Prefeito, primeira-dama, vice e 20 vereadores são presos por desvio de recursos públicos
O prefeito, o vice, 20 vereadores, um ex-vereador e ainda a primeira-dama do município de Turilândia
(MA) são investigados por integrar um esquema milionário de desvio de recursos públicos. Segundo o Ministério Público do Maranhão (MPMA), os envolvidos integram uma organização criminosa responsável por desviar mais de R$ 56 milhões do município.
O prefeito da cidade, Paulo Curió (União Brasil), entregou-se à polícia em São Luís, na manhã dessa quarta-feira (24/12), após ficar dois dias foragido. Além do prefeito, a primeira-dama do município, Eva Curió; a ex-vice-prefeita Janaina Lima e o marido dela, Marlon Serrão; e o contador da prefeitura, Wandson Jhonathan Barros, apresentaram-se à polícia. Com isso, todos os mandados de prisão em aberto foram cumpridos.
Desvios milionários
- A Operação Tântalo II investiga o desvio de mais R$ 56 milhões que envolveria empresas criadas de forma fictícia pelo prefeito e por seus aliados, o que inclui os 11 vereadores de Turilândia, a atual vice, a ex-vice-prefeita, servidores públicos, empresários e outros agentes políticos.
- A operação foi deflagrada na segunda-feira (22/12). Segundo o promotor do Gaeco Fernando Berniz, todos os vereadores da Câmara de Turilândia faziam parte do esquema, recebendo dinheiro desviado diretamente ou por intermédio de parentes.
- Apesar da investigação, nem todos os vereadores tiveram mandados de prisão expedidos. Onze tiveram a prisão preventiva convertida para domiciliar ou uso de tornozeleira eletrônica.
- Já o prefeito e a vice devem cumprir prisão preventiva na Unidade Prisional de Ressocialização de Pedrinhas, em São Luís.
Ao todo, foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão em São Luís, Paço do Lumiar, Santa Helena, Pinheiro, Barreirinhas, Governador Nunes Freire, Vitória do Mearim, Pedro do Rosário, São José de Ribamar e Presidente Sarney. A ação é um desdobramento da Operação Tântalo, realizada pelo Gaeco em fevereiro deste ano
Segundo o Ministério Público, por meio do Gaeco, há indícios da prática dos crimes de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro. As irregularidades teriam ocorrido durante a gestão do prefeito Paulo Curió, entre 2021 e 2025.
Como funcionava o esquema
Conforme as investigações, a organização criminosa era liderada pelo prefeito Paulo Curió, com o apoio da vice-prefeita Tânia Mendes e da ex-vice-prefeita Janaína Lima. O esquema foi montado por meio de contratos fraudulentos com empresas de fachada, que eram usadas como laranjas, para o desvio dos recursos.
Veja as empresas envolvidas:
- Posto Turi
- SP Freitas Júnior Ltda.
- Luminer Serviços Ltda.
- MR Costa Ltda.
- AB Ferreira Ltda.
- Climatech Refrigeração e Serviços Ltda.
- JEC Empreendimentos
- Potencial Empreendimentos e Cia Ltda.
- WJ Barros Consultoria Contábil
- Agromais Pecuária e Piscicultura Ltda.
- Atuação de outros políticos
De acordo com o MPMA, a ex-vice-prefeita Janaína Lima e o marido, Marlon Zerrão, que é tio da atual vice-prefeita, Tânia Mendes, tiveram um papel central no desvio de recursos. Conforme a apuração, o Posto Turi, de propriedade de Marlon Zerrão, recebeu R$ 17.215.000,00 dos cofres públicos de Turilândia.
O casal firmou um acordo com o prefeito Paulo Curió para reter 10% dos valores dos contratos do Posto Turi. Esse valor era destinado ao pagamento da faculdade de medicina de Janaína Lima, enquanto os 90% restantes eram entregues ao prefeito ou a alguém que ele indicasse.
O Posto Turi também foi usado para emitir notas fiscais falsas e, assim, fraudar o pagamento de contratos públicos.
Segundo a investigação, a atual vice-prefeita, Tânia Mendes, e seu marido, Ilan Alfredo Mendes, são investigados por receber valores de empresas contratadas pelo município, incluindo valores relacionados à venda de notas fiscais falsas. Ela também teria entrado na chapa eleitoral com o objetivo de manter a influência de seu tio, Marlon Zerrão, que tinha uma forte ligação com o prefeito Paulo Curió.
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Rússia acusa EUA de “pirataria” e critica bloqueio à Venezuela no Caribe
A Rússia acusou os Estados Unidos de promover “pirataria” e “banditismo” no Mar do Caribe ao impor um bloqueio à Venezuela. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (25), o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que as ações norte-americanas representam uma retomada da anarquia na região e alertou para o risco de agravamento da crise. A porta-voz Maria Zakharova classificou a medida como “roubo de propriedade alheia” e defendeu a desescalada do conflito. A informação é do G1.
Segundo Moscou, a expectativa é que o presidente dos EUA, Donald Trump, adote uma postura pragmática e racional para buscar soluções compatíveis com o direito internacional. A Rússia reiterou ainda apoio ao governo de Nicolás Maduro, afirmando que seguirá ao lado da Venezuela na defesa da soberania, dos interesses nacionais e da estabilidade do país diante das pressões externas.
Enquanto isso, os Estados Unidos seguem tentando apreender petroleiros ligados à Venezuela. Um terceiro navio, o Bella 1, ainda não foi capturado pela Guarda Costeira norte-americana, que aguarda reforços para realizar a operação. A ofensiva faz parte da estratégia de Washington para endurecer as sanções ao setor de petróleo venezuelano, considerado vital para a economia do país e para a sustentação do governo Maduro, o que pode impactar o mercado global caso o bloqueio se prolongue.
PF resgata 54 vítimas e prende 78 suspeitos de traficar pessoas e contrabandear migrantes
Mulheres e crianças foram exploradas sexualmente, no Haiti e na Espanha, e outras submetidas a trabalho escravo, na Europa e em São Paulo
O Centro Especializado contra o Contrabando de Migrantes e Tráfico de Pessoas da Ameripol (Comunidade de Polícias das Américas) resgatou, em seu primeiro ano de funcionamento, 54 pessoas que estavam sob controle de criminosos e prendeu 78 suspeitos.
Entre as vítimas, estão mulheres e crianças que foram exploradas sexualmente no Haiti e na Espanha, e outras submetidas a trabalho escravo na Europa e em São Paulo. A maior parte foi atraída com ofertas de emprego que não se concretizaram, segundo as investigações.
O centro, que foi criado em 2022 e começou a operar no fim do ano passado, é sediado no Brasil e dirigido pelo delegado da Polícia Federal Daniel Daher. Por meio da cooperação entre as polícias dos países americanos, o grupo busca dar maior celeridade e resolução das investigações.
Nas ações focadas na imigração ilegal, o centro desarticulou redes que enviavam pessoas para a União Europeia usando passaportes de terceiros ou falsificando vistos.
De acordo como o delegado, os EUA são um dos lugares mais procurados como destino ilegal, e coiotes chegam a cobrar até US$ 20 mil (R$ 110 mil) por pessoa para esse serviço, alcançado cifras bilionárias.
Os meios para chegar no país incluem rotas terrestres que passam pela Floresta de Darién, na fronteira entre o Panamá e a Colômbia, considerada uma das selvas mais densas do mundo. A perigosa travessia deixa vítimas pelo caminho.
"Essas pessoas estão sujeitas a ataques de animais selvagens, doenças tropicais, abusos de coiotes e das organizações que cometem estes crimes. Além de oferecer risco de vida e de integridade física e mental muito grande", disse Daher à reportagem.
Dados da agência federal americana de controle de fronteiras analisados pela PF mostram que, em 2024, 22.990 brasileiros foram detidos tentando entrar ilegalmente nos EUA.
No último dia 10, a embaixada dos EUA no Brasil divulgou um vídeo direcionado a imigrantes em situação irregular, no qual incentivava o uso de um aplicativo do governo para retorno ao país de origem.
A publicação se referiu à iniciativa como um "presente de fim de ano perfeito" do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) do governo de Donald Trump, que tem essa como uma de suas bandeiras políticas.
O número de brasileiros deportados dos Estados Unidos até outubro deste ano já é o maior desde pelo menos 2020, de acordo com dados da PF. Até o dia 1º daquele mês, foram 2.262 cidadãos do Brasil retirados do território americano, um aumento de 36,2% em relação aos 1.660 registrados em todo o ano de 2024, sob o governo Biden.
O delegado também diz ser importante frisar que criminoso, nestes casos, é quem explora a imigração ilegal para fins de vantagem, não quem tenta entrar em determinado país em busca de melhores condições de vida. Segundo ele, o migrante não deve ser preso quando pego, mas sim extraditado.
A legislação brasileira considera, como modalidades de tráfico de pessoas, a exploração sexual, o trabalho escravo ou análogo à escravidão, a remoção de órgãos ou partes do corpo e a adoção ilegal.
O Código Penal prevê, para estes crimes, pena de reclusão de quatro a oito anos, além de multa. Ela é aumentada em um terço se forem cometidos contra crianças e adolescentes.
As investigações do centro abrangeram pessoas que passaram pelo Brasil vindas, por exemplo, da América Central rumo à Europa como destino final.
A Operação Vuelta, de junho, mirou um grupo que organizava a logística da viagem, como passagem pelo território brasileiro utilizando documentos falsificados. Muitos eram cidadãos da República Dominicana.
Também foram identificados migrantes traficados para fins de exploração laboral, como bolivianos, africanos e venezuelanos.
Centros de telemarketing no Sudeste Asiático, por exemplo, atraíram pessoas com propostas de emprego, mas que, ao final, foram obrigadas a trabalhar para empresas de golpes virtuais, assim como falsas agências de modelos.
Daher alerta que boa parte desses crimes migrou para o ambiente virtual, em que são utilizadas redes sociais ou sites falsos para recrutar as vítimas. Antes, isso era feito apenas por agências de fachada, ou boca a boca, mirando sempre pessoas vulneráveis.
"As vítimas são seduzidas por uma boa proposta, com custos pagos. Isso salta os olhos. Só que elas chegam no local e encontram uma realidade diferente. São colocadas em cárcere privado, obrigadas a trabalhar em jornadas além da prometida e sofrem violência física e psicológica", afirma.
Até exploração sexual, segundo o delegado, pode ser feita hoje virtualmente, com transmissões online.
O diretor afirma ser importante, para o próximo ano, investir em prevenção, fornecendo informações sobre estes crimes. Além disso, ele espera que o centro dê ainda mais apoio aos resgatados, com a capacitação de agentes.
O objetivo, segundo Daher, é que a polícia ajude a encontrar entidades que promovam o acolhimento dessas pessoas, tirando-as da situação de risco, para que não sejam revitimizadas.
"Quando se fala em polícia, prioritariamente se pensa em repressão. Só que tem um papel importantíssimo de dar assistência às vítimas, pois é a primeira que chega no local e tem o contato com elas. Não podemos prender o traficante e deixar a vítima sem apoio. Também temos esse papel humanitário", disse.
Por Constança Rezende/Folhapress
Michelle Bolsonaro cita 'traição de pessoas mais próximas' em discurso de Natal
Emulando o rito de pronunciamento oficial do Presidente da República na noite de Natal, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) divulgou nesta quarta-feira (24) um discurso que tratou da necessidade de renovação e citou "traições, ainda que venham das pessoas mais próximas".
Horas depois, na manhã desta quinta-feira (25), um dos enteados de Michelle, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), confirmou o apoio do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à sua pré-candidatura à Presidência.
O discurso de Michelle se deu no mesmo horário do pronunciamento de Natal do presidente Lula (PT). Enquanto o do petista foi precedido pela chamada de "forma-se, nesse momento, a Rede Nacional de Rádio e Televisão para o pronunciamento do Presidente da República", o de Michelle emulou: "forma-se, agora, a rede nacional de pessoas de bem que vão transformar vidas e edificar a nação".
Lula falou em um ano difícil, mas em que "todos que torceram ou jogaram contra o Brasil acabaram perdendo", mensagem que pode fazer referência, entre outras possibilidades, ao discurso que recupera a vitória da democracia sobre golpistas condenados, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Michelle também aludiu ao tema, citando uma família desprezada, em cenário de frieza e "maldade de algumas pessoas", em referência ao nascimento de Jesus. Ela falou em necessidade de "nascer de novo" e de renovação de sonhos.
A mensagem da ex-primeira-dama foi marcada pelo teor religioso, de imagens de pessoas com deficiência, uma das frentes de atuação da ex-primeira-dama, e de manifestantes bolsonaristas.
A participação de Jair Bolsonaro no vídeo foi mais comedida, com inserção em uma primeira tomada ao lado de Michelle e em quadro do ex-presidente feito pelo artista Romero Britto.
Bolsonaro também apareceu em cenas no hospital, narradas pela ex-primeira-dama como momento de provação, quando ela chora.
No final, o político é citado brevemente como líder e é recuperado como o "galego" de Michelle, em referência a características físicas do político, discurso com foco na estética muitas vezes relegado às mulheres na política e comum nas falas públicas da ex-primeira-dama sobre o marido.
Ela também falou sobre o próximo ano, de eleições presidenciais, como "muito importante para o país" e citou "traições, ainda que venham das pessoas mais próximas".
"O ano que em breve se iniciará é muito importante para o nosso país e principalmente para o futuro das nossas famílias. Não se deixem abater pelas maldades, perseverem apesar das traições, ainda que venham das pessoas mais próximas. Sigam em frente deixando de lado as decepções e creiam sempre que tudo, absolutamente tudo, está no comando do nosso amado Deus", afirmou.
A ex-primeira-dama não cita no vídeo nenhum dos enteados, incluindo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), indicado pelo pai para concorrer à Presidência, uma vez que Jair está preso e inelegível.
Nesta quinta-feira, Flávio leu uma carta assinada pelo pai, que está no hospital para fazer uma cirurgia, na qual o ex-presidente confirma a indicação do filho como pré-candidato.
No texto, o ex-presidente fala em "continuidade" e cita batalhas que estaria enfrentando, como mostrou a Folha. "Diante desse cenário de injustiça, e com o compromisso de não permitir que a vontade popular seja silenciada, tomo a decisão de indicar o Flávio Bolsonaro como pré-candidato à Presidência da República em 2026", diz Bolsonaro na carta.
A carta é tornada pública depois de o ex-presidente desmarcar uma entrevista ao portal Metrópoles, que aconteceria no dia 23 de dezembro, e na qual poderia reforçar o apoio a Flávio. Segundo a colunista Mônica Bergamo, a entrevista foi cancelada em razão de resistência no entorno do político, incluindo Michelle.
Ela e enteados vivenciaram recentemente celeuma pública diante de decisões do PL sobre as eleições de 2026, a exemplo da possibilidade de apoio a Ciro Gomes (PSDB) para concorrer ao governo do Ceará.
Jair Bolsonaro faz, nesta quinta, uma cirurgia para corrigir um quadro de hérnia inguinal, condição em que um tecido do abdômen incha e faz aparecer uma protuberância na região da virilha.
Por Ana Gabriela Oliveira Lima/Folhapress
Datafolha: 35% se identificam com direita e 22%, com esquerda
Pesquisa Datafolha mostra que 35% dos brasileiros se classificam como estando à direita e 22%, à esquerda. Com isso, são 57% aqueles que se identificam com as posições mais próximas aos polos do espectro político na população como um todo.
No levantamento realizado de 2 a 4 de dezembro, outros 7% se declararam de centro-esquerda, 17% de centro, 11% de centro-direita e 8% não souberam dizer.
Foram ouvidas 2.002 pessoas, com 16 anos ou mais, em 113 municípios do Brasil. A margem de erro dos dados gerais da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Em relação à posição política, foi solicitado aos entrevistados que eles se posicionassem numa escala de 1 a 7 —em que 1 correspondia à posição máxima à esquerda e 7, a máxima à direita.
Esta mesma pesquisa mostrou, por outro lado, predomínio de petistas sobre bolsonaristas, ainda que com pequena diferença.
Diante da pergunta para que os entrevistados se posicionassem numa escala de 1 a 5, onde 1 era bolsonarista e 5 petista, foram 34% os que se encaixaram como simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto 40% se classificaram como petista.
Outros 18% se posicionaram na faixa de neutros, 6% disseram não apoiar nenhum deles e 1% não soube responder.
Desde dezembro de 2022, o Datafolha vem alimentando a série histórica de posicionamento de petistas e bolsonaristas. Quem responde 1 ou 2 é classificado como bolsonarista, e quem aponta 4 ou 5 entra no rol do petismo. Aqueles que mencionam 3 são tratados como neutros. Os apoiadores de Lula foram maioria em 9 dos 11 levantamentos feitos até então.
Dentre os que têm menos escolaridade, são 41% os que se dizem de direita, enquanto 26% se dizem de esquerda e 8% de centro. Já entre os que concluíram o ensino médio, são 21% os que dizem de centro, quase o mesmo percentual entre os que têm ensino superior, de 20%.
Nos mais jovens, que têm de 16 a 24 anos, são 30% os que se posicionam ao centro, enquanto 26% se dizem de direita e 16% de esquerda. Já os que têm 60 anos ou mais, o cenário é bastante distinto: 9% se posicionam como sendo de centro, outros 42% se colocaram à direita e 25%, à esquerda.
No recorte por religião, 24% dos católicos se posicionam à esquerda, enquanto 16% dos evangélicos fazem o mesmo. Já os que se classificam à direita são, respectivamente, 36% e 42% para cada grupo.
A pesquisa mais recente foi realizada após a prisão e condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Nos meses anteriores, o ex-presidente foi para a prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares e, antes mesmo de ser sentenciado para cumprir pena, foi preso preventivamente na PF em Brasília após tentar abrir a sua tornozeleira eletrônica com um ferro de solda.
Lula, por sua vez, lidera as pesquisas de intenções de votos para as eleições de 2026 tanto no primeiro quanto no segundo turno.
Entre os que se disseram de esquerda, 9% afirmaram ter votado em Bolsonaro na eleição de 2022. No grupo identificado com a direita, 22% declararam voto em Lula.
Já entre os bolsonaristas que afirmaram ter votado em Lula, o índice foi mais baixo, de 5%, assim como os petistas que declararam voto no ex-presidente, que foram 7%.
Por Folhapress
PF, em ação conjunta com PM e Secretaria de Segurança Pública, erradica plantação de maconha no Ceará
Fortaleza/CE. A Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar do Ceará (BOPE, BEPI e ASINT) e do CIOPAER, erradicou, nesta quarta-feira (24/12), uma plantação de maconha com cerca de 10 a 15 mil pés nos municípios de Mulungu/CE e Pacoti/CE, região serrana do estado.
Toda a plantação foi localizada, cortada e incinerada no próprio local. A ação representa uma descoberta inédita na região, tradicionalmente fora do eixo de cultivo da droga no Ceará.
Durante a operação, foram encontrados indícios de um laboratório para extração de óleo de haxixe, um concentrado derivado da planta de cannabis com alto teor de THC. A PF reforça que operações de erradicação visam reduzir a oferta de entorpecentes no mercado consumidor e combater o crime organizado associado ao tráfico de drogas, contribuindo para a diminuição da violência e a desarticulação de redes criminosas.
Comunicação Social da Polícia Federal no Ceará
PF prende homem em flagrante com cerca de 80 cápsulas de cocaína engolidas, no Aeroporto do Galeão
Rio de Janeiro/RJ. Na noite de terça-feira, 23/12, a Polícia Federal prendeu em flagrante um homem que transportava cerca de 80 cápsulas de cocaínas ingeridas. A ação ocorreu no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.
O homem foi preso ao tentar embarcar em um voo com destino a Paris, capital da França.
Durante fiscalizações de rotina, policiais federais efetuaram prisão em flagrante após o preso confirmar a ingestão das cápsulas.
Sob a custódia da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (17º BPM), o homem foi encaminhado ao hospital em decorrência da ingestão dos entorpecentes e, até a manhã desta quarta-feira (24/12), já havia expelido 57 cápsulas.
O preso ficará hospitalizado até a completa eliminação do material, quando então será encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça. Ele responderá pela prática do crime de tráfico internacional de drogas.
Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro
PGR pede suspensão de acareação sobre Master, mas Toffoli mantém audiência
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli negou um pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para suspender por tempo indeterminado uma acareação sobre a tentativa de venda do Banco Master. O magistrado deu a decisão no fim da noite desta quarta-feira (24), mantendo a audiência.
Toffoli havia convocado a acareação para confrontar versões de Daniel Vorcaro, dono do Master, Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização do Banco Central, e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB (Banco de Brasília). A audiência está marcada para 30 de dezembro, às 14h, em pleno recesso do Judiciário.
Gonet pediu a suspensão da audiência com o argumento de que seria prematuro realizar a acareação nesse momento e que ainda não haveria contradições a serem esclarecidas neste momento. Toffoli, por sua vez, afirmou que já existem informações divergentes nos autos do inquérito.
Vorcaro, Aquino e Costa terão que dar esclarecimentos, numa mesma audiência, sobre o processo de venda do Master para o BRB e sua rejeição pelo BC.
A determinação de Toffoli provocou questionamentos, uma vez que foi feita sem um pedido anterior de investigadores, como a Polícia Federal.
A avaliação feita por integrantes do gabinete de Toffoli, porém, é que o Código de Processo Penal abre brechas para que juízes possam determinar a produção de provas e outras diligências de ofício, ou seja, sem a provocação da polícia ou do Ministério Público.
O ministro, de acordo com uma pessoa que discutiu com ele essa convocação, pretende usar a acareação para esclarecer em que momento foram descobertas as suspeitas de fraude, quem tomou conhecimento delas e quais providências foram tomadas ou deixaram de ser tomadas.
Um dos focos do processo será avaliar a atuação da cúpula do BRB diante dos indícios de fraudes que foram levantados ao longo da negociação, incluindo alertas emitidos pelo próprio Banco Central.
Outra frente será identificar as medidas tomadas pelo BC na fiscalização do mercado de títulos bancários e estabelecer eventuais responsáveis por falhas. Nenhum integrante do Banco Central é investigado no caso.
O Conselho de Administração do BRB aprovou a compra de 58% do Master em março deste ano, mas a operação acabou barrada pelo Banco Central em setembro.
A investigação da PF e do Ministério do Público Federal apontou que, antes mesmo da formalização do negócio, o Master teria forjado e vendido cerca de R$ 12,2 bilhões em carteiras de crédito consignado para o BRB (R$ 6,7 bilhões em contratos falsos e R$ 5,5 bilhões em prêmios, o valor que supostamente a carteira valeria, mais um bônus).
O repasse das carteiras acendeu o alerta no Banco Central pelo volume de recursos, pelo histórico de compras de cada instituição e pelas informações discrepantes apresentadas.
As diligências e medidas relacionadas à investigação contra Vorcaro e o banco privado são avaliadas por Toffoli desde 3 de dezembro. Um dia antes, o ministro impôs sigilo elevado a um pedido apresentado pela defesa do banqueiro, feito no fim de novembro, para levar as investigações sobre o empresário ao tribunal.
Apesar de ter determinado que o caso fosse remetido ao Supremo, Toffoli confirmou todas as decisões tomadas em primeira instância. Isso significa que as provas colhidas na operação estão válidas e que a Polícia Federal vai analisar o material obtido em quebras de sigilo.
Antes de o caso Master ser distribuído a Toffoli, o ministro viajou no dia 28 de novembro a Lima, no Peru, para a final da Copa Libertadores, em um jato particular ao lado de um dos advogados envolvidos.
O Banco Central decretou no dia 18 de novembro a liquidação do Banco Master. Na noite anterior, a Polícia Federal prendeu seu controlador, Daniel Vorcaro, quando ele se preparava para embarcar num voo para o exterior.
O banqueiro deixou o centro de detenção em Guarulhos no dia 29 de novembro, quando a desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), concedeu liminar em habeas corpus determinando sua soltura. Desde então, ele segue monitorado com o uso de tornozeleira eletrônica.
Por Folhapress
Lula apoia fim da escala 6x1 e leva bandeiras de 2026 à TV em pronunciamento de Natal
Petista exalta isenção do IR e exibe imagem com Trump, que já foi chamado de fascista por petistas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o fim da escala 6x1, sem redução de salário, no tradicional pronunciamento de Natal, nesta quarta-feira (24), e levou à rede nacional de rádio e televisão temas que devem compor o discurso da campanha petista para as eleições de 2026.
Em sua fala, que começou a ser transmitida às 20h30 e teve duração de pouco mais 6 minutos, Lula fez um balanço dos avanços obtidos pelo governo no ano, destacando a "vitória" obtida na negociação com o presidente Donald Trump sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos. Ao falar sobre o assunto, aparece a imagem de Lula dando um aperto de mão com o norte-americano — já chamado de fascista por petistas.
O chefe do Executivo também exaltou a ampliação da faixa de isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5.000 mensais, uma das principais bandeiras da campanha de Lula e aposta do governo para o pleito do próximo ano.
Lula também fez referência ao combate ao crime organizado em sua fala, apesar do tom otimista em seu discurso, o tema é um gargalo e desafio para a esquerda.
Outra bandeira que deve ser explorada na disputa eleitoral de 2026, o fim da escala 6x1 é uma pauta que tramita em mais de uma proposta no Congresso Nacional e tem apoio do Planalto. No discurso de Natal, Lula defendeu que o direito ao tempo é urgente e que não é justo ter apenas um dia de descanso como tempo livre.
"Nenhum direito é tão urgente, hoje, quanto o direito ao tempo. Não é justo que uma pessoa seja obrigada a trabalhar duro durante seis dias e que tenha apenas um dia para descansar o corpo e a cabeça, passear com a família, cuidar da casa, se divertir e acompanhar de perto o crescimento dos filhos", disse.
Em conversa com jornalistas, em dezembro, o presidente já havia declarado que o país estava pronto para encurtar a jornada de trabalho. Além de Lula, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também afirmou que o tema "com certeza" será discutido em 2026.
Já o tema da segurança é uma das principais preocupações dos brasileiros, segundo o último Datafolha. A pauta promete ser central para as eleições de 2026 e se tornou alvo de embates políticos após a operação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro, em outubro deste ano, sendo a mais letal da história.
Lula destacou a operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto, que mirou as relações entre o PCC (Primeiro Comando da Capital), postos de combustível e empresas da Faria Lima. A ação mirou cerca de 300 alvos e gerou ainda desdobramentos, em conjunto com órgãos estaduais e a Receita Federal.
"Neste ano, a Polícia Federal comandou a maior operação já feita contra o crime organizado. O combate às facções criminosas chegou pela primeira vez ao andar de cima, e nenhum dinheiro ou influência vai impedir a Polícia Federal de ir adiante", disse.
Sobre violência, Lula comentou também sobre os casos de feminicídio, que neste ano geraram protestos de mulheres em todo o país cobrando combate à violência contra a mulher. Na cidade de São Paulo, houve recorde de casos de feminicídio em 2025, com 53 ocorrências.
No pronunciamento, o presidente afirmou que vai liderar um esforço envolvendo ministérios e outras instituições para combater a violência de gênero. "Nós que somos homens devemos fazer um compromisso de alma. Em nome de tudo que é mais sagrado, seja um aliado", disse.
Ao longo de seu mandato, o presidente acumula deslizes e falas que foram criticadas por serem consideradas machistas. Em uma delas, ao condenar violência doméstica, falou em tom de piada que "se o cara for corintiano, tudo bem".
Lula também passou por temas que marcaram o país ao longo de 2025, como o tarifaço de Donald Trump. Em agosto, passou a vigorar uma sobretaxa de 50% a produtos brasileiros exportados aos EUA. Ao justificar a elevação das tarifas, o presidente americano criticou as decisões do STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por trama golpista.
Nos últimos meses, houve uma aproximação entre Trump e Lula depois de o republicano ter dito que havia tido "química" com o presidente brasileiro. Em novembro, o americano retirou tarifas de 40% sobre alguns produtos agrícolas vendidos pelo Brasil, como café e carne.
"Mostramos ao Brasil e ao mundo que somos do diálogo, da fraternidade e não fugimos da luta. Apostamos na diplomacia, protegemos nossas empresas, evitamos demissões", disse. "Nossa soberania e nossa democracia saíram vencedoras".
Com as negociações, o percentual de produtos sobretaxados caiu de 60% do total de exportações para os atuais 22%, segundo cálculo do governo brasileiro.
Ao falar do Brasil no cenário mundial, Lula exaltou a COP 30 realizada em Belém como tendo sido um sucesso. Ignorou com isso, porém, que o plano impulsionado por ele para reduzir o uso de combustíveis fósseis, por exemplo, ficou de fora do acordo da conferência sobre o clima.
No pronunciamento, Lula falou ainda da isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000 mensais.
"Para milhões de brasileiras e brasileiros, o último dia do ano também será o último dia com Imposto de Renda descontado no salário. A partir de janeiro, com o fim do IR, milhões de famílias terão um dinheiro extra todos os meses", declarou.
O projeto prevê também um desconto progressivo no IR para quem recebe entre R$ 5.000 e R$ 7.350 por mês, que será reduzido para contribuintes nesta última faixa. Para compensar a perda de receita com a isenção, a proposta cria um imposto mínimo de 10% sobre os super-ricos, grupo de 140 mil contribuintes com ganhos acima de R$ 600 mil por ano —ou R$ 50 mil por mês.
Por Luany Galdeano/Folhapress
Bruno Reis garante que PL seguirá com ACM Neto e defende união da oposição nas eleições de 2026
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| Foto: Bruno Concha/Secom PMS |
O prefeito Bruno Reis (União Brasil) afirmou na terça-feira (23) que o PL deve caminhar ao lado do pré-candidato ao governo do Estado ACM Neto (União Brasil) em 2026, e defendeu a construção de uma candidatura única da oposição para as eleições presidenciais já no primeiro turno.
“Vocês ouviram do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, que o PL estará com ACM Neto. Estamos completamente integrados. E o que é que nós defendemos: o PL tem o nome Flávio Bolsonaro, o Republicanos tem o nome de Tarcísio de Freitas, o União Progressistas tem o nome de Ronaldo Caiado, o PSD tem os nomes de Ratinho Júnior e Eduardo Leite, o Novo tem Romeu Zema. Vejam quantos pré-candidatos de qualidade. O que nós defendemos aqui na Bahia é que possamos ter uma unidade já no primeiro turno. Então, seria uma candidatura única para representar o conjunto de forças das oposições”, declarou.
Bruno Reis afirmou que a escolha do candidato que representará a oposição nas eleições presidenciais de 2026 será baseada em critérios técnicos e políticos, evitando decisões precipitadas. Questionado sobre prazos para as definições, o chefe do Palácio Thomé de Souza defendeu cautela.
“Para isso, vamos ter critérios objetivos. Vamos fazer pesquisas, analisar a aceitação, analisar o confronto para o segundo turno, analisar a rejeição, analisar o nível de conhecimento do eleitor. E quem consegue unificar esses nomes todos, um consenso. Quem tem a capacidade de atrair novos aliados. Todos esses são critérios. Então, na hora certa, no momento certo, com calma, sem agonia, porque na política tem dia, hora e local para tudo acontecer. No dia 3 de abril saberemos de tudo. Não adianta ter pressa. Temos muito tempo para amadurecer e evoluir. Se for possível estarmos todos juntos, tudo certo. Se não for, vamos ter dois ou três candidatos que farão enfrentamento ao governo, que nós discordamos de muita coisa. Principalmente pela falta de capacidade de equilibrar o Brasil”, finalizou.
Por Reinaldo Oliveira, Política Livre
Polícia Civil prende envolvido em sequestro e morte de adolescente em Feira de Santana
Equipes da Delegacia de Homicídios (DH/Feira de Santana) cumpriram, nesta quarta-feira (24), um mandado de prisão preventiva contra um homem investigado por participação na morte do adolescente Leoni de Jesus Ramos, de 17 anos. O crime ocorreu no dia 13 de novembro de 2025, no bairro Queimadinha.
As investigações apontam que a vítima foi retirada à força da casa de familiares por homens armados. O corpo de Leoni foi encontrado na mesma noite, na localidade conhecida como Lixão, com lesões provocadas por disparos de arma de fogo. A motivação do crime estaria relacionada à disputa territorial entre grupos ligados ao tráfico de drogas.
No decorrer da apuração, foram colhidos depoimentos de familiares e testemunhas, além da realização de procedimentos formais de reconhecimento, que permitiram identificar os executores e o mandante do crime.
Com o cumprimento da ordem judicial, o suspeito foi conduzido à unidade policial especializada, onde permanece custodiado à disposição da Justiça. As diligências continuam com o objetivo de localizar e prender os demais envolvidos no crime, bem como aprofundar a análise técnica das provas já coletadas.
Balanço operacional
Com esta prisão, a Delegacia de Homicídios de Feira de Santana alcança, no intervalo de uma semana, quatro prisões relevantes relacionadas a crimes contra a vida. Durante esse período, a unidade realizou uma operação no distrito de Matinha, que resultou na prisão em flagrante de dois homens, além do cumprimento de mandado contra o líder de um grupo criminoso que atua na região.
“Com essas quatro prisões recentes, a DH de Feira já superou o número total de prisões realizadas em 2024, ultrapassando a marca de mais de 100 homicidas localizados em 2025, ano em que foi registrada a maior redução percentual de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) da história da cidade, com queda superior a 30%”, destacou o titular da DH de Feira, delegado Gustavo Coutinho.
O delegado ressaltou ainda que os resultados são fruto do trabalho investigativo qualificado, da integração entre as forças de segurança e da intensificação das ações da Polícia Civil. “Informações que possam contribuir para a localização de foragidos ou para a elucidação de homicídios podem ser repassadas, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181”, reforçou Gustavo Coutinho.
Fonte
Ascom-PCBA
Master: banqueiros e autoridades dizem que PF também sofreu pressão de Moraes
Os mesmos banqueiros e autoridades de Brasília que afirmam a jornalistas terem recebido informações seguras de que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes pressionou o Banco Central a favorecer o Banco Master dizem ter ouvido de integrantes da PF (Polícia Federal) que o magistrado também manifestou ao órgão interesse no andamento das investigações sobre o caso.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, teria inclusive informado o presidente Lula sobre o caso, e teria ouvido em resposta: "Faça o que for necessário".
A mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes, é advogada do Master. Seu escritório firmou um contrato de R$ 129 milhões com a instituição, segundo revelado pelo jornal O Globo.
Os rumores já chegaram à cúpula da PF.
Questionado pela coluna, o delegado-geral da PF, Andrei Rodrigues, nega que tenha sequer conversado com Moraes a respeito do assunto.
"Eu já ouvi isso por aí, mas é mentira. O ministro Alexandre de Moraes nunca falou comigo sobre esse assunto", afirmou ele à coluna.
Rodrigues diz também que conversa constantemente com o magistrado, por causa de inquéritos relatados por ele no STF. "Nunca surgiu o assunto do banco Master", diz ele, negando que tenha falado com Lula sobre o tema.
Em novembro, a PF prendeu o presidente do Banco Master, Gabriel Vorcaro. A instituição foi liquidada pelo Banco Central.
Nesta semana, a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, publicou uma reportagem afirmando que Moraes pressionou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em defesa de interesses do Master.
Ela afirmou que, em pelo menos três ligações, o magistrado perguntou sobre o andamento da operação de venda do banco para o BRB. Teria havido também uma reunião presencial.
Moraes nega que tenha feito pressão sobre Galípolo.
Nota divulgada pelo STF afirma que o ministro conversou com o presidente do BC exclusivamente sobre as sanções impostas a ele pela Lei Magnitsky e diz até mesmo que "inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto".
No mesmo texto, o STF disse que o ministro "esclarece que o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central".
O BC apenas confirmou que Galípolo se encontrou com Moraes para falar sobre a Magnitsky, sem esclarecer se conversaram também sobre o Master.
Leia a íntegra da nota de Alexandre de Moraes:
"O Ministro Alexandre de Moraes esclarece que realizou, em seu gabinete, duas reuniões com o Presidente do Banco Central para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnistiky. A primeira no dia 14/08, após a primeira aplicação da lei, em 30/08; e a segunda no dia 30/09, após a referida lei ter sido aplicada em sua esposa, no dia 22/09. Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente a aquisição do BRB pelo Banco Master. Esclarece, ainda, que jamais esteve no Banco Central e que inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto. Por fim, esclarece que o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central."
Por Mônica Bergamo/Folhapress
Defesa Civil confirma tornado com ventos de 100 km/h em Farroupilha (RS)
| Foto: Prefeitura de Farroupilha no Instagram |
O temporal que atingiu a cidade de Farroupilha, na serra do Rio Grande do Sul, na tarde de terça-feira (23), foi classificado pela Defesa Civil como um tornado. Os ventos superam os 100 km/h, de acordo com o órgão.
A confirmação de que se tratava de um tornado ocorreu a partir a análise de imagens do local, obtidas pela equipe do Departamento de Gestão de Riscos, realizada por profissionais do Centro de Monitoramento da Defesa Civil gaúcha.
O padrão dos danos captados pelas imagens indica que os destroços foram jogados em diferentes direções, o que caracteriza o fenômeno, segundo a Defesa Civil.
"As imagens mostraram o avanço de uma tempestade sobre o local atingido, sendo que os ventos provavelmente superaram os 100 km/h na localidade, e geraram um tornado de curta duração", diz o órgão.
Às 12h58 o Centro de Operações enviou alerta laranja para a região de Farroupilha, incluindo a localidade atingida, com potencial para chuva, vento e raios.
O fenômeno, segundo a Prefeitura de Farroupilha, causou o destelhamento de cerca de 20 casas. As famílias impactadas foram acolhidas por parentes e amigos, sem registros de desabrigados.
A Escola Municipal José Chesini foi um dos locais com maiores danos, sofrendo destelhamento quase total e alagamentos internos.
"Não estamos acostumados com fenômenos dessa magnitude, e a presença da Defesa Civil Estadual desde os primeiros momentos fez toda a diferença. Agora seguimos com os trâmites administrativos, como o decreto de emergência, e com a avaliação técnica das estruturas atingidas para definirmos o melhor caminho para a reconstrução", afirmou o Jonas Tomazini (MDB), prefeito de Farroupilha, durante reunião com a comunidade e órgãos como o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.
Decisão de Toffoli sem pedido da PF sobre acareação de Vorcaro o torna investigador, dizem juristas
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de determinar, de ofício, a realização de uma acareação na investigação que apura suspeitas de irregularidades envolvendo o Banco Master coloca sob questionamento a sua atuação no caso.
Para criminalistas ouvidos pelo jornal O Estado de São Paulo, a iniciativa, tomada sem provocação da Polícia Federal, ocorre em um momento considerado inadequado da investigação e caracteriza a produção de provas por parte do próprio ministro, o que pode comprometer a imparcialidade do processo.
O ministro determinou que seja realizada na próxima terça-feira, 30, uma acareação entre o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa, e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos.
Aquino era o diretor do BC mais favorável à operação de venda do Master para o BRB, enquanto o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, Renato Dias Gomes, se mostrava resistente.
“O juiz não deve tomar iniciativa, produzir provas, fazer acareações, determinar diligências. Isso não faz sentido no sistema acusatório. A gente tem visto isso no Supremo Tribunal Federal e eles estão desrespeitando a própria jurisprudência da Corte”, avaliou Rodrigo Chemim, doutor em direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Além disso, Chemim pontua que a decisão do ministro entra em atrito com a jurisprudência fixada pelo Supremo ao julgar a constitucionalidade do juiz de garantias. Na ocasião, a Corte definiu que não cabe aos magistrados conduzir investigações, mas sim fiscalizar a atuação dos órgãos competentes — Polícia e Ministério Público — para assegurar que os direitos dos investigados sejam respeitados.
No final de março, o BRB fez uma proposta para comprar um pedaço das ações do Master. A compra foi vetada pela cúpula do BC em setembro. Em seguida, em novembro, o BC decretou a liquidação do banco e junto com a Polícia Federal apontou para indícios de R$ 12,2 bilhões em fraudes no sistema financeiro.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, se colocou na última quinta-feira, 18, “à disposição” do STF para prestar esclarecimentos sobre a liquidação do Master. Ele disse que ele mesmo poderia prestar qualquer tipo de apoio à investigação. Segundo o chefe da autarquia, o BC tomou o cuidado de deixar tudo documentado em relação ao processo de análise que levou à liquidação do banco, e que enviará esses dados ao Supremo.
Toffoli já havia solicitado a oitiva de investigados e dirigentes do Banco Central, mas esta é a primeira acareação de envolvidos no caso.
O ex-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), Renato Vieira, avalia que o momento escolhido pelo ministro para a acareação é inadequado. Ele explica que se trata de um procedimento excepcional, previsto para confrontar versões contraditórias já formalizadas em depoimentos anteriores, e não para ser utilizado no início da investigação, como ocorre no caso do Banco Master.
“Esse não é o momento propício da investigação para uma acareação, de jeito nenhum. Nós não sabemos se houve depoimentos conflitantes, se nós não sabemos se houve pontos controvertidos sobre os quais seja necessário esclarecer, o procedimento está errado, está sendo usado de um jeito errado”, completa.
O ministro colocou grau de sigilo na investigação criminal das fraudes do Master e da sua tentativa de venda para o BRB e a Fictor. A confidencialidade do inquérito também é alvo de críticas de especialistas. Para Chemim, o caso é de interesse social e deveria estar sujeito a escrutínio público, com exceção de informações que revelassem dados pessoais.
O professor Thiago Bottino, da FGV Rio, afirma que a medida adotada por Toffoli de confrontar um burocrata do BC com Vorcaro, caso confirmada como decisão tomada de ofício, pode comprometer a imparcialidade do caso. Segundo ele, ao produzir prova e assumir a condução direta de atos investigativos, o ministro corre o risco de afetar sua imparcialidade futura no julgamento.
“Porque ele deve julgar de forma imparcial, a partir do que as partes apresentarem de provas. Se ele mesmo toma iniciativa de produzir prova, isso acaba enviesando o julgamento”, avalia
Bottino ressalta, porém, que a legislação prevê exceções à regra, como a autorização judicial para interceptações telefônicas, mas afirma que esse tipo de hipótese, em tese, não se aplica ao caso do Banco Master.
“Ao mesmo tempo que há leis que autorizam e outras que proíbem, há debate na doutrina que defende essa possibilidade ou não”, diz.
Caso ganhou mais atenção com revelações sobre Moraes
O caso da compra da tentativa da compra do banco Master pelo BRB ganhou mais atenção nos últimos dias, diante das revelações de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, conversou com o presidente do Banco Central sobre o assunto, para fazer pressões em prol do negócio.
O assunto ganhou corpo com a revelação da colunista de O Globo Malu Gaspar das reuniões entre os dois. O Estadão revelou nesta terça-feira que Moraes chegou a ligar seis vezes para Galípolo em um dia para tratar da venda do Master ao BRB. A ofensiva do ministro visava salvar a instituição financeira de Vorcaro, liquidada pelo BC em 18 de novembro sob suspeita de fraudes de R$ 12,2 bilhões.
A mulher de Moraes, Viviane Moraes, fechou um contrato de R$ 129 milhões para representar o Master em Brasília, inclusive no BC. Em nota, Moraes disse ter se encontrado com Galípolo duas vezes para tratar apenas de sanções dos EUA a ele, por meio da Lei Magnitsky, mas negou ter feito ligações ou discutido a questão relacionada ao Master. O BC afirmou que tratou com Moraes das sanções ao ministro, sem citar o negócio entre as instituições financeiras.
Leia também: Decisão de Toffoli sem pedido da PF sobre acareação de Vorcaro o torna investigador, dizem juristas
Por Weslley Galzo/Hugo Henud/Estadão
Governador participa do Natal Mais Social com cardápio especial no Restaurante Popular da Liberdade
Nesta quarta-feira (24), aproveitando o clima natalino, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) levou o Natal Mais Social ao Restaurante Popular Alaíde do Feijão, no bairro Liberdade, em Salvador, oferecendo refeição e mais dignidade para quem mais precisa. O governador Jerônimo Rodrigues visitou a unidade, tomou café e almoçou com o público presente, em uma ação de confraternização.
Desde que foi entregue totalmente requalificada, no último dia 19 de novembro, a nova estrutura já serviu mais de 3,5 mil refeições gratuitas diárias, com cardápio variado e balanceado, reforçando o compromisso com o direito humano à alimentação adequada. Só nesse primeiro mês de funcionamento, foram 50,6 mil refeições oferecidas. “É nosso dever garantir saúde, assistência social e alimentação, lembrando que todos têm direito a um prato de comida. Esse é um grande mutirão para tirar as pessoas da fome”, disse Jerônimo.
Além de um ambiente mais organizado e acolhedor, quem depende do restaurante sentiu a diferença no dia a dia. Para a cozinheira Edna Ramos, o sentimento de dever cumprido. “É uma honra sair de casa, vir aqui dar a melhor alimentação para essas pessoas que passam aqui, especialmente hoje, no Natal. É muito carinho, a equipe toda unida no objetivo de oferecer o melhor para a população”.
O Restaurante Popular Alaíde do Feijão faz parte do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e é mantido pelo governo baiano, por meio da Seade). A iniciativa, que integra as ações do programa Bahia Sem Fome, reforça a política estadual de combate à fome, garantindo comida de qualidade todos os dias.
“É um trabalho que nos enche de alegria e orgulho, pois garante uma refeição de qualidade para pessoas em situação de vulnerabilidade, com dignidade, respeito e compromisso das políticas públicas que conferem o direito a todas as pessoas que frequentam esses estabelecimentos”, destacou a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis.
“Temos um sistema de segurança alimentar em fortalecimento, com ações contra a fome que garantem assistência, inclusão social, documentação, qualificação e acesso ao mercado de trabalho para a população mais vulnerável”, disse o coordenador do Bahia Sem Fome, Tiago Pereira.
E no clima natalino, o cardápio também ganhou um toque especial. O almoço contou com frango ao molho de ervas e pernil à Califórnia, acompanhados de arroz colorido, feijão, farofa rica e, para fechar, pudim natalino. “Garantir alimento para quem precisa não é só uma ação de hoje, é um trabalho feito o ano todo, com refeição segura e de qualidade. É um desafio, mas também uma grande satisfação, porque sabemos que estamos ajudando e abençoando a vida de muitas famílias”, complementou a nutricionista responsável pelo restaurante, Tamires Reis.
Além dessa unidade, o Governo do Estado mantém outro restaurante popular na capital, no bairro do Comércio, que também passa por obras de requalificação para seguir fortalecendo a rede de segurança alimentar na Bahia. O Restaurante Popular Alaíde do Feijão funciona de segunda a sexta-feira, das 10h até finalizar a quantidade diária de almoço.
Repórter: Anderson Oliveira/GOVBA
Moraes ligou 6 vezes em um dia para Galípolo sobre Master, diz jornal; ministro nega telefonemas
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), teria ligado seis vezes em um mesmo dia para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para saber do andamento da análise da operação de compra do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília), segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Em novo comunicado divulgado na noite desta terça-feira (23), Moraes disse que "inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto".
O magistrado confirmou a realização de duas reuniões com Galípolo, em 14 de agosto e 30 de setembro. Segundo ele, os encontros tinham como objetivo tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky, que prevê sanções financeiras e foi usada pelo governo dos Estados Unidos contra Moraes e sua mulher, Viviane Barci de Moraes.
"Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente à aquisição do BRB pelo Banco Master", afirmou.
O ministro disse ainda que o escritório de advocacia de sua esposa —que possui contrato com o Master— "jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central".
O Master teve a liquidação decretada pelo BC em 18 de novembro, e seu controlador, Daniel Vorcaro, foi preso pela Polícia Federal diante da suspeita de fraudes de R$ 12 bilhões. Dias depois, ele foi solto pela juíza Solange Salgado da Silva, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), que determinou o monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Segundo a reportagem de O Estado de S. Paulo, a série de telefonemas seria parte de uma de ao menos cinco conversas entre Moraes e Galípolo sobre o Master.
A informação foi obtida pelo jornal com pessoas do meio jurídico e do mercado financeiro que ouviram relatos de um dos envolvidos.
Os relatos de que Moraes teria procurado o presidente do BC para conversar sobre o Master ampliaram os questionamentos sobre o magistrado. A notícia foi publicada inicialmente pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, citando quatro contatos entre o ministro e o chefe da autoridade monetária para tratar do assunto.
Políticos de oposição cobraram explicações do ministro. Eles destacaram a informação, revelada anteriormente, de que o escritório da mulher do magistrado teria um contrato de R$ 3,6 milhões mensais para defender os interesses do Master.
De acordo com outra reportagem do jornal O Globo, a contratação do Barci de Moraes Sociedade de Advogados teria validade de 36 meses, a partir do início de 2024. Com isso, o acordo renderia, até o início de 2027, R$ 129 milhões ao escritório, caso o Master não tivesse sido liquidado pelo Banco Central. Integram o escritório a esposa do ministro e dois filhos do casal.
Em uma primeira nota, Moraes afirmou ter recebido Galípolo para reuniões "em virtude da aplicação da Lei Magnitsky". Inicialmente, o ministro não citou a data do encontro. Ele se tornou alvo de sanções financeiras pelo governo dos EUA em 30 de julho, e a punição foi retirada no dia 12 de dezembro. Segundo O Globo, o encontro com Galípolo teria ocorrido em julho.
No primeiro comunicado, o ministro não comentou diretamente os relatos de que teria pedido a aprovação do negócio entre o Master e o BRB.
Na nota divulgada na noite desta terça, Moraes disse que a primeira reunião ocorreu em 14 de agosto, após a primeira aplicação da Lei Magnitsky. Já o segundo encontro, disse o ministro, se deu em 30 de setembro, após a mesma lei ter sido aplicada sobre Viviane, em 22 de setembro.
"Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente a aquisição do BRB pelo Banco Master. Esclarece, ainda, que jamais esteve no Banco Central e que inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto", afirmou.
Mais cedo, o BC também emitiu uma nota em que afirmou que "manteve reuniões com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky". A instituição não detalha datas ou os nomes dos integrantes que estiveram com o magistrado e também não comenta os relatos de pressão pela liberação da venda do Master.
Comunicados desse tipo, em que o BC informa reuniões de seus integrantes com membros externos, são pouco usuais na operação da instituição. Embora o BC admita que manteve reuniões com Moraes, os encontros não constam na agenda pública do presidente do órgão, Gabriel Galípolo, nem nos compromissos dos oito diretores que integram a autoridade monetária. Procurado, o BC não se manifestou sobre a falta de registro das reuniões.
O nome de Moraes consta uma única vez na agenda de Galípolo, no dia 29 de setembro, quando o presidente do BC participou da posse dos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes nos cargos de presidente e vice-presidente do STF e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em Brasília. Mas não há indicativo de que eles teriam se reunido nessa ocasião.
Por Folhapress
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