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‘Tenho muita confiança que o Lula vai restabelecer’, diz Jerônimo após desaprovação do presidente chegar ao pior patamar
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) mostrou otimismo na recuperação política do presidente Lula (PT), cuja desaprovação subiu para 57% e atingiu o patamar mais alto desde o início deste terceiro mandato, segundo revelou a pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4).
De acordo com o levantamento (leia aqui), a aprovação do presidente caiu para 40%, sendo o menor nível registrado até agora.
“Olha, pesquisa acontece assim. Pesquisas são apresentados os números, eu respeito, não debrucei sobre ela ainda, mas eu tenho muita confiança que o Lula vai restabelecer”, disse Jerônimo, ao computar que a baixa pode ter tido reflexo do escândalo do INSS.
“Já melhorou bastante, teve uma queda por conta talvez da Previdência. Essas pesquisas ajudam a gente a monitorar”, emendou.
O governador afirmou ainda que os dados destoam do que ele diz ver no dia a dia. “Na Bahia eu tenho percorrido muitos municípios, vejo uma avaliação na prática, eu espero que essa avaliação que eu vejo na prática eu possa ver também na tradução das pesquisas”.
“Vamos trabalhar para poder reverter o que da pesquisa for real, e aquilo que de repente a pesquisa não conseguiu apurar ou chegar perto, para a gente poder fazer chegar”, completou.
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Política Livre
Atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA preocupa ala bolsonarista
Jair e Eduardo Bolsonaro posam ao lado de Marco Rubio em novembro de 2024, dois meses antes de ele se tornar secretário de Estado dos EUA
Uma ala do bolsonarismo relata preocupação com a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, buscando sanções do governo americano ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Pessoas ouvidas pelo Painel avaliam serem legítimas as atitudes de Eduardo para defender o pai, Jair Bolsonaro, mas se dizem apreensivas de que um tensionamento excessivo com o Supremo possa “sair pela culatra” e acabar prejudicando o próprio bolsonarismo e a direita no Brasil.
Na visão de um desses aliados, o filho do ex-presidente está “cutucando o leão com vara curta” e “jogando o Brasil contra os EUA”, com consequências ainda imprevisíveis.
Outro considera que os ataques podem unir ministros divergentes da corte em nome do corporativismo e aumentar o que chama de perseguição. Ele acha, porém, que o espírito de vingança já está consolidado no STF independentemente das ações de Eduardo.
Há, também, aliados bolsonaristas que acreditam que uma eventual reação mais forte do STF, causada por reprimendas do governo americano, acabará fortalecendo a direita.
Na última quarta (28), a gestão Donald Trump anunciou que vai restringir vistos a estrangeiros que tenha censurado empresas ou cidadãos americanos, segundo sua avaliação. A medida pode atingir Moraes, que suspendeu a plataforma de vídeos Rumble no Brasil em fevereiro alegando descumprimento de ordens judiciais.
Júlia Barbon, Folhapress
Lula enfrenta campo minado no Congresso e perde controle sobre pacote da reeleição
A um ano e quatro meses das eleições de 2026, o governo Lula (PT) tem uma série de propostas que vão se incorporar à possível campanha do presidente para obter um quarto mandato, mas a instabilidade da base de apoio do Congresso retirou do Palácio do Planalto o controle sobre o formato e o tempo de aprovação dessas medidas.
Temas como o aumento da isenção do Imposto de Renda, a alta de arrecadação via elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), a PEC da Segurança Pública, a isenção da conta de luz, a regulação das redes sociais e a regulamentação dos trabalhadores de aplicativos enfrentam resistência na Câmara dos Deputados e Senado e devem passar por grandes mudanças —alguns podem até não ser votados.
Um exemplo nesse sentido se deu na última quarta-feira (28), quando a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara debateu a PEC (proposta de emenda à Constituição) da Segurança Pública, que busca dar ao governo mais protagonismo em um tema em que a direita predomina.
Foram convidados dois governadores para o debate, o oposicionista e pré-candidato à Presidência Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e o governista Helder Barbalho (MDB-PA).
Enquanto Helder listou sugestões de mudanças no texto elaborado pela equipe do ministro Ricardo Lewandowski (Justiça), Caiado dominou o debate com um leque de críticas à proposta, que, segundo ele, deveria ser rejeitada de imediato.
Deputados de oposição e da chamada bancada da bala marcaram forte presença na sessão. O relator da proposta na CCJ, Mendonça Filho (União Brasil-PE), a quem caberá elaborar o parecer, é do mesmo partido do governador e da ala da sigla de oposição a Lula.
A isenção da cobrança de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 é outro foco de preocupação do governo.
Promessa da campanha de 2022 e espécie de carro-chefe das medidas com as quais Lula busca melhorar a popularidade, o projeto está em fase inicial de tramitação no Congresso, sob relatoria do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).
“Penso que não teria apoio mínimo do plenário da Câmara, quanto mais do Senado, se houver perspectiva ou a ilação de que os estados e municípios estariam perdendo recursos e receitas”, afirmou Lira na quarta-feira, deixando claro que fará mudanças na proposta gestada por Fernando Haddad (Fazenda).
Uma das modificações é defendida formalmente pelo próprio PP, o partido do ex-presidente da Câmara. O projeto estabelece um imposto mínimo de até 10% para altas rendas, uma forma de taxar a distribuição de lucros e dividendos, hoje isenta no Brasil. O PP quer elevar de R$ 50 mil para R$ 150 mil a renda mensal mínima para ser elegível a essa tributação.
Embora seja uma decisão do governo que não precisa passar pelo Congresso, o recente aumento do IOF como forma de remediar as contas federais também caiu mal no Legislativo e pode ser esvaziado por pressão de deputados e senadores.
Haddad e Lula levaram, nesse caso, broncas públicas e ultimatos dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O primeiro disse esperar ser a última vez que o governo tenta “usurpar as funções do Legislativo”. O segundo chamou a medida de “gambiarra”.
O governo ficou de apresentar uma alternativa em dez dias sob ameaça de ver a medida derrubada pelo Congresso via decreto legislativo. Se isso ocorrer, a perda de arrecadação seria de R$ 19,1 bilhões só em 2025.
A medida provisória que visa isentar 16 milhões de consumidores de baixa renda do pagamento de conta de luz também é alvo de críticas da cúpula do Congresso. Há preocupações, por parte dos governistas, especialmente por causa dos atritos entre Alcolumbre e o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia).
De acordo com relatos, os chefes do Congresso relataram que esperavam uma conversa prévia com o presidente da República, mas foram recebidos apenas para a cerimônia de assinatura.
Na sexta-feira (30), Lula lançou outra medida que deve compor a sua provável campanha no ano que vem, o recém-batizado Agora Tem Especialistas.
O projeto visa reduzir a fila de espera por consultas e procedimentos especializados no SUS (Sistema Único de Saúde) por meio de parcerias com a iniciativa privada. Também tem que passar pelo Congresso.
Outra iniciativa lançada há mais de um ano pelo governo com pouca repercussão foi o projeto de lei para regulamentar os motoristas de aplicativos. A proposta enfrentou resistências da própria categoria, o que obrigou Lula a recuar do pedido de urgência.
O texto passou por diversas mudanças nas mãos do relator, o deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), mas não houve consenso nem sequer para que fosse votado pelas comissões. Agora, o presidente da Câmara determinou a criação de uma comissão especial. O projeto do Executivo será praticamente descartado, e a consultoria técnica da Câmara vai elaborar um novo texto.
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), minimiza as dificuldades e diz que os projetos vão avançar também por interesse do Congresso em apresentar ações para a sociedade, como seria o caso da PEC da Segurança Pública e do aumento da faixa de isenção do IR.
No caso das mudanças no setor elétrico, o petista destaca que o governo terá um trunfo por se tratar de uma MP, que entra em vigor imediatamente. “O impacto na conta de luz dos mais pobres já estará valendo quando a medida for votada, vai ser difícil de derrubá-la.”
Na lista de temas ainda não enviados ao Legislativo, um dos destaques é a regulação das redes sociais, cujo projeto de lei está em fase de conclusão.
“Não é possível que tudo tenha controle, menos as empresas de aplicativos”, disse Lula no último dia 24.
O tema ganhou recente projeção após vir a público o fato de a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, ter citado supostos efeitos nocivos da plataforma TikTok durante jantar com o presidente da China, Xi Jinping.
A regulação, porém, enfrenta forte oposição do bolsonarismo no Congresso e foi barrada mesmo quado foi capitaneada pelo então todo-poderoso Arthur Lira, em 2024.
Lula derrotou Jair Bolsonaro (PL) em 2022, mas viu o Congresso ser dominado por partidos de centro e de direita, o que o obrigou a formar uma inédita aliança já no governo de transição.
Ele distribuiu inicialmente nove ministérios a União Brasil (sigla que tem origem na Arena, o partido da ditadura militar), PSD e MDB. Depois, ampliou o leque para 11 e incluiu na aliança PP e Republicanos.
Esses partidos, porém, têm aplicado sucessivas derrotas ao governo no Congresso, abrigam focos de oposição aberta e flertam também publicamente com o bolsonarismo e com uma candidatura rival a Lula —o preferido por todos eles é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O campo minado de Lula no Congresso
Isenção de IR até R$ 5.000
Objetivo: promessa de campanha, é aposta do Planalto para melhorar a avaliação de Lula
Tramitação: em discussão na comissão mista do Congresso, 1º passo do andamento
Entraves: O relator, Arthur Lira (PP), cobra compensação a estados e municípios. O seu partido, o PP, quer ampliar a faixa da tributação de altos rendimentos de R$ 50 mil para R$ 150 mil
Aumento do IOF
Objetivo: garantir R$ 20 bi em 2025 e R$ 40 bi em 2026 à arrecadação federal
Tramitação: decisão do governo, sem necessidade de aval do Congresso
Entraves: parlamentares ameaçam derrubar a medida por decreto legislativo, exigindo revogação ou alternativa
Consignado para CLT
Objetivo: estimular a economia e impulsionar a popularidade de Lula
Tramitação: em discussão na comissão mista do Congresso, 1º passo da tramitação
Entraves: enfrenta menor resistência entre as pautas econômicas do governo
Isenção na conta de luz
Objetivo: beneficiar 16 milhões de consumidores de baixa renda
Tramitação: editada via medida provisória no dia 21
Entraves: os presidentes da Câmara e Senado reclamaram nos bastidores não terem sido consultados, e o próprio Lula prevê dificuldades no Congresso; custo pode recair sobre demais consumidores
PEC da Segurança
Objetivo: dar maior protagonismo ao governo em tema em que a esquerda está a reboque
Tramitação: em debate na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara
Entraves: oposição e bancada da bala querem desfigurar o texto do Ministério da Justiça
Programa Agora Tem Especialistas
Objetivo: reduzir filas por consultas e por procedimentos especializados e se tornar uma marca do governo Lula na saúde
Tramitação: anunciado na sexta-feira (30), terá que passar pelo Congresso
Entraves: recicla programa de 2024 e levanta dúvidas sobre parcerias com o setor privado
Regulação de Redes Sociais
Objetivo: promessa de Lula e bandeira da esquerda
Tramitação: proposta ainda não enviada ao Congresso
Entraves: enfrenta forte resistência do bolsonarismo e do Legislativo, que já barrou tentativas anteriores
Trabalhadores de aplicativos
Objetivo: regulamentar atividade e proporcionar direitos trabalhistas à categoria, mais alinhada ao bolsonarismo
Tramitação: projeto enviado por Lula em 2023 ao Congresso, jamais foi votado
Entraves: texto do governo enfrenta resistência na própria categoria. Câmara deve ignorar proposta e elaborar novo texto
Gás para Todos
Objetivo: ampliar o vale-gás para 22 milhões de famílias
Tramitação: projeto enviado em agosto ao Congresso, pode ser reeditado como medida provisória
Entraves: governo bate cabeça para definir forma de financiamento e modelo do voucher para compra do botijão de gás
Ranier Bragon e Raphael Di Cunto, Folhapress
Desaprovação a Lula volta a subir e atinge 53,7%, maior índice da série, diz pesquisa
A desaprovação ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a subir e atingiu a maior marca da série histórica, segundo a nova pesquisa da AtlasIntel divulgada nesta sexta-feira, 30.
O índice de quem não aprova a gestão do petista chegou a 53,7%. No início da medição, em janeiro de 2024, quando o presidente estava há um ano no Palácio do Planalto, a porcentagem era de 45,4%.
São, atualmente, 45,4% os que o aprovam, e 0,7% não souberam responder.
O levantamento é o primeiro do instituto após o escândalo das fraudes nas aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que abalou a imagem do governo. Entre março e abril, quando a pesquisa foi repetida, a desaprovação caiu 3,5 pontos porcentuais, chegando em 50,1%, primeiro período em que o índice, que estava em ascendência desde abril de 2024, recuou.
O escândalo motivou uma troca no comando do Ministério da Previdência Social, a saída do PDT da base do governo e vem sendo explorado amplamente pela oposição nas redes sociais.
Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso investigará os desvios, e deve ser composta por integrantes da “tropa de choque” do PL.
Um dos questionamentos feitos aos entrevistados foi a opinião deles sobre quais são os maiores problemas do Brasil atualmente. “Corrupção”, resposta de 47% dos entrevistados no mês passado, saltou para 60%, liderando a lista.
Em segundo lugar, ficou “criminalidade e tráfico de drogas”, que era considerado o maior problema desde janeiro.
Os entrevistados também foram questionados qualitativamente sobre como avaliam a gestão de Lula. Os que consideram “ruim ou péssima” são 52,1%, enquanto 41,9% acham que o trabalho desempenhado pelo presidente é “ótimo ou bom” – 6% avaliaram como “regular”.
A pesquisa ouviu 4.399 brasileiros entre os dias 19 e 23 de maio O nível de confiança é de 95% e a margem de erro de 1 ponto porcentual.
Karina Ferreira / Estadão Conteúdo
Alternativa à anistia do 8/1 articulada por Alcolumbre esfria no Congresso
A discussão aberta pelo presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), junto a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) para uma alternativa à anistia aos golpistas do 8 de Janeiro perdeu tração e o projeto não tem nenhuma perspectiva de ser apresentado.
Autoridades envolvidas na articulação afirmam que a discussão foi esvaziada pelos próprios bolsonaristas, uma vez que a oposição baixou a pressão por anistia e passou a mirar outros assuntos, como a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre as fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Para o grupo, o movimento feito por Alcolumbre serviu para demonstrar que a oposição não estava preocupada em aliviar a situação de pessoas comuns, como a cabeleireira Débora Rodrigues, que ficou conhecida pela pichação de uma estátua com batom, mas sim a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não seria atingido pelas mudanças nessa nova proposta.
Assim que a discussão veio a público, aliados de Bolsonaro rechaçaram uma alternativa e prometeram que insistiriam no projeto de anistia ampla aos envolvidos. O próprio ex-presidente participou de uma manifestação em Brasília em defesa de uma “anistia humanitária”, no início do mês.
Ministros do Supremo consultados por Alcolumbre nas últimas semanas tentaram deixar claro que não fariam resistência a uma iniciativa dessa natureza por parte do Congresso, mas também não endossariam o discurso de que o tribunal cometeu excessos na aplicação das penas.
Segundo eles, qualquer mudança na legislação seria um reconhecimento dos parlamentares de que as penas foram fixadas em patamares elevados e que o Supremo só aplicou as leis elaboradas anteriormente pelo próprio Congresso.
De acordo com relatos, ministros também disseram a Alcolumbre que o melhor caminho para encerrar o pedido insistente por anistia seria esperar o início das progressões das penas e ir analisando a situação dos presos caso a caso.
Relator de pouco mais de 1.400 inquéritos relacionados ao 8 de Janeiro, o ministro Alexandre de Moraes decidiu tirar da prisão 33 presos -32 deles a partir do dia 28 de março, quando Débora, um dos símbolos pró-anistia, recebeu o benefício da prisão domiciliar.
O número inclui condenados com condenação transitada em julgado que têm problemas de saúde e outros denunciados que ainda nem sequer foram julgados.
Paralelamente a isso, integrantes do Supremo avaliaram que o coro por anistia havia ganhado fôlego porque havia um vácuo de debates no Congresso sobre outros assuntos.
Depois de meses de marasmo no Senado, Alcolumbre imprimiu maior ritmo na Casa e colocou em votação as novas regras de licenciamento ambiental, um projeto complexo que se arrastava havia mais de 20 anos no Congresso.
Outros projetos de maior relevância também foram aprovados nos últimos dias, como a prorrogação das cotas raciais no serviço público e restrições à propaganda de bets.
Na mesma linha, após dias a reboque de pautas negativas, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criou um grupo de trabalho da reforma administrativa e ensaiou uma reação aos descontos em aposentadorias e pensões do INSS.
Uma pessoa a par da elaboração da alternativa à anistia afirma que Alcolumbre reuniu diferentes ideias, mas não fechou o texto de um projeto de lei. Uma minuta elaborada, como mostrou a Folha, previa três mudanças na chamada Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito.
A principal alteração envolvia criar um novo tipo penal para punir aqueles que foram influenciados por uma multidão para praticar atos contra o Estado democrático de Direito -o que aliviaria as penas do que veem como a “massa de manobra” que vandalizou as sedes dos Poderes, mas não planejou.
Alcolumbre chegou a consultar alguns senadores, como Sergio Moro (União Brasil-PR) e Alessandro Vieira (MDB-SE), autor de uma proposta que também levaria à redução das penas, mas não houve a criação de nenhum grupo de trabalho, como aventado semanas atrás.
As discussões em torno do texto acabaram concentradas no ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que é advogado, e assessores.
Thaísa Oliveira, Cézar Feitoza e Bruno Boghossian / Folhapress
‘Estão dando um chute na bunda do PSD’, afirma prefeito de Salvador sobre exclusão de Angelo Coronel da chapa governista
As declarações dadas ontem (26) pelo senador Jaques Wagner (PT) e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), de que ambos pretendem concorrer ao Senado em 2026, excluindo da chapa governista o senador Angelo Coronel (PSD), repercutiram na entrevista coletiva dada hoje (27) pelo prefeito Bruno Reis (União) para tratar da greve dos professores da rede municipal, ocorrida no Palácio Thomé de Souza.
Provocado sobre o tema, o prefeito da capital afirmou que “literalmente estão dando um chute na bunda do PSD”. De acordo com o Bruno Reis, o grupo encabeçado pelo PT fez o mesmo com a hoje deputada federal Lídice da Mata (PSB) em 2018, quando ela não teve o direito de disputar a reeleição ao Senado e foi obrigada a ceder a vaga ao próprio Coronel; e com o atual deputado federal João Leão em 2022, quando o então vice-governador da Bahia também não ocupou espaço na majoritária ou ocupou de forma interina o comando do governo, conforme chegou a ser cogitado na época.
“A gente ouve os nossos adversários falarem que são democratas, respeitam os aliados, que tratam os aliados com diálogo, dando espaço, prestígio. Só que na prática o que a gente vê é o contrário, com a utilização da máquina pública, do dinheiro, para cooptar adversários, prefeitos, e à medida que isso ocorre, atraindo novos aliados, descartam os antigos”, declarou Bruno Reis antes de citar Lídice da Mata e João Leão.
O prefeito afirmou que o mesmo está acontecendo com Angelo Coronel e convidou o senador a ingressar no grupo da oposição, ressaltando, no entanto, que não existem conversas concretas sobre o assunto com o parlamentar.
“Caso Coronel e outros achem que podem seguir um projeto diferente, estamos abertos ao diálogo para construir alianças que possam permitir a gente mudar a Bahia. Tenho convicção que, em 2026, o desfecho final será outro”, frisou.
Bruno Reis lembrou que ajudou Angelo Coronel a se eleger presidente da Assembleia Legislativa e que o senador já foi do mesmo lado do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União). “Então existe essa relação. Tê-lo como parceiro aliado é algo natural diante da proximidade de pensamentos e ideias. Caso ele entenda que chegou o momento de construir outro caminho, estamos abertos”, concluiu o prefeito.
Política Livre
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Coronel despista sobre “lançamento” de chapa governista com Wagner e Rui como candidatos ao Senado: ‘Eu não sou PT, sou PSD’
Reagindo às declarações do senador Jaques Wagner e do ministro da Casa Civil Rui Costa, que confirmaram interesse em disputar o Senado Federal nas eleições de 2026 pela chapa governista (leia aqui), o senador Angelo Coronel (PSD) despistou sobre as falas e elogiou os seus, até então, colegas de grupo político. “Boa chapa. Cada partido tem o direito de indicar seus nomes para concorrer a qualquer cargo. Eu não sou PT, sou PSD”, disse.
A este Política Livre, Coronel disse na última sexta-feira (23) (leia aqui) que não iria forçar para continuar onde não o querem. “O primeiro fato que temos que analisar é que não existe apenas candidatura em chapa oficial, qualquer partido tem o direito de lançar seus próprios nomes. A eleição de senador não é atrelada à eleição de governador, tanto é que, nos demais estados da federação, a grande maioria dos candidatos ao Senado sai independente. “Não estou dizendo com isso, porque eu pretendo sair independente, mas se por acaso onde eu não estou me querendo, eu não vou forçar, nem arrombar cerca para continuar onde não me quer. Mas eu espero, pelo menos, sair candidato pelo PSD, que é o nosso partido”, disse, durante a entrega da Comenda Dois de Julho e do título de cidadão baiano ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso.
Política Livre
Ex-ministro de Bolsonaro, Abraham Weintraub chama de “cilada” aproximação de Aldo Rebelo com a Direita: “Comunista histórico”
Usando as suas redes sociais, o ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub, levantou alarmes sobre a aproximação de Aldo Rebelo, ex-ministro e figura histórica do comunismo brasileiro, com setores da Direita.
Weintraub descreveu essa movimentação como uma “cilada”, alertando para os riscos de uma infiltração ideológica.
“Aldo Rebelo, comunista histórico, ministro do Lula, da Dilma, adorado pelos generecas melancia, está se infiltrando de forma planejada na ‘direita’ através do Kassab (ele é secretário do Nunes em SP) e do Bolsonaro! Cavalo de Tróia! Não se iludam! É cilada, Bino!”, afirmou Weintraub.
A crítica de Weintraub reflete uma preocupação crescente entre setores mais conservadores e também esquerdistas sobre a real intenção de Aldo Rebelo ao se aproximar de figuras proeminentes da direita. Essa aproximação, inclusive, gerou críticas da deputada estadual Olivia Santana (PCdoB) (leia aqui).
Rebelo, que já ocupou cargos relevantes em governos do PT, é visto por alguns como um agente que poderia desestabilizar os valores defendidos pelos conservadores.
Além das críticas à sua aproximação com a direita, Aldo Rebelo também apareceu na mídia recentemente por uma polêmica com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ameaçou de prisão caso ele “não se comportasse” em uma sessão do STF.
Política Livre
Filiados tentam preservar tucano e símbolos do PSDB em fusão com Podemos
Um grupo de filiados do PSDB tirou a manhã deste sábado (24) para debater a fusão com o Podemos, demandar a presença de representantes paulistas na convenção do partido e defender a preservação dos tucanos -apenas enquanto símbolo partidário.
Ao menos 85 tucanos, os filiados, discutiram os rumos da sigla por cerca de três horas no auditório do Sindicato dos Engenheiros, na região central de São Paulo. Segundo os organizadores do evento, também foram 85 as assinaturas coletadas em uma moção com demandas à executiva nacional, que selará o futuro do partido em convenção marcada para o dia 5 de junho.
No fim de abril, a executiva nacional, comandada pelo ex-governador de Goiás Marconi Perillo, aprovou o início do processo de fusão com o Podemos.
Neste sábado, em São Paulo, durante a discussão, os presentes reconheceram a crise vivida pelo partido, que encolheu consideravelmente e sofre com a debandada de quadros importantes, como o governador gaúcho, Eduardo Leite, que migrou para o PSD no último dia 9.
No entanto, houve críticas à forma como as conversas com o Podemos são conduzidas e ao fato de São Paulo, o estado que deu origem ao PSDB e que foi comandado pelo partido por quase 30 anos, não ter direito a voto na convenção nacional por estar sob comando provisório.
“O partido ficou sem referência política aqui no estado. Isso fez com que tivesse uma preocupação da direção nacional de fazer um novo movimento em São Paulo, só que feito, ou pensado, por gente que não é de São Paulo”, disse à Folha Mário Covas Neto, filho do ex-governador Mário Covas, que foi um dos fundadores do PSDB.
Um dos filiados reclamou que os fundos partidário e eleitoral “ficam presos com pequi, em Goiás, e nas casas de pão de queijo de Minas Gerais”, em indireta a Marconi Perillo e ao deputado federal Aécio Neves (MG), ambos envolvidos na negociação pela fusão.
Na moção apresentada pela organização, composta pela Iniciativa Voz e Ação Tucana e pelo Movimento Contra a Extinção do PSDB, constam pedidos para que, mesmo após a fusão, o partido mantenha o 45 como número de urna, o mesmo estatuto partidário, a sigla PSDB na nova legenda e a ave na identidade visual.
Os presentes reclamaram que, até o momento, o que foi apresentado da fusão mostrava a perda de identidade do PSDB, com o número de urna sendo o do Podemos. Um dos filiados fez uma metáfora e citou empresas de renome no século 20 que, após sofrerem crises e serem incorporadas, perderam seus nomes, como Varig, Vasp, Mappin e Mesbla.
Em vídeos exibidos no local, tanto Marconi Perillo quando Paulo Serra, presidente estadual do PSDB, se comprometeram em acatar o que fosse possível dos pedidos feitos pela ala paulista.
Na mesa que presidiu o evento, Mário Covas Neto disse que a estrutura do Podemos, partido ao qual foi filiado de 2018 a 2024, é mais centralizadora e que isso poderia prejudicar a política interna entre os tucanos. Na ocasião de sua saída do PSDB, ele reclamava que a sigla havia se distanciado de suas origens e discordava da decisão de lançar o então prefeito da capital, João Doria, ao governo paulista. Ele retornou ao PSDB no ano passado alegando participar de um processo de reformulação interna.
“O Podemos funciona de maneira diferente do PSDB, de como sempre funcionou o PSDB. E o que a gente pretende nesse evento aqui, nesse manifesto, é dizer o seguinte: ‘olha, nós preferimos que o PSDB continue a ser o que sempre foi’. No sentido de ter uma democracia interna, em que você tenha convenções partidárias”, disse.
O ex-senador José Anibal fez uma autocrítica alegando que o PSDB se distanciou de seu lado social-democrata e das bases, ao tentar se contrapor ao PT. Segundo ele, o partido tentou evitar uma “malaise”, que em francês significa mal-estar, ao evitar alardear programas sociais e focar nas políticas econômicas.
“Tem que defender o legado [social] e tem que operar sobre esses legados, as políticas públicas. Mas, não, fizemos um pouco mais de concessões aqui ou lá e olha o que nos restou”, disse.
O PSDB chegou a eleger 99 deputados federais e sete governadores em 1998, no governo Fernando Henrique Cardoso, além de contar com 16 senadores. Na eleição nacional passada, quando nem sequer lançou candidatura própria, fez apenas 13 deputados federais.
A manutenção da ave tucana como principal símbolo da sigla foi um dos temas mais debatidos neste sábado. Houve mais de uma menção à frase “não podemos deixar cair nossas bandeiras”, do ex-governador Franco Montoro, um dos fundadores do PSDB. “Se fosse trocar de símbolo, só se fosse pela jabuticaba, já que a jabuticaba também só tem no Brasil”, brincou José Anibal.
À medida que mais filiados pediam a palavra, o auditório, já esvaziado, passou a contar com cada vez menos gente. Perto das 13h, muitos dos tucanos reclamavam de fome. O discurso de um deles, que explicava o porquê do tucano ser “uma ave brasileira com características nacionais” foi interrompido.
“Manoel, é importante o que você está falando, mas agilize, por favor, que está chegando a hora do almoço.”
Juliana Arreguy / Folhapress
‘Eu não vou forçar para continuar onde não me querem’, diz Coronel sobre possibilidade de saída do grupo governista
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Foto: Política Livre |
O senador Angelo Coronel (PSD) sinalizou, durante a entrega da Comenda Dois de Julho e do título de cidadão baiano ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, que pode disputar a reeleição ao Senado Federal em 2026 de forma independente, caso não haja espaço para seu nome na chapa majoritária encabeçada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e que pode ter como possíveis postulantes ao Senado os ex-governadores Jaques Wagner e Rui Costa.
Coronel destacou que, apesar de estar alinhado ao grupo, a candidatura ao Senado não está necessariamente vinculada à disputa pelo governo estadual. “O primeiro fato que nós temos que analisar é que não só existe candidatura em chapa oficial, qualquer partido tem o direito de lançar seus próprios nomes. A eleição de senador não é atrelada à eleição de governador, tanto é que, nos demais estados da federação, a grande maioria dos candidatos ao Senado sai independente”, afirmou.
O senador ressaltou que sua preferência é permanecer no PSD e disputar pela base do governo, mas deixou claro que não aceitará imposições caso não haja espaço para sua candidatura. “Não estou dizendo com isso, porque eu pretendo sair independente, mas se por acaso onde eu estou não me quiserem, eu não vou forçar, nem arrombar cerca para continuar onde não me querem. Mas eu espero, pelo menos, sair candidato pelo PSD, que é o nosso partido”, frisou.
Questionado sobre a possibilidade de migrar para a oposição caso não esteja na chapa governista, Coronel adotou tom cauteloso. “Eu nunca gosto de antecipar fatos. Eu sempre digo o seguinte: se onde eu estou eu não tiver a vaga, eu não tenho porquê permanecer em um lugar que não me querem. Então, eu não vou antecipar que vou para a oposição. Eu posso manter a minha candidatura, independente de estar na chapa A ou na chapa B. Mas a minha candidatura ao Senado, até então, ela está mantida”, garantiu.
Sobre a relação com o senador Jaques Wagner (PT), Coronel minimizou qualquer possibilidade de tensão. “Wagner é muito meu amigo, a gente está bem, todo dia a gente se encontra no Senado. Se é um assunto que a gente não conversa é sobre a sucessão de 2026, nem eu nem Wagner. A gente deixa a água correr normal, na correnteira, e lá na frente, para março-abril, vamos sentar e ver o que é que vai acontecer”, disse.
Política Livre
Fim da reeleição e mudança na duração de mandatos têm resistências no Congresso
A proposta de emenda à Constituição que acaba com a reeleição e unifica futuramente as disputas em intervalos de cinco anos foi aprovada na quarta-feira (21) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, mas sofre resistência nas duas Casas do Congresso Nacional, o que torna sua aprovação final incerta.
Apesar de o fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos ter apoio entre congressistas, uma parte deles critica as confusas regras de transição e a unificação de todas as eleições em um único ano, o que vai obrigar o cidadão a escolher nove candidatos de uma vez só, em uma campanha que vai misturar assuntos municipais, estaduais e federais.
A medida propõe uma transição gradual e complexa até 2039, quando todos os mandatos passarão a ter duração de cinco anos. O caminho até essa padronização, no entanto, inclui uma série de mandatos com durações variáveis (de quatro, cinco, seis, oito e nove anos), conforme os cargos e os anos de eleição.
O texto aprovado na comissão precisa ser votado ainda no plenário em dois turnos e depois ser analisado na Câmara.
No caso de prefeitos, por exemplo: os atuais têm mandato de quatro anos. Os eleitos em 2028 teriam mandato de seis anos, dois a mais. A partir de então, cinco anos.
Senadores, por sua vez, manteriam os atuais mandatos de oito anos em 2026. Em 2030, os eleitos teriam mandato excepcional de nove anos e, em 2034, de cinco, o que criaria, a partir de 2034, uma convivência entre parlamentares com prazos distintos -alguns com cinco anos de mandato, outros com nove.
Hoje a Casa renova cadeiras de quatro em quatro anos, um terço em uma eleição e dois terços em outra.
No caso da reeleição, pelo projeto, permite-se a modalidade em 2026, para presidentes e governadores, e em 2028 para prefeitos. Depois disso, ela fica proibida.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se reuniu com líderes partidários nesta quinta-feira (22) e, segundo relatos, assegurou a votação da PEC em plenário na próxima semana.
No dia anterior, ele disse publicamente que iria defender a votação imediata.
“A votação no dia de hoje [quarta] reflete o desejo do Senado de dar um novo rumo ao processo eleitoral, no que diz respeito às eleições majoritárias no Brasil e, logicamente, à coincidência das eleições. Acho que será, com certeza absoluta, a mais profunda mudança no arcabouço eleitoral do Brasil nos últimos anos”, disse Alcolumbre.
“Tenho todo o desejo e interesse de que, na semana que vem, essa proposta esteja em deliberação no plenário do Senado Federal. Eu quero ouvir os líderes partidários e eu tenho certeza absoluta de que a maioria vai apoiar essa decisão”, completou.
Alguns senadores criticaram nos bastidores a medida, afirmando não apoiar mandato de cinco anos a partir de 2034 para uns e a partir de 2039 para todos. A redução dos mandatos em três anos a partir desta data não é bem vista por boa parte deles.
Uma proposta alternativa seria ampliar de oito para dez anos os mandatos de senadores, o que poderia gerar resistência na opinião pública.
Já entre deputados, apesar do aumento de um ano no atual prazo de quatro anos de mandato, a unificação de todas as disputas -prefeito, vereador, deputado estadual, federal, senador, governador e presidente- em um único ano não é bem vista entre alguns.
Se isso ocorrer, o eleitor terá que escolher nove nomes de uma vez: vereador, prefeito, deputado estadual, governador, três candidatos ao Senado, deputado federal e presidente da República.
Para ser aprovada no plenário do Senado, é preciso o apoio de ao menos 49 dos 81 senadores, em dois turnos de votação. Se passar, a PEC precisa tramitar na Câmara pela CCJ, comissão especial e, depois, plenário. É preciso do voto de ao menos 308 dos 513 deputados.
A proposta saiu da gaveta dos senadores após a Câmara ter aprovado o aumento de 18 cadeiras na Câmara, rejeitando uma equação que apenas remodelasse as atuais vagas de acordo com os novos dados do Censo 2022. O texto está em análise no Senado.
ENTENDA A PROPOSTA DE FIM DA REELEIÇÃO E DE UNIFICAÇÃO DAS ELEIÇÕES
PREFEITOS E VEREADORES
– Como é hoje: mandato de quatro anos, com possibilidade de uma reeleição para prefeitos e de reeleições sucessivas para vereadores
– Como ficaria: a partir de 2028 os prefeitos eleitos não poderão se candidatar a reeleição. Vereadores continuam a poder se reeleger sucessivamente. Prefeitos e vereadores eleitos em 2028 terão mandato de seis anos. Em 2034, os eleitos passam a ter mandato de cinco anos
DEPUTADOS ESTADUAIS E FEDERAIS
– Como é hoje: mandato de quatro anos, com possibilidade de sucessivas reeleições
– Como ficaria: os eleitos em 2034 passam a ter mandato de cinco anos. Continuam podendo se reeleger indefinidamente
SENADORES
– Como é hoje: mandatos de oito anos, com possibilidade de sucessivas reeleições. A renovação do Senado ocorre de quatro em quatro anos, com um terço e dois terços da Casa entrando em disputa a cada eleição
– Como ficaria: eleitos em 2026 continuariam com mandato de oito anos. Eleitos em 2030 teriam mandato de nove anos. Eleitos em 2034 e 2039, de cinco. Continua a possibilidade de reeleição.
GOVERNADORES E PRESIDENTE DA REPÚBLICA
– Como é hoje: mandato de quatro anos, com possibilidade de uma reeleição
– Como ficaria: a partir de 2030 os eleitos não poderão mais se candidatar à reeleição. Em 2034, os eleitos passam a ter mandato de cinco anos
DATA DAS ELEIÇÕES
– Como é hoje: ocorrem a cada dois anos, divididas entre municipais (prefeitos e vereadores) e gerais (deputados, senadores, governadores e presidente da República)
– Como ficaria: a partir de 2034 seriam unificadas em um único ano, ocorrendo a cada cinco anos.
Ranier Bragon / Folhapress
Governo Lula tem 54% de reprovação e 40% de aprovação, aponta pesquisa Ipespe
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é reprovada por 54% dos brasileiros, enquanto 40% aprovam a gestão do petista, segundo levantamento da pesquisa Pulso Brasil, realizada pelo instituto Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) e divulgado nesta quarta-feira, 21. Outros 6% não souberam ou não responderam ao levantamento.
A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 19 de maio de 2025. O levantamento ouviu 2.500 pessoas em todo o País e tem margem de erro de dois pontos porcentuais. O nível de confiança é de 95,45%.
Os resultados permanecem os mesmos de março, mês do levantamento anterior do instituto, quando a reprovação era de 54%, a aprovação de 41% e os que não souberam responder representaram 5%.
O levantamento também mostrou que a Região Sul concentra a maior taxa de reprovação ao presidente Lula, com 59% dos entrevistados insatisfeitos com o governo. Já o Nordeste é a região com maior aprovação, onde 49% dos entrevistados avaliam positivamente a atual gestão.
O Ipespe também questionou os entrevistados sobre a política econômica do atual governo. A pesquisa mostrou que 57% dos brasileiros acreditam que a economia está no caminho certo, enquanto 38% dizem que ela segue na direção errada.
A pesquisa ainda mostrou que as notícias políticas mais consumidas pelos brasileiros nas últimas semanas eram sobre a fraude nos benefícios dos aposentados do INSS, viagens de Lula e acordos comerciais com a China e a fala da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, sobre o TikTok.
Maria Magnabosco / Folhapress
Rui Costa desmente notícia de que pode ser candidato a governador em 2026 e faz afago em José Ronaldo
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), negou que tenha colocado o nome para concorrer ao cargo de governador da Bahia em 2026, como noticiou no domingo (18) a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo. Ele também comentou sobre a construção de uma chapa em 2026 com três petistas.
“Quem sabe se vou colocar meu nome à disposição sou eu. Como alguém pode publicar o que farei da minha vida política sem me ouvir? Meu nome está colocado para candidato a senador do estado da Bahia. Qualquer outra informação que sair não corresponde a minha vontade, pode corresponder a vontade do jornalista em fazer intriga e difundir mentiras para a população”, declarou Rui em entrevista concedida hoje (20) ao programa Acorda Cidade, de Feira de Santana.
“Tenho saudade do jornalismo da Bahia. Nunca vi pegar o rádio e falar alguma coisa sem checar a informação. Quando você quer a informação você pega o telefone e liga para pessoa, checa se aquilo é verdade ou não. Aqui em Brasília, muita gente passou a fazer jornalismo sem ouvir as pessoas, sem mandar uma mensagem e perguntar se é verdade ou é mentira. As pessoas fazem isso no cotidiano e no outro dia, após publicar, pergunta se a pessoa quer responder. Isso não é jornalismo”, criticou Rui Costa.
O ministro também foi questionado sobre a possibilidade de uma chapa “puro-sangue” em 2026 formada por ele e o senador Jaques Wagner (PT) como postulantes ao Senado e Jerônimo ao Palácio de Ondina. Essa articulação é criticada principalmente pelo senador Angelo Coronel (PSD), que também almeja a reeleição.
“Eu poderia ser candidato em 2022 (a senador), muitos pediram e eu disse não. Acima da minha vaidade está o projeto coletivo e meu objetivo maior é ajudar, naquele momento, a eleição de Lula para presidência, a eleição do meu sucessor Jerônimo para governador da Bahia. Meu desejo fica em segundo lugar, é assim que penso. Política é um esporte coletivo e toda vez que um time joga pensando no grupo, na população, ele ganha”, frisou.
“Ainda vamos conversar bastante, temos duas vagas. Não tenho dúvida que vamos fazer uma composição com partidos para manter uma eleição competitiva e trabalhar para a reeleição de Jerônimo”, acrescentou.
O ministro esteve ontem (19) em Feira para participar da assinatura da ordem de serviço da última etapa da duplicação do anel de contorno do município. A obra é do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O evento contou ainda com as presenças do ministro dos Transportes, Renan Filho, do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do prefeito José Ronaldo de Carvalho (União). Rui comentou a aproximação entre Jerônimo e José Ronaldo.
“Fico sempre muito feliz quando vejo o que aconteceu ontem em Feira de Santana. O prefeito José Ronaldo ganhou a eleição, vamos trabalhar com ele e ver o que podemos fazer por Feira de Santana. O povo sabe reconhecer quem trabalha e não gosta desses xingamentos e sim do político que melhora a vida do país. Passou a eleição, vamos trabalhar e cuidar do desenvolvimento. É isso que fizemos em Feira e fiquei muito feliz quando vi as imagens e as declarações. Jerônimo está de parabéns, Ronaldo está de parabéns”, concluiu.
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