Lula é ‘incoerente no exterior’ e ‘impopular no Brasil’, diz revista britânica The Economist

A revista britânica The Economist classificou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “incoerente no exterior” e “impopular em casa”, em reportagem publicada no final de semana.

Logo no início, o texto menciona que, em 22 de junho, o Itamaraty condenou os ataques de Israel e dos Estados Unidos ao território iraniano e declarou que a ofensiva representou uma “violação da soberania” do Irã e “do direito internacional”.

A publicação diz que esse posicionamento do Brasil sobre a guerra entre Israel e Irã foi de encontro à postura de outras democracias ocidentais, que apoiaram o ataque dos Estados Unidos ou apenas expressaram preocupação.

Para a The Economist, “a simpatia do Brasil com o Irã” terá continuidade com a participação de ambos os países nos Brics, que se reunirão em uma cúpula de líderes em 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro.

O governo iraniano se juntou ao grupo de economias emergentes em 2024, quando outros novos membros também passaram a integrar o bloco oficialmente.

‘Hostil ao Ocidente’

Segundo a revista britânica, a participação do Brasil em um Brics dominado pelas agendas de China e Rússia faz o país “parecer cada vez mais hostil ao Ocidente”.

“O papel do Brasil no centro de um Brics expandido e dominado por um regime mais autoritário faz parte da política externa cada vez mais incoerente de Lula”, diz a The Economist.

O texto também destaca o afastamento entre o governo brasileiro atual e os Estados Unidos comandados por Donald Trump.

“Não há registro de que os dois homens tenham se encontrado pessoalmente, o que torna o Brasil a maior economia cujo líder não apertou a mão do presidente dos Estados Unidos”, afirma a publicação. “Em vez disso, Lula corteja a China. Ele se encontrou com Xi Jinping, o presidente da China, duas vezes no ano passado”.

A revista ainda cita a viagem de Lula à Rússia em maio para as celebrações do aniversário de 80 anos da vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

“Ele aproveitou a viagem para tentar convencer Vladimir Putin de que o Brasil deveria mediar o fim da guerra na Ucrânia. Nem Putin nem ninguém lhe deu ouvidos”.

O afastamento da Argentina desde a eleição de Javier Milei em 2023 e as demonstrações de apoio à Venezuela no início do seu governo também são apontadas como parte da “incoerência” em política externa de Lula.

‘Impopular em casa’

A The Economist afirma que a fraqueza de Lula no cenário mundial “é agravada pela queda da popularidade em casa”.

Uma pesquisa Genial/Quaest apontou que a desaprovação ao governo chegou a 57% no início de junho, o maior índice do seu terceiro mandato.

O jornal britânico ainda chama atenção para a derrubada do decreto que elevava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) por parte do Congresso Nacional, movimento inédito nos últimos 30 anos e que sinaliza a fraqueza do mandatário perante o Legislativo.

“O país se inclinou para a direita. Muitos brasileiros associam seu Partido dos Trabalhadores à corrupção, devido a um escândalo que o levou à prisão por mais de um ano (sua condenação foi posteriormente anulada)”, diz a reportagem.

“Ele construiu o partido com o apoio de sindicatos, católicos com consciência social e pobres beneficiários de esmolas do governo. Mas hoje o Brasil é um país onde o cristianismo evangélico está em expansão, onde o emprego na agricultura e na economia informal está crescendo rapidamente, e onde a direita também oferece esmolas.”

Segundo a publicação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “provavelmente será preso em breve por supostamente planejar um golpe para permanecer no poder após perder uma eleição em 2022”, mas ainda tem força entre a população.

“Ele [Bolsonaro] ainda não escolheu um sucessor para liderar a direita. Mas se o fizer e a direita se unir a essa pessoa antes das eleições de 2026, a Presidência será deles”, diz a revista.

‘Parar de fingir importância’

A reportagem termina dizendo que o americano Donald Trump raramente se refere ao Brasil em suas críticas constantes ao resto do globo.

Em parte, diz a The Economist, isso pode ser explicado pelo enorme déficit comercial com os Estados Unidos, “algo que nenhuma outra grande economia emergente possui” atualmente.

“Mas seu silêncio também pode se dever ao fato de o Brasil, relativamente distante e geopoliticamente inerte, simplesmente não ter tanta importância quando se trata de questões de guerra na Ucrânia ou no Oriente Médio. Lula deveria parar de fingir que tem e se concentrar em questões mais próximas”, conclui a publicação.

Folhapress

Deputada bolsonarista diz que imigração ameaça perfil conservador de SC

Aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) afirma que o fluxo migratório de moradores de outros estados em direção a Santa Catarina pressiona os serviços públicos das maiores cidades catarinenses e tem potencial de alterar o perfil conservador do Estado.

“Quem chega nem sempre compartilha dos nossos valores”, diz. “Quem quiser migrar para Santa Catarina tem que ser para trabalhar e contribuir, além de respeitar nossas raízes e tradições. Temos orgulho em ser catarinense”.

Dados do Censo de 2022 mostram que o estado registrou a chegada de 503,6 mil imigrantes e a saída de 149,2 mil emigrantes. Com isso, desbancou São Paulo e assumiu o posto de estado com o maior ganho de saldo populacional por causa dos movimentos migratórios entre as unidades da federação.

Rio Grande do Sul (26,8%), Paraná (19,1%), São Paulo (12,4%), Pará (8,9%) e Bahia (4%) foram as principais origens de quem passou a morar no território catarinense, de acordo com o Censo.

Em live realizada no último domingo (29), Zanatta citou um potencial risco político desses novos eleitores. “Eles não podem vir para cá e votar na esquerda”, disse, afirmando que o Estado, “bem ou mal, com os políticos mais velhos, sempre se manteve longe da esquerda.”

Segundo ela, o aumento de mais de 354 mil habitantes já pressiona serviços públicos em cidades como Chapecó e Criciúma, e provoca superlotação em hospitais e falta de vagas em creches, além da ocupação geográfica desordenada.

“Começam a criar, por exemplo, loteamentos irregulares e fazerem uma ocupação desordenada”, menciona, complementando que “foi assim que começou o Rio de Janeiro” —o estado teve a maior perda de moradores em termos absolutos do país em 2022, com menos 165,4 mil pessoas.

Danielle Brant/Folhapress

Prefeita comemora sucesso da Festa de São Pedro. O evento termina com grandes atrações

                   Laryssa mostra entusiasmo com o festejo e promete mais em 2025
A prefeita Laryssa Dias comemora o sucesso do evento que colocou Ipiaú como um dos principais destinos do turismo cultural da Bahia e contou com o apoio do Governo do Estado, dentre outros órgãos governamentais e empresas privadas. Ela promete uma festa ainda mais bonita em 2026.

A programação de hoje conta com excelentes atrações e muita animação por parte do publico que tem comparecido em massa à Praça Álvaro Jardim para curtir a folia. Bons negócios pelos comerciantes, a organização foi adequada. Tudo aconteceu conforme o planejamento. Melhor ainda tem sido o clima de paz reinante no circuito do evento.
A noite de hoje promete. Artistas consagrados no cenário nacional , assim como os talentos da terra, estarão no palco com uma diversidade de ritmos para embalar os milhares de foliões que lotarão a Praça de Eventos na noite de hoje. Espera-se mais de 50 mil pessoas, conforme vem acontecendo desde o inicio da festa.

O FENOMENO NATTAN
A apresentação do cantor cearense Nattan, com seu estilo irreverente e animado, vem sendo aguardada com muita expectativa pelo publico que aprecia o “piseiro”, uma derivação do forró tradicional com batida mais rápidas, propondo uma dança solo. Sucesso em todo o Brasil, ele trará para o palco os hits que marcaram sua carreira, garantindo uma performance cheia de energia.

A apresentação de Nattan , com inicio previsto para às 01h30, foi garantida por meio de um edital de seleção pública promovido pela Superintendência de Fomento ao Turismo da Bahia (Sufotur), do qual a Prefeitura de Ipiaú participou e foi aprovada em todas as etapas.O município vai receber R$ 600 mil para apoio à contratação de artistas e reforço da tradição local.

Na grade de atrações da noitada tem ainda Calcinha Preta (às 22h) , Bruno e Marrone( meia noite) , Henry Freitas (às 01h30), Dudu Ferreira ( abrindo a programação,às 20h) e Netinho Cabral, encerrando a programação e a festa, às 05 horas da manhã.

E já fica aquela vontade de querer mais. O consolo de que o ano que vem vai ser melhor. A Festa de São Pedro de Ipiaú-Meu Xodó, Minha Alegria-, edição 2025, foi mesmo a melhor da Bahia. ( José Américo Castro).

Motta nega traição em derrubada do IOF e critica governo por apostar em ‘polarização social’

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou traição ao governo Lula (PT) no episódio da derrubada dos decretos do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), e criticou discurso do Executivo de que seu objetivo é fazer justiça tributária, a que chamou de “polarização social”.

A declaração de Motta foi feita em vídeo na sua rede social, em resposta a questionamentos sobre o caso do IOF. O governo foi pego de surpresa com a decisão de Motta de colocar o assunto em votação na semana passada. A ação não atendeu a pedidos de ministros e impôs derrota à gestão do presidente Lula, que adotou como estratégia defender que o decreto trazia justiça social, por tributar os mais ricos.

“Capitão que vê barco ir em direção ao iceberg e não avisa não é leal, é cúmplice. E nós avisamos ao governo que essa matéria de IOF teria muita dificuldade de ser aprovada no Parlamento”, disse Motta.

“Presidente de qualquer Poder não pode servir ao seu partido. Tem que servir ao seu país”, completou, após classificar como falsa a declaração de que o governo se sentiu traído e foi pego de surpresa com a derrubada da medida.

No vídeo, o presidente da Câmara fez críticas ainda à postura do governo de criticar a decisão do Congresso, afirmando que “quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos”.

“A polarização política tem cansado muita gente, agora querem criar a polarização social”, disse ainda. Ele citou outras medidas aprovadas pela Câmara na mesma semana da derrubada do IOF como demonstrações de propostas positivas para a sociedade: a medida provisória (MP) que libera R$ 15 bilhões para habitação social e o projeto de crédito consignado privado.

Aliados apontam o debate do IOF como um marco para o endurecimento do discurso governista, especialmente depois de a cúpula do Congresso colocar em votação na última semana o projeto que derrubaria as mudanças feitas pelo Executivo sem avisar ao Planalto.

A inclusão da proposta na agenda de votações foi anunciada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por meio das redes sociais sem uma comunicação prévia ao Executivo. A postagem foi no fim da noite anterior à sessão que decidiria sobre o assunto, na quarta (25). Segundo aliados, Lula encarou a atitude como um insulto a ele. Não apenas a Haddad.

Aliados do presidente enxergam as digitais de seus opositores na atuação de Motta, em uma clara antecipação da disputa eleitoral do ano que vem. Haveria uma tentativa de enfraquecer o governo para que o grupo político de Lula chegue em 2026 com chances reduzidas de vencer a eleição.

Nesse cenário, a única opção seria disputar o eleitorado desde já, visando a corrida presidencial do ano que vem –apesar disso, uma segunda ala de governistas ainda acha possível reorganizar a relação com o Congresso e teme as consequências políticas dessa nova estratégia de contrapontos abertos.

A ordem do presidente é ir a público dizer que a gestão petista quer taxar milionários para bancar serviços, programas sociais e redução de impostos para os mais pobres. A mensagem a ser transmitida é que as forças políticas que se opõem a isso defendem privilégios para poucos setores da sociedade.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que a AGU (Advocacia-Geral da União) elabore recursos ao STF (Supremo Tribunal Federal) para reativar o decreto derrubado pelo Congresso. A orientação foi dada ao ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, na noite da quinta-feira (26) durante reunião que contou com a presença da ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).

Apesar da disposição do presidente pela judicialização, outros ministros e aliados têm ponderado para que o governo não imploda as pontes com a cúpula do Congresso. Segundo relatos, o próprio Messias alertou o presidente para o risco imposto à tramitação de projetos de interesse do governo, além do próprio orçamento.

Aliados do presidente também defendem um esforço para evitar novo confronto entre a cúpula do Congresso e o Supremo, uma vez que existiria base legal para uma vitória judicial do governo na corte. Integrantes do governo também alegam que uma ação direta de inconstitucionalidade poderia fornecer um discurso para a oposição nas redes sociais: o de que Lula teria entrado na Justiça para aumentar imposto (ainda que sobre operações financeiras).

Marianna Holanda/Folhapress

Bolsonaro escancara plano por ‘poder paralelo’ no Congresso mesmo com direita no Planalto

Ex-presidente diz que, com maioria no Senado e na Câmara, terá mais poder 'que o próprio presidente da República,
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quer ter a maioria do Congresso Nacional em 2027 como forma de criar uma espécie de poder paralelo para fazer frente ao STF (Supremo Tribunal Federal). O cálculo leva em conta até mesmo o cenário em que um sucessor no bolsonarismo venceria a disputa pelo Palácio do Planalto.

Desde que deixou a Presidência, Bolsonaro vem discursando sobre a importância de eleger maioria no Senado —que tem a prerrogativa de aprovar o impeachment de ministros do STF. Mais recentemente, movimentos e declarações do ex-presidente têm demonstrado com mais clareza o que significa para ele ter o comando da Casa.

Alguns aliados dizem que Bolsonaro está mais preocupado em ter a maioria por ali do que em eleger o ocupante do Palácio do Planalto. Inelegível, ele já disse abertamente e mais de uma vez que, com a maioria do Congresso, terá mais poderes que a própria Presidência da República.

O ex-presidente também passou a falar com maior frequência em ter a maioria na Câmara dos Deputados. Apesar de a Casa não ter o poder de levar adiante o afastamento de ministros do STF, foi nela que ficou emperrada a votação do projeto de lei da anistia aos presos e condenados nos ataques golpistas do 8 de Janeiro.

Neste domingo (29), Bolsonaro realizou um ato na avenida Paulista, em São Paulo, no qual falou sobre o tema, admitindo abertamente a possibilidade de estar preso durante as eleições ou mesmo morto —cenário que passou a tratar desde entrevista à Folha em que disse que prisão seria o fim da sua vida.

“Se vocês me derem isso [50% da Câmara e do Senado], não interessa onde esteja, aqui ou no além, quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente da República”, disse Bolsonaro na Paulista.

“Com essa maioria, nós elegeremos nosso presidente da Câmara. O nosso presidente do Senado. O nosso presidente do Congresso. A maioria das comissões de peso no Senado e na Câmara”, afirmou a uma plateia bem inferior à de manifestações anteriores.

“Nós escolheremos não o presidente [da República], o presidente do Banco Central e todo o seu secretariado. Nós seremos os responsáveis pelo destino do Brasil”, completou.

Passarão pelo crivo do ex-presidente não apenas os candidatos do PL ao Senado, mas também a negociação da chapa com partidos aliados, como União Brasil-PP e Republicanos.

A preferência será por ao menos um nome do PL em todos os estados da federação. Onde não for possível eleger um bolsonarista raiz, a ordem é compor com um partido aliado.

A prioridade para ter apoio de Bolsonaro será de quem declarar intenção de apoiar ofensivas contra ministros do STF, mais notadamente Alexandre de Moraes. Até mesmo os suplentes desses candidatos estão sendo avaliados pelo ex-presidente.

A avaliação de interlocutores dele é que o tema da eleição no próximo ano será o embate com o Supremo. De acordo com um aliado, as negociações com partidos podem prever apoiar candidatos deles a governador ou vice em troca da escolha de nomes para o Senado.

Integrantes do PL calculam eleger 22 dos 81 senadores, mas acreditam que podem chegar a cerca de 50 com aliados de outras siglas. Nessa jogada, a presidência do Senado seria demanda do partido. Aliados citam o senador Rogério Marinho (PL-RN) como uma possível nome para ocupar o cargo. Ele já foi ministro de Michel Temer (MDB) e de Bolsonaro e hoje é secretário-geral do PL.

A obsessão de Bolsonaro pelo Senado leva em conta até mesmo o cenário otimista, em que ele conseguirá emplacar um sucessor no comando do Palácio do Planalto.

Disputam o seu espólio governadores de direita como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Ratinho Jr (PSD), do Paraná. Além deles, também é mencionada a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Tarcísio, nome mais competitivo nas pesquisas hoje, é alvo de críticas de bolsonaristas mais radicais por não ser mais combativo com o STF. O governador tem laços com ministros da corte.

Aliados do governador dizem que ele conversa e busca pontes com o Supremo e que mantém diálogo com Bolsonaro sobre todos os gestos e movimentos que faz em relação aos ministros.

Uma ala do entorno do ex-presidente quer um sucessor mais enérgico nas suas medidas. Filho mais velho do ex-mandatário, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) deixou isso claro em recente à Folha.

“Estou fazendo uma análise de cenário. Bolsonaro apoia alguém, esse candidato se elege, dá um indulto ou faz a composição com o Congresso para aprovar a anistia, em três meses isso está concretizado, aí vem o Supremo e fala: é inconstitucional, volta todo mundo para a cadeia. Isso não dá.”

Integrantes do PL buscam minimizar a fala do senador e dizem que não é possível atuar na base da força, acionando as Forças Armadas, por exemplo. Por isso, o único caminho possível para o bolsonarismo garantir que a anistia seja efetivada seria via Senado.

Outro entendimento é que, por mais combativo que seja um eventual presidente da direita, seus poderes são limitados dentro da democracia. Bolsonaro considera o histórico da sua própria Presidência, em que muitos dos seus atos foram suspensos pela corte, como quando tentou dar indulto ao então deputado Daniel Silveira.

Há quem diga, portanto, que a principal negociação com um sucessor será no sentido de garantir que o Senado ficará sob o comando indireto de Bolsonaro, tendo carta livre para abrir frentes contra os ministros do STF.

É nesse sentido que o ex-presidente quer garantir todos os membros da sua família com uma vaga na Casa. Mesmo entusiastas de uma eventual candidatura de Michelle à Presidência avaliam que Bolsonaro pode preferir tê-la no Senado também por isso.

Mais recentemente, ele tornou pública a intenção de indicar o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) para disputar uma das vagas da Casa por Santa Catarina.

Em São Paulo, até segunda ordem, uma das candidaturas é de Eduardo Bolsonaro. O deputado licenciado tem sinalizado a interlocutores, contudo, que não pretende voltar ao Brasil –mesmo diante da possibilidade de uma candidatura à distância.

Ele teme ser preso, sobretudo se a mobilização por uma sanção contra Moraes pelo governo de Donald Trump der certo nos Estados Unidos.
Marianna Holanda, Folhapress

Ministério da Justiça autoriza uso de IA para localizar pessoas desaparecidas e recapturar detentos

Portaria do Ministério da Justiça autoriza o uso de IA (inteligência artificial), com reconhecimento facial a distância, em investigações criminais com autorização judicial, buscas por pessoas desaparecidas e recaptura de detentos.

Publicado nesta segunda-feira (30), o texto estabelece diretrizes para o uso de soluções de tecnologia da informação nas atividades de investigação criminal e inteligência voltadas à segurança pública.

Segundo a portaria, o uso de reconhecimento facial, em tempo real e em espaços públicos, será permitido em situações específicas, como investigações criminais previamente autorizadas pela Justiça, quando não houver outros meios disponíveis para obtenção de provas.

Também está autorizado o uso em buscas por vítimas de crimes, pessoas desaparecidas ou em situações que representem ameaça grave e iminente à vida ou à integridade física.

Outras exceções incluem flagrantes de crimes com pena superior a dois anos, desde que haja imediata comunicação à autoridade judicial; recaptura de detentos foragidos; e cumprimento de mandados de prisão ou medidas cautelares previstas em lei.

Fora dessas hipóteses, o uso de inteligência artificial deverá ser formalmente justificado e precedido de estudos que analisem os potenciais impactos negativos, de modo a garantir o respeito aos princípios da legalidade, proporcionalidade e aos direitos fundamentais.

A portaria tem como foco os órgãos federais, como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, além das forças de segurança estaduais que utilizam recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.

Entre os objetivos, estão a padronização dos procedimentos para o uso de tecnologia pelos órgãos de segurança pública e a definição de padrões de segurança da informação, com o intuito de evitar acessos não autorizados e prevenir a destruição, perda, alteração, difusão ou vazamento de dados sensíveis.

No contexto da segurança de estabelecimentos prisionais, o uso será permitido para detectar, identificar e localizar dispositivos móveis emissores de radiofrequência, com o objetivo exclusivo de bloquear a emissão de sinais e viabilizar a apreensão desses aparelhos dentro das unidades.

Também será autorizada a obtenção de dados armazenados em dispositivos móveis ou eletrônicos apreendidos no interior dos presídios, desde que haja posterior controle e fiscalização por parte da autoridade judicial competente.

Raquel Lopes/Folhapress

MEIs já respondem por déficit futuro de R$ 711 bi na Previdência, mostra estudo

A criação do MEI (Microempreendedor Individual), há 16 anos, já contratou um déficit atuarial nas contas da Previdência Social de R$ 711 bilhões —em valores de hoje. Considerando um ganho real do salário mínimo de 1% ao ano, esse montante sobe para R$ 974 bilhões.

O déficit atuarial ocorre quando as obrigações futuras com o pagamento dos benefícios excedem os recursos disponíveis para cobri-las.

As projeções foram feitas pelo pesquisador Rogério Nagamine, ex-subsecretário do RGPS (Regime Geral da Previdência Social) do Ministério da Previdência em estudo recém-publicado pelo Observatório de Política Fiscal do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

O número de trabalhadores inscritos no MEI saiu de 44 mil no final de 2009 para 16,2 milhões até junho deste ano.

“Do ponto de vista estrutural, é uma bomba previdenciária”, diz Nagamine à Folha. Segundo ele, a contribuição de 5% do salário mínimo que o trabalhador paga é insuficiente para custear os benefícios que serão gerados no futuro. O MEI já responde por quase 12% dos contribuintes ao INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), mas só 1% da receita previdenciária do governo.

“De fato, se você tem contribuição de 5% por 180 meses, que é o mínimo para se aposentar por idade, o trabalhador vai desembolsar R$ 18 mil e depois vai receber um salário mínimo para o resto da vida. Em um ano ele recebe de volta o que pagou”, afirma a advogada Adriane Bramante, conselheira da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo) e do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário).

Para ela, o MEI foi uma importante ferramenta de inclusão de pessoas que, em outro cenário, não pagariam a contribuição —sobretudo as de baixa renda, uma vez que a categoria de contribuinte facultativo (que também cobra uma alíquota reduzida) possui pré-requisitos adicionais. Mas ela reconhece que a modalidade é mais onerosa para a Previdência.

No trabalho, que mediu o impacto do MEI no equilíbrio financeiro e atuarial no RGPS, Nagamine afirma que o programa representa uma ameaça adicional à sustentabilidade previdenciária, que já está em situação complicada devido ao rápido e intenso envelhecimento populacional.

Também há evidências de que ele vem distorcendo o mercado de trabalho com carteira assinada. O estudo aponta efeitos como a migração de segurados já formais da Previdência, estímulo ao subfaturamento e debate sobre alíquotas de contribuição completamente desvinculadas do custeio da despesa com benefícios previdenciários.

Bramante vê necessidade de discutir os custos da contratação celetista, para evitar a substituição dos contratos formais pelo MEI, além de coibir outras irregularidades.

“Tem pessoas que não conseguem fazer plano de saúde como pessoa física porque os planos não aceitam mais. Então elas abrem um MEI para ter um plano de saúde. Há um desvio de conduta, isso realmente está errado.”

Procurados, os ministérios da Previdência Social e do Empreendedorismo, da Micro Empresa e de Pequeno Porte não responderam o pedido da reportagem para comentar as projeções.

O MEI permite a abertura de uma empresa simplificada para trabalhadores autônomos e pequenos empresários no Brasil via formalização da atividade com CNPJ, emissão de notas fiscais e acesso a benefícios previdenciários.

Para ser considerado MEI, o profissional deve exercer uma das atividades permitidas e ter um faturamento anual de até R$ 81 mil. A conselheira do IBDP aponta que uma das oportunidades de aprimoramento seria reduzir o valor. “Isso não é baixa renda”, diz.

Pelos cálculos de Nagamine, o programa deve gerar um déficit nas contas do RGPS da ordem de R$ 1,9 trilhão nas próximas sete décadas.

Para o especialista, trata-se de um problema que precisa ser reavaliado pela ordem de grandeza do desequilíbrio que será gerado no futuro.

Ele destaca que, embora o MEI tenha sido criado com a boa intenção de formalizar os trabalhadores por conta própria, a realidade hoje indica que apenas um em cada três dos participantes contribuiu para a Previdência no ano de 2023.

Nas projeções, Nagamine considerou os inscritos no MEI com pelo menos uma contribuição no ano de 2020, por sexo e idade. Ele calculou quanto esses trabalhadores vão agregar de contribuição com a alíquota de 5% e os valores a serem recebidos por eles quando se aposentarem por idade. Em seguida, aplicou uma probabilidade de sobrevivência usando a tábua de mortalidade do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar do impacto crescente no RGPS, o pesquisador chama atenção para a pressão no Congresso para elevar o limite de faturamento das empresas, movimento que cresce em tempos de eleição. Há propostas para aumentar o teto de R$ 81 mil para R$ 130 mil, permitindo também a contratação de mais um funcionário.

Na sua avaliação, o maior problema hoje do MEI é sua ampla utilização para substituir o emprego com carteira assinada.

Em algumas funções, afirma ele, essa substituição está acelerada, como as de cabeleireiro, manicures e esteticistas. A razão, segundo o pesquisador, é a chamada Lei do Salão Parceiro, que permite ao profissional se formalizar como MEI, estabelecendo um contrato de parceria entre as partes em vez de um vínculo empregatício. Os serviços de beleza já lideram os MEIs.

“Tem também muitas ocupações de curso superior. Vejo também faculdade privada que está parando de contratar professor com carteira e pegando MEI”, conta o pesquisador.

O MEI não paga Imposto de Renda e, com os 5% de contribuição do valor do salário mínimo, o trabalhador tem direito à aposentadoria por idade e outros benefícios, como aposentadoria por invalidez, pensão por morte, salário maternidade e auxílio-doença.

Apesar dos problemas, Bramante afirma que ainda é melhor ter o MEI, mesmo que o pagamento seja baixo, do que futuramente a pessoa virar beneficiária do BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. O benefício não exige contribuição prévia e paga o mesmo valor de um salário mínimo.

O estudo de Nagamine, porém, contesta essa avaliação e aponta que, além da receita “insignificante”, a mudança de BPC para MEI altera o fluxo de despesas, pois o trabalhador passa a ter direito aos benefícios não programados, como auxílio-doença e salário maternidade. Além disso, a aposentadoria paga 13º salário e gera pensão para dependentes, o que não ocorre com o BPC. “Por isso, o aumento da despesa pode até ser maior do que a pequena arrecadação que o MEI gera”, diz.

Colaborou Idiana Tomazelli

Adriana Fernandes/Folhapress

Derrota no Congresso agrava dificuldade eleitoral de Lula para 2026

A derrota do governo no Congresso, na semana passada, com a derrubada dos decretos que aumentariam as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), indica um cenário de dificuldade para o presidente Lula (PT) nas eleições de 2026, afirmam cientistas políticos. Além de simbolizar o enfraquecimento político do governo, o episódio suscita um questionamento sobre a capacidade que Lula terá para conquistar apoio entre os congressistas na disputa pela reeleição.

O caso do IOF se soma a uma série de reveses da gestão petista, ao longo do ano, na relação com o Congresso e inaugura parceria entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em uma articulação contra o Planalto.

Na Câmara, o projeto que susta os decretos foi aprovado com 383 votos favoráveis e 98 contrários na quarta-feira (25). Já no Senado, a aprovação foi simbólica e não houve nem contagem de votos. Foi a primeira vez, desde o governo Fernando Collor, nos anos 1990, que um decreto presidencial foi derrubado pelo Legislativo.

“A falta de articulação política do governo terá consequências dramáticas para Lula nas eleições do ano que vem”, diz Beatriz Rey, professora de ciências políticas da USP (Universidade de São Paulo). “A derrubada dos decretos do IOF mostra que os partidos estão afastados do governo, o que redundará em perda ou ausência de apoio em ano eleitoral.”

A recíproca é verdadeira, diz ela. A pesquisadora conta que Lula parece mais preocupado em ter um legado internacional do que em viabilizar a aprovação de pautas mais candentes. Ela afirma ainda que a relação do governo com as Casas está instável nas três frentes que a caracteriza: a gestão da coalizão, a articulação entre os atores políticos e a falta de abertura do Congresso para dialogar.

Afinal, deputados e senadores se veem diante de um governo com problemas de popularidade. Pesquisa Datafolha mostrou, neste mês, que Lula é desaprovado por 40% do eleitorado, mantendo o pior patamar de seus três mandatos. Apenas 28% o aprovam, o que denota a interrupção de um movimento de retomada da popularidade.

Na visão de Rey, é também difícil identificar a base do governo. Em tese, 16 dos 19 partidos suplantariam a coalizão, mas a realidade é bem diferente. Cinco dessas siglas são de centro-direita —União Brasil, PSD, MDB, Republicanos e PP— e preferem o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para as próximas eleições. Não por outro motivo, o governo tem acumulado derrotas no Congresso.

Entre abril e maio, Lula sofreu oito reveses vindos de sua base, entres os quais o rompimento com integrantes do PDT e a aprovação, na Câmara, de um projeto que visava suspender a ação da trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal).

Em fevereiro, Lula fez troca na equipe de articulação política: o ministro Alexandre Padilha (PT) deixou a Secretaria das Relações Institucionais e deu lugar na função à então presidente do PT, Gleisi Hoffmann. As dificuldades persistiram.

Professor de ciências políticas da FGV, Marco Antonio Teixeira diz que o cenário de insatisfação do Congresso com Lula se dá com a reforma ministerial ainda não concluída e a pressão por mais emendas.

Inclusive, diz Teixeira, ter um ministério deixou de ser tão vantajoso assim, com a possibilidade do parlamentar transferir recursos para a base eleitoral. A falta de popularidade também contribui para espantar os aliados. “O problema é a falta de articulação política combinada à voracidade por emendas. O efeito é devastador”, afirma ele.

“Lula vai chegar a 2026 com os aliados que sempre estiveram com ele, e a tal frente ampla não vai se repetir.” Teixeira conta que o caso do IOF sacramentou a piora da relação do Executivo com o Legislativo. No início do ano, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) deixou o cargo de presidente do Senado tendo uma relação próxima com Lula, chegando a fazer elogios em público para o mandatário, pela sanção do projeto de renegociação da dívida dos estados.

Já a relação do chefe do Executivo com Arthur Lira (PP-AL), na condição de presidente da Câmara, foi permeada por desconfiança. Contudo, afirma Teixeira, acordos eram cumpridos, o que não ocorreu no caso do IOF. “A saída é o próprio presidente assumir o papel de articular, porque todos os outros falharam.”

Gustavo Zeitel/Folhapress

Bolsonaro pede apoio a candidatos da direita “para mudar o Brasil”

O presidente do PL Bahia, João Roma, considerou que “o povo mais uma vez mostrou de quem está ao lado”, comparecendo à manifestação por “justiça já” neste domingo na Avenida Paulista. Convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o ato público reuniu milhares de pessoas em São Paulo.

Durante a manifestação, Bolsonaro assinalou a importância dos eleitores votarem em candidatos da direita no ano que vem. “Se a direita conseguir maioria de representantes nas duas Casas do Congresso Nacional, poderemos mudar o País – mesmo que eu esteja fora da Presidência”.

Roma ratificou o seu apoio a Bolsonaro. “O triunfo de uma batalha começa quando escolhemos ao lado de quem vamos lutar”, afirmou, acrescentando que “lealdade não é só ideal, mas um propósito”.

O líder da Oposição, deputado Coronel Zucco (PL-RS), disse que está com Bolsonaro porque é o símbolo do patriotismo e do civismo. Roma destacou a importância da união, lealdade e amor à pátria. “Esses são os alicerces da força de quem acredita na liberdade e na justiça”.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou da manifestação. Outros governadores também marcaram presença, a exemplo de Romeu Zema(Novo-MG),Jorginho Mello (PL-SC) e Cláudio Castro (PL-RJ), além de senadores, deputados federais e estaduais.

Em seu discurso, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), acusou o STF de “perseguir possíveis candidatos de direita com chances reais de se elegerem ao Senado”.

Adolescente é morto a facadas em briga de casal em São José de Alcobaça

Alcobaça: O homicídio marcou a madrugada deste domingo, 29 de junho, no distrito de São José de Alcobaça, no município de Alcobaça, Bahia. Por volta das 02h30, o CICOM/190 foi acionado para atender a ocorrência.

Policiais Militares da 88ª CIPM, que já estavam em diligências na região, foram até o local e encontraram Ingrit Santos de Oliveira, de 23 anos, companheira da vítima. Ela confessou ter ferido e, consequentemente, matado o parceiro durante uma discussão.

De acordo com o relato de Ingrit, a vítima, Cleuenis Conceição da Silva, de 17 anos, teria iniciado a briga e pegado uma faca para ameaçá-la e agredi-la. Em resposta, Ingrit também se armou com outra faca e o golpeou em legítima defesa.

Após ouvir a mulher, o delegado plantonista, Bruno Ferrari, liberou Ingrit Santos de Oliveira. A decisão se baseou na análise inicial de que ela agiu em legítima defesa, o que resultou na não lavratura de flagrante.

O corpo do adolescente foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Itamaraju para exames de necropsia e, posteriormente, será liberado à família para sepultamento.

Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews

Flamengo perde para o Bayern de Munique e está eliminado da Copa do Mundo de Clubes

Rubro-Negro levou dois gols em menos de 10 minutos, tentou reagir, mas equipe alemã conseguiu se impor em campo
O Flamengo perdeu para o Bayern de Munique por 4 a 2 neste domingo, no estádio Hard Rock, em Miami, nos Estados Unidos, e está eliminado da Copa do Mundo de Clubes. A equipe alemã garante a classificação para as quartas de final.

A equipe alemã mostrou superioridade nos minutos iniciais com a pressão alta. Dessa forma, o Bayern forçou os erros do Flamengo e encontrou dois gols com menos de 10 minutos. O primeiro foi contra de Pulgar após cobrança de escanteio. O segundo gol saiu após Arrascaeta ser desarmado e Harry Kane acertar um chute de fora da área no canto direito do goleiro Rossi.

De toda forma, o Rubro-Negro não recuou e seguiu investindo contra o Bayern de Munique. Foi em uma das investidas que Gerson acertou um forte chute para diminuir o marcador aos 32 minutos.

Na volta do intervalo, Jorginho descontou de pênalti aos nove minutos. Porém, o Bayern voltou a pressionar e aproveitar do erro do Fla para ampliar o marcador. Dessa vez, Luis Araújo foi desarmado e Harry Kane acerta um chute próximo da meia-lua para marcar o quarto aos 27 minutos.

O Bayern de Munique enfrenta o PSG no próximo sábado (5), às 13h, em Atlanta, nos Estados Unidos, pelas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes.

A equipe alemã mostrou superioridade nos minutos iniciais com a pressão alta. Dessa forma, o Bayern forçou os erros do Flamengo e encontrou dois gols com menos de 10 minutos. O primeiro foi contra de Pulgar após cobrança de escanteio. O segundo gol saiu após Arrascaeta ser desarmado e Harry Kane acertar um chute de fora da área no canto direito do goleiro Rossi.

De toda forma, o Rubro-Negro não recuou e seguiu investindo contra o Bayern de Munique. Foi em uma das investidas que Gerson acertou um forte chute para diminuir o marcador aos 32 minutos.

Na volta do intervalo, Jorginho descontou de pênalti aos nove minutos. Porém, o Bayern voltou a pressionar e aproveitar do erro do Fla para ampliar o marcador. Dessa vez, Luis Araújo foi desarmado e Harry Kane acerta um chute próximo da meia-lua para marcar o quarto aos 27 minutos.
O Bayern de Munique enfrenta o PSG no próximo sábado (5), às 13h, em Atlanta, nos Estados Unidos, pelas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes.
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Fenômeno dos festejos juninos, Natanzinho Lima é a grande atração deste domingo em Ipiaú

A terceira noite do São Pedro de Ipiaú, neste domingo (29), promete ser uma das mais aguardadas da festa. O destaque da programação é o fenômeno Natanzinho Lima, artista que vem conquistando multidões por onde passa e se consolidando como um dos nomes mais requisitados dos festejos juninos em todo o Nordeste.

Com seu estilo irreverente e repertório que mistura forró moderno com influências do piseiro e da música popular nordestina, Natanzinho sobe ao palco da Praça Álvaro Jardim às 22h, em um show que deve reunir uma multidão. A popularidade do cantor é tanta que já se tornou comum ver pelas ruas fãs usando o famoso chapéu “cata ovo” — também conhecido como chapéu floppy ou chapéu estilo caminhoneiro — acessório que virou marca registrada do artista e virou tendência entre o público.
Além de Natanzinho, a programação deste domingo reúne outros grandes nomes da música nacional e regional, incluindo o cantor O Grelo, do hit “Só Fé”, Gustavo Mioto, dono de sucessos como Impressionando os Anjos e Com ou Sem Mim, que se apresenta às 23h30.

A maratona de shows inclui também artistas locais e regionais que aquecerão o público e manterão o ritmo até o amanhecer. Confira a ordem oficial das apresentações:
  • Pé de Bodoque – 18h30

  • Andinho Brito – 20h00

  • Natanzinho Lima – 22h00

  • Gustavo Mioto – 23h30

  • O Grelo – 01h00

  • Kal Love Hits – 02h30

  • Lordão – 04h00

  • Banda Carretel – 05h00
Com estrutura reforçada, segurança em todo o circuito e uma programação diversa, o São Pedro de Ipiaú segue consolidado como um dos maiores eventos juninos do interior da Bahia. A festa, promovida pela Prefeitura Municipal, segue até segunda-feira (30), unindo tradição, cultura e muita música para todos os gostos.
Por: Giro Ipiaú

PF em ação conjunta apreende cerca de 450 kg de cocaína em Alto Garças/MT

Caminhão com fundo falso era utilizado para transportar a droga; casal foi preso em flagrante
Cuiabá/MT. Em uma operação conjunta realizada nesta sexta-feira (27/6), a Polícia Federal, o Grupo Especial de Fronteira (Gefron), o Batalhão de Operações Especiais (Bope), a Polícia Militar Ambiental e a Polícia Militar de Alto Garças apreenderam aproximadamente 450 quilos de cocaína no município de Alto Garças/MT.

A ação teve início a partir de informações repassadas às Forças de Segurança envolvidas, indicando que um caminhão, carregado com grãos, estaria sendo utilizado para o transporte de entorpecentes. Após análise e cruzamento de dados, foi planejada e desencadeada a operação que resultou na apreensão da droga.

Durante a abordagem, com o apoio do canil, foram localizados vários fardos contendo substância análoga à cocaína, escondidos em um fundo falso do caminhão.

Um casal foi preso em flagrante. Ambos foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal em Rondonópolis/MT, onde permanecerão à disposição da Justiça.

As investigações e ações de combate ao tráfico de drogas continuam, com foco na prisão de lideranças criminosas, na descapitalização patrimonial e na desarticulação de organizações envolvidas com o crime.
Comunicação Social da Polícia Federal em Mato Grosso

Faria Lima começa a medir ‘risco PCC’ em investimentos

Conversas sobre o crime organizado, antes restritas ao ambiente da crônica policial, ganham espaço inusitado no coração financeiro do Brasil: quem frequenta as sedes de bancos e empresas na região da avenida Faria Lima, em São Paulo, está preocupado com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho).

Investidores estrangeiros querem entender como essas facções estão agindo no mercado brasileiro e, à mesa, em almoços e jantares, os principais homens de negócio do país discutem como podem ser afetados.

A Folha entrevistou empresários, gestores de fundos —inclusive internacionais—, economistas e líderes de entidades e ouviu a mesma preocupação: as facções estão encontrando brechas na economia formal, ameaçando não apenas os ganhos de grandes empresas que atuam na legalidade, mas também a segurança do ambiente de negócios.

A leitura é que, se os criminosos chegarem a comprometer grandes companhias de São Paulo, perde-se o Brasil.

“O crime organizado, de todas as vertentes e tamanhos, está entrando com tudo numa série de setores, criando concorrência desleal para quem trabalha na legalidade”, disse à Folha o empresário Rubens Ometto, controlador do grupo Cosan, que atua em áreas como ferrovias, usinas de açúcar e álcool, distribuição de combustíveis.

Operações policiais já indicaram que as facções estão se infiltrando em áreas tão diversas quanto refino, distribuição e venda de combustíveis, mercado imobiliário, transporte privado e público, clínicas odontológicas e diferentes serviços, como de internet, saúde, limpeza urbana, coleta de lixo e até no setor financeiro.

Uma investigação identificou gente ligada ao PCC em agências que cuidam da carreira de funkeiros, sem que os artistas tivessem a menor ideia.

Está sob investigação até a atuação desses grupos no Congresso e no Judiciário, onde buscam garantir leis que possam manter as brechas permeáveis à manutenção do crime dentro da economia.

Analistas que preferem não ter o nome citado afirmaram à Folha ter obrigação profissional de medir esses riscos para os investidores, por mais desafiador que isso seja. No mercado financeiro, alguns usam até um apelido para designar os grupos ilegais: “ala business do PCC”.

Não é de agora que tráfico, milícia e criminosos em geral criam problemas para negócios formais. Há 20 anos, empresas como a Copagaz começaram a enfrentar problemas para vender um simples botijão de gás nas comunidades do Rio de Janeiro. A distribuidora Light sofre com roubos de cabos. Só de janeiro a abril deste ano foram furtados 58 mil metros, o suficiente para dar 62 voltas ao redor do Maracanã.

Mas, do lado do crime organizado, agora é diferente. Ocorreu uma mudança no modus operandi das facções a partir da pandemia da Covid-19, diz o promotor de Justiça Fábio Bechara, integrante do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Apesar de ainda persistirem antigas práticas, como a venda de produtos ilegais obtidos por meio de roubo, contrabando, adulteração e falsificação, representantes das facções passaram a aproveitar brechas legais para se infiltrar nas estruturas dos negócios.

Em comparações simples, mas ilustrativas: “Se antes os criminosos precisavam enterrar dinheiro, agora alguns já lavam recursos por meio de uma fintech aberta por parceiros; se antes saqueavam transportadoras para vender segurança ou ter influência sobre a empresa, agora tentam manter as suas próprias frotas”, diz Bechara.

É um novo ambiente, complexo e desafiador, pois é necessário refinar a apuração para separar lícito de ilícito. A empresa pode ser formal, prestar serviços, mas ter sido criada com dinheiro da venda de cocaína e ter traficantes entre os sócios.

“Nas investigações, a gente tem a preocupação de trabalhar com dados e evidências, filtrando o que é boato e exagero, até para não distorcer a ação da política pública ou criar temor desnecessário que possa impedir o bom funcionamento da economia”, diz o promotor de Justiça do Gaeco Lincoln Gakiya, que atua com a investigação de facções criminosas, especialmente o PCC, há mais de duas décadas.

“Mas é fato que as facções estão constituindo empresas que não são de fachada —operam na economia formal.”

Em São Paulo, afirma Gakiya, uma demonstração disso veio com a Operação Fim da Linha, que encontrou o PCC em duas empresas de ônibus que chegaram a transportar cerca de 700 mil passageiros diários nas zonas sul e leste da capital paulista.

A facção se infiltrou nas licitações de transporte público sem seguir a cartilha da criminalidade tradicional. Formou uma rede de advogados especializados em concessões públicas, criou as empresas e seus perfis, disputou e ganhou a licitação. A estratégia de combate também precisou ir por outra vertente, mostrando o desafio da situação: denunciar a concessão para tirar essas empresas da operação.

No setor imobiliário, os investigadores se depararam com uma engenharia financeira inusitada. Em sua colaboração, antes de ser assassinado a tiros na entrada do Aeroporto Internacional de Guarulhos, o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach detalhou como o crime organizado estava usando os FIPs (Fundos de Investimento em Participações). Não eram FIPs exclusivos do PCC, mas papéis que recebiam aplicações de investidores em geral.

Um advogado de um importante escritório paulista, que atua na área empresarial, já se deparou com esse problema, que qualificou como gravíssimo para os seus clientes. Afirma que, como as estruturas societárias se tornaram muito sofisticadas, é difícil identificar quem é o verdadeiro dono de uma empresa com quem se faça qualquer transação. Ou seja, o temor de gente séria e honesta é estar trabalhando, sem saber, com o PCC.

Um dos setores em que a ação dos criminosos tem gerado grande preocupação é o de combustíveis. Segundo as autoridades, o fato de ele ter falhas de regulação e de fiscalização abriu espaço para inúmeras práticas ilegais, antes até de qualquer relação com PCC e CV —adulteração, sonegação, fraudes em medição de bombas, importação ilegal de nafta. Todos os elos da cadeia estão comprometidos, incluindo refino, distribuição, transporte e fornecimento ao consumidor na bomba. Agora, exige investigação redobrada para identificar onde estão as facções.

“Estamos diante de uma situação muito delicada, não apenas pela concorrência desleal que o crime cria para empresas formais, mas pela insegurança que gera, tanto regulatória quanto para o ambiente de negócios”, disse à Folha Paulo Gonet, procurador-geral da República que acompanha o problema em nível nacional.

Gonet defende que um instrumento importante para deter o avanço de facções dentro do tecido da economia formal é a instituição do Gaeco Nacional. O organismo, diz, vai unificar as ações das procuradorias no combate a grupos criminosos.

Segundo a Folha apurou, os riscos do crime organizado na economia e a busca de alternativas para deter seu avanço já foram discutidos até em organismo como o CDPP (Centro de Debate de Políticas Públicas), think tank independente e suprapartidário que reúne uma elite de pensadores da economia nacional.

A Febraban, federação que representa os grandes bancos, preocupada com a possibilidade de uso de algumas fintechs por criminosos, defende a antecipação do prazo para que todas essas instituições se regularizem e peçam autorização junto ao Banco Central.

“Embora a concorrência seja bem-vinda e saudável, tem de ocorrer em condições de igualdade, particularmente na observância das regras prudenciais e de prevenção a lavagem de dinheiro”, destacou em nota enviada à reportagem.

A USP (Universidade de São Paulo) também se dedica a pesquisar e apresentar soluções para a infiltração do crime organizado por meio da Esem (Escola de Segurança Multidimensional), do IRI (Instituto de Relações Internacionais). Em dezembro do ano passado, fez o seminário “A Grande Convergência: Crime Organizado e a Infiltração nas Cadeias Produtivas no Brasil”.

“Existe a preocupação de tentar minimizar o impacto do processo de infiltração do crime nos setores produtivos”, explica Leandro Piquet, coordenador da Esem que tem dedicado especial atenção ao tema.

“Essa mudança, do crime violento e predatório para os crimes baseados em mercado, é uma realidade global, e o Brasil está nisso, de forma acelerada, porque está cheio de lacunas e de brechas regulatórias —e essas oportunidades são capturadas por organizações criminosas por meio de múltiplos vínculos.”

O caráter transnacional desse tipo de crime e a necessidade de um combate orquestrado mobilizam organismos como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Em dezembro passado, lançou a Aliança para a Segurança, a Justiça e o Desenvolvimento, uma plataforma para facilitar a colaboração contra ilícitos, que já tem a adesão de 22 países.

Para o presidente do BID, Ilan Goldfajn, a estratégia contra facções deve ser similar à adotada contra o terrorismo: identificar a fonte do dinheiro, segui-la e interrompê-la. Em suas palavras, “cortar o oxigênio do crime organizado”.

Alexa Salomão, Folhapress

‘Representando os baianos na luta por justiça, liberdade e anistia’, diz Diego Castro na Paulista

O deputado estadual Diego Castro (PL) participa, neste domingo (29), do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), neste domingo (30), na Avenida Paulista, em São Paulo. O evento é organizado sob o slogan “Justiça Já”.

A manifestação tem como foco rebater a acusação de golpe de Estado atribuída a aliados do ex-presidente, em especial após os desdobramentos envolvendo a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e uma das figuras centrais nos inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Estarei representando os baianos na luta por justiça, liberdade e anistia dos perseguidos políticos no Brasil. Ao lado do povo e de Jair Bolsonaro, seguimos firmes na defesa da verdade e contra os abusos de poder”, declarou Diego Castro.

O parlamentar baiano, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro no estado, tem marcado presença em atos promovidos pelo bolsonarismo nos últimos meses, dentro e fora da Bahia.

Bolsonaro intensificou a convocação do ato por meio das redes sociais ao longo da semana. No último dia 21, publicou um vídeo no X (antigo Twitter) em que afirmou: “O Brasil precisa de todos nós. É por liberdade, por Justiça”.

A mensagem foi acompanhada por críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com menções a temas como inflação, custo dos alimentos e cortes na saúde.
O vídeo traz ainda a música “Volta, capitão”, que pede o retorno de Bolsonaro à presidência — embora ele esteja inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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