Irã atinge principal hospital no sul de Israel após ataques de Tel Aviv a quatro centros nucleares
Um míssil balístico do Irã atingiu o principal hospital do sul de Israel nesta manhã de quinta-feira (19), sétimo dia do conflito entre os rivais no Oriente Médio. O Estado judeu, por sua vez, havia alvejado antes novamente a infraestrutura nuclear em quatro cidades iranianas.
O hospital atingido se chama Soroka, tem mil leitos e atende a região de Beersheba, com população de cerca de 1 milhão de pessoas.
Ele foi bastante danificado, mas os ferimentos registrados foram poucos porque, como em todos os grandes centros médicos de Israel, há uma área de bunker mais protegida, para onde os pacientes haviam sido deslocados. Em todo o país, o Ministério da Saúde israelense contabilizou 271 feridos, sendo 220 com ferimentos leves.
O ritmo da violência segue intenso, no entanto, à espera da decisão do presidente Donald Trump acerca de unir-se a Tel Aviv nos ataques ao Irã. Segundo a agência Reuters, já houve contatos diretos por telefone entre o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, e o negociador americano Steve Witkoff, embora nenhum lado as confirme.
O governo de Binyamin Netanyahu não esconde a pretensão de derrubar o regime teocrático liderado pelo aiatolá Ali Khamenei, mas há dúvidas acerca tanto da viabilidade quanto dos efeitos se isso ocorrer. O premiê disse nesta quinta que “os tiranos vão pagar o preço total” pela retaliação aos bombardeios iniciados por Israel na sexta-feira (13), que mataram boa parte da cúpula militar rival e degradaram sua capacidade de defesa.
“Khamenei declara abertamente que quer destruir Israel; ele pessoalmente dá a ordem para atirar contra hospitais. Considera a destruição do Estado de Israel um objetivo”, disse o ministro da Defesa, Israel Katz. “Um homem assim não pode mais continuar existindo.”
Antes, ele havia afirmado que o objetivo da operação é duplo: anular ameaças a Israel e “desestabilizar os aiatolás”.
A primeira parte da proposição de Katz segue de vento em popa. Israel opera de forma bastante impune pelos céus do Irã, provando o valor de uma Força Aérea eficaz na guerra moderna. Nesta quinta, bombardeou instalações do programa nuclear em Natanz, Isfahan, Bushehr e Arak.
Nesta última cidade, o alvo foi um reator de água pesada, usado para produzir plutônio, elemento mais adequado para armas nucleares —ogivas do material são mais eficientes e requerem menos massa do que as de urânio. Segundo o diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Rafael Grossi, não havia material radioativo ainda no local, em construção.
Todas as ações ocorreram na superfície, remetendo ao debate central da eventual participação dos EUA na guerra: a capacidade única americana de atingir bunkers enterrados a dezenas de metros de profundidade.
Para tal, seria necessária a bomba GBU-57, conhecida como MOP (Penetrador de Munição Maciça), que hoje só pode ser empregada por bombardeiros furtivos ao radar americanos B-2. Analistas especulam se seria possível adaptá-la para lançamento de aviões de transporte C-130 Hércules israelenses, caso os EUA resolvam dar a arma a Israel, mas há dúvidas acerca da precisão do ataque.
E ele precisa ser no alvo para funcionar, provavelmente com mais de uma bomba, ao menos no caso da “fortaleza nuclear” de Fordow, enterrada numa montanha iraniana. Além disso, há outras centrais subterrâneas que não foram atingidas diretamente, como em Natanz.
Na quinta-feira (18), Trump manteve o vaivém declaratório. Se na véspera havia ameaçado matar Khamenei, passou a dizer que “pode ou não pode” atacar, e que costuma decidir “no último segundo”. Ao fim do dia, ventilou o interesse iraniano em conversar, apesar de Khamenei ter rejeitado seu ultimato por uma “rendição incondicional” e ameaçado retaliações.
Nesta sexta, o líder iraniano provocou Tel Aviv pela intervenção americana. “O próprio fato de os amigos americanos do regime sionista [Israel] terem entrado em cena é um sinal da fraqueza e incapacidade desse regime”, afirmou no X.
Os EUA estão enviando mais forças para a região e em breve terão três grupos de porta-aviões, dois na área do Golfo e outro, no Mediterrâneo. Não há opções boas para Trump: ele já está sob ataque de sua base mais radical, apontando a traição à promessa de não entrar em guerras dos outros, e uma ação traz muitos riscos.
O principal é a questão da mudança de regime no Irã. Não há hoje plano B para esse cenário, e as tentativas de impor novos governos na região sempre resultaram em caos. Assim, se for para as vias de fato, é possível que Trump foque apenas o programa nuclear —a mídia americana disse que ele inclusive aprovou, sem dar OK final, plano para tal.
Enquanto o balé se desenrolava, três aviões da Presidência do Irã deixaram o país, segundo sites de monitoramento de tráfego aéreo, rumo a Omã, do outro lado do Golfo Pérsico. O sultanato vinha trabalhando como mediador das conversas sobre o programa nuclear iraniano entre Teerã e Washington.
Elas visavam retomar o arranjo no qual a teocracia abria mão da bomba em troca do fim de sanções, como vigiu entre 2015 e 2018, quando Trump retirou os EUA do acordo.
Agora, o americano queria o fim total das atividades de enriquecimento de urânio do país, que alega precisar delas para fins pacíficos —uma meia verdade, dado que é possível ter energia atômica comprando combustível da aliada Rússia, por exemplo.
Seja como for, Khameni bateu o pé, e a AIEA deu um empurrão final com um relatório colocando o Ir em total violação de seus compromissos de transparências. Israel usou os dois pontos, argumentando com base em dados de inteligência segundo os quais Teerã poderia ter 15 bombas em questão de dias ou semanas, atacou.
Nesta quinta, o porta-voz diplomático do Irã, Esmaeil Baghaei, disse que a AIEA foi parceira de “uma injusta guerra de agressão”. Ele citou uma entrevista de Grossi à CNN, na qual o diretor argentino disse que não tinha evidências da tentativa de construção da bomba iraniana: “Tarde demais, sr. Grossi”.
Igor Gielow/Folhapress
Gasto sob Lula 3 cresce em ritmo de quase o dobro da receita
Os gastos federais no governo Lula 3 têm corrido em ritmo equivalente a quase o dobro do aumento da arrecadação, que cresce substancialmente. O padrão deve se manter em 2026, levando a um colapso no funcionamento da máquina pública a partir de 2027, segundo projeções oficiais. O chamado “shutdown” é a falta de dinheiro para despesas básicas.
Ao longo do terceiro mandato de Lula, a equipe econômica obteve aumento acima da inflação na receita líquida (livre de transferências para estados e municípios, entre outras) de R$ 191,3 bilhões, com arrecadação prevista neste ano de R$ 2,318 trilhões. No período, as despesas cresceram R$ 344 bilhões, devendo atingir R$ 2,415 trilhões, segundo dados da IFI (Instituição Fiscal Independente, do Senado) e do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do Tesouro Nacional.
Com gastos crescendo acima da receita, o governo pode encerrar 2025 com déficit primário (sem contar juros para rolar débitos) equivalente a 0,77% do PIB, incluindo o pagamento de precatórios. Isto deve impactar no crescimento da dívida pública, principal termômetro de solvência dos países. Projeções da IFI indicam que o governo Lula acrescentará cerca de 12 pontos percentuais na dívida em quatro anos.
É para conter essa trajetória explosiva que a equipe do ministro Fernando Haddad (Fazenda) busca elevar ainda mais as receitas. Tentou inicialmente aumentar alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Diante da resistência do Congresso, procura taxar aplicações financeiras isentas e elevar a tributação sobre apostas esportivas e fintechs, entre outras medidas –como majoração mais branda do IOF.
Para especialistas, Lula criou uma armadilha para si, que o levará ao ano eleitoral de 2026 sem gás para grandes gastos em caso de resistência maior de um Congresso majoritariamente de centro-direita, sem motivos para dar fôlego ao PT. O temor é que Lula abandone as regras do arcabouço fiscal que instituiu em 2023 e acelere o crescimento da dívida pública –pressionando inflação e juros para cima.
O arcabouço estabeleceu limite entre 0,6% e 2,5% acima da inflação para o crescimento da despesa primária (sem contar juros). Mas o aumento da despesa não pode ultrapassar 70% o da receita. Assim, para cada R$ 1 em novas receitas, podem ser gastos R$ 0,70, respeitando o limite de alta de 2,5%. Apesar de mais frouxo que o teto de gastos do governo Michel Temer, quando a despesa era corrigida só pela inflação, a regra é o que ainda contém crescimento maior do gasto.
O governo Lula, no entanto, usa outros meios para gastar mais, fora da regra do arcabouço –algo que, no final, aumenta a dívida pública. Uma das estratégias é liberar recursos do Orçamento como despesas financeiras, que não são computadas como primárias e ficam de fora da regra fiscal.
Dinheiro do chamado Fundo Social (abastecido com rendas da União com petróleo), por exemplo, tem sido direcionado para irrigar programas do BNDES, o Minha Casa Minha Vida e o Fundo de Investimento em Infraestrutura Social. Cálculo da economista Cecilia Machado mostra que os desembolsos autorizados em alguns desses programas atingem R$ 74 bilhões neste ano –ante R$ 25 bilhões em 2023.
Segundo o especialista em contas públicas, Marcos Mendes, antes de Lula assumir, grande parte dos recursos captados pelo Fundo Social eram direcionados ao abatimento da dívida pública.
Outro drible para gastar mais se dá por meio dos chamados fundos privados, que financiam programas como Pé de Meia (até R$ 15 bilhões neste ano) e Desenrola Brasil.
“Esses desembolsos do Orçamento com cara de despesa financeira, que não vão impactar o [déficit] primário, são R$ 59 bilhões maiores do que a média de desembolsos similares de 2018 a 2022, excluindo 2020, ano da pandemia”, diz Mendes.
Esses gastos, porém, não são a principal causa para o crescimento das despesas acima da arrecadação. Ao assumir e acabar com o teto de gastos, o governo Lula reestabeleceu a regra de os desembolsos para saúde e educação acompanharem o crescimento da receita corrente líquida (e não mais a inflação), na proporção de 15% e 18% do total arrecadado, respectivamente. Quando a receita sobe, esses gastos aumentam.
Outro motivo é a regra de correção do salário mínimo, que prevê aumentos acima da inflação até 2,5%. Isto tem impacto enorme sobre os benefícios previdenciários, a maior despesa, porque 70% dos pagamentos seguem o piso básico. No atual, governo, o valor dos benefícios previdenciários saltou de R$ 912,2 bilhões para R$ 1.053 trilhão.
Existem outras despesas que também estão crescendo muito, com suspeitas de fraudes ou a partir de decisões judiciais. Uma delas é o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a pessoas pobres com mais de 65 anos ou deficientes. O total de beneficiários neste governo por decisão administrativa ou judicial passou de 5,1 milhões para 6,3 milhões.
Para Marcus Pestana, diretor-executivo da IFI, a trajetória dos gastos acima da receita líquida deve levar o Brasil ao “shutdown” em 2027, com o estrangulamento dos gastos discricionários (não vinculados e sobre os quais o governo tem liberdade para gastar). A própria equipe econômica escancarou essa possibilidade no Anexo IV do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026.
“Exceto em saúde e educação, que são protegidos por vinculação, não haverá munição para as Forças Armadas, gasolina para o Ibama e Polícia Federal, nem internet e telefone para os órgãos. Este é o desenho da mediocridade do horizonte brasileiro”, diz Pestana.
Em sua opinião, as medidas propostas pela Fazenda para aumento das receitas são “band-aids” para salvar o ano e nada têm de estrutural. Não se espera que o governo, às vésperas do período eleitoral, mexa com as regras que garantem mais recursos para saúde e educação e para o aumento real do salário mínimo.
O economista Alexandre Manoel, ex-secretário do Ministério da Fazenda (2018-2020), acredita que, embora o atual governo tenha conseguido aumentos reais na arrecadação, esse movimento “chegou a um limite”. “O Congresso deve aprovar o mínimo para que o país atravesse o ano eleitoral de 2026, e para preservar o fluxo de dinheiro para sustentar as emendas parlamentares”, diz.
As emendas são outro ponto de estrangulamento dos gastos discricionários. No governo Lula, elas saltaram de R$ 35,6 bilhões para R$ 50,4 bilhões.
Para os próximos trimestres, até a eleição, o que se espera é um aumento da despesa (e da dívida pública) para manter o governo funcionando; além da preservação das verbas de deputados e senadores.
Nesse cenário, o Brasil perdeu a chance de fazer um ajuste gradual nas contas públicas sob Lula 3, e precisará de um choque em 2027 –com possíveis mudanças nas vinculações em saúde e educação e na regra de aumento acima da inflação no salário mínimo.
Fernando Canzian/Folhapress
Trump vai decidir se entra na guerra entre Irã e Israel em até 2 semanas, diz Casa Branca
Segundo comunicado, presidente dos EUA está interessado em buscar saída diplomática, mas mantém como prioridade impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que tomará uma decisão sobre o envolvimento do país na guerra entre Israel e Irã nas próximas duas semanas.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (19) pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Em mensagem divulgada à imprensa, Leavitt disse que o presidente declarou:
“Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, tomarei minha decisão de ir ou não nas próximas duas semanas.”
Leavitt disse ainda que Trump está interessado em uma saída diplomática, mas mantém como prioridade impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear.
Segundo ela, qualquer acordo precisaria impedir o enriquecimento de urânio por parte de Teerã e eliminar a capacidade do país de produzir uma arma atômica.
Os comentários ocorrem em meio à escalada do conflito no Oriente Médio, após uma série de ataques entre Israel e Irã desde a última sexta-feira (14).
Desde então, Trump alterna declarações em defesa de uma solução diplomática rápida e sinais de que os EUA poderiam se engajar diretamente no conflito.
Entenda possível entrada dos EUA no conflito
A escalada dos ataques entre Israel e Irã aumentou a pressão para que os Estados Unidos se envolvam diretamente no conflito.
Na última quarta-feira (19), Trump aprovou de forma preliminar planos para um ataque no Irã, segundo a imprensa americana. O plano ainda não foi confirmado oficialmente pelo presidente ou pela Casa Branca.
Nesta quarta-feira (18), o presidente Donald Trump se reuniu com integrantes do Conselho de Segurança Nacional e sinalizou a possibilidade de uma ação militar.
Em resposta, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, advertiu que qualquer ofensiva americana terá “consequências sérias e irreparáveis” e prometeu reagir caso o país seja alvo de bombardeios.
Entenda abaixo porque o envolvimento dos EUA no conflito parece inevitável, segundo especialistas ouvidos pelo g1.
Aliança histórica entre EUA e Israel
Os Estados Unidos são aliados estratégicos de Israel e, tradicionalmente, se posicionam ao lado do país em conflitos no Oriente Médio.
Em fevereiro, o presidente Donald Trump retomou a política de “pressão máxima” sobre o Irã, com o objetivo de forçar um novo acordo nuclear.
Trump também já havia declarado que, se as negociações fracassassem, poderia atacar o Irã com apoio de Israel.
O uso da palavra “nós” em postagens recentes sobre o controle do espaço aéreo iraniano acendeu alertas sobre a possível entrada dos EUA no conflito.
Movimentação militar e sinais de preparação para a guerra
Os Estados Unidos reforçaram sua presença militar no Oriente Médio com o envio de caças e aviões estratégicos. Aeronaves também foram deslocadas da Europa para a região.
Para especialistas, trata-se de um movimento que vai além da intimidação.
“Pela escala dos deslocamentos e pelo tipo de armamento, são todos sinais de uma preparação para a guerra”, analisa Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo IUPERJ e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil.
Ele destaca também o uso de navios especializados em desminagem como um indicativo de preparação para um conflito naval no Golfo Pérsico.
Segundo o professor, mesmo que a movimentação seja uma forma de o governo americano pressionar o Irã, trata-se de “um teatro bem caro e expressivo”.
Capacidade bélica exclusiva contra o programa nuclear iraniano
Gunther Rudzit, professor de Relações Internacionais da ESPM, explica que o fim do programa nuclear iraniano também é de interesse do governo americano.
"Por mais que o secretário de Defesa não queira se envolver em mais uma guerra no Oriente Médio, não tem como não ajudar o governo israelense a eliminar esse programa nuclear, que há muito tempo representa uma ameaça aos Estados Unidos", afirma. "O equipamento militar americano está saindo ainda mais valorizado do que antes."
De acordo com especialistas, só os EUA têm armamento capaz de destruir os bunkers subterrâneos onde o Irã mantém seu programa de enriquecimento de urânio.
“Os Estados Unidos são os únicos atores competentes no cenário internacional para neutralizar o programa nuclear iraniano já que possuem artilharia para tanto, diferentemente de Israel”, afirma Priscila Caneparo, doutora em Direito Internacional.
Custo político para o governo Trump
Os especialistas ouvidos pelo g1 divergem, no entanto, sobre o impacto político de um envolvimento para Trump.
Segundo a professora Priscila Caneparo, doutora em Direito Internacional, entrar no conflito significaria descumprir promessas de campanha de não gastar dinheiro com guerras. "Acho que vai pegar muito mal para ele, em uma perspectiva de não corresponder ao que seus eleitores e a sua base eleitoral estão justamente esperando dele", afirma a especialista.
Já o professor Gunther Rudzit, avalia que o impacto eleitoral pode ser mais limitado. Segundo ele, é preciso lembrar que o republicano já voltou atrás por diversas vezes em suas promessas.
“Ele tem um controle sobre a maior parte desse eleitorado do movimento MAGA. Eu não me surpreenderia que, se ele agir militarmente contra o Irã e criar toda uma nova narrativa, o eleitorado aceite isso", analisa.
Supremo suspende análise sobre oposição à contribuição sindical
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista em julgamento contra decisão que autorizou os sindicatos a descontar contribuição assistencial mesmo de trabalhadores não sindicalizados, desde que assegurado o direito à oposição. O ministro tem até 90 dias para devolver o caso a julgamento.
No recurso, o Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas (Sindmaq) pede para a Corte esclarecer de que forma os trabalhadores poderão se opor à cobrança. O julgamento começou na sexta-feira passada, 13, em sessão virtual, e a conclusão estava prevista para a próxima quarta-feira, 25.
Relator do caso, o ministro Gilmar Mendes negou o recurso por questões processuais, e não analisou o mérito do pedido. Ele entendeu que o Sindmaq não tem legitimidade para interpor o recurso, já que não é parte no processo nem “amicus curiae” (entidade interessada que é admitida no processo para prestar informações e subsidiar o julgamento). Até o momento, seu voto foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin.
Lavínia Kaucz, Estadão Conteúdo
Terminais do BB passam a fornecer comprovantes por WhatsApp
Os clientes do Banco do Brasil que usarem os caixas eletrônicos podem contribuir para a preservação do meio ambiente. Os terminais de autoatendimento do banco passaram a fornecer o comprovante de depósito em dinheiro pelo WhatsApp.
A opção é facultativa. O cliente, ao depositar dinheiro nos terminais, pode escolher se receberá o comprovante impresso ou pelo WhatsApp.
Após fazer o depósito, o cliente deverá selecionar a opção “Enviar por WhatsApp” e, em seguida, escolher o número de celular cadastrado no BB para envio do comprovante da operação. A mensagem será enviada ao número escolhido.
A nova funcionalidade integra a agenda ambiental, social e de governança (ASG) do banco.
“A iniciativa está alinhada às diretrizes sustentáveis do banco, que busca constantemente soluções que gerem valor para a sociedade e para o planeta”, informou o BB em nota.
Segundo ainda o BB, a solução tecnológica reforça a integração entre os canais físicos e digitais da instituição financeira. Além de fornecer mais comodidade, agilidade e segurança, o envio dos comprovantes pelo aplicativo de mensagens mais usado pelos brasileiros fortalece a inclusão digital.
O principal benefício, de acordo com o banco, será para o meio ambiente. Ao reduzir o consumo de papel, a iniciativa diminui a necessidade de reposição de insumos nos terminais e barateia os custos para a instituição financeira.
Agência Brasil
Polícias Civil e Militar capturam mulher com submetralhadora, revólver e drogas
Submetralhadora, revólver, carregador, munições e drogas foram apreendidos por equipes das Polícias Civil (13ª COORPIN – CATTI DIAMANTINA) e Militar (29ª CIPM) na cidade de Seabra, durante a Operação San Juan, deflagrada na manhã desta quinta-feira (19).
O trabalho conjunto das Forças Estaduais da Segurança Pública tem como objetivo desarticular um grupo criminoso envolvido com tráficos de drogas e armas, homicídios, roubos, lavagem de dinheiro e corrupção de menores.
Os armamentos, munições e drogas, além de celulares e R$ 30 mil em cheques bancários foram localizados em residências utilizadas pelos criminosos, que foram alvos de mandados de busca e apreensão. Uma mulher acabou presa em flagrante.
Outras diligências continuam sendo desenvolvidas na região, buscando capturar outros integrantes do grupo criminoso.
Lula compara Brasil pós-Bolsonaro à Faixa de Gaza e diz que será candidato para vencer em 2026
O presidente Lula (PT) disse em entrevista ao rapper Mano Brown que se lembra do Brasil pós-governo Bolsonaro quando olha para a Faixa de Gaza, palco de um conflito entre Hamas e Israel desde outubro de 2023.
“De vez em quando eu olho para a destruição na Faixa de Gaza e fico imaginando o Brasil que nós encontramos. Não tínhamos mais ministério do Trabalho, de Igualdade Racial, de Direitos Humanos, de Cultura. Foi uma destruição proposital”, declarou, durante entrevista de mais de duas horas no podcast Mano a Mano. É a segunda vez que Lula participa do programa, que funciona em formato de mesacast –um bate papo entre o apresentador e o convidado.
A entrevista foi publicada no Spotify na madrugada desta quinta-feira (19).
Ao lado do rapper, um antigo aliado, o mandatário se sentiu mais confortável para falar sobre as ações do governo e reeleição. Evitou assuntos espinhosos, como os conflitos em curso no oriente médio.
Ainda no começo do episódio, o presidente admitiu que tem dificuldade para governar com minoria no Congresso Nacional. A fala dele se deu no contexto de uma pergunta da jornalista Semayat Oliveira, que citou críticas ao governo pela esquerda direcionadas às concessões políticas feitas pelo petista a partidos do centro.
“Para que as pessoas compreendam, eu elegi 70 deputados do meu partido. O Congresso Nacional tem 513 deputados. É só analisar para saber que preciso fazer composições políticas para governar o país, se não, não consigo”, respondeu Lula.
Em outro momento, o Lula defendeu a regulamentação das redes sociais, o que, segundo seu ponto de vista, é necessário para resguardar o processo democrático. “Se não regularmos, estamos vulneráveis”, afirmou.
Sobre eleição, disse que será candidato para vencer a disputa da direita, citando nominalmente nomes levantados como opções à ausência de Bolsonaro, inelegível até 2030. Entre os possíveis adversários, citou os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), pontuando que “podem procurar o candidato que quiserem, se eu for candidato é para ganhar as eleições”.
O governador do Paraná preparou um vídeo em tom presidenciável, de olho nas eleições de 2026, se apresentando como filho do apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, e enumerando feitos de sua gestão no estado.
A propaganda, elaborada pelo marqueteiro argentino Jorge Gerez, foi divulgada nesta quarta-feira (18). Nela, Ratinho Jr. contou trabalhar desde cedo com o pai e relatou ter entrado para a política porque “sempre via os mesmos sobrenomes, prometendo as mesmas coisas”
Durante a entrevista, Lula disse ainda que o povo brasileiro vai começar a sentir agora as mudanças operadas por seu governo. Prometeu lançar, até o fim do mês uma linha de crédito para reformas de casas e outra para aquisição de motos elétricas por entregadores de comida.
Uma terceira promessa —esta para até o fim do ano— é incluir o gás de cozinha na cesta básica, medida que, segundo diz, deve conceder o produto gratuitamente a aproximadamente 17 milhões de famílias.
Luis Eduardo de Sousa, Folhapress
Como o Irã reagiria à entrada dos EUA na campanha militar de Israel?
Regime teocrático ameaça com danos irreparáveis, que se traduziriam em ataques a alvos americanos, sejam civis ou militares, e bloqueio do Estreito de Ormuz.
Os danos irreparáveis aludidos pelo líder supremo poderiam se refletir diretamente em ataques a bases militares dos EUA operadas em 19 locais do Oriente Médio, onde estão alocadas cerca de 40 mil pessoas. A maioria está no alcance de 2.000 km de mísseis balísticos Sejil-2, do Irã.
Há bases permanentes em oito países: Bahrein, Egito, Iraque, Jordânia, Kuwait, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Além disso, os EUA têm dois porta-aviões na região e um terceiro a caminho, o USS Nimitz.
O presidente Donald Trump avalia os riscos de se envolver diretamente na campanha militar e automaticamente arrastar os EUA para uma guerra prolongada como as enfrentadas no Afeganistão e no Iraque.
No intuito de minar os riscos políticos para a base eleitoral de Trump, que rejeita categoricamente a participação do país em conflitos externos, autoridades americanas confiam que as Forças de Defesa de Israel tenham reduzido bastante a capacidade iraniana de lançamento de barragens de mísseis.
O engajamento dos EUA no ataque ao Irã traria benefícios a Israel em seu objetivo de desmantelar o programa nuclear do regime: acredita-se que somente os bombardeiros B-2 e bombas destruidoras de bunkers, de fabricação americana, são capazes de danificar a usina de Fordow, instalada dentro de um complexo subterrâneo.
De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica, é nesta estrutura que o Irã já enriqueceu urânio a 83,7% — perto dos 90% necessários para obter armas nucleares.
Outro trunfo de retaliação do Irã aos EUA passa pelo Estreito de Ormuz, que liga o Golfo Pérsico ao Oceano Índico e atua como rota de navegação crucial para o Mediterrâneo e a Europa, por onde passa 20% do petróleo comercializado no mundo. O regime já avisou que poderia bloquear a passagem se fosse atacado ou atingir embarcações, como fez em 2019, quando Trump retirou os EUA do acordo nuclear firmado com o país.
Embora enfraquecidos, militantes do chamado “Eixo da Resistência” — Hamas, Hezbollah e houthis — ou da ala radical da Guarda Revolucionária também poderiam ser acionados para ataques terroristas tendo cidadãos e instituições americanas como alvos.
Trump mantém o mistério sobre atacar ou não a República Islâmica por meio da ambiguidade. “Posso fazer, posso não fazer. Quer dizer, ninguém sabe o que vou fazer”, transmitiu o presidente americano. Ao menos na retórica, o aiatolá Khamenei foi mais assertivo.
Por Sandra Cohen
Especializada em temas internacionais, foi repórter, correspondente e editora de Mundo em 'O Globo'
“Não sou eu que vou escalar o time do PT”, afirma Coronel, ao comentar possível desistência de Jaques Wagner ao Senado
O senador Angelo Coronel (PSD) repercutiu a possibilidade que passou a ser aventada, em Brasília, de uma possível desistência do senador Jaques Wagner (PT) de concorrer à reeleição para coordenar, em 2026, a campanha do presidente Lula. O novo capítulo da política baiana foi noticiado, com exclusividade, por este Política Livre, na última segunda-feira (16).
Ao ser perguntado por este Política Livre se o cenário, ainda hipotético, será a solução para os seus “problemas”, uma vez que já é sabido que na cúpula do PT a chapa dos sonhos para o Senado é composta por Jaques Wagner e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disputando a segunda vaga, Angelo Coronel surpreendeu ao dizer que se “isso acontecer, o PT e o Senado vão perder um grande senador”.
Embora a declaração pareça ser somente um gesto comum de afago a um “amigo-irmão”, nas entrelinhas fica claro que Angelo Coronel, ainda que rifado da chapa ao Senado com mais de um ano de antecedência, tem disposição para brigar pelo direito natural à reeleição, porém com a preferência de repetir a dobradinha com Jaques Wagner e não com Rui Costa. Eles foram eleitos, em 2018, com uma votação muito parecida: Angelo Coronel, com 3.331.625 votos, e Jaques Wagner, 3.618.917 votos.
“Não sou eu que vou escalar o time do PT, como também não admitimos que ninguém de fora venha escalar o time do PSD. Então, sobre a questão de Wagner ser candidato ou não, eu não tenho nenhum comentário a fazer. Só sei que o Senado perderá um grande quadro porque ele vem fazendo um grande trabalho no Senado”, frisou, ao conceder entrevista durante sua participação, na última terça-feira (17), na festa de São João da Assembleia Legislativa, Casa em que foi presidente no biênio 2017-2018.
Sobre a possibilidade de migrar para o ninho da oposição e marchar com ACM Neto (União Brasil), caso os planos na base do governo Jerônimo não prosperem, Angelo Coronel respondeu que a política é muito dinâmica e que “nada está descartado”. “No momento, estamos no PSD. O PSD está na base, eu sou o soldado do meu partido. O meu partido é que vai dizer, tanto a nível nacional como a estadual, como é que nós vamos nos portar, como nós vamos seguir. Mas nada está descartado na política da Bahia”, disse.
Quanto à disputa presidencial, o pessedista foi na mesma linha do ex-ministro José Dirceu (PT), que defendeu em entrevista o nome de Rui Costa como potencial sucessor de Luiz Inácio Lula da Silva.
“Rui tem feito lá, se desenvolveu muito em Brasília, é o ministro mais importante da República e tem todas as prerrogativas para querer, aliás, não é nem querer porque muitas vezes a gente quer e não consegue, mas pelo seu conhecimento, pela sua experiência seria também um bom quadro para substituir o presidente Lula”, opinou.
Carine Andrade , Política Livre
Bolsa Família: Banco ultrapassa R$ 1 bilhão em empréstimos
O presidente do BNB (Banco do Nordeste), Paulo Câmara, anuncia, nesta quinta (19), que as contratações pelo programa Acredita no Primeiro Passo ultrapassaram R$ 1 bilhão desde o lançamento da iniciativa há quase um ano.
Iniciativa do governo federal, a medida facilita empréstimos a beneficiários do Bolsa Família para que se tornem pequenos empreendedores e, assim, fiquem independentes do programa assistencialista.
Para se ter ideia do crescimento do programa, em fevereiro deste ano, o BNB tinha concedido R$ 550 milhões para 60 mil beneficiários do Bolsa Família.
Segundo Câmara, em menos de quatro meses, quase 113 mil inscritos no CadÚnico já tomaram empréstimos, dos quais 76,8 mil foram mulheres (68% do total). Este volume representa pouco mais de 2% dos beneficiários. O valor médio das operações foi de R$ 9.190.
Ao longo de quase um ano, o programa mostrou uma das taxas de inadimplência mais baixas do mercado de crédito –0,2%. A média de inadimplência nas demais linhas de crédito do BNB é de 2%.
Boa parte dessa expansão se deve ao fundo garantidor criado pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Os recursos lastreiam os empréstimos.
“Os grandes investidores encontram no sistema bancário o apoio que necessitam para seus projetos. O Acredita no Primeiro Passo faz o mesmo pelas pessoas que estão no Bolsa Família”, disse Câmara.
“O BNB financia e presta orientação técnica e o governo federal, via Ministério do Desenvolvimento Social, entra com a garantia”.
Julio Wiziack/Folhapress
Bahia reforça rede de saúde para atender vítimas de queimaduras no São João
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) reforçou as equipes de atendimento para o período de São João, principalmente nas três unidades que contam com Centro de Tratamento de Queimados (CTQ): o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus (HRSAJ), e o Hospital do Oeste, em Barreiras. A iniciativa integra o conjunto de ações que o Governo do Estado preparou para a área de saúde, com um investimento de R$ 13,1 milhões.
As equipes foram ampliadas devido ao histórico de internações por queimaduras com fogos de artifício durante as festas juninas. Historicamente, o mês de junho é o que concentra mais ocorrências desse tipo. Ao longo de 2024, já foram registradas 75 internações, sendo 32% somente em junho. Em 2023, este mês concentrou 30% das 69 internações do ano.
No HGE, as equipes já estão mobilizadas para as ocorrências relacionadas ao São João, além das demandas do dia a dia, como conferiu a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, que visitou a unidade na tarde desta quarta-feira (18). “Nosso compromisso com a vida e com o cuidado se fortalece ainda mais neste período, em que milhares de baianos e visitantes se reúnem para celebrar o São João. Com esta estrutura, garantimos acesso à saúde, promovemos a prevenção e acolhemos quem precisa”, afirmou a secretária.
Destacando-se no cenário nacional, o CTQ do HGE é um dos mais bem equipados do país. O serviço, que ocupa um andar inteiro do HGE 2, conta com centro cirúrgico próprio, unidade de terapia intensiva (UTI) e leitos de enfermaria adulto e pediátrico. São cerca de 200 profissionais capacitados especificamente para o tratamento de queimaduras.
“Temos no CTQ instalações modernas e profissionais preparados para oferecer assistência completa às pessoas vítimas de queimaduras que precisam ser internadas”, destaca o coordenador do CTQ do HGE, o médico Marcos Barroso. Segundo ele, o centro está pronto para atender casos de acidentes durante o São João, incluindo queimaduras provocadas por fogos. “Possuímos tecnologia avançada e profissionais especializados para garantir um atendimento eficiente e de alta qualidade”, pontua Barroso.
Além do atendimento a queimados, o HGE também é referência para vítimas de explosão de bombas. Em 2024, foram 116 registros dessa ocorrência. Este ano, já são 24 casos. O cirurgião Marius Wert, coordenador do Serviço de Cirurgia de Mão do HGE, alerta para os riscos com esses artefatos. “As bombas devem ser acesas em uma superfície, sem segurá-las com as mãos. Os riscos são grandes e os acidentes muitas vezes deixam sequelas, podendo até causar amputação da mão”, alerta Wert.
Cuidados
O médico Marcos Barroso orienta que, em casos de queimadura, a única medida a ser adotada é lavar o local com água corrente e buscar um serviço de saúde. “Soluções caseiras não devem ser usadas de forma alguma. Passar produtos como manteiga, pasta de dente ou borra de café só agrava o ferimento”, afirma. Ele ainda recomenda que, caso a roupa fique grudada na pele, não se tente retirá-la. Segundo o médico, esse procedimento deve ser realizado na unidade de saúde.
O tenente bombeiro militar Romualdo Costa Filho recomenda cautela com os fogos. “Na compra desses artefatos, é fundamental verificar se o fabricante está autorizado pelo Exército Brasileiro e se os produtos possuem selo de conformidade que ateste a qualidade e a segurança do material”, afirma. O tenente também alerta para o local de compra: “É importante adquirir em pontos de venda licenciados”.
Ele ainda explica que, antes de soltar os fogos, é indispensável ler as instruções de uso e verificar a classificação de risco, principalmente quando destinados a crianças. “Na hora de soltar os fogos, escolha locais abertos e livres de obstáculos, mantendo distância de pessoas, edificações, veículos e vegetação”, orienta.
Operação São João da Bahia 2025 tem investimento de R$ 30 milhões na segurança e efetivo de 12 mil profissionais
Nesta quarta-feira (18), o governador Jerônimo Rodrigues se reuniu com o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, para revisar os últimos detalhes da Operação São João 2025, considerada a maior já realizada durante os festejos juninos no estado. Com um investimento de R$ 30 milhões do Governo do Estado, para garantir a segurança de baianos e turistas, em 281 municípios baianos, o plano inclui reforço no policiamento, ampliação da tecnologia de monitoramento e atuação integrada entre diferentes órgãos públicos.
Durante o encontro, o titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Marcelo Werner destacou que esta será a maior operação junina da história do estado, com a mobilização de 12 mil profissionais das forças de segurança pública, entre policiais militares, civis, bombeiros, técnicos e agentes rodoviários, distribuídos entre a capital e o interior da Bahia. O secretário explicou também sobre a importância de inovar na operação.
O reforço no policiamento começou na última quinta-feira (12) e seguirá até o fim do mês. A Polícia Militar da Bahia atuará com 7.251 policiais em 269 festas no interior e 12 eventos na capital e na Região Metropolitana de Salvador. “As ações envolvem patrulhamento a pé, em viaturas, motocicletas, cavalos, com drones, helicópteros e bases móveis. Os grandes eventos contarão com portais de abordagem, uso de câmeras corporais e presença da Ronda Maria da Penha”, enfatizou Werner.
Também haverá reforço especial nas estações de metrô, especialmente na estação Mussurunga, e nas principais vias de acesso ao Parque de Exposições, como as avenidas Paralela, Dorival Caymmi e Orlando Gomes.
Policiamento reforçado e tecnologia de ponta
A operação contará com apoio robusto da tecnologia. Serão 1,5 mil câmeras instaladas nos locais de maior circulação de pessoas, sendo 500 equipadas com tecnologia de reconhecimento facial. Esses equipamentos serão utilizados para videomonitoramento, contagem de público e identificação de foragidos da Justiça.
O secretário da Segurança, Marcelo Werner destacou que essa tecnologia já possibilitou a captura de 1.090 pessoas procuradas no estado. “A tecnologia, da inteligência e da inovação hoje é uma diretriz, que se substancia através do uso das câmeras, do vídeo monitoramento”, explicou.
Ainda sobre outra facilidade trazida pelos recursos tecnológicos, o lançamento imediato do boletim de ocorrências, reportado à equipe de campo ganha destaque na agilidade e atuação assertiva dos profissionais. “Podemos saber onde o fato ocorreu para que possamos identificar não só pelas imagens, mas também em campo, em loco, eventuais quadrilhas ou pessoas especializadas nos no furtos de transeuntes”, conclui o secretário.
Estrutura integrada em Salvador e no interior
A coordenação das ações será feita a partir do Centro Integrado de Comando e Controle, no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador, reunindo 20 órgãos estaduais, municipais e federais. O mesmo modelo será replicado no interior, com atuação dos Centros Integrados de Comunicação (CICOMS), que farão o papel de comando regional, em articulação com prefeituras e forças locais. Além disso, a operação terá atenção especial à prevenção de crimes contra grupos vulneráveis.
Postos de atendimento serão instalados nos locais com maior concentração de público para acolher denúncias e ocorrências relacionadas a racismo, violência contra mulheres, idosos, crianças, adolescentes e a população LGBTQIAPN+, com a participação das secretarias estaduais de Políticas para as Mulheres, Justiça e Direitos Humanos, Assistência e Desenvolvimento Social, Promoção da Igualdade Racial e da Defensoria Pública. A Ouvidoria Geral do Estado também atuará em conjunto com essas instituições para garantir o acompanhamento transversal das ações.
Prevenção a queimaduras e incêndio
O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia atuará com um efetivo de 7.521 profissionais, sendo 2.081 na capital e na RMS e outros 5.440 no interior. A corporação está mobilizada para realizar ações de prevenção a queimaduras e incêndios, com foco especial na fiscalização de fogos de artifício e fogueiras. Mais de R$ 3 milhões foram investidos especificamente para essas ações. O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Aloísio Mascarenhas, destacou que há um mês as equipes já realizam vistorias técnicas em espaços de festa, e que haverá também atendimento pré-hospitalar nos locais de maior concentração de público para garantir uma resposta rápida a casos de acidentes.
As ações do Corpo de Bombeiros são realizadas em conjunto com o Departamento de Polícia Técnica (DPT), que atua na fiscalização e na retirada de circulação de fogos de artifício que não estejam em conformidade com as normas de segurança.
Rodovias estaduais
Nas estradas, a Polícia Rodoviária Estadual intensificou a fiscalização com o uso de radares, etilômetros e outros equipamentos nos trechos de maior fluxo, com o objetivo de reduzir acidentes e combater crimes durante o período dos festejos juninos. A atuação nas rodovias completa o planejamento de segurança integrado para todo o estado.
O secretário Marcelo Werner destacou que a operação foi fortalecida com a incorporação de novos profissionais de segurança pública que tomaram posse no final de 2024 e início de 2025. “O reforço no efetivo garante que o policiamento também esteja presente nas cidades que não realizarão festas, com cobertura em todo o território baiano durante o período junino”, assegurou Werner.
Repórter: Tácio Santos/GOVBA
Fotos: Joá Souza/GOVBA
Supremo vê ‘ameaças graves’ e aprova segurança vitalícia para ministros aposentados da corte
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| Foto: Antônio Augusto/STF/Arquivo |
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai oferecer segurança institucional vitalícia aos seus ministros. Pelas regras atuais, a escolta é mantida por no máximo de seis anos após a aposentadoria dos magistrados.
Foi o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, quem levou a proposta aos colegas. Ele justificou que os membros do tribunal vêm recebendo “reiteradas ameaças graves” e mencionou o ataque a bomba ao edifício da Corte, em novembro de 2024.
As regras sobre a segurança pessoal dos ministros estão previstas em uma instrução normativa em vigor desde 2014.
Inicialmente, a prestação dos serviços de segurança pessoal era assegurada por 36 anos, a contar da data da aposentadoria.
Em 2023, o STF passou a permitir a prorrogação do prazo, por mais três anos, se o ministro solicitar. A decisão foi tomada a partir de um pedido do ministro Marco Aurélio Mello, aposentado em 2021.
Na ocasião, Barroso argumentou que “a exposição pública e os riscos a que estão sujeitos os ministros do Supremo aumentaram consideravelmente” e que, dado o grau de visibilidade do tribunal, os magistrados “permanecem expostos a perigos que decorrem diretamente do exercício da função pública” mesmo depois da aposentadoria.
Ao revisitar as regras, o presidente do STF argumentou que houve uma escalada de ataques e ameaças dirigidos aos membros da Corte
“O contexto que fundamentou a decisão do tribunal pela ampliação do tempo de prestação dos serviços de segurança não sofreu melhora até o momento. Ao contrário, agravou-se”, escreveu Barroso ao sugerir a segurança vitalícia.
O tema está em votação em uma sessão administrativa no plenário virtual. A maioria já está formada com os votos de André Mendonça, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Luiz Fux.
Rayssa Motta, Folhapress
STF anula decisão que permitia pagamento de honorários a procurador aposentado da Bahia
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| Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE |
O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ‑BA) que permitia a um procurador aposentado receber honorários advocatícios sem atividade em exercício. O caso, julgado pelo ministro André Mendonça, envolvia um profissional aposentado em 1997 que pleiteava a incorporação desses honorários em seus proventos com base no princípio de paridade em relação aos colegas ativos.
A Justiça estadual decidiu, em julgamento da 6ª Turma Recursal do TJ‑BA, substituir o termo “incorporação” por “rateio”, mantendo o direito ao pagamento. No entanto, o STF entendeu que se tratava apenas de uma mudança semântica, uma vez que o benefício continuava sendo aplicado de maneira a remunerar um profissional sem vínculo ativo. O relator frisou que a legislação local (Lei Complementar 43/2017) impede explicitamente esse tipo de pagamento a quem está aposentado há mais de cinco anos.
Além de reforçar o entendimento de que honorários de sucumbência representam remuneração pela prestação de serviço advocatício, o ministro destacou que incorporar tais valores à aposentadoria viola o regime constitucional de subsídios, destinado apenas a quem está em efetivo exercício. A decisão ressalta ainda que o rateio só seria viável se estivesse claramente previsto em lei – o que não é o caso do atual ordenamento baiano.
Com isso, o STF determina que o Estado da Bahia interrompa de imediato o pagamento dos honorários ao procurador aposentado, estabelecendo orientação para que futuros pedidos sejam analisados conforme o regime jurídico constitucional.
Operação Demão Final prende suspeitos pelo homicídio de pintores no município de Ilhéus
A Polícia Civil da Bahia prendeu dois homens e cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, nesta terça-feira (18), durante a Operação Demão Final, deflagrada pelo Núcleo de Homicídios da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus). A ação teve como alvo suspeitos de envolvimento no duplo homicídio dos pintores Danilo Matos Santos, de 31 anos, e Sidnei Café de Souza, de 37, ocorrido em maio de 2023.
As vítimas, que eram cunhados e atuavam na construção civil, foram atraídas para uma emboscada com o pretexto de realizar um orçamento de pintura. Elas foram executadas a tiros, e os corpos encontrados em uma área de manguezal às margens da BA-001.
Durante o cumprimento dos mandados, um homem de 23 anos foi preso por força de mandado de prisão preventiva, como suspeito de participação direta nas execuções. Já o mestre de obras, apontado como mandante do crime, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. Ele era ex-empregador de Danilo Matos e responde a uma ação trabalhista movida pela vítima, no valor de R$ 218 mil.
Durante o cumprimento dos mandados, um homem de 23 anos foi preso por força de mandado de prisão preventiva, como suspeito de participação direta nas execuções. Já o mestre de obras, apontado como mandante do crime, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. Ele era ex-empregador de Danilo Matos e responde a uma ação trabalhista movida pela vítima, no valor de R$ 218 mil.Na residência do homem indicado como mandante, localizada em Ilhéus, foram apreendidas uma pistola calibre 380, um revólver calibre 38, munições de uso restrito, quatro celulares, um notebook, um tablet, dois pen drives e R$ 41.365,00 em espécie. Outro investigado por envolvimento nas execuções morreu em confronto com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, em novembro de 2024, no município de Belford Roxo (RJ).
Premeditação e logística criminosa: As investigações apontam que o crime foi motivado por vingança, após o ajuizamento da ação trabalhista. O acusado teria ameaçado Danilo, que chegou a deixar a cidade. A dupla foi executada entre 18h e 19h do dia 11 de maio de 2023, após sair de casa para atender ao chamado falso.
Dois veículos foram usados para transportar e acompanhar as vítimas até o local da execução. A dinâmica do crime foi comprovada por meio de rastreamento por GPS, câmeras de segurança e outros recursos investigativos.
Texto: Ascom PC
Ex-Vitória, Mateus Gonçalves é preso por envolvimento com tráfico de drogas
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| Foto: Victor Ferreira/EC Vitória |
Jogador campeão da Série B de 2023 e do Campeonato Baiano de 2024 com o Vitória, o atacante Mateus Gonçalves foi preso em flagrante na última terça-feira (10), no município de Juti, em Mato Grosso do Sul, por tráfico de drogas e associação criminosa. A informação foi confirmada pelo Bahia Notícias, que teve acesso aos autos do processo.
Segundo a Polícia Militar Rodoviária, outras três pessoas foram presas com 187 kg de maconha. No dia 10 de junho, por volta das 20h25, uma equipe da Polícia Militar estava em uma ação de fiscalização pela MS-156, próximo do município de Caarapó, quando avistou dois veículos trafegando em alta velocidade.
Mateus foi localizado dentro de um carro modelo HB20, na companhia de Luiz Henrique Pereira. Ambos estariam atuando como “batedores” de um segundo veículo, um VW Taos, onde a droga apreendida — dividida em 202 tabletes — estava sendo transportada. Além deles, Joice Costa e Moisés Martins também foram detidos.
A prisão ocorreu após os dois veículos desobedecerem a um bloqueio policial na rodovia MS-156, próximo a Caarapó. Após perseguição, todos foram interceptados e encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Juti. O quarteto foi autuado por tráfico de drogas e associação criminosa e segue preso à disposição da Justiça.
Após sair do Vitória, em junho do ano passado, Mateus Gonçalves atuou pelo Goiás e pelo Athletic-MG. A sua última partida aconteceu no dia 8 de março, pelo Campeonato Mineiro. Em contato com o BN, a Assessoria de Comunicação do Athletic reforçou que o jogador não faz mais parte do elenco, apesar de aparecer em alguns sites especializados como jogador do time mineiro em confusão com outro jogador, chamado Mateus Guilherme.
Conhecido como "pastor, Mateus Gonçalves defendeu o Vitória nas temporadas de 2023 e 2024. Em 40 partidas com a camisa rubro-negra, marcou três gols — um deles na final do Campeonato Baiano contra o Bahia — e contribuiu com quatro assistências.
Corpus Christi: bancos não terão atendimento presencial ao público
Agências bancárias de todo o país não estarão abertas para atendimento presencial ao público nesta quinta-feira (19), quando se comemora Corpus Christi.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que compensações bancárias não serão efetivadas neste dia, incluindo a transferência eletrônica disponível (TED).
No caso do PIX, que funciona 24 horas ao longo de todos os dias, inclusive feriados e pontos facultativos, a transação poderá ser feita normalmente.
“Em algumas localidades, as salas de autoatendimento estarão disponíveis aos clientes, a critério da instituição”, ressaltou o comunicado.
Segundo a Febraban, na sexta-feira (20), o atendimento ao público ocorre normalmente onde não há feriado estadual ou municipal nem ponto facultativo.
Boletos e contas de serviços
Boletos de cobrança e contas de consumo como água, energia e telefone com vencimento no dia 19 poderão ser pagos no dia útil seguinte, em localidades onde não há feriado.
“O sábado não é considerado dia útil e, por essa razão, não há liquidação financeira”, acrescentou a Febraban.
Tributos e impostos
Já no caso dos tributos e impostos que vencem em dias em que não há compensação bancária, a orientação é antecipar o pagamento para evitar a incidência de juros e multa.
Boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos podem ser pagos via débito direto autorizado (DDA).
“Meios eletrônicos são uma alternativa prática e extremamente segura aos clientes, que podem usar tanto as áreas de autoatendimento nas agências disponíveis como os canais digitais dos bancos (celulares e computadores) para a realização de transferências e pagamento de contas e demais serviços”, concluiu a Febraban.
Paula Laboissière/Agência Brasil
Conselheiros recomendam a aprovação de contas de mais seis prefeituras
Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, na sessão desta terça-feira (17/06), recomendaram às câmaras de vereadores a aprovação das contas de mais seis prefeituras baianas. Deste total, quatro são relativas ao exercício de 2023 e duas ao de 2020.
Foram analisadas e aprovadas com ressalvas as contas de 2023 da Prefeitura de Candeias, do então prefeito Pitágoras Alves da Silva Ibiapina; de Itanhém (Mildson Dias Medeiros); de Pojuca (Carlos Eduardo Bastos Leite); e de Ubaíra (Lúcio Passos Monteiro).
Após a aprovação dos votos, os conselheiros relatores imputaram multas – através de Deliberações de Imputação de Débitos – nos valores de R$1 mil (Candeias e Itanhém); e de R$2 mil (Ubaíra). Pela pouca relevância das ressalvas, o gestor de Pojuca não foi multado.
Também foram aprovadas com ressalvas – após apresentação de voto divergente em pedido de vistas – as contas de 2020 da Prefeitura de Ibotirama, da responsabilidade de Claudir Terence Lessa Lopes de Oliveira; e de Ponto Novo, do prefeito Tiago Miranda Venâncio Maia. Pelas ressalvas, os gestores foram multados em R$2 mil.
Cabe recurso das decisões.
Contas de mais cinco câmaras municipais são consideradas regulares
Na sessão desta quarta-feira (17/06), os conselheiros que o compõem a 2ª câmara julgadora do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, votaram pela regularidade de mais cinco contas de câmaras municipais, todas referentes ao ano de 2023.
As contas das Câmaras de Cordeiro, sob responsabilidade de Fabiano Gomes de Sousa; de São Gabriel, sob gestão de Iremar Alves Bonfim; e de São José da Vitória, de José Nunes de Souza Filho; foram consideradas regulares – sem a indicação de quaisquer ressalvas.
Já as contas de Gentio do Ouro, de Gilliard Henrique de Queiroz; e de Saúde, da responsabilidade de Ricarte Dantas Ferreiras, foram consideradas regulares com ressalvas.
Cabe recurso das decisões.
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