Ipiaú: Veículo destrói frente de residência no bairro Euclides Neto


Um caminhão modelo F4000 colidiu contra uma residência na Rua do Honório, no bairro Euclides Neto, em Ipiaú, na tarde desta quarta-feira (09). A frente do imóvel ficou completamente destruída com o impacto.

No veículo estavam o condutor e outro rapaz. No momento do acidente, havia duas crianças e a avó dentro da casa. Apesar do susto e da gravidade da colisão, ninguém ficou ferido, mas os moradores relataram estado de choque com a situação. O motorista do caminhão permaneceu no local e contou que o acidente foi provocado por uma falha mecânica.
(Fonte: Giro Ipiaú)

Prefeita de Ipiaú prestigia evento do projeto Parceiros da Mata

Coube à prefeita  Laryssa Dias a honra de saudar os participantes da solenidade de apresentação oficial das  comunidades do Território do Médio Rio das Contas pré selecionadas para receber assistência técnica continuada através do  Projeto Parceiros da Mata, uma ação do Governo do Estado, executada pela Companhia de Desenvolvimento de Ação Regional (CAR).

O evento foi realizado na manhã dessa quarta-feira, 9, no auditório do Sindicato Rural e também contou com a presença do prefeito de Jitaúna, Marcelo Pecorelli, atual presidente do Consórcio Intermunicipal do Médio Rio das Contas(Cimurc) além dos secretários de Agricultura e Meio Ambiente  de  16 municípios da área de abrangência do território.

Em sua fala a prefeita destacou que o município de Ipiaú é parceiro do projeto e lembrou que o mesmo foi lançado nesta cidade, no dia 20 de março deste ano, pelo Governador Jerônimo Rodrigues, com o  objetivo promover o desenvolvimento sustentável de comunidades rurais, com foco na melhoria da renda, segurança alimentar e nutricional, no acesso a serviços básicos, na preservação ambiental e na adaptação às mudanças climáticas.

A Coordenadora Executiva do Projeto Parceiros da Mata, Cida Olivia, explanou a respeito da proposta do governo, esclareceu dúvidas e trouxe, de forma transparente, as informações necessárias do processo de cadastramento das 98 comunidades que serão atendidas no território nesta primeira fase do projeto. Essas comunidades totalizam, aproximadamente, 3.000 famílias. 

A estimativa é de que nos próximos três meses as comunidades de agricultura familiar receberão as visitas das equipes de assistência técnica e extensão rural (Ater)  que darão inicio à execução do projeto que também beneficiará famílias com foco em práticas agrícolas sustentáveis e adequadas às realidades locais. 

No total , o Parceiros da Mata, abrange 77 municípios, beneficiando cerca de 352 mil pessoas nos territórios do Médio Rio das Contas, Vale do Jiquiriçá, Baixo Sul e Litoral Sul.

 Fotos são de Fernanda Rayres e Janaína Castro

PM apreende drogas e munições em Ipiaú após denúncia anônima

Foto: Divulgação/PM
Na tarde de segunda-feira (09), por volta das 16h, a guarnição do PETO da 55ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) realizou uma apreensão de drogas e munições na Rua Manoel Mendes de Andrade, no centro de Ipiaú.

A ação ocorreu após uma denúncia repassada pela CENOP da 55ª CIPM, informando que um indivíduo, com características específicas, estaria traficando drogas e de posse de munições no referido local. A guarnição se deslocou imediatamente ao endereço informado e localizou o suspeito com as mesmas características repassadas na denúncia.

Durante a abordagem, foi encontrada com o indivíduo uma pequena porção de substância semelhante a haxixe. Ao ser questionado, ele admitiu que possuía mais entorpecentes e munições em sua residência. A guarnição se dirigiu ao imóvel, onde foram encontradas porções maiores de drogas e diversas munições de calibres variados.

O suspeito recebeu voz de prisão e foi conduzido à Delegacia Territorial de Ipiaú para a adoção das medidas cabíveis.

Material apreendido:50 munições de calibre .40
  • 50 munições de calibre .40
  • 80 munições de calibre .380
  • 10 munições de calibre .32
  • 1 porção grande e 4 porções menores de substância análoga à maconha
  • R$ 251,75 em espécie
  • 1 aparelho celular (iPhone 11)
Fonte: Ascom/55ª CIPM

Trump diz que Brasil ‘não tem sido bom’ para EUA e que anunciará mais taxas contra o país até amanhã

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o país “não tem sido bom” para os americanos e que deve anunciar novas tarifas até esta quinta-feira (9).

“O Brasil, por exemplo, não tem sido bom para nós, nada bom”, afirmou Trump. “Vamos divulgar um dado sobre o Brasil, acredito, no final desta tarde ou amanhã de manhã”.

O Brasil hoje paga 10% de tarifas sobre produtos importados implementada pelo presidente americano em 2 de abril.

Na terça (8), Trump reforçou a ameaça de cobrar mais tarifas de importação de países que compõem os Brics. O grupo, afirmou Trump, tem a intenção de “destruir o dólar”, o que justificaria a imposição de sobretaxas de 10% além das que já foram estabelecidas.

“O Brics foi criado para desvalorizar nosso dólar. Qualquer um que esteja no Brics receberá uma cobrança de 10 %”, disse ao responder a jornalistas durante reunião do seu gabinete na Casa Branca.

“O dólar é rei. Vamos mantê-lo assim. Se as pessoas quiserem desafiá-lo, podem. Mas terão que pagar um alto preço. Não acho que nenhum deles vai pagar esse preço”, afirmou o presidente. Segundo ele, a cobrança começaria “logo”. O governo estipulou o dia 1º de agosto como data para novas tarifas entrarem em vigor.

Inicialmente o grupo era formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mas foi ampliado recentemente para 11 países e representa quase metade da população mundial e cerca de 40% do PIB.

Julia Chaib/Folhapress

Itamaraty convoca chefe de embaixada após EUA falarem em perseguição a Bolsonaro no Brasil


O Ministério das Relações Exteriores convocou nesta quarta-feira (9) o chefe da embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar, para dar explicações sobre as recentes manifestações do governo Donald Trump em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na diplomacia, a convocação do embaixador na chancelaria é uma forma de demonstrar descontentamento com temas da relação bilateral. Escobar é encarregado de negócios e responde interinamente pela missão, uma vez que não há embaixador designado.

Nesta quarta, a embaixada americana no Brasil afirmou que o ex-presidente Bolsonaro e sua família são parceiros dos Estados Unidos e voltou a falar em perseguição política contra ele.

Com isso, a missão diplomática se juntou às manifestações do próprio presidente Trump, que na segunda (7) disse que Bolsonaro é vítima de uma “caça às bruxas”.

“Jair Bolsonaro e sua família têm sido fortes parceiros dos Estados Unidos. A perseguição política contra ele, sua família e seus apoiadores é vergonhosa e desrespeita as tradições democráticas do Brasil. Reforçamos a declaração do presidente Trump. Estamos acompanhando de perto a situação”, disse a embaixada.

“Não comentamos sobre as próximas ações do Departamento de Estado em relação a casos específicos”.

Na segunda, Trump afirmou que o Brasil está fazendo uma “coisa horrível” no tratamento dado a Bolsonaro, alvo do STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento da trama golpista.

“Eu tenho assistido, assim como o mundo, enquanto eles não fazem nada além de persegui-lo, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano. Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”, afirmou Trump em um post na Truth Social.

A declaração de Trump gerou uma reação de Lula. Em nota, ainda na segunda, o petista afirmou não aceitar interferências nas políticas internas do Brasil. “A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano”.

O governo Donald Trump e expoentes do movimento ultraconservador americano se fiam no discurso de uso político do STF para defender Bolsonaro e a aplicação de sanções ao ministro Alexandre de Moraes.

À reportagem um integrante sênior da gestão Trump, como são chamados assessores influentes do presidente dos Estados Unidos, resumiu a visão que permeia o governo nos seguintes termos: o ex-presidente Bolsonaro e seus apoiadores estão sob ataque de um sistema judiciário “instrumentalizado”.

Para esse auxiliar do republicano, as decisões de Moraes atingem a liberdade de expressão e, mais do que isso, subvertem a democracia para sustentar um governo que julga impopular, o do presidente Lula.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se licenciou do mandato em março para morar nos EUA, tem reforçado a autoridades americanas o discurso de que o magistrado do STF é responsável por censurar residentes e empresas no país e, com isso, comete violações aos direitos humanos.

O mesmo discurso foi usado por Paulo Figueiredo, ex-comentarista da Jovem Pan, em audiência no Congresso americano no mês passado.

Na Presidência, Bolsonaro acumulou uma série de declarações golpistas às claras, provocou crises entre os Poderes, colocou em xeque a realização das eleições de 2022, ameaçou não cumprir decisões do STF e estimulou com mentiras e ilações uma campanha para desacreditar o sistema eleitoral do país.

Após a derrota para Lula, incentivou a criação e a manutenção dos acampamentos golpistas que se alastraram pelo país e deram origem aos ataques do 8 de Janeiro.

Nesse mesmo período, adotou conduta que contribuiu para manter seus apoiadores esperançosos de que permaneceria no poder e, como ele mesmo admitiu publicamente, reuniu-se com militares e assessores próximos para discutir formas de intervir no TSE e anular as eleições.

Saudosista da ditadura militar (1964-1985) e de seus métodos antidemocráticos e de tortura, o ex-presidente já foi condenado pelo TSE por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral e é réu no STF sob a acusação de ter liderado a trama golpista de 2022. Hoje está inelegível ao menos até 2030.

Caso seja condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado, a pena pode passar de 40 anos de prisão.

Ricardo Della Coletta/Folhapress

Senado adia novamente votação do Código Eleitoral e reabre discussão sobre voto impresso


A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado adiou novamente nesta quarta-feira (9) a votação do novo Código Eleitoral, texto aprovado pela Câmara em 2021 e que estava parado havia quatro anos.

A decisão foi tomada por divergências e por pressão da bancada bolsonarista, que é contra vários pontos do texto e que apresentou emenda para implantar o voto impresso no país. Não foi estabelecido prazo para votação.

O projeto como um todo tem 877 artigos e revoga toda a legislação eleitoral com o objetivo de instituir um único código. A proposta tem o objetivo formal de modernizar e simplificar as regras, mas traz diversos pontos que fragilizam a fiscalização e punição a partidos e candidatos por mau uso das verbas públicas.

O tema do voto impresso é objeto de uma emenda do senador Esperidião Amin (PP-SC) e é apoiada pelo bolsonarismo.

“O problema não é a urna, é o homem. E essa teimosia, essa resistência surreal de fazer algo que pela tecnologia é muito simples, só aumenta a desconfiança. Por que continuar alimentando essa desconfiança?”, discursou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Isso não vai acabar pela força. ‘Olha, quem falar mal da urna, cadeia.’ Tem uma parcela considerável da população que desconfia não da urna mas de quem programa a urna.”

O voto impresso é uma das principais bandeiras do bolsonarismo e se insere em uma caudalosa listagem de alegadas fraudes no sistema de urnas eletrônicas, o que jamais foi provado até o momento.

O tema já foi objeto de votação na Câmara em 2021, durante a gestão Bolsonaro, mas foi rejeitado. O STF (Supremo Tribunal Federal) também já considerou a medida inconstitucional sob o argumento de que ela é uma ameaça ao sigilo do voto dos eleitores.

Relator do projeto do novo Código Eleitoral, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) já havia cedido à pressão de parlamentares ligados ao ex-presidente e suavizou a proposta de estabelecer na legislação punição à divulgação de fake news contra candidatos e contra o processo eleitoral.

Pelo texto anterior, está sujeito a pena de 1 a 4 anos, majorada em alguns casos, quem divulgar na propaganda eleitoral fatos sabidamente inverídicos contra adversários ou que resultem no embaraço, “desestímulo ao exercício do voto e deslegitimação do processo eleitoral”.

Castro inseriu uma redação dizendo não configurar crime “a mera crítica ou opinião acerca do serviço eleitoral e do processo de votação, apuração e totalização de votos”. A mudança, porém, não amenizou a rejeição desse bloco.

Aliados do ex-presidente também são contra a quarentena de dois anos para que magistrados, membros do Ministério Público, policiais e militares se candidatem. Castro sinalizou que deve ceder nesse ponto também.

Houve emenda do senador Laércio Oliveira (PP-SE) estabelecendo a volta do financiamento empresarial das campanhas —proibido desde 2015—, mas o relator rejeitou a proposta. O tema pode ser incorporado ao texto, porém, caso haja apoio majoritário dos senadores.

O projeto do novo Código Eleitoral também aborda um antigo tema de interesse dos parlamentares: as pesquisas eleitorais.

O projeto aprovado pela Câmara em 2021, sob a liderança de Arthur Lira (PP-AL), estabelecia censura à divulgação de pesquisas na véspera e no dia do pleito e a exigência da publicação pelos institutos de uma “taxa de acerto” de eleições passadas.

Já o atual relatório no Senado retirou a censura e trocou a ideia de taxa por outro “indicador de confiabilidade”.

Castro retirou do projeto alguns dos pontos criticados por entidades de defesa da transparência eleitoral, entre eles o que permitia ao Congresso derrubar decisões do TSE e o que liberava os partidos a usar o dinheiro do fundo partidário para praticamente qualquer finalidade.

Ele manteve, porém, outros pontos controversos.

Entre eles, está o que eliminou a padronização da apresentação e divulgação das contas partidárias, o SPCA (Sistema de Divulgação das Prestações de Contas Anuais), e o que limita a atuação da Justiça Eleitoral a uma mera checadora de aspectos formais das prestações (erros contábeis, por exemplo), excluindo a possibilidade de apuração de irregularidades como superfaturamento e desvios de recursos públicos de campanha.

Recursos públicos são, atualmente, a principal fonte de financiamento de partidos e candidatos, totalizando mais de R$ 6 bilhões a cada disputa.

A parte do texto da Câmara mantida por Castro também diminui os atuais prazos de inelegibilidade.

O texto aprovado pela Câmara em 2021 limita a inelegibilidade a até oito anos, estabelecendo que seu início é a data da decisão judicial. Hoje, os oito anos de inelegibilidade começam a contar a partir do final do cumprimento da pena imposta ou do mandato para o qual o político foi eleito, o que na prática dá mais de oito anos.

Senadores defendem reduzir o período ainda mais, com a inelegibilidade contando a partir do fato gerador da condenação.

O projeto trata também de Inteligência Artificial (determinando informação clara sobre uso, por exemplo) nas eleições e determina ainda uma cota de mulheres para o Legislativo: um mínimo de 20% das cadeiras. O percentual é o que há atualmente no Senado (20% de mulheres) e ligeiramente superior ao da Câmara (18%).

Para entrar em vigor a tempo das eleições 2026, a proposta precisa ser aprovada pelo Congresso até setembro deste ano.

Castro também foi o relator do projeto que visa unificar as eleições em um único ano e acabar com a reeleição. Aprovado pela CCJ, ele está pronto para votação em plenário, mas perdeu tração devido às divergências sobre a proposta.

Ranier Bragon/Folhapress

Governo indicou a Motta e Alcolumbre que não abre mão do decreto do IOF brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, indicaram à cúpula do Congresso na noite de terça-feira, 8, que o governo não abrirá mão dos termos do decreto que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), apurou o Estadão/Broadcast.

Haddad e Gleisi afirmaram não só que o governo pretende insistir na discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a legitimidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editar um decreto como este, mas também no texto que promoveu aumento de algumas alíquotas do IOF.

Os dois ministros e mais o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, participaram de reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), na noite de terça. O encontro foi na residência oficial da Câmara dos Deputados. Os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), também estiveram presentes.

A posição defendida pelo governo contrasta com o que os presidentes das duas Casas do Congresso têm defendido nas últimas semanas. Tanto Motta quanto Alcolumbre lideraram a aprovação do projeto de decreto legislativo que derrubou a alta do IOF.

A reunião de terça-feira foi chamada por Motta, que recepcionou os convidados na residência oficial da Câmara. O clima foi descrito por fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast como positivo, apesar de não haver nenhum avanço concreto na direção de um acordo do Executivo com o Legislativo sobre o imbróglio envolvendo a alta do IOF.

A reportagem apurou que os ministros também conversaram com Motta e Alcolumbre sobre outros dois assuntos correlatos: a proposta de reduzir isenções fiscais e diminuir o gasto tributário da União e a medida provisória 1303 de 2025, que estipula uma série de medidas com o intuito de aumentar a arrecadação da União em contrapartida ao recuo na cobrança do IOF, como cobrança de imposto de títulos como LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), aumento da alíquota de imposto sobre as “bets” e a restrição a compensações tributárias.

Assim como no caso do decreto do IOF, não houve uma conclusão ou acordo sobre essas propostas. O governo tenta convencer a Câmara e o Senado a levar adiante tanto o projeto que corta isenções fiscais quanto a MP 1303.

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de terça-feira, um requerimento de urgência para a tramitação do projeto de lei que propõe um corte linear de, no mínimo, 10% em benefícios fiscais federais de natureza tributária, financeira e creditícia, no período de 2025 e 2026.

A aprovação ocorreu na semana seguinte à votação do regime de urgência para um projeto do senador Esperidião Amin (PP-SC) sobre regras para isenções fiscais. Já aprovado no Senado, o texto altera a Lei de Responsabilidade Fiscal para prever que qualquer concessão, ampliação ou renovação de incentivo ou benefício de natureza tributária que implique renúncia de receita terá prazo de vigência não superior a cinco anos.

Fernando Haddad indicou nas últimas semanas, porém, que a equipe econômica trabalha em uma proposta própria para promover o corte de isenções e que esse texto seria enviado ao Congresso em agosto.

Gabriel Hirabahasi/Estadão Conteúdo

Técnico da seleção, Carlo Ancelotti é condenado a um ano de detenção por fraude fiscal na Espanha

Um tribunal espanhol condenou nesta quarta-feira (9) o técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, a um ano de prisão e a uma multa de 386 mil euros (cerca de R$ 2,5 milhões) por não pagar impostos sobre receitas de direitos de imagem durante sua primeira passagem pelo comando do Real Madrid.

Segundo comunicado da corte de Madri, a decisão refere-se 2014. Por ser inferior a dois anos e relacionada a um crime não violento, a sentença não deve obrigar Ancelotti a cumprir a pena dentro da prisão.

O italiano ainda foi absolvido de uma acusação semelhante relativa a 2015, já que o tribunal não conseguiu provar que ele havia permanecido tempo suficiente na Espanha para incorrer em obrigações fiscais, de acordo com o órgão. Ele se mudou para Londres depois que o Real Madrid o demitiu em maio de 2015.

“Naquele momento todos os jogadores e treinadores tinham, me parecia uma coisa correta”, disse Ancelotti, que acrescentou que teria partido do Real Madrid a proposta de receber 15% do valor acordado —6 milhões de euros (R$ 38 milhões) líquidos por quatro anos de contrato— em direitos de imagem.

“Quando o Madrid me sugere isso, eu coloco o Real Madrid em contato com meu assessor inglês. Nunca entro nisso porque nunca tinha recebido assim”, afirmou o então treinador do clube merengue, que ainda não se pronunciou após a divulgação da condenação.

Ancelotti foi apresentado como novo treinador do Brasil no final de maio deste ano após longa novela pela sua contratação. Após uma estreia em 0 a 0 contra o Equador, o novo comando carimbou a classificação da seleção à Copa do Mundo de 2026 ao vencer o Paraguai por 1 a 0, em São Paulo.

Procurada, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) afirmou que está acompanhando o caso e que o processo é conduzido pelo estafe pessoal do técnico. A assessoria de imprensa informou que não fará declarações no momento.

Folhapress

Câmara aprova criação de 160 cargos no STF e acelera benefício fiscal mesmo com cobrança por cortes


No momento em que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) estavam reunidos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira, 08, o texto-base do projeto de lei que cria 160 cargos comissionados e 40 cargos de policial judicial no Supremo Tribunal Federal (STF).

Antes, os deputados já tinham acelerado uma proposta para instituir, a partir de janeiro de 2027, um programa de incentivos à indústria brasileira e mudanças no regime especial da indústria química com impacto de, no mínimo, R$ 5 bilhões por ano aos cofres públicos.

Enquanto ministros, líderes do governo e a cúpula do Congresso discutiam o aumento do IOF na residência oficial da Câmara, uma festa com pagode da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) comemorava o avanço de beneficio tributário.

O impacto apenas das funções comissionadas no STF é de cerca de R$ 7,8 milhões neste ano, valor que se repete em 2026. O Supremo afirma que os recursos previstos já estão incluídos no teto orçamentário da Corte e que haverá “somente remanejamento interno entre ações”.
A proposta foi aprovada com 209 votos favoráveis, 165 contrários e quatro abstenções. Os deputados precisam analisar três destaques – pontos específicos do texto – que podem mudar o teor do projeto se aprovados.

Apenas servidores de carreira podem ocupar as funções comissionadas criadas. Os cargos são do nível FC-6, o que significa que seus ocupantes receberão R$ 3.256,70 em incremento nos contracheques.
Atualmente, cada gabinete de ministro tem 17 servidores ocupantes de cargos comissionados: 1 FC-6, 3 FC-4 (R$ 2.056,28) e 13 FC-3 (R$ 1.461,81). Se o projeto virar lei, o STF afirma que vai acrescentar 16 cargos FC-6 em cada gabinete de ministro, totalizando 17 por gabinete, e remanejar os demais cargos com adicionais menores para outras áreas.

“Um Judiciário eficiente, moderno e comprometido com a prestação jurisdicional de excelência é essencial para a garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos e para a manutenção do Estado Democrático de Direito”, afirmou o deputado Stélio Dener (Republicanos -RR).

O STF citou os atos golpistas do 8 de Janeiro, quando teve o prédio invadido, e o caso ocorrido em novembro de 2024, quando um homem morreu após explodir bombas na Praça dos Três Poderes, para justificar o aumento do efetivo de policiais judiciais.

“A medida decorre da evidente escalada de ameaças reais, sistemáticas e crescentes contra o Tribunal, seus ministros, servidores e o regular funcionamento de suas atividades”, disse a Suprema Corte. Neste caso, segundo o STF, não há aumento de despesa e será arcado com recursos já existentes do orçamento da Corte.

Em cinco minutos, Câmara acelera benefício e projeto que prevê cortes

Antes, em menos de cinco minutos, a Câmara já tinha aprovado regime de urgência para um projeto que cria um novo benefício fiscal e outro que prevê um corte linear de, no mínimo, 10% nessas renúncias. O regime de urgência acelera a tramitação de um projeto na Casa.

A primeira proposta institui, a partir de janeiro de 2027, um programa de incentivos à indústria química brasileira (Presiq) e propõe mudanças ao regime especial da indústria química (Reiq).

O debate sobre novos subsídios ao setor ocorre justamente no momento em que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), endossa o discurso sobre a necessidade de cortar gastos tributários para reforçar o ajuste fiscal.

Já o projeto que prevê corte em benefícios fiscais teve sua urgência aprovada poucos minutos depois. De autoria do deputado Mauro Benevides (PDT-CE), ele prevê uma redução gradual, com no mínimo 5% neste ano e no mínimo 5% no ano que vem. Os porcentuais poderão ser diferenciados por setor econômico.

Além disso, conforme o projeto, fica proibida a concessão de novos benefícios da mesma natureza, assim como a prorrogação dos já existentes, salvo se houver redução simultânea de

Indústria química
O projeto que cria um novo benefício fiscal para a indústria química é autoria do deputado Afonso Motta (PDT-RS), o programa estabelecerá duas modalidades de benefícios. Em uma delas, as empresas cadastradas poderão receber créditos financeiros equivalentes a até 5% do valor gasto na compra de determinados insumos químicos. O valor máximo autorizado para essa modalidade será de R$ 4 bilhões anuais, entre 2027 e 2029.

O texto ainda abre brecha para que o benefício seja prorrogado nos anos seguintes, respeitando o limite global máximo. “Poderão ser autorizados créditos financeiros para utilização nos anos calendários subsequentes, com vistas a contemplar os projetos plurianuais, respeitados os limites anuais previstos no § 3º”, diz.

Já as empresas habilitadas na modalidade investimento – aplicável às centrais petroquímicas e às indústrias químicas mediante compromisso de investimento – teriam direito a créditos financeiros de até 3% sobre a receita bruta até o limite do valor do investimento. O montante total disponível para essa modalidade de crédito financeiro será limitado a R$ 1 bilhão por ano, entre 2027 e 2029. Este benefício também poderá ser prorrogado nos anos subsequentes.

Os créditos financeiros previstos na lei corresponderão a créditos do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Além disso, o valor desses créditos não será incluído na base de cálculo de outros tributos, como o próprio IRPJ, CSLL, a futura Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

O projeto diz ainda que as empresas poderão usar os créditos financeiros para compensar débitos tributários com a Receita Federal ou solicitar ressarcimento em dinheiro.

O requerimento de urgência é assinado por líderes partidários da Câmara, entre eles o líder do PP, deputado Luizinho (RJ); do União Brasil, deputado Pedro Lucas (MA); do PDT, deputado Mário Heringer (MG); e do PSDB, deputado Adolfo Viana (BA).

Pedro Augusto Figueiredo, Pepita Ortega e Giordanna Neves/Estadão Conteúdo

PF deflagra operação contra fraudes na concessão de alvarás de táxi


Feira de Santana/BA. A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (9/7), uma operação que investiga fraudes tributárias relacionadas a autorizações de táxi no município de Serra Preta/BA.

Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de valores em contas bancárias de investigados.

A investigação apura a emissão de permissões de táxi para pessoas que não exercem a profissão, com o objetivo de obter indevidamente a isenção de tributos federais e impostos na compra de veículos novos. Apurou-se que o número de permissões ativas em Serra Preta era desproporcional à população do município, indicando que as concessões eram utilizadas para viabilizar as fraudes.

As investigações prosseguem com a análise do material apreendido. Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e sonegação fiscal, entre outros.

Comunicação Social da Polícia Federal da Bahia
imprensa@dpf.gov.br

PF deflagra operação contra o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Paranaguá

Ação é a segunda fase da Operação Cavalo Doido e apura o envio de drogas pelo Porto de Paranaguá
Paranaguá/PR. A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (9/7), a Operação Cavalo Doido 2 para aprofundar as investigações sobre uma organização criminosa envolvida com o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. A Justiça Federal também autorizou o sequestro e o bloqueio de bens dos investigados de mais de R$3 milhões.

A análise do material apreendido na primeira fase da operação reforçou a participação dos investigados no esquema e o vínculo de um dos alvos com o tráfico internacional. As investigações prosseguem com os elementos coletados hoje.

Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Comunicação Social da Polícia Federal no Paraná
cs.srpr@pf.gov.br
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Preços das apostas das Loterias Caixa aumentam a partir desta quarta


As apostas das Loterias Caixa aumentam de preços, a partir desta quarta-feira (9). O reajuste alcança as modalidades como a Dupla Sena, Quina, Lotofácil, Mega-Sena, Loteca e Super Sete.

De acordo com a Caixa, o aumento busca ampliar as premiações e fortalecer os repasses sociais, contribuindo para o desenvolvimento do país.

“A atualização tem como objetivo manter a sustentabilidade das modalidades, ampliar os valores das premiações e aumentar os repasses sociais que beneficiam milhões de brasileiros”, informa o banco, em comunicado.

Agência Brasil

Protesto da esquerda para pressionar Congresso busca dosagem para evitar desgastes a Lula


Enquanto o governo federal acumula embates com o Congresso Nacional, movimentos sociais e o PT, partido do presidente Lula, organizam um ato para esta quinta-feira (10), em São Paulo, para pressionar pela taxação dos mais ricos e pelo fim da escala 6×1 de trabalho –pautas que enfrentam resistência de boa parte do Legislativo.

Os petistas se dividem entre a vontade de esticar a corda e o receio de que ataques direcionados possam piorar a já fragilizada relação entre Lula e o Legislativo.

O ato vai mirar o Congresso e o centrão de forma mais ampla, sem focar ataques em figuras centrais do meio político, mas pouco conhecidas nas ruas, como o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Entre os organizadores, um chamado mais genérico é visto com maiores chances de sucesso para atrair o público, e a expectativa é de que os manifestantes que discursarem citem nominalmente os parlamentares.

Segundo organizadores ouvidos pela Folha, o ato será realizado apenas na avenida Paulista, em frente ao Masp, pela pouca antecedência com que foi elaborado. O protesto é uma reação à derrubada, pelo Congresso, dos decretos do governo federal que alteravam as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), há duas semanas.

Na semana passada, militantes da Frente Povo Sem Medo, integrada pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), fizeram um protesto dentro da sede do Itaú BBA, na avenida Faria Lima, em São Paulo, pedindo a taxação dos super-ricos. No mesmo dia, o grupo já divulgava o ato desta quinta pedindo pelo que o governo tem chamado de taxação “BBB”: de bancos, bets e bilionários.

O ato da semana passada na sede do banco despertou críticas de opositores bolsonaristas.

Parlamentares do centrão, como são conhecidos os políticos de atuação fisiológica alinhados à centro-direita, têm sido resistentes a uma proposta do governo de criar um imposto mínimo sobre rendas acima de R$ 50 mil mensais. A tributação seria uma forma de compensar a perda de arrecadação com a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000, uma das promessas de campanha de Lula na eleição de 2022.

Por isso, entre aliados do petista a percepção é de que é necessário exercer pressão popular para aprovar as medidas.

“Nós vamos lotar a avenida Paulista exigindo que os pobres sejam incluídos no Orçamento e os ricos no Imposto de Renda”, disse à Folha uma das organizadoras do ato, a coordenadora nacional do MTST e da Frente Povo Sem Medo, Ana Paula Perles.

Perles acrescentou que a manifestação, apesar de partir de movimentos sociais, não será voltada apenas para a esquerda. “A ficha do povo caiu, e está todo mundo vendo que o Congresso está fazendo tudo para proteger os privilégios do 1% do andar de cima e jogar a conta toda para os trabalhadores pagarem”, afirmou.

O protesto tem sido convocado, nas redes, pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que já foi uma das lideranças nacionais do MTST e tem feito duras críticas a Motta e a outros deputados pela postura diante das pautas econômicas do governo Lula.

O diretório municipal do PT na capital, também à frente do ato desta quinta, se divide sobre o tom a ser adotado. Segundo petistas ouvidos pela reportagem, há quem defenda que as críticas sejam feitas de forma generalizada ao Congresso, como tem sido feito nas convocações nas redes, para evitar o discurso de “nós contra eles”, que tem ampliado o desgaste entre Lula e outras lideranças políticas.

Outros envolvidos no ato, no entanto, esperam que a participação de movimentos dê mais fôlego ao debate, com ataques mais duros e incisivos a quem se opõe às propostas do governo federal.

O ato foi marcado para iniciar às 18h. A organização argumenta que o horário, mesmo durante a semana, permite que trabalhadores possam comparecer após o expediente. O grupo não descarta organizar protestos em outras cidades, caso entenda ter conseguido mobilizar gente o suficiente nesta quinta.

Juliana Arreguy/Folhapress

Número de homens vítimas de estupro na Bahia cresce 95% em dez anos


Nos últimos dez anos, a Bahia foi palco do crescimento expressivo de casos de violência sexual contra homens. De 2015 a 2024, o número de ocorrências de estupro de pessoas do sexo masculino aumentou 95%, saindo de 296 para 578 registros, conforme dados disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Ao ampliar o recorte temporal até maio deste ano – mês do dado mais recente computado pelo Sinesp –, é possível verificar que os casos seguem crescendo mês a mês, sem nenhuma queda desde o início da série histórica. Ao total, o estado já contabiliza 4.443 casos de estupro entre 2015 e 2025.

O episódio mais recente de estupro ocorrido na Bahia e divulgado na mídia ocorreu no último 18 de maio, quando um homem foi atacado a caminho de casa, quando retornava de um bar, na zona rural de Malhada, município localizado no sudoeste da Bahia. A vítima, que estava alcoolizada, foi imobilizada e estuprada por mais de um homem, na rua. Ele não prestou queixa, mas o caso gerou revolta e mobilização na cidade.

Casos subnotificados

Para Marinho Soares, advogado criminalista e ex-gestor em Segurança Pública e Justiça Criminal pela Universidade Federal Fluminense (UFF), o aumento progressivo de registros de violência sexual contra homens pode estar relacionado ao incentivo à denúncia que, mesmo insuficiente para dar conta de todos os casos, ainda é uma prática endossada por autoridades e pela sociedade.

A falta de denúncia nesses casos não é incomum. Marinho Soares ressalta que ocorrências de estupro já são popularmente subnotificadas, uma vez que a violência costuma gerar constrangimento na vítima, sendo este um sentimento intensificado quando a pessoa violentada é do sexo masculino.

“Nossa sociedade é muito machista e isso faz com que as pessoas entendam que homens não são violentados sexualmente, atrelando isso à masculinidade. Inclusive, homens são estuprados como forma de vingança outros grupos de homens, que acreditam estar tirando a masculinidade da vítima quando praticam tal ato. Por isso, o grande fator [para não denunciar] é a vergonha, porque as pessoas que são abusadas têm vergonha de relatar”, aponta Marinho.

Anderson Reis, professor da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e pesquisador sobre a saúde do homem, afirma que há evidências de que o Brasil ocupa a lista dos cinco países como maior registro de denúncia de violência sexual. Ele acredita que, no que diz respeito às vítimas do sexo masculino, há um desencorajamento em reconhecer que vivenciaram situações de violência pela dificuldade de tratar da problemática.

“Em muitos cenários, eles não tiveram alcance a estratégias de enfrentamento, como com quem conversar, onde denunciar, a quem recorrer para cuidar da saúde. Ressalta-se que muitos homens vivenciaram estupro na infância e podem ter experenciado a violência em contextos desfavoráveis, hostis e difíceis de acesso à recursos individuais, familiares e sociais de apoio à notificação da ocorrência do estupro tendo os homens como vítimas”, pontua.

Saiba como denunciar

Casos de estupro podem ser denunciados de forma presencial em qualquer delegacia, seja virtual ou física. Também é possível acionar o Disque 100 ou o número 180, central de atendimento à mulher, que funciona 24 horas, de forma gratuita e sigilosa.

Antes da denúncia, é importante que a vítima busque atendimento médico imediato, tanto para cuidados de saúde quanto para a coleta de provas que podem ser fundamentais para a investigação.

A reportagem procurou a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) para saber quais iniciativas estão sendo desenvolvidas para frear e alertar para casos de estupro de homens, bem como para atuar no acolhimento às vítimas. A pasta não retornou até o horário de publicação da matéria. (Correio 24h)

Rodovia é liberada por indígenas após 36h de protesto; ato gerou 20 km de engarrafamento e deixou caminhão depredado


Itamaraju: O protesto organizado por indígenas em um trecho da BR-101, no extremo sul da Bahia, foi encerrado no final da tarde desta terça-feira (8), após 36h de interdição da pista. A informação foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A manifestação começou por volta das 8h30 de segunda-feira (7) e só foi finalizada às 16h30 desta terça, com a ajuda de um negociador. Imagens aéreas feitas no local mostra a retomada do trânsito. Uma longa fila de veículos se formou.

Ao longo da manifestação, o congestionamento chegou a passar de 20km, na altura de Itamaraju, próximo à entrada do Parque Nacional do Monte Pascoal, e o caminhão de uma empresária, que tentou furar a barreira, foi depredado e queimado.
Os indígenas buscavam a soltura de Welington Ribeiro de Oliveira, o cacique Suruí Pataxó, preso em uma ação da Força Nacional de Segurança na última semana. Durante o protesto, o grupo interditou totalmente a rodovia.

Conforme informou a PRF, a manifestação foi pacífica, apesar do episódio de violência ocorrido na segunda-feira. A motorista do caminhão foi identificada como Elaine Tschaen Schneidem , de 40 anos. Os manifestantes usaram pedaços de paus para quebrar o veículo.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram que a empresária foi retirada do veículo e levada pelos indígenas até os policiais. Ela também teve o rosto marcado com urucum, tinta vermelha feita com sementes do fruto do urucuzeiro.

Em vídeo também publicado nas redes sociais, a empresária disse que tentou passar pela pista depois de ver outros carros fazerem o mesmo. Em seguida, uma multidão bateu no vidro do caminhão e enfiou lanças no veículo. Ela também contou que teve o celular quebrado pelo grupo.
"Puxaram meu cabelo, me jogaram no chão e ao mesmo tempo me empurravam. Eu implorei, pedi desculpas, disse que não tinha feito por maldade, só queria ir para casa, pois tenho um bebê", contou. De acordo com a Polícia Civil (PC), a mulher registrou boletim de ocorrência pelos crimes de dano e ameaça.

Cacique preso

O cacique Suruí Pataxó e outras duas pessoas foram presas na quarta-feira (2), pela Polícia Federal (PF), após agentes flagrarem o grupo com armas no território indígena de Barra Velha, zona de tensão agrária localizada em Porto Seguro.

Fonte: G1

Prado: Operação conjunta prende suspeito de abusar sexualmente de criança de 2 anos

Prado: Uma operação conjunta das Polícias Civil e Militar resultou na prisão de Alessandro Pinto Gonçalves, de 43 anos, na manhã desta terça-feira, 8 de julho, em Prado, na Bahia. Ele é acusado do crime de estupro de vulnerável (Art. 217-A do Código Penal Brasileiro) contra uma criança de 2 anos e 8 meses de idade, em um caso ocorrido em Teixeira de Freitas.

O mandado de prisão contra Alessandro foi cumprido por volta das 9h50, na Avenida Itamaraju. O Serviço de Investigação (SI) da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Teixeira de Freitas, ao tomar conhecimento do mandado em aberto, iniciou as diligências para localizar o suspeito.

As equipes da DEAM conseguiram descobrir o possível endereço de Alessandro na cidade de Prado. Em seguida, entraram em contato com a Polícia Civil de Prado, que solicitou o apoio da 88ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) para efetuar a prisão. Com a ação conjunta, Alessandro foi localizado e levado para a Delegacia Territorial de Prado.

A Polícia Técnica (DPT) realizou exames específicos que forneceram elementos para comprovar a veracidade do crime. Alessandro Pinto foi transferido para a custódia da Polícia Civil de Teixeira de Freitas, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews

Alcolumbre diz que, se Lula não sancionar, vai promulgar aumento de deputados

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou nesta terça-feira (8) que vai promulgar imediatamente o projeto de lei que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531, se o presidente Lula (PT) não sancionar nem vetar: ‘Se chegar às 10h, será promulgado às 10h01’.

Lula já avisou a ministros que não vai sancionar o aumento de deputados. O presidente da República tem duas opções pela frente: não se manifestar, abrindo caminho para que Alcolumbre faça a promulgação; ou vetar, o que exigiria dos parlamentares uma votação para derrubar o veto.

Considerado impopular no Senado, o projeto foi aprovado com 41 votos, exatamente o mínimo necessário, e recebeu críticas até mesmo de parlamentares de estados que perderiam deputados. Pesquisa Datafolha mostra que 76% dos brasileiros são contra o aumento; apenas 20% são a favor.

Thaísa Oliveira/Folhapress

Relator da PEC da Segurança tira do texto trecho que dava ao governo coordenação de normas

O relator da PEC da Segurança na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), retirou do texto o trecho que permitia que o governo federal pudesse coordenar exclusivamente as normas gerais da segurança pública, de defesa social e do sistema penitenciário.

Inicialmente, o governo havia proposto que a competência de criar normas gerais caberia exclusivamente ao Poder Executivo. Com o relatório, Mendonça Filho propõe que isso continue sendo competência da União junto dos estados e municípios.

A PEC, elaborada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, visa reforçar a atuação do governo federal na área, estabelecendo diretrizes mínimas a serem seguidas por órgãos de segurança de todo o país. O governo Lula (PT) afirma que o texto não prevê interferência na autonomia dos estados. “Ao meu ver, [o trecho considerado inconstitucional] conflita com o pacto federativo, ia de encontro a cláusula pétrea”, disse Mendonça em entrevista coletiva na Câmara.

“Governadores de posições ideológicas e partidárias distintas tiveram sempre manifestação em defesa da autonomia e dos estados, da preservação do pacto federativo e do princípio do federalismo brasileiro”, completou, se referindo às audiências sobre o tema na CCJ.

Em seu relatório Mendonça disse, a respeito do artigo: “Medidas centralizadoras, como a ora examinada, violam a identidade do arranjo federativo previsto para a segurança pública e devem ser inadmitidas de pronto”.

O deputado apresentou o relatório ao presidente da CCJ, Paulo Azi (União), presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a Lewandowski.

Segundo relatos, a conversa foi em bons termos e o ministro, ainda que prefira o texto que enviou ao Congresso, compreendeu a mudança.

Ainda não houve definição sobre a criação de uma comissão especial para analisar a PEC —o tema deve ficar para o próximo semestre.

O relatório deve ser apreciado pela CCJ, nesta quarta-feira (9). Há expectativa de pedido de vista por algum parlamentar, o que adiaria a votação para a próxima semana, anterior ao recesso parlamentar.

Sendo aprovado, segue tramitando na Câmara dos Deputados, quando Motta definir a indicação de membros para uma Comissão Especial.

Mendonça já vinha defendendo a autonomia de estados e municípios, e chamou a atenção para o uso da palavra “coordenação” na legislação que instituiu o Susp (Sistema Único de Segurança Pública), em 2018, e que também aparece no texto da PEC. Para o relator, isso muitas vezes significa “comando” na prática.

A PEC é uma das principais apostas da gestão Lula na área da segurança pública. O texto sugere que o Susp se torne algo como o SUS (Sistema Único de Saúde). A ideia inicial do projeto é dar à União o poder de estabelecer diretrizes gerais de política de segurança pública e penitenciária.

A leitura do parecer da PEC era um dos testes antecipados por governistas nesta semana, em meio à crise com parlamentares em torno da derrubada dos decretos que alteraram as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O relator, que faz oposição ao governo Lula, já tinha sinalizado em seus discursos que faria alterações no texto. Ele tem dito que não é possível combater o crime organizado a partir de Brasília, mostrando preocupação com a centralização da coordenação da segurança pública pelo governo federal.

Alinhado à direita em temas ligados à segurança, o centrão poderia dificultar a vida do governo. Mas um governista disse à reportagem que o relatório de Mendonça não deve enfrentar resistência de parlamentares da base aliada se for somente essa mudança proposta. Ele avalia que se essa for a única mudança ao texto o governo poderá até mesmo orientar favorável ao parecer na votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Há um consenso entre Legislativo e Executivo de que o tema da segurança será um dos principais da campanha no ano que vem, então parlamentares querem legislar sobre o tema, ainda que numa perspectiva distinta do governo federal. Com as modificações propostas pelo relator, o texto deve ser aprovado e seguir para uma comissão especial.

Victoria Azevedo/Marianna Holanda/Raquel Lopes/Folhapress

Criança morre e outras duas ficam feridas após adolescente invadir escola no RS com faca

Uma professora também foi ferida. Autor do ataque tem 16 anos. Ele foi imobilizado pela população e apreendido pela polícia. Ação aconteceu em Estação, no Norte do estado.
Um adolescente invadiu a Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, no Centro de Estação, na Região Norte do RS, e feriu três crianças e uma professora com golpes de faca por volta das 10h desta terça-feira (8). Um menino foi encaminhado para atendimento médico, mas não resistiu e teve a morte confirmada, segundo o prefeito Geverson Zimmermann.


A criança que morreu foi atingida nas costas dentro de uma sala de aula, de acordo com a Polícia Civil. A vítima foi identificada como Vitor André Kungel Gambirazi, 9 anos. O adolescente que invadiu a escola foi apreendido.
Duas meninas de 8 anos ficaram feridas e foram encaminhadas a hospitais da região. Uma delas já foi liberada, conforme o prefeito.

A docente tem 34 anos e é atendida ao Hospital Santa Terezinha, em Erechim. Ela foi golpeada ao tentar intervir no ataque.

"Entrou na escola com uma faca, fez uso de bombinhas no chão para assustá-las. Duas foram atingidas com cortes na cabeça, de forma leve, e uma foi atingida com cortes na região do tórax", relatou Zimmermann.

Os alunos esfaqueados são estudantes do 3º ano do ensino fundamental, conforme a Polícia Civil. Um espaço de acolhimento com profissionais foi estabelecido para oferecer suporte e assistência para alunos e familiares, informou a prefeitura.
"Estamos com toda a nossa equipe mobilizada, prestando apoio e assistência contínua a todas as famílias e à comunidade escolar neste período", diz comunicado da prefeitura. Leia abaixo.

A instituição de ensino tem 152 alunos. As aulas estão suspensas em toda a rede municipal por tempo indeterminado.


Adolescente é apreendido

O adolescente foi imobilizado pela população e apreendido pela polícia minutos após a ação. Ele tem 16 anos, conforme a Brigada Militar (BM).

Segundo o prefeito, ele teria entrado na escola pela porta da frente para entregar um currículo. O adolescente pediu para ir ao banheiro e invadiu uma sala de aula.

Investigação

O caso é investigado pela Polícia Civil. O adolescente foi conduzido até a Delegacia de Polícia de Getúlio Vargas, onde está sob custódia. Ele é morador do município e não possui antecedentes.

As motivações do ataque serão apuradas e devem ser esclarecidas. O adolescente fazia acompanhamento psiquiátrico havia mais de um ano.

Repercussões

O governador Eduardo Leite expressou solidariedade às famílias atingidas e à comunidade escolar, e afirmou que "o que aconteceu não pode ser naturalizado, relativizado ou esquecido".

"Nada é mais urgente do que garantir que nossas crianças estejam seguras. E nada é mais inaceitável do que a violência atravessar os muros de uma escola", publicou em uma rede social.

O ministro da Educação, Camilo Santana, informou que determinou o envio de uma equipe de psicólogas especializadas em situação de crise e violência extrema.

"À população, comunidade escolar e familiares das vítimas, meus sinceros sentimentos nesse momento de dor profunda", escreveu.

Nota da prefeitura de Estação

"A Administração Municipal de Estação informa que as aulas em todas as escolas da rede municipal de ensino estão suspensas por tempo indeterminado.

Estamos com toda a nossa equipe mobilizada, prestando apoio e assistência contínua a todas as famílias e à comunidade escolar neste período." G1

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