ACM Neto deve ter redução estratégica de partidos para 2026 e anima aliados sobre montagem de chapa proporcional; veja cenário

Entre as correções de rumo de 2022 para o novo ciclo eleitoral que se avizinha em 2026, o grupo liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), considera estratégico rever a quantidade de partidos que se aglutinam em torno da chapa majoritária, especialmente para facilitar a montagem das nominatas - chapas proporcionais de deputados estaduais e federais.

Do arco de 13 legendas de 2022, a oposição marcha agora com apenas cinco (União Brasil, PP, Republicanos, PSDB e PL), podendo chegar a oito, conforme estimam.

“Na minha opinião e na maioria da nossa bancada, não foi muito positivo. A gente perdeu até um pouco da energia para concentrar na majoritária e dispensou energia para organizar 13 legendas. Isso não se repetirá”, afirmou o deputado Luciano Simões Filho (União Brasil), um dos quadros que tradicionalmente articula a nominata do grupo.

Ele participou na última terça-feira (18) da coletiva de imprensa na sala da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), onde o deputado Cafu Barreto (PSD) falou pela primeira vez depois de ter deixado a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para se juntar a ACM Neto.

“Quando a gente diminui o número de partidos, a atenção também se focaliza melhor na composição das chapas, tanto para estadual como para federal. Existem partidos em que é mais fácil a gente mexer para deputado federal do que para deputado estadual. Então, a gente vai fazer uma composição em que a gente abre o máximo de número de cadeiras possíveis com o menor número de votos para o desempenho das vagas”, analisou Simões Filho.

Segundo ele, a tendência deve valer também para o campo governista, onde hoje as dificuldades para acomodação de pré-candidatos é mais complexa. “A gente deve ir no palanque de ACM Neto com no mínimo cinco a seis legendas, mas eu acho que não chegará nem a oito legendas. Nem a gente nem o governador de plantão”.

Isso dá ao grupo oposicionista, nas palavras dele, “pujança” para brigar por cerca de metade das cadeiras na AL-BA.

“A gente vai ter uma pujança de candidaturas entre 25 a 30 vagas aqui na Assembleia Legislativa, onde a gente vai concentrar em cinco a oito legendas somente, no máximo oito legendas, então vai dar para equilibrar bem, botando os deputados teoricamente mais votados, os médios e os mais fracos, a gente distribui isso nos partidos para dar um equilíbrio na disputa. Então, volto a dizer, a gente não repetirá aquela estratégia de 22 com 13 legendas, a gente vai concentrar o que vai facilitar a montagem da chapa proporcional”, projetou.

Tudo isso, conforme enxerga Simões Filho, terá a convergência de uma candidatura presidencial de direita com palanque na Bahia, de modo a ampliar as condições de disputa de ACM Neto.

“O cenário de 26 é um cenário diferente, a gente vai ter uma eleição muito disputada, mas a eleição nacional exercerá uma influência muito grande na disputa estadual, como sempre. E temos grandes novidades, Lula não é mais o mesmo, não tem as mesmas entregas e a centro-direita do país, a oposição ao governo Lula, vai se unir em uma única candidatura, com certeza absoluta. E isso vai se desenhar mais depois do carnaval do ano que vem”.

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