Movimentação esportiva agita Ipiaú com emocionantes partidas de futebol nesse domingo.

Neste domingo (14), a cidade de Ipiaú foi palco de uma intensa movimentação esportiva, com jogos no Mané Grande e Estádio Pedro Caetano. 

No Estádio Manezão, o Ipiaú Futebol de Base mostrou sua força ao vencer a equipe de Coaraci com um placar expressivo de 6 a 0. Os jovens talentos do futebol local demonstraram habilidade e trabalho em equipe, conquistando uma vitória sólida para cidade. 
Enquanto isso, no Estádio Pedro Caetano, outras duas partidas movimentaram as arquibancadas. A disputa entre ADB e Juventude terminou em um empate emocionante de 0 a 0, com ambos os times mostrando um desempenho competitivo. Já o confronto entre Sambaqui e Ipiaú terminou empatado em 2 a 2, em um jogo repleto de reviravoltas e momentos emocionantes para os presentes.

Além disso, a Copa Intervale também teve seu destaque no Pedro Caetano, com a partida entre Buji Mirin e Dário Meira, que terminou com a vitória apertada do Buji Mirin por 1 a 0. Os times mostraram garra e determinação em campo, proporcionando um espetáculo esportivo de alto nível para os presentes.

Toda essa movimentação esportiva contou com o importante apoio da Diretoria e Coordenação de Esporte na pessoa de Givaldo Nascimento e Iran, e da Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, na pessoa de Caio Braga, juntamente com a Prefeitura de Ipiaú, evidenciando o compromisso das autoridades locais com o desenvolvimento e incentivo ao esporte na cidade. Danny Muniz/ Decom Prefeitura de Ipiaú. Fotos: Miro foto e colaboradores

Reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre Irã-Israel termina sem acordo

Reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre Irã-Israel termina sem acordo
A reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas neste domingo (14) convocada após o ataque do Irã a Israel iniciado no sábado (13) terminou sem qualquer acordo ou consenso entre os presentes sobre como o órgão máximo da ONU deve tratar a ofensiva com risco de espalhar o conflito pelo Oriente Médio.

Na noite de sábado, centenas de drones e mísseis lançados de forma inédita pelo Irã de seu próprio território em direção a Israel avançou mais um passo na disputa maior na região entre Tel Aviv e o autodenominado “Eixo da Resistência” —grupo de atores liderados por Teerã que se opõem ao Estado judeu, entre eles o Hamas na Faixa de Gaza.

Em fala na sessão do Conselho, o embaixador iraniano na ONU, Amir Saeid Iravani, afirmou que a ação “foi necessária e proporcional”. “Foi precisa, mirou apenas alvos militares e foi feita de forma cuidado para minimizar o potencial de escalada e prevenir danos a civis”, disse.

O direito de defesa ao qual citado em sua fala fez referência ao bombardeio que atingiu a embaixada de Teerã em Damasco, na Síria, que matou comandantes da Guarda Revolucionária Iraniana em 1º de abril —atribuído a Israel. Em chave parecida se pronunciaram os representantes de Rússia, China e Síria, que ressaltaram o ataque à embaixada iraniana como violação de leis internacionais.

A ONU, na figura de seu secretário-geral, António Guterres, instou os países a terem “o máximo de comedimento”. “A população da região enfrenta um perigo real de um conflito devastador. Agora é a hora de desarmar e reduzir as tensões. Precisamos recuar do precipício”, disse Guterres.

Os Estados Unidos, o principal aliado de Israel, condenaram a ação iraniana e afirmaram na reunião da ONU que o Conselho de Segurança tem a obrigação de não deixar que as ações do Irã vão além. Foram em linhas semelhantes os comentários dos aliados ocidentais com poder de veto no Conselho, França e Reino Unido.

“Deixe-me ser claro: se as proxies do Irã tomarem ações contra os EUA ou ações adicionais contra Israel, o Irã será responsabilizado”, disse o embaixador americano na ONU Robert Wood, em referência aos atores não-estatais aliados de Teerã, como o Hezbollah libanês e os houthis iemenitas.

Já o representante israelense, Gilad Erdan, subiu o tom durante a sessão e comparou o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano, a Adolf Hitler. “O regime dos aiatolás tem um plano claro: seu objetivo tem sido e continua a ser dominação mundial, exportando sua revolução xiita radical pelo mundo”, disse Erdan.

“O regime islâmico de hoje não é diferente do Terceiro Reich, e o aiatolá Khamenei não é diferente de Adolf Hitler. O Terceiro Reich de Hitler foi pensado para ser um império de mil anos alcançando vários continentes, assim como Khamenei vê sua hegemonia xiita radical para alcançar toda a região e além.”

Folhapress

Caiado dá a largada para a disputa de 2026, já faz campanha e não esconde que quer disputar Planalto

Há uma semana, em Porto Alegre, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), assinou uma parceria que lhe permitirá usar o Sistema do Complexo Regulador de Saúde da Capital. Trata-se de uma ferramenta que integra o gerenciamento dos serviços de saúde pública (leitos, consultas etc). “Vocês desenvolveram o que há de mais sofisticado em regulação de saúde”, disse Caiado na agenda bem longe de casa. Com 86% de aprovação entre os goianos, segundo a última pesquisa Genial/Quest, que mediu a aceitação de quatro governadores de direita em seus Estados, Caiado está decidido a disputar a presidência da República em 2026.

A mesma pesquisa indica que ele tem índices de conhecimento que oscilam entre 35% e 37% no Paraná, em São Paulo e em Minas Gerais, outras praças presentes no levantamento. Assim, viagens como a que fez até a capital gaúcha, que podem fazer dele mais conhecido, já fazem parte de um roteiro percorrendo o País. É bem verdade que ainda faltam mais de dois anos para a próxima eleição. Mas os concorrentes são muitos. Portanto, correr um pouco não há de fazer mal. “Acho que poucos lembram de mim, lá atrás, dos meus debates com Lula, quando eu era presidente da UDR, tinha 39 anos, não? E quando disputamos a Presidência da República, em 1989? Eu era o mais jovem candidato entre todos”, recorda.

Aos 74 anos, o atual governador de Goiás foi reeleito no primeiro turno das eleições de 2022, com 51,81% dos votos. Caiado foi deputado federal entre 1991 e 2014 e senador entre 2015 e 2018, quando se elegeu governador e pediu licença do cargo. Nascido em Anápolis, ele é médico ortopedista e pecuarista. “Considero que sou uma pessoa que posso me apresentar ao meu partido, o União Brasil, pensando numa pré-candidatura. Minha trajetória de vida me credencia para isso. Tenho condições de avaliar a possibilidade de transformar isso numa realidade ou não. É claro que ainda falta bastante tempo e esse assunto será tratado em 2026″, avalia em conversa com a reportagem.

Embora ele mesmo diga que ainda é cedo para pensar na sucessão de Lula, Caiado não esconde que sempre teve o desejo de ser presidente da República. Agora, animado pelos índices positivos que tem colhido em sua administração no Estado, ele acredita que tem um trabalho para mostrar ao País. As pesquisas mostram que 59,2% da população está preocupada com a violência e o avanço do narcotráfico no Brasil. “Esse é o tema de maior relevância que temos hoje e a pesquisa mostra que 69% da população aprova minha gestão nessa área.”, diz, citando o levantamento da Quaest, e acrescentando: “Aqui montamos uma estrutura exemplar. Agora, veja. Lula vetou parte do projeto da saidinha por pressões que, entre elas, apontavam que cancelar a saidinha resultaria em rebeliões nos presídios. Quando você tem um governo de verdade, não pode ser colocado em xeque por bandidos e ameaças”, afirma.

Na opinião de Felipe Nunes, diretor da Quaest e autor da pesquisa, os resultados obtidos por Caiado se devem a uma boa avaliação da maneira como ele faz a gestão e também ao fato de Goiás ser um Estado cuja população se identifica com a direita. Levantamentos mostram que 46% dos eleitores goianos se definem assim, 21% ao centro e 17% se diz de esquerda. “Uma gestão que funciona e um posicionamento ideológico do governador aderente ao da população justifica o alto índice de aprovação”, explica Nunes.

Caiado critica a falta de programas especialmente para as questões de segurança que afligem a população. O governador acha que teria condições de pacificar o País. “Temos que terminar com isso de uns contra os outros. Precisamos acabar com esse terceiro turno eterno”, diz. Ele lembra que o União Brasil tem três ministros no governo Lula, mas diz que a permanência deles ou não também será decidida no momento oportuno. “Eu defenderei e acredito que o União vai se definir por uma candidatura de oposição. Portanto, a posição deles também terá que ser avaliada quando isso estiver definido”.

Apesar dos altos índices de aprovação em seu Estado, Caiado está ciente de que existem, pelo menos, mais outros três governadores também aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que estariam nesse páreo. Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. Todos eles com índices menores de aprovação popular na pesquisa Genial Quest, mas também bem avaliados em comparação ao presidente Lula em suas regiões. E, exatamente por isso, não menos competitivos. Todos esperando contar com a força da popularidade de Bolsonaro que, inelegível por oito anos, terá que escolher um sucessor.

Tarcísio, com quem Caiado visitou Israel recentemente, ainda é a maior indefinição porque está em seu primeiro mandato no mais rico Estado do País e, talvez, lhe seja mais conveniente disputar a reeleição, como tem dito nos bastidores. Os demais, no entanto, com maior ou menor exposição, não escondem de aliados suas aspirações pelo Palácio do Planalto, embora mais discretos publicamente.

Caiado, durante um bom tempo, não esteve entre os nomes mais alinhados com Bolsonaro. As divergências na vacinação e no tratamento contra a Covid, que Bolsonaro rejeitava e Caiado, médico, recomendava para população, deixaram algumas sequelas entre os dois. Mas, atualmente, o governador goiano crê que isso tudo é passado e que não há mais arestas. Ele cita, por exemplo, sua presença no ato que Bolsonaro promoveu em São Paulo, reunido milhares de pessoas. “Já estou me programando para o próximo, dia 21 de abril, em Copacabana”.

Embora decididos a entrar na disputa presidencial, tanto Caiado quanto os outros governadores sabem que qualquer cenário dependerá dos recursos e ações que Bolsonaro move na justiça tentando recuperar seus direitos eleitorais, bem como das investigações que estão sendo feitas pela Polícia Federal (PF) e o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos golpistas do 8 de Janeiro. “Se Bolsonaro tiver condições de ser candidato, é evidente que ele será. Agora, não sendo ele, todos sabemos que, mesmo sem mandato, ele tem condições de mobilizar milhões de pessoas Brasil afora. Então tudo vai depender de como as coisas vão correr”, diz Caiado.

Monica Gugliano/Estadão

Ibirataia: Após acidente na BA-650, motorista esfaqueia condutor e passageiro do outro veículo

Na noite deste domingo (14), por volta das 19h30, foi registrado um acidente envolvendo dois carros na BA-650, na altura da entrada do povoado de Tesourinhas, no município de Ibirataia. Dois carros se envolveram numa colisão. Ninguém se feriu por conta do acidente, entretanto, o condutor de um dos veículos esfaqueou o motorista do outro carro e um passageiro. As informações foram confirmadas pelo GIRO com a Polícia Rodoviária Estadual.
O agressor fugiu em seguida, deixando o carro no local. Até a postagem desta matéria ele ainda não tinha sido localizado. Uma das vítimas foi atingida no ombro e a outra, provavelmente o passageiro, identificado por nossa reportagem como José dos Santos, foi ferido no abdômen e nas costas. Eles foram socorridos inicialmente para a Fundação Hospitalar de Ibirataia e em seguida, o passageiro foi transferido para o Hospital Geral Prado Valadares, em Jequié. O autor das facadas está sendo procurado. (Giro Ipiaú)

Ipiaú dedica mais um final de semana às cirurgias oftalmológicas

Nesse final de semana, a Prefeitura de Ipiaú, através da Secretaria Municipal de Saúde encaminhou mais uma vez pacientes para realizar cirurgias oftálmicas, demonstrando um compromisso contínuo com o bem-estar ocular da comunidade local.
Mais de 42 pacientes foram atendidos com atenção especial para cirurgias de catarata e pterígio, proporcionando alívio e melhor qualidade de vida para aqueles que enfrentam essa condição.

A iniciativa contou com o apoio da Secretaria de Saúde de Ipiaú, que acompanhou de perto cada paciente em seus procedimentos, garantindo um cuidado integral e personalizado. Esse trabalho da secretaria reforça o comprometimento da equipe com a saúde ocular da população.

"Estamos empenhados em proporcionar o melhor cuidado oftalmológico para nossa comunidade", destacou Laryssa Dias, secretária de Saúde. 

“Cada cirurgia realizada representa um passo significativo na melhoria da qualidade de vida de nossos pacientes, e estamos gratos por poder oferecer esse serviço”, disse. 

Além disso, os números do último ano refletem o impacto positivo desse trabalho. Com mais de 2500 cirurgias oftálmicas realizadas apenas no ano anterior, a Saúde de Ipiaú demonstra sua capacidade e compromisso em atender às necessidades oftalmológicas da comunidade de forma eficaz.

Danny Muniz- Decom /Prefeitura de Ipiaú

Carro ocupado por 6 jovens de Ipiaú capota na BR-330; um morre e cinco ficam feridos

Um carro ocupado por seis jovens de Ipiaú capotou no final da tarde deste domingo, 14, na BR-330, próximo a entrada do distrito de Palmeirinha, município de Aiquara. Uma das vítimas morreu após ser arremessada do veículo. Os outros cinco jovens ficaram feridos. Três deles foram encaminhados para o Hospital Geral de Ipiaú e dois para o Hospital Geral Prado Valadares, em Jequié. O atendimento foi realizado por três equipes do Samu. O estado de saúde dos feridos é estável.
As vítimas, residentes no bairro Santa Rita, retornavam de uma cachoeira, na região de Jitaúna, quando o condutor do veículo, identificado pelo prenome de Mateus, perdeu o controle da direção ao passar por uma curva. O carro desceu uma ribanceira e iniciou a série de capotamentos. O motorista morreu no local. Chovia no momento do acidente. O Departamento de Polícia Técnica foi acionado para realizar a remoção do corpo. Mateus era mecânico e deixa esposa e um filho, ainda bebê. (Giro Ipiaú)

Ex-companheira de filho de Lula que o acusou de violência se diz alvo de machismo nas redes

A médica Natália Schincariol, ex-companheira do filho mais novo do presidente Lula
A médica Natália Schincariol, ex-companheira do filho mais novo do presidente Lula, fez uma postagem dizendo sofrer com machismo nas redes.

Ela acusa Luís Cláudio Lula da Silva de violência física, moral e psicológica. Uma medida protetiva foi expedida em favor dela no início deste mês na Justiça de São Paulo, e Luís Cláudio nega todas as acusações.

Natália, diante da repercussão do episódio, disse já ter sido chamada de “ex-BBB”, “vulgar, cabelos longos, boca grande”.

“Uma mulher que tem muito a falar e ninguém mais vai me conter. Médica, psicanalista, estudante de psiquiatria. Empresária, dona do próprio instituto de saúde mental”, escreveu neste sábado (13), em seu perfil.

Ela acrescentou ainda “que nada disso tem valor quando você é uma mulher” porque “te invalidam, te humilham, te silenciam”.

“Não vou me calar diante do machismo. O Machismo é violento. O Machismo mata”, disse.

No boletim de ocorrência registrado sobre o caso, ao qual o UOL teve acesso, consta a informação de que Luís Claudio a teria manipulado para não prestar queixa. “Meu pai vai me proteger e [você] vai sair perdendo, eu vou acabar com sua alma. Vou falar para todos que você é uma insana, ninguém irá acreditar em você”, teria dito o acusado, segundo a ex-companheira.

A vítima disse que a violência se intensificou nos últimos anos, o que colocou em risco sua integridade física e mental. Ela contou à polícia que chegou a ser afastada do trabalho por um mês devido ao trauma.

Ao UOL, na semana passada, Luís Cláudio, 39, disse que “jamais agrediria” a ex-companheira. “Desde o término do relacionamento, em janeiro deste ano, sempre fui muito atencioso com ela. Nunca chamei ela destes nomes todos que ela diz. Vou provar minha inocência”, afirmou ele, que é dirigente de futebol no Amazonas.

O governo e o presidente Lula (PT) viraram alvo de cobranças públicas da oposição após as acusações.

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), e rivais do petista, como a deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP), questionaram o silêncio de Lula ou de aliados a respeito.

Na última quinta-feira (11), sem fazer referência ao caso do filho caçula, Lula fez um discurso contra a violência doméstica durante um evento do governo e disse que “mulher não foi feita para apanhar”.

“Todos nós sabemos que neste país existe muita violência contra mulher, violência às vezes dentro de casa, que marido não respeita a mulher muitas vezes”, afirmou o presidente.

Folhapress

Ipiaú: Resultado da 6ª rodada do Campeonato Master da AABB.

                              Real Calçados e Impacto Calçados vencem seus jogos
Neste domingo (14.04) as equipes se enfrentaram pela 6ª rodada do Campeonato Master da AABB.

No primeiro jogo, a Ita Telecom que estava até então invicta com duas vitórias, não conseguiu superar a Real Calçados, que com um futebol ofensivo e bom toque de bola, conseguiu marcar duas vezes e somar mais três pontos na tabela.
Ita Telecom 0x2 Real Calçados

Gols: Real Calçados: Ati e José Adson

No segundo jogo, duas equipes que ainda não tinham somado pontos, vindo de derrotas, e a vitória era de supra importância para uma recuperação no campeonato, um jogo bastante disputado, mas no final a Impacto Calçados conseguiu superar a Sintonia Medical e somou seus primeiros três pontos.
Sintonia Medical 2x3 Impacto Calçados
Gols: Sintonia Medical: Givaldo e Ricardo Lopes. Impacto Calçados: Papa-léguas, Lindomar e Daniel
Fonte: Ascom/AABB

Câmara dos Deputados homenageia grupo de jovens da Igreja Universal

            Grupo Força Jovem da Universal é homenageado na Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados promoveu uma sessão solene em homenagem à Força Jovem da Universal (FJU), grupo da Igreja Universal dedicado à reintegração de jovens e adolescentes na sociedade. A solenidade aconteceu no plenário Ulysses Guimarães, a pedido dos deputados republicanos Márcio Marinho (BA), Julio Cesar Ribeiro (DF) e Maria Rosas (SP), todos ex- membros da FJU.

“Eu tinha os meus 16 anos de idade e, como qualquer menino, não tinha sonhos nem objetivos. A minha família estava totalmente devastada pela morte de dois irmãos meus, que morreram afogados, e pelo abandono do meu pai. Dos 12 aos 16 anos de idade eu tentei suicídios quatro vezes, mas pela misericórdia de Deus estou aqui”, revelou Márcio Marinho.

O deputado contou ainda que conheceu sua esposa no grupo. “Fui alcançado por uma pessoa da FJU que na ocasião tinha 14 anos de idade e me deu uma palavra de fé e de força. Eu pude ver que os problemas poderiam ser vencidos através da fé em Deus. Aquela moça se tornou minha esposa e há 33 anos estamos casados”, disse.

Presente à solenidade, a deputada Rogéria Santos (Republicanos) afirmou que a FJU tem o poder de transformar vidas e de criar cidadãos. “Não é só o acolhimento e o fortalecimento espiritual que a juventude precisa, mas também da possibilidade de dizer ‘eu quero ser um cidadão melhor”.

Rogéria disse ainda que, como parlamentar, é testemunha do trabalho do grupo. “Nós verificamos isso in loco porque, como deputados federais, viajamos nossos estados inteiros, dos municípios menores aos maiores, e onde vemos uma FJU, vemos a transformação espiritual e cidadã”.

O líder da FJU na Bahia, Felipe Cerqueira, defendeu que o grupo é onde todos os jovens devem estar. “Acolhemos a todos, sem julgamento. É uma honra falar com milhares de voluntários, do Brasil e do mundo, e ver a FJU ensinando os jovens a usarem toda a sua força no que não é prejudicial ao corpo, ao futuro deles e principalmente as suas almas”.

Realizada na última quinta-feira (11), a solenidade também contou com as presenças dos deputados republicanos Marcelo Crivella (RJ) e Ossesio Silva (PE).

Governador reforça compromisso com a educação durante entrega de colégio estadual em Carinhanha

Duas escolas municipais também foram reformadas. Rodovia da região passou por obras de requalificação
“Cobrimos os eventos da escola, temos um podcast. A nova sala vai nos ajudar muito, com iluminação, com um ambiente mais confortável”, contou a estudante Olívia Ferreira, que faz parte do clube de comunicação da escola, sobre a nova estrutura do Colégio Estadual Velho Chico, inaugurado neste sábado (13), após reforma e ampliação, em Carinhanha.

A escola é um destaques para a educação entre as entregas do Governo da Bahia no oeste baiano. O governador Jerônimo Rodrigues esteve na cidade, oficializando a entrega não só da unidade escolar, mas de uma estrada pavimentada até a zona rural. O chefe do executivo também autorizou obras nas áreas da saúde e infraestrutura.
Só para o Colégio Velho Chico, o governo estadual, através da Secretaria de Educação (SEC), destinou cerca de R$ 3,3 milhões. A escola passou por reformas e adequações em salas de aula, cozinha, despensa, sala de funcionários e administrativo, refeitório, biblioteca, áreas de convivência e entrada principal para atender aos 789 estudantes que estão matriculados no ensino médio e na Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O investimento na educação, segundo o governador Jerônimo Rodrigues, é um compromisso com os professores e com os estudantes. “Eu nasci no interior, eu nasci em um município pequeno, menor que Carinhanha, muito menor. Tem povoados, aqui, de Carinhanha que tem mais população do que o município onde eu nasci. Por isso, a entrega de um teatro, de uma quadra, de salas com ar condicionado, porque professor merece dar aula em um lugar decente. Estudante precisa estudar em um lugar decente”, compartilhou o chefe do executivo, que lembrou que também nasceu no interior da Bahia.

Rowenna Brito, secretária da educação em exercício, explicou que a nova estrutura vai dar ferramentas pedagógicas para que os professores sejam criativos com o ensino nas diferentes áreas. “Essa escola, com uma série de equipamentos, possibilita que os professores utilizem essa estrutura nova e desenvolva estratégias pedagógicas para seduzir o estudante, para que ele fique mais tempo na escola e com mais qualidade”, dividiu a gestora sobre os objetivos do projeto educacional da rede estadual.

Os alunos também vão poder contar com um teatro, construído para comportar até 200 pessoas, laboratórios de ciências e de informática, sala multimídia, vestiários e uma quadra poliesportiva, que foi reformada e coberta. A modernização não se limitou à estrutura física. Também foram destinados quase meio milhão de reais para aquisição de equipamentos e mobiliários novos. Com a assinatura que autoriza a reforma da estrutura onde funciona hoje o Polo Educacional Dona Carmen, no centro de Carinhanha, os jovens do Colégio Velho Chico devem ganhar em breve uma sede ainda maior. A infraestrutura atual, reformada e ampliada, vai virar um colégio municipal, apoiando o ensino fundamental da cidade.

Na Agrovila 15, a 72 quilômetros da sede, também foi entregue a reforma da Escola Municipal Nossa Senhora da Conceição. A parceria entre o Estado e a prefeitura resultou na reforma de cinco escolas municipais na região. No acesso à Agrovila 15 e a Marrequeiro também terá uma ponte sobre o rio Pituba. Foi autorizada, através da Seinfra, a elaboração do projeto que vai servir à construção de 30 metros da ponte.

Na sede, a Escola Municipal Dindinha Jove foi entregue neste sábado (13). Mais de R$ 1 milhão foi empenhado à uma série de melhorias para a unidade educacional em parceria com a prefeitura.

Rodovias
Por meio da Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) também foi entregue a pavimentação asfáltica do trecho da BA-161 que dá acesso ao Povoado de Angico. A requalificação do trecho contou com R$ 7 milhões do Estado. O diretor de construção e manutenção da Seinfra, Rafael Bastos, destacou o impacto social da obra para a agricultura familiar.

“Angico é um distrito importante para a Carinhanha, com uma agricultura familiar muito forte e, agora, o distrito vai poder escoar os produtos da agricultura familiar para a sede, para as cidades próximas, com um preço mais justo em relação ao transporte que, antes de chegar essa estrada, era um problema muito grande. Então essa entrega de hoje vai beneficiar toda a população de Carinhanha”, frisou o diretor de construção e manutenção.
O governador Jerônimo Rodrigues também autorizou a celebração de parceria entre o Estado e o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Velho Chico, para trabalhar no revestimento primário das estradas vicinais da Agrovila 15 até a Agrovila 23 e facilitar também os acessos a Marrequeiro, pela BA-16, e à Agrovila 16. Serão 31,32 quilômetros de extensão de rodovias asfaltadas, que vão conectar a sede às zonas rurais de Carinhanha.

A Agrovila 23 já foi uma das beneficiadas neste sábado (13) com a entrega da pavimentação com paralelepípedo de cinco ruas do povoado: rua da Praça, rua da Quadra, rua D, travessa da Rua 2 e travessa da Rua B. Já na sede da cidade, foi autorizada pelo chefe do executivo a celebração de convênio entre a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e a Prefeitura, para dar início a primeira etapa do projeto de pavimentação asfáltica de vias do bairro São Francisco, com aporte estimado de R$ 3,3 milhões. A primeira etapa vai abranger uma extensão de 26 metros, beneficiando moradores da avenida Santos Dumont, da Pista 2 e da Pista 3.

Praça de Alimentação reformada
Outro convênio entre Estado e prefeitura possibilitou a reforma e entrega, neste sábado (13), da Praça de Alimentação do Cais. O espaço de convivência foi totalmente reformado e agora conta com quatro quiosques médios.

Interiorização da saúde

Na esfera da saúde, foi autorizado, por meio de parceria entre Estado e prefeitura, o início das obras de ampliação do Hospital Municipal Maria Pereira Costa. Serão R$ 6 milhões destinados à reforma, ampliação e adequação da unidade às necessidades da população de Carinhanha.

Repórter: Milena Fahel/GOVBA

Lula recorre a núcleo de conselheiros nas crises e quer dar ‘chacoalhão’ no governo; veja os nomes

Núcleo de conselheiros de Lula inclui Sergio Gabrielli, Sidônio Palmeira, João Paulo Cunha, Edinho Silva, Paulo Okamotto e Luciano Coutinho
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem ouvido pessoas de fora do governo sobre assuntos que vão da política à economia. Nessas conversas, Lula costuma pedir opiniões sobre a condução de crises, relacionamento com o Congresso e até julgamentos sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). A ideia é montar um núcleo de conselheiros que possa lhe dar sugestões e indicar como corrigir erros de percurso.

Alguns dos nomes consultados por Lula, sempre de forma informal, já trabalharam com ele ou com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na lista estão o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, o publicitário Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha de 2022, e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha. Em 2021, Gabrielli foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), juntamente com outras seis pessoas, pela compra da refinaria de Pasadena no Texas (EUA). João Paulo, por sua vez, foi abatido pelo escândalo do mensalão, em 2005.

O prefeito de Araraquara, Edinho Silva, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, e o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, também fazem parte do grupo de conselheiros. No governo, os mais requisitados para dar palpites diante das últimas turbulências têm sido o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o assessor especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim.

Na semana passada, por exemplo, Lula decidiu manter o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, após dias de rumores sobre sua queda. Quem ajudou na articulação para dar sobrevida a Prates foi Haddad.

‘Eu só respondi a uma pergunta objetiva’, diz Haddad

Nos bastidores, porém, a atuação do ministro em defesa da distribuição dos dividendos extraordinários da estatal foi criticada pelo titular de Minas e Energia, Alexandre Silveira, desafeto de Prates.

“Mas eu fui chamado (para dar opinião) pelo chefe dele, que, por acaso, é o meu também”, disse Haddad. “Havia uma controvérsia. E a pergunta que o presidente queria que eu ajudasse a responder era: ‘Vai ter problema de liquidez para o plano de investimento (da Petrobras)?’ Respondi: ‘Não vai’. Não pacifiquei nada, não segurei ninguém nem larguei a mão de ninguém. Só respondi a uma pergunta objetiva”, descreveu o ministro, para quem todo o burburinho em torno da Petrobras foi “surreal”.

Gabrielli, na outra ponta, foi consultado por Lula não apenas a respeito de quem tinha razão nessa queda de braço, mas sobre outras polêmicas envolvendo a Petrobras, como o pedido da estatal para fazer prospecção de petróleo na foz do Rio Amazonas.

O assunto divide os ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energia, o Ibama e a própria empresa. Na avaliação de Gabrielli, que sempre definiu sua condenação pelo TCU como um “processo injusto e kafkiano”, a companhia deve manter o plano de exploração. “O pré-sal é fundamental, mas não eterno”, afirmou ele ao Estadão, ainda no ano passado, quando o confronto veio a público.

Na seara política, João Paulo Cunha é visto no Palácio do Planalto como uma espécie de curinga tanto para assumir um ministério como para concorrer a deputado federal, em 2026.

Após ser condenado pelo STF a prisão, no processo do mensalão, João Paulo estudou Direito, escreveu livros e sua banca de mestrado contou até mesmo com o ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, e com o atual procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O petista que chegou a ser preso é hoje sócio de escritórios de advocacia em São Paulo e em Brasília, tem trânsito em vários partidos e fala bem tanto com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, como com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os desafetos da vez na cena política.

Além disso, continua próximo de Lula e do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que também caiu no rastro do mensalão.

Dirceu se prepara para concorrer a uma vaga de deputado federal, daqui a dois anos, mas não tem conversado com o presidente com tanta frequência. “Quando ele quer me procurar, sabe onde eu estou”, resume.

Política de ‘faca no pescoço’ irrita presidente

Lula está irritado com o ataque de Lira a Padilha e fez questão de avisar que o ministro de Relações Institucionais fica onde está. A aliados, ele disse, ainda, que não vai admitir política de “faca no pescoço”. A contenda pode interferir até mesmo na eleição para presidente da Câmara, em fevereiro de 2025, caso o Planalto decida se opor a Lira.

A portas fechadas, Lula também observou que planeja dar um “chacoalhão” no governo. Não foi à toa que ele chamou Sidônio Palmeira para melhorar sua imagem e a de ministros como a da Saúde, Nísia Trindade, num momento de queda da popularidade.

“Se cada um só falar das suas coisas, do seu ministério, não adianta”, afirmou Lula, no último dia 21, ao lançar o Plano Juventude Negra Viva, que tem o objetivo de reduzir a violência ligada ao racismo. No seu diagnóstico, a equipe precisa alinhar o discurso e bater o bumbo sobre as entregas do governo como um todo. “Se não for assim, o programa (lançado) vira natimorto”, reclamou.

A bronca é cada vez mais repetida em conversas reservadas. Foi com essa avaliação que Lula decidiu testar auxiliares para ver quais mudanças serão necessárias, sobretudo na “cozinha” do Planalto.

Antes de fazer uma reforma ministerial, ele vai retomar as reuniões de segunda-feira da coordenação política, que não são realizadas há quase dois meses, na tentativa de promover um freio de arrumação no núcleo duro do governo.

Os encontros costumavam ter a participação de Padilha, Haddad, Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e dos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no Senado, Jaques Wagner (PT), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

A agenda oficial do presidente indica, porém, que a última reunião nesse modelo ocorreu em 19 de fevereiro.

Dois interlocutores de Lula disseram à reportagem, sob reserva, que o governo sofre as consequências da “desorganização política”. Não se trata de uma crítica a Padilha, como faz Lira, mas, sim, à falta de coordenação, que leva a uma rotina de “bate-cabeça” e desencontros.

Há muitos litígios na equipe. Rui Costa, por exemplo, atribuiu ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o vazamento da delação da empresária Cristiana Prestes Taddeo, que citou o nome dele em uma fraude na compra de respiradores, durante a pandemia de Covid-19. O caso foi revelado pelo portal de notícias UOL.

O chefe da Casa Civil, que à época era governador da Bahia, negou irregularidades. Mas não foi só: como Costa não tem bom relacionamento com Haddad, ele também desconfia da participação de auxiliares do ministro da Fazenda no fogo “amigo”. Haddad e Costa são pré-candidatos à sucessão de Lula, em 2030.

Nas fileiras do PT, duas saídas são dadas como certas no ministério: a de Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, e a do titular do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, ambos filiados ao partido.

Macêdo pode ser transferido para outro departamento e Dias deve retornar ao Senado. Lula avalia que, embora os dois trabalhem bastante, não têm conseguido produzir fatos para alimentar a base de esquerda. Edinho Silva, prefeito de Araraquara, é cotado para presidir o PT em 2025, ou até mesmo para substituir Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação Social.

Falta um ‘atacante’ no governo

Desde que Flávio Dino deixou o Ministério da Justiça para assumir uma cadeira no STF, Lula também não conta mais com alguém que faça o contraponto com apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Preencher a vaga de “atacante” na equipe é tarefa considerada essencial, principalmente neste ano de eleições para as prefeituras.

Dino, porém, virou interlocutor de Lula no Supremo, assim como os ministros Cristiano Zanin, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Até Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro, se aproximou do presidente depois que ele escolheu o juiz João Carlos Mayer Soares como desembargador do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1). Detalhe: Mayer Soares também tinha Lira como padrinho.

Apesar de perguntar para advogados e magistrados o que acham da revisão dos acordos de leniência celebrados no âmbito da Lava Jato, Lula até agora não chamou Dias Toffoli para uma conversa a sós.

As decisões que beneficiam a J&F e a Novonor (antiga Odebrecht) foram dadas por Toffoli. No caso da J&F, o ministro suspendeu a multa de R$ 10,3 bilhões do acordo fechado com o Ministério Público, acatando pedido da empresa para ter acesso ao material colhido pela “Operação Spoofing”.

Assessores de Lula dizem, no entanto, que ele ainda guarda mágoa de Toffoli. O problema vem de 2019, quando o petista estava preso e o magistrado negou autorização para que ele fosse ao velório do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em São Bernardo do Campo (SP).

Anos mais tarde, Toffoli relatou só não ter liberado Lula – que o nomeara para o STF dez anos antes – porque, se o fizesse, haveria um confronto nas ruas entre apoiadores do PT e seguidores de Bolsonaro. À época, ele autorizou o petista a se encontrar com a família em uma unidade militar na região do ABC paulista, podendo o corpo de Vavá ser levado para lá. Lula recusou e nunca se esqueceu do episódio.

Vera Rosa/ Estadão

Ataque a Israel foi coreografado entre EUA e Irã por canais ocultos, afirma analista

O ataque do Irã contra Israel, com centenas de drones e mísseis cruzando os céus do Oriente Médio no sábado (13), foi calculado de maneira que não detonasse uma guerra regional, diz o analista Trita Parsi. “Foi coordenado e coreografado entre EUA e Irã por canais ocultos”, afirma.

Nascido no Irã, Parsi é um dos fundadores do Conselho Nacional Iraniano Americano, com base em Washington. É hoje vice-presidente do Quincy Group, instituto de pesquisa sediado na capital dos EUA.

Havia bastante expectativa quanto ao ataque iraniano, prometido havia dias. O Irã vinha acusando Israel de ter bombardeado seu consulado em Damasco no início de abril. Os dois países estão em conflito indireto há anos, travando batalhas em outros territórios. Passaram a lutar às claras.

Os drones e mísseis de sábado, porém, foram lançados com aviso prévio, como Teerã afirmou neste domingo, e tempo suficiente para que Israel e seus aliados —Estados Unidos, Reino Unido e Jordânia, entre outros— os abatessem no ar. Segundo as autoridades israelenses, 99% dos projéteis foram interceptados. Os que caíram causaram pouco dano em uma base militar e feriram uma criança, que foi encaminhada a um hospital para cirurgia.

A intenção de Teerã era mostrar que estava revidando o ataque israelense na mesma moeda, mas sem expandir a guerra, diz Parsi. Segundo a imprensa estatal do país, Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, deu a entender que encerrou seu ataque. Disse ainda que o país vai reagir a qualquer retaliação israelense.

Nesse sentido, o analista afirma que os Estados Unidos desempenharam um papel crítico em evitar o conflito regional. Apesar de que, ainda na avaliação de Parsi, não fosse pelos EUA, o mundo não estaria nesta situação. O governo de Joe Biden, diz, “ajudou a levar a região à beira de um precipício, ao não impedir que Israel tentasse começar a guerra”.

O sucesso do Irã em se afastar do conflito vai depender agora das próximas jogadas tanto de Biden quanto de Binyamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel que, acredita-se, tem interesse político no confronto.

“Prolongar e expandir a guerra é do benefício de Netanyahu, já que o fim do conflito vai significar também o fim de sua carreira e possivelmente o começo de sua pena na prisão”, afirma. Refere-se ao fato de que o líder israelense enfrenta acusações de corrupção, razão pela qual, dizem diversos analistas, faz de tudo para seguir no poder.

Há pressão dentro do governo para que Netanyahu reaja ao ataque iraniano. Em especial, dos membros de ultradireita de seu gabinete, como Itamar Ben-Gvir, ministro de segurança nacional, e Bezalel Smotrich, das finanças. O premiê precisa do apoio deles para não cair.

De todo modo, Netanyahu de alguma maneira se beneficiou dos ataques iranianos de sábado. Havia crescente crítica contra os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, que nos últimos seis meses mataram mais de 33 mil pessoas. Ao ser alvo de Teerã, Tel Aviv recuperou alguma boa-vontade em Washington e retirou o foco de Gaza.

Até porque o território palestino segue sob ataque, com a população passando fome. É esse conflito, inclusive, que tem exacerbado a tensão na região. O estopim foi o atentado da facção terrorista Hamas em 7 de outubro no sul de Israel, deixando cerca de 1.200 mortos. Israel tem revidado desde então, de modo considerado por muitos analistas como desproporcional.

Neste domingo (14), uma série de governos e entidades condenou os ataques iranianos. O Itamaraty emitiu uma nota dizendo que o Brasil acompanha “com grave preocupação” os ataques do Irã contra Israel, mas sem condenar Teerã, o que gerou críticas de entidades judaicas. No ínterim, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, foi à TV repetir que Biden não quer guerrear com o Irã. A mensagem parecia ser em parte direcionada a Netanyahu, como um aviso. Sem apoio americano, Israel estaria vulnerável a ataques de Teerã.

Para Parsi, a estratégia das grandes potências, incluindo os Estados Unidos, é convencer Israel de que este capítulo está encerrado —com o placar zerado, por assim dizer— e impedir outro revide. Até porque, afirma, “a região estava à beira de uma grande guerra e segue assim”.
Diogo Bercito/Folhapress

 

Barco à deriva é encontrado com corpos no Pará; número de mortos não foi confirmado

                            Pescadores localizam corpos em barco à deriva no Pará no sábado (13)
Corpos foram encontrados em um barco à deriva neste sábado (13) na região nordeste do Pará, segundo a Polícia Federal, que abriu uma investigação para apurar as circunstâncias do caso.

Até as 10h30 deste domingo (14), não havia confirmação oficial do número de mortes, nem da nacionalidade das vítimas. Há suspeita de que elas sejam estrangeiras, conforme autoridades locais.

De acordo com a Defesa Civil do município de Bragança (a 214 km de Belém), pescadores localizaram a embarcação durante a manhã de sábado na região da baía do Maiaú, próximo da ilha de Canelas. O local é considerado de difícil acesso.

A PF declarou na manhã deste domingo que equipes estão em ação para resgatar o barco e os corpos. Isso deve ocorrer ao longo do dia, segundo a corporação.

“É muito provável que se trate de um barco estrangeiro, porque, preliminarmente, não foi detectado sumiço de pescadores da região”, afirmou Ubiranilson Oliveira, coordenador municipal da Defesa Civil de Bragança.

Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, que seria do momento no qual os pescadores localizaram a embarcação, é possível ouvir pessoas falando em “muita gente morta” e “mais de 20” vítimas.

A Marinha do Brasil disse que tomou conhecimento na manhã de sábado da embarcação encontrada à deriva por pescadores nas proximidades da ilha de Canelas.

Uma equipe de inspetores navais foi acionada para se deslocar até o local. O objetivo é apurar informações para abertura de investigação do IAFN (Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação).

Também no sábado, agentes da Polícia Federal no Pará foram acionados para o atendimento da ocorrência. Além deles, peritos e papiloscopistas da sede da PF em Brasília foram deslocados para a região.

“Um dos principais objetivos é descobrir quem eram as pessoas no barco, usando protocolos de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI)”, afirmou a corporação. A Polícia Federal disse ter sido informada sobre a ocorrência na manhã de sábado.

O MPF (Ministério Público Federal) do Pará anunciou a abertura de duas investigações nas áreas cível e criminal.

“Uma investigação criminal foca em eventuais crimes cometidos e na responsabilização penal de autores. A investigação cível concentra-se em questões de interesse público e na proteção de direitos que não necessariamente envolvem crimes”, declarou o MPF.

Leonardo Vieceli/Folhapress

Professores anunciam greve em universidades federais a partir de segunda; veja a lista

Sala de aula na UFPR (Universidade Federal do Paraná), uma das instituições que iniciarão greve nesta na segunda (15)
Professores de universidades, centros de educação tecnológicas e institutos federais das cinco regiões do Brasil decidiram entrar em greve a partir de segunda-feira (15). A categoria exige reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% —a primeira ainda para este ano e outras para 2025 e 2026.

A Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) afirma que, além da recomposição salarial, existe a necessidade de investimentos públicos nas instituições federais de educação, diante da corrosão desses investimentos no governo passado, sob Jair Bolsonaro (PL).

“Necessitamos de uma reorganização da carreira dos professores e de se ter um grande revogaço de medidas restritivas de direitos, de caráter regressivo, que foram implementados nos últimos anos, de natureza previdenciária, que tiraram direitos e afetam diretamente a aposentadoria, medidas que inibem o exercício do direito de greve, entre outras tantas”, disse Gustavo Seferian, presidente da Andes e professor de direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

De acordo com o panorama do sindicato, três instituições ligadas à entidade já paralisaram as atividades. Na segunda, outras 17 entrarão em greve. Cinco anunciaram indicativos de greve (com previsão de paralisação) e oito estão em estado de greve (alerta de que podem entrar em greve).

Em nota, o MEC (Ministério da Educação) informou que as equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação, das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) e da mesa setorial que trata de condições de trabalho.

“O MEC vem enviando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias. No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores”, diz o texto do governo Lula (PT).

Além das 69 universidades, a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica é formada pelos institutos, Cefets (Centros Federais de Educação Tecnológica, no RJ e MG), pelas escolas técnicas vinculadas às universidades, pelo Colégio Pedro 2º e pela UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná).

Os professores aderem ao movimento iniciado por servidores técnico-administrativos em educação no dia 11 de março, com participação de trabalhadores de 50 universidades e de quatro institutos. A categoria pede a reestruturação do plano de carreira dos cargos técnico-administrativos em educação, incluindo a recomposição salarial.

A Andifes, que representa dirigentes de 69 universidades e os dois centros de educação tecnológica, afirma que a “greve é um direito constitucional garantido aos trabalhadores e as seções sindicais e os servidores têm autonomia para deliberar quanto à participação no movimento”.

AS INSTITUIÇÕES LIGADAS À ANDES QUE ANUNCIAM GREVE NA SEGUNDA (15)
  • Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG);
  • Instituto Federal do Piauí (IFPI);
  • Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB);
  • Universidade Federal de Brasília (UnB)
  • Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
  • Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
  • Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
  • Universidade Federal de Viçosa (UFV)
  • Universidade Federal do Cariri (UFCA)
  • Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  • Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Universidade Federal do Paraná (UFPR)
  • Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)
  • Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
  • Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
COM DEFLAGRAÇÃO/INDICATIVO DE GREVE APÓS 15/4
  • Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ)
  • Instituto federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – campi Alvorada, Canoas, Osório, Porto Alegre, Restinga, Rolante e Viamão;
  • Universidade Federal de Sergipe (UFS);
  • Universidade Federal de Uberlândia (UFU);
  • Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
COM INDICATIVO/CONSTRUÇÃO DE GREVE APROVADA SEM DATA DE DEFLAGRAÇÃO
  • Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)
  • Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
  • Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • Universidade Federal do Piauí (UFPI)
  • Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
  • Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
  • Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
EM ESTADO DE GREVE
  • Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
  • Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
  • Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
  • Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Universidade Federal do Pampa (Unipampa)
  • Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
  • Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Jorge Abreu/Folhapress

Israel promete vitória, e gabinete de Netanyahu se reúne após ataque; Irã alerta Tel Aviv a não reagir

No dia seguinte à inédita ofensiva do Irã com centenas de drones e mísseis lançados contra o território israelense, o premiê Binyamin Netanyahu afirmou que conteve o ataque e prometeu vitória. O gabinete de Bibi, como é chamado, se reuniria na manhã deste domingo (14), pelo horário de Brasília, para discutir as próximas ações, mas Teerã já alertou Israel e os Estados Unidos sobre uma “resposta muito maior” se houver qualquer reação.

A ameaça de uma guerra aberta entre os arqui-inimigos do Oriente Médio e de envolver os Estados Unidos deixou a região em alerta, com Washington afirmando que o país não busca conflito com o Irã, mas não hesitará em proteger suas forças e Israel.

Teerã lançou o ataque em resposta ao bombardeio à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, que matou membros da Guarda Revolucionária do Irã, em 1º de abril. O regime comandado pelo aiatolá Ali Khamenei atribuiu a autoria a Tel Aviv, que não confirmou envolvimento, mas continuou a ser responsabilizado.

O ataque com centenas de mísseis e drones, em sua maioria lançados do interior do Irã, causou apenas danos moderados em Israel, já que a maioria foi interceptada com a ajuda de aliados, incluindo os EUA, Reino Unido e Jordânia. “Interceptamos, repelimos, juntos venceremos”, disse Netanyahu nas redes sociais. As forças israelenses confirmaram que uma base aérea no sul do país foi atingida de forma leve e continou a operar. E uma criança de 7 anos ficou gravemente ferida por causa de estilhaços de um projétil abatido.

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou que, apesar de frustrar o ataque, a campanha militar não acabou. Ele ressaltou a necessidade de o país estar preparado para todos os cenários.

O canal de TV israelense Channel 12 citou, durante a noite, um oficial israelense não identificado dizendo que haveria uma “resposta significativa” ao ataque.

Rússia, China, Egito, Emirados Árabes Unidos e Omã pediram moderação. A missão iraniana nas Nações Unidas disse que o ataque tinha como objetivo punir “crimes israelenses”, mas que agora “considerava o assunto encerrado”.

O chefe do Estado-Maior do Exército iraniano, major-general Mohammad Bagheri, alertou na televisão que “nossa resposta será muito maior do que a ação militar de hoje se Israel retaliar contra o Irã” e disse a Washington que suas bases também poderiam ser atacadas se ajudasse Israel a retaliar.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã convocou os embaixadores do Reino Unido, França e Alemanha para questionar o que se referiu como sua “postura irresponsável” em relação aos ataques de Teerã a Israel, informou Iranian Labour News Agency, agência de notícias semioficial iraniana.

Segundo a mídia estatal persa, diversos aeroportos iranianos, incluindo o Aeroporto Internacional Imam Khomeini de Teerã, cancelaram voos até segunda-feira.

O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que convocaria uma reunião de líderes do G7 neste domingo para coordenar uma resposta diplomática ao que chamou de ataque descarado do Irã. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse que Washington não busca conflito com o regime persa, mas não hesitará em agir para proteger as forças americanas e apoiar a defesa de Israel.

O Conselho de Segurança da ONU estava programado para se reunir neste domingo, às 17h, pelo horário de Brasília, depois que Israel solicitou que condenasse o ataque do Irã e designasse a Guarda Revolucionária como organização terrorista.

No sábado, a Guarda iraniana apreendeu um navio de carga ligado a Israel no estreito de Hormuz, uma das rotas de transporte de energia mais importantes do mundo, destacando os riscos para a economia mundial de um conflito mais amplo.

A guerra em Gaza, que Israel invadiu após um ataque do Hamas apoiado pelo Irã em 7 de outubro, aumentou as tensões na região, se espalhando para frentes com grupos alinhados ao Irã no Líbano, Síria, Iêmen e Iraque.

O aliado mais poderoso do Irã na região, o grupo xiita libanês Hezbollah —em ofensivas com Israel desde o início da guerra em Gaza— disse no início de domingo que havia disparado foguetes contra uma base israelense.

Drones também foram lançados contra Israel pelo grupo Houthi do Iêmen, alinhado com o Irã, que atacou rotas de navegação no Mar Vermelho e arredores para mostrar solidariedade com o Hamas, disse a empresa de segurança marítima britânica Ambrey em comunicado.

A agência de notícias Fars do Irã citou uma fonte dizendo que Teerã estava observando de perto a Jordânia, que poderia se tornar o próximo alvo em caso de movimentos em apoio a Israel.

O ataque de 7 de outubro, no qual 1.200 israelenses foram mortos e 253 feitos reféns, juntamente com o descontentamento interno com o governo e a pressão internacional sobre a guerra em Gaza, formam o pano de fundo das decisões de Netanyahu sobre uma resposta.

Em Jerusalém, no domingo, os israelenses descreveram seu medo durante o ataque, quando as sirenes soaram e o céu noturno foi abalado por explosões, mas discordaram sobre como o país deveria responder. “Acho que nos deram licença para responder agora. Quer dizer, foi um grande ataque do Irã… Imagino que Israel responderá e pode ser rápido e voltar à vida normal”, disse Jeremy Smith.

No Irã, a televisão estatal mostrou pequenas reuniões em várias cidades celebrando o ataque, mas, em particular, alguns iranianos estavam preocupados com a resposta de Israel. “O Irã deu a Netanyahu uma oportunidade de ouro para atacar nosso país. Mas nós, o povo do Irã, suportaremos o peso deste conflito”, disse Shima, uma enfermeira de 29 anos, de Teerã.

Folhapress

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