Motta recua e agora admite pautar a anistia depois de pressão do centrão

Antes resistente a pautar a anistia aos acusados de golpismo, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (2) que está avaliando a questão e que os líderes partidários ampliaram a cobrança.

“Os líderes estão cobrando, estamos avaliando, vamos conversar mais. […] Aumentou o número de líderes pedindo”, disse.

Em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve início nesta terça no STF (Supremo Tribunal Federal), a costura política pela anistia tomou volume nesta semana com articulação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de dirigentes do centrão a favor do tema.

Após reunião de líderes desta terça, ficou acertado que o projeto de anistia não deve ser votado nesta semana, mas há chances de ir para a pauta após o julgamento, que termina no dia 12. A urgência do projeto pode ser analisada em plenário já na próxima semana.

Por enquanto, não há um texto definido para o projeto de anistia, e deputados divergem sobre se a anistia contemplaria apenas os condenados pelo 8 de Janeiro ou também Bolsonaro, como defende parte do centrão e os parlamentares bolsonaristas.

Tarcísio passou o dia em Brasília para participar de reuniões com dirigentes do centrão para tratar de anistia. Motta afirmou ainda que conversou brevemente com o governador por telefone nesta terça, mas que poderia haver um encontro mais tarde.

Segundo líderes partidários, o clima mudou. Se antes Motta não demonstrava inclinação para levar a anistia ao plenário, a nova avaliação é a de que ele passou a preparar o terreno para a votação.

“[Motta] já comunicou aos líderes que está construída a maioria. Lindbergh [Farias, líder do PT] não gostou nada do que ouviu, ficou bem chateado […]. Mas Motta já comunicou que vai ser pautado. Quando não se sabe, não sei se é depois do julgamento. Mas é o que eu estou sentindo”, disse Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL.

Na quinta-feira (4), deve haver nova reunião entre Motta e Sóstenes para tratar do perdão aos golpistas.

Lindbergh atribuiu o avanço da anistia, o que disse considerar um erro, à articulação de Tarcísio, que, segundo ele, “matou no peito” para consolidar sua candidatura presidencial junto ao centrão e ao bolsonarismo.

“Tem uma movimentação do Tarcísio querer virar candidato do bolsonarismo. Tem gente que está se aproveitando, no momento em que estamos tendo um julgamento importante como esse, para tentar consolidar uma candidatura presidencial com essa troca: a votação de um projeto de anistia”, disse o petista mais cedo.

Depois da reunião de líderes, Lindbergh disse que “a coisa ficou séria” e que houve uma “mudança de tom e de intensidade”, indicando que a anistia deve ser analisada em plenário. “Cresceu um movimento com a presença do governador de São Paulo. […] Me parece um desejo de pautar mesmo”, disse.

Lindbergh afirmou, porém, que a anistia é inconstitucional e seria um equívoco que o Congresso a levasse adiante. “Para nós, seria uma aventura, uma irresponsabilidade, estaríamos acentuando a crise institucional no Brasil, porque essa movimentação toda acontece no primeiro dia do julgamento do Bolsonaro. […] É um desrespeito. No dia em que acontece o julgamento da trama golpista, é como se dissessem: não vai valer nada, nós vamos anular, o Parlamento vai anular”.

Após críticas do clã Bolsonaro no sentido de que o centrão e o governador negligenciam a situação do ex-presidente e miram apenas a eleição de 2026, Tarcísio tem assumido o protagonismo pela anistia. O governador foi ungido pelo centrão como candidato da direita, enquanto Bolsonaro está inelegível.

Segundo deputados do centrão, a anistia seria um gesto necessário a Bolsonaro para, em retorno, viabilizar a candidatura presidencial do governador, que precisa do aval do ex-presidente.

Tarcísio, por sua vez, tem negado a intenção de concorrer à Presidência e dito que a anistia é necessária para pacificar o país, que seria uma porta de saída para a crise entre os Poderes.

Ele afirmou, na sexta (29), que caso eleito presidente seu primeiro ato seria um indulto a Bolsonaro. Nesta segunda-feira (1º), o governador tomou café da manhã com o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), e tratou de anistia, o que foi explicitado numa publicação nas redes sociais. Partido de Motta, o Republicanos passou a defender a anistia publicamente.

Nesta terça-feira, o assunto foi discutido durante uma reunião entre os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto; do União Brasil, Antônio Rueda; e Ciro Nogueira na sede do PL, ao mesmo tempo em que tinha início o julgamento de Bolsonaro no STF. O líder da oposição do Senado, Rogério Marinho (PL-RN), também estava presente e disse que eles trataram “de agendas parlamentares, inclusive essa [da anistia]”.


Ex-diretor do TSE afirma que Moraes forjou documento em operação contra bolsonaristas

O ex-assessor de Alexandre de Moraes Eduardo Tagliaferro afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) forjou relatórios para justificar uma operação contra empresários bolsonaristas por mensagens de teor golpista, em agosto de 2022.

A ação da Polícia Federal à época teve como único embasamento uma reportagem do portal Metrópoles. Quando o sigilo da operação foi suspenso, porém, havia nos autos um relatório como base da decisão do ministro.

Em audiência na Comissão de Segurança Pública do Senado Federal nesta terça-feira (2), Tagliaferro, que chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral, apresentou prints e documentos que demonstrariam que o ministro sequer tinha acesso, à época, às mensagens dos empresários.

O ex-assessor diz que o laudo técnico que embasou aquela operação, datado do dia 22 de agosto de 2022, um dia antes da operação, foi produzido, no dia 28 daquele mês, seis dias depois, o que seria provado pelos metadados do documento.

A data, diz, foi fraudada para dar a impressão de que a operação autorizada por Moraes contra os empresários bolsonaristas não havia se baseado apenas na reportagem.

As conversas entre os empresários no grupo, reveladas pelo site Metrópoles, traziam afirmações como a do empresário José Koury, do Barra World Shopping, que dizia preferir um golpe à volta do PT e que “ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil” caso o país vire uma ditadura. Os empresários negaram qualquer intenção golpista nos diálogos privados.

Nesta terça, Tagliaferro disse que os laudos foram elaborados por ele mesmo a pedido do gabinete do ministro, após a operação.

Uma série de reportagens do jornal Folha de S.Paulo mostrou em agosto do ano passado, com base em conversas de Tagliaferro, que, nas investigações do inquérito das fake news, Moraes agiu fora do rito, adotando atitudes que, em um processo normal, são atribuições da Polícia Federal (o órgão que investiga) e da Procuradoria-Geral da República (o órgão que faz a acusação).

As reportagens mostraram que o gabinete de Moraes ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito no Supremo Tribunal Federal durante e após as eleições de 2022.

Diálogos aos quais a reportagem teve acesso mostram como o setor de combate à desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), presidido à época por Moraes, foi usado como um braço investigativo do gabinete do ministro no Supremo.

A Folha teve acesso a mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares de Moraes, entre eles Tagliaferro e o seu principal assessor no STF, o juiz instrutor Airton Vieira.

A sessão desta terça foi comandada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e foi realizada ao mesmo tempo do primeiro dia do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal da trama golpista durante o governo Bolsonaro.

Flávio afirmou que vai enviar toda a documentação ao presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, e que vai pedir que ele suspenda o julgamento.

Ele também afirmou que irá encaminhar essas informações ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que promove um tarifaço contra o Brasil em pressão contra o julgamento do ex-presidente.

Também na sessão, Tagliaferro disse que o atual procurador-geral da República, Paulo Gonet, atuou ao lado de Moraes fora do rito processual correto nas investigações que têm como alvo bolsonaristas.

O ex-diretor do TSE apresentou prints de conversas de aplicativo de celular que, segundo ele, se referem a conversas com Gonet (na época em que este era vice procurador-geral eleitoral, em 2022) e com um assessor, de nome Lucas.

Essas conversas provam, de acordo com Tagliaferro, a participação de Gonet em procedimentos que extrapolaram as regras jurídicas.

De acordo com os prints apresentados à comissão, Gonet, à época vice da PGE (Procuradoria-Geral Eleitoral), teria pedido a Tagliaferro uma lista de decisões sobre remoção de conteúdo nas redes.

“Se houver registro das [publicações] que foram mantidas, seria ainda melhor”, diz o então vice-PGE.

Pouco depois, o assessor teria enviado uma planilha e dito: “Levantamos os processos, agora vamos pegar as decisões para o senhor”.

Em outro print, Lucas (que seria secretário-executivo da PGE à época) envia uma mensagem a Tagliaferro a pedido de Gonet para falar “sobre um assunto que o Dr. Paulo tratou com o Ministro Alexandre [de Moraes] hoje mais cedo”. À época, Moraes era presidente do TSE.

As trocas entre os dois assessores, segundo os prints, seguiram até março de 2023. Na sessão transmitida pelo Senado, Tagliaferro chegou a exibir para a câmara o número de telefone de Gonet.

A assessoria do procurador não se manifestou até a publicação deste texto, assim como a assessoria do ministro, que relata o julgamento de Bolsonaro nesta terça.

João Gabriel/Ranier Bragon/Folhapress

Em reunião com a bancada estadual do União Brasil, coordenador da federação UP endossa nome de Tarcísio como candidato para 2026

O posicionamento foi reiterado numa publicação nas redes sociais onde Maia fez um registro do encontro com os estaduais
O deputado federal Arthur Maia (União Brasil), que será o coordenador da federação União Progressista — formada por União Brasil e Progressistas (PP) — na Bahia, se reuniu no final da manhã desta terça-feira (2) com a bancada estadual do União Brasil na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para afinar as articulações eleitorais para 2026.

Durante a reunião, Arthur Maia reiterou seu entusiasmo em torno do nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como principal alternativa da oposição nacional para enfrentar a tentativa de reeleição do presidente Lula (PT) – embora o mesmo União Brasil já tenha lançado a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

O posicionamento foi reiterado numa publicação nas redes sociais onde Maia fez um registro do encontro com os estaduais.

“A minha avaliação é de que existe um clima de justificado otimismo em relação à candidatura de ACM Neto, que segue firme e consolidada, com ampla vantagem nas pesquisas de opinião. Além disso, há um cenário nacional favorável que aponta para o fortalecimento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como liderança capaz de representar uma nova esperança para o Brasil”, destacou o parlamentar.

A sinalização de Arthur Maia acontece no mesmo dia em que a federação União Progressista (UP) se prepara para entregar os espaços que ocupa no governo federal, num movimento que coaduna com o pleito do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, hoje o principal nome da oposição na Bahia contra a reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Segundo Arthur Maia, o momento é de alinhamento político em torno de um projeto nacional. “Seguimos juntos, com confiança e determinação, construindo um futuro melhor para a Bahia e para o nosso país”, completou.

Política Livre

Donald Trump diz que Estados Unidos destruíram barco que deixava a Venezuela com drogas

Foto: Reprodução/Instagram
O presidente Donald Trump afirmou nesta terça-feira (2) que militares dos Estados Unidos “destruíram” um barco que estaria saindo da Venezuela supostamente carregado de drogas.

“Nos últimos minutos, nós acabamos, literalmente, de destruir um barco carregado de drogas. Havia muitas drogas nesse barco”, disse Trump a repórteres no Salão Oval.

“Esse barco saiu da Venezuela, está saindo muita coisa da Venezuela. Muita coisa mesmo está vindo de lá. Então nós o destruímos, e vocês vão ver isso assim que essa reunião terminar”, disse o presidente.

O secretário de Estado, Marco Rubio, confirmou o episódio. “As Forças Armadas dos EUA conduziram um ataque letal no sul do Carribe [sic] contra uma embarcação de drogas que havia partido da Venezuela”, disse, grafando de maneira incorreta a palavra “Caribe”. Ainda não se sabe o número de mortos, e o regime de Nicolás Maduro não se pronunciou.

Rubio afirmou que o barco estava sendo operado por uma organização considerada narcoterrorista pelos EUA, mas não especificou qual. Washington acusa Maduro de chefiar o suposto Cartel de los Soles —que, segundo especialistas, não existe.

Até o fim da tarde de terça, o Pentágono não havia dado mais detalhes sobre a operação.

Os EUA enviaram pelo menos sete navios de guerra às águas próximas da Venezuela, junto com um submarino de ataque rápido movido a energia nuclear. A esquadra está ou chegará à região tripulada por 4.500 marinheiros e fuzileiros navais. Washington também opera aviões espiões nas águas próximas à Venezuela.

O movimento é justificado pelo governo Trump como uma ofensiva contra o tráfico de drogas na região. Analistas, porém, veem a questão como um gesto para ampliar a pressão sobre Maduro.

Nesta segunda (1º), Maduro disse em entrevista que está preparado para a luta armada caso seu país seja invadido pelos Estados Unidos.

“Nós estamos em um período especial de preparação máxima. E em qualquer circunstância, vamos garantir o funcionamento do país”, afirmou Maduro a jornalistas. “Se a Venezuela for agredida, passará imediatamente à luta armada em defesa do território nacional e da história e do povo da Venezuela”, acrescentou.

O governo Trump enviou pelo menos três destróieres da classe Arleigh Burke, um cruzador da classe Ticonderoga e um submarino nuclear para as águas caribenhas próximas à Venezuela em um movimento com o objetivo de pressionar o regime com a justificativa de combater o narcotráfico na região.

Os navios de guerra têm mais poder de fogo que toda a Venezuela. Isso não significa, entretanto, que não haja risco para as embarcações americanas em um eventual conflito. Segundo o Balanço Militar de 2025, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres, Caracas tem à disposição mísseis antinavio que podem ameaçar os destróieres.

Também na terça, a chanceler da Colômbia, Rosa Villavicencio, disse que a presença militar dos Estados Unidos em águas do Caribe para combater o narcotráfico é “desproporcional”. “Não há dúvida de que estamos comprometidos nessa luta contra o narcotráfico, mas essa presença desproporcional, frente às tensões que existem entre Venezuela e Estados Unidos, nos levam a alertar que uma interferência não é possível porque a Colômbia, a América Latina, é terra de paz”, disse a chefe da diplomacia colombiana.

Prefeitura de Ipiaú inicia distribuição dos carnês do IPTU 2025 com desconto de 10% para pagamento à vista.

A Prefeitura de Ipiaú, iniciou nesta terça-feira, 2 de setembro, a entrega dos carnês referentes ao Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU-2025.

Os boletos chegarão as mãos de 18.550 contribuintes.

A principal finalidade do IPTU é arrecadar recursos financeiros para o município, que são usados para financiar os serviços públicos e obras na cidade.

A campanha de arrecadação do tributo oferece 10% de desconto no pagamento da Cota Única, que pode ser efetuada até o dia 30 deste mês.

Em se tratando de pagamento a prazo, o limite de parcelamento é de três vezes com parcelas a serem vencidas nas datas de 30/09/2025, 30/10/2025 e 30/11/2025.

A entrega presencial, é feita por meio dos funcionários do Departamento de Tributos. Existe ainda as opções de emissão online e presencial na Diretoria de Tributos, com endereço no prédio do SAC- Praça Rui Barbosa.

Para a obtenção do carnê via online basta acessar o 
link

ISENTOS

A isenção do IPTU é para os beneficiários (aposentados) cuja renda familiar não ultrapasse dois (2) salários mínimos e detenha a propriedade de apenas um imóvel usado como residência.

Ainda ficam isentas do imposto, dentre outros casos previstos na legislação municipal, as entidades filantrópicas, imóveis destinados a cultos religiosos, imóveis utilizados por órgãos públicos. (José Américo castro/DECOM-PMI).

Elas na Construção: Prefeitura de Ipiaú amplia oportunidades de capacitação para mulheres

O futuro está sendo construído por mãos femininas em Ipiaú. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e em parceria com o Senai, segue firme no propósito de promover inclusão, empoderamento e profissionalização das mulheres ipiauenses através do programa Elas na Construção.

As primeiras turmas dos cursos de Pintora e Pedreira, iniciadas no dia 1º de setembro, já estão em andamento e com grande participação. E as novidades não param por aí: estão abertas as inscrições para o curso de Eletricista Predial de Baixa Tensão, mais uma oportunidade de inserção em uma área tradicionalmente ocupada por homens.


Com carga horária de 160 horas, a capacitação segue até o dia 11 de novembro, oferecendo às participantes conhecimento técnico e preparação para o mercado de trabalho.

A iniciativa tem o apoio direto da prefeita Laryssa Dias e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Daniel Dias, que reforçam o compromisso da gestão em transformar realidades e abrir novos caminhos para as mulheres da cidade.
“Estamos investindo em cursos que ampliam a autonomia e as oportunidades das mulheres, garantindo que elas tenham condições de atuar em setores importantes da construção civil. Esse é um passo significativo para a igualdade e para o fortalecimento da nossa cidade”, destacou a prefeita.

Com o programa Elas na Construção, Ipiaú reafirma seu compromisso com a valorização da mulher e a construção de um futuro mais justo e inclusivo.

Fernando Canuth - Decom PMI

Ibirataia: Secretaria de Agricultura visita produtor beneficiado pelo Programa Braço Forte em Ibirataia

A Prefeitura de Ibirataia, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, realizou a visita a um produtor rural que teve sua realidade transformada graças ao Programa Braço Forte. A iniciativa, que conta com o apoio direto do prefeito Sandro Futuca, tem sido fundamental no fortalecimento da agricultura familiar no município.

Durante a visita, foi possível conhecer de perto a estrutura de um aviário construído com o incentivo do programa, um exemplo concreto de como o investimento no campo pode gerar renda, dignidade e desenvolvimento sustentável.

“Esse é o reflexo de uma gestão que acredita na força do homem do campo e trabalha para oferecer condições reais de crescimento e autonomia aos nossos agricultores”, destacou a Secretária Laís Nascimento.

O Programa Braço Forte reafirma o compromisso da administração municipal com o setor agrícola, promovendo oportunidades, geração de emprego e valorização da produção local.

Fonte: Decom/Prefeitura de Ibirataia

Com recursos de R$ 10,7 milhões do Governo do Estado, Chapada Diamantina ganhará novo Terminal Turístico e Rodoviário

O governador Jerônimo Rodrigues assinou, nesta terça-feira (2), a ordem de serviço para a construção do Terminal Turístico e Rodoviário da Chapada Diamantina, que será instalado no distrito de Tanquinho, no município de Lençóis. O ato, realizado no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador, contou com a presença de autoridades federais, estaduais e municipais, incluindo o senador Otto Alencar, o vice-governador, Geraldo Júnior, o secretário de Infraestrutura, Sérgio Brito, e o secretário de Turismo, Maurício Bacelar, além de prefeitos da região.

“A Chapada ganha muito com isso. Essa rodoviária vai interligar todos os municípios da região. Hoje a gente tem uma dificuldade muito grande de interlocução, de rodar pelos municípios da Chapada. Então, essa rodoviária vai ser muito importante para que os turistas possam ficar mais dias nos municípios”, pontuou a prefeita de Lençóis, Vanessa Senna.
O projeto apresentado durante o evento é resultado de um convênio entre o Ministério do Turismo (MTur), a Caixa Econômica Federal e a Secretaria de Turismo da Bahia (Setur-BA), em parceria com a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). Com investimento de R$ 10,7 milhões o novo terminal contempla diretamente 20 municípios da região: Abaíra, Boninal, Ibitiara, Novo Horizonte, Seabra, Souto Soares, Marcionílio Souza, Piatã, Lajedinho, Utinga, Iaçu, Boa Vista do Tupim, Nova Redenção, Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Iraquara, Bonito, Mucugê e Itaetê, impactando mais de 320 mil pessoas.

“Eu digo sempre que o projeto é fundamental para que a obra aconteça. Normalmente nós temos no Senado recursos, que às vezes aparecem, e não tem o projeto pronto para a obra”, acrescentou o senador Otto Alencar.

“A Chapada Diamantina é um dos destinos mais visitados, e essa obra vai fortalecer ainda mais o turismo sustentável na região. Estamos unindo infraestrutura, desenvolvimento e preservação”, destacou o governador Jerônimo Rodrigues durante o evento. A construção do terminal será estratégica para organizar o fluxo de visitantes e melhorar a mobilidade de turistas e moradores.

A iniciativa também deve fomentar a geração de emprego e renda, valorizando a cadeia produtiva do turismo em toda a região da Chapada. “Essa é uma obra com função turística e logística. Vai conectar melhor os municípios e ajudar a desenvolver economicamente essa região tão importante para o turismo da Bahia”, afirmou o secretário de Infraestrutura, Sérgio Brito.

O terminal será uma porta de entrada estruturada para visitantes brasileiros e estrangeiros, facilitando o acesso a atrativos naturais como o Parque Nacional da Chapada Diamantina, cachoeiras, grutas, trilhas e comunidades tradicionais. Com essa infraestrutura, o estado espera elevar o padrão de recepção turística na região. “O turismo é uma atividade transversal. Ele necessita que as três esferas de poder atuem em conjunto. E a realização desse projeto do Terminal turístico e Rodoviário da Chapada Diamantina é exatamente isso”, declarou o secretário de Turismo, Maurício Bacelar.

A expectativa é de que as obras tenham início nos próximos meses, com prazo de execução previsto de 270 dias. O superintendente de Rede da Caixa Econômica Federal, Sâmio Cássio Carvalho, acrescentou, “A gente fica muito contente de saber que a Caixa é uma empresa pública que defende o desenvolvimento e a sustentabilidade do nosso estado. Estamos sempre juntos com o Governo do Estado.”

Repórter: Joci Santana/GOVBA

Gonet diz que deixar de reprimir tentativas de golpe aumenta ímpetos de autoritarismo

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse nesta terça-feira (2) que um Estado deve reprimir tentativas de golpe para evitar um aumento de ímpetos autoritários, ao se manifestar no julgamento que pode levar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à condenação por crimes que chegam a uma pena superior a 40 anos de prisão.

Gonet se manifesta no primeiro dia de julgamento de Bolsonaro e dos outros sete réus do núcleo central da trama golpista, após a leitura do relatório do processo pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

“Não reprimir criminalmente tentativas dessa ordem [golpista], como mostram relatos de fato aqui e no estrangeiro, recrudesce ímpetos de autoritarismo e põe em risco o modelo de vida civilizado”, disse Gonet.

“Não se pode admitir que se puerilizem as tramas urdidas e postas em prática por meios de atos coordenados e sucessivos conducentes à perturbação social, à predisposição a medidas de força desautorizadas constitucionalmente, à restrição dos Poderes constitucionais e à ruptura com preceitos elementares da democracia, como o respeito à vontade do povo, expressa nos momentos eleitorais.”

Antes de Gonet, Moraes abriu o julgamento com uma fala dura, em que cita “pressões internas ou externas” e tentativas de coação à corte durante o processo, afirmando ainda que a pacificação é um desejo de todos, mas que não pode ser alcançada com covardia ou impunidade.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) tem duas horas para expor os motivos pelos quais os réus deveriam ser condenados pelas acusações de tentarem um golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro para o presidente Lula (PT), em 2022.

Ele disse, em discurso introdutório, que em julgamento a “democracia assume a sua defesa ativa contra a tentativa de golpe apoiada em violência ameaçada e praticada”.

Também disse que, ao julgar esses casos, “a defesa da ordem democrática acha espaço para se reafirmar, avantajar e dignificar”.

Em seu discurso, nesses casos, crime tentado é crime consumado —fazendo um contraponto às defesas dos réus, que afirmam que não houve golpe de Estado ou tentativa.

O PGR disse que a denúncia da trama golpista “não se baseou em conjecturas ou suposições frágeis, os próprios integrantes da organização criminosa fizeram questão de documentar quase todas as fases da empreitada”.

Ele destacou que diversos atos praticados pelos réus configuram violência e grave ameaça, como as blitzes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a reunião de Bolsonaro com os chefes das Forças Armadas.

“Se qualifica no domínio do termo ‘violência’ a convocação de responsáveis por tropas militares para ultimar medidas de quebra da Constituição. A incitação ao movimento de repúdio ao resultado eleitoral, minuciosamente concatenada por longo tempo, acolhia a violência física que efetivamente se deu e de modo crescente a partir do resultado das urnas de 30 de outubro de 2022”, disse.

Segundo Gonet, os ataques de 8 de janeiro foram o “apogeu violento desses atos”. A fala do PGR também tenta esvaziar parte da alegação das defesas que a tentativa de golpe de Estado só pode ser condenada se houver violência ou grave ameaça.

“O 8 de janeiro de 2023, se não terá sido objeto ou objetivo principal do grupo, passou a ser desejado ou incentivado quando se tornou a derradeira opção disponível”, disse.

Sua manifestação reitera argumentos do Ministério Público de que o ex-presidente deve ser condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.

Depois da manifestação de Gonet, as defesas dos acusados passam a se posicionar, cada uma com o tempo máximo de uma hora. A primeira defesa a se manifestar é a do tenente coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro.

Ele é o primeiro porque firmou acordo de delação premiada. Em seguida, as demais defesas serão apresentadas por ordem alfabética dos réus.

O julgamento tem a previsão de durar até o dia 12 de setembro. O primeiro voto, do relator Moraes, só deve acontecer na próxima terça-feira (9).

Em seguida, votam os demais integrantes da primeira turma: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Bolsonaro foi denunciado pela PGR no dia 18 de fevereiro, sob acusação de liderar a tentativa de golpe de Estado após a derrota em 2022.

Além de Bolsonaro, outras 33 pessoas foram denunciadas, entre eles o ex-ministro Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de 2022 e, atualmente, está preso preventivamente.

A denúncia é julgada por núcleos, e o que envolve Bolsonaro é o considerado o mais importante deles. No fim de março, a Primeira Turma do STF recebeu a denúncia e tornou réus o ex-presidente e os demais acusados desse núcleo.

Ao apresentar as alegações finais no processo, em julho, Gonet disse que “todos os personagens do processo em que a tentativa do golpe se desdobrou são responsáveis pelos eventos que se concatenam entre si”.

A manifestação do procurador-geral da República acontece uma semana após ele ter sido indicado por Lula para ocupar o cargo por mais dois anos.

Na Presidência, Bolsonaro acumulou uma série de declarações golpistas às claras, provocou crises entre os Poderes, colocou em xeque a realização das eleições de 2022, ameaçou não cumprir decisões do STF e estimulou com mentiras e ilações uma campanha para desacreditar o sistema eleitoral do país.

Após a derrota para Lula, incentivou a criação e a manutenção dos acampamentos golpistas que se alastraram pelo país e deram origem aos ataques do 8 de Janeiro.

Nesse mesmo período, adotou conduta que contribuiu para manter seus apoiadores esperançosos de que permaneceria no poder e, como ele mesmo admitiu publicamente, reuniu-se com militares e assessores próximos para discutir formas de intervir no TSE e anular as eleições.

José Marques, Ana Pompeu e Cézar Feitoza/Folhapress
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Ibirataia: Profissionais de Saúde recebem incentivo do Previne Brasil

A Prefeitura de Ibirataia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou o pagamento do adicional salarial do programa Previne Brasil, referente ao primeiro quadrimestre da gestão do prefeito Sandro Futuca. O benefício contempla todos os profissionais das equipes de Saúde da Família do município.

De acordo com o secretário de Saúde, Héber Câncio, o repasse é resultado do alcance das metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. “Esse incentivo representa uma bonificação pelo esforço e dedicação das equipes”, ressaltou.

O prefeito Sandro Futuca destacou a importância da medida para a valorização dos servidores. “É mais um demonstrativo de compromisso e responsabilidade com os trabalhadores da saúde, que estão na linha de frente cuidando da nossa população”, afirmou.

Fonte: Decom/Prefeitura de Ibirataia

PF, PC e PM apreendem mais um carregamento de drogas em Santa Helena/PR

Foz do Iguaçu/PR. Policiais federais, civis e militares, em mais uma ação conjunta, apreenderam mais um carregamento de maconha na região rural do município de Santa Helena, região oeste do estado do Paraná.

Durante o patrulhamento nas trilhas que cortam a mata ciliar do lago de Itaipu, os policiais identificaram indícios de movimentação recente e iniciaram buscas, encontrando cerca de 272 kg de maconha, divididos em fardos.

Toda a carga de drogas foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR

PF deflagra Operação Pertence contra o tráfico de drogas em Rondônia

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva em Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Candeias do Jamari
Guajará-Mirim/RO. A Polícia Federal deflagra nesta terça-feira (2/9) a Operação Pertence, com objetivo de desarticular organização criminosa voltada ao tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva, expedidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia, nas cidades de Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Candeias do Jamari/RO.

Investigação preliminar reuniu elementos que indicam a atuação estruturada de um grupo dedicado ao transporte de drogas na região de fronteira, utilizando-se de ramificações em diferentes municípios de Rondônia.

O material apreendido será submetido à perícia e os presos serão encaminhados à sede da Polícia Federal em Rondônia, onde permanecerão à disposição da Justiça.

As investigações prosseguem com a análise dos documentos e equipamentos apreendidos. Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia

PF e CGU apuram crimes contra a Administração Pública e lavagem de capitais

Operação Expertise investiga fraude em procedimentos licitatórios e contratos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro
Belém/PA. A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) realizam, na manhã desta terça-feira (2/9), a Operação Expertise. O objetivo é apurar a atuação de organização voltada ao cometimento de crimes contra a Administração Pública e à lavagem de capitais, mediante a contratação fraudulenta de empresas por diversos órgãos públicos estaduais e municipais do Pará.
Há suspeitas de que essas fraudes se dariam por meio da utilização de recursos federais oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS).

As investigações revelaram ações ilícitas que envolvem empresários, servidores públicos e empresas de fachada. O esquema consistiria no direcionamento de licitações, adesões irregulares a atas de registro de preços, simulação ou execução parcial de contratos administrativos, repasses de vultosos valores públicos e, posteriormente, o saque em espécie e redistribuição desses recursos entre os agentes integrantes da organização.
O total dos contratos sobre os quais recaem suspeitas de irregularidades é de, aproximadamente, R$ 198 milhões.

A operação, que conta com a participação de 65 policiais federais e 6 auditores da CGU, cumpre 18 mandados de busca e apreensão, bloqueio de ativos no montante de até R$ 198 milhões, afastamento do sigilo bancário e fiscal de 17 investigados, prisão preventiva de 5 investigados, uma medida cautelar diversa da prisão (monitoramento eletrônico).
Além disso, busca ainda afastamento de seis servidores públicos e suspensão, por tempo indeterminado, das atividades econômicas de quatro empresas investigadas, incluindo contratos firmados e atualmente vigentes com quaisquer órgãos do estado do Pará e do município de Marituba/PA. As diligências acontecem nos municípios de Belém e Marituba/PA.

Comunicação Social da Polícia Federal no Pará

PM apreende armas e munições em Ourolândia

Na manhã desta segunda-feira (1º), militares da Cipe Semiárido apreenderam armas de fogo, munições e materiais para recarga, na cidade de Ourolândia.

A ação ocorreu após solicitação de apoio das guarnições da 24ªCIPM e da Rondesp Chapada para averiguação de denúncia sobre indivíduos envolvidos com tráfico de drogas e homicídios no município, que estariam portando armas de fogo em via pública.

No local, foram encontradas três espingardas de diferentes calibres, uma faca, munições, balotes, uma caixa de espoleta, diversos frascos com pólvora e chumbo, além de uma bandoleira para arma longa.

Todo o material apreendido foi apresentado na Delegacia Territorial de Ourolândia para as medidas legais cabíveis.

Registro(s): Cipe Semiárido

William Bonner anuncia saída do 'JN'; César Tralli comandará o telejornal

Jornalista diz que sentiu vontade de estar mais próximo da família; 'vou encontrar muitos amigos', diz ele sobre nova função no Globo Repórter

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) Em tom leve e descontraído, William Bonner anunciou aos telespectadores que está deixando o Jornal Nacional.

"É estranho falar sobre mim mesmo", começou ele. "Minha decisão de mudar de atividade já tem cinco anos. Ela surgiu no momento em que muita gente também repensou a vida: na pandemia", contou.

O jornalista falou sobre a relação com os filhos, Beatriz, Laura e Vinícius, dos quais dois moram no exterior. Ele afirma que se sentiu conflitado entre a responsabilidade de apresentar o maior telejornal do país e o desejo de estar mais próximo da família.

Em seguida, Bonner e Renata Vasconcellos detalharam a dança das cadeiras no jornalismo da emissora, que começa em novembro. César Tralli vai para a bancada do JN, Cristiana Souza Cruz vira editora-chefe, Roberto Kovalick assume o Jornal Hoje e Thiago Scheuer fica à frente do Hora Um.

A partir de 2026, Bonner assume a apresentação do Globo Repórter ao lado de Sandra Annenberg. "Estou na Globo desde 1986 e é o único programa em que nunca trabalhei. Vou encontrar muitos amigos", anunciou.


O corpo de Yuri Ramirez foi encontrado em um dos quartos do imóvel onde morava em Campo Grande; de acordo com a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, os criminosos fugiram e ainda não foram identificadosFolhapress | 14:30 - 01/09/2025

STF começa julgamento sobre trama golpista que deve sacramentar destino de Bolsonaro

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) começa nesta terça-feira (2) o julgamento sobre a trama golpista de 2022 que pode condenar, pela primeira vez na história do país, um ex-presidente e generais por uma tentativa frustrada de golpe de Estado.

Jair Bolsonaro (PL) é acusado de ser o líder de uma organização criminosa instalada no Palácio do Planalto que lançou ataques contra as urnas eletrônicas, incitou as Forças Armadas à insurreição e planejou um golpe contra a eleição de Lula (PT) à Presidência da República.

O julgamento que se inicia nesta semana deve sacramentar um desfecho já considerado certo há meses por ministros do Supremo, advogados dos réus e políticos —a condenação do ex-presidente por crimes contra a democracia.

Além de Bolsonaro, o banco dos réus conta com sete integrantes da cúpula de seu governo (2019-2022): Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

Todos são acusados dos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.

No caso de Ramagem, a Câmara suspendeu parte do processo. Ele só deve responder pelos crimes do 8 de Janeiro após o fim de seu mandato parlamentar.

O julgamento vai se dividir em quatro etapas. Na primeira, o ministro Alexandre de Moraes lerá o relatório do processo. É um relato sobre como se deu cada etapa da instrução penal até o julgamento. Logo depois, começam as sustentações orais. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá duas horas para falar pela acusação, e cada defesa, uma hora para pedir a absolvição dos réus.

A expectativa é que as duas primeiras etapas tomem os dois primeiros dias de julgamento (2 e 3 de setembro). Na semana que vem, as sessões devem ser retomadas com o voto de Moraes e dos demais ministros da Primeira Turma: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, nesta ordem.

Depois do voto de cada ministro será discutida a dosimetria das penas. Este será o momento em que os condenados devem descobrir o tempo de prisão a ser cumprido. As penas podem chegar a até 43 anos de reclusão.

O julgamento só deve acabar em 12 de setembro, após cerca de 36 horas em cinco sessões.

A denúncia da PGR diz que a organização criminosa foi criada em 29 de julho de 2021. Naquele dia, Bolsonaro reuniu integrantes do governo para fazer uma live nas redes sociais com seu principal ataque contra as urnas eletrônicas.

Depois, diz Gonet, o ex-presidente prosseguiu com discursos públicos para “inculcar sentimento de indignação e revolta nos seus apoiadores com o propósito de tornar aceitável e até esperável o recurso à força contra um resultado eleitoral em que o seu adversário político mais consistente triunfasse”.

A denúncia destaca que Bolsonaro exortou à desobediência de decisões judiciais, espalhou informações falsas sobre as eleições, atacou ministros do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e incitou as Forças Armadas contra seus adversários.

“O que parecia, à época, um lance eleitoreiro, em si mesmo ilícito e causador de sanções eleitorais, mostrou-se, a partir da trama desvendada no inquérito policial, um passo a mais de execução do plano de solapar o resultado previsto e temido do sufrágio a acontecer logo adiante”, diz Gonet na denúncia.

Bolsonaro acabou derrotado nas eleições de 2022 pelo seu principal oponente, Lula (PT).

A acusação sustenta que o ex-presidente tentou reverter o resultado eleitoral com uma busca por indícios de fraude nas eleições. O relatório de fiscalização das Forças Armadas não encontrou suspeitas.

O Partido Liberal tentou anular os votos depositados nas urnas eletrônicas de versão anterior a 2020, sob a falsa justificativa de que havia mau funcionamento. A sigla acabou multada por inépcia da denúncia e falta de indícios.

Sem sucesso na Justiça Eleitoral, Bolsonaro passou a se reunir com chefes das Forças Armadas para discutir alternativas para reverter a derrota. Em depoimento ao STF, o ex-presidente confirmou que se reuniu com os comandantes militares para estudar “possibilidades outras dentro da Constituição, ou seja, jamais saindo das quatro linhas”.

“Em poucas reuniões, abandonamos qualquer possibilidade de uma ação constitucional”, disse Bolsonaro. “Abandonamos e enfrentamos o ocaso do nosso governo”.

Gonet diz que o golpe de Estado só não foi possível graças às recusas dos comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Júnior.

A última tentativa do grupo de voltar à Presidência, segundo a PGR, foi no ataque às sedes dos Poderes em 8 de janeiro. Ela diz que o episódio foi “fomentado e facilitado pela organização denunciada”.

A defesa do ex-presidente nega a trama golpista. Diz que a Procuradoria inventou uma narrativa que ganhou a imprensa e resultou em um “processo tão histórico quanto inusitado”.

Os advogados de Bolsonaro dizem que a acusação não conseguiu reunir provas sobre as minutas de decreto golpistas nem estabelecer vínculos concretos entre o ex-presidente e os ataques de 8 de janeiro.

“Não há como condenar Jair Bolsonaro com base na prova produzida nos autos, que demonstrou fartamente que ele determinou a transição, evitou o caos com os caminhoneiros [que bloquearam estradas após sua derrota eleitoral] e atestou aos seus eleitores que o mundo não acabaria em 31 de dezembro, que o povo perceberia que o novo governo não faria bem ao país”, diz a defesa em suas alegações finais.

Cézar Feitoza/Folhapress

Flávio Dino é hostilizado em avião na véspera do julgamento de Bolsonaro

O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi hostilizado nesta segunda (1º) dentro de um avião comercial, no momento em que aguardava o início do voo de São Luís, no Maranhão, para Brasília.

Aos berros, uma mulher chamou o ministro de lixo e disse que o avião estava contaminado, segundo relato colhido pela Folha sobre o ocorrido. Um grupo de amigos da mulher teria apoiado o ataque verbal.

Um segurança de Dino e uma aeromoça evitaram que a mulher se aproximasse do ministro. Em Brasília, ela foi levada para prestar depoimento à Polícia Federal.

Até o momento não há informações sobre como o caso será tratado pela Polícia Federal.

O ataque verbal ocorreu na véspera do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Primeira Turma do STF sobre a trama golpista de 2022.

Dino é um dos integrantes do colegiado, ao lado de Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

O julgamento pode condenar, pela primeira vez na história do país, um ex-presidente e generais por uma tentativa frustrada de golpe de Estado.

Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa que lançou ataques contra as urnas eletrônicas, incitou as Forças Armadas à insurreição e planejou um golpe contra a eleição de Lula (PT) à Presidência da República.

Cristina Camargo e Ana Pompeu/Folhapress

Ubatã: Homem é executado a tiros dentro de imóvel na Gonçalo Martins

Um homem identificado como Luciano Souza Pires, de 37 anos, foi morto a tiros na madrugada desta terça-feira (02), na Rua Gonçalo Martins – Beira Rio, em Ubatã.

De acordo com informações da Polícia Militar, homens armados invadiram a residência e efetuaram diversos disparos contra a vítima, que não resistiu e morreu ainda no local. Luciano foi atingido na cabeça, nas costas e nos braços.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, e constatou o óbito. Uma guarnição do 3º Pelotão da Polícia Militar também esteve no local, porém até o momento nenhum suspeito foi preso.

No imóvel estavam a esposa e os filhos da vítima, que não ficaram feridos. A Polícia Civil expediu as guias de perícia e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) fará a remoção do corpo. (Ubatã Notícias)

Após o agosto lilás, Maré Comunicação dá voz ao combate à violência contra mulher em filme impactante

A Maré Comunicação lançou uma campanha marcante em defesa ao combate à violência contra a mulher, reforçando que esta luta deve ser constante.

O filme, intitulado “Evite esse buquê”, foi concebido para transcender a temporalidade do Agosto Lilás - mês que simboliza essa luta, após a consolidação da Lei Maria da Penha e lembrar que a defesa da vida e da dignidade das mulheres deve ser diária.

Gravado em estúdio, o filme de 40 segundos tem como marca estética a luz lilás, símbolo da campanha, criando uma atmosfera de sensibilização e impacto visual. 

A atriz Elizane Cruz protagoniza um monólogo silencioso, baseado em expressões faciais e corporais que transitam entre os diferentes tipos de violência: psicológica, sexual, moral, patrimonial e física.

As cenas conduzem o público por uma trajetória emocional intensa, que vai do sorriso à tristeza profunda. No início, a personagem recebe um buquê de flores, como o primeiro sinal de conquista em um relacionamento.

Aos poucos, surgem as marcas da violência, refletidas em suas expressões e gestos, até culminar na cena em que aparece violentada. Nesse momento, a tela escurece e o mesmo buquê ressurge, agora diante da porta de um cemitério.
Um movimento de drone parte do buquê em primeiro plano, revelando a totalidade do cemitério e, em seguida, a cidade, uma metáfora contundente sobre o desfecho trágico que a violência pode ter.
A campanha contou com roteiro e direção de Marcel Hohlenwerger e Analu Tavares, além da colaboração de Carolina Neves e Dani Muniz.

O resultado é um produto audiovisual de forte apelo social, que busca despertar reflexão e mobilizar a sociedade a compreender que a luta contra a violência não tem prazo de validade.

Com esta ação, a Maré Comunicação reafirma seu compromisso em dar voz às causas sociais e usar a comunicação como ferramenta de transformação, ampliando o alcance de mensagens urgentes e necessárias para toda a população.

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