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ACM Neto confirma lançamento de Caiado à Presidência dia 4 de abril em Salvador: “vai ter surpresa grande”

Vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto confirmou que o lançamento da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, acontecerá em Salvador, no dia 4 de abril, com direito a uma “surpresa grande”.

“Nós vamos ter um evento no dia 4 de abril aqui em Salvador com muitas surpresas. Vai ter surpresa grande, de impacto nacional. Vai ser a entrega do título de cidadão baiano para Caiado. A partir daí nós vamos ter uma série de desdobramentos políticos, não só em torno do nome de Caiado, que é um dos pré-candidatos a presidente da República”.

Em entrevista à rádio Itapoan FM nesta terça-feira (18), Neto antecipou que o ato de lançamento deve gerar implicações no cenário nacional.

“Vamos ter novidades boas de coisas que o União Brasil está movimentando aí em nível nacional e que vão dar uma mexida no cenário nesses próximos meses”, reforçou.

Neto disse ainda ser contrário à participação do União Brasil no governo Lula com ocupação de ministérios e cargos.

“Se dependesse de mim, o União Brasil não teria nenhum cargo, nem de ministro, nem de nada, para que houvesse absoluta independência para fazer qualquer crítica, como eu tenho”, defendeu.

Política Livre

Bolsonaro vai ao Senado, pressionado por possível denúncia da PGR nesta semana

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicou a aliados que vai ao Senado nesta terça-feira (18) para o tradicional almoço da oposição. A visita ao Congresso ocorre em meio à expectativa pela denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o ex-presidente por tentativa de golpe.

Bolsonaro foi ao Senado em outubro do ano passado para selar o apoio do PL ao então candidato a presidente, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Após a reunião, defendeu enfaticamente a anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e a ele próprio, que está inelegível.

O encontro com aliados, desta vez, ocorre na véspera da instalação das comissões permanentes. Na quarta (19), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, deve ser confirmado presidente da Comissão de Segurança Pública. Damares Alves (Republicanos-DF), por sua vez, deve assumir a Comissão de Direitos Humanos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, indicou que a denúncia contra Bolsonaro está praticamente finalizada. O PGR deve mirar num primeiro momento a acusação de que Bolsonaro liderou uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado no país.

Thaísa Oliveira/Folhapress

PRTB abre as portas para reeleição de Angelo Coronel, virtualmente fora da chapa de Jerônimo em 2026

FFoto: Divulgação
A direção do PRTB convidou oficialmente o senador Angelo Coronel (PSD) a disputar a reeleição pela legenda em 2026. A proposta partiu do presidente estadual, Celsinho Cotrim, com aval do presidente nacional, Leonardo Avalanche, considerando a possibilidade de Coronel lançar voo solo. Os três se reuniram nesta segunda-feira (17).

“O convite vem da minha análise da conjuntura baiana, tenho acompanhado pela imprensa, tenho visto esse problema da formação majoritária e eu li em uma das notícias que Coronel estava disposto até a uma candidatura avulsa. Como eu sou amigo dele, portanto tenho trânsito muito fácil com ele, marquei para encontrá-lo e assim fiz. Hoje oficialmente, presencialmente, e virtualmente através de videochamada o nosso presidente nacional Leonardo Avalanche, fizemos o convite de filiação partidária ao PRTB e colocamos para ele toda a estrutura nosso partido à disposição para que ele venha a se candidatar à reeleição e brindarmos essa vitória de coronel em 2026”, contou Celsinho ao Política Livre, após o encontro.

Ele afirma que o convite do PRTB não tem relação com eventual aproximação de Coronel com ACM Neto no futuro, e que a chegada do senador ajudaria a fortalecer os planos do partido de eleger também dois deputados federais e dois estaduais.

“A chapa de ACM Neto só quem pode falar é ACM Neto, não estou autorizado a falar, mas te confesso que acho que essas movimentações todas por trás pode ser que tenha isso, mas o meu convite não tem relação com isso. É um convite para trazer um senador atuante, é um convite para trazer um senador de destaque, é um convite para trazer um militante político que a gente tem certeza que vindo para o PRTB contribuirá muito para nós conseguirmos o nosso tento, que é ultrapassar a Cláusula de Barreira elegendo dois federais e dois estaduais na Bahia”, projetou.

“Eu vou pedir a Deus e aos nossos demais protetores para que nos ajudem e coloquem na cabeça de Coronel que o melhor caminho para ele, e em ele sendo Coronel, é ter esse exército do PRTB para marchar com ele”, emendou Celsinho Cotrim.

Política Livre

Congresso avança em mudanças nas regras das eleições 2026; entenda o que está em jogo

Faltando pouco mais de um ano para novas eleições, membros do Congresso Nacional planejam mudanças para serem aplicadas no sistema político e eleitoral brasileiro já para a disputa de 2026. O tempo é escasso – para valer, as novas regras precisam ser aprovadas até setembro deste ano.

A curto prazo, na Câmara tramita proposta que institui o voto distrital misto e aumenta o número de deputados, enquanto o Senado deve gastar forças para avançar um projeto de lei que renova o código eleitoral.

A longo prazo, parlamentares cogitam mudar o sistema político do presidencialismo para o semipresidencialismo, tirando alguns dos poderes do presidente da República para ceder ao primeiro-ministro que seria monitorado pelo Congresso, cargo que seria criado caso a proposta de emenda à Constituição (PEC) protocolada na Câmara no começo deste ano seja aprovada.

No Senado, deverá haver olhares atentos para uma PEC que quer acabar com a reeleição, unificar a data das eleições municipais e federais e estabelecer mandatos de cinco anos.

Alguns sinais iniciais já foram dados nas duas Casas. No Senado, o novo presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD), manifestou interesse em pautar o novo código eleitoral. A proposta reúne a legislação eleitoral e partidária em uma única lei. Otto também já sinalizou aos colegas que tem interesse em unificar as eleições que ocorrem a cada dois anos (entenda melhor cada proposta mais abaixo).

A Câmara, por sua vez, deverá abrir espaço para discutir o sistema de voto distrital misto e deverá contar com o endosso do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Motta anunciou, na reunião de líderes realizada na quinta-feira, 14, que vai criar uma comissão especial para discutir o projeto de lei. A criação do colegiado deve ocorrer somente depois do Carnaval, quando serão definidas as comissões permanentes.

O PSD é o principal defensor da iniciativa. O líder do partido na Câmara, Antônio Brito (PSD), foi quem pediu a criação da comissão especial a Hugo Motta.

No sistema distrital misto, os brasileiros votariam duas vezes para deputado. O primeiro para votar num candidato em seu distrito e outro em um partido. De acordo com o projeto de lei que Brito deseja que tramite, os Estados seriam divididos em distritos – metade entre os eleitos seriam os candidatos mais votados nos distritos e a outra metade de acordo com o atual modelo proporcional.

O cientista político Rafael Cortez, professor no Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), vê com ceticismo as mudanças propostas pelo Congresso Nacional, especialmente o sistema distrital misto.

“Está se dando a faca e o queijo na mão para essa elite parlamentar”, diz. “Porque você está dando recurso e a base eleitoral para o deputado aplicar esse recurso. Ele agora vai ter um nicho específico, ele vai ter uma concentração de força grande, não vai ter concorrência, você tende a ter uma taxa de reeleição muito alta”, explica o especialista.

Mário Heringer (MG), líder do PDT na Câmara, acredita que alguma proposta dessa agenda eleitoral deve avançar no Congresso, mas não crê que haverá muita mobilização em torno das iniciativas. “Naturalmente, você pode ter certeza que alguma coisa vai tramitar porque vai ter que acontecer até setembro para valer até o ano que vem. Se alguma coisa ocorrer, vai ocorrer dentro desse período”, afirma. “Dessas propostas colocadas, não vejo viabilidade de aprovação de praticamente nenhuma. Essa PEC do semipresidencialismo é radical, por exemplo.”

A PEC tem resistência do PT. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR) diz que a proposição quer “tirar da maioria da população o direito de eleger um presidente com poderes de fato para governar”.

Uma proposta que a Câmara inevitavelmente terá que dar uma resolução é a distribuição das 513 cadeiras aos deputados. Em agosto de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu até o dia 30 de junho de 2025 para que a Casa adequasse a distribuição de cadeiras por Estados de acordo com o Censo mais recente, de 2022. Caso a Câmara nada faça, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá autonomia para aplicar as mudanças.

O tema preocupa especialmente a bancada do Rio de Janeiro, que perderia quatro deputados com essa adequação ao Censo. Por isso, parlamentares fluminenses e de Estados que perderiam cadeiras se reúnem com Motta desde o ano passado para encontrar solução.

Segundo apurou a reportagem com aliados de Motta, o presidente vai propor oficialmente, após o Carnaval, que o número de deputados aumente de 513 para 527. A estratégia, para estabelecer um consenso entre todas as bancadas, é garantir que o crescimento das cadeiras não impacte no orçamento da Casa.

“Penso que a solução seria um grande acordo para que aumentemos 14 vagas, para que nenhum estado perca”, disse, em entrevista à Rádio Arapuan, de João Pessoa, no último dia 7 de fevereiro.

Em outra frente, parlamentares do PL buscam alterar a Lei da Ficha Limpa para permitir a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais do ano que vem. Uma proposta, que está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, busca reduzir o prazo de inelegibilidade da oito anos para dois, abrindo brecha para a participação do capitão reformado.

O PL está disposto a usar todas as fichas possíveis para tentar livrar Bolsonaro da inelegibilidade no pleito presidencial. Conforme apurou o Estadão, os parlamentares do partido pretendem até paralisar as votações da Casa caso a pauta não seja colocada em análise.

Veja quais propostas que tratam do sistema político e eleitoral do País podem ganhar força na Câmara neste ano:

PEC do Semipresidencialismo

Protocolada no começo de fevereiro deste ano, a proposta deslocaria poderes do presidente da República para o primeiro-ministro, que seria escolhido pelo chefe do Executivo. O primeiro-ministro ganharia funções como a de elaborar o plano de governo e o plano orçamentário. O texto tem o apoio de Hugo Motta, que é um dos signatários.

De acordo com o deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), que é o relator da PEC na Câmara, a proposta deve ser analisada ao longo do ano. Segundo o parlamentar, caso a proposta entre em vigor, as mudanças valeriam apenas a partir de 2030.

“O meu sentimento é que a aprovação na Câmara, neste ano, é bem possível. Como garantimos que isso não afetará o governo Lula e uma possível reeleição dele, há disposição para um debate”, disse Lafayette.

Lafayette explica que, com o tipo de semipresidencialismo proposto, o presidente da República iria indicar um primeiro-ministro que seria responsável pela condução do programa de governo. O presidente então seria um chefe de Estado, responsável por representar o País em eventos oficiais e em viagens no Exterior.

O Congresso, então, vai cobrar o primeiro-ministro mensalmente e teria o poder de destituí-lo após uma votação com maioria absoluta. “Seria um time de futebol. Se o time tá ruim, troca o técnico. Sem crise e sem impeachment”, disse Lafayette ao Estadão.

Voto distrital misto

Há duas proposições que têm atenção da Câmara e tratam do sistema distrital misto para definir candidatos em eleições proporcionais. A primeira é de autoria do ex-senador José Serra (PSDB-SP), que já foi aprovada pelo Senado e aguarda uma análise da CCJ da Câmara.

Esse modelo propõe que os Estados sejam divididos em distritos e que uma parte dos candidatos eleitos seja definida pelo voto majoritário nessa região. Os eleitores teriam direito a um segundo voto para deputado, sendo este destinado a escolha do partido, segundo princípios da votação proporcional em que são eleitos candidatos das legendas que alcançam o chamado quociente eleitoral.

À reportagem, o deputado Luiz Carlos Hauly, autor da PEC do Semipresidencialismo que também inclui uma votação com sistema distrital misto, afirmou que a discussão do tema deve ser feita no primeiro semestre, com uma aprovação no período sendo possível. Uma comissão especial vai ser aberta por Hugo Motta para discutir o tema, mas apenas após o carnaval.

“[A aprovação] depende da vontade dos deputados. A Câmara decidiu instalar uma comissão especial para discutir o tema. Mas para isso, é preciso esperar a instalação das comissões”, afirmou.

Inelegibilidade

O tema é alvo de discussão desde o ano passado. No Senado, uma proposta que alterava o prazo de contagem de inelegibilidade chegou a ser aprovado na CCJ da Casa e foi a plenário no segundo semestre de 2024. O texto causou controvérsia após um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, Márlon Reis, indicar que a proposta poderia beneficiar Bolsonaro. Petistas, então, decidiram manifestar posicionamento contrário após se reunirem com Reis para tratar do tema.

Agora, o tema volta à Câmara a partir de um projeto feito pela ala bolsonarista, que reduz o prazo de inelegibilidade após condenações de oito para dois anos, para trazer o ex-presidente à disputa eleitoral em 2026.

Hugo Motta defende a revisão do prazo de contagem de inelegibilidade. Segundo o presidente da Câmara, o prazo de oito anos é muito grande.

O projeto de lei que busca reduzir o prazo de inelegibilidade de oito para dois anos é de autoria do deputado federal Bibo Nunes (PL-RS), que é aliado de Bolsonaro. A proposta foi protocolada assim que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou o ex-presidente inelegível por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

À reportagem, Nunes afirmou que, caso o PL consiga presidir novamente a CCJ da Câmara, o projeto será pautado nas primeiras semanas do colegiado.

O parlamentar acredita que com a liderança de deputados de partidos de centro e de direita, a proposta deve ser votada no primeiro semestre. Uma obstrução, ação onde as deliberações da Casa são paralisadas, não é uma estratégia descartada para caso a proposta seja engavetada.

“Eu acredito que deve ser votado na Câmara no primeiro semestre agora. Se precisar de obstrução a gente obstrui, faz parte do jogo”, afirmou.

Novo código eleitoral

No Senado, há a discussão sobre um novo modelo de formação de eleições. Aprovado pela Câmara em 2021, o novo código eleitoral está parado no Senado desde então, mas deve avançar. O texto, que aguarda análise da CCJ da Casa Alta propõe, entre outras coisas, a reserva de 20% de vagas nos Legislativos para mulheres em níveis municipal, estadual e federal, determina quarentena de quatro anos para classes como juízes e militares se candidatarem e fixa o prazo de inelegibilidade em oito anos a partir do dia 1º de janeiro seguinte à eleição.

A proposta está sendo relatada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), que está confiante com a aprovação pela Casa ainda neste semestre. Caso isso ocorra até setembro, as mudanças vão alterar o jogo em 2026.

“Nós esperamos que o Código Eleitoral seja votado e aprovado no Senado Federal agora no primeiro semestre. É um projeto que consolida toda a legislação eleitoral e partidária do Brasil. São sete diplomas legais que estamos condensando em um só porque tem muita legislação dispersa. O novo Código Eleitoral traz a sistematicidade e a organicidade própria de um código.”

Fim da reeleição

A PEC do Fim da Reeleição está parada na CCJ do Senado e é relatada também por Marcelo Castro. O autor do texto é o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) que acredita que o projeto vai ser aprovado na Casa até abril deste ano. A expectativa, segundo Kajuru, está na postura de Hugo Motta na Câmara.

“Vai depender do Hugo Motta na Câmara. Eu estou entusiasmado com essa Câmara porque a impressão que dá é que ele não é chantagista e que ele não vai querer fazer negociação para aprovar. Se fosse o Arthur Lira (ex-presidente da Casa), tinha que ter negociação, aí seria difícil”, afirmou Kajuru.

Tramita também, no Senado, uma PEC para unificar a realização das eleições federais e municipais num mesmo ano. Ela ainda estabeleceria mandato de cinco anos para prefeitos, governadores e para o presidente da República. Senadores também teriam mandato de cinco anos, mas poderiam se reeleger e ficar até dez anos na Casa.

/Levy Teles/Gabriel de SousaEstadão

Pablo Marçal encontra Gusttavo Lima nos EUA e promete anúncio de ações conjuntas nos próximos dias

O empresário Pablo Marçal (PRTB) e o cantor Gusttavo Lima se reuniram em Miami (EUA) na última segunda-feira, 10. Mas somente nesta quinta-feira, 13, o ex-candidato à prefeitura de São Paulo revelou o encontro. Ao jornal O Estado de São Paulo, Marçal afirmou que, além de reflexões sobre o futuro do País, eles decidiram tomar ações conjuntas. E, bem ao estilo adotado na campanha de 2024, ele prometeu um anúncio em breve. “Eu e o Gustavo decidimos algo juntos. Vamos revelar para nação nos próximos dias”, declarou.

O ex-coach relatou que no bate-papo eles falaram de suas trajetórias. Também ressaltou que o encontro simbolizou a união de duas grandes influências e compromissos futuros. Os dois são cotados para disputar a Presidência da República em 2026. Pesquisa Genial/Quaest divulgada no começo do mês apontou Gusttavo Lima como o nome mais competitivo da direita para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa. Ao comentar o levantamento, na ocasião, o cantor se disse “feliz” e afirmou que “só Deus pode parar um sonho”.

Ao postar a foto em suas redes sociais nesta quinta-feira, 13, Marçal fez uma indagação: “qual o conselho você dá para essa dupla? Sem zoeira”.

Na campanha à prefeitura da capital paulista, no ano passado, Marçal também fez uma promessa de anúncio, mas em um contexto de acusações contra o então adversário Guilherme Boulos (PSOL). O ex-coach divulgou um laudo falso que mostraria o psolista com histórico de atendimento em clínica após “surto psicótico grave” por uso de cocaína. Ele foi indiciado pela Polícia Federal no caso.

Roseann Kennedy/Iander Porcella/Estadão

Depois de eleição à Assembleia, PT quer “punir” Coronel com suplência de senador, por Raul Monteiro*

         O senador Angelo Coronel não deve aguardar dias fáceis na relação política com o PT

Artífice involuntário do acordo que resultou na escolha da deputada estadual Ivana Bastos (PSD) para primeira vice-presidente da Assembleia, o senador Angelo Coronel (PSD) não deve aguardar dias fáceis na relação política com o PT e o governo a partir de agora. Tanto o partido quanto a cúpula governista atribuem exclusivamente ao senador o movimento que derrotou a pretensão da sigla de assumir o controle da Casa por meio do deputado estadual petista Rosemberg Pinto, considerada por eles uma oportunidade de ouro neste momento em que a legenda caminha para 20 anos no comando do Estado.

Por causa da frustração do plano, petistas e o governo pensam em punir o senador do PSD com o veto, ainda que neste momento velado, a qualquer projeto seu de se reeleger ao Senado na chapa com que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) vai disputar a sucessão de 2026. A dia de hoje, acenam, no máximo, com a vaga de suplente de Jaques Wagner, com a promessa de que o senador pode assumir algum ministério num eventual segundo governo Lula ou mesmo renunciar, presenteando Coronel com o desejado novo mandato. É claro que as conjecturas ocorrem sem a presença ou o consentimento de Coronel.

No governo, ninguém se arrisca a tratar do tema com um senador que fez da ousadia a sua marca, a mesma com que continua a pleitear a reeleição na chapa governista enquanto dialoga abertamente com a oposição e a qual usou, com total destemor, para antepor ao projeto petista de eleger Rosemberg na Assembleia a candidatura do herdeiro, Angelo Filho, o que forçou o deputado, seu partido e o governo a recuarem, entregando, quase de mão beijada, a vice-presidência da Casa também ao PSD com Ivana – nome que deve assumir a presidência com a muito provável confirmação da cassação do mandato do presidente Adolfo Menezes (PSD) nos próximos dias.

A “punição” a Coronel reformula o primeiro desenho de chapa para 2026 com o que o governo trabalhava, assunto abordado com ineditismo e exclusividade em novembro do ano passado por esta coluna, em que pela primeira vez foi cogitada a candidatura do hoje ministro Rui Costa (Casa Civil) ao Senado, ao lado de Wagner e de Jerônimo, compondo a chamada “chapa dos governadores”. Naquele momento, antes, portanto, da recente afronta aos petistas protagonizada por Coronel, previa-se que seu filho, Diego, fosse indicado à vice de Jerônimo, ele concorresse a deputado estadual para assumir a presidência da Assembleia e Angelo Filho se candidatasse a federal.

Pelo visto, o cenário mudou, na mesma medida em que o senador, sem o filho na presidência da Assembleia, teria esgotado todos os recursos para impor sua candidatura à reeleição na chapa governista a partir de agora. No PSD, a liderança passaria naturalmente para Ivana que, como chefe do Poder Legislativo, a depender da maneira como conduza a Casa, pode tanto assumir os interesses de Coronel como ela própria impor seu nome ao Senado ou à vice. Apesar de grata ao senador, ela parece hoje mais ligada a Adolfo e Rosemberg, que trabalharam abertamente para que fosse ela a suceder o primeiro no caso de a Justiça contestar o mandato dele, como aconteceu.

*Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.
Raul Monteiro*

Novo líder da Oposição defende votação de anistia a presos do 8 de Janeiro

Deputados da oposição promoveram ato no Salão Verde com a participação de familiares dos condenados.

O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), defendeu nesta terça-feira (11), em entrevista coletiva de imprensa no Salão Verde, a votação do projeto de lei que anistia aos presos pelos atos de 8 de Janeiro. O ato contou com a participação de familiares dos condenados. "Nenhum assunto é mais urgente ou importante do que a censura, a perseguição e o abuso de poder que experimentamos", declarou Zucco. "Essa pauta sim, dará a devida pacificação de que tantos falam."

Zucco afirmou que a decisão sobre a anistia é de responsabilidade do Congresso. "Que esta Casa tome a decisão que lhe cabe. Somos representantes legítimos do povo. É aqui que se define a pauta da anistia", defendeu.

O deputado disse ainda que a oposição está empenhada na investigação de gastos do governo, incluindo o programa de incentivo à educação Pé-de-Meia, a distribuição de marmitas por ONGs financiadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e as despesas da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. "No caso do Pé-de-Meia, estamos diante de um crime de responsabilidade fiscal. No caso das marmitas invisíveis, há claras evidências de desvio de dinheiro de quem passa fome", denunciou o líder.

Da Redação - FB
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Marçal descarta ser vice de Gusttavo Lima: ‘Sou cabeça de chapa’

O influenciador Pablo Marçal (PRTB) descartou as chances de ser vice em uma eventual parceria com Gusttavo Lima na disputa presidencial de 2026. “Eu sou cabeça de chapa e estou pronto para servir o povo e mudar a realidade do Brasil”, afirmou.

Marçal foi questionado pela Folha depois que o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, levantou a possibilidade. De acordo com Avalanche, a união dos nomes combinaria a popularidade do cantor com a experiência de Marçal no empreendedorismo e na política.

“O partido tem interesse em atrair figuras públicas de destaque para fortalecer sua presença política. Temos interesse em filiar Gusttavo Lima. Há a possibilidade de uma chapa composta por ele e Pablo Marçal. A formação dessa chapa poderia ocorrer com Gusttavo Lima como candidato a presidente e Marçal como vice, ou vice-versa”, disse Avalanche.

Além disso, o presidente do PRTB considera uma vantagem o fato de o cantor sertanejo se apresentar como uma opção alternativa entre os candidatos de esquerda e direita. Para Avalanche, o fato de Gusttavo Lima ter falado publicamente sobre estar “cansado dessa história de direita e esquerda” sugere uma abordagem mais conciliadora.

Uma pessoa próxima a Marçal reforça o posicionamento do autodenominado ex-coach e diz que seria mais fácil ele desistir da política do que aceitar ser vice de alguém.

O cantor sertanejo e o empresário se conhecem de longa data, de Goiânia. Marçal é natural da capital de Goiás, mas mudou seu domicílio eleitoral para o estado de São Paulo em 2022 para disputar o cargo de deputado federal. Já Gusttavo Lima mora com a família em Goiânia desde 2009.

Além do PRTB, outros partidos, como União Brasil, PL, PP, PRD e Avante demonstraram interesse em filiar o cantor.

Dirigentes do próprio União Brasil, do PL e do PP afirmaram que não podem prometer a candidatura presidencial ao sertanejo e que o preferem na eleição ao Senado por Goiás. Ciro Nogueira, presidente do PP, vê o cantor como um “excelente quadro para o Senado”.

Com cachê de R$ 1 milhão por show, Gusttavo detém uma fortuna que é resultado não só das apresentações musicais, mas também de contratos publicitários e empreendimentos. Assim como Marçal, o sertanejo adota o discurso de empresário bem-sucedido.

Nas redes sociais, fãs do cantor defendem que, por ter boa condição financeira, ele seria mais honesto do que outros candidatos, já que “não precisaria roubar”. Para além das questões financeiras, o historiador e colunista da Folha Gustavo Alonso avalia que a aproximação de cantores sertanejos com a política, sobretudo com a direita, é uma estratégia de “capital cultural”.

“Os sertanejos são donos do capital econômico na música brasileira. São os artistas que mais lucram, que mais movimentam a economia da música no Brasil há algumas décadas. Mas isso não garantiu a eles o capital cultural e simbólico nas artes brasileiras. Eles continuam, em grande parte, sendo vistos como uma ‘arte menor’ por setores da inteligência nacional, muitos dos quais se auto intitulam progressistas”, afirma.

Alonso ainda cita como exemplo a falta de aceno da esquerda para essa classe.

“A ministra da Cultura, Margareth Menezes, ainda não visitou a Festa de Barretos [SP], uma das maiores festas culturais do Brasil. Quase sempre as elites culturais brasileiras desprezam as artes massivas de forma simplista, sem sequer entender suas complexidades. Diante da polarização política brasileira, isso só tende a aumentar”, afirma.

Juliana Mastrascusa, estrategista de comunicação política, afirma que a influência nas redes sociais também é um fator que vem impulsionando mais pessoas a entrarem na política. “Há uma tendência de a quantidade de likes influenciar nessa disputa.”

“Partidos vinculados à direita e à extrema direita têm uma visão mais pragmática e menos programática da disputa eleitoral, abrindo mais espaço para figuras como artistas e influenciadores que não vêm da política se candidatarem. Mas também existe a observação de que, no Brasil, apesar de as redes sociais impactarem o debate público, não temos tantos casos de influenciadores ou artistas de fora da política se elegendo”, diz Juliana.

Victória Cócolo/Folhapress

Governo Lula fará campanha nacionalista para comemorar dois anos de gestão

O governo Lula pretende lançar uma campanha para celebrar os dois anos do petista no Palácio do Planalto, e já convocou as agências de publicidade que prestam serviços à administração para a missão.

Elas se reuniram nesta semana com o ministro Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação (Secom), com quem discutiram os conceitos da campanha.

A ideia é divulgar uma mensagem nacionalista, estimulando o orgulho que as pessoas sentem de viver no país. Ou algo na linha do slogan do boné “O Brasil é dos brasileiros”, usado por parlamentares e também por Lula em atos e vídeos nas redes sociais.

Além da mensagem, a campanha terá que divulgar as realizações do governo no período. Uma reclamação recorrente de Lula é que a administração faz muitas entregas, mas elas não são percebidas pelos eleitores.

Cada agência vai apresentar a sua proposta, e a campanha pode ser única, ou dividida em duas partes.
Sidônio assumiu o comando da Secom para tentar resolver os problemas de comunicação do governo de forma mais ampla, e com o desafio de reverter a tendência de queda na aprovação do presidente Lula.

De acordo com o Datafolha, Lula alcançou o maior índice de aprovação a seu governo em 2023, quando chegou a 38% de ótimo e bom. Hoje ele é aprovado por 35%.

O índice de reprovação, que era de 29% no início do governo, subiu agora para 34%.

Mônica Bergamo/Folhapress

Lula vê com preocupação Senado em 2026 e diz trocar 5 governadores por 1 senador

Integrantes do Planalto avaliam que a eleição mais importante em 2026, depois da Presidência da República, será a do Senado, que terá em disputa dois terços das vagas e é considerada estratégica por bolsonaristas, diante da oportunidade de emplacar pautas como o impeachment de ministros do STF.

Aliados dizem que o presidente Lula (PT) fala abertamente que troca “cinco governadores por um senador”. Há um receio de que a oposição consiga conquistar metade das 54 vagas abertas, o que a deixaria com maioria no Senado. A maior parte desses espaços em disputa em 2026 será do campo governista, o que causa preocupação na base do petista.

Se isso acontecer, receiam governistas, os bolsonaristas poderiam tentar transformar a eleição em uma espécie de plebiscito sobre temas como drogas, aborto e STF.

Enquanto bolsonaristas já alinham nomes para a disputa pelo Senado, incluindo Michelle, Eduardo e Flávio Bolsonaro, a base de Lula patina.

Em estados-chave como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, não há nomes óbvios que possam ser competitivos. Lula já sondou ao menos um ministro para que vá para o sacrifício e busque o Senado em 2026, em vez de voos mais altos.

Fábio Zanini e Danielle Brant, Folhapress

‘Conversei com o presidente’, diz Rui Costa sobre desejo de disputar ao Senado

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante entrevista à rádio Metrópole, nesta sexta-feira (7), voltou colocar o nome nome à disposição para concorrer a uma vaga ao Senado nas eleições de 2026. O ministro destacou que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a possibilidade, mas só deve bater o martelo no começo do ano que vem.

“Meu nome está colocado. Evidente que eu ainda terei que conversar com o presidente no início do ano que vem sobre isso. Mas eu conversei com o presidente, coloquei meu nome à disposição para compor a chapa como senador. Temos muito para trabalhar”, disse Rui em entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia.

Política Livre

Dezenove indicados a cargos públicos aguardam sabatina no Senado.

Com o reinício dos trabalhos, o Senado retoma a análise de indicações da Presidência da República a cargos públicos. No momento, 19 indicados a vagas de diretores de conselhos, autarquias e de agências reguladoras aguardam sabatina. São nomes para as chefias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por exemplo.

A lista também traz indicações para a Agência Nacional de Mineração (ANM), a Agência Nacional de Cinema (Ancine) e a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), entre outras. Do total, 2 mensagens presidenciais — com nomes para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) — estão prontas para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), enquanto outras 17 aguardam despacho aos colegiados.

Competência exclusiva do Senado, a apreciação das indicações obedece a um rito que inclui a sabatina nas comissões temáticas e votação secreta em Plenário. Também passam por essa avaliação, por exemplo, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República e embaixadores. A aprovação ou não dos nomes segue procedimento previsto no Regimento Interno da Casa: primeiro, é lida em Plenário a mensagem contendo informações referentes ao histórico profissional da pessoa indicada, como seus trabalhos já exercidos ou publicações de sua autoria. O texto também informa bons antecedentes e boa reputação. 

Em seguida, a indicação segue para a comissão temática responsável, com a escolha de um senador para emitir o relatório, que pode ser favorável ou não. A comissão agenda então a sabatina, que consiste em um debate com perguntas dos senadores aos possíveis escolhidos. Eles avaliam o conhecimento do indicado sobre as atribuições e habilidades que o cargo exige. É estipulado um tempo de 10 minutos tanto para perguntas quanto para suas respectivas respostas, podendo haver réplica e tréplica de 5 minutos cada. Para a posterior aprovação em Plenário, são necessários votos favoráveis de 41 senadores.

Indicações

Na CCJ, estão prontas para sabatina as indicações de Auriney Uchôa de Brito (OFS 3/2024) e Greice Fonseca Stocker (OFS 4/2024) para integrar o Conselho Nacional do Ministério Público. Os nomes deles constaram em uma lista do esforço concentrado que a comissão fez em julho de 2024, mas não chegaram a ser votados. O senador Lucas Barreto (PSD-AP) é o relator da indicação de Brito, enquanto o senador Ciro Nogueira (PP-PI) relata a indicação de Greice Stocker.

Entre as 17 mensagens presidenciais que já foram lidas em Plenário, mas aguardam despacho à respectiva comissão temática, está a de Patricia Barcelos para ocupar o cargo de diretora na Agência Nacional de Cinema, na vaga aberta pelo fim do mandato de Tiago Mafra dos Santos. Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), três nomes aguardam análise, incluindo o indicado a diretor-presidente do órgão, Leandro Pinheiro Safatle.

Também integram a lista de indicações os nomes de Alessandro Facure Neves de Salles Soares, para o cargo de diretor-presidente da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear; e de Wadih Nemer Damous Filho, para a diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Fonte: Agência Senado

Presidente aposta em viagens pelo Brasil contra queda de popularidade e para fortalecer alianças

O presidente Lula (PT) durante a reabertura da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte da

O presidente Lula (PT) começou nesta quinta-feira (6) a realizar as suas prometidas viagens pelo Brasil, na tentativa de reverter a tendência de queda na aprovação do seu governo e também de olho no fortalecimento de alianças políticas.

A nova fase de viagens, retomadas após se recuperar da intervenção cirúrgica na cabeça, terá a região Nordeste como um dos focos. Anteriormente considerando como berço do PT, a região foi onde a queda na aprovação do seu governo esteve mais acentuada.

Auxiliares palacianos, no entanto, minimizam essa escolha. Afirmam que é natural o Nordeste estar mais presente no roteiro, por ser a região com o maior número de estados. E que essa situação já havia ocorrido nos dois primeiros anos do mandato.

O primeiro destino do presidente em 2025 foi a cidade do Rio de Janeiro, comandada pelo aliado Eduardo Paes (PSD). Lula participou da reabertura da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte da capital fluminense.

Nesta sexta-feira (7), o presidente vai a Paramirim (BA) para cerimônia no âmbito do programa Água para Todos. Serão feitos anúncios relacionados à segurança hídrica na Bahia, estado também governado por um aliado, o correligionário petista Jerônimo Rodrigues.

Lula havia interrompido as suas viagens pelo país após ter batido a cabeça em uma queda no banheiro da residência oficial do Palácio da Alvorada. O presidente precisou passar por uma intervenção no cérebro, em dezembro. No início deste ano, o mandatário foi liberado para voos.

O início das viagens acontece no momento em que a aprovação do governo se tornou motivo de alerta no Palácio do Planalto. A avaliação negativa do governo atingiu 37%, segundo pesquisa Quaest, e pela primeira vez ultrapassou a aprovação (31%).

A intensificação das viagens também acontece após a chegada do novo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), o publicitário Sidônio Palmeira.

O novo ministro defende a ideia de que Lula representa um “produto” forte e precisa ser colocado em evidência, inclusive em entrevistas e na publicidade do governo. O próprio Lula também defendeu em reunião ministerial, no dia 20 de janeiro, “mais rua e menos palácio”.

Por isso, a comunicação do governo planeja eventos em que haja mais contato do presidente com a população. O objetivo também é usar as imagens em recortes nas redes sociais ou mesmo fazer repercutirem essas cenas na mídia tradicional.

Além disso, Lula tem pedido mais rua para seus apoiadores e aliados, para ir para o enfrentamento das ideias com o bolsonarismo. O objetivo seria comparar os dois anos de governo com a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em jantar com a bancada do PT da Câmara, na sexta-feira (31), o mandatário falou que “acabou o paz e amor” com os bolsonaristas.

A preocupação com o Nordeste tem relação com a queda na aprovação do governo na região. A popularidade da gestão caiu de 48% para 37%, ainda segundo a Quaest.

Além da Bahia, o presidente deve ir no fim do mês ao Ceará, para anúncios na área dos transportes. O Planalto, no entanto, ressalta que o presidente deve ter viajado para todas as regiões do país até o fim de fevereiro.

Auxiliares do presidente afirmam que o roteiro de viagens também está sendo programado com base na possibilidade de entregas de obras, inaugurações ou anúncios expressivos dos ministérios. Para isso as pastas estão sendo consultadas, para apresentar um panorama para a Casa Civil.

O presidente vem repetindo que 2025 será o “ano da colheita”. A perspectiva é que as entregas sejam na área de infraestrutura, em particular ligadas ao Novo PAC ou programas específicos, como o Minha Casa Minha Vida.

As viagens também devem ser usadas pelo presidente para estreitar alianças. Lula deve ir na próxima semana ao Amapá, estado do novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil).

A confirmação da viagem foi dada pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), que disse que o presidente vai inaugurar o Instituto Federal do Amapá Tartarugalzinho e visita ao parque aeroportuário.

Uma viagem à Paraíba, estado do presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos), também está no radar, segundo interlocutores, mas ainda não consta no cronograma. Auxiliares apontam que é preciso realizar um planejamento, com o levantamento de possíveis entregas no estado.

O presidente também deve ir na próxima semana a Belém, para anúncio de obras relacionada com o fato de que a cidade vai sediar a COP30 no segundo semestre. O estado é governador pelo aliado Helder Barbalho (MDB). O mandatário também deve ir ao Rio Grande do Sul.

Auxiliares de Lula têm afirmado que o cronograma de viagens será impactado com a tendência de melhor organização da área de comunicação, que vem intensificando a contratação de novas pesquisas, trackings e monitoramento das redes. Em particular as pesquisas de tracking estavam praticamente paradas no ano passado, antes das trocas na Secom.

Renato Machado/Folhapress

‘Só Deus pode parar um sonho’, diz Gusttavo Lima após aparecer como nome mais forte contra Lula

Foto: Reprodução/Instagram
O cantor Gusttavo Lima reagiu nesta segunda-feira, 3, à pesquisa Genial/Quaest que o apontou como o nome mais competitivo da direita para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 2026 para o Palácio do Planalto. Ele se disse “feliz” com o resultado a afirmou que “só Deus pode parar um sonho”.

O levantamento mostrou que, se as eleições fossem hoje, Lula seria reeleito, apesar da queda recente em sua popularidade. Nas simulações de segundo turno, o petista aparece com 41% contra 35% de Gusttavo Lima.

O cantor sertanejo alcançou resultado melhor que os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB).

“Estou muito feliz. Hoje de manhã foi publicada uma pesquisa do Instituto Genial/Quaest, e eu vou confessar para vocês que eu não esperava por um resultado desse agora, já que o Brasil tem tantos nomes que eu gosto e respeito”, disse Gusttavo Lima, em um vídeo publicado em suas redes sociais.

“Eu vim aqui de coração dizer a vocês que gostam de mim, que me acompanham, uma única coisa: só Deus, só ele lá (em cima, no céu), pode parar um sonho. Então, bebê, queria dizer para vocês que eu estou aqui ouvindo vocês independentemente de qualquer coisa”, emendou.

O cantor colocou seu nome à disposição, no começo de janeiro, para concorrer ao Planalto. O anúncio causou mal-estar com Bolsonaro, que está inelegível, mas planeja levar sua candidatura até o fim. “O Brasil tem jeito, não vamos desistir do Brasil”, declarou o cantor, e continuou: “Nossa história está começando agora. Viva o Brasil! Vamos com tudo”.

Iander Porcella/Estadão

Novo conversa com deputados de outros partidos e sonda sobre filiação

Deputado federal Marcos Pollon (dir.) em foto de 2022 ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
O Partido Novo abriu conversas com diversos deputados federais com o objetivo de filiá-los até a eleição de 2026.

Houve contatos, entre outros, com Filipe Martins (PL-TO), Marcos Pollon (PL-MS), Lucas Redecker (PSDB-RS) e Delegado Palumbo (MDB-SP).

A ideia seria que eles migrassem para a legenda na janela de transferência partidária, em março do ano que vem, ou antes disso, caso tenham autorização de seus partidos atuais.

O Novo colocou como prioridade para 2026 eleger uma bancada expressiva na Câmara, e assim cumprir a cláusula de barreira.

Como mostrou o Painel, também há um esforço para aumentar a bancada de senadores. Uma sondagem já foi feita a Marcos Pontes (PL-SP).

Fábio Zanini/Folhapress

Centrão domina eleição do Congresso, cobra de Lula fatura alta e não dá garantia de apoio em 2026

Líderes do centrão celebraram a folgada vitória para o comando do Congresso Nacional como um trunfo para a ampliação de poder sobre o governo e para o aumento de influência sobre a verba pública, num momento de queda de popularidade do presidente Lula (PT).

Já na noite de sábado (1º), após a eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e de Hugo Motta (Republicanos-PB) para as presidências do Senado e da Câmara dos Deputados, aliados da dupla discutiam cenários de um possível redesenho do governo e de retomada do controle sobre as emendas parlamentares.

Fortalecidos, líderes do grupo passaram a defender um choque na estrutura da gestão Lula, que poderia incluir a redução do peso do PT na chamada cozinha do Palácio do Planalto, responsável pela coordenação do governo.

Representantes desses partidos têm alertado que uma simples acomodação de suas legendas no ministério de Lula não basta para garantir uma adesão a todos projetos de interesse do governo no Congresso e, menos ainda, para assegurar apoio à uma candidatura de Lula à reeleição em 2026.

Para que esses partidos ampliem o alinhamento com o governo e, depois, subam no palanque petista, Lula precisaria reorganizar o governo e recuperar popularidade —principal desafio do governo neste momento.

Líderes do centrão manifestam resistência a adensar sua participação no mandato do petista num momento de queda dos índices de avaliação do presidente. O argumento é que, com esse movimento, eles arriscariam seu capital político entre eleitores de direita.

Um integrante da cúpula da Câmara aponta que, atualmente, deputados e senadores já são “unidades orçamentárias”, graças ao aumento expressivo das emendas parlamentares, e que não são mais dependentes da força do governo para abastecer seus redutos eleitorais. Por isso, a retomada do poder sobre as emendas, alvo de bloqueio do STF, soa até mais urgente do que uma reforma ministerial.

Essas constatações são interpretadas, tanto no governo como no próprio centrão, como um diagnóstico legítimo do quadro político, mas também como um argumento para ampliar o poder de barganha do Congresso na negociação de cargos no primeiro escalão.

Um dirigente desses partidos afirma que a ideia de participação na equipe de Lula não é totalmente descartada porque há, sim, chances de reeleição do presidente em 2026, principalmente diante da possibilidade de um racha da direita.

Com esse cenário, aliados de Lula afirmam que ele já admite, em conversas reservadas, a necessidade de fazer um gesto mais amplo para esses partidos, com uma reforma ministerial mais abrangente. Para isso, poderia ser necessário sacrificar aliados próximos e o próprio PT.

Nesta segunda-feira (3), Lula dará início a uma nova rodada de conversas políticas. À tarde, ele se reunirá com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), que deve assumir o cargo de ministra-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Há uma expectativa de que Lula receba também Alcolumbre e Hugo.

O presidente teria sinalizado a intenção de reacomodar o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), na Saúde. Lula vem demonstrando insatisfação com o desempenho da atual titular, Nísia Trindade, embora resista a demiti-la. Padilha seria um substituto natural porque já ocupou o cargo no governo Dilma Rousseff (PT).

Caso a troca seja feita, Lula faria uma mudança na cozinha do Planalto. O ministério responsável pela articulação política poderia ficar com um não petista. O mais cotado hoje seria o ministro Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), do Republicanos, partido de Hugo Motta.

A cúpula da Câmara, por sua vez, ainda trabalha para emplacar no posto o líder do MDB na Casa, Isnaldo Bulhões Jr (AL), devido à boa relação que ele mantém com Hugo e com Alcolumbre.

As discussões no governo para ampliar laços com partidos de centro e centro-direita refletem um comportamento crítico de líderes dessas legendas em relação ao governo. O caso mais emblemático é o do PSD, cujo presidente, Gilberto Kassab, disse na semana passada que Lula não conquistaria um novo mandato se a eleição ocorresse agora.

Nessa lógica, ganhou mais força a aposta no ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o ministério de Lula. Emissários chegaram a pleitear para ele a pasta da Justiça, mas o presidente não gostaria de tirar do cargo o atual titular, Ricardo Lewandowski.

O Ministério de Minas e Energia, atualmente controlado por Alexandre Silveira (PSD), poderia ser um destino para Pacheco. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, ocupado pelo vice Geraldo Alckmin (PSB), também seria alvo de interesse, o que ainda dependeria de uma negociação com Alckmin.

Dentro da estratégia de atrair o centrão, há expectativa de negociação com o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), a quem é creditado o desempenho de Hugo na eleição para a Casa.

Segundo aliados de Lula, o presidente tem a opinião de que Lira não impôs tantos obstáculos à agenda do governo na Câmara e, por isso, não estaria descartada a possibilidade de sua nomeação para um ministério como o da Agricultura, ainda que o trabalho do atual ministro, Carlos Fávaro (PSD), seja bem avaliado.

O presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), também é citado na bolsa de apostas. Integrantes do governo avaliam que ele ajudaria o governo a se aproximar do segmento evangélico, além de ser uma sinalização ao próprio partido.

Interlocutores do presidente citam um remanejamento, considerado muito provável, da ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PC do B), para a pasta das Mulheres. Seria uma prova de que Lula está disposto a reduzir o espaço de um aliado histórico no xadrez que poderia acomodar partidos de centro.

O desenho foi esboçado diante da constatação do fortalecimento do centrão. Elaborado no calor das eleições no Congresso, o modelo pode ser revisto, como já aconteceu em discussões de reformas ministeriais passadas.

Lula tem insistido para que os ministros de estados do Nordeste trabalhem para reverter tendência de queda de sua aprovação na região —o que tem sido motivo de preocupação do presidente. Aliados do presidente afirmam que a reforma deve consumir mais 15 dias.

Catia Seabra e Victoria Azevedo/Folhapress

Veja passo a passo da votação para escolha dos presidentes da Câmara e do Senado

O Congresso Nacional elegerá, neste sábado (1º) novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, além de compor as Mesas Diretoras das duas Casas. Ambos os líderes tem a capacidade de determinar quais projetos serão votados e qual será a agenda do Legislativo.

A eleição tem como favoritos Hugo Motta (Republicanos-PB) para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado.

Em ambas as Casas, a votação elege quem receber maioria absoluta, prevendo segundo turno entre os dois candidatos mais votados caso nenhum alcance a marca.

Além de influenciarem o comportamento do governo federal, os cargos estão na linha sucessória do Executivo: na ausência do presidente da República e do vice, os presidentes da Câmara e do Senado são, nessa ordem, os responsáveis por assumir provisoriamente o comando do país.

Saiba como será o rito na escolha dos presidentes da Câmara e do Senado.

SENADO

Pré-candidatos

– Davi Alcolumbre (União Brasil-AP): favorito na eleição
– Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
– Eduardo Girão (Novo-CE)
– Marcos do Val (Podemos-ES)
– Soraya Thronicke (Podemos-MS)

10h – Sessão se inicia com a formalização das candidaturas por escrito no início da sessão. Cada candidato terá até 15 minutos para discursar, e depois, a votação se inicia.

Início do processo de votação:

Ganha quem tiver a maioria absoluta dos votos -41 de um total de 81 senadores. Se nenhum candidato conseguir, a votação vai para o segundo turno entre os dois mais bem votados.

Os votos são em papel, e, após todos os presentes escolherem seus candidatos, as cédulas são contabilizadas. A seguir, o resultado é proclamado.

11h – Com o presidente eleito, começa a eleição dos outros cargos da Mesa Diretora: dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes. Pelo acordo entre os partidos, a 1ª vice-presidência será do PL e a 2ª, do PT.

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Candidatos

– Hugo Motta (Republicanos-PB): favorito na eleição
– Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ)
– Marcel Van Hattem (Novo-RS)

9h – Prazo limite para a formação de blocos parlamentares

11h – Reunião de líderes para a escolha dos cargos da Mesa D iretora: presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários, quatro suplentes

13h30 – Prazo limite para registro das candidaturas

16h – Sessão se inicia com a leitura das candidaturas. Cada candidato a presidente terá até 10 minutos para discursar, em ordem definida por sorteio, e depois, o atual chefe da Casa, Arthur Lira, profere seu último discurso a frente do cargo.

Início do processo de votação:

Cada congressista vota, de forma secreta e em sistema eletrônico, em 11 cargos: presidente, dois vices, quatro secretários e quatro suplentes. Ganha quem tiver a maioria absoluta dos votos -257 de 513 deputados. Se isso não ocorrer, há segundo turno entre os dois melhores colocados.

Uma vez proclamado o resultado, o presidente eleito poderá discursar, se quiser. Em relação aos outros cargos, pelo acordo entre os partidos, a 1ª vice-presidência será do PL e a 2ª, do União Brasil.

Folhapress

Lula diz querer Rodrigo Pacheco governador de Minas Gerais

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado/Arquivo
O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (30) durante coletiva de imprensa a jornalistas que quer o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como governador de Minas Gerais.

Lula havia sido questionado se cogita os nomes de Pacheco e de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, para ministérios em seu governo, após deixarem os cargos em fevereiro. As eleições do Congresso estão marcadas para sábado (1).

As eleições para o comando do legislativo têm como favoritos Hugo Motta (Republicanos-PB) para a Câmara e Davi Alcolumbre (União-AP) para o Senado.

Sobre o tema, Lula disse que “não se mete” nas eleições para as Casas. “O meu presidente é o que ganhar”, disse.

A declaração foi feita ao falar sobre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, cotada para chefiar algum ministério no governo. Lula teria avisado a aliados que Gleisi assumiria a Secretaria-Geral da presidência.

A informação, no entanto, foi tratada pelo presidente com maior cautela nesta quarta, ao afirmar que não gostaria de ler mais notícias de que “pessoas próximas ao presidente disseram”, mas sim, que a imprensa fale diretamente com ele. “Isso aumenta minha credibilidade”.

Marianna Holanda/Mariana Brasil/Renato Machado/João Gabriel/Folhapress

TRE-SP cassa mandato de Zambelli por desinformação eleitoral; cabe recurso

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados/Arquivo
Com placar de 5 a 2, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) condenou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), nesta quinta-feira (30), devido a desinformação eleitoral no contexto da eleição de 2022.

As punições são cassação do mandato e inelegibilidade por oito anos, contados a partir do ano do pleito de 2022.

Cabe recurso da decisão ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e, com isso, os efeitos da decisão só passam a ser válidos após o esgotamento dos recursos. Em dezembro, o tribunal já tinha formado maioria nesse sentido, mas o julgamento tinha sido suspenso devido a um pedido de vista.

A ação de investigação judicial eleitoral foi movida pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

Zambelli era uma das mais conhecidas aliadas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao longo de seu mandato e uma das principais vozes no discurso contra as urnas eletrônicas e a Justiça Eleitoral adotado pelo bolsonarismo.

Ela foi a terceira deputada federal mais bem votada no país nas últimas eleições, com 946 mil votos, atrás de Nikolas Ferreira (PL-MG) e Guilherme Boulos (PSOL-SP).

O voto vencedor foi de Encinas Manfré, que é corregedor-regional eleitoral de São Paulo e relator de ação contra a Zambelli, e que entendeu que houve a prática de abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação social por parte da deputada.

Afirmou ainda que a imputação da autora da ação quanto a Zambelli “haver integrado como que um sistema de desinformação está comprovado, pois a ré atuou em conjunto para benefício de diversos outros aliados políticos”.

Ainda em dezembro ele tinha sido acompanhado pelos juízes Cotrim Guimarães, Langroiva Pereira e pelo presidente da corte, Silmar Fernandes. Com isso, já tinha se formado maioria pela condenação.

Nesta quinta-feira, também o juiz Rogério Cury seguiu o entendimento do relator.

Já a magistrada Maria Cláudia Bedotti, que naquela ocasião tinha pedido vista (mais tempo para análise), abriu divergência na retomada do julgamento. Ela entendeu que não ficaram configurados o abuso de poder político ou o uso indevido dos meios de comunicação social. Ela foi acompanhada pelo juiz Régis de Castilho.

A defesa de Zambelli disse no processo que não houve ato ilícito na conduta da parlamentar e também que suas postagens estão amparadas na liberdade de expressão. Argumenta ainda que várias das postagens feitas em período pré-eleitoral seriam apenas compartilhamentos de conteúdos de outros veículos e que tampouco eram ilícitos ou inverídicos os conteúdos divulgados durante a campanha.

Em sustentação oral, a advogada Flávia Guth destacou que não há comprovação da prova de quebra de paridade no pleito, no sentido de romper a isonomia entre os candidatos, tampouco do alcance das postagens e da gravidade qualitativa e quantitativa das condutas da deputada.

Em parecer apresentado em setembro do ano passado e em sustentação oral em dezembro, o procurador regional eleitoral de São Paulo, Paulo Taubemblatt, defendeu a procedência da ação.

“Quando ela publica vídeos e relatórios sabidamente falsos em suas redes para manter um estado de incerteza em relação aos resultados definitivos de eleição —o que ela faz antes, durante, depois, porque tudo está concatenado, o que aconteceu no Brasil está concatenado com este tipo de ação—, ela fere o princípio da igualdade entre os candidatos”

Zambelli foi alvo de outra ação do mesmo tipo no TRE-SP, cujo foco é um vídeo da deputada no fim de novembro de 2022 em que ela se dirigia a generais, pedindo que não aceitassem o resultado da eleição. Ness e caso, os magistrados rejeitaram a ação por decisão unânime em setembro.

Além de duas ações no TSE, que ainda estão em tramitação, a deputada é ré no STF (Supremo Tribunal Federal) por episódio em que perseguiu um homem com uma arma na véspera do segundo turno da eleição de 2022.

Renata Galf, Folhapress

Girão, Marcos do Val e Marcos Pontes protocolam candidatura à presidência do Senado

Os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos do Val (Podemos-ES) e Marcos Pontes (PL-SP) registraram suas candidaturas na disputa pela presidência do Senado. Pontes e Girão protocolaram seus pedidos na segunda-feira, 27. Do Val já havia apresentado sua candidatura antes.

Os três serão os adversários de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) na disputa. O ex-presidente do Senado ainda não protocolou sua candidatura. A eleição está marcada para este sábado, dia 1º, a partir das 10h.

Girão, Pontes e do Val, porém, não devem representar uma ameaça real à candidatura de Alcolumbre, que tem o apoio de quase todos os partidos da Casa Alta do Congresso.

O PL de Marcos Pontes, por exemplo, apoia Alcolumbre. A iniciativa do senador paulista de lançar sua candidatura avulsa – o que no jargão legislativo significa que ela não tem o apoio da sua legenda – causou mal-estar na direita. O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou publicamente Pontes pela empreitada – ataque que não foi suficiente para o senador recuar.

Gabriel Hirabahasi, Estadão Conteúdo

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