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‘Pelo Brasil eu morro, mas pelo Ceará eu mato’, diz Ciro Gomes ao se filiar ao PSDB
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| Ciro Gomes e Tasso Jereissati em ato de filiação do ex-ministro ao PSDB em Fortaleza |
O ex-ministro Ciro Gomes assinou nesta quarta-feira (22) sua ficha de filiação ao PSDB, defendeu a união das oposições na disputa pelo governo do Ceará em 2026 e disparou críticas contra o presidente Lula (PT), o governador Elmano de Freitas (PT) e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
Em discurso, Ciro não confirmou se será candidato a governador, mas indicou que terá como prioridade a construção de um projeto político no Ceará. Falou das mágoas que carrega das eleições de 2022, disse ter sido traído e prometeu resgatar o seu estado.
“Pelo Brasil eu morro, mas pelo Ceará eu mato”, disse o ex-ministro no ato que reuniu militantes e líderes políticos em um hotel em Fortaleza.
Aos 67 anos, Ciro tenta retomar o protagonismo político em seu estado e caminha para ser candidato ao governo do estado pela segunda vez— ele comandou o estado de 1991 a 1994.
A tendência, apontam aliados, é que ele seja o adversário do governador Elmano de Freitas na eleição do próximo ano para tentar interromper um ciclo de governos petistas iniciado em 2015 com a eleição de Camilo Santana, hoje ministro do governo Lula.
O ministro da Educação foi um dos alvos de críticas de Ciro, que classificou o ex-governador como alguém que quer ser dono do Ceará: “Vou tirar sua máscara, Camilo Santana”. O governador Elmano de Freitas foi chamado de “pau-mandado e frouxo”.
O ato reuniu os principais líderes da oposição no Ceará, incluindo o deputado federal bolsonarista André Fernandes (PL) e o ex-deputado federal Capitão Wagner (União Brasil), ambos antigos adversários políticos de Ciro no Ceará e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em discurso, Ciro chamou Fernandes de “jovem talento” e destacou o papel de Wagner ao denunciar o domínio das facções criminosas no estado. Na sequência, afirmou que, mesmo com discordâncias em relação à política nacional, estavam unidos pelo espírito público.
Antevendo possíveis críticas, lembrou as alianças de Lula com pessoas com quem tinha diferenças, caso de José de Alencar, vice-presidente do petista em seus dois primeiros mandatos, e Geraldo Alckmin (PSB), atual vice-presidente.
Em entrevista, André Fernandes destacou que as convergências com Ciro Gomes são maiores que as divergências e sinalizou apoio à unidade da oposição.
“Gostamos da coragem do Ciro, é uma aposta muito grande. No momento certo, iremos definir e apresentar uma chapa, espero eu, uma chapa única da oposição no estado do Ceará”, afirmou o bolsonarista.
Ao falar da política nacional, Ciro se disse que vai se engajar na tarefa de reconstruir o PSDB e fez uma deferência ao ex-governador Tasso Jereissati, seu padrinho político no início da carreira e fiador de seu retorno ao ninho tucano.
Também disparou críticas ao presidente Lula, falando em “roubalheira generalizada” e destacando problemas como a informalidade no mercado de trabalho. Ao falar da eleição nacional de 2026, chamou de irresponsabilidade uma possível nova candidatura de Lula aos 81 anos.
Nos últimos anos, Ciro ampliou as divergências políticas com antigos aliados como Camilo Santana e até mesmo com o próprio irmão, o senador Cid Gomes (PSB), com quem está rompido desde 2022.
Cid, que governou o Ceará entre 2007 e 2014, tem afirmado que uma possível candidatura de Ciro criará uma situação “absolutamente constrangedora”. O senador é aliado de Elmano de Freitas e deve apoiar a reeleição do governador.
Entre aliados de Ciro, uma possível candidatura ao governo é vista como um movimento capaz de mexer com o tabuleiro eleitoral do estado. Aliados do governador, por sua vez, minimizam o impacto da entrada o ex-ministro na disputa estadual.
Elmano trabalha para ampliar o seu arco de alianças e tenta trazer para o seu palanque a federação formada por PP, que já é seu aliado no estado, e União Brasil, que está dividido.
Outro partido que se reaproximou do governador é o PDT, do qual Ciro pediu desfiliação na semana passada. A legenda faz parte da base de Lula e retomou pontes com o PT no Ceará.
Além de Ciro Gomes, o ato em Fortaleza também marcou a filiação ao PSDB de José Sarto, prefeito da capital entre 2021 e 2024. Ele será candidato a deputado federal.
O ex-governador Tasso Jereissati convidou Ciro a assumir o cargo de presidente estadual do partido, com o fim do mandato de Ozires Pontes que se aproxima.
Sofia Herrero e João Pedro Pitombo, Folhapress
Ciro Gomes retorna ao PSDB, desafia PT e chacoalha xadrez eleitoral do Ceará
Ciro Gomes tinha 32 anos quando disputou pela última vez um cargo majoritário no Ceará, estado onde tem suas raízes políticas. Elegeu-se governador em 1990 pelo PSDB, cargo que depois o catapultaria para sua primeira vitrine nacional: o Ministério da Fazenda do então presidente Itamar Franco.
Agora, aos 67, Ciro volta a assinar a ficha do PSDB, tenta retomar o protagonismo político em seu estado e chacoalha o xadrez eleitoral do Ceará. O retorno ao ninho tucano será oficializado nesta quarta-feira (22) em um ato político em Fortaleza.
Separam estes dois Ciros um intervalo de 35 anos. Neste período, ele passou por quatro partidos –PPS, PSB, Pros e PDT– e disputou quatro eleições presidenciais, sendo derrotado em 1998, 2002, 2018 e 2022. Mesmo sem sucesso nas urnas, se consolidou com um líder político com presença nacional.
Após ser derrotado em 2022, quando teve seu pior desempenho nas quatro eleições presidenciais e saiu das urnas com 3% dos votos, Ciro anunciou que não disputaria mais eleições. Mas tudo caminha para que ele não cumpra a promessa que fez a si e aos eleitores.
A tendência, apontam aliados, é que ele seja o adversário do governador Elmano de Freitas (PT) na eleição do próximo ano para tentar interromper um ciclo de governos petistas iniciado em 2015 com a eleição de Camilo Santana, hoje ministro da Educação do governo Lula (PT).
Desta forma, faz um movimento buscando reconstruir o seu capital político a partir da sua base eleitoral. Para se reposicionar no jogo político, tenta amarrar uma unidade entre os partidos da oposição, incluindo até mesmo o PL de Jair Bolsonaro.
O movimento vinha sendo maturado desde o ano passado, quando seus principais aliados apoiaram o deputado federal bolsonarista André Fernandes (PL) no segundo turno em Fortaleza. A aproximação foi intensificada em maio deste ano, com o ex-ministro se reunindo com deputados de oposição ao governador.
Na ocasião, Ciro sinalizou pela primeira vez que toparia uma possível candidatura ao governo e declarou apoio a uma provável candidatura ao Senado do deputado estadual e pastor Alcides Fernandes (PL), pai de André Fernandes.
“Existe um sentimento majoritário na oposição de que é preciso unir forças, apresentando um palanque único e forte contra o governador”, afirma o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, aliado próximo a Ciro que vai se filiar ao União Brasil.
Ao mesmo tempo em que passou a confraternizar com adversários do passado, Ciro ampliou as divergências políticas com antigos aliados como Camilo Santana e até mesmo com o próprio irmão, o senador Cid Gomes (PSB), com quem está rompido desde 2022.
Cid, que governou o Ceará entre 2007 e 2014, tem afirmado que uma possível candidatura de Ciro criará uma situação “absolutamente constrangedora”. O senador é aliado de Elmano de Freitas e deve apoiar a reeleição do governador.
Questionado sobre a filiação de Ciro ao PSDB, Cid afirmou em entrevista à imprensa que cada qual segue o caminho que quer: “Ninguém deve comentar a vida dos outros. A gente deve se esforçar para fazer o melhor pelo povo. Você nunca vai me ver falando mal de adversário, muito menos de meu irmão”.
Entre aliados de Ciro, uma possível candidatura ao governo é vista como um movimento capaz de mexer com o tabuleiro eleitoral do estado.
Nomes como o ex-deputado Capitão Wagner (União Brasil) e o deputado André Fernandes (PL) sinalizaram que não se opõem a uma aliança. O principal ponto de resistência é o senador Eduardo Girão (Novo), que se lançou pré-candidato a governador e lembra que Ciro não possui uma trajetória na direita.
Aliados do governador minimizam o impacto da entrada o ex-ministro na disputa estadual: “Gostaria muito de ver Ciro Gomes candidato da oposição no Ceará, com toda sua arrogância e incoerência”, afirmou Chagas Vieira, chefe da Casa Civil do governo, ao jornal O Povo.
Elmano trabalha para ampliar o seu arco de alianças e tenta trazer para o seu palanque a federação formada por PP, que já é seu aliado no estado, e União Brasil, que está dividido.
Outro partido que se reaproximou do governador é o PDT, do qual Ciro pediu desfiliação na semana passada. A legenda faz parte da base de Lula e retomou pontes com o PT no Ceará.
No PSDB, a filiação de Ciro Gomes é encarada como um movimento de caráter local, com foco na disputa do governo do Ceará. Há uma preocupação de evitar especulações de que Ciro pode ser candidato a presidente pela quinta vez.
A articulação para a volta de Ciro ao partido foi conduzida pelo ex-governador Tasso Jereissati, que foi seu padrinho político no início de carreira.
João Pedro Pitombo/Folhapress
Geddel diz que MDB “vai reivindicar” posto de vice na chapa de Jerônimo Rodrigues em 2026
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| Foto: Política Livre/Ex-ministro Geddel Vieira Lima |
Diante das especulações de que o MDB pode ficar de fora da chapa majoritária do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o ex-ministro Geddel Vieira Lima, ex-presidente do MDB baiano, em entrevista à rádio Piatã FM, afirmou que o se partido irá reivindicar o espaço que hoje abraça a sigla e é do vice-governador Geraldo Júnior.
Geddel salientou que o MDB tem sido “extremamente leal” ao governo. “O MDB tem sido extremamente leal, não tem nenhuma razão para mudar. O MDB vai reivindicar e vai lutar para isso. Fora a especulação de imprensa, nas conversas que tive com Jerônimo, Wagner, com o PT, ninguém sinalizou nesta direção e nem acho que sinalize. Nós tivemos um papel fundamental na eleição de Jerônimo. O MDB reivindica, quer, deseja, vai trabalhar por isso e vai se motivar muito mais na campanha”, apontou.
Sobre os desejos e cobranças de partidos como o PSD e do Avante, o ex-ministro também minimizou. “É natural da política. Mas nós já estamos na cadeira. Geraldo Júnior tem um papel importante na eleição futura, o MDB tem papel importante na eleição futura. Não vejo nenhuma razão para isso. Time que está ganhando, seja no futebol ou na vida, não deve ser alterado”, ponderou.
Política Livre
‘Cadê os 50 milhões de reais dos respiradores?’: ACM Neto aceita convite de Rui Costa e inicia o debate
O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, respondeu ao ex-governador e ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), e disse aceitar o convite para o debate político, cobrando explicações sobre o escândalo dos respiradores que nunca chegaram à Bahia. A declaração foi feita nesta sexta-feira (10), em entrevista ao programa Levante a Voz, da rádio Andaiá FM, e ao Blog do Valente.
“Quanto ao debate com ele, eu já vou aproveitar para começar esse debate agora, não vou esperar não. Fica uma pergunta, Rui Costa, ex-governador Rui Costa, ministro da Casa Civil. Cadê os 50 milhões de reais que o governo do Estado colocou para comprar respiradores e nunca recebeu? Porque na pandemia ele colocou 50 milhões de reais que desapareceram, sumiram. Aliás, essa semana, o Superior Tribunal de Justiça encaminhou ao Ministério Público Federal o inquérito que investiga Rui Costa nesse escândalo dos respiradores em nosso Estado”, afirmou ACM Neto.
O ex-prefeito também provocou o governador Jerônimo Rodrigues, afirmando estar pronto para um debate a qualquer momento. “Jerônimo, ele outro dia foi num programa da Band e disse que queria debater comigo. Aí o jornalista Victor Pinto perguntou se podia marcar o debate e ele desconversou, saiu correndo. Eu debato com Jerônimo no dia, na hora e no local que ele quiser. Se quiser, ainda deixo ele definir os temas. Fique à vontade, Jerônimo, porque eu não tenho medo de debate”, disse.
O caso dos respiradores envolve a compra de equipamentos pelo Consórcio Nordeste durante a pandemia da Covid-19, no valor de R$ 48,7 milhões, sem licitação e com pagamento antecipado. Nenhum dos respiradores foi entregue, e o processo segue sob investigação federal.
Na Bahia, Lula deve fazer convite para Rui "comandar" governo em 2026 e manter Coronel em chapa, dizem aliados
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| (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará na Bahia, nesta quinta-feira (9). Com agenda em Camaçari, para a inauguração da fábrica da montadora chinesa BYD, e em Maragogipe, para anúncio de investimentos da Petrobras e do Ministério de Portos e Aeroportos, Lula pode trazer na bagagem outra oferta, porém, para o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Aliados do presidente Lula tem indicado ao Bahia Notícias que o presidente irá formalizar um “convite” ao ministro, para que ele seja o responsável pela gestão federal - uma espécie de primeiro-ministro, durante o período de campanha, em 2026. O “apelo” para Rui “comandar” o governo e centralizar as demandas durante a atuação política de Lula a partir do próximo ano, além de demonstrar prestígio, desataria o impasse da chapa majoritária na Bahia.
Os recentes movimentos de Rui, de reafirmar a própria candidatura ao Senado, podem ter como resposta do presidente Lula o convite ao ministro. O ato seria o “primeiro passo” de uma articulação mais ampla, garantindo a possibilidade reeleição de Angelo Coronel, com a presença do senador Jaques Wagner (PT) na chapa e conservando a parceria do PT com o PSD no âmbito estadual. Ao ex-governador Rui Costa seria prometida a vaga para disputar o Senado, em 2030, quando o finaliza o mandato do senador Otto Alencar — que se aposentaria da política.
Para além do protagonismo nacional, a atuação de Lula também iniciaria o processo de pacificação nacional com o PSD, conforme indicaram os mesmos aliados do presidente. A relação ainda teria arestas por aparar, principalmente com relação ao nome que o partido apoiaria para a presidência da República, onde também possui um pré-candidato, o governador do Paraná, Ratinho Jr., Além disso, a relação do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seria outro ponto a ser “contornado” mediante a ação nacional de pacificação.
BIRRA PASSADA?
A escolha do senador Angelo Coronel para a chapa majoritária nesta eleição carrega também a escolha feita em 2018. Anteriormente, ao BN, interlocutores do PT na Bahia indicaram que Lula possuiria uma certa “birra” com Coronel, não somente por conta da atuação do senador após ser eleito. Aliados ao governo baiano também confidenciaram que, já em 2018, durante o processo de escolha de Coronel para integrar a chapa majoritária, em uma troca com a então senadora eleita pelo grupo, a atual deputada federal Lídice da Mata (PSB), Lula já teria sinalizado resistência na escolha.
Inclusive, um caso específico, durante um evento pré-eleitoral, na residência do deputado federal Valmir Assunção (PT) traduziria a birra. Lula teria sido direto sobre o desejo de não trocar Lídice por Coronel. “Mas precisa mesmo trocar? Acho melhor não”, revelou a fonte ao Bahia Notícias.
FUTURO
Como não há um sucessor definido para Lula, Rui Costa também deve ficar de olho nessa possibilidade. Caso assuma o “comando” do governo em 2026, durante a campanha eleitoral, o ministro da Casa Civil permaneceria fortalecido em um virtual segundo mandato, mantendo-o como uma opção para herdar o legado político do presidente.
O interesse de Rui em ser candidato à presidência da República não é novo e esbarra em outros nomes, considerados mais próximos de Lula e do PT de São Paulo, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Candidato substituto de Lula em 2018, o futuro do ex-prefeito de São Paulo também é incerto em 2026, quando pode ser lançado no pleito ao Senado ou ao governo paulista — para enfrentar um franco-favorito Tarcísio de Freitas (Republicanos), cuja própria candidatura não é confirmada.
Fonte: Bahia nofficias
Eleições 2026: TRE-BA alerta cidadãos para regularização da situação eleitoral a um ano do pleito
As Eleições Gerais estão marcadas para o dia 04 de outubro de 2026. Faltando exatamente um ano para o pleito, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) garante a segurança das urnas eletrônicas e reforça a importância das pessoas estarem com a documentação eleitoral regularizada.
De acordo com o Portal de Estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualmente, a Bahia possui 11.071.202 (onze milhões, setenta e um mil, duzentos e dois) eleitoras e eleitores aptos a exercerem o voto. Desse total, 53% são mulheres e 47% são homens. Ainda de acordo com o levantamento feito pelo TSE em junho deste ano, 254.831 títulos estão cancelados no estado.
Ainda que o prazo para regularizar a situação eleitoral termine apenas em 2026, com o fechamento do cadastro, é preciso ficar atento às possíveis consequências da perda do prazo. Quem estiver com o título eleitoral cancelado não poderá votar nas eleições do ano que vem, fica impedido de emitir passaporte e carteira de identidade, é proibido de fazer inscrição em concurso público, entre outras restrições.
Os cidadãos e as cidadãs têm até 6 de maio do próximo ano para solicitarem emissão da primeira via, transferência, revisão de dados e atualização da biometria.
Os serviços on-line podem ser acessados por meio do Autoatendimento Eleitoral, disponível no Portal do TRE-BA. A plataforma permite consultas eleitorais de forma remota, sem sair de casa. Outra opção é comparecer presencialmente a uma das unidades da Justiça Eleitoral (JE) em Salvador ou no interior do Estado. Confira aqui as unidades da JE.
Em 2026, as eleitoras e os eleitores votarão para os cargos de Presidente(a) da República, Governador(a), Senador(a), Deputado(a) Estadual e Deputado(a) Federal.
Documentos para votar
No dia das eleições, para votar, é necessário estar portando um dos seguintes documentos: e-Título, disponível gratuitamente para Android e iOS; carteira de identidade; passaporte; carteira profissional emitida por entidade de classe reconhecida por lei; certificado de reservista; carteira de trabalho (somente a versão física); ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Não é necessário levar o título de eleitor para votar. Para conferir a seção e/ou a zona eleitoral, os eleitores e as eleitoras podem consultar o Portal do TRE-BA, o aplicativo e-Título ou o próprio documento físico.
Confiabilidade das urnas
O Tribunal assegura também a lisura do processo eleitoral, por isso, em junho deste ano, realizou o primeiro Simulado Nacional de Hardware. O procedimento consiste em uma votação simulada em urnas eletrônicas com a finalidade de avaliar o desempenho, a estabilidade e a conformidade técnica dos equipamentos. Se detectadas eventuais inconsistências operacionais, serão adotadas soluções antes do pleito oficial, garantindo assim a transparência e a segurança das eleições.
O segundo teste segue em andamento. Começou no dia 30 de setembro e vai até 08 de outubro.
Centrão avança nos estados e projeta mais candidaturas aos governos em 2026
Com PT e PL voltados para as eleições presidenciais e com a meta de ampliar suas respectivas bancadas no Senado, partidos do centrão ganham musculatura nos estados e se movimentam para obter terreno na disputa pelos governos estaduais.
Faltando um ano para as eleições, marcadas para 4 de outubro de 2026, partidos como PP, União Brasil e Republicanos caminham para ter um número recorde de candidatos a governador.
O cenário é resultado do fortalecimento dessas legendas, que aumentaram suas bancadas no Congresso Nacional, com consequente ampliação das verbas milionárias dos fundos partidário e eleitoral.
O União Progressista, federação que uniu o PP e União Brasil, caminha para ter candidaturas aos governos de até 16 estados. Juntos, os dois partidos devem ter um tempo de propaganda robusto e cerca de R$ 1 bilhão do fundo eleitoral.
“A federação cria uma boa estrutura de largada que viabiliza uma candidatura a governador. O passo seguinte é buscar o apoio de outros partidos”, avalia ACM Neto, vice-presidente do União Brasil e pré-candidato ao Governo da Bahia.
As duas legendas anunciaram no último mês o desembarque do governo Lula (PT), mas mantiveram indicados em cargos federais, incluindo dois ministérios e estatais —o ministro do Turismo, Celso Sabino, pediu demissão, mas tenta permanecer no cargo.
Agora, articulam candidaturas nos estados enquanto tentam emplacar um projeto nacional que unifique a direita.
O PP, que em 2022 disputou os governos de cinco estados e venceu no Acre e em Roraima, agora tem pré-candidatos em dez unidades da Federação.
Entre as novas apostas estão o ex-tucano Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul, além de três vice-governadores que vão assumir em definitivo em abril de 2026 com a renúncia dos titulares para concorrer ao Senado: Celina Leão (DF), Lucas Ribeiro (PB) e Mailza Assis (AC).
Em São Paulo, a aposta do partido é o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, pré-candidato ao Senado que pode concorrer ao governo se Tarcísio de Freitas (Republicanos) for candidato a presidente.
O União Brasil tem pré-candidaturas em oito estados, incluindo grandes colégios eleitorais como Bahia e Rio de Janeiro. Mas enfrenta embates internos com o PP no Acre, na Paraíba e no Paraná —neste último, o senador Sergio Moro tenta viabilizar sua candidatura ao governo, mas enfrenta resistências.
O Republicanos é outra sigla que deve ter um salto no número de candidatos a governador. Originalmente ligada à Igreja Universal, a legenda tem buscado ampliar suas bases nos estados.
Em 2022, o partido disputou apenas três estados e venceu em São Paulo, com Tarcísio de Freitas, e no Tocantins, com Wanderlei Barbosa. Agora pode ter candidatura em até nove estados.
Dentre eles estão o senador Cleitinho (Minas Gerais), o vice-governador Otaviano Pivetta (Mato Grosso) e o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Espírito Santo). A legenda também negocia a filiação de potenciais candidatos como Alan Rick, no Acre, e Fernando Máximo, em Rondônia.
O PL de Jair Bolsonaro enfrenta um cenário mais nebuloso nos estados. O partido disputa a reeleição em Santa Catarina, com Jorginho Mello, e caminha para lançar o deputado Luciano Zucco, no Rio Grande do Sul, e a empresária Maria do Carmo Seffair, no Amazonas.
Há pré-candidaturas em outras três localidades: Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Norte. Em Minas Gerais, o deputado federal Nikolas Ferreira avalia concorrer.
Enquanto o centrão tenta ganhar terreno, partidos tradicionais de centro como PSD e MDB atuam para manter o protagonismo.
O MDB, que possui três governadores, vai lançar candidaturas em oito estados. “Vamos com uma estratégia pé no chão, de mostrar que o MDB tem um diferencial por ser um partido de entrega, que tem gestão”, afirma o deputado federal Baleia Rossi (SP), presidente nacional do partido.
O partido vai apostar em nomes experientes, incluindo o ministro dos Transportes, Renan Filho (Alagoas), e quatro vice-governadores que devem assumir o cargo no próximo ano: Gabriel Souza (Rio Grande do Sul), Hana Grassan (Pará), Daniel Vilela (Goiás) e Ricardo Ferraço (Espírito Santo).
O PSD, que chegou a cinco governadores com as filiações de Raquel Lyra (Pernambuco), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Laurez Moreira (Tocantins), tem pré-candidaturas em ao menos dez estados.
Nesta semana, o partido acertou a filiação do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, que vai deixar o partido Novo, em um movimento que mina uma possível candidatura do senador Rodrigo Pacheco. Outra aposta da legenda é o prefeito Eduardo Paes, no Rio de Janeiro.
No campo da esquerda, o PT vai disputar a reeleição na Bahia, no Ceará e no Piauí e lançou o secretário da Fazenda, Cadu Xavier, como pré-candidato à sucessão de Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte.
A legenda também mira uma candidatura competitiva no Rio Grande do Sul, com Edegar Pretto, e avalia lançar nomes em outros seis estados.
O PSB terá como prioridade a candidatura de João Campos, em Pernambuco, mas avalia entrar na disputa em São Paulo, com o ministro Márcio França, e no Distrito federal, com Ricardo Capelli.
PSDB e PDT seguem em rota de declínio. Os tucanos, que perderam os três governadores eleitos em 2022, terão como principal trunfo uma possível candidatura de Ciro Gomes, cotado para se filiar ao partido no Ceará. A legenda também deve concorrer em Goiás e Rondônia.
O PDT, que chegou a lançar dez candidatos em 2022 na esteira da campanha presidencial de Ciro Gomes, deve ter candidatos em três estados. A principal aposta é Juliana Brizola, no Rio Grande do Sul.
João Pedro Pitombo/Folhapress
Ciro Nogueira é oportunista e não tem procuração do Bolsonaro, diz ruralista Nabhan Garcia
O ruralista Nabhan Garcia chama o senador Ciro Nogueira (PP-PI) de oportunista, diz que ele não representa a direita e cobra dele uma procuração para falar em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o candidato do grupo nas eleições do ano que vem.
“Eu não vi até agora nenhuma procuração que o Bolsonaro passou para o Ciro Nogueira para ele falar quem pode ser o candidato da direita, o vice… Todo mundo sabe que ele quer ser o vice. Ontem era o Tarcísio. Hoje já é o Tarcísio e o Ratinho. Amanhã pode ser quem, o Lula?”, diz.
Em entrevista ao jornal O Globo, Ciro disse que o ex-presidente já escolheu quem vai substituí-lo na disputa contra Lula (PT) e que só há duas opções: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).
Nabhan afirma que a partir de hoje vai usar a influência dele “para que o agro esteja atento e não caia nessa onda de ficar trabalhando para eleger falso oportunista”. Diz ainda que está cedo para definir quem vai disputar as eleições e pede respeito a Bolsonaro.
“Eu me sinto muito constrangido. Confesso que me sinto mal vendo um cara sem essa qualificação se colocar em uma situação como essa, em que o Bolsonaro está preso, incomunicável, acuado e ainda não definiu quem vai ser [o candidato dele], quem não vai ser”, diz Nabhan.
“A minha qualificação para ele é a de oportunista político sem muita credibilidade. E agora se intitulando de centro-direita. Para mim, que tenho uma história de vida e sempre defendi esses princípios que chamam de direita, esse cara não representa centro-direita coisa alguma. De direita ele não é.”
Como presidente da UDR Nacional (União Democrática Ruralista), instituição que representa pecuaristas, Nabhan ajudou a pavimentar o apoio do agronegócio a Bolsonaro. Durante o governo, foi Secretário de Assuntos Fundiários. Segundo ele, Bolsonaro ainda é o candidato do “agro raiz”.
“Um amigo chegou a me ligar e falou: ‘Se esses oportunistas começarem a querer fazer graça, daqui a pouco eu vou apoiar o Lula. É de esquerda, assume que tem um lado’”, conta, acrescentando ser contra Lula, mas preferir tomar um uísque nacional barato a um uísque importado falsificado.
Caiado reage a Ciro Nogueira, chama senador de ‘inexpressivo’ e expõe racha em federação
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou neste domingo (5) o senador Ciro Nogueira (PP-PI) após o parlamentar excluí-lo da lista de presidenciáveis apoiados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As siglas dos dois formalizaram uma federação em agosto e no mês passado anunciaram juntos o desembarque do governo Lula (PT).
Presidente do PP citou os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Paraná, Ratinho Jr. (PSD), em entrevista ao jornal O Globo, como os candidatos da direita à Presidência em 2026 e não citou Caiado.
“A ansiedade de Ciro Nogueira em se colocar como candidato a vice-presidente do governador Tarcísio é vergonhosa. […] Se Bolsonaro quiser escolher um porta-voz, certamente será um de seus filhos ou sua esposa, Michelle. Não o Ciro Nogueira, senador de inexpressiva presença nacional, que um dia já jurou amor eterno ao Lula”, escreveu Caiado no X.
Segundo o governador, o senador presta enorme desserviço à direita ao vetar a pré-candidatura de Romeu Zema (Novo), Eduardo Bolsonaro (PL) e a dele.
“Não falo por Zema ou Eduardo, mas quanto à minha pré-candidatura, devo dizer que não dependo de aval de Ciro Nogueira. Certamente não será por ele que passará a decisão de construir a melhor estratégia para derrotar o PT, partido que um dia já foi tão querido pelo mesmo Ciro, e implementar um novo projeto para o Brasil e os brasileiros”, escreveu.
Apesar de citar Tarcísio e Ratinho, Ciro afirmou na entrevista que não tinha legitimidade para falar por Bolsonaro.
“Acredito que ele já decidiu. Defendo que comunique isso em dezembro para ser anunciado em janeiro. Quem vai ser, só ele sabe. Eu imagino, mas quem tem legitimidade e autoridade para dizer é ele ou o [senador] Flávio ou até a Michelle [ex-primeira-dama], que tem contato direto com ele”.
O senador afirmou que o governador de São Paulo será candidato à Presidência mesmo se não quiser. “É impossível ele não ser candidato se tiver o apoio do presidente Bolsonaro. […] Ele queria ser candidato ao Senado em Goiás, tinha apoio do Ronaldo Caiado, mas o Bolsonaro disse: ‘Você vai para São Paulo, vai ser governador e ganhar a eleição’. Ele obedeceu e venceu”.
Mais cedo, Ronaldo Caiado também disse que o União Brasil se reunirá para expulsar Celso Sabino da sigla. O ministro do Turismo resiste em deixar o partido.
O ministro é do Pará, deseja se candidatar ao Senado em 2026 e gostaria de ficar no Turismo até a realização da COP30. Conforme a coluna Painel deste sábado (4), Sabino deve informar ao presidente na terça-feira (7) que permanece no cargo e enfrentará o processo de expulsão.
Já o PP não pretende expulsar o ministro do Esporte, André Fufuca, também resistente à saída. No entanto, ele seria retirado do comando da sigla no Maranhão.
Ciro Nogueira afirma que Bolsonaro já escolheu candidato da direita e cita Tarcísio e Ratinho como opções para 2026
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou, em entrevista ao jornal “O Globo”, que o ex-presidente Jair Bolsonaro já escolheu quem será o candidato da direita nas eleições presidenciais de 2026, e que o anúncio deve ser feito em janeiro. Segundo ele, apenas dois nomes têm viabilidade para representar o grupo: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o governador do Paraná, Ratinho Júnior. Ciro destacou que Tarcísio dificilmente recusaria a convocação de Bolsonaro, repetindo o gesto de 2022, quando aceitou disputar o governo paulista a pedido do ex-presidente.
Para o senador, a união da direita e do centro é essencial para enfrentar o presidente Lula nas próximas eleições. Ele defende que o campo conservador apresente um candidato capaz de dialogar com diferentes segmentos da sociedade e de construir um projeto nacional sólido. Ciro também disse que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem legitimidade para manifestar interesse em disputar o Planalto, mas avaliou que, por estar morando fora do país, o filho do ex-presidente não reúne as condições práticas para viabilizar uma candidatura.
Nogueira aproveitou para comentar a atual conjuntura política, afirmando que o avanço de Lula nas pesquisas se deve mais a erros da oposição do que a acertos do governo. Ele também voltou a defender a aprovação de uma anistia ampla para os condenados pelos atos de 8 de janeiro e pediu que o Congresso resolva o tema “nos próximos dias”. Por fim, afirmou que o PP e os partidos da federação a que pertence deixarão todos os cargos no governo Lula antes de 2026, reforçando o distanciamento da base governista.
Aliados de Bolsonaro avaliam lançar Flávio como vice de Tarcísio para conter planos de Eduardo
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estudam uma estratégia para frear os planos de Eduardo Bolsonaro de disputar a Presidência em 2026. Segundo a coluna Lauro Jardim, integrantes do PL encomendarem um levantamento sobre o desempenho de possíveis presidenciáveis da direita nas redes sociais em setembro. O resultado mostrou que Flávio Bolsonaro teve engajamento superior ao de outros nomes do grupo e quase empatou com o presidente Lula.
A proposta em discussão é lançar Flávio como vice em uma eventual chapa encabeçada por Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo e um dos nomes mais cotados para representar a direita nas próximas eleições presidenciais.
A movimentação ocorre em meio às resistências dentro da família Bolsonaro. Eduardo, que vive atualmente nos Estados Unidos, já afirmou a interlocutores que só abriria mão da candidatura em favor de um de seus irmãos.
Quaest para governador da Bahia em 2026: ACM Neto tem 41% e Jerônimo Rodrigues, 34%
Uma pesquisa Quaest divulgada nesta sexta-feira (22) mostra que ACM Neto (União) lidera a disputa pelo governo da Bahia em 2026, com 41% das intenções de voto. O atual governador, Jerônimo Rodrigues (PT), aparece em segundo lugar com 34%. A diferença entre os dois está dentro da margem de erro de três pontos percentuais. A informação é do G1.
O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos e ouviu 1.200 eleitores baianos, com 16 anos ou mais, entre os dias 13 e 17 de agosto. O nível de confiança é de 95%.
Intenção de voto para governador da Bahia em 2026:
ACM Neto (União): 41%
Jerônimo Rodrigues (PT): 34%
João Roma (PL): 4%
Kleber Rosa (PSOL): 2%
José Aleluia (Novo): 1%
Indecisos: 4%
Branco/Nulo/Não vai votar: 14%
A pesquisa também avaliou a aprovação da gestão de Jerônimo Rodrigues, que é aprovada por 59% dos eleitores e desaprovada por 33%. O índice se mantém estável em relação a fevereiro de 2025 (61%) e acima dos 54% registrados em dezembro de 2024.
Por: Politica Livre
Tarcísio recebe recado de que Bolsonaro estaria disposto a apoiá-lo em 2026 com Michelle de vice
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) que está disposto a apoiá-lo como candidato a presidente na eleição de 2026 em uma chapa que teria como vice a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
A informação circula entre membros do primeiro-escalão do governo paulista e parlamentares de direita. Pelo menos dois interlocutores de Tarcísio confirmaram a informação. Outro reforçou à reportagem que a possibilidade da chapa Tarcísio-Michelle “esquentou” nos últimos dias.
A assessoria de imprensa do governador negou que tenha havido sinalização de Bolsonaro e disse que Tarcísio é candidato à reeleição. Procurada, a assessoria de imprensa do ex-presidente não se posicionou. O espaço segue aberto. O advogado Fabio Wajngarten, que faz a intermediação de Bolsonaro com a imprensa, disse que está focado no caso do ex-ministro Gilson Machado (PL), preso preventivamente nesta sexta-feira, 13, sob a suspeita de ajudar o tenente-coronel Mauro Cid a planejar uma fuga do Brasil.
Segundo pessoas com trânsito entre ambos, o plano traçado é que Bolsonaro dê à bênção pública ao governador somente na reta final do prazo de desincompatibilização, em abril de 2026, para não perder força política em meio ao processo que enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF). Na outra ponta, a estratégia também beneficiaria Tarcísio, evitando o desgaste de se colocar como candidato cedo demais.
Um interlocutor que conversa com o governador periodicamente disse ao Estadão que o tom dele mudou. Há alguns meses, segundo essa fonte, Tarcísio era taxativo de que não iria disputar o Palácio do Planalto, possibilidade que passou a admitir recentemente. Um dos argumentos utilizados por Tarcísio no final de abril para rechaçar a candidatura a Presidência era a falta de garantia de que teria o apoio de Bolsonaro.
Bolsonaro ficou hospedado no último final de semana na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, onde mora Tarcísio, para se preparar para o depoimento à Primeira Turma do STF na ação da tentativa de golpe. O ex-presidente e o governador estarão juntos novamente na próxima terça-feira, 17, quando participam de uma feira agropecuária em Presidente Prudente (SP).
Tarcísio tem repetido publicamente que não é candidato, mas tem dado sinalizações que pode embarcar na disputa presidencial. Ele lançou recentemente um programa de combate à pobreza que classificou como “mais amplo” do que o Bolsa Família, marca associada ao PT, tem feito críticas à política econômica do governo Lula (PT) e há 20 dias afirmou ao lado de diversos caciques do Centrão que o “grupo estará unido, tem projeto para o Brasil e vai fazer a diferença”.
Na mesma ocasião, a filiação de Guilherme Derrite ao PP, o presidente do partido, Ciro Nogueira (PP), declarou que o País chamará Tarcísio de presidente “muito em breve, ou agora ou em 2030″. O dirigente disse que defenderá Derrite como candidato a governador se essa hipótese se concretizar no ano que vem — o evento de filiação foi lido por bolsonaristas como lançamento da pré-campanha de Derrite ao governo de São Paulo.
Embora ainda não haja uma sinalização pública do governador, nos bastidores a avaliação de parte dos aliados é que que a dúvida não é mais se Tarcísio é candidato a presidente, mas quem disputará a eleição paulista como seu sucessor. O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB) e o secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), também estão no páreo.
Essa avaliação, porém, não é unânime, já que outra ala de aliados ainda enxerga o cenário como indefinido diante da possibilidade de Michelle encabeçar a chapa ou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), que tem manifestado intenção de representar o pai na eleição presidencial.
Pesquisa Genial/Quaest publicada na semana passada aponta que Tarcísio e Michelle empatam dentro da margem de erro com Lula em um eventual segundo turno da eleição presidencial. O atual presidente leva vantagem de 10 pontos percentuais contra Eduardo.
Pedro Augusto Figueiredo/Estadão
Lula caminha para 2026 ancorado em base com políticos que torcem por Tarcísio candidato
O anúncio do presidente da República de que é “candidatíssimo” à reeleição no ano que vem, feito em jantar com deputados no último dia 23, soou a congressistas como uma tentativa de afastar a sensação de um fim antecipado da era Lula (PT), mas os prognósticos na sua base de apoio continuam com viés negativo.
Os cinco partidos de centro e de direita que compõem sua coalizão —União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos— são fontes constantes de instabilidade, não asseguram apoio à possível tentativa do petista de tentar um quarto mandato e, mais do que isso, são entusiastas da possível candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A Folha ouviu congressistas e dirigentes das cinco legendas, que somam quase metade do tamanho da Câmara —240 deputados.
Uma situação simboliza o grau de dificuldades: o fato de a prometida reforma ministerial se arrastar há seis meses sem sair do papel.
Em 2024, aliados de Lula pregavam a necessidade de dança de cadeiras após as eleições municipais, cotejando a força demonstrada por cada um e privilegiando os que se comprometessem a cerrar fileiras na campanha do PT em outubro de 2026.
Passados seis meses, só peças do próprio PT foram trocadas, além de duas que não têm relação com acomodação da base: Carlos Lupi (Previdência), do PDT, pelo escândalo do INSS, e Juscelino Filho (Comunicações), do União Brasil, pela denúncia contra ele da Procuradoria-Geral da República.
Essa última se deu ainda em meio a um bate-cabeça adicional. O líder da bancada na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), foi escolhido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se reuniu-se com o governo, recebeu o convite, aceitou e foi anunciado pela ministra Gleisi Hoffmann, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto.
Dias depois, recuou devido à artilharia interna contra o governo, um sintoma, de resto, que em maior ou menor grau está em todos os outros quatro partidos da aliança.
Até para alguns dos mais próximos ao Planalto há a avaliação de que a reforma ministerial não saiu ainda porque não há perspectiva de bons resultados para o governo.
As cinco legendas têm 11 ministérios, mas nenhum dirigente, líder ou deputado ouvido pela Folha assegurou adesão à possível candidatura de Lula.
Tão preocupante quanto para o governo é o fato, também disseminado entre essas legendas, de que uma possível candidatura de Tarcísio teria o condão de unir as forças políticas fora da esquerda.
O que é dito abertamente pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, figura simbólica dessa “base infiel”, já que comanda legenda com três ministérios ao mesmo tempo em que é secretário e entusiasta do governador de São Paulo.
Apesar do aparente paradoxo, deputados dizem não esperar mexidas relevantes no tabuleiro governamental no futuro próximo.
Primeiro, os cinco aliados incômodos de Lula têm amplo histórico —alguns mais do que outros— de fisiologismo, não sendo razoável supor que abandonariam cerca de um ano garantido de acesso à máquina federal.
Segundo, o PT não dispõe de força no Congresso Nacional para prescindir dessas alianças, mesmo que indigestas.
O prazo para definições mais cabais em relação a 2026 é em outubro, dizem uns —ou seja, um ano antes da eleição—, ou o primeiro semestre do ano que vem, dizem outros.
Há também muitas variáveis.
Entre elas: Tarcísio irá se candidatar à Presidência ou tentará a reeleição em São Paulo? Jair Bolsonaro (PL) conseguirá recuperar a elegibilidade? Se não, apoiará ou pressionará Tarcísio a se lançar? Ou escolherá alguém da própria família, como os filhos Flávio e Eduardo? A economia, incluída a inflação de alimentos, estará no mesmo patamar, irá piorar ou melhorar? A popularidade de Lula, que atingiu o pior nível em fevereiro, irá se recuperar?
O presidente, que estará para completar 81 anos na eleição, tentará mesmo um quarto mandato?
Apesar de ter se classificado como “candidatíssimo” em abril, dois meses antes ele mesmo já citou a própria idade e disse que não sabia se será candidato ou não. “Eu tenho 79 anos, não posso mentir para ninguém nem para mim. Se eu tiver 100% de saúde, como estou hoje…”
Das cinco legendas, uma das mais emblemáticas é o União Brasil, a do vaivém nas Comunicações.
O partido, que tem três ministérios, é fruto da fusão em 2022 de DEM e PSL. O primeiro é o ex-PFL, sigla com origem no partido de apoio à ditadura militar e que por 40 anos foi, ao lado do PSDB, o principal adversário do PT e da esquerda. Já o PSL era um partido nanico que só cresceu devido à filiação de Bolsonaro em 2018, atualmente o principal antípoda eleitoral de Lula.
A sigla abriga ao menos três alas hoje. A liderada por Davi Alcolumbre, mais fisiológica e próxima ao Planalto, a de entusiastas do bolsonarismo e a de ex-demistas históricos, que defendem uma atuação independente do lulismo e do bolsonarismo.
Integra esse último grupo, por exemplo, o governador Ronaldo Caiado (GO), pré-candidato ao Palácio do Planalto, mas que por ora conta com apoio insuficiente no próprio partido.
Na semana que passou, a legenda anunciou uma federação —aliança pelos próximos quatro anos— com o PP, que foi marcada pelo discurso oposicionista e que teve presença quase nula de governistas.
PSD e MDB, também com três ministérios cada um, têm uma atuação menos instável e são apontados por petistas como siglas mais abertas a uma composição eleitoral, mas mesmo nelas há muitos entraves, vide as movimentações e declarações de Kassab.
O MDB também está alinhado a Tarcísio em São Paulo e embora tenha importantes quadros muito próximos a Lula —como o governador Helder Barbalho (PA) e o senador Renan Calheiros (AL)—, abriga expressiva ala de oposição no Sul e Sudeste, além de ter sido o partido que, não esquece o PT, comandou o impeachment de Dilma Rousseff em 2016.
O PP controla a pasta dos Esportes e a Caixa Econômica Federal, que virou feudo do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira. Apesar disso, é presidido pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais críticos de Lula. Nos bastidores, integrantes do partido dizem considerar muito pouco o que controlam tendo em vista o tamanho do PP no Congresso.
Já o Republicanos, além de ser o partido de Tarcísio, é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, importante foco do antipetismo. Assim como os outros partidos, tem mais simpatizantes a Lula no Nordeste e abriga forte oposição entre parlamentares do Sul e Sudeste.
Ranier Bragon, Folhapress
Maior parte dos governadores buscará Senado, e 1/3 tentará reeleição
A maior parte dos 27 governadores tem como plano A para o ano que vem buscar candidaturas ao Senado. A opção é citada por 13 chefes de Executivos estaduais.
Entre eles, estão Claudio Castro (PL-RJ), Renato Casagrande (PSB-ES), Helder Barbalho (MDB-PA) e Ibaneis Rocha (MDB-DF).
O contingente poderá aumentar se outros três governadores que alimentam projetos presidenciais desistirem e optarem pelo Senado como um plano B: Eduardo Leite (PSDB-RS), Ratinho Jr. (PSD-PR) e Ronaldo Caiado (União-GO).
Em compensação, Helder Barbalho poderá desfalcar o time dos candidatos ao Senado caso o MDB consiga emplacá-lo como vice na chapa de Lula à reeleição.
Outro caso singular é o de Romeu Zema (Novo-MG), que tem dito que não tem interesse por um mandato de senador e cogita apenas disputar a Presidência ou ser vice de alguém.
Outros 9 governadores colocam a candidatura à reeleição como plano eleitoral prioritário. A lista inclui Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem dito preferir um novo mandato em São Paulo, mas poderá ser levado a uma candidatura presidencial no lugar de Jair Bolsonaro (PL).
O único governador que já declarou que não pretende disputar eleição em 2026 é o alagoano Paulo Dantas (MDB), que cumpre o segundo mandato e deve ficar no cargo até o fim.
*
Os planos dos governadores
Candidatos ao Senado: 13
Claudio Castro (PL-RJ)
Renato Casagrande (PSB-ES)
João Azevedo (PSB-PB)
Fátima Bezerra (PT-RN)
Carlos Brandão (PSB-MA)
Helder Barbalho (MDB-PA)*
Wilson Lima (União-AM)
Marcos Rocha (União-RO)
Antonio Denarium (PP-RR)
Gladson Cameli (PP-AC)
Mauro Mendes (União-MT)
Ibaneis Rocha (MDB-DF)
Wanderlei Barbosa (Republicanos-TO)
Candidatos à reeleição: 9
Jorginho Mello (PL-SC)
Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP)**
Jerônimo Rodrigues (PT-BA)
Fábio Mitidieri (PSD-SE)
Raquel Lyra (PSD-PE)
Elmano de Freitas (PT-CE)
Rafael Fonteles (PT-PI)
Clécio Luís (Solidariedade-AP)
Eduardo Riedel (PSDB-MS)
Pré-candidatos declarados à Presidência: 4
Eduardo Leite (PSDB-RS)***
Ratinho Jr. (PSD-PR)***
Romeu Zema (Novo-MG)*
Ronaldo Caiado (União-GO)***
Não disputará eleição: 1
Paulo Dantas (MDB-AL)
*podem disputar Vice-Presidência
**pode disputar Presidência
***podem disputar Senado
Fábio Zanini, Folhapress
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