Itagibá escreve um novo e importante capítulo da sua história cultural


A inauguração do Centro Cultural Euclides Neto, no distrito de Japomirim, representa um marco não apenas para o município, mas para toda a região, fortalecendo o acesso à cultura, à educação e à formação cidadã.Dar a este espaço o nome de Euclides Neto é uma homenagem justa e simbólica a um homem que dedicou sua vida à valorização do povo, da cultura, da educação e das causas sociais. Seu legado ultrapassa gerações e segue vivo na memória coletiva, agora eternizado em um equipamento público que nasce com a missão de transformar vidas.

O Centro Cultural chega como um espaço moderno, acessível e acolhedor, contando com teatro climatizado e estrutura adequada para receber apresentações artísticas, atividades educativas, formações, encontros culturais e grandes eventos. Um lugar pensado para estimular talentos, preservar a memória, incentivar a arte e fortalecer a identidade cultural do nosso povo.

Este novo equipamento reafirma o compromisso da gestão municipal com políticas públicas que enxergam a cultura e a educação como ferramentas essenciais de transformação social, inclusão e desenvolvimento humano. Que este espaço seja palco de sonhos, aprendizado, encontros e novas histórias que orgulhem Itagibá e toda a região.

Cultura é investimento, é identidade, é futuro. E o trabalho não para.


Lançamento de foguete em Alcântara é remarcado para esta segunda-feira (22)

Hanbit-Nano deve decolar às 15h45; empresa diz ter trocado peça após anomalia em válvula
A empresa sul-coreana Innospace afirmou que tentará lançar o foguete Hanbit-Nano nesta segunda-feira (22), às 15h45 (horário de Brasília), a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. A decolagem integra a missão Spaceward, acompanhada pela FAB (Força Aérea Brasileira) em parceria com a AEB (Agência Espacial Brasileira).

Segundo a companhia, a tentativa anterior foi cancelada após a detecção de uma operação anormal em uma válvula ligada ao tanque de metano líquido do segundo estágio. A substituição do componente e uma verificação final deve ser feita antes da nova contagem regressiva.

"O desenvolvimento e a operação de veículos lançadores envolvem tecnologias altamente complexas e muitas variáveis atuando simultaneamente. No período restante de preparação, faremos inspeções rigorosas e faremos o máximo para garantir um lançamento seguro e bem-sucedido", disse Soojong Kim, fundador e CEO da Innospace.

A nova data, diz a Innospace, foi definida após coordenação com a FAB e considerando avaliações de segurança. A companhia acrescenta que o horário pode ser ajustado conforme as condições meteorológicas.

Se ocorrer, o voo deve levar oito cargas úteis (incluindo cinco pequenos satélites e dispositivos experimentais) de instituições e empresas do Brasil e da Índia, com 22 kg no total, para uma órbita baixa de cerca de 300 km e inclinação de 40 graus.

Inicialmente o lançamento estava previsto para 17 de novembro, mas desde então foi adiado três vezes, sendo a última no dia 19 de dezembro. Caso a operação seja concluída esse será o primeiro lançamento de satélites à órbita a partir do território brasileiro.

Por Vitória de Góes/Folhapress

Genial/Quaest: 49% acham que Flávio Bolsonaro leva candidatura até o fim

Pesquisa indica ainda que 38% acreditam que senador está utilizando pré-campanha para negociar interesses do clã liderado pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro
Pesquisa do instituto Genial/Quaest divulgada neste domingo, 21, mostra que 49% dos brasileiros acreditam que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) vai levar a candidatura dele à Presidência até o dia do pleito. Outros 38% acham que ele está utilizando a pré-campanha para negociar interesses do clã liderado pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outros 13% não sabem, ou não responderam.

Entre eleitores identificados com o bolsonarismo, 81% acreditam que Flávio irá até o fim da campanha e 12% apostam que ele busca negociar. Outros 7% não sabem ou não responderam.

Já entre os lulistas, 57% apostam que Flávio irá negociar a partir da candidatura e 32% cravam que ele será candidato à Presidência em 2026. Outros 11% não sabem ou não responderam.

Entre os eleitores que se denominam independentes, há uma divisão. Os que acham que o senador será candidato somam 46%, enquanto 37% acham que ele usa a candidatura para negociar. Os que não sabem, ou não responderam correspondem a 17% dos entrevistados.

O instituto Genial/Quaest ouviu 2.004 eleitores entre os dias 11 a 14 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o índice de confiabilidade é de 95%.

Por Gabriel de Sousa/Estadão

PRF apreende 334 quilos de maconha em Itatiaia

Na manhã deste sábado (20), policiais rodoviários federais apreenderam 334 quilos de maconha na Rodovia Presidente Dutra (BR-116). Um homem de 29 anos foi preso.

Equipe fazia fiscalização na BR-116 no município de Itatiaia quando abordou um automóvel. Ao observar o interior do veículo, os policiam notaram vários tabletes espalhados, o que também foi encontrado dentro do porta-malas.

Foram contabilizados 388 tabletes de maconha (334 quilos). O condutor de 29 anos e natural de São Paulo, informou que iniciou viagem na capital paulista com o carregamento e teria como destino o município de Juiz de Fora/MG, onde receberia certa quantia pela entrega.

A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil de Itatiaia.
Categoria
Crimes

Ação do Governo do Estado resulta na identificação de dois envolvidos em mortes de técnicos de internet

                  Operação conduzida pela Polícia Civil, através do DHPP, cumpriu mandados judiciais

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) deflagrou neste domingo (21) a Operação Signum Fractum. A ação do Governo do Estado foi conduzida pela Polícia Civil, através do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), contra acusados das mortes de Ricardo Antônio da Silva Souza, 44 anos, Jackson Santos Macedo, 41 anos, e Patrick Vinícius dos Santos Horta, 28 anos. Mandados judiciais foram cumpridos em quatro bairros de Salvador. Dois envolvidos no triplo homicídio foram alcançados.

Um dos envolvidos na ação criminosa teve o mandado de prisão cumprido no bairro de São Marcos. Outro acusado, identificado como Jeferson Caíque Nunes dos Santos, o “Badalo”, recebeu as equipes policiais a tiros no bairro de Massaranduba e houve confronto. Ele foi atingido e socorrido para uma unidade hospitalar, mas não resistiu. O criminoso é um dos responsáveis pela execução dos três operários.
As ações tiveram a participação de policiais do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) e a Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core). Mais de 50 policiais atuaram nas diligências.

Investigações em campo, aliadas a utilização de recursos tecnológicos voltados à inteligência policial, resultaram em mandados judiciais decretados pelo Poder Judiciário. Durante a Operação Signum Fractum também foram cumpridos mandados de busca e apreensão. As ações, que tiveram o apoio do Ministério Público (MPBA) e do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), aconteceram nos bairros de Marechal Rondon, São Marcos, Campinas de Pirajá e Massaranduba.

As vítimas do triplo homicídio tiveram os corpos localizados no bairro do Alto do Cabrito, na terça-feira (16), em Salvador. A principal linha de investigação para motivação do crime é a retaliação de um grupo criminoso com atuação no bairro de Marechal Rondon, ao julgar que os operários estariam instalando câmeras de vigilância.

Informações sobre os criminosos podem ser compartilhadas pela população no Disque Denúncia da SSP, via ligação para o 181. Não precisa se identificar.

Fonte: Ascom/PCBA

Governo Lula vai vetar ou bloquear emendas extras aprovadas pelo Congresso

Objetivo é devolver verba a políticas sociais que foram alvo de tesouradas feitas pelos parlamentares
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai vetar ou bloquear as emendas extras aprovadas de última hora pelo Congresso Nacional no Orçamento de 2026.

O objetivo é recompor a verba de políticas sociais que foram alvo de uma tesourada dos parlamentares, que redirecionaram os recursos para ações de seu interesse para o próximo ano eleitoral.

O valor movimentado pelos congressistas, sem acordo com o Executivo, pode chegar a R$ 11,5 bilhões. Não se sabe ainda o tamanho exato da mudança, já que o relator, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), fez uma série de acréscimos e cancelamentos de última hora.

Nos documentos, as alterações aparecem com uma série de códigos usados para identificar ações de governo e órgãos. Esse sistema normalmente ajuda a organizar o Orçamento, mas também pode servir de cortina para as manobras feitas pelos parlamentares.

Segundo um integrante do governo, ainda não há decisão sobre quanto dos R$ 11,5 bilhões serão vetados ou bloqueados. O Executivo vai recorrer a diferentes instrumentos, a depender do caso identificado.

Uma primeira linha de defesa será a lei complementar 210, que formalizou o acordo entre governo, Congresso e STF (Supremo Tribunal Federal) em torno da execução de emendas parlamentares, após questionamentos sobre a falta de transparência na aplicação dos recursos.

A norma disciplina um limite máximo de verbas carimbadas para os deputados e senadores. Também proíbe o cancelamento de despesas discricionárias do Executivo —usadas para financiar contratos de custeio e investimentos, chamadas de "RP2" no jargão orçamentário— para redirecionar a verba a outras ações com localização ou destinatário específico.

Pela lei, o limite em 2026 será de R$ 26,6 bilhões para emendas individuais, R$ 15,2 bilhões para as de bancada (dos quais R$ 4 bilhões foram remanejados para o fundo eleitoral) e R$ 12,1 bilhões para as emendas de comissão.

A ordem dentro do governo é mapear se os congressistas inseriram ações com destinatário ou localização específica em valores acima desses limites. Se isso for identificado, a verba será vetada já no momento da sanção do Orçamento pelo presidente Lula, o que deve ocorrer até o início de janeiro.

Uma segunda possibilidade é bloquear a execução das verbas inseridas pelos parlamentares em forma de emendas extras para, depois, enviar um pedido de crédito ao Congresso para remanejar o dinheiro a ações de interesse do governo. Na prática, esse instrumento poderia reverter boa parte das mudanças.

Parte pode ser feita pelo próprio Executivo, graças ao dispositivo que autoriza desde já um remanejamento de até 30% das despesas aprovadas —o relator chegou a cogitar um percentual menor, de 10%, o que limitaria a ação da equipe econômica. Acima disso, porém, será necessário obter aval do Legislativo.

A equipe econômica pode ainda dar preferência às ações indicadas pelos parlamentares dentro do RP2 em eventuais bloqueios ou contingenciamentos exigidos pelas regras fiscais. Nestes casos, o bloqueio é necessário para compensar o aumento de despesas obrigatórias sem estourar o limite do arcabouço fiscal, enquanto o contingenciamento é adotado quando há frustração na arrecadação.

Uma última opção seria executar, de fato, a verba remanejada pelo Congresso, mas isso só ocorrerá se as ações também refletirem as prioridades do Executivo, afirma um técnico.

O relator do Orçamento reduziu R$ 436 milhões do programa Pé-de-Meia, que paga bolsas de incentivo à permanência de alunos no ensino médio. A ação já havia perdido outros R$ 105,5 milhões durante a tramitação das contas de 2026 na CMO (Comissão Mista de Orçamento). Assim, os recursos reservados caíram de R$ 12 bilhões para R$ 11,46 bilhões.

Isnaldo tirou outros R$ 300,7 milhões do programa Auxílio Gás dos Brasileiros, que paga a famílias de baixa renda o valor equivalente a um botijão de gás de cozinha de 13 kg.

A política também já havia perdido recursos nos relatórios setoriais da CMO. No saldo final, o valor reservado caiu de R$ 5,1 bilhões para R$ 4,73 bilhões.

Também houve cortes de R$ 391,2 milhões no seguro-desemprego, R$ 262 milhões em bolsas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), R$ 207 milhões no abono salarial e R$ 72 milhões em bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Na Previdência, o relator fez um corte de R$ 6,2 bilhões no valor destinado aos benefícios. Com a mudança, os recursos reservados caíram de R$ 1,134 trilhão para R$ 1,128 trilhão.

Segundo técnicos ouvidos pela reportagem, essa redução se deu porque o governo reviu a projeção do INPC, indicador de inflação que é referência na correção do salário mínimo. O problema é que o Executivo indicou as ações para as quais os recursos deveriam ser remanejados, o que não foi seguido pelos parlamentares.

Na avaliação de uma das pessoas ouvidas, as programações indicadas pelo governo foram "depenadas" ao longo da votação do Orçamento. Por isso, haverá necessidade de recomposição
Por Idiana Tomazelli/Folhapress

Engenheira morre em acidente a caminho do Natal com família no ES; cachorro sobrevive e fica ao lado da tutora

Mariani Gambarini Vassoler, de 31 anos, era natural de Iconha, mas morava em Sorocaba. Ela perdeu o controle do veículo e bateu na lateral de um caminhão em Mimoso do Sul.
A engenheira Mariani Gambarini Vassoler, de 31 anos, natural de Iconha, no Sul do Espírito Santo, morreu em um acidente na Rodovia ES-297, na zona rural de Mimoso do Sul, na mesma região, na noite desta sexta-feira (19).

O cachorro da vítima, que estava no veículo, sobreviveu e permaneceu ao lado dela até a chegada do socorro

Segundo familiares, Mariani viajava de São Paulo para o Espírito Santo, onde passaria o Natal com a família, quando perdeu o controle do veículo, um Toyota Etios, e bateu na lateral de um caminhão carregado com cimento a granel.

O tio da engenheira, Romeu Gambarini, contou que Mariani passaria o fim de semana e as festas de fim de ano com os parentes.
“Ela vinha passar o Natal com a família e aproveitou, parou para agradecer a Nossa Senhora Aparecida e no meio do caminho, chegando em um trevo de Mimoso, rodou o carro na pista. Estava um pouco molhada e veio a colidir com uma carreta”, relatou Gambarini.

Romeu afirmou ainda que o cachorro da engenheira, chamado Chopp, estava com ela no momento do acidente e sobreviveu. Segundo o tio, o animal tinha uma forte ligação com Mariani.

“O Chopp era o companheiro dela, que vivia lá em São Paulo com ela. Ela levou no carro e agora, veio passar um final de ano, trouxe ele”, contou.

Ainda de acordo com Romeu, após o acidente, o cachorro permaneceu ao lado da tutora.

“Naquela situação horrível lá, chegou a ajuda, e ele ficou do lado dela até ela ser removida”, afirmou o tio de Mariani.

O cachorro Chopp foi resgatado pela família e está bem.

Engenheira estava morando em Sorocaba
Mariani morava em Sorocaba, no interior de São Paulo, desde janeiro deste ano, em busca de crescimento pessoal e profissional.

Antes, viveu em Iriri, balneário de Anchieta, onde trabalhou com o tio em um posto de combustíveis. “Ela teve a oportunidade de crescimento na carreira dela, né? Ela era bem focada, muito correta”, disse o tio.

Abalado, o tio descreveu a engenheira como uma pessoa próxima da família e muito querida.

“A Mariani era uma pessoa comunicativa, muito carismática, muito amiga de todo mundo, muito querida. Ela é madrinha da minha filha. Minha filha vai fazer aniversário segunda-feira. Então, esse Natal, vamos ficar com o coração bem dolorido”, disse.

Polícia vai investigar

De acordo com a Polícia Militar, os policiais foram acionados e, ao chegarem ao local, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já estava presente e confirmou que a vítima não apresentava sinais vitais.

O motorista do caminhão, que seguia no sentido Apiacá, relatou que o carro de Mariani rodou na pista e bateu de lado contra a carreta, atingindo o lado do passageiro, po volta de 22h.
A polícia relatou que o motorista permaneceu no local, prestou socorro, foi submetido ao teste de alcoolemia, que deu negativo.

A Polícia Civil informou que o motorista, de 65 anos, foi conduzido à Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim, onde foi ouvido e liberado em conformidade com o previsto no Código de Trânsito Brasileiro.

Disse ainda que a medida foi adotada uma vez que o motorista permaneceu no local do acidente e não havia indícios de cometimento de crime que justificassem a prisão em flagrante.

O caso seguirá em investigação pela Delegacia de Polícia de Mimoso do Sul.
Por Juirana Nobres, Mateus Passos, g1 ES e TV Gazeta

O que se sabe e o que falta esclarecer sobre pouso forçado de avião que levava deputado e vereador em RO

Todos que estavam no avião saíram ilesos. O g1 separou os principais pontos a ser esclarecidos.

O deputado federal Maurício Carvalho (União) e o vereador Márcio Pacele (Republicanos) saíram ilesos depois que o avião onde eles estavam precisou fazer um pouso forçado no sábado (20) e pegar fogo. Ainda há pontos sem esclarecimento sobre as causas da pane e os procedimentos após o acidente.

Veja abaixo o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o acidente:

Quem estava a bordo?
Além do deputado, o vereador, o piloto e o copiloto havia assessores acompanhando a viagem. Os nomes deles e o total de passageiros não foram informados.

Qual o local do acidente?

O avião fez um pouso perto de uma estrada em Extrema, distrito de Porto Velho. O local exato não foi informado. Além disso, a equipe dos políticos não informou de onde eles saíram e qual era o destino.

Alguém se feriu?

Segundo a assessoria do deputado, todos conseguiram sair sem ferimentos.

Qual foi a causa informada?

De acordo com Maurício Carvalho, a aeronave sofreu uma pane, o que obrigou o piloto a realizar o pouso de emergência. Ainda não há detalhes técnicos sobre qual falha levou à perda de funcionamento da aeronave.

O g1 entrou em contato com a Força Aérea Brasileira (FAB) questionando se o acidente está sendo investigado, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

De quem era o avião?

O registro de matrícula do avião aponta que o proprietário é a empresa Crescit Multi Investments e Aviation Solutions Ltda. O g1 tenta contato com os responsáveis.

Qual era a aeronave?
O avião é um bimotor turboélice fabricado em 2009. O modelo é o Hawker Beechcraft. Registrado sob a matrícula PS-GAC, o avião não tem autorização para operar comercialmente.
A equipe do deputado foi questionada sobre quais circunstâncias a aeronave estava sendo usada para o transporte dos políticos e suas equipes, mas não respondeu até a última atualização desta reportagem

Por g1 RO
21/12/2025 06h00 Atualizado há 3 horas

Família que viajava para passar o final de ano na Bahia morre em acidente no estado de Minas Gerais

Cinco pessoas da mesma família morreram em um grave acidente de carro ocorrido na sexta-feira (19), no estado de Minas Gerais. As identidades das vítimas foram divulgadas pelas autoridades neste sábado (20). Todos eram baianos, naturais de Ibicuí, no sul da Bahia, e moravam atualmente em Nova Serrana (MG).
As vítimas foram identificadas como Lucas Celestino Reis, de 40 anos; Jéssica Silva da Hora, de 35 anos; as filhas do casal, Ana Laura da Hora, de 6 anos, e Ísis da Hora Reis, de 3 anos; além de Rayane Rebouças da Hora, de 19 anos, sobrinha de Jéssica.

Nas redes sociais, o prefeito de Ibicuí, Salomão Cerqueira (PSD), informou que a família seguia viagem para a cidade natal, onde pretendia passar as festas de fim de ano, quando ocorreu a tragédia. Em nota, o gestor lamentou as mortes e manifestou solidariedade aos familiares. “Uma tragédia que enluta não apenas as famílias Reis e da Hora, mas toda a nossa cidade”, destacou.

O prefeito acrescentou ainda que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social está acompanhando a situação e oferecendo apoio às famílias das vítimas. Conforme informou a funerária Unipax à TV Integração, os corpos permanecem no Instituto Médico Legal (IML) da região e, após a liberação, serão sepultados na Bahia. Ainda não há informações sobre data e local do sepultamento.

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o acidente ocorreu em um trecho da MG-164, no município de Martinho Campos, no Centro-Oeste de Minas Gerais. O veículo em que o grupo viajava cruzou a pista, colidiu com um barranco e caiu em um córrego após o motorista perder o controle da direção. Após a queda, o carro ficou com as rodas para cima e submerso. Todas as vítimas morreram ainda no local.
Por Mariana Gonçalves, g1 Centro-Oeste de Minas — Martinho Campos

Colisão envolvendo três veículos deixa um morto e dois feridos na BA-650, entre Itagibá e Ipiaú

Um grave acidente registrado na tarde deste sábado (20) na BA-650, no trecho entre a Fazenda Oceania e povoado da Aldeia, no município de Itagibá, resultou na morte de um motociclista e deixou outras duas pessoas feridas.

A colisão envolveu três veículos — uma motocicleta e dois carros — e aconteceu de forma frontal. O condutor da moto não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Até o fechamento desta reportagem, ele ainda não havia sido oficialmente identificado.

Em um Chevrolet Ônix pertencente à Prefeitura de Itagibá, duas pessoas ficaram feridas. O motorista sofreu escoriações na cabeça, enquanto uma senhora relatava fortes dores pelo corpo. Ela e outras duas passageiras retornavam de uma unidade hospitalar, onde haviam passado por sessão de hemodiálise. As demais ocupantes não se feriram.
No outro veículo envolvido, um carro modelo Tera, estavam dois ocupantes, ambos moradores de Itagibá, que não sofreram ferimentos. Todos os ocupantes dos automóveis são do município.

Moradores da Aldeia informaram à reportagem do GIRO que o motociclista esteve na localidade para comprar um porco, que estaria sendo transportado na garupa da moto. Ainda segundo relatos, ele teria permanecido por um período em um bar da região antes do acidente.

O motorista do carro modelo Tera contou que seguia atrás da motocicleta quando percebeu que o condutor passou a fazer zigue-zague na pista. Em seguida, a moto colidiu com o carro da prefeitura, que acabou batendo de frente com o outro veículo.

A Polícia Militar esteve no local, organizou o trânsito e acionou o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para a remoção do corpo, que foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Jequié. As circunstâncias do acidente serão apuradas. *Por Giro Ipiaú

Mercosul cita desapontamento com UE e evita menção à Venezuela em declaração final

Líderes sul-americanos destacam falta de consenso político entre europeus e evitam prazo para acordo
Os países do Mercosul manifestaram desapontamento com o adiamento da assinatura do acordo com a União Europeia e não fizeram menção à situação na Venezuela no documento final da cúpula de líderes, deste sábado (20), em Foz do Iguaçu.

No texto, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai enfatizam que o tratado não foi selado, como previsto, por falta de consenso político entre os europeus. Os presidentes salientaram que a assinatura do acordo "daria uma sinalização positiva ao mundo na atual conjuntura internacional, fortalecendo a integração entre os dois blocos".

Apesar da frustração, demonstraram confiança de que a União Europeia terminará os trâmites internos que permitirão à assinatura do acordo com o Mercosul futuramente. No texto, falam em fixar uma possível data para a assinatura, sem mencionar um prazo.

Ao discursar na cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contou ter recebido uma carta dos presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, António Costa, na qual ambos manifestam expectativa de ver o acordo aprovado em janeiro.

O presidente brasileiro também cobrou coragem e vontade política dos líderes europeus depois de dizer que esperava finalmente assinar o acordo UE-Mercosul após 26 anos de negociação.

"Mas, infelizmente, a Europa ainda não se decidiu. Líderes europeus pediram mais tempo para discutir medidas adicionais de proteção agrícola", disse. "Sem vontade política e coragem dos dirigentes não será possível concluir uma negociação que já se arrasta por 26 anos", acrescentou.

Além da decepção pelo adiamento da assinatura do tratado, outro assunto que marcou o encontro dos líderes sul-americanos no Brasil foi a divergência sobre a crise da Venezuela.

A situação do país de Nicolás Maduro não foi mencionada na declaração final dos presidentes, que priorizou aspectos comerciais, e levou a cúpula a terminar sem um documento do bloco e dos Estados associados —em que são discutidos temas geopolíticos da região.

Atualmente, o Mercosul conta com sete Estados associados: Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Panamá, que formalizou sua adesão em 2024.

O assunto colocou os presidentes Lula e Javier Milei, da Argentina, em lados opostos. Enquanto o brasileiro afirmou que uma intervenção armada na Venezuela seria catastrófica, o argentino exaltou a pressão dos Estados Unidos sobre o regime de Maduro.

No campo comercial, a declaração ainda deu ênfase à estratégia do bloco sul-americano de diversificar suas parcerias comerciais. Em trecho do documento, "manifestaram o interesse em seguir a prospecção de diálogos exploratórios com outros parceiros comerciais com potencial para incrementar a inserção do bloco na economia internacional".

Além de saudar a retomada das negociações com Canadá e do aprofundamento da relação com a Índia, os presidentes destacaram as discussões com Vietnã e Indonésia, como parte do objetivo de estreitar laços com economias emergentes de rápido crescimento e expandir o alcance das parcerias do Mercosul.

No documento, também reafirmaram a intenção de avançar nos processos de integração comercial com países da América Central e o Caribe, dando continuidade às negociações com El Salvador, para assinatura de acordo de livre comércio, e aos diálogos com Panamá e a República Dominicana.

O bloco sul-americano deu sequência às tratativas internas envolvendo o aperfeiçoamento do Focem, o fundo voltado para redução de assimetrias do Mercosul. No comunicado, os líderes disseram ter instruído os órgãos competentes a "impulsionar os trabalhos em andamento" para dar continuidade ao mecanismo.

A transição energética também foi tema de debate na cúpula em Foz do Iguaçu, com discussões voltadas à integração de mercados de biocombustíveis e aos combustíveis sustentáveis de aviação.

O bloco definiu ainda os termos de referência para a realização de um estudo voltado ao setor sucroalcooleiro, buscando um diagnóstico de potencialidades, alternativas e oportunidades para o fortalecimento das cadeias produtivas regionais e facilitação do acesso a mercados internacionais.

Por Nathalia Garcia/Folhapress

Em Barreiras, governador entrega 500 moradias do Minha Casa, Minha Vida e obras de pavimentação

O governador Jerônimo Rodrigues cumpriu agenda em Barreiras, no Oeste da Bahia, neste sábado (20), com a inauguração de 500 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida e a entrega de obras de pavimentação que ampliam a mobilidade urbana e rodoviária do município. As entregas representam um investimento de R$ 24,2 milhões do Governo Estadual nas áreas de desenvolvimento urbano e infraestrutura.
As moradias compostas de dois quartos, sala, cozinha, banheiro, além de área de lazer, integram o Conjunto Residencial Solar Barreiras, localizado no bairro Buritis, e foram executadas no âmbito do Minha Casa, Minha Vida – Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). O investimento total foi de R$ 14,3 milhões, com recursos do Governo do Estado, no valor de R$ 11,6 milhões, e do Governo Federal, que aportou R$ 2,6 milhões. As obras contemplaram também a recuperação do pavimento em paralelepípedo, manutenção das calçadas e construção de equipamentos comunitários dentro do empreendimento.
Ansiosa, a manicure Jaqueline da Silva, que atualmente mora de aluguel, foi contemplada com uma das moradias e não vê a hora de ocupar a nova casa. “É um sonho realizado ter a minha casa própria. Há muitos anos sonho em ter meu cantinho e quem é mãe solo como eu e vem batalhando. Não tenho palavras para falar dos meus sentimentos. Maior presente de Natal”, disse Jaqueline, que é mãe de duas meninas.

De acordo com o governador Jerônimo Rodrigues, “agora vem a fase de solicitar as ligações de energia elétrica e de água. Em breve, as pessoas já poderão vir para cá e morar em suas casas. Também realizamos a construção de um acesso para facilitar a ligação com a pista. É claro que, a partir deste momento, a parceria com a prefeitura será fundamental, especialmente para dar atenção à educação, às creches e à saúde no entorno. Além disso, já temos prevista uma nova ação com unidades habitacionais, e a nossa expectativa é retornar aqui no final do próximo ano ou no início de 2027 para realizar a entrega de mais casas ao povo de Barreiras”.

“O maior presente que Barreiras recebe neste ano. São essas 500 famílias que vão morar com dignidade. Isso aqui é o que o governo do estado está fazendo em todo o estado da Bahia, entregando casas”, destacou a secretária de Desenvolvimento Urbano, Jusmari Oliveira.

Na mesma ocasião, o governador inaugurou a pavimentação asfáltica do acesso ao Residencial Solar Barreiras, em um trecho de aproximadamente 8 quilômetros a partir da sede do município. A obra, executada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), através da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), recebeu investimento de R$ 4 milhões e garante mais segurança, conforto e melhor tráfego para os moradores da região.

Povoado Cantinho

Outro destaque da agenda foi a entrega da pavimentação asfáltica na rodovia BA-827, no trecho que liga o entroncamento da BR-135 ao Cantinho Senhor dos Aflitos. A intervenção faz parte do programa Bahia em Movimento e contou com investimento total de R$ 5,8 milhões, reforçando a infraestrutura viária e a integração regional.

“Com essa entrega de hoje, o Governo do Estado completa 2.485 km de acesso a destinos e povoados executados e inaugurados de 2023 até 2025. Além disso, o fecharemos os 417 municípios baianos interligados à malha pavimentada do Estado em setembro de 2026. No mês passado, os índices contábeis e fiscais dos estados brasileiros colocaram a Bahia em primeiro lugar no investimento em infraestrutura do país, superando o estado mais rico da federação, que é São Paulo”, destacou o secretário de infraestrutura, Saulo Pontes.

Repórter: Joci Santana/GOVBA

Hospital do Oeste recebe novo tomógrafo e avança na implantação da radioterapia

Após cumprir agenda ao lado do governador Jerônimo Rodrigues, na noite de sexta-feira (19), em São Desidério, onde o Governo do Estado destinou mais de R$ 61 milhões em investimentos para a saúde, a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, desembarcou em Barreiras, neste sábado (20), com anúncios importantes para o município.

Na ocasião, a titular da Sesab vistoriou o Hospital do Oeste, unidade estratégica para a assistência à população da região. Durante a visita, a secretária acompanhou de perto a instalação do acelerador linear, equipamento destinado ao tratamento de pacientes oncológicos, e conferiu o funcionamento do novo tomógrafo, entregue recentemente pelo Governo do Estado.
Segundo a secretária, a chegada do novo tomógrafo representa um avanço importante para a ampliação do acesso a exames de alta complexidade. “Instalamos um novo tomógrafo, permitindo que o hospital realize exames nas áreas de neurologia e cardiologia. O equipamento está em pleno funcionamento e, agora, o Hospital do Oeste passa a contar com dois tomógrafos, garantindo mais agilidade e ampliando o acesso da população”, destacou Roberta Santana.
Outro destaque da vistoria foi o acelerador linear, que se encontra na fase final de implantação. De acordo com a secretária Roberta Santana, o equipamento já está instalado e aguarda apenas a etapa de certificação, prevista para o fim de janeiro de 2026. A expectativa é que o serviço de radioterapia comece a ser ofertado no final de fevereiro. “Esse é um compromisso muito importante, porque a nossa população não vai mais precisar se deslocar para Salvador para realizar radioterapia. Hoje, muitas pessoas passam de 30 a 45 dias fora de casa para realizar esse tratamento”, ressaltou.
Roberta Santana também lembrou que já foi publicada a licitação para a ampliação do Hospital do Oeste. A abertura das propostas está marcada para o dia 15 de janeiro. Com a obra, a unidade ganhará 20 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 11 salas cirúrgicas e 30 leitos de enfermaria, além da instalação de um equipamento de ressonância magnética, que passará a integrar a estrutura do hospital.

O investimento na ampliação do Hospital do Oeste é de aproximadamente R$ 32 milhões e integra um conjunto de ações do Governo da Bahia voltadas ao fortalecimento da rede estadual de saúde. As iniciativas incluem reformas, ampliações e a construção de novos hospitais em diversas regiões do estado.

Fotos: Jamile Amine e Yasmim Marinho / Saúde GovBA
...

Intervenção armada na Venezuela seria catástrofe, diz Lula após ameaças dos EUA

Donald Trump enviou militares para as proximidades do país e determinou bloqueio de petroleiros venezuelanos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (20) que uma intervenção armada na Venezuela seria catastrófica e configuraria um precedente perigoso.

A fala do brasileiro ocorreu em Foz do Iguaçu (PR), durante reunião do Mercosul, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinar o bloqueio de navios petroleiros sob sanção americana ao redor da Venezuela.

A ação de Trump é considerada um passo para uma guerra contra o país sul-americano, governado pelo ditador chavista Nicolás Maduro. Militares dos EUA têm feito ataques a embarcações no mar próximo à Venezuela.

"Os limites do direito internacional estão sendo testados. Uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério e um precedente perigoso para o mundo", disse Lula.

O petista também citou o conflito entre Argentina e Reino Unido pelas Ilhas Malvinas, de abril a junho de 1982. "Passadas mais de quatro décadas desde a Guerra das Malvinas, o continente sul-americano volta a ser assombrado pela presença militar de uma potência extrarregional", declarou o petista.
Por Caio Spechoto/Nathalia Garcia/Folhapress
Unlabelled

Morre Lindomar Castilho, rei do bolero e voz de 'Você É Doida Demais', aos 85 anos

Artista caiu no ostracismo depois de matar a ex-mulher

Morreu, aos 85 anos, o cantor Lindomar Castilho, que recebeu o apelido de rei do bolero ao fazer imenso sucesso entre as décadas de 1960 e 1980. A informação foi confirmada por sua filha, Lili de Grammont, em suas redes sociais. A causa da morte não foi divulgada, mas ele havia sido recebido diagnóstico de Parkinson há mais de uma década.

"Meu pai partiu! E como qualquer ser humano, ele é finito, ele é só mais um ser humano que se desviou com sua vaidade e narcisismo. E ao tirar a vida da minha mãe também morreu em vida. O homem que mata também morre. Morre o pai e nasce um assassino, morre uma família inteira", escreveu ela na publicação.

Voz de "Você É Doida Demais", tema de abertura da série "Os Normais", estrelada por Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães na Globo, Castilho tem em seu repertório canções como "Chamarada", "Eu Amo Sua Mãe" e "Ébrio de Amor".

Castilho caiu no ostracismo após assassinar a ex-mulher, a cantora e compositora Eliane de Grammont, em 1981. À época, foi condenado a 12 anos de prisão. O caso é até hoje um dos feminicídios de maior repercussão do país.

"Somos finitos, nem melhores e nem piores do que o outro, não somos donos de nada e nem de ninguém", escreveu ainda Lili, ao lado de duas fotos em que aparece mais jovem junto a Castilho. "Assim me despeço do meu pai, com a consciência de que a minha parte foi feita com dor, sim, mas com todo o amor que aprendi a sentir e expressar nesta vida."

"Se eu perdoei? Essa resposta não é simples como um sim ou não, ela envolve tudo e todas as camadas das dores e delícias de ser, um ser complexo e em evolução. Diante de tudo isso, desejo que a alma dele se cure, que sua masculinidade tóxica tenha sido transformada. [...] Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", encerrou a filha.

Foi uma das vozes mais populares da música romântica brasileira e, mesmo depois do crime, tentou, sem muito sucesso, retomar a carreira, no fim dos anos 1990.

Nascido Lindomar Cabral, em Rio Verde, Goiás, o músico começou a carreira ainda jovem, depois de ser ouvido pelo diretor de uma gravadora —estudante de direito, ele tinha hábito de se apresentar em saraus e pequenos eventos. Seu primeiro álbum veio no começo da década de 1960, "Canções que Não Se Esquecem". Nele, abusava do sentimentalismo que pautava as rádios da época.

O nome artístico veio como sugestão de Diego Mulero, diretor de gravadora que pensou na projeção de Castilho para o mercado latino-americano. Ao longo da primeira década de carreira, gravou faixas como "Falhaste Coração", uma versão em português de um bolero mexicano, e o álbum "Mensagem de Carinho", que o consagrou.

Nos anos 1970, troca a gravadora Continental pela RCA e vende 500 mil cópias de "Eu Vou Rifar Meu Coração". Vem, então, um de seus maiores sucessos, "Você É Doida Demais", que ocupa o topo das paradas musicais. "Eu Canto o que o Povo Quer" é outro hit do período, que ganhou tração fora do Brasil, bem como "Feiticeira" e "Nós Somos Dois Sem Vergonha".

O enorme sucesso, porém, foi refreado pelo assassinato de sua ex-mulher. Castilho e Eliane de Grammont se conheceram quando ele já era o rei do bolero, mas ela ainda dava os primeiros passos na carreira musical. Ela havia se afastado do ofício para se dedicar ao lar e à filha do casal.

Foram cerca de dois anos de um casamento conturbado, marcado pelo alcoolismo, ciúmes e as agressões de Castilho. Aos 25 anos, Grammont decidiu se separar, a contragosto do músico, que deu cinco tiros na ex-mulher enquanto ela se apresentava no Café Belle Epoque, no centro de São Paulo, em 30 de março de 1981.

Castilho foi preso em flagrante e condenado a 12 anos e dois meses de prisão. Metade do tempo foi cumprido em regime aberto. Com a liberdade, em 1996, veio também a tentativa de retomar a carreira, com o disco "Muralhas da Solidão", concebido ainda na penitenciária.

Morreu no ostracismo, após ver seu sucesso no Brasil e no exterior, e os cerca de 30 discos lançados ao longo da carreira, serem ofuscados pelo assassinato.

Uma de suas últimas aparições foi como entrevistado do documentário "Vou Rifar Meu Coração", de 2011, batizado em homenagem ao seu hit, sobre a música brega no Brasil, ao lado de nomes como Agnaldo Timóteo, Wando, Amado Batista e Nelson Ned. Na ocasião, Castilho só aceitou dar a entrevista com a condição de que não fosse questionado sobre o crime que cometeu.

Castilho deixa a filha que teve com Eliane, Lili de Grammont. O velório acontece será neste sábado (20), às 13h, no Cemitério Santana, em Goiânia.
Por Leonardo Sanchez/Folhapress

Motta se reaproxima de Lindbergh de olho em apoio do PT na Câmara

                          Presidente e líder petista se reuniram após rompimento e ataques mútuos
Às vésperas do recesso parlamentar, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reaproximou do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) de olho no apoio da bancada do PT. "Para mim, o jogo está zerado", disse Motta à reportagem. Eles tinham rompido em novembro, após desentendimentos sobre a condução da Casa.

Os dois entraram em conflito por causa do projeto antifacção, apontado como principal resposta de Lula à crise na segurança pública após megaoperação no Rio. Motta escolheu como relator o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), aliado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A relação já era tensa mesmo antes disso. O grupo do presidente da Câmara se queixava da atuação de Lindbergh, acusando-o de buscar desgastar a imagem da Casa junto à opinião pública.

A situação se agravou ainda mais quando Motta decidiu pautar o projeto de lei de redução das penas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros condenados pelos atos golpistas, aprovado com apoio da oposição e de parte da base do governo.

Lindbergh protestou na tribuna e afirmou que o presidente estava "perdendo as condições de continuar" no cargo e que poderia responder por crime de responsabilidade. Motta rebateu, nas redes sociais, que precisa "proteger a democracia do grito, do gesto autoritário, da intimidação travestida de ato político".

Passados os momentos mais tensos, e cassados os mandatos dos agora ex-deputados Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ), ambos voltaram a conversar por telefone.

Um encontro presencial ocorreu nesta sexta-feira (19), na residência oficial do presidente da Câmara. Conversaram sobre a crise, os desentendimentos sobre as pautas e prometeram dialogar mais. Também combinaram de tentar se encontrar no fim do ano na Paraíba, estado de Motta e da família do líder petista.

"Nunca tive problemas pessoais com o Hugo. Minhas divergências foram as pautas, que foram muito duras, como a dosimetria, o PL antifacção e a cassação do [deputado] Glauber Braga [que acabou suspenso pela Câmara]", afirmou Lindbergh à reportagem. "Acho que a relação no próximo ano será muito melhor", disse.

Motta disse à reportagem que o problema nunca foi pessoal, mas de discordância de mérito sobre os projetos e de alguns comportamentos. A conversa serviu para apaziguar estas divergências e "zerar o jogo". "Tenho enorme respeito pela bancada do PT", afirmou.

Lindbergh segue líder do partido até 2 de fevereiro, quando o Congresso volta de recesso e o deputado Pedro Uczai (RS) assumirá como representante da bancada do PT. Apesar de deixar o cargo, ele deve se manter influente –é um dos petistas com mais força nas redes sociais e marido da ministra Gleisi Hoffmann, da SRI (Secretaria de Relações Institucionais).

Por Raphael Di Cunto/Folhapress

Crise na Venezuela trava consenso no Mercosul e opõe Argentina e Brasil

           Menção a violações de direitos humanos no país de Maduro gera divergência no bloco.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) travou uma tentativa de Argentina e Paraguai de inclusão de críticas a violações de direitos humanos cometidas na Venezuela, num embate que impediu nesta sexta-feira (19) a conclusão do documento oficial do encontro do Mercosul em Foz do Iguaçu.

De acordo com interlocutores com conhecimento das discussões, sob condição de anonimato, as delegações dos governos de Javier Milei e de Santiago Peña quiseram inserir na declaração de líderes negociada pelo bloco sul-americano uma referência às violações de direitos humanos e à falta de democracia no país do ditador Nicolás Maduro.

Ambos os países são aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e têm apoiado a estratégia americana de aplicar pressão máxima contra o regime Maduro. Lula e a diplomacia brasileira, por outro lado, são críticos das ameaças bélicas de Trump contra a Venezuela e da mobilização militar dos EUA no Caribe.

O presidente brasileiro chegou a conversar por telefone com o republicano em um momento em que Washington vem fazendo uma mobilização militar sem precedentes na costa venezuelana sob o pretexto de enfrentamento a cartéis que enviam drogas aos EUA.

Quanto à divergência no texto do Mercosul, o Brasil entende que o tipo de linguagem defendida por Argentina e Paraguai não contribui para solucionar a crise na região e defende que é preciso ser cuidadoso para não legitimar uma possível intervenção estrangeira na Venezuela.

Interlocutores dizem ainda que a linguagem proposta por argentinos e paraguaios não deixa explícita a oposição do Mercosul às ameaças de intervenção dos EUA na América do Sul. Há a avaliação, no governo Lula, de que é preciso adotar um discurso que associe a América do Sul a uma região de paz.

Nesta sexta, Trump afirmou em entrevista à emissora NBC News que não descarta a possibilidade de uma guerra contra a Venezuela e que seu governo pode fazer novas apreensões de petroleiros próximos às águas do país latino-americano.

Os venezuelanos solicitaram a convocação de uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a "agressão persistente" dos EUA contra o país.

Numa tentativa de se posicionar como um possível mediador da crise entre Venezuela e EUA, Lula voltou a conversar com Maduro —de quem havia se afastado desde as contestadas eleições venezuelanas de 2024. Para um auxiliar do presidente, a reconstrução de laços de confiança é importante caso o Brasil seja acionado a desempenhar algum papel de mediação na crise entre o regime de Maduro e de Trump.

Chanceleres de Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e membros associados participaram nesta sexta da reunião do Conselho do Mercado Comum, que antecede a cúpula de chefes de Estado, em Foz do Iguaçu.

Com a divergência sobre os termos relacionados à crise na região, o encontro terminou sem acordo, e a negociação para o comunicado final será feita diretamente pelos líderes neste sábado (20).

Por Nathalia Garcia/Ricardo Della Coletta/Folhapress

Destaques