“Não sou eu que vou escalar o time do PT”, afirma Coronel, ao comentar possível desistência de Jaques Wagner ao Senado

O senador Angelo Coronel (PSD) repercutiu a possibilidade que passou a ser aventada, em Brasília, de uma possível desistência do senador Jaques Wagner (PT) de concorrer à reeleição para coordenar, em 2026, a campanha do presidente Lula. O novo capítulo da política baiana foi noticiado, com exclusividade, por este Política Livre, na última segunda-feira (16).

Ao ser perguntado por este Política Livre se o cenário, ainda hipotético, será a solução para os seus “problemas”, uma vez que já é sabido que na cúpula do PT a chapa dos sonhos para o Senado é composta por Jaques Wagner e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disputando a segunda vaga, Angelo Coronel surpreendeu ao dizer que se “isso acontecer, o PT e o Senado vão perder um grande senador”.

Embora a declaração pareça ser somente um gesto comum de afago a um “amigo-irmão”, nas entrelinhas fica claro que Angelo Coronel, ainda que rifado da chapa ao Senado com mais de um ano de antecedência, tem disposição para brigar pelo direito natural à reeleição, porém com a preferência de repetir a dobradinha com Jaques Wagner e não com Rui Costa. Eles foram eleitos, em 2018, com uma votação muito parecida: Angelo Coronel, com 3.331.625 votos, e Jaques Wagner, 3.618.917 votos.

“Não sou eu que vou escalar o time do PT, como também não admitimos que ninguém de fora venha escalar o time do PSD. Então, sobre a questão de Wagner ser candidato ou não, eu não tenho nenhum comentário a fazer. Só sei que o Senado perderá um grande quadro porque ele vem fazendo um grande trabalho no Senado”, frisou, ao conceder entrevista durante sua participação, na última terça-feira (17), na festa de São João da Assembleia Legislativa, Casa em que foi presidente no biênio 2017-2018.

Sobre a possibilidade de migrar para o ninho da oposição e marchar com ACM Neto (União Brasil), caso os planos na base do governo Jerônimo não prosperem, Angelo Coronel respondeu que a política é muito dinâmica e que “nada está descartado”. “No momento, estamos no PSD. O PSD está na base, eu sou o soldado do meu partido. O meu partido é que vai dizer, tanto a nível nacional como a estadual, como é que nós vamos nos portar, como nós vamos seguir. Mas nada está descartado na política da Bahia”, disse.

Quanto à disputa presidencial, o pessedista foi na mesma linha do ex-ministro José Dirceu (PT), que defendeu em entrevista o nome de Rui Costa como potencial sucessor de Luiz Inácio Lula da Silva.

“Rui tem feito lá, se desenvolveu muito em Brasília, é o ministro mais importante da República e tem todas as prerrogativas para querer, aliás, não é nem querer porque muitas vezes a gente quer e não consegue, mas pelo seu conhecimento, pela sua experiência seria também um bom quadro para substituir o presidente Lula”, opinou.

Carine Andrade , Política Livre

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