PF em Curitiba apreende 1,8 tonelada de maconha em ônibus

Curitiba/PR. A Polícia Federal, na tarde desta quinta-feira (13/8), apreendeu 1.853 kg de maconha durante ação contra o tráfico de entorpecentes em Campo Largo/PR.

A droga foi localizada em um compartimento oculto de um ônibus que transportava 21 passageiros paraguaios. O veículo havia partido de Foz do Iguaçu/PR com destino a Blumenau/SC, segundo os ocupantes, para a realização de compras.
Para acessar o esconderijo dos entorpecentes, foi necessário o apoio do Corpo de Bombeiros, que realizou o corte da lataria do veículo, permitindo a retirada da carga ilícita.

Dois motoristas foram presos em flagrante e conduzidos à Superintendência da PF em Curitiba, onde permanecem à disposição da Justiça. A abordagem ocorreu por volta das 15h30, pela própria PF, e contou com a participação de policiais federais especializados no combate ao tráfico de drogas.

A ação foi resultado de um trabalho conjunto entre a Polícia Federal e a Secretaría Nacional Antidrogas (SENAD) do Paraguai, reforçando a cooperação internacional no combate ao tráfico de drogas na região de fronteira.
Comunicação Social da Polícia Federal no Paraná

Influenciador Hytalo Santos é preso em SP


O influenciador Hytalo Santos foi preso, na manhã desta sexta-feira (15), em Cotia, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada pela promotora Ana Maria França, do Ministério Público da Paraíba.

O marido de Hytalo, Israel Natan Vicente, também foi preso, segundo a promotoria.
A defesa do influenciador e de seu marido não havia sido localizada até a publicação deste texto. O pedido de prisão foi feito pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) do MP da Paraíba.

Ele ganhou destaque na última semana após o youtuber Felca o acusar de lucrar com exposição sexualizada de adolescentes, é investigado pelo Ministério Público da Paraíba desde dezembro de 2024 por suspeita de exploração de crianças e adolescentes e por trabalho infantil.

Em posicionamento anterior, Santos havia repudiado as acusações de exploração. “Minha trajetória pessoal e profissional sempre foi guiada pelo compromisso inabalável com a proteção de crianças e adolescentes.”

O influenciador afirmou ainda que nunca ocultou ou obstruiu investigações. “Estou em viagem a São Paulo há mais de um mês e permaneço, desde o início, à disposição das autoridades para todo e qualquer esclarecimento, confiando que a verdade prevalecerá sobre qualquer tentativa de distorção.”

“Não aceitarei que minha imagem e meu trabalho sejam manchados por narrativas infundadas, e seguirei defendendo, com firmeza, a verdade e os valores que sempre nortearam minha vida”, acrescentou.

Hytalo é investigado pelo Ministério Público desde o fim do ano passado. Em outras ocasiões, ele já foi criticado pelos vídeos que publicava nas redes sociais, em que adolescentes e crianças aparecem em ambientes adultos, com poucas roupas e, em alguns casos, sendo sexualizados.

Ele promove vídeos com adolescentes que envolvem dinâmicas em que os jovens se beijam, frequentam festas com consumo de bebidas alcoólicas e aparecem em danças sensuais. No vídeo, Felca afirmou que o influenciador lucra com a sexualização juvenil.

A Folha apurou que Hytalo alega às autoridades que os pais autorizam que ele tenha tutela dessas crianças e adolescentes. Ele afirma ainda que os matricula em escolas particulares e arca com os gastos educacionais e, em troca, produz os conteúdos para redes sociais. Hoje, apenas duas adolescentes viveriam com ele.

Isabella Menon e Josué Seixas/Folhapress

Michelle desmente Zucco e nega churrasco na casa de Bolsonaro, que está em prisão domiciliar

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro desmentiu o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) após ele afirmar, em vídeo, que faria um churrasco durante visita ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar. Ela negou a informação e disse que o encontro teve caráter restrito e breve

Em nota publicada nos stories do seu perfil no Instagram, Michelle disse que “tal evento (churrasco) não ocorreu” e que a visita de Zucco foi “breve e voltada exclusivamente a fins humanitários – e não conforme divulgado pelo parlamentar em vídeo, no qual, ao deixar sua residência, afirmou que realizaria um churrasco em minha casa”.

“Solicito a colaboração dos próximos visitantes autorizados para que compreendam e respeitem a sensibilidade do momento, abstendo-se de atitudes que possam deturpar a finalidade da visita ou prejudicar a imagem do presidente Jair Bolsonaro”, acrescentou a ex-primeira-dama.

O vídeo em questão, já apagado, mostrava o líder da oposição na Câmara segurando duas peças de carne e dizendo que prepararia uma refeição para Bolsonaro. “Agora eu vou lá fazer uma carne para ele, já que a picanha que esse aí prometeu não cumpriu. Vou lá fazer uma carne para o meu amigo, meu líder, nosso líder, Jair Bolsonaro”, disse Zucco, no vídeo, exibindo duas peças de carne.

O deputado faz uma menção, sem citar nome, à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda candidato em 2022, ao Jornal Nacional, da TV Globo. “O povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha”, afirmou o petista na ocasião.

Sem mencionar nomes, o ex-ministro Fábio Wajngarten também criticou a “instrumentalização política” das visitas a Bolsonaro Em publicação no X (antigo Twitter), pediu “respeito ao momento” vivido pelo ex-presidente e sua família. “Tem oportunistas indo ou pretendendo visitar o presidente apenas para sair lacrando. Boas ações se fazem de maneira silenciosa, discreta e anônima”, completou.

Poucas horas após a publicação de Michelle, o deputado Zucco se retratou em suas redes sociais. “Nunca afirmei que o churrasco de fato aconteceu, era apenas uma intenção. Peço desculpas a ele e à primeira-dama se a minha atitude causou desconforto a sua família”, escreveu no X.

Segundo Michelle, alguns parlamentares têm pedido autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para visitar Bolsonaro, e as permissões são concedidas “de forma pontual”.

A ida de Zucco foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso em que Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado e, por isso, responsável por analisar os pedidos incluídos no processo.

Outros aliados, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), também tiveram autorização para encontros presenciais.

Jair Bolsonaro aguarda julgamento sobre a acusação de tentar um golpe de Estado após perder a reeleição para Lula.

Em registro compartilhado por Zucco no Instagram, o deputado descreveu a visita realizada ao ex-presidente. “Fui lá como um amigo, para conversar e falar que estamos juntos, falar do trabalho na Câmara e no Senado e como a sociedade está enxergando essa perseguição”, afirmou.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, 53% dos brasileiros consideram que Moraes está seguindo o que determinam as leis e a Constituição do País no julgamento contra Bolsonaro. Enquanto isso, 39% acreditam que ele está sendo injustiçado pelo ministro por conta “motivos políticos”.

Raisa Toledo/Estadão Conteúdo

Rui Costa chama Eduardo Bolsonaro de “traidor” e critica sanções dos EUA ao Brasil e ao Mais Médicos

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, classificou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como “traidor” por articular, junto a autoridades dos Estados Unidos, sanções contra o Brasil e contra autoridades nacionais. Em entrevista à Rádio Metrópole, Rui comparou o parlamentar a um “Judas” e afirmou que ele atua contra a economia, empresários e indústria do país. As críticas ocorreram após Eduardo declarar esperar que os EUA ampliem sanções e tarifas econômicas em razão do julgamento de Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes. A informação é do jornal “O Globo”.

O Brasil foi incluído pelo ex-presidente Donald Trump na lista de países que sofrerão sobretaxa de 50% sobre produtos, tornando-se o primeiro alvo fora do grupo inicial divulgado em abril. Eduardo defendeu a medida, afirmando que o país “merece” a tarifa por, segundo ele, viver “sob uma ditadura” e pelas ações do presidente Lula e de Moraes. O deputado também disse que os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, “estão no radar” de autoridades americanas.

Rui Costa também criticou a decisão dos EUA de revogar vistos de brasileiros que atuaram no programa Mais Médicos, chamando-a de “ataque infundado”. Segundo o ministro, o argumento americano é falso, já que a última seleção do programa contou com mais de 90% de profissionais com CRM no Brasil. Entre os atingidos pelas sanções estão Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, ex-integrantes do Ministério da Saúde que participaram do planejamento e execução do Mais Médicos.

Mercadinho Deus te avisa que estará aberto todos os domingos das 08 aaté as 13h


 Venham aproveitar as oferta de fim de semana do Mercadinho Deus te Ama, aberto também aos domingos das 08 até às 13h
Mercadinho Deus Te Ama, Praça Salvador da Matta, 194, Antiga Praça da Feira, Ipiaú; Paulo Bento e sua equipe agradece aa preferência. 

STF analisa validar descontos de R$ 5,7 bilhões de empresas da Lava Jato

O STF (Supremo Tribunal Federal) iniciará nesta sexta-feira (15) a análise da validade de descontos concedidos pela União a empreiteiras que assinaram acordos de leniência no âmbito da Operação Lava Jato, que devem reduzir ao menos R$ 5,7 bilhões do que seria pago originalmente.

A tendência é a de que o relator da ação, o ministro André Mendonça, vote pela homologação (validação) das renegociações.

No entanto, o julgamento também deverá definir outras questões, como em quais ocasiões empresas podem fazer leniências e se as renegociações poderão ser estendidas a outras companhias que fecharam esse tipo de acordo.

O julgamento estava previsto para ser iniciado no plenário virtual do Supremo (sistema no qual os ministros apresentam os seus votos) no dia 8 de agosto, mas foi retirado de pauta por Mendonça e remarcado para esta sexta.

A justificativa é de que houve erros de revisão e foi necessário fazer ajustes no voto, o que adiou a votação em uma semana.

A previsão é de que a sessão, que começa às 11h desta sexta, seja encerrada no dia 22. No entanto, o ministro Flávio Dino já sinalizou que pode pedir vista (mais tempo para análise) e paralisar o julgamento.

Internamente, a avaliação é de que o ministro considerou alguns trechos tecnicamente mal amarrados e iria propor uma solução jurídica diferente.

A renegociação que será levada para validação no Supremo foi concluída no ano passado pela União com as empreiteiras UTC, Braskem, OAS, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Nova Participações e Odebrecht.

O valor de R$ 5,7 bilhões de desconto às empresas aparece em nota técnica do TCU (Tribunal de Contas da União) juntada ao processo.

Um acordo de leniência é uma espécie de delação premiada de uma empresa, na qual ela aponta irregularidades que foram cometidas e aceita pagar uma multa em troca de benefícios na Justiça.

De acordo com a CGU (Controladoria-Geral da União), para fechar a renegociação foram consideradas a possibilidade de continuação das atividades econômicas das empresas, com preservação de emprego na construção civil.

Além disso, disse a CGU, a renegociação provocaria “o fortalecimento do mecanismo da consensualidade para superação dos conflitos no Judiciário”.

Apesar dos descontos, não houve mudanças de versão nas irregularidades admitidas pelas empresas.

Entre outros benefícios, a renegociação substitui a Selic pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) como indexador de saldos devedores de empresas. Ela também muda o cronograma de pagamentos e possibilita a utilização de créditos de prejuízo fiscal para pagar até 50% do saldo devedor.

A origem dos descontos mais importantes dessa renegociação veio de um dispositivo sobre créditos tributários incluído em uma lei que tratava de financiamento estudantil, de 2022, sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).

O relator da medida provisória que foi convertida à época em lei era Hugo Motta (Republicanos-PB), atual presidente da Câmara dos Deputados.

Como a Folha mostrou, a discussão no STF pode apontar se os descontos concedidos às empreiteiras da Lava Jato também vão valer para outras empresas sob investigação.

Uma possível beneficiária, caso esse entendimento prevaleça, é a J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. A empresa fechou com o Ministério Público Federal um acordo que previa um pagamento de uma multa no valor de R$ 10 bilhões.

A ação que trata de leniências no Supremo é uma ADPF (Ação por Descumprimento de Preceito Fundamental, processo que tem o objetivo de proteger a Constituição) apresentada em 2023 pelos partidos PSOL, PC do B e Solidariedade.

Nela, os partidos pediam que houvesse a suspensão do pagamento de multas “em todos os acordos de leniência celebrados entre o Estado e empresas investigadas durante a Operação Lava Jato” até agosto de 2020.

Na ocasião, foi firmada uma cooperação técnica entre setores de combate à corrupção do governo e o Ministério Público, definindo diretrizes para essas tratativas.

Ainda de acordo com os partidos, as punições aplicadas nos acordos de leniência foram prejudiciais às empresas. A ação pedia que eles fossem revistos e que houvesse uma interpretação do Supremo que afastasse “de uma vez por todas, a hermenêutica punitivista e inconstitucional do lavajatismo” nos acordos.

A mesa de negociação entre as empresas e a União foi instalada por Mendonça em fevereiro de 2024, em reação às decisões do ministro Dias Toffoli de suspender o pagamento de multas das leniências da J&F e da Odebrecht.

Ao anunciar a abertura da mesa de negociação, o ministro defendeu os acordos de leniência como instrumento de combate à corrupção e afirmou que a conciliação não serviria para que seja feito “revisionismo histórico” do ocorrido na Lava Jato.

José Marques/Folhapress

PF investiga Silas Malafaia no mesmo inquérito que Bolsonaro e Eduardo

A PF (Polícia Federal) incluiu o pastor Silas Malafaia no inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo, segundo a GloboNews.

O caso, aberto em maio e sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes no STF (Supremo Tribunal Federal), apura supostas ações contra autoridades, contra o tribunal e agentes públicos, além de articulação para obtenção de sanções internacionais contra o Brasil.

Malafaia organizou o ato de apoio a Bolsonaro em 3 de agosto, no qual o ex-presidente participou por vídeo transmitido em redes sociais de terceiros. A aparição resultou, no dia seguinte, na decretação de prisão domiciliar do ex-presidente.

Moraes decidiu abrir o inquérito após ministros do tribunal se queixarem do que consideraram falta de ações do Itamaraty na escalada de investidas do governo americano contra a corte a partir da atuação de Eduardo. Na avaliação de parte dos magistrados do Supremo, as ameaças mereciam um posicionamento mais enfático da chancelaria.

As condutas investigadas incluem coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Procurado, Malafaia disse à reportagem que a investigação em curso “é mais uma prova de que o Estado democrático de Direito está em perigo no Brasil”.

Ele afirmou que aprendeu a “respeitar e considerar a Polícia Federal”, que chamou de “instituição que é um orgulho para nós”. Mas disse também haver uma PF “de Lula e Alexandre de Moraes que promove perseguição política”.

Malafaia rechaçou a acusação que o pôs na mira da polícia. “Que obstrução de Justiça eu fiz? Eu nem falo inglês, não tenho contato com autoridades. Que abolição violenta do Estado democrático eu participo? Ou organização criminosa? Isso é uma afronta para tentar me calar, porque há quatro anos eu denuncio em mais de 50 vídeos os crimes de Alexandre de Moraes.”

Ele afirmou que não vai parar e que pretende “aumentar minha voz” contra o que considera desmandos do ministro do STF que “instituiu o crime de opinião”.

O pedido de abertura de investigação contra Eduardo partiu oficialmente do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O procurador-geral afirmou ainda que a ofensiva de Eduardo, por suas declarações públicas, aumentou à medida que o Supremo avança com o processo sobre a trama golpista —o pai, militares e aliados são réus na ação penal.

Um dos crimes citados na representação é o de coação no curso do processo, previsto no artigo 344 do Código Penal. O crime trata do uso de violência ou grave ameaça contra autoridade ou envolvidos no processo judicial, policial ou administrativo a fim de favorecer interesse próprio ou alheio.

Esse seria o caso de Eduardo, que abertamente promove sanções contra autoridades ligadas à ação penal no STF que julga Jair Bolsonaro. A especificidade do caso, entretanto, pode dificultar o enquadramento, na opinião de alguns especialistas.

O texto também fala sobre promover, constituir, financiar ou integrar organização criminosa e cita penas para quem impede ou embarace a investigação.

No ato da avenida Paulista no início de agosto em defesa da anistia a Bolsonaro, Malafaia criticou os presidenciáveis da direita que não compareceram à manifestação bolsonarista e afirmou que eles não estiveram presentes por “medo” do STF. O pastor transmitiu a manifestação em seu canal oficial do YouTube.

Em suas redes sociais, atacou o senador Ciro Nogueira (PP-PI), chamando-o de “traidor”, por não assinar o pedido de impeachment de Moraes.

Laura Intrieri/Anna Virginia Balloussier/Folhapress

Caixa libera abono salarial para nascidos em novembro e dezembro

Cerca de 3,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada nascidos em novembro e dezembro e que ganham até dois salários mínimos podem sacar, a partir desta sexta-feira (15), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2025 (ano-base 2023). A quantia está disponível no Portal Gov.br.

A Caixa Econômica Federal liberará pouco mais de R$ 4,24 bilhões neste mês. Aprovado no fim do ano passado, o calendário de liberações segue o mês de nascimento do trabalhador. Os pagamentos começaram em 17 de fevereiro e terminam nesta sexta-feira.

O trabalhador pode conferir a situação do benefício no aplicativo Carteira de Trabalho Digital.

Neste ano, R$ 30,7 bilhões poderão ser sacados.

Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial deste ano será pago a 25,8 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, cerca de 22 milhões que trabalham na iniciativa privada receberão o PIS e 3,8 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito ao Pasep. O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal e o Pasep, pelo Banco do Brasil.

Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos foram divididos em seis lotes, baseados no mês de nascimento. O saque tem início nas datas de liberação dos lotes e acaba em 29 de dezembro. Após esse prazo, será necessário aguardar a convocação especial do Ministério do Trabalho.

Agência Brasil

Mudança no foro privilegiado esfria e partido fala em acionar STF

A articulação para proteger deputados iniciada após o motim que colocou em xeque a autoridade de Hugo Motta (Republicanos-PB) esfriou nos últimos dias na Câmara, em meio ao aumento da resistência de partidos de esquerda e centro e a discussões com maior apelo popular, como a de adultização.

O recuo passou a se manifestar em discursos públicos diante das críticas à pauta corporativista. Presidente do Solidariedade, o deputado Paulinho da Força (SP) afirma que o projeto seria “totalmente inconstitucional”. “Acho que é um absurdo tirar poderes do Supremo Tribunal Federal. Então eu vou entrar no Supremo justamente por isso. O foro privilegiado é uma conquista que a gente não pode retroceder.”

Ao longo da semana, houve a sinalização de outros partidos de que o tema não estaria entre suas prioridades, como o PSD, de Gilberto Kassab, além das legendas de esquerda.

Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ) afirma que o tema não tem apoio dos petistas. “Num momento como esse que estamos vivendo no país, nossa prioridade é o projeto do senador Alessandro Vieira [contra a adultização] e a isenção do Imposto de Renda”, complementa.

O foro seria discutido em uma PEC (proposta de emenda à Constituição), que exige 308 votos em dois turnos. Com a divisão no próprio centrão, atingir o quórum ficou mais arriscado, o que fez parte dos parlamentares migrarem para a defesa do reforço das prerrogativas do cargo.

Outro ponto que foi ponderado internamente é que insistir no foro abriria uma nova frente de embate do Congresso com o STF (Supremo Tribunal Federal).

Danielle Brant/Folhapress

José Américo Castro lança livro de poesias com recursos da PNAB

Na noite desta sexta-feira, 15 de agosto,  acontece no Salão do Plenário da Câmara Municipal de Ipiaú, às 20 horas,  o lançamento do  livro de poesia “DA ESSÊNCIA”. da autoria do jornalista José Américo Castro.

A obra reúne mais de 70 poemas em estilo lírico, curtos, com pegadas românticas e cânticos de louvor à natureza. Muitos dos poemas estavam, há décadas, na gaveta, quase no esquecimento, outros são mais recentes. A maioria inédita.

A publicação, com o selo da editora Via Literarum, foi viabilizada com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura – PNAB (Lei nº 14.399/2022), Ministério da Cultura, através da Prefeitura Municipal de Ipiaú, Secretaria da Cultura, Esportes, Turismo e Eventos

Raquel Lyra ignora presença de Lula em Pernambuco

A governadora Raquel Lyra (PSD) não participa de agendas junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Pernambuco nesta quinta-feira (14).

A ausência é interpretada por aliados de Lula como um recado sobre as eleições de 2026. Para eles, a ausência de Raquel é um forte indício de que ela não apoiará a reeleição do presidente no próximo ano.

A vice-governadora Priscila Krause (PSD) representará o governo estadual.

Em 2026, Lula deverá apoiar o prefeito do Recife, João Campos (PSB), para o governo de Pernambuco.

Um parlamentar petista que atua em Brasília classificou, sob reserva de fonte, a ausência de Raquel como “um absurdo” e “uma indelicadeza”.

Aliados do presidente também dizem que Lula tem boa relação institucional com Raquel Lyra.

“A agenda do presidente aconteceu de forma muito rápida. Ela também tinha uma agenda. Acho que faltou diálogo entre o governo do estado e o governo federal. Todas as outras vezes ela esteve presente. Acho que a governadora não poderia ficar de fora”, diz o deputado estadual e presidente do PT de Pernambuco, Doriel Barros.

O governo estadual confirmou oficialmente nesta quinta a ausência de Raquel durante a inauguração de fábrica da Hemobrás em Goiana e a entrega de títulos de regularização fundiária em Brasília Teimosa, no Recife.

Raquel Lyra estará em Petrolina e em Ouricuri, no Sertão, em eventos de escutas populares. Em ocasiões anteriores, a governadora adiou compromissos oficiais para estar ao lado do presidente.

José Matheus Santos/Folhapress

Mãe de auditor fiscal suspeito de fraude bilionária será ouvida pelo MP

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) vai ouvir pela primeira vez na próxima quarta-feira (21) Kimio Mizukami da Silva, 73 anos, mãe de Artur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização da Sefaz-SP (Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo) apontado como principal operador do suposto esquema bilionário de propinas e créditos irregulares de ICMS.

Kimio é apontada como sócia formal da empresa Smart Tax Consultoria e Auditoria Tributária Ltda. (Smart Tax), que, segundo o Gedec (Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos Financeiros), seria uma empresa de fachada usada para receber propinas milionárias e bilionárias.

Segundo o Ministério Público, o aumento patrimonial atípico da professora aposentada foi o pontapé inicial da investigação. Em 2021, seu patrimônio na declaração de Imposto de Renda era de R$ 411 mil. No ano seguinte, saltou para R$ 46 milhões. Em 2023, disparou para R$ 2 bilhões.

Procurada pela reportagem desde terça-feira (12), a defesa de Kimio não foi localizada.

Embora formalmente em nome de Kimio, a empresa era operada por seu filho, que a utilizava, segundo os investigadores, para receber propinas de grandes empresas em troca de “assessoria tributária criminosa”.

A Operação Ícaro, que apura o esquema, levou à prisão temporária do empresário Sidney Oliveira, dono da rede de farmácias Ultrafarma, do diretor estatutário do grupo Fast Shop Mario Otávio Gomes, e do auditor fiscal Silva Neto.

A Fast Shop informa que está analisando o conteúdo da investigação. A empresa diz que segue colaborando com as autoridades competentes. O advogado Arthur Fiedler, que defende Sidney, disse que não teve acesso ainda aos autos da investigação e que não pode comentar porque “o caso corre em segredo de Justiça”.

Grande parte do patrimônio declarado de Kimio viria da compra de criptomoedas, supostamente adquiridas com valores obtidos pela distribuição de lucros da Smart Tax. Além disso, segundo o MP, ela passou a guardar R$ 6 milhões em espécie de um ano para o outro.

Sem funcionários e com sede na casa do auditor, em Ribeirão Pires (Grande SP), a Smart Tax é descrita pelos investigadores como uma empresa sem estrutura real. Segundo o promotor João Ricupero, até meados de 2021, a empresa não tinha qualquer atividade operacional, cliente ou funcionário.

A promotoria também afirma que Kimio não teria a capacidade técnica necessária para prestar os serviços de assessoria e consultoria tributária que a empresa supostamente oferecia.

A quebra de sigilo de emails foi fundamental para desvendar o papel da Smart Tax no esquema.

Segundo relatório do MP, a partir do segundo semestre de 2021, a empresa registrada em nome de Kimio começou a receber dezenas de milhões de reais da Fast Shop. Em 2022, a empresa recebeu mais de R$ 60 milhões da varejista de eletrônicos, ainda segundo a investigação.

Relatórios da Receita Federal, obtidos via quebra de sigilo fiscal pela Promotoria, indicam que a Smart Tax teria recebido mais de R$ 1 bilhão em valores brutos apenas da varejista.

Dados bancários, por sua vez, apontaram transferências de cerca de R$ 500 milhões da Fast Shop para a empresa operada por Silva Neto em um período mais restrito.

Emails interceptados pela Promotoria mostram que, em 7 de junho de 2023, a coordenadora fiscal da Fast Shop, Caroline Camargo Godoy, encaminhou mensagem à colega Juliana Gonzaga Ruzsicska, com cópia para Artur e Mário Otávio, com o assunto “Pagamentos Smart Tax 2023”.

O documento descrevia um valor acordado de R$ 204.654.993,63 em pagamentos da Fast Shop para a Smart Tax, a serem parcelados em 11 vezes ao longo de 2023, com retenções tributárias. As três primeiras parcelas sendo de R$ 20.218.331,21, cada, e as oito parcelas seguintes de R$ 18 milhões, cada, de acordo com o MP-SP.

O ESQUEMA DA CORRUPÇÃO FISCAL

Segundo investigadores, Artur tinha o certificado digital (token) da Smart Tax e era ele quem assinava digitalmente contratos entre a Smart Tax e a Fast Shop, o que foi considerado prova de que ele recebia a propina da varejista por meio dos repasses à empresa de sua mãe.

Reuniões sobre a Smart Tax e os pagamentos eram realizadas entre Artur e o diretor da Fast Shop Mário Otávio Gomes e a coordenadora fiscal da Fast Shop, Caroline Camargo Godoy, sem a presença de Kimio, reforçando para a Promotoria a tese de que Artur era o verdadeiro operador.

Além da Fast Shop e da Ultrafarma, outras grandes varejistas são investigadas pela Operação Ícaro.

“O esquema é muito simples, apesar da complexidade [tributária]: contrataram um funcionário público para ter um benefício fiscal”, afirma o promotor Roberto Bodini.

“Podiam ter contratado grandes escritórios de contabilidade e direito tributário, mas optaram por uma empresa de Ribeirão Pires. Como uma empresa sem funcionários consegue prestar serviços para cuidar de contratos de milhões de reais de grandes varejistas do país?”, diz o promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo Roberto Bodini.

A Promotoria sustenta que o caso faz parte de um esquema criminoso estruturado para desviar recursos e fraudar o Fisco estadual. A apuração segue em andamento para mapear outras empresas e intermediários envolvidos.

Ana Paula Branco, Folhapress

Governo do Estado inaugura escola de tempo integral com arquitetura diferenciada e investe mais de R$ 27 milhões em diversas áreas de Mucugê

Nesta quinta-feira (14), o governador Jerônimo Rodrigues esteve no município de Mucugê, na Chapada Diamantina, onde anunciou e entregou uma série de obras, equipamentos e serviços que somam aproximadamente R$ 27,2 milhões em investimentos do Governo do Estado. As ações contemplaram as áreas de educação, infraestrutura, saúde, agricultura familiar e regularização fundiária, reforçando o compromisso da gestão estadual com o desenvolvimento regional.
O maior destaque da agenda foi a inauguração do novo Colégio Estadual de Tempo Integral de Mucugê, no Centro Histórico da cidade, o 88º da rede estadual implantado na Bahia. Com investimento de R$ 10,4 milhões, a unidade atende 343 estudantes em uma estrutura moderna e completa. O colégio possui 11 salas de aula, biblioteca e sala de multimídia adaptadas, dois laboratórios (de ciências e informática), restaurante estudantil com 48 lugares, teatro com capacidade para 200 pessoas, quadra poliesportiva coberta, vestiário, guarita, banheiros e salas administrativas.

A unidade escolar foi concebida para se integrar à paisagem local, respeitando a natureza e a cultura. Sua proximidade com o Cemitério Bizantino, um ponto turístico e importante patrimônio histórico-cultural, exigiu um processo construtivo que considerasse esses elementos, honrando a memória da cidade.

“Na antiga escola não tínhamos uma estrutura como a gente tem agora, em questão de laboratório também. E agora a gente tem também a sala de informática, a quadra que já fica integrada junto com o colégio, que a gente tinha bastante dificuldade, pois tinha que se deslocar do colégio para ir para a quadra. E tudo isso é muito importante porque agora vamos ter mais experiência. Para a vida, a formação vai ser muito melhor”, destacou a estudante do 2º ano do Ensino Médio, Elika Lopes, 17 anos, também monitora do programa Mais Estudo.
“Estamos entregando muito além de uma escola, mas um equipamento que pode ser considerado de segurança, cultura e renda. Uma escola que vai acolher, proteger e ensinar. Portanto, mais uma escola de qualidade e que nossos estudantes possam sonhar e não desistir dos seus sonhos “, completou Jerônimo Rodrigues durante o ato de entrega realizado no teatro da escola.

De acordo com a secretária de Educação, Rowenna Brito, “essa unidade é mais uma prova da revolução que estamos promovendo na educação da rede estadual”, afirmou a titular Secretaria da Educação (SEC), que também pontuou o design arquitetônico singular da nova unidade de ensino, diferenciando-a na região.

Na sede do município, também foram entregues um ônibus escolar rural, por meio da SEC, uma ambulância e uma van para transporte de pacientes (TFD), fornecidas pela Secretaria de Saúde (Sesab). A agricultura familiar foi beneficiada com dois tanques de resfriamento de leite, além da entrega de títulos de terra do projeto Minha Terra Legal, que garante acesso à terra e direitos no campo.

Nova Mucugê - Vila Agrícola
Em Nova Mucugê, localizada a 8 km da sede, foram realizadas inaugurações e novas autorizações. O governador entregou a obra de pavimentação dos quatro acessos à rodovia BA-142, no âmbito do programa Bahia em Movimento, com investimento de R$ 1,2 milhão e obra realizada pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). Já por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Jerônimo inaugurou a Cooperativa dos Produtores Rurais da Chapada Diamantina – Coopchapada, com uma unidade de beneficiamento de frutas vermelhas, no valor de R$ 3,8 milhões, tendo como principal produto o morango. Além disso, são produzidos e comercializados amora, framboesa, mirtilo e maracujá. A previsão é de 6 mil/kg de morango congelado por mês e 15 mil/kg de morango in natura.

O governador ainda autorizou um convênio para recuperação de estufas agrícolas voltadas ao cultivo de morangos, orçado em aproximadamente R$ 1 milhão. Para a assistente de produção, Márcia Sousa, “o trabalho da gente melhorou 100%, porque antes a gente não tinha uma sede, a gente não tinha nenhum suporte. Era bem precária a situação que a gente trabalhava antes. Depois do Galpão mudou tudo, porque hoje a gente tem como armazenar bem mais morango do que antes, a venda também não era tanta, como vende hoje em dia. A gente precisava desse apoio”.

Somando os recursos anunciados nesta quinta aos investimentos já realizados ou em andamento, o município de Mucugê acumula R$ 23,8 milhões em obras e ações do Governo do Estado entre 2023 e 2025. Com os novos anúncios, o total de aportes do Estado na cidade ultrapassa os R$ 50 milhões nesse período.
Na ocasião, o gestor do Executivo estadual visitou o projeto Viveiro Macaúba da Acelen Renováveis que cultiva atualmente mais de 2 milhões de mudas para geração de biocombustíveis para a aviação civil. O viveiro tem uma capacidade de produção superior a 3,2 milhões de mudas.

Mais investimentos

Durante sua visita a Mucugê, o governador autorizou importantes ações para o desenvolvimento do município. Por meio da SDR, via Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), foi autorizado um convênio com a Prefeitura de Mucugê para a recuperação de estufas agrícolas, com foco na produção e cultivo de morangos na Vila Agrícola. Na área da saúde, a Sesab foi autorizada a ceder dois kits odontológicos ao município, fortalecendo os serviços de atenção básica.

Já na educação, a SEC recebeu autorização para iniciar os trâmites para a construção de uma creche no Bairro Nova Mucugê, beneficiando diretamente a comunidade local. Além disso, a Seinfra foi autorizada a elaborar o projeto de pavimentação do trecho da BA-245 que liga Mucugê ao distrito de Nova Colina, em Boninal, garantindo melhores condições de mobilidade e acesso. Na área da saúde, o governador autorizou ainda a celebração de convênio com o município para a reforma e ampliação do Hospital Augusta Medrado Mattos (HAMM), com investimento previsto de R$ 9,8 milhões.


Repórter: Joci Santana/GOVBA

Janja e Tatiana Velloso se reúnem com mulheres evangélicas, em Cajazeiras, na capital baiana

Durante encontro, nesta quinta (14), as primeiras-damas do Brasil e da Bahia dialogaram sobre defesa da democracia e diretos das mulheres. Iniciativa da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito tem como objetivo promover espaços de escuta ativa e acolhimento
As primeiras-damas do Brasil, Janja da Silva, e da Bahia, Tatiana Velloso, além da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estiveram reunidas, nesta quinta-feira (14), com mulheres evangélicas e lideranças de diferentes regiões de Salvador, no bairro de Cajazeiras. No encontro, promovido pela Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, foram discutidos temas como a defesa da democracia, direitos das mulheres e enfrentamento às violências de gênero.
“A gente sabe que ser mulher não é fácil, em qualquer religião, em qualquer trabalho. Por isso, nossas vozes precisam deixar de ser silenciadas. É essa força coletiva que, em diálogo com o poder público, vai garantir mais direitos para as mulheres. Nós temos voz e temos lugares a ocupar que nos são de direito”, destacou Janja durante diálogo.

A primeira-dama do Estado, Tatiana Velloso, reforçou que “Deus não quer desigualdade, não quer pessoas em situação de fome, sem acesso à saúde e à educação. Por isso essa rede, que também é uma importante rede comunitária, porque nós sabemos o papel da igreja nas comunidades, deve estar organizada pela justiça social. Justiça e fé andam juntas, coladas”, enfatizou Velloso.
O encontro incluiu momentos de acolhimento e fala das lideranças religiosas. Representando a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Caroline Otávio apresentou as ações da organização e falou da participação política de mulheres evangélicas. “A gente precisa tirar o nosso povo do sofrimento. A gente ora, a gente constrói pontes, diálogos, e é isso que a Frente é: ponte para as mulheres, canal de fortalecimento. A gente quer que esses encontros se tornem lugar de escuta ativa e participação política para as mulheres”, compartilhou.

A primeira edição desta iniciativa aconteceu no Rio de Janeiro, discutindo o papel de lideranças evangélicas na defesa dos direitos humanos e na construção de espaços democráticos no país.

Também presente no encontro em Salvador, a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Neusa Cadore, afirmou que enxerga na religiosidade temas que convergem com a luta por direitos sociais. “O entendimento da espiritualidade se concretiza em relação com a sociedade. A luta por cidadania, solidariedade, a preocupação com as lutas comunitárias estão muito presentes nas falas dessas mulheres, que se envolvem, ainda, na luta pelos direitos das crianças e pela juventude”, salientou.

Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito
Criada em 2016, a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito atua em 20 capitais brasileiras, reunindo grupos de trabalho que abordam questões raciais, ambientais, de gênero e diversidade.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Ireuda Silva alerta para urgência no combate à adultização e sexualização infantil

A repercussão nacional do vídeo “Adultização”, publicado pelo influenciador Felca, reacendeu o debate sobre a proteção de crianças nas redes sociais e a responsabilidade de pais, responsáveis e plataformas digitais. A vereadora de Salvador e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, Ireuda Silva (Republicanos), destacou que a denúncia feita pelo criador de conteúdo expõe um problema antigo e que precisa ser enfrentado com ações concretas.

“O que vimos no material divulgado por Felca é apenas a ponta de um iceberg. A adultização e a sexualização precoce de crianças não são apenas questões morais ou culturais, mas crimes que destroem vidas e deixam marcas profundas. É dever do poder público criar mecanismos eficazes para prevenir e punir essas práticas, além de conscientizar famílias e responsabilizar empresas que lucram com isso”, afirmou a vereadora.

Ireuda reforçou que a discussão não deve se restringir ao campo virtual, já que a exploração infantil também acontece em ambientes físicos, muitas vezes de forma silenciosa. Para ela, é preciso unir esforços entre sociedade civil, órgãos de segurança, Ministério Público e legisladores para criar políticas públicas integradas.

“A infância é um tempo sagrado. Transformar crianças em miniaturas de adultos para gerar cliques, engajamento e lucro é um tipo de violência que precisamos erradicar. Não podemos aceitar que algoritmos incentivem esse tipo de conteúdo nem que pais ou responsáveis se omitam ou sejam cúmplices”, completou.

A vereadora também defendeu que Salvador fortaleça campanhas educativas e mecanismos de denúncia, além de pressionar as big techs para maior rigor na moderação de conteúdos que envolvam menores de idade. “A proteção da infância não é negociável. Quem não se posiciona diante dessa realidade, está sendo conivente com a destruição do futuro de nossas crianças”, concluiu.

Polícia Civil apura fraude milionária em contrato de manutenção do TJ-BA

As suspeitas envolvem crimes como fraude em execução de contrato administrativo e falsificação de documentos

A Operação Baixa Execução, deflagrada nesta quinta-feira (14) pela Polícia Civil da Bahia, mira um esquema de fraude em contrato de manutenção de equipamentos de refrigeração do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A ação é conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), por meio da Delegacia dos Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap).

De acordo com as investigações, a empresa contratada teria recebido mais de R$ 2,9 milhões por serviços que não foram efetivamente prestados. Para simular a execução, foram produzidos relatórios falsos, indicando manutenções preventivas e corretivas supostamente realizadas em diversas comarcas do estado.

As apurações apontam que, na prática, muitas das intervenções sequer ocorreram, apesar de constarem como concluídas na documentação oficial. As suspeitas envolvem crimes como fraude em execução de contrato administrativo e falsificação de documentos. O material recolhido durante as buscas servirá para aprofundar as investigações. Até o momento, não há confirmação sobre prisões ou outras medidas cautelares adotadas.
Política Livre

PF deflagra Operação Estafeta para investigar corrupção em São Bernardo do Campo/SP

São Paulo/SP. A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (14/8), a Operação Estafeta, com o objetivo de apurar crimes de corrupção e lavagem de dinheiro praticados por suposta organização criminosa com indícios de atuação na administração pública do município de São Bernardo do Campo/SP.

Policiais federais cumprem duas prisões preventivas, 20 mandados de busca e apreensão e medidas de afastamento de sigilos bancário e fiscal, nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá e Diadema, todas no estado de São Paulo. As medidas cautelares, expedidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, incluem ainda o afastamento de cargos públicos e o monitoramento eletrônico.

As investigações tiveram início em julho de 2025, a partir da apreensão de R$ 14 milhões em espécie (entre reais e dólares norte-americanos) na posse de servidor público suspeito de integrar organização criminosa.

Os investigados responderão, na medida de suas condutas, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa.

Comunicação Social da Polícia Federal em São Paulo

Senado aprova indicações de Lula e até Flávio Bolsonaro deseja ‘muito sucesso’ a advogada de Gleisi

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira, 13, sete indicações a postos dos Superiores Tribunais de Justiça (STJ) e Militar (STM), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e Agência Nacional do Cinema (Ancine). Agora, caberá ao governo oficializar a nomeação no Diário Oficial da União (DOU).

Uma das aprovações é a de Verônica Sterman para ministra do Superior Tribunal Militar (STM). Verônica foi advogada da ministra da Secretaria de Relações Institucionais do Brasil, Gleisi Hoffmann, durante casos da Operação Lava Jato contra Gleisi e seu ex-marido, Paulo Bernardo. Durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça, Verônica foi alvo da oposição sobre possíveis inconsistências em seu currículo em relação a um curso de mestrado.

Na votação em plenário, porém, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), saiu em defesa da indicada, que acabou aprovada. “Fui abordado pela doutora Verônica, eu nunca a tinha visto na vida. Falei assim: ‘Ah, você é advogada da Gleisi Hoffmann’, […] Mas falei para ela: ‘Vamos conversar, com o maior prazer’. Eu a recebi no meu gabinete, e nada que um bom diálogo não resolva. Quero aqui, de público, doutora Verônica, lhe desejar muito sucesso em um tribunal militar”, disse Flávio, durante a sessão.

A seguir, a lista de nomes aprovados nesta quarta e o número de votos obtidos:

Agência Nacional do Cinema (Ancine)

-Patrícia Barcelos – 53 a favor, 5 contra e duas abstenções;

Superior Tribunal de Justiça (STJ)

-Carlos Augusto Pires Brandão – 63 a favor, 1 contra e uma abstenção;

-Maria Marluce Caldas Bezerra – 64 votos a favor e duas abstenções;

Superior Tribunal Militar (STM)

-Verônica Abdalla Sterman – 51 a favor e 16 contra.

Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)

-Fabiana Costa Oliveira Barreto – 57 a favor e 3 contra;

-Ivana Lúcia Franco Cei – 55 a favor, 2 contra e uma abstenção;

-Greice Fonseca Stocker – 49 a favor e 4 contra.

Há indicações pendentes para o CNMP, além de nomes para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANA), a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), decidiu não continuar as votações devido ao baixo quórum.

Naomi Matsui/Estadão

Promessa de Lula e Boulos, obra habitacional do MTST sofre atraso em SP

Vinte meses depois de o presidente Lula (PT) subir em um palanque ao lado de Guilherme Boulos (PSOL) para lançar um empreendimento habitacional a ser construído em parceria com o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) em Itaquera, zona leste de São Paulo, o Copa do Povo ainda está longe de ficar pronto.

Parte do Minha Casa Minha Vida, o residencial, com 2.650 moradias, é dividido em dois módulos, o Copa A, com 2.002 unidades em 12 condomínios, e o Copa B, com 648 apartamentos em três condomínios.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, que financia o empreendimentos, o Copa A ainda está em fase de negociação entre a Associação Esperança de um Novo Milênio, entidade ligada ao MTST, e construtoras. Já o Copa B, diz o banco, está com apenas 28% das obras executadas.

Em dezembro de 2023, o cronograma inicial anunciado por Lula estipulava a conclusão das obras em 24 meses —ou seja, até o final deste ano. O prazo será descumprido.

Na época, Boulos se preparava para disputar eleição para a prefeitura de São Paulo com apoio de Lula, contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que acabou reeleito.

Outro lado
O MTST diz em nota que um o lote Copa B encontra-se em obras e dentro do prazo estabelecido em contrato. O movimento mandou fotos de prédios já erguidos, mas que ainda precisam de acabamento, e diz que a entrega ocorrerá no máximo até o primeiro semestre de 2026.

Com relação ao Copa A, ainda não iniciado, o MTST diz que a construtora responsável pelas obras entrou em processo de falência. Esse fato, segundo o movimento, “também atingiu diversos empreendimentos da prefeitura e do governo do estado de São Paulo”.

Questionados pelo Painel, a Caixa Econômica Federal, que financia o empreendimentos, e o Ministério das Cidades não informaram se há uma nova previsão para o lançamento.

O residencial Copa do Povo, que faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida, está sendo erguido em uma área invadida em protesto pelo MTST às vésperas da Copa do Mundo de 2014.

Carlos Petrocilo/Folhapress

BNDES anuncia investimento de R$ 405 milhões em empresa de carros voadores da Embraer

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta quinta-feira (14) o investimento direto de US$ 74,9 milhões (R$ 405 milhões) na compra de ações da Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer que desenvolve uma eVtol, aeronave elétrica conhecida como carro voador, que será fabricada em Taubaté (SP).

Segundo o BNDES, o apoio será realizado por meio da compra de BDRs, certificados emitidos no Brasil lastreados em ações ordinárias emitidas pela Eve nos Estados Unidos, em uma oferta privada. Após sua conclusão, a Eve planeja disponibilizar BDRs na Bolsa brasileira.

Os investimentos diretos do banco estatal estão a cargo da subsidiária BNDESPar e seguem o anúncio, em junho, da retomada da compra de participação de empresas após cerca de dez anos. O banco afirmou na ocasião que pretende investir até R$ 10 bilhões em companhias com iniciativas voltadas a transição ecológica, descarbonização e inovação.

“O apoio do BNDES é um passo estratégico para colocar o Brasil na vanguarda da mobilidade aérea sustentável”, disse em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O BNDES afirma que o investimento busca fortalecer a estrutura de capital e apoiar as atividades de pesquisa e desenvolvimento essenciais para a execução do plano de negócios da Eve.

O anúncio também marca o terceiro apoio do banco estatal ao braço da Embraer em menos de um ano. Em outubro de 2024, o BNDES aprovou um financiamento de R$ 500 milhões para a construção da unidade de produção da Eve em Taubaté. Na ocasião, a fonte dos recursos foi o programa BNDES Mais Inovação.

Em dezembro, a instituição aprovou um outro financiamento de mais R$ 200 milhões para desenvolvimento de protótipos por meio do Fundo Clima.

Já o investimento direto com compra de ações da Eve marca a segunda operação do tipo desde a retomada. Em 22 de julho, o BNDES aprovou a compra de R$ 114 milhões em ações do Grupo Santa Clara, empresa que atua no desenvolvimento de fertilizantes especiais e bioinsumos.

No comunicado desta quinta, o CEO da Eve, Johann Bordais, disse que a captação representa um marco importante na trajetória da empresa. “Estamos orgulhosos em poder contar com ao participação do BNDES e valorizamos profundamente o compromisso contínuo da Embraer com a Eve e nosso programa”, afirmou.

A Eve incorpora tecnologias como propulsão elétrica, sistemas autônomos e conectividade no desenvolvimento do eVtol (aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical). Em paralelo às atividades de prototipagem, a empresa desenvolve um software proprietário de gestão de tráfego aéreo urbano.

O eVtol desenvolvido pela Eve acomoda cinco pessoas (quatro passageiros e um piloto) e tem 100 quilômetros de autonomia. A expectativa é que o veículo entre em operação comercial a partir de 2027, com produção inicial de 120 unidades por ano.

Folhapress

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