente ucraniano Volodimir Zelenski, um dos convidados para a cúpula do G7, ainda não está confirmado.

Desde que o presidente americano e seu vice, J. D. Vance, constrangeram o ucraniano em audiência transmitida ao vivo, no fim de fevereiro, outros líderes se viram pressionados e humilhados por Trump em seu alçapão no Salão Oval. A última vítima foi o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, em maio, quando foi grosseiramente inquirido sobre um fantasioso genocídio branco em seu país. A argumentação de Trump, com filmes e documentos, era baseada em fake news, mostrou-se depois.

Os participantes da cúpula do G7 também devem discutir novas sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia —outro ponto no qual o apoio dos EUA já não é mais garantia.

Altas autoridades da Alemanha tem dito à imprensa do país, sob reserva, que a reunião será uma oportunidade para medir a disposição de Trump em relação a novas medidas contra o Kremlin depois de declarações públicas do republicano expressando frustração com o impasse entre Moscou e Kiev.

A União Europeia anunciou esta semana mais um pacote de medidas econômicas contra a Rússia de Vladimir Putin, impondo sanções contra o sistema financeiro e energético do país.

Também estarão presentes, como convidados, a Índia, o México e o Brasil, entre outros. O presidente Lula (PT) deve comparecer, assim como a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum —quem decide quais serão os países convidados é o país anfitrião, neste caso, o Canadá, governado pelo premiê de centro-esquerda Carney. Ainda não se sabe se Sheinbaum terá uma reunião bilateral com Trump.

Como a Folha mostrou, também não há previsão de encontro de Lula com o presidente americano. Auxiliares do presidente preveem uma participação do petista com ênfase no tema da transição energética e sem embates diretos com o republicano.

Um cenário em que Lula discurse para uma plateia na qual estará Trump é visto como oportunidade por alguns aliados do petista. Na visão deles, o brasileiro se fortaleceria diante de sua base política caso se coloque como um antípoda do americano. Essa ala diz, reservadamente, que Lula poderia dar recados, mesmo que velados, para fortalecer sua posição como um líder que se opõe à linha de Trump.

A hipótese de um embate direto, no entanto, é encarada como pouco provável por um outro grupo de auxiliares, que diz que esse tipo de abordagem mais agressiva não segue a forma como Lula atuou em outras cúpulas do G7. Ele foi convidado para o encontro do grupo de 2023, em Hiroshima (Japão), e no ano seguinte, em L’Áquila (Itália).

Um aliado cita o caso do G7 na Itália, em que Javier Milei estava entre os presentes e nem por isso Lula personalizou seu discurso no presidente argentino, que se opõe a ele.

Na ocasião, o petista usou suas intervenção para destacar os objetivos da presidência brasileira do G20 bloco de economias industrializadas e emergentes do globo e para defender uma governança internacional da inteligência artificial.

Victor Lacombe / Folhapress

Governador autoriza nova sede de escola em tempo integral e entrega unidade integrada de segurança em Itamari

O governador Jerônimo Rodrigues autorizou, neste sábado (14), a construção de mais uma escola estadual em tempo integral, desta vez no município de Itamari. Também foi entregue para a cidade uma unidade integrada de segurança pública, com delegacia da Polícia Civil e pelotão da Polícia Militar, e autorizada a ampliação do Hospital São Lucas.
Além disso, Jerônimo autorizou obras de abastecimento de água, pavimentação urbana, construção de praça e conclusão do ginásio de esportes. No mesmo dia, foram entregues ainda uma ambulância, um ônibus escolar e um veículo para Tratamento Fora do Domicílio (TFD).

O governador afirmou que os investimentos fazem parte do esforço para garantir dignidade e desenvolvimento aos municípios do interior, com ações que mudam a vida da população: “Nosso trabalho é esse: chegar aonde antes não se chegava, escutar as comunidades e transformar a realidade com ações concretas. Cada investimento feito aqui tem um propósito claro — melhorar a vida de quem vive nesse município.”

Nova sede
A nova sede do Colégio João Galvão Sobrinho contará com dez salas de aula, biblioteca, dois laboratórios, pátio coberto, restaurante estudantil, teatro, quadra poliesportiva coberta e campo de futebol society com pista de atletismo. A secretária da educação do Estado, Rowenna Brito, destacou a importância do investimento: “Estamos garantindo em Itamari um espaço de formação cidadã, com qualidade, dignidade e todas as condições para os estudantes sonharem e realizarem seus projetos de vida.”
A chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), Camila Medrado, detalhou os avanços previstos com as obras de abastecimento no município. Segundo ela, a capacidade de produção de água em Itamari, hoje em 40 mil litros por hora, será mais do que dobrada, chegando a 83 mil litros por hora após a ampliação do sistema. “Itamari vai deixar de sofrer com problema de água, acabar com a intermitência”, afirmou. Ela destacou ainda a autorização para a licitação das obras de reforma e ampliação do sistema na localidade de Alto do Cai N’Água, com a implantação de dois reservatórios de 20 mil litros.

Ainda no município, Jerônimo fez o plantio simbólico de uma muda de Pau-Brasil em frente ao estádio municipal, em homenagem ao Mês do Meio Ambiente.

Repórter: Raul Rodrigues/GOVBA

PM resgata 51 aves silvestres em Feira de Santana

Policiais militares da Companhia de Polícia e Proteção Ambiental (Coppa) resgataram 51 aves silvestres que estavam prestes serem a comercializadas na Feira do Rolo do município de Feira de Santana, na manhã deste sábado (14).

Durante intensificação das ações de fiscalização ambiental, os militares, durante diligências na região, visualizaram indivíduos em uma feira local que, ao perceberem a aproximação policial, fugiram abandonando diversas gaiolas e armadilhas de caça ilegal.

De acordo com o artigo 3º da lei nº 5.197/67, é proibido o comércio de espécimes da fauna silvestre e de produtos e objetos que impliquem na sua caça, perseguição, destruição ou apanha.

Ao todo, 51 pássaros foram resgatados e encaminhados ao Centro de Triagem de Inema.

Registro(s): Coppa

PF, PM e PC/PR apreendem mais de meia tonelada de entorpecentes na fronteira

Foz do Iguaçu/PR. A Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Civil e Polícia Militar do Paraná, apreendeu de 600 kg de maconha prensada nas margens do Rio Paraná, em Foz do Iguaçu. A ação ocorreu durante um patrulhamento.

Ao se aproximarem de uma trilha de acesso ao rio, as equipes policiais foram recebidas a tiros por suspeitos. Houve confronto armado e, após o cessar dos disparos, os policiais encontraram os fardos da droga abandonados e um homem ferido por arma de fogo.
Os policiais prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (SIATE), mas o homem não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no local.

Diante dos fatos, a droga apreendida foi encaminhada à Delegacia de Polícia Federal. A Polícia Científica recolheu o corpo após a perícia da Polícia Federal na área do confronto.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR

Deputada do partido Democrata e marido são mortos por atirador vestido de policial nos EUA

Dois parlamentares do partido Democrata de Minnesota, nos Estados Unidos, foram baleados na madrugada deste sábado (14) por um atirador que se passou por policial.

A deputada estadual Melissa Hortman e seu marido foram mortos, segundo o governador Tim Waltz. Já o deputado John Hoffman e sua esposa foram feridos e passaram por cirurgia.

A polícia procura o suspeito, segundo os veículos de imprensa americanos, que estava vestido com uniforme policial e dirigia o que parecia ser uma viatura equipada com sirenes quando foi avistado pela polícia, disseram as autoridades.

Folhapress

Ataque ao Irã não foi nada perto do que virá, diz Israel

A guerra aérea entre Israel e o Irã prosseguiu com violência neste sábado (14), com nova troca de ataque entre os rivais. “O que eles sentiram até aqui não é nada comparado com o que eles receberão nos próximos dias”, disse o premiê do Estado judeu, Binyamin Netanyahu.

Antes, a retórica já estava inflamada. “Teerã vai queimar”, ameaçou o ministro da Defesa do Estado judeu, Israel Katz, após uma ação na capital adversária ter matado 60 pessoas segundo o governo local.

O regime também confirmou neste sábado a morte de Ali Shamkhani, chefe de gabinete e principal conselheiro do aiatolá e líder supremo, Ali Khamenei. Ele estava internado após ter sido um dos alvos da primeira leva de bombas de Israel, na madrugada de sexta (13).

Houve forte bombardeio à capital iraniana mirando suas defesas aéreas, e um complexo habitacional foi atingido. Explosões atingiram bases militares em todo o país e dois relatos que podem adicionar uma nova dimensão ao conflito: um incêndio em uma refinaria em Tabriz (norte) e explosões num centro de extração de gás natural em Bushehr (sul).

Israel também afirmou ter finalizado a destruição dos sistemas de defesa entre o oeste do Irã e Teerã, abrindo um corredor seguro para suas aeronaves atacarem toda a região.

Do lado iraniano, a retaliação contra a ação iniciada por Israel durou a noite toda. Ao todos, já foram ao menos cinco barragens de mísseis balísticos as duas primeiras e maiores envolveram cerca de cem armamentos, enquanto as restantes empregaram talvez mais 150, embora o número não esteja claro. Também foram lançados dezenas de drones.
Houve três mortes e ao menos 80 feridos. “Passei a noite no abrigo do prédio, as sirenes não paravam”, disse por mensagem Rafi Kummer, um analista de TI de Tel Aviv que na véspera parecia descrente de uma reação tão forte.

“Pensei que tínhamos anulado eles no primeiro ataque, mas guerra é isso.”

“Se [o líder supremo iraniano, Ali] Khamenei continuar a disparar mísseis na frente doméstica em Israel, Teerã vai queimar”, disse em nota o ministro Katz, que faz parte da linha-dura do governo Netanyahu.

Na mão inversa, o governo iraniano prometeu atacar quaisquer potências externas que impeçam sua retaliação, nominalmente os Estados Unidos, o Reino Unido e a França, que por ora apoiam Tel Aviv sem entrar na briga. Há relatos de que americanos auxiliaram a derrubar drones iranianos no mar Vermelho, sem confirmação oficial.

Dois membros da Guarda Revolucionária, principal unidade militar do país, morreram no bombardeio contra uma base no centro do país, de acordo com a agência de notícias Tasnim.

A crise começou na madrugada da sexta (13), quando Tel Aviv lançou um mega-ataque aéreo a 150 alvos no Irã, visando desabilitar o programa nuclear do país, para evitar que os aiatolás desenvolvam a bomba atômica.

Segundo as Forças de Defesa de Israel, duas centrais nucleares principais, em Natanz e Isfahan, foram bastante afetadas e levarão semanas para voltar a operar. Nove cientistas do programa atômico rival foram mortos em ataques de precisão.

Os militares negaram ter agido contra a central de Fordow, como havia dito a mídia estatal iraniana, mas a essa altura a guerra de desinformação mútua já segue a todo vapor.

A noite de terror nos dois países não parece ter data para acabar. Israel modificou sua diretriz de prioridades da guerra que trava contra os rivais regionais desde que o grupo terrorista Hamas, apoiado por Teerã, atacou o país em 7 de outubro de 2023.

O Irã foi adicionado como prioridade do conflito, que tem como frentes a Faixa de Gaza (contra o Hamas e outros grupos), a Cisjordânia (grupos palestinos), o sul do Líbano (Hezbollah, principal preposto do Irã) e o Iêmen (houthis, também apoiados por Teerã).

Desde a fundação da República Islâmica, em 1979, o Irã é adversário existencial de Israel, comprometido a obliterar o Estado judeu. Nunca teve condições militares para isso, contudo, e estabeleceu uma rede de aliados regionais, como o Hamas e, principalmente, o Hezbollah.

O programa nuclear de Teerã sempre foi a carta na manga dos aiatolás para forçar negociações contra as sanções que atingem o país há décadas. Em 2015, Estados Unidos e outras potências costuraram um acordo para trocar a pretensão iraniana de ter a bomba pelo fim das penalidades econômicas.

Durou até 2018, quando Donald Trump saiu do arranjo no primeiro mandato, denunciando-o como enxugamento de gelo por não retirar a capacidade técnica de Teerã de fazer a bomba. Nisso, estava certo: desde então os iranianos aceleraram a produção de material físsil, tendo o suficiente para estimadas seis ogivas.

O país persa anunciou que está pronto para fazer a bomba, mas a volta de Trump à Casa Branca recolocou negociações na mesa, com rodadas diretas entre EUA e Irã. Como o americano mobilizou forças no Oriente Médio e exigiu o fim total do programa iraniano, Teerã disse que não conversaria nesses termos.

A gota d’água foi a declaração da Agência Internacional de Energia Atômica na quinta (12) de que Teerã estava, pela primeira vez em 20 anos, totalmente em violação de seus compromissos de transparência sobre o que faz nas suas centrais nucleares. Em outras palavras, a bomba estava à mão.

Netanyahu atropelou Trump, com seu aval público ao menos, e foi a um ataque temido há semanas por seu impacto humanitário, geopolítico e econômico —o medo de disrupção no mercado de petróleo, centrado na região, já fez o preço da commodity disparar.

Neste sábado, um deputado iraniano, Esmail Kosari, disse que o fechamento do estreito de Hormuz, que liga o golfo Pérsico ao mundo, está sendo considerado. Com apenas 39 km de largura no trecho de maior proximidade do Irã e da península Arábica, a região é um gargalo do escoamento de mais de 30% do petróleo produzido no planeta.

Impopular em casa pela condução da guerra em Gaza e casos de corrupção, o premiê viu uma janela de oportunidade também. O Irã está frágil, com economia e tecido social esgarçados, e viu suas linhas de defesa regionais serem erodidas por Israel nos conflitos do pós-7 de Outubro, particularmente o Hezbollah.

Agora, como disse um diplomata ocidental em Tel Aviv na sexta, “é tudo ou nada”. Líderes mundiais têm se mobilizado para tentar de-escalar. Parece otimismo vazio, dada a movimentação militar em curso. A rodada de conversas entre EUA e Irã sobre o programa nuclear, no domingo (15), foi cancelada.

Neste sábado, o papa Leão 14 pediu acomodação. “Em um momento tão delicado, desejo renovar com firmeza um chamado à responsabilidade e à razão”, disse no Vaticano, embora a chance de palavras do líder católico de ecoarem em dois Estados norteados por religiões diversas pareça nula.

Igor Gielow / Folhapress

Governo do Estado fortalece educação e segurança em Apuarema com entrega de equipamentos

Educação e segurança fortalecidas em Apuarema, no Médio Rio de Contas. Na manhã deste sábado (14), o governador Jerônimo Rodrigues inaugurou a nova sede do Colégio Estadual de Tempo Integral Dr. Vasco Filho e uma unidade integrada de Delegacia Territorial e Pelotão da Polícia Militar. As entregas no município, que acaba de celebrar 36 anos de emancipação política, ainda incluíram a pavimentação que dá acesso à unidade escolar, veículos e equipamentos para a saúde, além de autorizações para a agricultura familiar, esporte e infraestrutura.

“É uma agenda de R$ 55 milhões aqui em Apuarema, entre entregas e autorizações. Ainda vamos dar continuidade a algumas obras paralisadas, como habitações e a creche, para que a cidade, com pouco mais de sete mil habitantes evolua, se desenvolva. Fica aqui o meu compromisso com a população”, afirmou o governador.

Os 287 estudantes matriculados no Colégio Estadual de Tempo Integral Dr. Vasco Filho foram contemplados com cinco novas salas de aula, dois laboratórios, sala multifuncional, biblioteca, teatro, restaurante estudantil, campo de futebol society, dez banheiros e reforma do Ginásio Coberto. Foram aplicados R$ 7,2 milhões na obra, que ainda ganhou pavimentação no acesso.
De acordo com a secretária da educação, Rowenna Brito, esta é mais uma unidade para se orgulhar. “Toda a população de Apuarema já passou por essa escola e hoje, estamos entregando uma nova sede integral, completamente modernizada. O nosso objetivo é que os estudantes possam voltar a sonhar, como já está acontecendo em outras cidades da Bahia. Os números estão aí para provar todo o nosso cuidado com a educação baiana. Investir em estrutura física é também investir na qualidade do ensino”, afirmou a secretária se referindo aos últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a liderança nacional da Bahia quanto ao número de adolescentes matriculados, entre 15 e 17 anos de idade.

Além do investimento em infraestrutura, na alimentação escolar e nos programas de permanência, projetos como o da Agência de Notícias tem aproximado ainda mais os estudantes do ambiente escolar. Ítalo Luís de Carvalho, de 17 anos, está no 3º ano do ensino médio e já produz conteúdo para o @conecta.vasco — perfil do colégio na rede social Instagram.

“Sou filmaker e editor da nossa rede social. Gravamos vídeos relacionados a tudo que acontece no colégio, como eventos, feiras. Como desde pequeno gosto muito de câmeras, abracei com muito entusiasmo esse projeto. É uma grande oportunidade para mostrarmos o nosso talento. Essa nova estrutura abriu muitas portas para quem deseja seguir carreira na área”, disse entusiasmado.

Reforço na segurança
A entrega da nova Delegacia Territorial (DT) e Pelotão do 19º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Jequié), em Apuarema, também marcou a agenda. Agora são 50 unidades policiais inauguradas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) só em 2025. R$ 4,4 milhões foram investidos pelo governo estadual na construção das estruturas que contam com mais comodidade para os servidores e cidadãos.

A DT possui salas de atendimento para o delegado titular, para os investigadores, além da seção de inteligência, espaço para reconhecimento de criminosos e custódia. “A iniciativa vai refletir diretamente no trabalho dos policiais civis, porque gera naturalmente uma motivação. Entrar em um ambiente desses é muito agradável para eles e, principalmente para a população daqui e de cidades circunvizinhas”, avaliou o delegado-geral da PC, André Viana.
“São investimentos em torno de R$ 3 milhões feitos para a Polícia Militar em duas cidades da região - Apuarema e Itamari - que vamos aos poucos proporcionando maior dignidade, maior conforto e, por consequência, melhor prestação de serviço para a população”, disse o comandante-geral da PM, coronel Antônio Carlos Silva Magalhães.

Como parte das comemorações pelo Mês do Meio Ambiente, o governador plantou, nos dois equipamentos entregues, da educação e da segurança, uma árvore Ipê Amarelo e outra Pau-Brasil, respectivamente, simbolizando o compromisso do Governo do Estado com a natureza.
Mais ações para Apuarema
Jerônimo também entregou uma ambulância, veículo para Tratamento Fora do Domicílio (TFD), kits odontológicos e kits de estabilização para unidades de saúde do município. Também foram autorizadas licitações para a reforma do Centro de Abastecimento de Apuarema, para obras de pavimentação, incluindo trechos da Rodovia BA-549, no entroncamento com a BR-330, que liga os municípios de Jitaúna, Ipiaú e Apuarema e no acesso da unidade integrada da segurança pública, além de licitação para a construção de cobertura da quadra poliesportiva no Novo Horizonte, do ginásio de esportes no bairro José Novaes e conclusão da creche municipal.
Repórter: Simônica Capistrano/GOVBA

 


 


PM apreende fuzil, pistola e munições em Ibipeba

Na tarde desta quinta-feira (12), policiais da Cipe Semiárido apreenderam um fuzil, uma pistola e 159 munições na zona rural de Ibipeba, a 520 km de Salvador.

Os militares faziam rondas no município, em busca de integrantes de uma quadrilha especializada em ataques a instituições financeiras. Durante as diligências, os policiais encontraram homens armados, que atiraram contra as guarnições. Houve o confronto e, cessados os disparos, os criminosos fugiram. Após as buscas, os policiais encontraram dois suspeitos feridos. Eles foram socorridos, mas não resistiram. Com eles, foram apreendidos um fuzil, uma pistola, oito carregadores e 159 munições de diversos calibres.

O material foi apresentado à delegacia que atende à região para registro do fato e adoção das medidas cabíveis.
Registros: Cipe Semiárido

Prefeitura de Ipiaú conclui primeira etapa do projeto “Elas em Ação” com foco no empreendedorismo feminino


A Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, realizou na manhã deste sábado a conclusão da primeira etapa do projeto Elas em Ação. A iniciativa tem como objetivo principal fortalecer o empreendedorismo feminino no município, proporcionando às mulheres novas oportunidades de geração de renda e autonomia financeira.

Com foco na melhoria da qualidade de vida, o projeto ofereceu cursos profissionalizantes nas áreas de produção de tortas, doces, salgados, bolos confeitados e sequilhos. Todos os cursos foram gratuitos e contaram com a participação ativa de dezenas de mulheres da comunidade. A prefeita Laryssa Dias participou da cerimônia de entrega dos certificados, parabenizando as alunas pela dedicação e destacando a importância do projeto na transformação social. “Investir nas mulheres é investir no futuro das famílias ipiauenses. É gratificante ver tantas histórias de superação e empoderamento”, afirmou a gestora
Por meio do Elas em Ação, as participantes adquiriram habilidades práticas que permitem o ingresso no mercado de trabalho, seja empreendendo por conta própria ou conquistando uma vaga em empresas privadas. A experiência adquirida nas capacitações representa um passo importante rumo à independência financeira e ao empoderamento das mulheres ipiauenses. A iniciativa reforça o compromisso da gestão municipal com o futuro das mães de família, oferecendo oportunidades concretas de crescimento e inclusão. Com ações como essa, Ipiaú segue avançando e se consolidando como uma cidade modelo para toda a região.

“É assim que seguimos, com trabalho, dedicação e cuidado com as pessoas, promovendo o desenvolvimento social e a valorização da mulher ipiauense”, destacou a secretária Rebeca Câncio.

Fernando Canuth / Decom PMI

Israel e Irã protagonizam confronto inédito com potencial para empurrar o Oriente Médio para novo patamar de instabilidade

Escalada bélica entre os dois países arqui-inimigos representa também a sobrevivência interna de seus comandantes
O ataque militar em larga escala de Israel ao Irã e a resposta do regime teocrático com uma saraivada de mísseis lançados contra o território israelense inauguraram uma nova fase no confronto entre os dois países, que passa a ser direto e sem intermediários. Os sinais de ineditismo observados nesta sexta-feira indicam uma escalada prolongada e inevitável, com potencial para empurrar o Oriente Médio para outro patamar de instabilidade, arrastando também os EUA.

O bombardeio sofrido pelo Irã foi humilhante e pode ser considerado o mais significativo desde a guerra com o Iraque na década de 1980: atingiu parte de suas instalações nucleares, matou dois dos principais comandantes militares, além de cientistas nucleares de alto escalão.
O revide era previsível e veio em forma de mísseis balísticos que caíram em alvos civis de Tel Aviv e Jerusalém e obrigaram a totalidade da população israelense a se refugiar em bunkers. O Irã mostrou que, mesmo em posição defensiva, ainda tem capacidade de contra-atacar. A habitual retórica dramática trocada há quase meio século entre os dois arqui-inimigos regionais passou, finalmente, à ação bélica.

O desgastado primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenta recuperar pontos com a opinião pública israelense, que desde a Revolução Islâmica convive com a ameaça de aniquilamento alardeada pelo regime iraniano. Ele justificou o ataque como solução para impedir que o programa nuclear do país produzisse uma bomba atômica.

Com isso, o premiê arrebata seus críticos e desvia o foco da guerra de Gaza, que se prolonga há 20 meses, dos julgamentos por corrupção e da combalida coalizão de extrema-direita que comanda. Na ofensiva ao Irã, o premiê mostrou cautela em não atingir alvos civis, sinalizando que a queda do regime é também um de seus objetivos nesta empreitada militar.

“Temos um inimigo comum: um regime tirânico que os esmagou. Por quase 50 anos, este regime roubou de vocês a chance de uma vida digna”, disse Netanyahu, ao dirigir-se em inglês aos iranianos.

Não ficou clara a dimensão da destruição do arsenal nuclear iraniano e se as instalações localizadas em subterrâneos a 90 metros de profundidade foram alcançadas pelas forças de defesa israelenses. “De qualquer forma, o Irã não esquecerá o conhecimento nuclear que adquiriu ao longo de décadas de desenvolvimento só porque uma instalação ou outra foi atacada”, observou o jornal “Haaretz” em seu editorial.

Quanto ao Irã, por mais vulnerável que o regime se encontre, não fazer nada diante da afronta israelense não é uma opção para o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, de 86 anos. O Mossad conduziu uma sofisticada operação dentro de seu território, contrabandeou drones e armas guiadas para lá e dizimou comandantes em uma ação coordenada.

A resposta do regime dos aiatolás é também uma questão de sobrevivência interna, mas terá que ser calibrada na medida de sua capacidade. Em poucas horas, o confronto direto entre Israel e Irã espalhou pânico entre suas populações, mas infelizmente está apenas no primeiro ato.
Por: G1


Conselheiros recomendam a aprovação de contas de seis municípios

Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, na sessão desta quinta-feira (12/06), recomendaram às câmaras de vereadores a aprovação das contas de mais cinco prefeituras baianas, todas relativas ao exercício de 2023. E, após análise de pedido de revisão, também foram aprovadas as contas de 2020 da Prefeitura de Campo Alegre de Lourdes.

Foram analisadas e aprovadas com ressalvas as contas da Prefeitura de Eunápolis, da responsabilidade da prefeita Cordélia Torres de Almeida; de Itaetê (Zenildo Matos de Oliveira); de Itapicuru (José Moreira de Carvalho Neto); de Jacaraci (Antônio Carlos Freire de Abreu); e de São Félix (Alex Sandro Aleluia de Brito).

Após a aprovação dos votos, os conselheiros relatores apresentaram as Deliberações de Imputação de Débito – DID com multas aos gestores nos valores de R$1 mil (São Félix); R$2 mil (Itaetê); R$4,5 mil (Eunápolis); e R$5 mil (Itapicuru). Pela pouca relevância das ressalvas relacionadas à Prefeitura de Jacaraci, a relatoria não imputou multa ao gestor.

Revisão – Na mesma sessão, os conselheiros acataram pedido de revisão apresentado pelo ex-prefeito de Campo Alegre de Lourdes, Enilson Marcelo Rodrigues da Silva, e determinaram a emissão de novo decisório, desta vez pela aprovação com ressalvas das contas relativas ao exercício de 2020. A multa imputada anteriormente foi reduzida de R$3 mil para R$2 mil.

O gestor conseguiu, no recurso, comprovar a existência de recursos em caixa para pagamento das despesas inscritas em restos a pagar, cumprindo, assim, o estabelecido no artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal e descaracterizando o motivo que causou a rejeição dessas contas.

Cabe recurso das decisões.

Alexandre de Moraes revoga prisão de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo sob Bolsonaro

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado teve a prisão preventiva revogada na noite desta sexta-feira (13) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Moraes impôs uma série de restrições a Machado, incluindo a proibição de manter contato com os envolvidos na trama golpista, de se ausentar da cidade onde reside e do país. O ministro determinou que o passaporte do ex-ministro seja cancelado.

O magistrado avaliou que as diligências realizadas pela Polícia Federal ao longo do dia foram suficientes e disse que a PGR (Procuradoria-Geral da República), na audiência de custódia, se manifestou pela substituição da prisão preventiva por medidas cautelares menos gravosas.

De acordo com o advogado Célio Avelino, responsável pela defesa de Machado, que é ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), ele vai deixar o presídio Cotel, em Abreu e Lima, na região metropolitana do Recife, nas próximas horas.

A PF prendeu Machado no Recife e fez operação em Brasília contra o tenente-coronel Mauro Cid devido à suspeita de um plano de fuga do delator do processo da trama golpista.

Policiais chegaram à casa do militar, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, munidos de um mandado de prisão, mas foram informados no local que a detenção havia sido revogada por Moraes.

A suspeita é que Machado tenha atuado junto ao consulado de Portugal no Recife, no mês passado, para obter a expedição de um passaporte português em favor de Cid, segundo a PF.

Peça estratégica na acusação de tentativa de golpe contra Bolsonaro, Cid chegou a ter sua delação posta em xeque. Após prestar novo depoimento, acabou liberado, e sua defesa afirmou que a colaboração premiada segue mantida.

Em relação a Gilson Machado, a PGR havia dado na terça-feira (10) aval a pedido da PF para investigá-lo.

Segundo o documento assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, com informações da polícia, havia a suspeita de que o ex-ministro estaria atuando para viabilizar a saída de Cid do território nacional. Machado, porém, não teria obtido êxito na emissão do documento.

A suspeita sobre a tentativa de fuga de Cid cresceu na PF após investigadores descobrirem que quatro familiares do militar viajaram para os EUA no último dia 30 de maio.

“A informação reforça a hipótese criminal já delineada pela Procuradoria-Geral da República e evidencia a forte possibilidade de que Gilson Machado Guimarães Neto e Mauro César Barbosa Cid estejam buscando alternativas para viabilizar a saída de Mauro Cid do país, furtando-se à aplicação da lei penal”, disse Gonet ao pedir a prisão deles.

Em fala a jornalistas ao chegar no IML, Machado negou que tivesse feito algum pedido relacionado a Cid. “Apenas pedi um passaporte para meu pai por telefone aqui no consulado do Recife”, afirmou. “Entrei em contato, ele foi lá no consulado juntamente com meu irmão”.

José Matheus Santos/Cézar Feitoza/Folhapress

STF tira o poder das câmaras de vereadores de julgar contas de prefeitos; consultor Moiséis Rocha Brito comenta decisão

Esse é um tema que muito temos relatado aqui no Giro em Ipiaú. Na data de 21/02, o Supremo Tribunal Federal – STF decidiu por unanimidade em plenário virtual, que cabe aos Tribunais de Contas julgar as contas de prefeitos ordenadores de despesas, alterando o entendimento anterior que atribuía as Câmaras Municipais esse julgamento, contudo, recentemente agora no início do mês de junho o STF decidiu de forma mais radial o assunto, desta vez tirando das Câmaras de Vereadores o poder de julgar as contas dos prefeitos. Para comentar sobre o assunto, como sempre, recorremos ao Dr. Moiséis Rocha Brito, notório, idôneo, consagrado e conceituado consultor e assessor jurídico em Administração Pública, com atuação em gestão pública há mais de trinta e cinco anos na região, que assim explanou o assunto:

“De fato, no decorrer do tempo temos visto que o STF tem evoluído nas suas decisões sobre o julgamento das contas dos Prefeitos. No início deste mês de junho, em mais uma decisão histórica o STF eliminou o julgamento político e fortaleceu a análise técnica das finanças municipais, quando apreciou e julgou recentemente a ADI 849, ratificando de forma mais contundente o julgado ocorrido no último 21/02 da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 982/PR – Número Único 0121266-93.2022.1.00.0000.

Vale lembrar, que o Supremo Tribunal Federal (STF) nesse julgado de 21/02 alterou de forma significativa o sistema de controle das contas públicas municipais no Brasil. O então entendimento a partir daquela data, era de que, quando o prefeito atuava como ordenador de despesa, quem julgaria essas contas seriam os Tribunais de Contas, preservando a competência exclusiva às Câmaras Municipais para a deliberação quanto à sanção a ser aplicada nos termos do art. 1º, inciso I, g, da Lei Complementar nº 64/1990 que dispõe sobre inelegibilidade. Naquele entendimento determinou o STF que o julgamento das contas de prefeitos, enquanto ordenadores de despesas, seria de competência exclusiva dos Tribunais de Contas.

A nova decisão:

O Supremo Tribunal Federal decidiu recentemente, ou seja, no início deste mês de junho, que as Câmaras Municipais não têm mais autonomia para rejeitar ou aprovar contas de prefeitos por critérios políticos, passando a ter validade jurídica apenas as decisões técnicas dos Tribunais de Contas, cuja alteração impacta diretamente a relação entre o Poder Legislativo e Executivo Municipal e consequentemente a atuação de prefeitos e vereadores em todo território brasileiro.

Penso que com o novo julgado do STF muda-se consideravelmente a dinâmica entre Legislativo e Executivo por este país afora. Com o julgado da ADI 849, com repercussão geral, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que as Câmaras Municipais não poderão mais rejeitar ou aprovar contas de prefeitos por motivação política. A decisão, firmada na ADI 849, estabelece que apenas os Tribunais de Contas possuem competência técnica para julgar a regularidade das contas dos prefeitos.

Assim sendo, o parecer emitido pelos Tribunais de Contas passa a ter efeito vinculante, e não mais opinativo. Isso quer dizer, que se o Tribunal de Contas aprovar as contas de um prefeito, a Câmara não poderá rejeitá-las e vice-versa.

A repercussão geral fixou tese no sentido de que: “É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que confere à Câmara Municipal a possibilidade de divergir, por juízo político, do parecer técnico do Tribunal de Contas na apreciação das contas do chefe do Poder Executivo”. (mais…)

Polícia Civil alcança seis criminosos durante megaoperação integrada Capitães da Areia em Arembepe

Locais utilizados como centros de comando de um grupo criminoso foram desarticulados.
Envolvidos com homicídios e tráfico de drogas tiveram mandados de prisão cumpridos pela Polícia Civil, durante a megaoperação integrada Capitães da Areia, deflagrada na manhã desta sexta-feira (13), na Aldeia Hippie e demais localidades do bairro de Arembepe, no município de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Com as prisões e apreensões, foram desarticulados pontos utilizados como centros de comando de um grupo ligado a uma organização criminosa do Rio de Janeiro.
Durante as ações, que também cumpriram 21 mandados de busca e apreensão, foram apreendidos uma granada, dois revólveres, uma espingarda, três pistolas com seletor de rajada, carregadores alongados e em caracol, drogas, embalagens e equipamentos utilizados no tráfico de entorpecentes, naquela região. Duas pessoas tiveram mandados de prisão cumpridos. Outros quatro alvos dos mandados judiciais entraram em confronto com os policiais, foram feridos e não resistiram.

Resistência com refém

Um dos alvos do mandado de prisão preventiva recebeu a equipe policial a tiros, houve confronto e depois de ferido o criminoso tomou uma mulher como refém, dentro de um imóvel. Policiais da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) fizeram a negociação com o acusado, que em seguida libertou a refém e se entregou. Ambos foram atendidos por uma equipe do Samu, transferidos para atendimento em uma unidade de saúde e serão apresentados do DHPP.
A Operação Capitães da Areia tem as participações dos Departamentos de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), de Polícia Metropolitana (Depom), de Inteligência Policial (DIP), de Polícia do Interior (Depin), Especializado de Investigações Criminais (Deic), Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), além da Secretaria da Segurança Pública (SSP-Ba), do apoio do Departamento de Polícia Técnica (DPT), da 59ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) da CIPM.

Texto: Ascom PC

Coalizão formada por 20 frentes parlamentares pede devolução de MP dos impostos do governo

Uma coalizão formada por 20 frentes parlamentares temáticas de setores produtivos apresentou nesta sexta-feira (13) um manifesto pedindo que o Congresso Nacional devolva imediatamente a medida provisória editada nesta semana pelo governo com uma série de medidas de aumento tributário e ações de contenção de gastos.

No documento, os parlamentares pedem que o Legislativo não aceite retrocessos que prejudiquem a produtividade, ameacem empregos e comprometam “a esperança por um país melhor e mais justo”.

“A Coalizão das Frentes Parlamentares Produtivas defende a imediata devolução da MP 1.303/2025 e conclama o Congresso Nacional a assumir uma postura firme em defesa da segurança jurídica, da liberdade econômica e da estabilidade fiscal, como tem feito desde o princípio”, afirma o documento.

O governo publicou na quarta-feira (11) um decreto calibrando para baixo parte dos aumentos do IOF anunciados em maio e uma medida provisória que, visando compensar a redução da arrecadação, eleva a taxação sobre bets, institui a tributação sobre ganhos com títulos atualmente isentos, altera o imposto de outras aplicações financeiras e prevê, ainda, algumas medidas de contenção de despesas.

Entre os signatários do documento estão as frentes parlamentares do Empreendedorismo, da Agropecuária, do Comércio e Serviços, da Saúde, do Turismo e da Indústria de Máquinas e Equipamentos.

Para o grupo, a MP editada pelo governo reflete uma condução “improvisada e imediatista” da política econômica.

“Criada às pressas após o recuo no aumento do IOF, essa medida apresenta-se como uma solução frágil e temporária que apenas mascara o problema fiscal, sem atacar suas verdadeiras causas”, diz o documento.

Em uma publicação na rede social X, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, rebateu críticas e afirmou que os parlamentares signatários do manifesto deveriam apresentar propostas alternativas, lembrando que foi o Congresso o responsável pela aprovação do arcabouço fiscal.

“Se rejeitam uma MP que combina medidas de arrecadação e de controle de despesas, como esperam que o governo cumpra as regras fiscais?”, questionou a ministra responsável pela articulação política do governo na publicação.

“Ao contrário do que diz o manifesto, o governo não está ‘taxando a tudo e a todos’. Está cobrando a contribuição de setores que pagam pouco ou nenhum imposto sobre seus altos rendimentos”, disse, chamando a atenção para o fato de que as cobranças irão recair sobre apostas esportivas online, bancos e aplicações financeiras isentas ou pouco tributadas.

Folhapress

Tarcísio recebe recado de que Bolsonaro estaria disposto a apoiá-lo em 2026 com Michelle de vice

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) que está disposto a apoiá-lo como candidato a presidente na eleição de 2026 em uma chapa que teria como vice a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).

A informação circula entre membros do primeiro-escalão do governo paulista e parlamentares de direita. Pelo menos dois interlocutores de Tarcísio confirmaram a informação. Outro reforçou à reportagem que a possibilidade da chapa Tarcísio-Michelle “esquentou” nos últimos dias.

A assessoria de imprensa do governador negou que tenha havido sinalização de Bolsonaro e disse que Tarcísio é candidato à reeleição. Procurada, a assessoria de imprensa do ex-presidente não se posicionou. O espaço segue aberto. O advogado Fabio Wajngarten, que faz a intermediação de Bolsonaro com a imprensa, disse que está focado no caso do ex-ministro Gilson Machado (PL), preso preventivamente nesta sexta-feira, 13, sob a suspeita de ajudar o tenente-coronel Mauro Cid a planejar uma fuga do Brasil.

Segundo pessoas com trânsito entre ambos, o plano traçado é que Bolsonaro dê à bênção pública ao governador somente na reta final do prazo de desincompatibilização, em abril de 2026, para não perder força política em meio ao processo que enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF). Na outra ponta, a estratégia também beneficiaria Tarcísio, evitando o desgaste de se colocar como candidato cedo demais.

Um interlocutor que conversa com o governador periodicamente disse ao Estadão que o tom dele mudou. Há alguns meses, segundo essa fonte, Tarcísio era taxativo de que não iria disputar o Palácio do Planalto, possibilidade que passou a admitir recentemente. Um dos argumentos utilizados por Tarcísio no final de abril para rechaçar a candidatura a Presidência era a falta de garantia de que teria o apoio de Bolsonaro.

Bolsonaro ficou hospedado no último final de semana na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, onde mora Tarcísio, para se preparar para o depoimento à Primeira Turma do STF na ação da tentativa de golpe. O ex-presidente e o governador estarão juntos novamente na próxima terça-feira, 17, quando participam de uma feira agropecuária em Presidente Prudente (SP).

Tarcísio tem repetido publicamente que não é candidato, mas tem dado sinalizações que pode embarcar na disputa presidencial. Ele lançou recentemente um programa de combate à pobreza que classificou como “mais amplo” do que o Bolsa Família, marca associada ao PT, tem feito críticas à política econômica do governo Lula (PT) e há 20 dias afirmou ao lado de diversos caciques do Centrão que o “grupo estará unido, tem projeto para o Brasil e vai fazer a diferença”.

Na mesma ocasião, a filiação de Guilherme Derrite ao PP, o presidente do partido, Ciro Nogueira (PP), declarou que o País chamará Tarcísio de presidente “muito em breve, ou agora ou em 2030″. O dirigente disse que defenderá Derrite como candidato a governador se essa hipótese se concretizar no ano que vem — o evento de filiação foi lido por bolsonaristas como lançamento da pré-campanha de Derrite ao governo de São Paulo.

Embora ainda não haja uma sinalização pública do governador, nos bastidores a avaliação de parte dos aliados é que que a dúvida não é mais se Tarcísio é candidato a presidente, mas quem disputará a eleição paulista como seu sucessor. O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB) e o secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), também estão no páreo.

Essa avaliação, porém, não é unânime, já que outra ala de aliados ainda enxerga o cenário como indefinido diante da possibilidade de Michelle encabeçar a chapa ou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), que tem manifestado intenção de representar o pai na eleição presidencial.

Pesquisa Genial/Quaest publicada na semana passada aponta que Tarcísio e Michelle empatam dentro da margem de erro com Lula em um eventual segundo turno da eleição presidencial. O atual presidente leva vantagem de 10 pontos percentuais contra Eduardo.

Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

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