Ibirataia: Prefeitura recebe biodigestores para conclusão da obra das 61 casas

Equipamentos serão instalados em moradias de famílias atingidas pelas enchentes no município
A Prefeitura de Ibirataia concluiu o recebimento de biodigestores que irão fortalecer as ações de saneamento básico e sustentabilidade no município. Os equipamentos, com capacidade para tratar até 35 mil litros de efluentes sanitários por dia, serão instalados em 61 moradias destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade social afetadas pelas enchentes, garantindo mais saúde pública e qualidade de vida.

O ato de recebimento contou com a presença do secretário municipal de Infraestrutura, Weligton Sobrinho, do engenheiro Mateus Araújo, de Tel Assunção e da equipe da Limpeza Pública, coordenada pelo diretor Cláudio Goiabeira. A tecnologia dos biodigestores permite a redução de até 80% da carga poluidora, atendendo às normas ambientais e assegurando o tratamento adequado do esgoto antes da destinação final.

Para o prefeito Sandro Futuca, a iniciativa simboliza o compromisso da gestão com reconstrução e responsabilidade social. “Estamos entregando não apenas casas, mas moradias com estrutura completa, saneamento adequado e respeito ao meio ambiente. Esse é um passo importante para devolver dignidade às famílias atingidas pelas enchentes e promover desenvolvimento sustentável em Ibirataia”, destacou o gestor

Municípios recebem R$ 134,7 milhões do governo como antecipação e repasses do Fundeb e do ICMS

Os 417 municípios baianos receberam nesta segunda-feira (29), do Governo do Estado, um reforço de R$ 134,7 milhões no caixa que irá contribuir para o fechamento das contas de 2025. Os recursos incluem a cota das prefeituras no ICMS arrecadado entre os últimos dias 22 e 26 de dezembro e a antecipação do Fundeb correspondente ao mesmo período, que de acordo com o calendário regular de transferências constitucionais só seria repassado em janeiro. A antecipação foi solicitada ao governador Jerônimo Rodrigues pela União dos Municípios da Bahia (UPB).

De acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-Ba), a antecipação do Fundeb totalizou R$ 26,9 milhões, incluindo as parcelas do Fundo relativas ao ICMS. Já o repasse do ICMS foi de R$ 107,8 milhões. Ainda segundo a Sefaz-Ba, a arrecadação correspondente à movimentação econômica nos dias restantes de dezembro será repassada na sexta-feira, dia 2 de janeiro.

Fechamento das contas

O governador Jerônimo Rodrigues ressaltou a relação de parceria entre a gestão estadual e os prefeitos, que se expressa em medidas como a antecipação de recursos para reforçar o caixa dos municípios “num momento importante de fechamento das contas”. Apoiar as prefeituras, avaliou o governador, “é importante para assegurar a continuidade dos serviços prestados, no âmbito municipal, a cada baiano e cada baiana”.

De acordo com o secretário da Fazenda do Estado, Manoel Vitório, graças ao esforço do fisco estadual o governo baiano manteve a arrecadação em 2025 no mesmo patamar do ano anterior, com pequeno crescimento real, o que assegurou a preservação do nível de transferências aos municípios e permitiu, agora, a antecipação solicitada pela UPB. “A capacidade do Estado para honrar seus compromissos foi assegurada mesmo com um cenário internacional desafiador e a redução no ritmo de crescimento da economia brasileira”, afirmou.

Rússia ativa sistema de mísseis hipersônicos Oreshnik, com capacidade nuclear, em meio a impasse com Ucrânia

Míssil hipersônico russo Oreshnik foi implantado em Belarus. Disparos experimentais já foram feitos contra a Ucrânia durante a guerra. Projétil foi revelado em 2024 e com capacidade de carregar ogivas nucleares

O sistema de mísseis russo Oreshnik, com capacidade nuclear, entrou em serviço ativo, informou nesta terça-feira (30) o Ministério da Defesa da Rússia, enquanto negociadores seguem em busca de um avanço nas conversas sobre a guerra na Ucrânia.

Segundo o ministério, tropas realizaram uma breve cerimônia na vizinha Belarus, onde os mísseis foram posicionados. O governo não informou quantas unidades foram instaladas nem deu outros detalhes.

Um míssil hipersônico é uma arma que voa a mais de cinco vezes a velocidade do som e é difícil de ser detectada e interceptada.

A Rússia usou o Oreshnik pela primeira vez em novembro de 2024, quando fez um disparo experimental contra uma fábrica em Dnipro, na Ucrânia (veja vídeo acima).

O presidente russo, Vladimir Putin, havia dito no início de dezembro que o Oreshnik entraria em operação ainda neste mês.

A declaração foi feita em uma reunião com chefes militares, na qual ele alertou que Moscou tentaria ampliar seus ganhos na Ucrânia se Kiev e seus aliados ocidentais rejeitassem as exigências do Kremlin.


O anúncio ocorre em um momento delicado das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no domingo, em seu resort na Flórida, que Kiev e Moscou estariam “mais perto do que nunca” de um acordo. Mesmo assim, segundo ele, as negociações lideradas pelos EUA, que já duram meses, ainda podem fracassar.

Mísseis de alcance intermediário podem percorrer entre 500 e 5.500 quilômetros. Esse tipo de arma era proibido por um tratado da era soviética, abandonado por Estados Unidos e Rússia em 2019.

Os negociadores seguem sem acordo sobre pontos centrais, como a retirada de tropas em território ucraniano e o futuro da Crimeia, ocupada pela Rússia e uma das 10 maiores penínsulas do mundo.

Putin tem tentado mostrar que negocia a partir de uma posição de força, enquanto as forças ucranianas enfrentam dificuldades para conter o Exército russo, maior em número.

Em reunião com oficiais militares na segunda-feira, o presidente russo destacou a necessidade de criar zonas de proteção militar ao longo da fronteira da Rússia. Ele também afirmou que tropas russas avançam na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, e intensificam a ofensiva no sul, na região de Zaporizhzhia.

Putin elogiou as capacidades do míssil, dizendo que suas múltiplas ogivas atingem o alvo a velocidades de até 12.000 km/h e não podem ser interceptadas.

Ele também advertiu o Ocidente que Moscou pode usar o Oreshnik contra aliados da Otan que permitiram à Ucrânia lançar mísseis de maior alcance contra alvos dentro da Rússia.

O chefe das forças de mísseis da Rússia afirmou ainda que o Oreshnik pode levar ogivas convencionais ou nucleares e tem alcance suficiente para atingir toda a Europa.
Por: G1

Daniel Vorcaro chega a Brasília para depoimento

Carro onde Vorcaro estava entrou na garagem do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele chegou em um voo de carreira no Aeroporto de Brasília por volta das 11h.
O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, chegou a Brasília na manhã desta terça-feira (30). O carro onde Vorcaro estava entrou na garagem do Supremo Tribunal Federal (STF). Vorcaro chegou em um voo de carreira no Aeroporto de Brasília por volta das 11h.
A Polícia Federal vai colher, a partir das 14h, os depoimentos de Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central do Brasil, Ailton de Aquino Santos.

Após as oitivas, a delegada responsável pelo caso vai avaliar se há divergências relevantes entre as versões apresentadas. Se ela entender necessário, poderá determinar a realização de uma acareação entre os envolvidos.

Todo o procedimento será acompanhado por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Dias Toffoli, do STF, e por um representante do Ministério Público.

As investigações começaram em 2024 na Justiça Federal. Segundo a Polícia Federal, o Banco Master não teria recursos suficientes para honrar títulos com vencimento em 2025 (entenda mais abaixo).

Negociações e possíveis divergências

Vorcaro e Paulo Henrique Costa participaram conjuntamente das negociações para a venda do Banco Master ao BRB, banco público do governo do Distrito Federal.

Antes de ser demitido do comando do BRB, após investigações da Polícia Federal sobre fraudes bancárias, Paulo Henrique Costa defendia a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília como solução para a crise da instituição.

Segundo investigadores, há uma chance de divergência no depoimento de Ailton de Aquino Santos.

Embora não seja investigado — ao contrário de Vorcaro e Costa —, o diretor do BC, por obrigação técnica, analisou diferentes alternativas para a crise do Master, que incluíam aporte de recursos, troca de diretoria, venda e, por fim, a liquidação.

Segundo apuração da PF, como as etapas anteriores não avançaram, a Diretoria de Fiscalização, em conjunto com sua equipe, recomendou a liquidação.

A venda do Master ao BRB foi vetada pela Diretoria de Organização do Sistema Financeiro do BC, comandada por Renato Gomes. A decisão final foi tomada pela diretoria colegiada do Banco Central, que aprovou a liquidação por unanimidade.

Decisão de Toffoli e reação do setor financeiro

A acareação foi determinada por Dias Toffoli, relator do inquérito que investiga fraudes financeiras envolvendo o Banco Master e o BRB. O caso tramita em sigilo no STF desde o início de dezembro.

No dia 24 de dezembro, Toffoli marcou a acareação de ofício, sem pedido da Polícia Federal ou do Ministério Público. No mesmo dia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a suspensão da medida, por considerá-la prematura, mas o pedido foi negado.

Na sexta-feira (26), o Banco Central recorreu ao STF pedindo esclarecimentos sobre a acareação, questionando, entre outros pontos, a urgência do procedimento durante o recesso do Judiciário e a condição em que seu diretor foi convocado.

No sábado (27), Toffoli rejeitou o recurso, afirmou que nem o BC nem Ailton de Aquino são investigados e manteve a data do procedimento, alegando impacto relevante dos fatos apurados sobre o sistema financeiro.

Também no sábado, entidades que representam bancos, fintechs e o mercado financeiro divulgaram notas em defesa da autonomia e da atuação técnica do Banco Central. As associações alertaram que a revisão de decisões como a liquidação de uma instituição financeira pode fragilizar a autoridade do regulador e gerar instabilidade no sistema financeiro.

Investigação

A apuração aponta que o banco adquiriu créditos de uma empresa chamada Tirreno sem efetuar pagamento e, em seguida, vendeu esses ativos ao BRB, que teria desembolsado cerca de R$ 12 bilhões.

O Banco Central rejeitou a compra do Master pelo BRB e decretou a liquidação da instituição em novembro, entre outros motivos, pela falta de dinheiro em caixa para cumprir compromissos financeiros.

Relembre crises envolvendo Alexandre de Moraes como ministro do STF

O ministro Alexandre de Moraes voltou a ser alvo de questionamentos após a coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, publicar que o magistrado tentou interceder em favor do Banco Master em telefonema para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

À época dos contatos mencionados pela reportagem, o BC analisava a operação de compra do Master pelo banco estatal BRB (Banco de Brasília) –em setembro deste ano, a autoridade monetária rejeitou a operação e, em novembro, decretou a liquidação do Master.

Ainda segundo O Globo, o escritório de advocacia encabeçado pela esposa de Moraes, Viviane Barci, mantém desde 2024 um contrato de R$ 3,6 milhões mensais e duração de três anos para defender os interesses do Master.

O ministro nega as afirmações e diz ter tratado com Galípolo apenas da Lei Magnitsky, aplicada pelo governo dos Estados Unidos contra ele em julho deste ano.

"Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito", escreveu, em nota.

Relembre abaixo algumas das crises envolvendo Alexandre de Moraes no STF.

Inquérito das fake news

O ministro comanda desde 2019 o inquérito das fake news, aberto de ofício pelo ministro Dias Toffoli e distribuído sem sorteio a Moraes. A investigação completou seis anos em 2025, sofrendo críticas por sua duração atípica e por ordens de censura.

Censura da Revista Crusoé

Em abril de 2019, o ministro mandou retirar do ar uma reportagem publicada pela Revista Crusoé que mostrava menção do empreiteiro Marcelo Odebrecht ao então presidente do STF, Dias Toffoli. Sob pressão da sociedade civil, revogou a ordem três dias depois.

Busca e apreensão contra empresários por falas golpistas

Em agosto de 2022, Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal e ordenou busca e apreensão contra empresários que enviaram mensagens golpistas em um grupo de WhatsApp. As conversas foram reveladas pelo Metrópoles, e a Folha depois mostrou que o pedido de busca e apreensão teve a reportagem do portal como base.

Comando do TSE em 2022

O ministro comandou o Tribunal Superior Eleitoral durante as eleições de 2022, num período turbulento que ficou marcado pela disseminação de mentiras do governo Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas, mas também por medidas do tribunal que foram alvo de questionamento. Em mais de uma ocasião, por exemplo, Moraes determinou que Meta e Twitter retirassem do ar perfis bolsonaristas e conteúdo considerado pelo ministro como antidemocrático.

Em agosto de 2024, a Folha revelou que Moraes utilizou o TSE para abastecer o Supremo com informações que depois seriam utilizadas por ele mesmo em decisões atingindo políticos bolsonaristas.

Xingamento no aeroporto de Roma

Em julho de 2023, o ministro se envolveu em uma discussão no aeroporto de Roma, na Itália. Segundo relato de Moraes, a família do empresário Roberto Mantovani teria o xingado de bandido e de comprado. Além disso, Mantovani teria desferido um tapa no filho de Moraes, derrubando seus óculos no chão.

O caso motivou abertura de inquérito e ordem de busca e apreensão contra o empresário, determinada pela então presidente do STF, Rosa Weber. Em dezembro de 2024, os acusados protocolaram uma carta se retratando pelo episódio e o ministro Dias Toffoli deu fim ao processo.

Gesto obsceno no estádio do Corinthians

Em julho de 2025, Moraes foi flagrado pelo fotógrafo Alex Silva, do Estado de S.Paulo, mostrando o dedo do meio a um torcedor durante partida do Corinthians contra o Palmeiras na Neo Química Arena. No dia anterior, os Estados Unidos haviam colocado o ministro sob sanção por meio da Lei Magnitsky.

Julgamento de Bolsonaro

Os inquéritos das fake news e das milícias digitais –este aberto em 2021, com propósito semelhante, e igualmente comandado por Moraes– desembocaram no processo que julgou a tentativa de golpe após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Em setembro deste ano, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado, sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder. Foi a primeira vez na história do país em que um ex-presidente foi punido por esse crime.
Por Marcos Hermanson/Folhapress

Justiça anula acordos de alvos da Operação Faroeste com agricultores

A Justiça da Bahia anulou todos os acordos firmados entre produtores rurais do Estado e um grupo alvo da Operação Faroeste, investigação que apura um suposto esquema de venda de sentenças no Judiciário baiano. Segundo a decisão, a empresa JJF Holding coagiu os agricultores a aceitar condições ilegais para seguir nas próprias terras. A companhia terá de reembolsar os agricultores e indenizá-los por danos morais.

Segundo o juiz Maurício Alvares, os acordos questionados foram “precedidos de verdadeiro esquema criminoso entabulado com membros do Poder Judiciário para obtenção de decisões favoráveis”, em referência à Operação Faroeste. Foram alvo da decisão a JJF e os empresários José Dias, Ildeni Dias e Joilson Dias, também investigados na Faroeste. Procurados, não responderam.

A Faroeste tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e levou à prisão de pelo menos três desembargadores baianos. O Ministério Público Federal aponta o empresário Adailton Maturino como idealizador do esquema de propinas.

A decisão foi assinada em 24 de novembro no processo movido pela Associação dos Produtores Rurais da Chapada das Mangabeiras. A JJF e os empresários citados pela entidade não apresentaram defesa à Justiça.

O magistrado afirmou que os produtores rurais sofreram “grave pressão” para assinar os acordos com a JJF, que tinha um “padrão sistemático” de atuação na região com grupos armados nas fazendas.

Por Eduardo Barretto/Estadão

PF apreende 289 kg de drogas no Porto de Santos

Santos/SP. A Polícia Federal realizou nesta segunda, 29/12, a apreensão de 289 kg de cocaína no Porto de Santos. A droga, com características de cocaína, estava ocultada em um contêiner a bordo de navio no Porto de Santos. A inspeção da embarcação foi realizada em conjunto com a Receita Federal. A embarcação havia partido do porto de Paranaguá/PR e tinha como destino a Europa.

Após a retirada do material ilícito, a substância será encaminhada à sede da Polícia Federal em Santos/SP, onde será instaurado inquérito policial para a realização das perícias necessárias e apuração da autoria, com o objetivo de identificar os responsáveis pelo crime de tráfico internacional de drogas.

Comunicação Social da Polícia Federal em Santos

PF e PM prendem em flagrante indivíduo por tráfico de drogas

Guajará-Mirim/RO. A Polícia Federal e Polícia Militar de Rondônia prenderam em flagrante um indivíduo pelo crime de tráfico de drogas nesta segunda-feira, 29/12.

A partir de denúncias recebidas sobre receptação criminosa de bens furtados na região, os policiais identificaram um ponto de venda de drogas na cidade de Guajará-Mirim, com intenso movimento.

No local, foram encontradas várias porções de cocaína e de maconha, já embaladas para venda, e foi preso em flagrante um indivíduo pelo crime de tráfico de drogas.

A ação ocorreu no contexto da Operação Madeira Mamoré, integrada pela Polícia Federal, Polícia Militar de Rondônia, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional, e que visa a repressão integrada de crimes transnacionais e transfronteiriços no noroeste de Rondônia.
Categoria
Justiça e Segurança

Gonet afirma não ver ilicitude em contrato do Master com escritório de familiares de Moraes

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, determinou o arquivamento de um pedido de investigação sobre a possível atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso do Banco Master.

Entre os argumentos do autor, o advogado Enio Martins Murad, para justificar a abertura de uma apuração foi citado o contrato do Master com o escritório de familiares de Moraes no valor de R$ 3,6 milhões mensais para auxiliar na defesa dos interesses da instituição financeira, recentemente liquidada pelo Banco Central. A existência do contrato foi revelada pelo jornal O Globo.

Em relação ao contrato, Gonet afirmou que não ter vislumbrado, "a priori, qualquer ilicitude que justifique a intervenção desta instância", numa referência à Procuradoria-Geral da República.

O chefe do Ministério Público Federal afirmou que não está no escopo de sua atuação e nem é da competência do Supremo "a ingerência em negócios jurídicos firmados entre particulares, especialmente quando resguardados pela autonomia intrínseca à atividade liberal da advocacia".

Em outra passagem da manifestação, a respeito de eventuais pressões que Moraes teria feito sobre o Banco Central relativas ao Master, Gonet afirmou que no material apresentado por Murad há "absoluta ausência de lastro probatório mínimo que sustente a acusação formulada" e que seguir adiante com uma apuração seria "incursão meramente especulativa".

"Tanto o representado [Moraes] quanto o presidente do Banco Central [Gabriel Galípolo] negaram, de forma peremptória e convergente, a ocorrência de qualquer pressão exercida pelo Ministro sobre os interesses do Banco Master", disse o procurador-geral.

O relato de que o ministro teria procurado o chefe do BC para conversar sobre negócio do Master ampliou os questionamentos sobre o magistrado.

Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, Moraes teria feito contato com Galípolo quatro vezes sobre o tema. A reportagem afirma ter colhido relatos de seis pessoas que teriam tomado conhecimento dos diálogos pelo próprio presidente do Banco Central e por outros integrantes da instituição.

Moraes divulgou nota em que afirma ter recebido Galípolo para reuniões "em virtude da aplicação da Lei Magnitsky". O ministro não citou data de encontros com o presidente do BC.

Moraes se tornou alvo de sanções financeiras impostas pelo governo dos Estados Unidos em 30 de julho, e a punição foi retirada no dia 12 de dezembro.

Por Folhapress

Processo do TCU pode virar trunfo de Vorcaro para escapar de condenação e afastar delação

Mantido em sigilo pelo ministro relator Jhonatann de Jesus, o processo no TCU (Tribunal de Contas da União) que apura falhas e omissões do Banco Central no caso Master pode se transformar em trunfo para o ex-banqueiro Daniel Vorcaro escapar de uma eventual condenação criminal e evitar ser forçado a fechar uma delação premiada no futuro.

Ministros e técnicos do tribunal, ouvidos pela Folha na condição de anonimato, avaliam que a corte tem poder legal para investigar a atuação do BC, mas há uma divisão entre eles sobre a força do TCU para anular a liquidação do Master, decretada pelo órgão regulador do sistema bancário brasileiro em novembro passado.

O TCU faz o que é tecnicamente chamado de análise de "segunda ordem" para verificar se o órgão regulador agiu dentro das competências dele e, no máximo, se aquela decisão atende ao critério de razoabilidade. Não caberia ao TCU avaliar qual é a melhor decisão regulatória a ser tomada.

Jhonatan de Jesus chegou ao TCU em 2023 por indicação do centrão e até hoje é considerado um ministro mais político do que técnico dentro do TCU.

Vorcaro construiu uma relação próxima nos últimos anos com lideranças político do centrão. A defesa do banqueiro foi contatada pela Folha, mas não houve resposta.

Segundo pessoas envolvidas no caso e colegas do TCU, o ministro estaria sofrendo pressão de políticos influentes do centrão nesse processo. O ministro foi deputado federal por Roraima e líder do Republicanos na Câmara, o mesmo partido de Hugo Motta (PB). Procurado pela Folha, a assessoria de comunicação do TCU informou que Jhonatan não costuma falar com a imprensa.

A indicação de Jhonatan nasceu do acordo político feito pelos partidos do centrão na reeleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), não se lançou concorrendo com Lira, e Jhonatan foi escalado pelo seu partido, em troca, para a vaga no TCU.

Apesar da polêmica em torno do alcance do poder de interferência do TCU no caso, a avaliação de ministros mais influentes do tribunal é que não há votos suficientes hoje para aprovação de uma reversão da liquidação do Master.

Essa mesma avaliação não se aplicaria a uma eventual responsabilização do BC e condenação de integrantes da autarquia. Um ministro da corte de contas lembrou que o TCU já condenou o ex-presidente do BC, Francisco Lopes, e os ex-diretores Demósthenes Madureira de Pinho Neto e Cláudio Mauch, além do banco FonteCindam num caso de 1999 quando houve a mudança do sistema cambial do país.

A Folha ouviu relatos de integrantes do TCU e pessoas envolvidas no caso que o principal foco da defesa de Vorcaro nesse primeiro momento é conseguir no TCU a nulidade do processo do Master no BC, não necessariamente da liquidação do Master, para enfraquecer as decisões da autarquia e mostrar que o processo criminal não deveria ter continuidade. Nesse cenário, ficaria afastado o risco de uma delação mais à frente de Vorcaro, o que é temido por políticos e autoridades influentes que tinham ligação com o ex-banqueiro.

O BC encaminhou no início da tarde desta segunda-feira (29) documentação com esclarecimentos sobre o processo do Master solicitados pelo relator do TCU. A resposta foi juntada ao processo e será analisada pela unidade técnica responsável pela fiscalização dos bancos. Após essa fase, os autos sobem ao gabinete para exame do relator.

Se Jhonatan de Jesus der uma decisão cautelar (urgente e provisória), o processo só deverá ser levado a julgamento no plenário depois da volta do recesso de fim de ano, em meados de janeiro, como sinalizou o o presidente do TCU, ministro Vital do Rego, a interlocutores nesta segunda-feira (29).

Acusado de fraude de R$ 12,2 bilhões contra o sistema financeiro, o dono do Master, contratou um time poderoso de advogados criminalistas e especialistas em litígios empresariais.

A defesa de Vorcaro tem abastecido de informações o TCU e apresentou uma queixa de que o BC tem usado o liquidante do Master para obter informações da instituição para responder a questionamentos do tribunal.

Por Adriana Fernandes/Folhapress

Família Coronel canta “Noites Traiçoeiras” e deixa em aberto se recado foi para o PT ou Otto

Uma publicação do senador Angelo Coronel (PSD) no Instagram chamou atenção não apenas pelo tom familiar e religioso, mas também pelas possíveis entrelinhas políticas em meio às articulações para a chapa majoritária de 2026 na Bahia. No vídeo, o parlamentar aparece ao lado dos filhos Diego Coronel e Angelo Coronel Filho cantando a música Noites Traiçoeiras, sucesso conhecido por sua mensagem de superação e fé.

Na legenda da publicação, Angelo Coronel escreveu: “Se tem uma música que marca a família Coronel, ano após anos, sem dúvida, é Noites Traiçoeiras! Porque a gente sabe que o mundo pode até fazer a gente chorar, mas Deus nos quer sorrindo”. A mensagem foi acompanhada por comentários de apoio de seguidores e aliados políticos.

Nos bastidores, no entanto, a publicação foi interpretada como um possível recado político. Angelo Coronel ainda não tem vaga garantida na chapa majoritária do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para o próximo ano. O cenário envolve uma disputa interna intensa, já que o senador Jaques Wagner (PT) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), também pleiteiam as duas vagas ao Senado na composição governista.

Há ainda quem veja o gesto como um sinal direcionado não apenas ao PT, mas também ao senador Otto Alencar, presidente do PSD na Bahia e figura central nas negociações com o governo estadual. Otto tem atuado como principal articulador do partido e dialogado diretamente com o Palácio de Ondina sobre a presença da legenda na chapa majoritária.

A 55ª Companhia Independente de Polícia Militar realizou cerimônia de aposição de luvas no uniforme dos Subtenentes

 

A 55ª Companhia Independente de Polícia Militar realizou na manhã desta segunda-feira 29/12, na sede administrativa da unidade, a cerimônia de aposição de luvas no uniforme dos Subtenentes promovidos na última turma da PMBA, momento simbólico que representa o reconhecimento à trajetória, dedicação e mérito profissional na carreira policial militar.
Foram homenageados os Subtenentes PM Pecorelli, Cláudio Márcio e Osanar, que passaram a ostentar oficialmente o novo posto, em um ato carregado de significado e orgulho institucional. A solenidade contou com a presença de oficiais e praças da unidade, além de familiares dos promovidos, que prestigiaram esse importante marco na vida profissional e pessoal dos militares.
A cerimônia foi presidida pelo Cap PM Albues, que representou o Comando da 55ª CIPM. Em sua fala, o Capitão destacou que a promoção é resultado de anos de compromisso com a missão policial, disciplina, liderança e exemplo, ressaltando a importância dos Subtenentes como referência para a tropa e pilares da hierarquia e da disciplina.
Em nome dos promovidos, os Subtenentes agradeceram a Deus, à família e à Instituição, ressaltando que o novo posto reforça ainda mais o compromisso com o serviço à sociedade e com a formação dos policiais mais novos. Familiares também se manifestaram, expressando orgulho, emoção e reconhecimento pelo esforço e pelas renúncias feitas ao longo da carreira.

O ato reforça os valores da Polícia Militar da Bahia, valorizando seus profissionais e fortalecendo os laços entre a tropa, o comando e as famílias.

Fonte: ASCOM/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão. 

   https://www.instagram.com/reel/DS3ErrKkVKB/?igsh=dGkyNmoxZXB4bGw1              

EUA atacam território da Venezuela e destroem estrutura 'ligada ao narcotráfico', diz Trump

O ataque ocorreu na semana passada e havia sido mencionado por Trump em uma entrevista na sexta-feira, 26
.Foto: Reprodução/Instagram
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira, 29, que os EUA atacaram e destruíram uma zona de atraque de embarcações na Venezuela supostamente usada pelo narcotráfico, o que seria o primeiro ataque em terra desde o lançamento da campanha militar contra o narcotráfico na América Latina.

“Houve uma grande explosão na área de um cais onde carregam as embarcações com drogas”, disse o presidente americano aos jornalistas. “Atacamos todas as embarcações e agora atacamos a zona [de atraque]... e já não existe”, acrescentou.

“Estava na costa”, disse, sem detalhar se era uma operação militar, nem onde aconteceu o ataque.

Trump já havia mencionado o ataque em uma entrevista à rádio WABC na sexta-feira, 26. Durante uma conversa com John Catsimatidis, o bilionário republicano e apoiador do presidente que é o dono da WABC, o presidente americano apontou que “uma grande instalação” havia sido destruída dois dias antes da conversa.

Depois das declarações, o jornal americano The New York Times procurou o Pentágono e a CIA, mas os dois órgãos disseram que não tinham informações para compartilhar. A Casa Branca também se recusou a comentar.

Ataque

Se a declaração de Trump estiver certa, esse seria o primeiro ataque conhecido em terra desde o começo da campanha militar contra a Venezuela.

O presidente americano havia prometido o início de uma ofensiva terrestre contra Caracas, mas não tinha anunciado um ataque. A Venezuela ganhou um protagonismo sem precedentes em 2025 ao se tornar alvo de uma campanha de intimidação do governo americano. Depois de mobilizar mais de 20% de suas tropas para o Caribe sob a justificativa de combater o narcotráfico, não está claro o que os Estados Unidos pretendem.

O contingente enviado por Washington a região conta com navios de guerra, o maior porta-aviões do mundo, submarinos nucleares, drones e bombardeiros. Além da intimidação, os EUA realizaram bombardeios em águas internacionais sob a alegação de estar matando traficantes que transportariam drogas para Washington. Mais de 25 ataques foram realizados e pelo menos 95 pessoas morreram.

O presidente americano também decidiu bloquear todos os petroleiros sob sanção que operem na Venezuela, resultando no confisco de pelos menos duas embarcações. Washington acusa Caracas de utilizar a venda de petróleo para financiar o “narcoterrorismo, o tráfico de seres humanos, assassinatos e sequestros”.

Apesar da justificativa oficial de combater o narcotráfico, indícios apontam que a intenção do presidente americano é retirar o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, do poder. Os dois líderes chegaram a conversar por telefone e negociaram possíveis acordos, mas Trump não mostrou flexibilidade e deseja a saída do ditador, segundo jornais americanos.

Especialistas da ONU denunciam bloqueio

Em meio a campanha militar de Trump, especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) denunciaram, na semana passada, o bloqueio naval ordenado por Trump. De acordo com eles, a medida americana constitui um “ataque armado” e viola o direito internacional.

“Não existe o direito de impor sanções unilaterais por meio de um bloqueio armado”, afirmaram os especialistas designados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU – mas eles não falam formalmente em nome da organização. “Trata-se de um uso da força tão grave que é expressamente reconhecido como uma agressão armada ilegal na Definição de Agressão adotada pela Assembleia Geral em 1974”, apontam os peritos.

Para os relatores, a ação configura um ataque armado nos termos do artigo 51 da Carta das Nações Unidas, que, em tese, confere ao Estado vítima o direito à legítima defesa.

Os especialistas também criticaram duramente os ataques de Washington a supostas embarcações de traficantes, ressaltando que não foram apresentadas provas públicas de que tais barcos estivessem, de fato, transportando drogas.

Em reunião do Conselho de Segurança da ONU no dia 23 de dezembro, Rússia e China criticaram duramente a pressão militar e econômica exercida pelos Estados Unidos sobre a Venezuela, classificando a postura de Washington como “comportamento de cowboy” e “intimidação”. O embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada, também se manifestou perante o Conselho: “Estamos diante de uma potência que atua à margem do direito internacional, exigindo que nós, venezuelanos, abandonemos nosso país e o entreguemos".

Por Estadão

Polícia Civil aprova novo Plano Estratégico Organizacional para o período de 2026 a 2035

               O novo plano consolida um modelo contemporâneo de governança e gestão estratégica
A Polícia Civil da Bahia aprovou o novo Plano Estratégico Organizacional (PEO/PCBA) para o período de 2026 a 2035, que substitui o planejamento anterior vigente entre 2016 e 2025. A medida foi oficializada por meio da Portaria nº 398, publicada no Diário Oficial do Estado da Bahia, na edição do dia 23 de dezembro de 2025, e estabelece diretrizes, objetivos e prioridades institucionais para a próxima década.

PORTARIA DE Nº.398 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2025 APROVA O PLANO ESTRATÉGICO DO PERÍODO DE 2025 A 2035.pdf

PORTARIA DE Nº.398Clique aqui

O novo plano consolida um modelo contemporâneo de governança e gestão estratégica, alinhado aos princípios da eficiência, eficácia e transparência, além de reforçar a centralidade das pessoas, do conhecimento e da aprendizagem organizacional como pilares da transformação institucional. O documento é resultado dos trabalhos do Comitê Técnico instituído pela Portaria nº 232, de julho de 2025, sob o gerenciamento do Escritório de Gestão de Projetos e Processos (EGPP).

O PEO/PCBA reúne missão, visão, valores, mapa estratégico e objetivos, os quais serão disponibilizados no site oficial da Polícia Civil da Bahia. A execução e o acompanhamento do planejamento ocorrerão por meio de indicadores, metas, projetos e programas, definidos em atos específicos e organizados em ciclos de monitoramento e revisão.

O suporte técnico e metodológico da gestão estratégica ficará sob a responsabilidade do EGPP, com supervisão da Delegada-Geral Adjunta. O calendário de reuniões, os modelos de relatórios e os painéis de controle de indicadores serão submetidos à aprovação do Comitê de Gestão Estratégica.
Fonte
Pedro Moraes / ASCOM PCBA

Suspeito de homicídio é preso em flagrante em Morpará

A prisão é resultado de uma ação conjunta entre as polícias Civil e Militar no município
Uma ação integrada entre equipes da Delegacia Territorial (DT) de Morpará e da Polícia Militar resultou na prisão em flagrante de um homem, de 30 anos, pelo crime de homicídio, no domingo (28), na Avenida São Francisco, em Morpará. Ele é investigado pela morte de José Dourado da Conceição, de 42 anos.

O crime ocorreu durante a madrugada, quando o investigado abordou a vítima durante uma festa em um estabelecimento comercial, no bairro Urbis. O corpo de José foi encontrado posteriormente no bairro da Barragem, com sinais de agressões físicas provocadas por um pedaço de madeira.

O suspeito foi localizado em sua residência, na mesma localidade onde ocorreu o crime. No imóvel, as equipes policiais encontraram as roupas utilizadas no momento do homicídio, fato confirmado após análise de imagens de câmeras de segurança.

O homem foi conduzido à Delegacia Territorial de Ibotirama, onde permanece custodiado, à disposição do Poder Judiciário.
Fonte
Guilherme Santos / Ascom PCBA

Ipiaú: Criminosos se passam por policiais para aplicar golpes em deliveries

Criminosos têm adotado uma nova estratégia para aplicar golpes em comerciantes que trabalham com delivery no município de Ipiaú. A modalidade, que tem crescido nos últimos dias, já fez ao menos duas vítimas na cidade e serve de alerta para empresários da região.

De acordo com relatos apurados pelo GIRO, o golpista entra em contato com o estabelecimento se passando por policial militar e solicita um pedido de lanche para entrega na sede da companhia da Polícia Militar. Durante a conversa, o criminoso afirma estar em posse de uma cédula de R$ 200,00 e diz precisar de troco com urgência.

Se firmando na credibilidade da instituição e dos seus agentes, ele pede que o comerciante realize o troco do pedido por meio de transferência via Pix. No entanto, ao chegar ao local indicado para a entrega, o entregador percebe que não há pedido algum e que se trata de um golpe.

Segundo as informações, além de se passar por policial militar, em alguns casos o criminoso pode utilizar fotos de agentes reais da cidade para reforçar a fraude. Em outras situações na região, ele também afirma ser o delegado da cidade e solicita a entrega do lanche na delegacia titular, ampliando a credibilidade da falsa identidade.

A orientação é que comerciantes e entregadores redobrem a atenção, especialmente em pedidos que envolvam solicitação de dinheiro antecipado, troco via Pix ou uso do nome de instituições públicas. Em situações suspeitas, a recomendação é interromper a negociação e buscar confirmação direta junto às autoridades. *Redação / Giro Ipiaú

Ipiaú: Jovem é morto a tiros em área de vegetação no Cantinho do Céu

Um jovem ainda não identificado foi morto a tiros por volta das 14h20 desta segunda-feira (29), na localidade conhecida como Cantinho do Céu, no bairro Euclides Neto, em Ipiaú.

De acordo com relatos de moradores, cerca de dez disparos de arma de fogo foram ouvidos no local e poucos minutos depois, o corpo da vítima foi encontrado em uma área de vegetação, nos fundos de residências.
A Polícia Militar da Bahia foI acionada e isolOU a área até a chegada do Departamento de Polícia Técnica (DPT). Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi solicitada para atestar o óbito.

Após a perícia, o corpo será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde deverá passar por exames e poderá ser oficialmente identificado por familiares. A autoria e a motivação do crime ainda são desconhecidas e serão investigadas pela Polícia Civil. *Redação / Giro Ipiaú

Presidente dos Correios anuncia projeto de reestruturação incluindo modernização e revisão de cargos

Foto: Reprodução / CNN Brasil
O presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, apresentou, nesta segunda-feira (29), o projeto de reestruturação da estatal, que hoje acumula uma dívida de cerca de R$ 740 milhões. Em coletiva de imprensa, o economista destacou que a empresa deve buscar suporte econômico em novos formatos de serviço.

“Algumas empresas de correio conseguiram se adaptar de maneira mais célere e mais assertiva que os Correios do Brasil. Via de regra, todas elas buscaram outras fontes de receitas para compor este portfólio de serviços”, iniciou. “Quais são os nossos desafios? O primeiro ponto, que é estrutural, é a questão da estrutura de despesas, a gente tem 90% das despesas com perfil de despesas fixas, então isso gera uma rigidez para a gente fazer alguma correção de rota”, disse o gestor.

Ainda com relação aos desafios internos, Rondon destacou a defasagem tecnológica da estatal, que investiu proporcionalmente pouco em atualização, e os modelos de gestão de produção e resultados, que também estariam ultrapassados.

No plano de retomada, o presidente destaca: “O primeiro ponto do plano de retomada são ações que vão permear todas as fases do plano de recuperação, para a gente ter certeza que o dinheiro que vai ser aplicado na companhia vai ser bem empregado e que vai atingir o objetivo que a gente espera”.

“A primeira fase é a recuperação do caixa, por isso que a gente vem falando, nas últimas semanas é a captação de recursos para a gente corrigir essa deficiência de caixa da companhia”, diz Emmanoel, se referindo ao empréstimo de R$ 12 bilhões firmado pelos Correios, na última sexta-feira (26), com cinco dos principais bancos do país para o plano de reestruturação.

O contrato, publicado neste sábado (27) no Diário Oficial da União (DOU), envolve os bancos Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, e tem validade até 2040, com garantia da União.

Rondon segue: “Depois uma fase de reorganização de modernização, ainda sem uma mudança estrutural do modelo de negócio, a gente criar eficiência na companhia, e essa eficiência gerar resultado”.

“A gente vai ter uma revisão de cargos de média e alta remuneração, tanto nas unidades táticas, nas superintendências estaduais, quanto aqui na sede, e a gente tem o plano de revisão do plano de saúde e previdência. Essa fase gera uma economia anual de R$ 2.1 bilhões”, conclui o gestor.

Ofensiva do Banco Master ao BC não seria inédita e é esperada pelo mercado

Uma ofensiva mais aberta pelo banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Master, contra o Banco Central é aguardada por alguns gestores da Faria Lima, que conversaram com a coluna sob condição de anonimato. Eles lembram que ataques a dirigentes da autarquia durante processos de liquidação de instituições financeiras já aconteceram no passado e que a medida não seria inédita.

O próprio Banco Central já se prepara para um contra-ataque de Vorcaro, conforme a Folha noticiou. A expectativa é que o banqueiro apele para uma indenização bilionária, alegando que, quando o BC decretou a liquidação da instituição financeira, já havia uma alternativa para salvar o banco.

Na semana passada, o ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a convocação de uma acareação para esta terça (30) entre Vorcaro, Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização do BC, e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB (Banco de Brasília).

O BC pediu que Toffoli esclareça se Aquino foi chamado para a audiência do STF na condição de testemunha, acusado ou pessoa ofendida. O ministro esclareceu que o diretor da autarquia não é investigado.

Desde a primeira comunicação à imprensa, no dia 22 de novembro, dois dias após a liquidação do Banco Master e a prisão de Vorcaro, a defesa do banqueiro questionou a atuação do BC no processo.

Inicialmente, disse que a autarquia foi "forçada" a tal decisão após medidas cautelares contra os administradores do banco, já que o próprio BC nunca havia aberto processo punitivo contra Vorcaro

Três dias depois, em 25 de novembro, os advogados de Vorcaro disseram à Justiça que o BC já sabia da suposta venda da instituição financeira para o Grupo Fictor e a viagem de Vorcaro a Dubai para acertar o negócio. Conforme a Folha noticiou, investigadores desconfiam que a ida a Dubai tenha sido um pretexto para uma fuga, e que o real destino do banqueiro era Malta. A defesa de Vorcaro nega.

Os advogados do banqueiro disseram que, em reunião no dia 17 de novembro com o chefe do Desup (Departamento de Supervisão Bancária do BC), Belline Santana, com o chefe-adjunto do órgão, Paulo Sérgio Neves de Souza, e com o diretor de Fiscalização do BC, Aquino, o dono do Master comunicou as tratativas para venda do banco ao Fictor.

Se esse movimento inicial da defesa do Banco Master resultar futuramente em ataques mais diretos a dirigentes do Banco Central, não será algo inédito na história das falências de instituições financeiras.

Dois casos emblemáticos ajudam a ilustrar essa estratégia por parte de donos de bancos falidos: o do Bamerindus e do Banco Santos.

Boatos e privilégios

Em entrevista à Folha em 1997, o ex-controlador do Bamerindus, José Eduardo de Andrade Vieira, que também foi senador e ministro de Fernando Henrique Cardoso, ameaçou processar o Banco Central, que era comandado por Gustavo Franco na época da liquidação extrajudicial, processo que se encerrou apenas em 2014.

Ele queria uma indenização de R$ 200 milhões por perdas e danos no processo que resultou na intervenção e transferência da instituição para o HSBC, que ocorreu um ano antes e foi decretado pelo presidente anterior do BC, Gustavo Loyola.

Na entrevista, o ex-banqueiro criticou a autarquia e sua diretoria, inclusive o próprio Franco, sugerindo que o Banco Garantia e o pai do presidente do BC, Guilherme Arinos Barroso Franco, que era sócio do Garantia, teriam tratamento privilegiado por parte da autarquia.

Posteriormente, Vieira disse durante depoimento da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do sistema financeiro, em 1999, que boatos que surgiram de dentro do Banco Central resultaram na ruína no Bamerindus.

"Questionamos jornalistas que noticiavam sobre as dificuldades e eles não davam os nomes, mas afirmavam que eram pessoas importantes do Banco Central que passavam tudo. Mentira repetida acaba virando verdade. O Bamerindus, o segundo banco do país, foi se enfraquecendo por causa dos boatos. As perdas somaram R$ 7 bilhões até dezembro de 1995", disse no depoimento o ex-dono do Bamerindus.

Vieira disse na época que, antes da intervenção, ele tentou negociar com o Banco Central a carteira com créditos do Fundo de Compensação de Variações Salariais, mas que a autarquia só aceitava "com deságio alto, apesar de ter aceitado a mesma carteira de outros bancos com baixos deságios".

Na época da intervenção, o então ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse que o valor econômico real do Bamerindus era algo entre "zero e menos alguma coisa". A fala foi uma resposta a Vieira, que havia dito que a instituição valia R$ 1,5 bilhão e que ela tinha sido vendida a preço de banana.

Segundo Malan disse na época, o Bamerindus teve perda líquida, apenas entre junho de 1995 e dezembro de 1996, de R$ 4,8 bilhões.

'BC é o culpado'

Dez anos depois da entrevista de Vieira à Folha, foi a vez do fundador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, atacar o Banco Central pela intervenção e posterior falência da instituição financeira. Ele disse na época que a autarquia foi a culpada pela queda do banco, que o BC errou e disse esperar que um dia fosse reparado.

O Santos sofreu intervenção em 2004 após um rombo de R$ 2,1 bilhões (valores da época) no caixa da instituição. Em 2005, foi decretada a falência do banco.

Cid Ferreira tentava reverter a decisão da Justiça argumentando que o negócio faliu em razão de pessoas que não honraram o pagamento de empréstimos feitos no banco.

A intervenção do BC na instituição veio depois de a autarquia constatar que o Santos não cumpria normas básicas, como o recolhimento compulsório —parcela dos depósitos dos clientes que as instituições financeiras são obrigadas a recolher no BC. À época, o Santos era o 21º maior banco do país.

Até falecer, em janeiro de 2024, Edemar travava uma batalha contra o administrador da massa falida para tentar provar que o banco tinha mais crédito a recuperar do que dívidas a serem pagas, o que jamais se comprovou.

Acusado de lavagem de dinheiro, desvio de recursos, evasão de divisas, ocultação de obras de arte e contabilidade paralela, o fundador do Banco Santos chegou a ser preso duas vezes.

Mesmo depois da morte de Edemar, as disputas judiciais e pendências financeiras do Banco Santos continuam. No oitavo rateio da massa falida, de março de 2023, constavam 894 credores na lista, entre bancos, fundos, empresas de comunicação, companhias de infraestrutura, instituições financeiras, indústrias e pessoas físicas.

Por Stéfanie Rigamonti/Folhapress

Jerônimo Rodrigues culpa ex-presidente Bolsonaro pela quantidade de empréstimos pedidos em sua gestão

Em entrevista ao jornal Band News, nesta segunda-feira (29), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) culpou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela quantidade de empréstimos pedidos em três anos da sua gestão no Palácio de Ondina. Até o momento, cerca de R$ 26 bilhões já foram pedidos pelo petista, que justificou a quantidade de empréstimos na recuperação fiscal.

“Nós ficamos quatro anos com o governo do Bolsonaro sem liberar um empréstimo, a Bahia foi penalizada. Parte desses empréstimos é uma compensação do que nós não tivemos”, justificou o governador.

Jerônimo revelou, na oportunidade, que o ex-governador e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), não conseguiu aprovar nenhum empréstimo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), e que precisou de medida judicial para buscar recursos para o estado. "O ex-presidente não mandou recursos, somente na pandemia, forçado a barra. Não veio um recurso para saúde, que é uma obrigação do SUS. Ficou acumulado, sem tomar empréstimos e sem repassar recursos", disse, acrescentando que a Bahia tem uma saúde financeira "boa".

O governador ainda salientou que não usou o recurso dos empréstimos aprovado, e que a quantia será direcionada para ações no estado nos próximos anos. "Não usamos nem 1/3. Nós estamos recebendo o título de estado com maior investimento com dinheiro próprio. Esse dinheiro ainda está por vir", completou.

Por Política Livre

Prazo para sacar abono salarial acaba nesta segunda-feira

Quem trabalhou com carteira assinada em 2023 ganhando até dois salários mínimos deve ficar atento. Acaba nesta segunda-feira (29) o prazo para sacar o abono salarial de 2025.

Quem perder o prazo terá de aguardar uma convocação especial do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para ter acesso ao benefício, pago com recursos do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

Segundo o balanço mais recente do MTE, divulgado na semana passada, 141.628 trabalhadores ainda não tinham sacado o abono salarial PIS/Pasep. Segundo a pasta, restam R$ 145,7 milhões a serem retirados.

No calendário de 2025, 26.537.809 trabalhadores têm direito ao benefício. Desses, 26.396.181 (99,47%) já receberam, totalizando mais de R$ 30,7 bilhões pagos.

O benefício é referente ao ano-base de 2023 e também inclui revisões de pagamentos dos cinco anos anteriores. Quem perder o prazo terá de aguardar a convocação especial do MTE para ter acesso ao benefício.

Quem tem direito
Podem receber o abono os trabalhadores que atendem aos seguintes critérios:

Estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos;
Ter recebido até dois salários mínimos de remuneração média mensal no período trabalhado;
Ter exercido atividade remunerada por no mínimo 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base;
Ter os dados corretamente informados pelo empregador no eSocial;
Empregados domésticos e jovens aprendizes não recebem abono salarial, porque o benefício exige vínculo empregatício com uma empresa, não com outra pessoa física.
A consulta ao abono salarial pode ser feita a partir do dia 5 de cada mês pelos seguintes canais:

Carteira de Trabalho Digital (aplicativo ou site);
Portal Gov.br.
Trabalhadores que entraram com recurso administrativo recebem o pagamento no dia 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte.

O PIS é pago aos trabalhadores da iniciativa privada. O Pasep é pago a servidores públicos, militares e empregados de estatais.

Onde sacar o benefício
O pagamento do abono salarial é feito pela Caixa Econômica Federal ou pelo Banco do Brasil, conforme o tipo de vínculo do trabalhador.

Na Caixa, que paga o PIS, o valor pode ser sacado por:

Crédito em conta corrente ou poupança;
Conta digital pelo aplicativo Caixa Tem.
Quem não tem conta pode sacar em agências, lotéricas, terminais de autoatendimento, correspondente bancário Caixa Aqui e outros canais.

No Banco do Brasil, que deposita o Pasep, o pagamento ocorre por:

Crédito em conta bancária;
Transferência via Pix ou TED;
Saque presencial em agências, no caso de não correntistas.
Calendário escalonado

O calendário de pagamento do Abono Salarial 2025 começou em 17 de fevereiro e segue até esta segunda, com datas definidas conforme o mês de nascimento do trabalhador.

Para 2026, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) já aprovou a liberação de R$ 33,5 bilhões para o pagamento do benefício a 26,9 milhões de trabalhadores, com início previsto para 15 de fevereiro.

Canais de atendimento

Em caso de dúvidas, o trabalhador pode buscar informações:

Pelo telefone 158 (Alô Trabalho);
Nas Superintendências Regionais do Trabalho;
Pelo serviço Facilita Brasil.

Por Wellton Máximo/Agência Brasil

Destaques