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Impeachment de Trump só seria provável se Elon Musk declarar 'guerra total' e arriscar perder bilhões, diz especialista

Na quinta-feira (5), Trump afirmou não se importar com o fato de Musk ter se virado contra ele. Já Musk comentou 'sim' em um post que afirmava que Trump deveria sofrer um impeachment e ser substituído pelo vice-presidente, J.D. Vance.

Para Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV, pesquisador de Harvard e do Carnegie Endowment, nos EUA, um cenário de impeachment de Donald Trump ainda é muito pouco provável.

"Isso surge quando um governo perde muita aprovação entre seus eleitores, quando há uma crise nacional. Então me parece, por enquanto, que o Trump está seguro."

Ouça, no player acima, a partir de 21:58.

Na quinta-feira (5), Trump afirmou não se importar com o fato de Musk ter se virado contra ele — os dois protagonizaram um bate-boca sem precedentes dias após o bilionário deixar o governo. Já Musk comentou "sim" em um post que afirmava que Trump deveria sofrer um impeachment e ser substituído pelo vice-presidente, J.D. Vance.

Oliver, entretanto, acredita que a pressão dos investidores na Tesla e em outras empresas do bilionário será grande para que ele recue das investidas contra o presidente, pois uma "guerra total de Musk contra Trump" representaria um risco altíssimo de destruir suas próprias empresas — o que seria um problema também para milhares de investidores.

"Uma guerra total de Musk contra Trump pode teoricamente atingir o presidente republicano, mas ele, com isso, corre um risco altíssimo de destruir suas próprias empresas. E isso não é só um problema para Musk, mas também para milhares de pessoas que investiram nas suas empresas."

O que você precisa saber:
TROCA DE FARPAS: Trump diz que Musk 'ficou louco' e ameaça romper contratos com empresas; bilionário associa presidente a escândalo sexual

Por g1 — São Paulo

Lula fica hospedado em hotel de Nice com diárias de até R$ 35 mil

 O presidente Lula (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, Janja, desembarcam em Nice, no sul da França, neste sábado (7)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou neste sábado (7) a Nice, no sul da França, onde realiza uma visita de Estado. O hotel em que o brasileiro ficará hospedado, o luxuoso Le Negresco, foi cercado por agentes de segurança.

A imprensa também está com acesso restrito ao local. Fundado em 1913, o hotel tem diárias que começam em R$ 6.700 e podem chegar até R$ 35,7 mil. Segundo sites de viagem, a suíte mais cara tem terraço com vista para o mar e é decorada com obras francesas do século 18 e porcelana de Sèvres.

O presidente que viaja ao lado da primeira-dama Rosângela da Silva, Janja, e de uma comitiva de ministros e parlamentares, desembarcou no país europeu na última quarta (4), em Paris.

Na capital francesa ele ficou hospedado no hotel Intercontinental Le Grand, vizinho da Ópera de Paris. Ele participou de uma série de agendas, incluindo uma cerimônia em sua homenagem na Academia Francesa e um jantar de Estado oferecido pelo seu homólogo francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, que reuniu autoridades e personalidades dos dois países.

Lula também recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Paris 8 e inaugurou duas exposições de arte brasileira no Grand Palais, pavilhão de exposições histórico no centro de Paris. Até a Torre Eiffel foi iluminada com as cores da bandeira brasileira.

Lula estará até segunda-feira (9) na França. A agenda dele incluirá ainda reuniões bilaterais e uma ida ao Fórum de Economia e Finanças Azuis, em Mônaco, no domingo (8). No mesmo dia ele retornará a Nice para participar da Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano na segunda.

Antes de retornar ao Brasil, no mesmo dia 9, Lula ainda visitará em Lyon a sede da Interpol, organização internacional de polícias. O secretário-geral da Interpol é o delegado da Polícia Federal brasileira Valdecy Urquiza, eleito no ano passado com apoio do governo brasileiro.

Em dois anos e meio de mandato, Lula visitou um total de 34 países. O número supera o de seus últimos antecessores, mas ainda é abaixo de período semelhante do primeiro mandato, quando ele passou por 45 nações.

Nas viagens ao exterior, o presidente tem buscado enfatizar o resultado comercial trazido por sua presença pessoal, como ocorreu na China, no mês passado. Neste sábado, Lula voltou a defender o seu papel como promotor de atração de investimentos no Brasil.

Como prova disso, apontou os investimentos de R$ 100 bilhões nos próximos cinco anos, anunciados na véspera por um grupo de 15 empresas francesas. A cifra foi divulgada no encerramento do Fórum Econômico Brasil-França, em Paris.

“Eu não sei quanto eu estou gastando, mas eu sei quanto estou levando de volta para o Brasil”, disse Lula ao comentar as críticas com os custos da comitiva brasileira na Europa. “O Brasil precisa deixar de ser pequeno. Os nossos embaixadores pelo mundo precisam pensar grande”.

Folhapress

Burocracia e mudanças em legislação deixam imigrantes em limbo em Portugal

Patrícia (nome fictício), 31, vive em Cascais desde 2016. “Estávamos com dificuldades financeiras no Brasil e achamos que em Portugal teríamos mais oportunidades”, disse à reportagem. Nascida no nordeste brasileiro, Patrícia veio com o marido e uma filha, então com quatro anos de idade. O marido logo conseguiu emprego na construção civil e uma autorização de residência. Patrícia tenta há nove anos regularizar seus documentos. Em março deste ano, soube que seu pedido havia sido indeferido —e que poderia engordar um contingente de 5.000 brasileiros convidados a sair do país europeu.

“Tomara que eu não seja mandada para fora. Mesmo com o custo de vida alto, vivo melhor aqui do que no Brasil”, afirma Patrícia.

Ela diz ter tentado se regularizar de todas as maneiras. Primeiro, por reagrupamento familiar: pessoas casadas com residentes em Portugal têm o direito de permanecer no país. Fez a solicitação, mas a fila era enorme, e ela nunca foi chamada para a entrevista. Recorreu então ao mecanismo da manifestação de interesse: imigrantes capazes de comprovar trabalho e renda tinham, até recentemente, o direito de morar em Portugal. Patrícia trabalha com limpeza doméstica. Novamente entrou na fila e não foi chamada.

Em março de 2023, ela fez ainda uma terceira tentativa, pleiteando uma autorização de residência destinada a imigrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O processo era para ser simples: preencheu um formulário na internet, imprimiu um certificado e ficou esperando por uma entrevista, que deveria ser dali a no máximo 90 dias.

Foi chamada em março de 2025, dois anos depois. Em abril, recebeu a notícia do indeferimento. “Eu estou trabalhando, tenho como comprovar rendimentos, mas não por 12 meses ininterruptos, pois tive que parar um tempo para cuidar de meu bebê”, diz Patrícia, que ao longo de seu périplo deu à luz uma segunda filha.

A saga da brasileira é típica da situação dos imigrantes em Portugal, vítimas da lentidão burocrática e das constantes mudanças de rumo na legislação. Em 2007, o país aprovou uma das leis mais liberais de imigração do continente. A recomendação da União Europeia era que os países só admitissem imigrantes com visto consular, obtidos nos países de origem. Por meio da manifestação de interesse, Portugal se tornou um dos poucos lugares a permitir, a posteriori, a regularização de imigrantes que entrassem sem visto.

Após sucessivas regulamentações, entre 2017 e 2024 o número de estrangeiros em Portugal quase quadruplicou, de 400 mil para 1,5 milhão, de acordo com os dados oficiais. Em junho do ano passado o governo português extinguiu, porém, a manifestação de interesse, um esforço para adequar o país às normas da UE. A medida, no entanto, não era retroativa. O governo precisou criar uma força-tarefa para zerar a fila —pessoas que, como Patrícia, haviam se cadastrado, mas não foram chamadas para a entrevista.

Na semana passada, o governo apresentou um balanço da força-tarefa. Dos 440 mil pedidos, 184 mil foram analisados. Destes, 150 mil receberam autorização e 34 mil foram, ou serão, chamados a sair do país. O maior índice de recusa foi de cidadãos indianos (46,4%). Entre os brasileiros foram 7,3%, o que significa que 5.386 brasileiros terão que deixar Portugal.

Patrícia faz parte de outro contingente, o dos 210 mil estrangeiros que tentaram se regularizar em Portugal usando o Visto CPLP. A medida gerou um constrangimento internacional. Como o pleito pela internet gera um documento provisório —uma folha A4 com um QR Code—, muitos imigrantes acharam que poderiam ir a outros países da UE portando o papel e acabaram barrados na fronteira.

“A manifestação de interesse, criada pelo governo socialista, era um caminho muito alternativo, que deixava as pessoas por muito tempo numa espécie de limbo”, diz o advogado brasileiro Wilson Bicalho, referência na área e responsável pelo recurso de Patrícia. “O que o novo governo social-democrata está fazendo não é nada comparável ao que ocorre nos Estados Unidos. Estão apenas zerando a fila, com a aplicação de regulamentos que existem há muito tempo, como a exigência de comprovação de renda e de trabalho”.

Ana Paula Costa, presidente da Casa do Brasil de Lisboa, organização de apoio aos imigrantes brasileiros, tem uma crítica ao governo. “Aplicar regras para a imigração é prerrogativa de todos os países. O que não aceitamos é a relação que vem sendo feita, no discurso político, entre imigração e segurança pública, como se os imigrantes trouxessem criminalidade e violência”, diz.

Em seu discurso de posse na quinta-feira (5), o primeiro-ministro Luís Montenegro, que acaba de ser reeleito, disse: “Vamos manter o mesmo rumo nas políticas de imigração e segurança. Portugal é um país seguro, mas vale ouro preservar esse valor como um dos países mais seguros do mundo”. E acrescentou: “Uma política migratória responsável, regulada e humanista é um elemento fundamental para o sucesso econômico e a estratégia de criação de riqueza, como é, igualmente, a segurança”.

Patrícia, que preferiu não ser identificada nesta reportagem com o nome verdadeiro, vive agora uma terceira gravidez. “Assim que cheguei ao país, em 2016, vi na televisão que os portugueses precisavam de bebês, pois a população está envelhecendo e a taxa de natalidade aqui é muito baixa”, diz. “Posso dizer que, nestes quase dez anos em Portugal, estou dando minha contribuição”.

João Gabriel de Lima/Folhapress

Trump compara Ucrânia e Rússia a crianças e diz que 'talvez seja melhor deixar lutarem por um tempo antes de os separar'

Fala do presidente dos EUA indicou possível mudança de postura em relação a negociações pelo fim da guerra, que completou três anos em fevereiro. Trump também ameaçou aplicar sanções econômicas aos dois países.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (5) que talvez seja melhor deixar Ucrânia e Rússia "lutarem por um tempo" antes de tentar os separar de vez em um acordo de paz.

Em uma reunião no Salão Oval da Casa Branca com o chanceler alemão Friedrich Merz, Trump comparou a guerra na Ucrânia, iniciada após invasão russa em 2022 e que completou três anos em fevereiro, a uma briga entre duas crianças pequenas que se odiavam.

“Às vezes, é melhor deixá-los lutar por um tempo e depois separá-los”, disse Trump. Ele acrescentou que havia transmitido essa analogia ao presidente russo, Vladimir Putin, durante uma conversa por telefone na quarta-feira.

Por conta da postura de russos e ucranianos, o presidente americano deixou em aberto, nesta quinta-feira, a possibilidade de sanções aos dois países. Diversos líderes europeus pressionam Trump por um aumento de sanções contra a Rússia, vista amplamente como o lado mais indisposto a colaborar com as negociações.

“Quando eu perceber que isso não vai parar... vamos ser muito, muito duros”, afirmou Trump.

As declarações de Trump indicaram uma possível mudança de postura sobre as negociações pelo fim da guerra. O republicano disse reiteradas vezes que terminaria com o conflito em 24h após reassumir a Casa Branca. Desde janeiro, no entanto, o presidente americano enfrentou mais obstáculos do que o previsto, e as conversas separadas que teve com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com Putin foram infrutíferas.

Ucrânia e Rússia sentaram para negociar diretamente o fim do conflito por duas ocasiões em Istambul, na Turquia, nos últimos dias. No entanto, os encontros de delegações de menor escalão deixaram a desejar e resultaram apenas acordos de trocas de prisioneiros.

Trump já havia demonstrado pessimismo sobre um desfecho positivo das negociações entre Rússia e Ucrânia ao relatar sua conversa com Putin na quarta-feira. O presidente americano foi bem claro ao afirmar que não vê a paz na no conflito ocorrendo em um futuro próximo.

"Acabei de falar, por telefone, com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. (...) Discutimos o ataque aos aviões atracados da Rússia, realizado pela Ucrânia, e também vários outros ataques que vêm ocorrendo de ambos os lados. Foi uma boa conversa, mas não uma conversa que leve a uma paz imediata. O presidente Putin afirmou, e com muita veemência, que terá que responder ao ataque recente aos aeródromos", disse Trump em publicação no Truth Social ainda na quarta.

Rússia bombardeia Ucrânia com 450 drones e mísseis, e diz que foi resposta a 'atos terroristas'

Ataque aéreo atingiu 'quase toda a Ucrânia' e provocou incêndios em prédios residenciais, segundo o presidente Volodymyr Zelensky. Capital Kiev também foi atingida, onde quatro pessoas morreram.
A Rússia realizou um ataque aéreo massivo de drones e mísseis em diversas regiões da Ucrânia na madrugada desta sexta-feira (6). Ao todo, mais de 450 projéteis foram utilizados pelos russos. Segundo autoridades ucranianas, 4 pessoas morreram e 49 ficaram feridas, inclusive na capital Kiev.

Após o ataque, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que seu Exército atacou alvos na Ucrânia em resposta aos "atos terroristas" do rival, segundo a agência de notícias estatal russa Interfax. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, havia prometido uma resposta ao ataque ucraniano de drones a aviões de guerra russos. O Kremlin afirmou que "todas as ações militares são uma resposta às ações do 'regime terrorista' ucraniano".

Em Kiev, quatro morreram e 20 ficaram feridos nos ataques — desses, 16 foram hospitalizados —, informaram autoridades locais. Os outros 29 feridos estão em outras regiões da Ucrânia. Os mísseis causaram grandes explosões na cidade de Lutsk. (Veja no vídeo acima)

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que os russos "atacaram quase toda a Ucrânia" com drones e mísseis lançados contra as regiões de Volyn, Lviv, Ternopil, Kiev, Sumy, Poltava, Khmelnytskyi, Cherkasy e Chernigov. Zelensky já havia acusado a Rússia de realizar um "ataque massivo terrorista" na quinta-feira.

"A Rússia não muda sua natureza – mais um ataque massivo contra cidades e a vida cotidiana. (...) A Rússia precisa ser responsabilizada por isso. Desde o primeiro minuto desta guerra, eles têm atacado cidades e vilarejos para destruir vidas", disse o líder ucraniano.

O Exército da Ucrânia afirmou que os russos utilizaram 452 projéteis no ataque, entre eles:

407 drones Shahed;
45 mísseis: 6 mísseis balísticos Iskander-M/KN-23, 38 mísseis de cruzeiro Kh-101 e Iskander-K, e 1 míssil antirradar Kh-31P.

Segundo o Exército ucraniano, cerca de 370 drones e 36 mísseis foram abatidos, com aviões, sistemas antidrones, e outros equipamentos antiaéreos. Zelensky voltou a pedir mais pressão por sanções contra os russos.

Com isso, o bombardeio russo desta sexta-feira se tornou o maior ataque aéreo da guerra da Ucrânia, que completou três anos em fevereiro. Até o momento, o maior ataque havia registrado 367 drones e mísseis russos, no final de maio.

Kiev atingida
A capital da Ucrânia, Kiev, foi uma das cidades atingidas pelo ataque russo nesta sexta-feira. Ao menos quatro pessoas morreram na cidade e 20 ficaram feridas. O bombardeio com mísseis e drones na cidade foi intenso e sustentado, segundo repórteres da agência de notícias Reuters que estão no local.

Diversas pessoas se refugiaram em estações de metrô da cidade. O funcionamento do sistema foi interrompido porque um dos ataques atingiu e danificou um trem entre estações, informou a administração militar da cidade.

O ataque aéreo também provocou incêndios em prédios residenciais em diferentes partes da cidade, segundo as autoridades.

Durante o ataque, os moradores de Kiev ouviram sirenes soando por toda a cidade e o som de disparos antiaéreos ucranianos contra os projéteis russos.

Testemunhas da Reuters relataram uma série de explosões estrondosas que estremeceram janelas, mesmo aquelas longe do local do impacto. Além disso, os ataques causaram incêndios.

Timur Tkachenko, chefe da administração militar de Kiev, informou que houve um incêndio em um prédio residencial na zona oeste da cidade. Ele também disse que fragmentos de drones foram encontrados em outros três distritos

Resposta russa

Em um dos ataques mais ousados da guerra entre Ucrânia e Rússia, espiões ucranianos destruíram no fim de semana passado algumas das aeronaves bombardeiras estratégicas da Rússia no solo, usando drones quadricópteros escondidos em galpões de madeira.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse após uma conversa telefônica com o líder russo Vladimir Putin, na quarta-feira, que o Kremlin estava planejando uma resposta não especificada ao ataque ucraniano às bases aéreas russas.

Governo Trump sinaliza negar pedido de extradição de Zambelli, que cogita ficar nos EUA

Integrantes da gestão Donald Trump sinalizaram a bolsonaristas que um pedido de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ao Brasil será negado pelos Estados Unidos, caso ela esteja no país.

Com base nessa informação, a deputada estaria reconsiderando a ida para a Itália, onde essa proteção seria mais frágil. O país permite a extradição mesmo de pessoas com cidadania local.

Outro argumento que aliados dela têm usado é que há uma comunidade de brasileiros bolsonaristas bem estabelecida nos Estados Unidos, sobretudo na Flórida, e que ela poderia contar com esta rede de apoio para trabalhar e viver.

Até agora, no entanto, ela mantém o plano de viajar para o país europeu.

Fábio Zanini/Folhapress

Trump conversa com Putin e diz que russo revidará ataque; EUA temem risco nuclear no conflito

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou nesta quarta (4) com Vladimir Putin. Eles discutiram a escalada na guerra da Ucrânia, e o americano disse que o líder russo afirmou estar decidido a retaliar o mega-ataque de Kiev a suas bases de bombardeiros no domingo (1º).

O telefonema, o quarto entre eles desde que o republicano voltou à Casa Branca, girou em torno da crise. Segundo Trump, ambos também discutiram o Irã, que está em difícil negociação com os EUA sobre seu programa nuclear, e concordaram em que Teerã não deve ter acesso à bomba atômica.

“Foi uma boa conversa, mas não uma conversa que levará à paz imediata. O presidente Putin disse, de forma bastante forte, que ele terá de responder aos recentes ataques a aeródromos”, afirmou o americano.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, criticou Trump sem citá-lo. “Se o mundo reage fracamente às ameaças de Putin, ele considera tal atitude como permissão tácita —para novas atrocidades, novos ataques, novos assassinatos”, disse ele, que também rejeitou as demandas russas para a paz.

Antes da ligação, os Estados Unidos haviam criticado o ataque ucraniano, sinalizando ver risco de escalada até nuclear por parte de Moscou.

A desaprovação foi expressa pelo enviado americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, e confirmada de forma prática pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, que se recusou participar da rotineira reunião de 57 países que dão apoio militar a Kiev —é a primeira vez que um americano não estará presente.

Na noite de terça (3), Kellogg, que foi rebaixado do posto de negociador principal da guerra por ser visto por Moscou como muito próximo de Volodimir Zelenski, disse: “Estou te falando, os níveis de risco estão indo para o alto. Digo, com o que ocorreu no fim de semana”, afirmou à Fox News.

“As pessoas têm de entender no contexto de segurança nacional. Quando você ataca parte do sistema de sobrevivência nacional de seu oponente, que é sua tríade nuclear, isso significa que seu nível de risco sobe porque você não sabe o que o outro lado vai fazer. Você não tem certeza”, disse.

Tríade nuclear é o jargão para os três meios que grandes potências empregam suas armas atômicas: lançadas por aviões, submarinos ou do solo. No caso, Kellogg se referia aos bombardeiros Tu-95 atacados por Kiev, ao lado de modelos que não são mais usados para essa missão por Moscou, os Tu-22.

Um número incerto deles foi destruído no domingo. Kiev falou em 41, depois disse que destruídos foram 13, número que bate com a estimativa de 12 ouvida pela reportagem a Otan. A agência Reuters disse que os americanos contaram 10, a partir de imagens de satélite —ainda assim um grande estrago, quase 10% da frota de bombardeiros.

A fala calculada de Kellogg revive o temor que permeou as ações dos EUA sob Joe Biden, que apoiava radicalmente a Ucrânia, ao contrário de Trump, que buscou aproximar-se de Vladimir Putin e reabriu as difíceis negociações entre Kiev e Moscou.

Ao longo da guerra, Biden evitava movimentos que provocassem o Kremlin, que desde o início do conflito em 24 de fevereiro de 2022 sacou a carta nuclear contra quem se opusesse a sua invasão. Isso foi sendo flexibilizado, culminando na autorização para ataques limitados com mísseis ocidentais dentro da Rússia, no fim de 2024.

Ato contínuo, na manhã desta quarta (4) Hegseth confirmou que não participaria da reunião dos apoiadores de Kiev em Colônia, na Alemanha.

Segundo disse à reportagem uma pessoa próxima do Kremlin nesta quarta, a leitura do movimento americano é de acomodação. Esse observador não crê em retaliação nuclear, e diz os russos esperavam uma posição de distanciamento dos EUA do humilhante ataque às suas bases.

A situação ficou ainda mais tensa na terça, com o ataque com explosivos de Kiev à simbólica ponte da Crimeia e os rumores de ação contra uma base naval russa na península. Na Ucrânia, o dia foi de expectativa, com alerta de ataques balísticos com o novo míssil Orechnik, desenhado para guerras nucleares, que acabaram não ocorrendo.

Nesta quarta, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que a ação na ponte não deixou danos significativos. Ele reiterou que as negociações, que tiveram uma rodada na segunda (2) com troca oficial de termos de lado a lado, serão complexas.

Zelenski disse que as demandas russas para cessar-fogo e paz, que incluem cessão territorial, neutralidade e até eleições na Ucrânia, são “um ultimato inaceitável”.

Putin, por sua vez, afirmou em uma teleconferência sobre a guerra com autoridades que “o atual regime em Kiev não precisa de paz”. “Como podemos negociar com aqueles que contam com o terror?”, disse, referindo-se a um ataque no fim de semana contra pontes ferroviárias na Rússia que matou sete pessoas.

O negociador-chefe russo, Vladimir Medinski, relatou ao chefe na reunião os detalhes do encontro de segunda em Istambul. Confirmou que está tudo pronto para mais uma troca de prisioneiros nos dias 7 a 9.

O ataque do domingo teve impacto psicológico e potencialmente sobre algumas capacidades militares russas, mas não altera o modo com que a guerra é lutada por Putin: por atrito de infantaria e artilharia.

Com efeito, suas forças avançaram um pouco mais na região norte da Ucrânia, e já têm a capital regional de Sumi a cerca de 20 km de suas baterias e drones.

COMPROMETIMENTO DE TRUMP DEPENDE DE GASTO, DIZ OTAN

Após anunciar que a Ucrânia seria novamente convidada para a reunião de cúpula do clube, no fim deste mês, o secretário-geral da aliança, o holandês Mark Rutte, afirmou que o comprometimento dos EUA com a Otan depende de seus outros 31 membros aumentarem seus gastos militares.

Na véspera, ele havia dito que seria necessário quintuplicar a capacidade de defesa aérea dos países do bloco.

É um discurso conhecido. A expectativa é de que a Otan estabeleça metas irrealistas de dispêndio na sua cúpula para responder à demanda de Trump, que vê os EUA excessivamente envolvidos na defesa da Europa. Rutte já sugeriu colocar a meta de gasto em 5% do PIB com defesa.

Hoje, o alvo é 2%, vistos como insuficientes. É um movimento em curso há uma década: quando Putin anexou a Crimeia em 2014, só 3 dos então 28 membros do time cumpriam os 2%, número que passou a 23 de 32 em 2024.

No ano passado, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (Londres), a Rússia elevou em mais de 40% sua despesa militar, ultrapassando todo o gasto da Europa em termos reais. Os EUA seguem sozinhos como maior potência no setor, responsáveis por 39,4% de tudo o que o mundo emprega em defesa, ante 22,1% de seus parceiros de Otan.

Rutte não disse se Zelenski irá participar da cúpula em Haia, na Holanda, como já fez anteriormente. Sua preocupação com os EUA foi temperada nesta semana pelo anúncio de que Trump quer continuar com um general americano no posto do comandante-geral das forças da Otan, historicamente uma prerrogativa de Washington.

Igor Gielow/Folhapress

Conservador Karol Nawrocki vence eleição acirrada para a presidência da Polônia

O conservador Karol Nawrocki venceu as eleições presidenciais realizadas no domingo, 1º, na Polônia. Segundo o resultado final da apuração do segundo turno, divulgado nesta segunda-feira, 2, Nawrocki obteve 50,89% dos votos. Já o prefeito de Varsóvia, o liberal Rafal Trzaskowski, ficou com 49,11% da preferência do eleitorado.

A acirrada disputa manteve o país em suspensão desde o primeiro turno, disputado há duas semanas, até o início da manhã desta segunda, quando o resultado foi divulgado.

Uma pesquisa de boca de urna divulgada no domingo indicava a vitória de Trzaskowski, até que a apuração confirmou a vitória do rival.

O triunfo de Nawrocki, que tinha o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indica que a Polônia deverá adotar uma postura mais nacionalista.

Estadão Conteúdo

Ucrânia reivindica ataque em larga escala contra aviação russa | AFP

 Em ataque que lembra filme de Hollywood, Ucrânia escondeu drones em contêineres e os levou de caminhão para perto das bases aéreas, atingindo parte da artilharia aérea russa de longo alcance.

Em um dos mais ousados ataques contra a Rússia desde o início da guerra, a Ucrânia destruiu mais de 40 aviões com capacidade nuclear na Sibéria neste domingo (1º) —em uma operação estilo "cavalo de Troia" com drones camuflados em compartimentos escondidos em contêineres, transportados por caminhões que pareciam estar levando carga inofensiva.

A Rússia considerou os ataques da Ucrânia, chamados de Operação Teia de Aranha, como um ato terrorista.

O ataque surpreendeu pelo local, a mais de 4.000 km do front da guerra, e pelo método de ação inédito na guerra entre Ucrânia e Rússia.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk, a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte russo, como Murmansk.

Apesar dos ataques, a Ucrânia confirmou que vai a Istambul negociar um cessar-fcom a Rússia.

Onde ocorreu a operação?
https://youtu.be/gTIhY2003DM
Essa distância vai além do alcance de drones de ataque de longo alcance ou mísseis balísticos do arsenal ucraniano e precisou de um esquema especial para levar os drones até os alvos.

A Rússia disse ainda que conseguiu reprimir ataques na região de Amur, no extremo leste do país, e em Ivanovo e Ryazan, no oeste.

A operação Teia de Aranha transportou os drones por caminhões para o território russo, escondidos no teto de contêineres.

Os drones estavam armados com explosivos e foram colocados entre painéis de madeira no teto de contêineres.

Antes do ataque, esses contêineres foram levados de caminhão ao perímetro das bases aéreas.

Na hora do ataque, o topo dos contêineres foi levantado por um mecanismo remoto, permitindo aos drones voar e iniciar o ataque.

Quais aeronaves foram atingidas?

Até o momento, as informações das agências de notícias citam que foram atingidos 41 aviões estacionados em diversos campos aéreos. A lista inclui bombardeiros A-50, Tu-95 e Tu-22M.

Moscou já usou o Tupolev Tu-95 e Tu-22, bombardeiros de longo alcance, para lançar mísseis contra a Ucrânia. Os A-50 são usados para coordenar alvos e detectar defesas aéreas e mísseis guiados.

Diferentemente de mísseis, que podem ser substituídos com facilidade, os aviões não devem ser repostos tão cedo pela Rússia.

Segundo o jornal "Financial Times", citando a inteligência ucraniana, os ataques causaram mais de US$ 7 bilhões em danos e que 34% da frota de aeronaves estratégicas de transportes de mísseis foi atingida.

Quanto tempo levou o planejamento da missão?

A operação Teia de Aranha levou um ano e meio entre planejamento e ação e foi supervisionada pelo presidente Volodimyr Zelensky e por Vasyl Maliuk, chefe da agência de inteligência doméstica (SBU).

O governo ucraniano informou que os Estados Unidos não foram avisados previamente da operação Teia de Aranha.

Maior jazida de ouro da América do Sul é descoberta na fronteira

Recentemente, uma descoberta significativa chamou a atenção do setor de mineração global. Uma nova jazida de ouro, juntamente com cobre e prata, foi identificada na fronteira entre Argentina e Chile. Esta descoberta destaca-se não apenas pela quantidade de minerais, mas também pela sua localização estratégica, principalmente em território argentino.

A empresa responsável pela exploração, Vicuña, confirmou que este projeto é um dos mais promissores do mundo em termos de recursos minerais. A descoberta foi feita em colaboração com a Lundin Mining e a BHP, que estão liderando o desenvolvimento do projeto, conhecido como Filo del Sol e Josemaría.

Por que as jazidas de ouro são importantes?

As jazidas de ouro têm um papel crucial em várias indústrias. Tradicionalmente, o ouro é associado à joalheria, sendo um símbolo de riqueza e status. No entanto, suas aplicações vão além da estética. O ouro é amplamente utilizado na indústria eletrônica devido às suas propriedades condutivas e resistência à corrosão, sendo essencial na fabricação de circuitos e conectores.

Além disso, o ouro serve como uma reserva de valor, especialmente em tempos de incerteza econômica, atuando como uma proteção contra a inflação. No campo médico, o ouro é utilizado na produção de implantes dentários e em tratamentos específicos, destacando sua versatilidade e importância econômica.

Quais estimativas de recursos existem para a nova jazida?

As estimativas iniciais para a nova jazida são impressionantes. A expectativa é que contenha cerca de 32,2 milhões de onças de ouro, 12,8 milhões de toneladas de cobre e 659 milhões de onças de prata. Essas cifras colocam a jazida entre as maiores descobertas recentes, com potencial para influenciar significativamente o mercado global de metais preciosos.

Embora as estimativas sejam promissoras, os especialistas ainda estão em processo de validação dos dados. As previsões sugerem que os números podem aumentar para 48,7 milhões de onças de ouro, 25,1 milhões de toneladas de cobre e 808 milhões de onças de prata, conforme o avanço das explorações.
De que forma a descoberta afeta a economia regional?

A descoberta da jazida entre Argentina e Chile pode ter um impacto significativo na economia regional. A exploração de recursos minerais é uma fonte importante de receita para os países envolvidos, gerando empregos e estimulando o desenvolvimento de infraestrutura local. Além disso, a presença de grandes empresas de mineração pode atrair investimentos adicionais e fomentar o crescimento econômico na região.

Com a exploração em andamento, espera-se que a produção mineral contribua para o aumento das exportações, fortalecendo a posição econômica da Argentina e do Chile no mercado internacional de metais.

Qual o futuro da mineração de ouro na América do Sul?

A descoberta desta jazida ressalta o potencial mineral da América do Sul, uma região já conhecida por suas vastas reservas de recursos naturais. Com a crescente demanda por metais preciosos e industriais, a exploração responsável e sustentável desses recursos é crucial para garantir benefícios econômicos a longo prazo.

O futuro da mineração na região dependerá de políticas eficazes que equilibrem o desenvolvimento econômico com a proteção ambiental, assegurando que as comunidades locais também se beneficiem das riquezas naturais de seus territórios.
https://www.tupi.fm/economia/

Brigitte Macron: Veja o que 1° dama falou a Macron após tapa

Especialista revela fala de Brigitte após agressão que viralizou na web
A cena de Brigitte Macron dando um tapa no rosto do presidente francês, Emmanuel Macron, ao desembarcar no Vietnã, ganhou repercussão mundial. O vídeo rapidamente viralizou nas redes sociais, levantando suspeitas sobre uma crise no relacionamento do casal.

Segundo o portal britânico The Express, um especialista em leitura labial revelou o que Brigitte disse após a agressão. Ao passar pelo marido, ela teria disparado: “Dégage, espèce de loser”, expressão que significa: “Fique longe, seu perdedor”.
Macron ainda tentou contornar a situação, pedindo: “Vamos tentar, por favor?”, mas recebeu um “não” seco como resposta.

Na tentativa de manter a postura, Macron agradeceu ao piloto e acenou para as câmeras, enquanto Brigitte seguiu ignorando o marido, recusando até o braço que ele ofereceu para acompanhá-la.

A especialista em linguagem corporal Judi James também analisou a cena e afirmou que não se tratou de uma brincadeira, como Macron sugeriu. “Não há sinais de provocação leve ou risadas. O gesto foi agressivo e não pode ser minimizado”, concluiu.
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Tribunal de apelação dos EUA restabelece tarifaço de Trump

Um corte federal de apelação dos Estados Unidos restabeleceu nesta quinta-feira (29) as tarifas globais anunciadas pelo presidente Donald Trump, um dia após um tribunal comercial ter decidido que Trump havia excedido sua autoridade ao impor as taxas e ordenado o bloqueio imediato das medidas.

Na decisão, o Tribunal de Apelações dos Estados Unidos em Washington não apresentou parecer ou justificativa.

Na noite de quarta (28), o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA havia decidido que Trump não tinha autoridade para usar a legislação de poderes econômicos de emergência para impor as amplas tarifas globais anunciadas no mês passado.

A decisão havia ameaçado matar ou pelo menos atrasar a imposição das tarifas do “Dia da Libertação” de Trump sobre a maioria dos parceiros comerciais dos EUA, bem como as taxas de importação sobre mercadorias do Canadá, México e China relacionadas à sua acusação de que os três países estavam facilitando o fluxo de fentanil para os EUA.

Altos funcionários da administração Trump já haviam dito que não foram dissuadidos pela decisão do tribunal de comércio, afirmando que esperavam prevalecer em recurso ou empregar outros poderes presidenciais para garantir que as taxas entrassem em vigor.

A Casa Branca também havia dito que a suspensão das taxas não interferiu em nenhuma negociação com os principais parceiros comerciais que estão programadas para os próximos dias. Uma quarta rodada de conversas com o Japão está marcada para sexta-feira em Washington, e uma equipe de negociação comercial da Índia está a caminho dos EUA na próxima semana.

Os mercados financeiros, que oscilaram violentamente em resposta a cada reviravolta na caótica guerra comercial de Trump, reagiram com otimismo cauteloso à decisão do tribunal de comércio de quarta (28), embora os ganhos nas ações tenham sido limitados pelas expectativas de que a decisão do tribunal enfrentasse um processo de apelação potencialmente longo.

Analistas disseram que ainda há incerteza em relação ao futuro das tarifas de Trump, que custaram às empresas mais de US$ 34 bilhões em vendas perdidas e custos mais altos, de acordo com uma análise da Reuters.

Nesta quinta, outro tribunal federal também havia concluído que Trump excedeu sua autoridade ao usar a IEEPA (Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional) para o que ele chamou de tarifas “recíprocas” de pelo menos 10% sobre mercadorias da maioria dos parceiros comerciais dos EUA e para as taxas separadas de 25% sobre mercadorias do Canadá, México e China relacionadas ao fentanil.

Essa decisão foi muito mais restrita, no entanto, e a ordem de alívio que suspendeu as tarifas só se aplicava à empresa de brinquedos que apresentou o caso.

Folhapress

Elon Musk anuncia que vai deixar o governo de Trump

O bilionário Elon Musk anunciou nesta quarta-feira (28) que vai deixar o governo Donald Trump. O homem mais rico do mundo liderou a iniciativa radical de corte de gastos conhecida como Doge (Departamento de Eficiência Governamental, na sigla em inglês), que teve como principais alvos programas de diversidade no governo dos Estados Unidos e a agência de ajuda externa Usaid.

O cargo oficial de Musk no governo Trump sempre foi ambíguo —apesar de controlar o Doge, a Casa Branca disse em mais de uma ocasião que ele não era formalmente o chefe do departamento, e sim apenas um “funcionário especial do governo”.

A lei determina que uma pessoa só pode ocupar essa função por 130 dias, o que explica o anúncio nesta quarta. Ainda assim, Trump poderia facilmente ter nomeado o bilionário para outro cargo, como o de conselheiro oficial da Casa Branca, por exemplo, o que não ocorreu.

Victor Lacombe/Folhapress

Mão de Brigitte na cara de Macron constrange governo francês

Um safanão da primeira-dama Brigitte Macron no rosto do marido, Emmanuel Macron, acabou ofuscando a parte oficial da visita do presidente francês ao Vietnã.

A cena foi flagrada pelas câmeras no domingo (25), no momento em que a porta do avião presidencial se abriu, no desembarque em Hanói. De fora, era possível ver Macron virado em direção à frente da aeronave. De repente, surge a mão de Brigitte —reconhecível pela manga vermelha do casaco que estava usando— empurrando o queixo do marido.

Visivelmente constrangido, o presidente vira-se para os fotógrafos que o aguardavam no pé da escada do avião e acena, com um sorriso amarelo. Em seguida, Brigitte aparece e os dois descem os degraus. O presidente parece oferecer o braço à mulher, mas ela desce um pouco atrás dele, sem segurá-lo.

A assessoria da Presidência da França desmentiu o incidente, de início. Depois, diante de pelo menos dois vídeos da cena que viralizaram nas redes sociais, funcionários a atribuíram, segundo a AFP, a um mero “momento de cumplicidade, um último momento de descontração antes da visita”.

A mesma pessoa que falou com a agência de notícias usou o termo “chamaillerie” para descrever o episódio, que em português poderia ser traduzido como “rusga” ou “briguinha”, e lamentou que a cena “sirva de material para teorias conspiratórias”.

A grande diferença de idade entre Emmanuel, 47, e Brigitte, 72, é motivo constante de maledicências disseminadas nas redes sociais na França.

Os dois se conheceram quando o atual presidente francês tinha 15 anos e era aluno de Brigitte em uma oficina de teatro na escola onde estudava. Na época, ela era casada e divorciou-se em 2006, um ano antes de casar-se com Macron.

A teoria conspiratória mais delirante sobre o casal é que Brigitte teria nascido homem, com o nome de Jean-Michel Trogneux. Trata-se, na verdade, do nome do irmão dela. Duas youtubers foram condenadas por difamação em 2023 acusadas de espalhar o boato, mas o rumor persiste, especialmente nos meios de ultradireita.

André Fontenelle / Folhapress

EUA começam a suspender sanções contra a Síria depois de quase 15 anos

O presidente dos EUA, Donald Trump, cumprimenta o presidente inteirino sírio, Ahmed al-Sharaa, em Riade, na Arábia Saudita
Os Estados Unidos começaram a suspender sanções contra a Síria nesta sexta-feira (23) depois de 14 anos de medidas econômicas contra o país motivadas pela guerra civil entre o regime de Bashar al-Assad e grupos rebeldes —que derrubaram a ditadura em dezembro de 2024 e conduzem hoje um governo de transição.

O Departamento do Tesouro dos EUA emitiu uma autorização para o governo sírio, liderado pelo presidente Ahmed al-Sharaa, para que possa realizar transações com empresas e entidades que têm negócios com o governo americano. A mesma autorização também foi emitida para o Banco Central Sírio e estatais do país.

Essa era a principal sanção econômica contra o regime de Assad —sem contato com empresas integradas ao sistema financeiro americano, um país de médio porte enfrenta sérias dificuldades de atrair investimentos e desenvolver sua economia.

“Essa decisão permitirá novos investimentos no setor privado de forma consistente com a estratégia de colocar os EUA em primeiro lugar do presidente Donald Trump”, disse o Tesouro em nota.

O secretário de Estado, Marco Rubio, também pausou outras sanções por 180 dias como um primeiro sinal de apoio ao govenro de al-Sharaa. Segundo a pasta, os EUA não querem “impedir a reconstrução e recuperação” da Síria.

As primeiras sanções dos EUA contra o país foram impostas em abril de 2011 pelo governo do presidente democrata Barack Obama. Antes disso, sanções pontuais contra Assad e seu pai, o também ditador Hafez al-Assad, já haviam sido utilizadas por Washington em 2004 e 1979.

A decisão de suspender sanções foi anunciada por Trump durante sua recente viagem ao Oriente Médio. Segundo reportou a imprensa americana, a medida foi fruto de negociações com a Arábia Saudita, que também organizou um encontro entre o republicano e al-Sharaa.

Na terça (20), a União Europeia também anunciou que suspenderá sanções contra Damasco, incluindo o congelamento de ativos de seu Banco Central e um embargo contra o setor de petróleo.

Folhapress

Israel: Netanyahu diz estar “chocado” com morte de funcionários de embaixada em Washington

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou estar “chocado” com o “horrível e antissemita” assassinato a tiros de dois funcionários da Embaixada do país em Washington.

“Estamos testemunhando o terrível preço do antissemitismo e da selvagem incitação contra Israel”, disse o premiê, em nota. Netanyahu afirmou ainda ter orientado as missões israelenses no exterior a reforçar o aparato de segurança.

As duas vítimas, uma mulher e um homem, foram atacadas a tiros quando saíam de um evento em um museu judaico na capital americana. O suspeito de cometer o crime gritou “Palestina livre” após ter sido preso, segundo a polícia.

O atirador foi identificado como Elias Rodriguez, de 30 anos, morador de Chicago.

O embaixador israelense nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, disse que os dois funcionários mortos formavam um jovem casal e estavam prestes a ficar noivos.

Estadão Conteúdo

Ataque no Museu Judaico deixa dois funcionários da embaixada de Israel mortos em Washington

Dois assessores da Embaixada de Israel foram baleados e mortos do lado de fora de um evento no Museu Judaico, em Washington, na noite desta quarta-feira, 21, enquanto um evento organizado pelo Comitê Judaico Americano acontecia no local, informaram autoridades do governo americano.

“Dois funcionários da Embaixada de Israel foram assassinados esta noite perto do Museu Judaico em Washington, D.C.”, escreveu Kristi Noem, secretária de Segurança Interna, nas redes sociais. “Estamos investigando ativamente e trabalhando para obter mais informações para compartilhar. Por favor, rezem pelas famílias das vítimas.”

As duas vítimas, identificadas pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, como Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, estavam saindo do evento quando um homem, identificado como Elias Rodriguez, 30, de Chicago, abordou um grupo de quatro pessoas e abriu fogo, segundo a chefe de polícia metropolitana, Pamela Smith, em entrevista coletiva.

Lischinsky era assistente de pesquisa e Milgrim organizava visitas e missões a Israel.

Antes do tiroteio, o suspeito foi visto andando de um lado para o outro do lado de fora do museu, ele entrou no local depois do ataque e foi detido pela segurança. Quando foi preso, o homem começou a gritar: “Palestina livre”, disse a chefe de polícia.

Dan Bongino, vice-diretor do FBI, informou que os primeiros indicadores são de que o ataque foi um ato de violência direcionada.

O presidente dos EUA, Donald Trump, condenou o ataque em publicação no Truth Social. “Estes horríveis assassinatos em Washington DC, obviamente baseados no antissemitismo, devem acabar AGORA!”, disse. “O ódio e o radicalismo não têm lugar na América”.

O presidente israelense Isaac Herzog também se manifestou e disse estar “devastado” com as cenas. “Este é um ato desprezível de ódio, de antissemitismo, que ceifou a vida de dois jovens funcionários da embaixada israelense. “Estamos com a comunidade judaica em Washington, D.C. e em todos os EUA. Os Estados Unidos e Israel permanecerão unidos em defesa do nosso povo e dos nossos valores compartilhados. O terror e o ódio não nos destruirão”, disse.

As vítimas eram um casal jovem que planejava se casar em breve, segundo o embaixador israelense nos Estados Unidos, Yechiel Leiter.

“O jovem havia comprado um anel esta semana para pedir sua namorada em casamento na próxima semana em Jerusalém”, disse.

O gabinete do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu disse que ele ficou “chocado” com o tiroteio “horrível e antissemita”. “Estamos testemunhando o preço terrível do antissemitismo e da incitação selvagem contra Israel”, disse o comunicado.

O documento afirma que o primeiro-ministro falou com a procuradora-geral Pam Bondi, que lhe disse que Trump estava “envolvido na gestão do incidente” e que os EUA levariam o autor à justiça.

O ataque levou as missões israelenses a reforçarem sua segurança O tiroteio ocorre no momento em que Israel lança outra grande ofensiva na Faixa de Gaza, em uma guerra com o Hamas que acirrou as tensões no Oriente Médio e internacionalmente.

Estadão Conteúdo

Rival de Zelenski é morto a tiros em Madri

Um rival do presidente Volodimir Zelenski foi morto a tiros na manhã desta quarta (21) na região de Madri, no mais recente incidente envolvendo ucranianos ou russos na Espanha, país com considerável quantidade de expatriados dos rivais no Leste Europeu.

Desta vez a vítima era politicamente importante: Andrii Portnov, que serviu como assessor e braço-direito de Viktor Ianukovitch, o presidente aliado do Kremlin que foi derrubado no começo de 2014 pelas forças pró-europeias em Kiev.

Chamada de revolução pelos vencedores e de golpe pelos derrotados, o movimento tirou o comando do país da órbita russa, levando à retaliação de Vladimir Putin: anexação da Crimeia e guerra civil no leste russófono do país, eventos que estão no coração do conflito atual, iniciado pela invasão de 2022.

Portnov foi morto à luz do dia, às 9h15 (4h15 em Brasília), em Pozuelo de Alarcón, uma cidade da periferia madrilenha que é considerada a mais rica do país e concentra condomínios de luxo. A polícia ainda não sabe se ele foi atingido por um ou mais atiradores.

Advogado de 51 anos, ele havia deixado o país após a queda do chefe, tendo vivido na Rússia, Áustria e Espanha. Era especialmente odiado pelos sucessores de Iaukovitch, Petro Porochenko e Zelenski, devido ao papel a ele atribuído na anexação da Crimeia —chegou a ser processado por traição, mas o caso foi arquivado.

O SBU, o serviço secreto ucraniano que tem promovido assassinatos de russos ligados à guerra, como o de um general e de um líder paramilitar em Moscou neste ano, não se pronunciou. Se Kiev está envolvida na morte de Portnov, não se sabe, mas o fato é que a Espanha virou um local de incidentes graves desde 2022.

A mídia ucraniana, usualmente em linha com o governo, fala que houve um acerto de contas entre o ex-assessor, que foi também deputado de um partido pró-Rússia até 2010, e seus credores. É uma hipótese plausível também, até pelo conhecido entorno obscuro de Ianukovitch.

Segundo o diário El Mundo, a polícia trabalha com a hipótese de crime político ou a tal vingança por dívidas, sem detalhar.

Segundo o serviço mi gratório espanhol, há 235 mil ucranianos no país, a maioria vinda depois do início da guerra.

Há também 95 mil russos, 16 mil dos quais chegaram após 2022, de acordo com levantamento do jornal La Vanguardia.

Em abril de 2022, um empresário do ramo de gás russo foi achado morto em casa com a mulher e a filha, naquilo que a polícia acabou considerando um suicídio altamente suspeito.

Em novembro e dezembro do ano da invasão, cartas-bombas foram enviadas para autoridades do governo espanhol, empresas e as embaixadas de Kiev e Washington em Madri. Um aposentado com simpatias pró-Putin foi preso.

No ano passado, um piloto russo que fugiu para a Ucrânia com seu helicóptero foi morto a tiros perto de seu apartamento em Alicante, onde vivia como exilado.

Igor Gielow / Folhapress

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