Técnico da seleção, Carlo Ancelotti é condenado a um ano de detenção por fraude fiscal na Espanha

Um tribunal espanhol condenou nesta quarta-feira (9) o técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, a um ano de prisão e a uma multa de 386 mil euros (cerca de R$ 2,5 milhões) por não pagar impostos sobre receitas de direitos de imagem durante sua primeira passagem pelo comando do Real Madrid.

Segundo comunicado da corte de Madri, a decisão refere-se 2014. Por ser inferior a dois anos e relacionada a um crime não violento, a sentença não deve obrigar Ancelotti a cumprir a pena dentro da prisão.

O italiano ainda foi absolvido de uma acusação semelhante relativa a 2015, já que o tribunal não conseguiu provar que ele havia permanecido tempo suficiente na Espanha para incorrer em obrigações fiscais, de acordo com o órgão. Ele se mudou para Londres depois que o Real Madrid o demitiu em maio de 2015.

“Naquele momento todos os jogadores e treinadores tinham, me parecia uma coisa correta”, disse Ancelotti, que acrescentou que teria partido do Real Madrid a proposta de receber 15% do valor acordado —6 milhões de euros (R$ 38 milhões) líquidos por quatro anos de contrato— em direitos de imagem.

“Quando o Madrid me sugere isso, eu coloco o Real Madrid em contato com meu assessor inglês. Nunca entro nisso porque nunca tinha recebido assim”, afirmou o então treinador do clube merengue, que ainda não se pronunciou após a divulgação da condenação.

Ancelotti foi apresentado como novo treinador do Brasil no final de maio deste ano após longa novela pela sua contratação. Após uma estreia em 0 a 0 contra o Equador, o novo comando carimbou a classificação da seleção à Copa do Mundo de 2026 ao vencer o Paraguai por 1 a 0, em São Paulo.

Procurada, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) afirmou que está acompanhando o caso e que o processo é conduzido pelo estafe pessoal do técnico. A assessoria de imprensa informou que não fará declarações no momento.

Folhapress

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