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Quem são os cardeais brasileiros aptos para o cargo?

Da esquerda para a direita, cardeais Dom Paulo Cezar Costa, de Brasília; João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília; Odilo Pedro Scherer, de São Paulo; e Jaime Spengler, de Porto Alegre
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ete cardeais brasileiros vão participar do conclave, a eleição para a escolha do novo comandante da Igreja Católica. Dois deles são da capital: o arcebispo de Brasília, Paulo Cezar Costa, e o arcebispo Emérito, João Braz de Aviz, que deixou o posto ao completar 75 anos. Hoje, ele tem 77 anos.
Da esquerda para a direita, cardeais Sérgio da Rocha, de Salvador; Orani João Tempesta, do Rio de Janeiro; e Leonardo Steiner, de Manaus. 
Veja a lista completa abaixo:
  • Cardeal Dom Paulo Cezar Costa, de Brasília;
  • Cardeal João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília;
  • Cardeal Odilo Pedro Scherer, de São Paulo;
  • Cardeal Jaime Spengler, de Porto Alegre, atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB);
  • Cardeal Sérgio da Rocha, de Salvador;
  • Cardeal Orani João Tempesta, do Rio de Janeiro;
  • Cardeal Leonardo Steiner, de Manaus.
Como acontece a votação do conclave?

Um cardeal precisa receber dois terços dos votos para ser eleito. As indicações, secretas, são queimadas após a contagem.

Até quatro votações podem ser feitas por dia, sendo duas pela manhã e outras duas à tarde. Se, depois do terceiro dia de conclave, a Igreja ainda não tiver o novo Papa, começa uma pausa de 24 horas para orações. Outra, por igual período, também pode ser convocada se houver mais sete votações sem um eleito.

Já quando a indicação do novo pontífice é fechada, a Igreja, então, questiona formalmente se ele aceita o cargo. Se o religioso aceitar, deve escolher um novo nome. Na sequência, é levado para o ambiente chamado de 'Sala das Lágrimas', no qual traja as vestes papais.

No final do processo, o novo Bispo de Roma é anunciado aos fiéis na Praça de São Pedro e apresentado na sacada da Basílica. É de lá que é proclamada a frase: 'Habemus Papam'.

O que é a 'Sé Vacante'?

Com a morte do Papa Francisco, a Igreja Católica passa pelo período chamado de 'Sé vacante', fase em que fica sem um líder e quando o clero se reúne para a escolha do novo pontífice. A expressão Sé Vacante vem do latim e significa 'Trono Vazio'. Neste período, o governo da Igreja Católica fica a cargo do carmelongo, que administra os bens e o Tesouro do Vaticano.

O ocupante do posto também tem a responsabilidade de organizar o Conclave, a eleição para escolha do substituto, que, pelas normas católicas, precisa começar em até 20 dias após a morte do Papa

O nome da votação também tem origem no latim e quer dizer "fechado à chave". Durante os dias do conclave, cardeais elegíveis do mundo todo ficam fechados no Vaticano, em um juramento de segredo absoluto sobre o procedimento.

No momento, o carmelongo é o cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell.

Durante seu governo, é o Colégio dos Cardeais que precisa discutir os assuntos mais urgentes da Igreja Católica.

O grupo não pode fazer mudanças profundas na Igreja ao longo da Sé Vacante, como alterar as leis determinadas pelos papas, por exemplo. Mas, tem como uma das primeiras determinações estabelecer o dia, a hora e o modo como o corpo do pontífice será levado à Basílica de São Pedro para ser exposto aos fiéis.

Já com relação ao Conclave, as votações acontecem dentro Capela Sistina.
https://cbn.globo.com/mundo

Elon Musk afirma que reduzirá tempo ao governo dos EUA após o lucro da Tesla desabar 71%


Depois de a Tesla registrar queda de 71% no lucro líquido reportado no primeiro trimestre, Elon Musk, o fundador da montadora de veículos elétricos, anunciou vai reduzir “significativamente” seu trabalho como funcionário especial do governo dos EUA.

Os fracos resultados da empresa foram creditados a uma linha de produtos fraca e a uma reação negativa mundial dos consumidores ao envolvimento crescente de Elon Musk na política dos EUA.

“Provavelmente no próximo mês, em maio, meu tempo dedicado ao Doge [Departamento de Eficiência Governamental dos EUA] cairá significativamente”, disse Musk. Segundo a Reuters, sua participação no governo deve se resumir a um ou dois dias por semana. A fala do magnata fez com que as ações da Tesla disparassem 13% no after market.

Musk tem enfrentado pressão dos investidores para explicar sua ausência da Tesla, bem como o dano percebido à marca devido ao seu relacionamento próximo com o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu papel controverso como chefe do Doge, um comitê criado por Trump para coordenar o corte de gastos federais e reestruturação do governo.

Depois da divulgação do balanço, Musk afirmou que seu envolvimento com o governo Trump continuará até o “restante do mandato”, porém com a Tesla recebendo a maior parte de sua dedicação.

A Tesla está contando com uma recuperação na demanda por veículos após a recente atualização de seu carro principal, o Model Y. Os investidores também aguardam detalhes sobre um novo veículo acessível que a empresa prometeu.

O lucro líquido reportado do primeiro trimestre caiu 71% em relação ao ano anterior, para US$ 409 milhões (R$ 2,3 bilhões), ficando abaixo das expectativas dos analistas. O ajustado recuou para US$ 934 milhões.

A receita caiu 9%, para US$ 19,3 bilhões (R$ 110,3 bilhões), abaixo da estimativa média dos analistas de US$ 21,4 bilhões (R$ 122,4 bilhões), segundo a S&P Capital IQ.

No início deste mês, a Tesla relatou que suas entregas caíram 13% nos primeiros três meses deste ano, em comparação com o ano anterior, marcando seu pior trimestre desde 2022. A empresa também perdeu sua coroa de maior fabricante mundial de veículos elétricos para a rival chinesa BYD. O preço das ações da Tesla caiu pela metade desde seu pico em meados de dezembro.

O grupo também enfrenta riscos crescentes da guerra comercial de Trump, que alertou que poderia torná-la alvo de tarifas retaliatórias e aumentar o custo de fabricação de veículos na América.

A Tesla monta todos os seus veículos vendidos nos EUA localmente, mas ainda está exposta às amplas tarifas e interrupções na cadeia global de suprimentos automotivos, já que obtém componentes de outros mercados.

“Embora o atual cenário tarifário tenha um impacto relativamente maior em nosso negócio de energia em comparação com o automotivo, estamos tomando medidas para estabilizar o negócio a médio e longo prazo e focar na manutenção de sua saúde”, disse a Tesla no relatório de lucros.

A margem operacional do primeiro trimestre da Tesla também caiu de 5,5% para 2,1% no ano anterior.

Folhapress

Trump e Melania vão ao funeral do papa em Roma

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania Trump, vão a Roma para o funeral do papa Francisco nesta semana. “Estamos ansiosos por comparecer”, afirmou Trump em post na sua rede social Truth Social.

Será a primeira viagem internacional do republicano desde que tomou posse, em 20 de janeiro.

Trump esteve com o papa em visita ao Vaticano em 2017, no seu primeiro mandato. O presidente americano tinha divergências com o pontífice, sobretudo em relação às políticas de imigração.

Folhapress

Voto em papel, fumaça preta ou branca; entenda o conclave, que elegerá novo papa

Passados os nove dias de cerimônias do funeral de Francisco, morto nesta segunda-feira (21) aos 88 anos, o conclave passa a atrair todas as atenções para a escolha do novo papa. Têm direito a voto apenas os cardeais com menos de 80 anos, que se reúnem na Capela Sistina. A eleição, secreta e espontânea (sem candidatos predeterminados), é feita em folhas de papel depositadas em urna. O vencedor é aquele que obtiver dois terços dos votos, calculados com base no total de eleitores presentes.

Em tese, qualquer homem batizado e celibatário pode vir a se tornar pontífice, mas a última vez que um não cardeal virou papa ocorreu em 1378 —Urbano 6º era apenas arcebispo quando foi escolhido.

Além do caráter estritamente secreto que envolve o processo —os cardeais precisam jurar que manterão segredo sobre tudo o que envolver as votações—, a assembleia também é alvo de atenção por sua duração indefinida. O anúncio do novo papa pode demorar dias ou semanas. Francisco foi eleito no segundo dia de conclave, na quinta votação. Bento 16 saiu vencedor também no segundo dia, após quatro escrutínios.

Se não há um vitorioso, as cédulas são queimadas, e uma fumaça preta na chaminé da Capela Sistina indica ao público que o processo continuará. Se a cor for branca, o cardeal protodiácono, o mais antigo cardeal-diácono, se apresenta aos fiéis na praça São Pedro para pronunciar o aguardado “habemus papam”, a frase em latim que indica que o novo chefe da Igreja foi escolhido. Ele, então, diz o nome civil do eleito e o nome de pontífice pelo qual passará a ser chamado. Esta escolha do nome papal é pessoal do novo chefe da Igreja.

É incerta a história que envolve as primeiras eleições papais –há evidências de que os primeiros pontífices nomearam seus sucessores. Pelo menos desde o século 13, a escolha ganhou contornos parecidos com o que ocorre hoje. Depois que Clemente 4º morreu, em 1268, os cardeais levaram mais de dois anos para eleger o sucessor. O nome só saiu depois que eles foram trancados em uma sala sem teto e refeições à base de pão e água. O eleito, Gregório 10, publicou, então, uma lista de regras determinando o conclave fechado.

O formato foi evoluindo desde então, e foi só no século 20 que a eleição do papa ficou livre de interferências de fora da Igreja Católica. Desde o século 17 até o papado de Pio 10, encerrado em 1914, os reis católicos da Europa tinham direito de veto na escolha do pontífice. Em 1903, o instrumento foi usado pela última vez, quando a Áustria barrou o nome do cardeal Mariano Rampolla.

Ainda que as regras tenham se mantido relativamente estáveis nos últimos anos, o próximo conclave terá como fator surpresa o comportamento dos cardeais eleitores nomeados por Francisco. Em seus dez consistórios, até dezembro de 2024, o argentino diversificou a origem dos cardeais, diminuindo a presença dos religiosos da Europa, em especial da Itália, e aumentando os provenientes da Ásia e da África. O nome do futuro papa tem tudo para refletir a ideia de “igreja em saída”, de caráter missionário e capaz de chegar a todos, de que tanto falou Francisco durante seu papado.

Michele Oliveira/Folhapress

Ataques israelenses em gaza matam mais de 90 pessoas nas últimas 48 horas, dizem palestinos


Ataques israelenses em Gaza mataram mais de 90 pessoas nas últimas 48 horas, disse o Ministério da Saúde de Gaza no sábado, enquanto as tropas israelenses intensificam ataques para pressionar o Hamas a libertar seus reféns e se desarmar. Os mortos incluem 15 pessoas que foram mortas durante a noite, entre elas mulheres e crianças, algumas das quais estavam abrigadas em uma zona humanitária designada, de acordo com a equipe do hospital.

Pelo menos 11 pessoas foram mortas na cidade sulista de Khan Younis, várias delas abrigadas em uma tenda na área de Mwasi, onde centenas de milhares de pessoas deslocadas estão vivendo, disse um trabalhador do hospital. Israel designou-a como uma zona humanitária.

Outras quatro pessoas foram mortas em ataques separados na cidade de Rafah, incluindo uma mãe e sua filha, de acordo com o Hospital Europeu, para onde os corpos foram levados.

A guerra começou quando militantes liderados pelo Hamas atacaram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrando 251.

A maioria dos reféns desde então foi libertada em acordos de cessar-fogo ou outros acordos. A ofensiva de Israel desde então matou mais de 51 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que não distingue entre civis e combatentes.

A guerra destruiu vastas partes de Gaza e a maior parte de suas capacidades de produção de alimentos.

A guerra deslocou cerca de 90% da população, com centenas de milhares de pessoas vivendo em acampamentos de tendas e prédios bombardeados. Os ataques ocorrem enquanto grupos de ajuda soam o alarme sobre o bloqueio de Israel a Gaza, onde proibiu a entrada de todos os alimentos e outros bens por mais de seis semanas.

Milhares de crianças ficaram desnutridas, e a maioria das pessoas mal está comendo uma refeição por dia à medida que os estoques diminuem, disse a Organização das Nações Unidas.

Associated Press, Estadão Conteúdo

EUA mudam versão sobre Covid e dizem que vírus vazou de laboratório chinês


Agora sob o comando de Donald Trump, o governo dos Estados Unidos mudou no site da Casa Branca a versão oficial americana sobre a origem da Covid-19.

Atualizada nesta sexta-feira (18), a nova versão afirma que o vírus se espalhou pelo mundo após um “incidente”. “Um incidente laboratorial é provavelmente a origem da Covid-19”, diz o novo site da Casa Branca em artigo intitulado “Vazamento laboratorial (Lab Leak) — a verdade sobre as origens da Covid-19”.

A página ainda acusa a gestão anterior por “ocultar” a verdade. O texto afirma que a administração Joe Biden favoreceu uma narrativa que agradaria o eleitor democrata, que rejeitaria a teoria de que o vírus vazou de um laboratório de Wuhan, região chinesa considerada o epicentro da pandemia.

Essa versão foi descartada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2021. Os principais estudos sobre a origem do vírus defendem que ele passou de um animal para humanos, provavelmente após consumo, a partir de um mercado municipal de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei.

O novo site tenta relacionar o laboratório ao mercado municipal. A página exibe um mapa com a distância entre o laboratório e o mercado.
O artigo também acusa o infectologista Antony Fauci, ex-assessor médico de Biden. Considerado referência na luta contra a covid nos EUA, Fauci teria tentando “ocultar” narrativas divergentes.

A publicação ‘A Origem Proximal do SARS-CoV-2’ -usada repetidamente por autoridades de saúde pública e pela mídia para desacreditar a teoria do vazamento de laboratório- foi motivada pelo dr. Fauci.Casa Branca, em trecho do novo site.

O artigo também critica o governo chinês. “Os mecanismos governamentais atuais [chineses] para supervisionar essa perigosa pesquisa (…) são incompletos, extremamente complexos e carecem de aplicabilidade global”, diz a Casa Branca.

A pandemia começou no governo Trump. Então na Casa Branca, Trump relutou em admitir a gravidade da crise sanitária. A política mudou após Biden assumir o cargo. Estima-se que 1,2 milhão de norte-americanos morreram após infecção por alguma linhagem do vírus da Covid-19.

Folhapress

EUA podem abandonar negociação de paz na Ucrânia se não houver progresso, diz secretário de Estado

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, declarou nesta sexta-feira (18) que o governo de Donald Trump pode abandonar as negociações de paz na Ucrânia se não houver progresso significativo nos próximos dias. “Agora estamos chegando a um ponto em que precisamos decidir e determinar se isso é possível ou não”, afirmou.

“Estou falando sobre uma questão de dias, se é possível ou não fazer isso nas próximas semanas”, acrescentou. “Se for, estamos dentro. Se não for, temos outras prioridades.”

Rubio fez a declaração a jornalistas em Paris pouco antes de embarcar de volta para Washington. Na quinta-feira (17), na capital francesa, ele havia se reunido com Emmanuel Macron e representantes de Reino Unido e Alemanha para discutir o plano americano para suspender a guerra, iniciada há pouco mais de três anos por Vladimir Putin.

Um assessor de Macron considerou importante os europeus participarem das discussões. Também fizeram parte da reunião Steve Witkoff e Keith Kellogg, negociadores de Trump para o conflito, e um representante do governo ucraniano. Um novo encontro foi marcado para a próxima semana, em Londres.

A interlocução com as três maiores potências europeias encerra semanas de diálogos difíceis sobre a guerra. A perspectiva de os EUA forçarem um acordo de paz muito favorável a Putin era vista com preocupação pela União Europeia, que anunciou medidas para aumentar os investimentos em defesa do bloco. Em entrevista recente, Ursula von der Leyen, chefe da Comissão Europeia, declarou que as “ambições imperialistas do presidente russo não têm limites”.

O tom de ultimato de Rubio concorre com o conteúdo do memorando que EUA e Ucrânia acertaram durante a madrugada europeia sobre a exploração de minerais raros, algo que o presidente americano disse encarar como uma espécie de pagamento do apoio financeiro dado a Kiev desde 2022. Trump, inclusive, antecipou a conclusão do acordo, na quinta-feira (18), durante uma visita da premiê italiana, Giorgia Meloni, na Casa Branca.

O documento delineia um fundo de reconstrução e precisa ser ratificado pelo Parlamento ucraniano. É o que restou de um acordo bem mais amplo, que fracassou depois de o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, bater boca publicamente com Trump e seu vice, J. D. Vance, em pleno Salão Oval, em fevereiro.

Zelenski descarta até aqui ceder território invadido para a Rússia. Diplomatas europeus defendem, porém, que a negociação precisa partir de bases realistas.

Em Moscou, Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que vê algum progresso na negociação com os americanos. “Os contatos são bastante complicados, porque, naturalmente, o assunto não é fácil”, ponderou. “A Rússia está comprometida com a resolução desse conflito, garantindo seus próprios interesses, e está aberta ao diálogo. Continuamos a fazer isso”, afirmou.

Peskov minimizou a ameaça de Rubio, insistindo que há avanços no diálogo com os EUA. Ainda assim, declarou à AFP que a trégua sobre instalações de energia, na visão de Moscou, já tinha expirado. Segundo o porta-voz, a Ucrânia também não vinha respeitando o frágil acerto. “Até agora não tivemos novas instruções do comandante em chefe, o presidente Putin”, disse Peskov.

Vance, por outro lado, demonstrou otimismo ao desembarcar na Itália nesta sexta-feira (18), horas depois das manifestações de Rubio. “Como as negociações estão em andamento, não vou antecipá-las, mas estamos otimistas quanto à possibilidade de encerrar essa guerra brutal”, disse o vice-presidente, ao lado de Meloni, com quem já tinha se encontrado em Washington na véspera.

A agenda de Vance na Itália também previa um encontro com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano. Segundo a mídia europeia, o intuito do político americano, que é católico, era visitar o papa Francisco, que se recupera de uma pneumonia e uma longa internação, em meio às celebrações da Páscoa.

José Henrique Mariante / Folhapress

Transparência Internacional critica asilo a ex-primeira-dama do Peru concedido por Lula


A ONG Transparência Internacional-Brasil criticou nesta quinta-feira, 17, o asilo concedido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, condenada a 15 anos de prisão em julgamento relacionado a Operação Lava Jato. Segundo a entidade, Lula coloca “dúvidas” sobre a atuação dele em “lutar contra a corrupção e a impunidade” na América Latina.

“A concessão de asilo, sob a justificação da proteção humanitária, levanta sérias dúvidas sobre o compromisso do Brasil com o combate à corrupção e impunidade na região. Ao fornecer abrigo a uma pessoa condenada por corrupção, o Brasil envia um sinal preocupante de tolerância a práticas ilícitas que enfraquecem as instituições democráticas e dificultam o desenvolvimento dos países latino-americanos”, disse a Transparência Internacional.

Citando os desdobramentos da Operação Lava Jato no Brasil, a Transparência Internacional disse que o Peru não se “convenceu da narrativa” da ilegalidade das provas da Odebrecht, utilizadas para condenar o casal.

“Se tivesse havido vontade institucional, o Brasil poderia ter feito o mesmo – mas optou por enterrar esse sólido conjunto de evidências. (..) É imperativo que o Brasil reveja sua conduta, tanto internamente como internacionalmente. A integridade do sistema judicial e a credibilidade da diplomacia brasileira não pode ser comprometida pela proteção de atores corruptos”, escreveu a ONG.

Como mostrou o Estadão, a oposição ao governo Lula se movimentou contra a medida. Os parlamentares sugeriram a abertura de investigações pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Eles também pretendem convocar o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a prestar explicações na Câmara e requisitaram informações por escrito ao Itamaraty

Nadine Heredia chegou ao Brasil nesta quarta-feira, 16, após um salvo-conduto do governo peruano conquistado após articulações com o Planalto.

Nadine Heredia é esposa do ex-presidente peruano Ollanta Humala. Nesta terça-feira, 15, os dois foram condenados a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, acusados de receber recursos ilícitos da Odebrecht e do governo venezuelano para o financiamento de campanhas.

O advogado Marco Aurélio de Carvalho, que integra a defesa de Nadine e faz parte do Grupo Prerrogativas, afirma que há “paralelos indiscutíveis” entre o caso de Nadine e os processos contra Lula na Operação Lava Jato.

“As condenações do ex-presidente peruano e de sua esposa carecem de provas e foram lastreadas por uma única delação que já é inclusive objeto de dúvidas e polêmicas no próprio Peru”, afirmou.

Gabriel de Sousa/Estadão

Falta de imigrantes preocupa agro, hotéis e restaurantes nos EUA, e Trump sugere recuo


O presidente Donald Trump fez um aceno nas últimas semanas ao agro, hotéis e restaurantes dos EUA, setores que, junto com a construção civil, são os que mais dependem do trabalho de imigrantes indocumentados.

Em uma entrevista na noite de terça-feira (15) ao Fox Noticias, programa em espanhol do canal conservador, o republicano sugeriu que pode criar um caminho para que empregadores consigam trazer de volta imigrantes que se autodeportarem.

“Eu também estou facilitando para fazendeiros e hotéis e tudo o mais, porque você tem muitos fazendeiros que não vão conseguir, você sabe, fazer suas produção e colher o milho e todas as coisas que eles fazem incrivelmente bem”, disse, em referência à saída de imigrantes.

O presidente disse que vai lançar um programa de autodeportação em que imigrantes receberão dinheiro e uma passagem de avião para saírem dos EUA voluntariamente. Uma vez de volta ao seu país, poderão pleitear um retorno legal.

“Vamos ser muito compreensivos em termos de talvez deixar esse fazendeiro, você sabe, ele é meio que responsável, e nós vamos fazer com que esse fazendeiro assuma a responsabilidade”, prosseguiu, em uma fala confusa. “No limite, em algum momento, nós queremos que as pessoas saiam e voltem legalmente.”

Em uma reunião de gabinete na semana passada, ele sugeriu estar aberto a abrir uma possibilidade do tipo. Segundo a imprensa americana, a Casa Branca vem sendo pressionada por lobbies empresariais preocupados com a falta de trabalhadores. No mês passado, o grupo Coalização de Imigração de Empresas Americanas, que diz representar mais de 300 lideranças empresariais, fez uma série de reuniões em Washington com congressistas e membros do governo.

Economistas apontam que a rígida política migratória do atual governo vai limitar a oferta de trabalho no país –estrangeiros são seu motor de expansão– e diminuir a demanda por produtos e serviços.

“Não há substituto para imigrantes no setor imobiliário americano”, afirmou o economista Adam Posen, presidente do Instituto Peterson de Economia Internacional (PIIE, na sigla em inglês), em um evento também na terça. “Cerca de 50% dos empregados em pequenas empresas familiares de construção são imigrantes, a maioria indocumentados.”

Segundo dados do Pew Research Center, estrangeiros em situação irregular eram 4,8% da força de trabalho dos EUA em 2022, ou 8,3 milhões de pessoas.

Esse número, porém, é muito maior na construção civil (13,7%), agricultura (12,7%) e hospitalidade, como hotéis e restaurantes (7,1%), aponta levantamento feito pelo Conselho de Imigração Americano, uma organização pró-imigrantes.

Mas mesmo entidades conservadoras, como o American Enterprise Institute, levantaram ressalvas sobre o plano de deportações de Trump.

Fazendo a ressalva de que reduzir a disponibilidade de mão de obra imigrante “vai eventualmente levar a inovações tecnológicas que melhoram a eficiência”, um estudo publicado pela entidade na terça aponta que os efeitos imediatos serão queda na produção doméstica, maior nivel de importações, menos variedade para os consumidores e elevação dos preços de alimentos.

“Uma intensificação rápida das ações de fiscalização da imigração pode levar muitas fazendas à falência, caso não consigam se adaptar com rapidez suficiente”, aponta o relatório. “O setor agrícola dos EUA é inovador e resiliente, mas mudanças drásticas na oferta de mão de obra imigrante provavelmente terão consequências não intencionais.”

Para o Goldman Sachs, a falta de imigrantes “pode ser extremamente disruptiva” para setores como produção agrícola, processamento de alimentos e construção civil. Em análise publicada no final de fevereiro. Antes mesmo do anúncio das tarifas, a instituição apontava a possibilidade de “gargalos temporários na produção, escassez e aumentos de preços”.

Fernanda Perrin/Folhapress

Brasileira é presa sob acusação de crimes sexuais contra criança nos EUA e deve ser deportada

Uma brasileira foi presa na cidade de Falmouth, Massachusetts (EUA), sob suspeita de exploração sexual infantil.

Identificada como Ilma Leandro de Oliveira, 53, a mulher foi detida no dia 20 de março. Ela responde a sete denúncias de crimes sexuais contra uma mesma criança, no condado de Barnstable, no mesmo estado em que foi encarcerada.

Segundo o serviço de imigração americano, Oliveira está ilegalmente no país. A investigação que levou à detenção da brasileira foi resultado de uma cooperação entre FBI, a polícia federal americana, e o governo Trump.

A reportagem entrou em contato com o FBI e o serviço de imigração para saber se a mulher apresentou defesa, mas não houve resposta até a publicação.

Ilma Leandro de Oliveira permanecerá sob custódia federal enquanto aguarda os desdobramentos do processo criminal e as audiências relacionadas à sua situação imigratória. O serviço de imigração informou que pretende prosseguir com sua deportação após a resolução dos casos criminais.

A prisão da mulher faz parte de uma série de operações em Massachusetts voltadas para a identificação e detenção de estrangeiros que representem ameaças à segurança pública.

O governo de Donald Trump tem exaltado a prisão de brasileiros nos Estados Unidos suspeitos de terem cometido crimes no país como vitrines de sua política de imigração, que visa fazer uma deportação em massa.

Desde o começo deste ano, o escritório de comunicação da Casa Branca tem exaltado a prisão de imigrantes de várias nacionalidades, incluindo ao menos três brasileiros presos nos últimos 30 dias, em momentos distintos, como exemplo da ação.

A governadora de Massachusetts, Maura Healey, afirmou em novembro que a polícia do estado “absolutamente” não iria cooperar com a política de deportação em massa de Trump e que usaria “todas as ferramentas disponíveis” para proteger seus moradores.

Recentemente, ela teceu críticas a imigrantes em situação irregular que cometem crimes nos EUA, e chegou a afirmar estar indignada com a situação. Ainda assim, apresentou objeções à política de Trump. “Eu ainda me oponho aos esforços para visar grandes parcelas de uma população indocumentada que não fez nada de errado além de estar aqui sem presença legal”, disse ela.

Bruno Lucca/Folhapress

Peru condena ex-presidente Humala a 15 anos de prisão por propina da Odebrecht

A Justiça do Peru condenou nesta terça-feira (15) o ex-presidente Ollanta Humala e sua esposa a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro no caso de aportes ilegais da empreiteira brasileira Odebrecht e da Venezuela para suas campanhas de 2011 e 2006, respectivamente.

A sentença encerra mais de três anos de audiências contra o ex-líder de centro-esquerda que governou o Peru de 2011 a 2016. Humala, 62, aguardou a sentença final em liberdade.

A Odebrecht, cujo escândalo de subornos e corrupção teve consequências em vários países da América Latina, reconheceu em 2016 que pagou dezenas de milhões de dólares em propinas e doações eleitorais ilegais no Peru desde o início do século 21.

“Não foi provado que entrou dinheiro da Venezuela em 2006 e nunca se corroborou que entrou dinheiro da Odebrecht em 2011”, afirmou o advogado de Humala, Wilfredo Pedraza.

O Ministério Público o acusou de lavagem de ativos por ocultar o recebimento de US$ 3 milhões da Odebrecht para a campanha de 2011 que o levou à Presidência. Nadine Heredia, esposa de Humala, também foi acusada como cofundadora da legenda Partido Nacionalista.

Segundo a acusação, na campanha derrotada de 2006, o casal teria desviado quase US$ 200 mil enviados pelo então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, por meio de uma empresa do país. O Ministério Público havia pedido 20 anos de prisão para Humala e 26 anos para Heredia —ambos também foram acusados de ocultação de fundos por “compras de imóveis com dinheiro da Odebrecht”. O casal nega ter recebido dinheiro de Chávez ou de qualquer empresa brasileira.

No caso da Venezuela, segundo a Promotoria, o dinheiro foi enviado “pelo falecido ex-presidente Hugo Chávez por transferências bancárias com a empresa de investimentos Kayzamak”.

Humala é o segundo de quatro ex-presidentes envolvidos no esquema de corrupção da Odebrecht no Peru. Segundo o Ministério Público, o escândalo também envolveu Alan García (2006-2011), que se suicidou em 2019 antes de ser detido; Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), ainda sob investigação, e Alejandro Toledo (2001-2006). Toledo foi condenado em 2024 a mais de 20 anos de prisão por receber subornos milionários em troca da concessão de obras em seu governo.

Folhapress

Donald Trump isenta telefones, computadores e chips importados das tarifas recíprocas

Smartphones e computadores importados vão ficar isentos das tarifas recíprocas do presidente Donald Trump, de acordo com a nova orientação da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA. A informação foi publicada pela rede CNBC e pela agência Bloomberg

A orientação vem depois que Trump impôs tarifas recíprocas de 125% sobre os produtos da China (além de outros 20% anunciados em fevereiro e março), uma medida que estava prestes a afetar empresas de tecnologia como a Apple, que fabrica iPhones e a maioria de seus outros produtos na China.

A nova orientação tarifária, de acordo com a CNBC, também inclui exclusões para outros dispositivos e componentes eletrônicos, incluindo semicondutores, células solares, telas de TVs, pen drives, cartões de memória e SSDs (unidades de estado sólido, ou memória flash) usadas para armazenar dados.

É o primeiro recuo de Trump que afeta as tarifas impostas à China. Na quarta-feira, 9, ele havia anunciado a suspensão por 90 dias das tarifas recíprocas para todos os países, exceto a China.

Estadão Conteúdo

Em sinal de racha, Argentina, Paraguai e Nicarágua ameaçam ficar fora de declaração da Celac

Foto: Reprodução/Instagram
A cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) chega nesta quarta-feira (9) à reunião dos chefes de Estado, ponto alto do evento que ocorre em Honduras desde o início da semana, com a publicação de uma declaração final ainda incerta.

De acordo com um funcionário do Itamaraty informado sobre as negociações, há três cenários possíveis. O mais pessimista é finalizar a cúpula sem a divulgação de documento algum diante de um fracasso diplomático. Na outra ponta, as negociações destravam e o texto final atende a todos.

O mais provável, no entanto, é que a declaração saia sem que todos os 33 países-membros se associem —algo parecido com o que aconteceu no G20, em novembro do ano passado. Na ocasião, o presidente da Argentina, Javier Milei, tentou travar a menção a qualquer tema relacionado a gênero, mas por fim recuou e optou por emitir um comunicado afirmando que, apesar de assinar o documento, não concordava com o que classifica de “limitação da liberdade de expressão em redes sociais”, por exemplo.

Desta vez, o país segue sendo um dos entraves, de acordo com o funcionário do Ministério das Relações Exteriores. Ao lado dele, há também o Paraguai, outro país governado por um líder de direita, Santiago Peña, e, surpreendentemente, a Nicarágua, que vive sob uma ditadura de esquerda regida pelo casal Daniel Ortega e Rosario Murillo.

A discrepância entre os líderes em desacordo com o rascunho final dá uma amostra da encruzilhada em que se encontra o projeto de integração da América Latina.

Embora não estejam claros quais os pontos de divergência, é comum que o governo argentino se oponha a qualquer menção a gênero ou intervenções do Estado em geral. Já a Nicarágua, taxada em 18% no tarifaço do presidente americano, Donald Trump, na semana passada, costuma ser uma crítica contumaz dos Estados Unidos —o que dificilmente seria atendido por um grupo de países em geral tão dependentes de Washington.

Essas nações, ao lado do Paraguai, podem se desassociar do documento, uma espécie de abstenção em um fórum que precisa de consenso para emitir a declaração.

A regra resguarda o poder de países com menos peso político, por um lado, mas também torna mais desafiador fazer declarações ousadas. Por isso, a expectativa é a de que, como nos outros anos, o texto final venha insosso, apesar do momento de embate com os EUA.

Não ajuda a fragmentação política pela qual a região passou nos últimos anos —cenário bastante distinto daquele que propiciou a fundação do grupo, em 2011. Na época, o país vivia o que seria o final do que ficou conhecido como onda rosa, quando governos de esquerda chegaram ao poder em diversas nações da região e havia mais sinergia entre os líderes.

Naquele ano, a Argentina de Milei era governada pela peronista Cristina Kirchner; o Equador de Daniel Noboa, por Rafael Correa; o Paraguai de Peña, por Fernando Lugo.

De toda forma, o texto já estaria com quatro pontos definidos. O primeiro diz respeito ao fortalecimento da articulação do grupo com a comunidade internacional; o segundo, às prioridades da Colômbia, que receberá a Presidência da Celac ao final do encontro, em seu período à frente da comunidade.

O terceiro, mais sensível, é sobre a proposta do Brasil para unir a América Latina em torno de uma candidatura à Secretaria-Geral da ONU, na tentativa de colocar no lugar do atual chefe da organização, o português António Guterres, uma pessoa da região. O plano inicial era escolher uma mulher —parte que sofreu óbvios obstáculos, apesar de ter o apoio da maioria dos países, e deve ficar de fora do texto.

O quarto ponto, por fim, vai discorrer sobre a importância da própria Celac, em um trecho autorreferencial do grupo que chega à sua nona cúpula tentando se fortalecer em um contexto de crise mais geral de órgãos multilaterais.

Apesar disso, o balanço do Itamaraty, no geral, parece ser positivo. O próprio fato de a cúpula estar acontecendo nesse cenário é visto como uma vitória —a Celac não se reuniu entre 2018 e 2020, ano no qual o Brasil, sob o governo de Jair Bolsonaro, saiu do grupo. O retorno à comunidade foi uma das primeiras ações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito internacional após o retorno do petista ao Palácio do Planalto.

Daniela Arcanjo/Folhapress

Trump ameaça impor tarifa adicional de 50% à China se país não suspender retaliação aos EUA

Foto: Reprodução/Instagram
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (7) que vai impor uma tarifa adicional de 50% sobre a China se Pequim não retirar suas tarifas retaliatórias sobre os Estados Unidos.

“Além disso, todas as negociações com a China referentes às reuniões solicitadas por eles serão encerradas! As negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, começarão a ocorrer imediatamente”, disse Trump em postagem na sua rede social Truth Social.

Apesar das falas de Trump, pessoas familiarizadas com a situação em Pequim e Washington disseram ao Financial Times que até agora não houve discussões sérias de qualquer tipo entre os países. As novas tarifas dos EUA começariam a valer, segundo Trump, no dia 9 de abril.

A ameaça de Trump ocorre durante um dia de pânico nos mercados, que apresentam alta volatilidade em todo o mundo nesta segunda. A movimentação das ações nos EUA e na Europa ocorre na sequência de quedas acentuadas nos mercados asiáticos. O índice Hang Seng de Hong Kong liderou os declínios, com recuo de 13,22%, maior queda desde 1997, durante a crise financeira asiática.

Os índices de referência da China, CSI300 e SSEC, despencaram 7,05% e 7,34%, respectivamente, após ficarem fechados na sexta-feira (4) devido a feriado nacional. Já a Bolsa do Japão chegou a ter suas negociações paralisadas por dez minutos após abrir em queda de 8,4% e terminou com perda de 8,8%.

Na sexta, os mercados já haviam fechado a semana com grandes perdas em resposta às tarifas globais anunciadas por Trump e também às retaliações chinesas. A administração Trump impôs à China 34% em taxas adicionais na semana passada, além das tarifas de 20% que já havia imposto. Em resposta, a China aumentou as tarifas sobre produtos dos EUA em mais 34%, embora tenha segurado algumas medidas para possíveis negociações.

As tarifas retaliatórias da China estão previstas para entrar em vigor no dia 10 de abril.

Investidores estão atentos para a possibilidade de acordos bilaterais entre Washington e países afetados. Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, afirmou que os EUA foram procurados por mais de 50 países interessados em negociar, mas que “após décadas e décadas” de supostas injustiças com os americanos, seria difícil convencer Trump a assinar um acordo.

Algumas propostas já foram publicizadas. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou nesta segunda que o bloco ofereceu zerar as tarifas de importação de bens industriais americanos em troca de os EUA fazerem o mesmo em relação a produtos europeus.

Folhapress

Milhares vão às ruas nos EUA contra Donald Trump

Protestos foram os maiores contra o presidente republicano desde seu retorno ao poder, no final de janeiro.
Milhares de manifestantes saíram neste sábado (5) às ruas de Washington e outras cidades dos Estados Unidos contra as políticas de Donald Trump, nos maiores protestos contra o presidente republicano desde seu retorno, no final de janeiro, ao poder.


Uma grande faixa que dizia "Tire suas mãos!" se estendia a poucos quarteirões da Casa Branca. Os manifestantes carregavam cartazes onde se lia "Não é meu presidente!", "O fascismo chegou", "Parem o mal" e "Tirem suas mãos da nossa Seguridade Social".

Jane Ellen Saums, de 66 anos, disse que estava aterrorizada com a campanha de redução da administração federal que Trump está conduzindo junto com o bilionário Elon Musk.
"É extremamente preocupante ver o que está acontecendo com nosso governo, (...) tudo está sendo totalmente atropelado, desde o meio ambiente até os direitos pessoais", queixou-se esta trabalhadora imobiliária.

Em um momento de crescente ressentimento mundial contra o republicano, foram realizadas manifestações contra ele em capitais como Paris, Roma, Berlim e Londres.

Em Paris, cerca de 200 pessoas, a maioria americanos, se reuniram na Praça da República para protestar contra o presidente republicano. Alguns manifestantes discursaram durante o protesto no centro da capital francesa, segurando faixas e cartazes com frases como "Resista ao tirano", "Estado de direito", "Feministas pela liberdade, não pelo fascismo" e "Salve a democracia".
Em Berlim, diante de uma concessionária da Tesla, manifestantes exibiram cartazes convocando americanos que vivem na Alemanha a se manifestarem pelo "fim do caos" em seu país.

Uma coalizão composta por dezenas de grupos de esquerda, como MoveOn e Women's March, convocou manifestações sob o lema "Tire suas mãos" em mais de 1.000 cidades e municípios americanos.
Por France Presse

Hungria decide se retirar do Tribunal Penal Internacional após chegada de Netanyahu ao país

Premiê de Israel tem mandado de prisão expedido pelo TPI por de crimes de guerra em Gaza. Líder húngaro havia informado que não respeitaria decisão para prender Netanyahu.
O governo da Hungria decidiu se retirar do Tribunal Penal Internacional (TPI) nesta quinta-feira (3), de acordo com a agência de notícias Reuters. A decisão foi divulgada pelo governo pouco depois de o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, ter chegado ao país para uma visita oficial.

O líder israelense tem um mandado de prisão em aberto expedido pelo TPI por alegações de crimes de guerra na Faixa de Gaza. Netanyahu foi convidado pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que já havia dito que não cumpriria o mandado do TPI.

Israel nega as acusações do tribunal, dizendo que são politicamente motivadas e alimentadas por antissemitismo. O país afirma que o TPI perdeu toda a legitimidade ao emitir os mandados contra um líder democraticamente eleito de um país que exerce o direito de defesa própria.

Como membro fundador do TPI, a Hungria teoricamente seria obrigada a prender e entregar qualquer pessoa sujeita a um mandado do tribunal, mas Orbán, além de deixar claro que a Hungria não respeitaria a decisão, a chamou de "descarada, cínica e completamente inaceitável".

A Hungria assinou o documento fundador do TPI em 1999 e o ratificou em 2001, mas a lei nunca foi promulgada.

Gergely Gulyas, chefe de gabinete de Orbán, disse em novembro que, embora a Hungria tenha ratificado o Estatuto de Roma do TPI, ele "nunca foi incorporado à legislação húngara", o que significa que nenhuma medida do tribunal pode ser executada dentro da Hungria.

Nesta quinta-feira, Gulyas informou à agência de notícias estatal MTI que o governo iniciará o processo de retirada ainda hoje. Orbán havia levantado a possibilidade de a Hungria sair do TPI após o presidente dos EUA, Donald Trump, impor sanções ao procurador do tribunal, Karim Khan, em fevereiro.

"É hora de a Hungria revisar o que estamos fazendo em uma organização internacional que está sob sanções dos EUA", disse Orban no X (anteriormente Twitter) em fevereiro.

O projeto de lei para iniciar o processo de retirada de um ano do TPI provavelmente será aprovado pelo parlamento da Hungria, que é dominado pelo partido Fidesz de Orbán.

Netanyahu tem desfrutado de forte apoio de Orbán ao longo dos anos, um aliado importante que já esteve disposto a bloquear declarações ou ações da União Europeia críticas a Israel no passado.

Mandado de prisão

Segundo a agência, os juízes do TPI disseram ao emitir o mandado que havia motivos razoáveis para acreditar que Netanyahu e seu ex-chefe de defesa eram criminalmente responsáveis por atos, incluindo assassinato, perseguição e fome como arma de guerra, como parte de um "ataque amplo e sistemático contra a população civil de Gaza".

A campanha israelense devastou a Faixa de Gaza e matou mais de 50 mil palestinos, segundo autoridades de saúde do território controlado pelo grupo terrorista Hamas. O ataque liderado pelo Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 matou 1,2 mil pessoas e resultou em mais de 250 reféns, de acordo com os números israelenses.

O TPI também emitiu um mandado de prisão contra um líder do Hamas em novembro, que teve a morte foi confirmada após a emissão de mandado

Trump diz que 'haverá bombardeios' se Irã não chegar a acordo sobre programa nuclear com EUA

Presidente americano também disse que pode optar por impor tarifas sobre o Irã para pressionar o país.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou bombardear o Irã se o país do Oriente Médio não chegar a um acordo com Washington sobre o seu programa nuclear.

Trump afirmou que autoridades do Irã e dos EUA estão conversando sobre o assunto, mas destacou que "se eles não fizerem um acordo, haverá bombardeios". As afirmações foram dadas pelo presidente em uma entrevista à rede de notícias americana NBC neste domingo (30).

Apesar da ameaça de bombardeio, Trump também disse que pode optar por impor tarifas ao país. "Há uma chance de que, se eles não fizerem um acordo, eu coloque tarifas secundárias sobre eles como fiz quatro anos antes".

As ameaças tarifárias se tornaram uma das principais políticas de Trump neste mandato.

O presidente já impôs tarifas sobre México e Canadá, seus principais parceiros comerciais, e só suspendeu o início da cobrança porque os países se comprometeram a atuar na fronteira para diminuir a entrada de imigrantes e drogas nos EUA.

Nesta semana, Trump também deve anunciar uma política de tarifas recíprocas. Especialistas ainda têm dúvidas sobre como essas taxas vão funcionar, mas o que se imagina, com as informações divulgadas até aqui, é que os EUA vão impor tarifas maiores sobre os países que consideram ter políticas menos favoráveis ao comércio americano.

Trump também ameaçou Rússia com novas tarifas

Na mesma entrevista, Donald Trump também ameaçou impor tarifas de 25% a 50% sobre toda importação de petróleo russo que chegue ao país, caso não consiga chegar a um acordo com a Rússia para o fim da guerra na Ucrânia.

Trump afirmou que ficou "muito irritado" com as mais recentes afirmações do presidente russo, Vladimir Putin, sobre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Em entrevista ao canal americano NBC, Trump ainda disse que acredita que as opiniões de Putin sobre Zelensky "não estavam indo na direção certa".

Na última quinta-feira (27), Putin disse que a medida para encerrar a guerra seria o afastamento de Zelensky da presidência da Ucrânia e a convocação de novas eleições no país. Putin sugeriu, ainda, que a Organização das Nações Unidas (ONU) assumisse o comando da Ucrânia temporariamente, até que um novo governo fosse eleito.

"Em princípio, é claro, uma administração temporária poderia ser introduzida na Ucrânia, sob a supervisão da ONU, dos Estados Unidos, dos países europeus e de nossos parceiros", teria dito o presidente russo aos marinheiros do porto Murmansk, segundo a agência de notícias Reuters.

*Com informações da agência de notícias Reuters

Terremoto de magnitude 7 atinge Tonga e gera alerta de tsunami


Um terremoto de magnitude 7 atingiu Tonga neste domingo (30), levando as autoridades dos Estados Unidos a emitirem um alerta de tsunami para a região. O tremor, inicialmente registrado com magnitude 6,6, foi posteriormente revisado pelo GFZ (Centro de Pesquisa de Geociências da Alemanha). A preocupação se deve ao potencial impacto nas ilhas do Pacífico, que frequentemente enfrentam eventos sísmicos devido à sua localização —o chamado “círculo de fogo” é uma região mais propensa a esse tipo de fenômeno.

“Ondas perigosas de tsunami deste terremoto são possíveis dentro de uma zona de 300 quilômetros do epicentro”, disse o sistema de alerta de tsunami americano. O aviso deve mobilizar equipes de monitoramento e defesa civil para avaliar riscos à população costeira. A agência nacional de desastres pediu aos moradores que se mantenham afastados das praias e costas.

Tonga ainda é um país em reconstrução após a erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai e o tsunami de 2022. Na ocasião, houve ao menos três mortes, mas 80% da população foi diretamente afetada, com prejuízos estimados em US$ 182 milhões.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o abalo teve magnitude 7,1 e ocorreu às 9h18 (horário de Brasília) a uma profundidade de 10 km. O tremor também foi sentido em Nuku‘alofa, capital de Tonga, e Pago Pago, em Samoa Americana. Terremotos considerados rasos, geralmente com menos de 70 km de profundidade, tendem a causar mais danos à superfície, devido à proximidade do epicentro.

Ainda não há informações detalhadas sobre danos estruturais ou vítimas, mas o impacto do tremor reforça os desafios enfrentados por pequenos estados insulares diante de fenômenos naturais extremos. A revisão da magnitude para 7 indica uma liberação de energia mais significativa do que o estimado inicialmente, o que pode influenciar as avaliações de risco e as medidas de segurança adotadas pelas autoridades locais e internacionais.

Tonga é um arquipélago no Pacífico Sul, composto por 169 ilhas, sendo 36 habitadas, e está localizado a mais de 10 mil quilômetros de Mianmar, onde um terremoto de magnitude 7,7 na última sexta-feira (28) deixou um saldo de mais de 1.700 mortos, segundo o último balanço das autoridades.

Folhapress

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