Rui Costa confirma presença em agenda do governador ao lado de Zé Cocá; ministro e prefeito sinalizam reconciliação

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), confirmou presença na agenda de quatro dias do governador Jerônimo Rodrigues (PT) em Jequié e região. A informação foi publicada mais cedo pela coluna Radar do Poder. O prefeito do município, Zé Cocá (PP), que tem sido procurado pelo governo para retornar à base aliada após migrar para a oposição em 2022, quando acompanhou a decisão do partido, vai recepcionar os caciques petistas.

A programação começa nesta quinta-feira (10) e vai até domingo (13), no modelo que o governador vem adotando de permanecer alguns dias em municípios do interior do Estado. Além de Jequié, a comitiva também passa por Dário Meira e Encruzilhada. Nos municípios, o chefe do Executivo estadual entrega equipamentos, visita obras, se reúne com lideranças e empresários e anuncia novos investimentos em saúde, educação, mobilidade, infraestrutura e segurança pública.

A convite do governador, Zé Cocá deve acompanhar Jerônimo e Rui Costa durante toda a agenda, inclusive fora de Jequié. Em janeiro deste ano, o prefeito, que é visto tanto pelo governo quanto pela oposição como um quadro político com força suficiente para integrar a chapa majoritária em 2026, foi recebido em audiência pelo chefe do Executivo estadual, em Salvador – o encontro demorou de ocorrer, pois havia sido solicitado pelo pepista ainda em 2023, primeiro ano da atual governo estadual.

Em meio aos assuntos institucionais e à promessa de investimentos do Estado em Jequié, a audiência marcou o início da reaproximação política entre Cocá e o governo depois que o prefeito rompeu a aliança com o PT para apoiar a candidatura de ACM Neto (União) ao Palácio de Ondina em 2022, sob a orientação do então vice-governador e presidente da legenda na Bahia, João Leão, atualmente deputado federal.

A viagem do governador a Jequié deve intensificar ainda mais esse movimento de reaproximação e, ainda, selar a paz entre Zé Cocá e Rui Costa – os dois, que se cumprimentaram rapidamente e se abraçaram na posse da nova diretoria da União dos Municípios da Bahia (UPB), no último dia 28, trocaram críticas duras públicas duras quando ocorreu o rompimento, no ano do último pleito estadual.

Zé Cocá, que exerce influência política direta ou indireta em mais de 40 municípios da região de Jequié, tem dito que o momento não é de tratar sobre 2026, mas sinaliza que, se o governador cumprir todos os investimentos prometidos com a Cidade do Sol, poderá integrar a base governista.

O prefeito vem atuando em sintonia com o presidente do PP baiano, o deputado federal Mário Negromonte Júnior, que é a favor da retomada do “casamento” com o PT no Estado e tem participado de agendas com Jerônimo, mesmo em meio às conversas em torno da criação de uma federação da sigla com o União Brasil.

Além disso, um dos principais aliados de Zé Cocá, o deputado estadual Hassan Iossef (PP), já está na base do governador, e tem atuado no sentido de levar o prefeito para a base aliada. O outro deputado estadual que representa Jequié na Assembleia Legislativa, Euclides Fernandes (PT), rompeu com o prefeito no pleito de 2024, ao optar por apoiar a candidatura derrotada do administrador Alexandre Iossef (PSD), lançado pelo deputado federal Antonio Brito (PSD) e que vem a ser irmão de Hassan.

Programação de Jerônimo

A programação de Jerônimo em Jequié e região tem início na quinta à tarde, com a inauguração do novo laboratório do Hospital Prado Valadares e visita ao Centro de Abastecimento Vicente Grilo (CEAVIG)

Na sexta-feira (11), o dia é dedicado a entregas e novos anúncios. Jerônimo inaugura a pavimentação da BA-130, no trecho entre o contorno de Jequié e a Avenida César Borges, entrega ambulância e equipamentos de saúde e autoriza obras como a urbanização do campus da Uesb, requalificação do Cravig, novas unidades básicas de saúde e recuperação do aeroporto municipal, um das principais demandas de Zé Cocá. Também será celebrado um convênio com a Prefeitura de Jequié para a implantação de uma usina fotovoltaica no Distrito de Irrigação da Fazenda Velha.

No final da tarde, o governador encerra a agenda do dia, onde visita o Centro Industrial de Jequié, para o qual Zé Cocá defende a requalificação, e participa de uma reunião sobre a Barragem da Pedra. No mesmo encontro, também haverá uma reunião com empresários locais e o lançamento da 44ª Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Jequié, além da 21ª Exposição Nacional.

O sábado (12) começa em Jequié, com a inauguração do Colégio Estadual de Tempo Integral Luís Navarro de Brito, e a entrega de 95 unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida Bahia, além da assinatura de ordens de serviço para investimentos estruturantes no município.

Na parte da tarde, a agenda segue em Dário Meira, com a entrega da nova sede do Colégio Estadual de Tempo Integral, autorização para a pavimentação da BA-558 e anúncios de licitação para 20 moradias populares, um centro comunitário e a obra de drenagem do Rio Gongoji, dentro do Novo PAC.

A maratona de compromissos termina no domingo (13), em Encruzilhada, com a entrega do Pelotão da polícia Militar, reforma do Campo Alternativo Jaime Alves Costa, da cobertura da feira livre Avelina Martins de Almeida e de pavimentações no Bairro Fortaleza. O governador também assina a autorização para restauração da BA-632, no trecho entre o entroncamento da BR-116 e o distrito de Inhobim.

Política Livre

PF e Forças de Segurança realizam a maior apreensão de cocaína dos últimos 15 anos no Tocantins

Porto Nacional/TO. A Polícia Federal e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Tocantins (FICCO/TO) realizaram na tarde desta terça-feira (8/4) a apreensão de mais de meia tonelada de cocaína na cidade de Porto Nacional/TO, resultando na prisão em flagrante de cinco indivíduos por tráfico internacional de drogas.

As equipes policiais efetuaram diligências na região de Porto Nacional visando à repressão ao tráfico de drogas, após obterem informações de que um grupo criminoso estaria atuando no recebimento e envio de grande quantidade de cocaína de origem estrangeira, a qual seria posteriormente distribuída no Tocantins e em outros Estados.
Durante as ações, os policiais abordaram uma carreta, na qual foram localizados mais de 565 kg de cloridrato de cocaína, ocasião em que o condutor do veículo recebeu voz de prisão em flagrante. Além disso, foram presos em flagrante outros três integrantes do grupo criminoso, em poder dos quais foram apreendidos veículos utilizados na prática criminosa, principalmente na logística do tráfico internacional de drogas.
Na operação também foram apreendidas cinco armas de fogo de uso restrito e de uso proibido, incluindo pistolas e carabinas com numeração suprimida e sem o devido registro legal.

Os suspeitos foram conduzidos à Superintendência Regional da Polícia Federal no Tocantins, sediada em Palmas, onde foi instaurado Inquérito Policial mediante Auto de Prisão em Flagrante. Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, além de posse ilegal de armas de fogo de uso restrito e de uso proibido.

A FICCO/TO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado - Tocantins) é composta pelas Polícias Federal, Civil, Militar e Penal do Estado do Tocantins.

Comunicação Social da Polícia Federal em Porto Nacional/TO

Governo do Estado nomeia 328 novos peritos para reforçar a Criminalística da Bahia

A turma é composta por peritos criminais, médico-legistas, odonto-legais e técnicos.

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia ganhou um reforço na noite desta terça-feira (8), com o anúncio da nomeação de 328 novos peritos. O governador Jerônimo Rodrigues, o vice-governador Geraldo Júnior, o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, e o diretor-geral do DPT, Osvaldo Silva, além de outras autoridades civis e militares, participaram da solenidade.

O anúncio foi feito pelo Governador e será publicado no diário oficial de amanhã (9).

“Com essa nomeação nós vamos dobrar o efetivo da Instituição” pontuou Jerônimo Rodrigues.

Essa é a segunda turma de formandos do DPT, composta por peritos criminais, médico-legistas, odonto-legais e técnicos. Em 2024, a instituição recebeu 483 novos servidores, que foram distribuídos em unidades da capital, da RMS e do interior do estado.

Os especialistas atuarão nos Institutos Identificação Pedro Mello, de Criminalística Afrânio Peixoto (ICAP), Laboratório Central de Polícia Técnica – LCPT e na Diretoria do Interior.

“O fortalecimento da Polícia Científica da Bahia é prioridade do Governo do Estado. Em pouco mais de dois anos foram contratados cerca de 900 novos peritos. O investimento na inteligência policial e na polícia científica ampliará os nossos índices de elucidação de crimes, contribuindo diretamente para a manutenção da paz e da ordem social”, destacou o secretário Marcelo Werner.

O novo diretor-geral do DPT, perito criminal Osvaldo Silva, frisou a importância da chegada desses novos profissionais. “Representa um importante reforço para a instituição e significa mais celeridade nos exames e na liberação dos laudos”, finalizou.

Texto: Ascom DPT

Avanço nas obras das casas populares em Ibirataia

Nesta quarta-feira (09), a Secretaria de Infraestrutura realizou visita técnica às obras das 61 casas populares em construção no município. As unidades habitacionais fazem parte do convênio com a CONDER e são destinadas às famílias atingidas pelas enchentes de 2021.
O objetivo da Prefeitura é garantir uma moradia digna e segura para quem mais precisa. Nesta sexta, haverá reunião com a CONDER para alinhar os próximos passos e viabilizar a conclusão das obras.

#IbirataiaAvança #MoradiaDigna #CasasPopulares #PrefeituraDeIbirataia

Feira de Santana avança no combate ao câncer com estrutura inédita no interior da Bahia

Centro de Oncologia do Hospital Mater Dei Emec se fortalece como referência regional com agilidade diagnóstica, terapias modernas e cuidado humanizado
Com uma população estimada em mais de 657 mil habitantes, segundo dados atualizados do IBGE, Feira de Santana segue se consolidando como centro estratégico da saúde no interior da Bahia. Um dos pilares dessa evolução é o fortalecimento contínuo do Centro de Oncologia do Hospital Mater Dei Emec, que amplia sua capacidade de resposta ao câncer com agilidade no diagnóstico, tecnologias atualizadas e uma abordagem humanizada e integrada.
Referência na região, o centro aprimora continuamente sua estrutura e fluxos assistenciais para oferecer aos pacientes oncológicos uma jornada mais eficiente e acolhedora. "Nosso compromisso é com a excelência no cuidado oncológico. Estamos cada vez mais preparados para garantir que o paciente tenha acesso rápido ao diagnóstico e ao tratamento adequado", destaca a médica oncologista Cintia Andrade Costa, coordenadora da unidade.

O Centro conta com equipe multiprofissional especializada, acesso a exames de imagem em tempo real, realização de biópsias com agilidade, terapias modernas como imunobiológicos e quimioterapia, além de suporte completo em pronto atendimento, internamento e UTI. Tudo isso alinhado aos princípios da Rede Mater Dei: resolutividade, presteza e humanização.

Outro diferencial da unidade é a integração entre as etapas do cuidado, reduzindo a fragmentação comum nos tratamentos oncológicos. Exames, discussões clínicas, decisões terapêuticas e início das terapias ocorrem de forma coordenada, o que não só acelera o processo como também diminui o impacto emocional para o paciente e sua família.

E, para fortalecer ainda mais essa jornada integrada, o Centro de Oncologia do Hospital Mater Dei Emec está passando por uma importante obra de expansão: a construção de um novo espaço ambulatorial dedicado exclusivamente ao atendimento oncológico. 

A novidade, que será entregue em breve, representa mais um passo rumo à excelência assistencial, com ambientes pensados para ampliar o conforto, a agilidade e a personalização no acompanhamento dos pacientes.

“Nosso modelo de assistência entende que o câncer não afeta só o corpo, mas a vida como um todo. É por isso que também atuamos com atenção ao bem-estar emocional, social e familiar dos pacientes”, completa a doutora Cintia, que também é professora na UEFS e na UNEX.

Com mais de 45 anos de atuação em Feira de Santana, o Hospital Mater Dei Emec reafirma sua missão de transformar vidas por meio da saúde. O constante aperfeiçoamento do Centro de Oncologia é mais uma prova de que a cidade se consolida como referência no combate ao câncer no interior da Bahia — agora com ainda mais preparo, integração e esperança.

Cinthya Brandão:  (71) 99964-5552

Carla Santana; (71) 99926-6898

Prefeita Laryssa Dias visita nova estrutura da AMBEV e reforça compromisso com o desenvolvimento de Ipiaú

Nesta terça-feira (08), a prefeita Laryssa Dias, acompanhada pelos secretários Daniel Dias (Desenvolvimento Econômico) e Marcos Miranda (Governo), visitou a nova estrutura da AMBEV em Ipiaú, que passa por um processo de ampliação e chega com um porte ainda maior no município.

Recebida por representantes da empresa, a comitiva municipal teve a oportunidade de conhecer de perto as melhorias implementadas e alinhar parcerias importantes para o crescimento da cidade. O encontro foi marcado por diálogo, troca de ideias e fortalecimento de laços institucionais.
A ampliação da unidade trará impactos positivos diretos para o município, com geração de novos empregos, movimentação econômica e iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável. A Prefeitura segue firme no propósito de atrair investimentos, criar oportunidades e transformar Ipiaú em uma cidade modelo.

Fernando Canuth / Decom PMI

Família morta esmagada no PR: motorista de caminhão que tombou estava drogado e não contou que havia vítimas, diz polícia

Carro com três corpos foi encontrado no dia seguinte ao acidente, durante remoção do caminhão. Caminhoneiro foi indiciado por homicídio e por conduzir veículo sob efeito de substância psicoativa. g1 tenta identificar defesa dele.

O motorista do caminhão que tombou em cima de um carro e matou uma família esmagada em Ortigueira, nos Campos Gerais do Paraná, foi indiciado por três homicídios qualificados e por conduzir veículo sob efeito de substância psicoativa.

O acidente aconteceu na véspera da virada de 2024 para 2025, na PR-340. As vítimas foram encontradas e descobertas apenas no dia seguinte, durante a remoção do veículo de carga do local. Relembre detalhes mais abaixo.

Segundo a Polícia Civil, isso aconteceu porque o homem não comunicou às autoridades que havia outro veículo envolvido no acidente. A equipe também afirma que ele estava dirigindo drogado e quase no dobro da velocidade permitida na via.

As investigações foram finalizadas nesta segunda-feira (7).

De acordo com o delegado João Paulo Martins Barreiro, o homem conhecia a estrada e manteve a alta velocidade mesmo estando em um trecho com declive acentuado. Ele transportava 35 toneladas de toras de madeira.

Para o policial, as imagens e dados da telemetria mostram que o motorista "ignorou as condições de risco, mesmo ciente das consequências" - o que caracteriza dolo eventual.

“O condutor trafegava a cerca de 75 km/h em uma curva sinalizada com limite de 40 km/h. Os laudos periciais apontam que o superaquecimento do sistema de freios, causado por condução inadequada — sem uso do freio motor e com marchas impróprias — comprometeu a capacidade de frenagem do veículo", afirma.

O delegado também ressalta que o laudo toxicológico realizado após o acidente indicou a presença de cocaína no organismo do homem.

"Imagens internas da cabine registraram comportamento anormal do motorista momentos antes do acidente, como gesticulações excessivas e condução com apenas uma das mãos", complementa.

O motorista foi indiciado por três homicídios qualificados, com dolo eventual e com a qualificadora de meio que resultou em perigo comum, além do crime de conduzir veículo sob efeito de substância psicoativa.
Ele teve a suspensão da habilitação para condução de veículos, decretada judicialmente dentre outras medidas cautelares diversas da prisão.

O nome do homem não foi revelado. O g1 tenta identificar a defesa dele.

Relembre o acidente
Por Millena Sartori, g1 PR — Ponta Grossa

Alta nas receitas infla espaço para estados e municípios se endividarem mais


O aumento das receitas de estados e municípios, inclusive via transferências recebidas da União, ajudou a inflar o espaço que governadores e prefeitos têm para contratar novos empréstimos. O dinheiro irriga os cofres regionais no curto prazo, mas gera uma dívida a ser paga no futuro —compromisso que, não raro, recai sobre seus sucessores.

Como não há garantia de que as receitas se sustentarão de forma permanente, há risco de desequilíbrios na hora de quitar as parcelas.

A distorção decorre de uma portaria do Tesouro Nacional que determina como é calculado o chamado espaço fiscal, indicador de limite de crédito para os entes subnacionais. Esse valor é uma proporção da RCL (receita corrente líquida), que tem subido com o crescimento da arrecadação tributária e de transferências federais, inclusive emendas parlamentares.

Estudo do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) antecipado à Folha mostra que a combinação da regra com o momento de alta nas receitas impulsionou o espaço fiscal e também a tomada de novos financiamentos.

No ano passado, segundo o estudo, o Tesouro autorizou R$ 48,9 bilhões em operações de crédito para estados e municípios, a maior parte delas com garantia da União (que honra os pagamentos em caso de inadimplência). Em 2023, foram R$ 46,4 bilhões em novos contratos, em valores já atualizados pela inflação.

Os montantes contratados são bem menores do que os recordes históricos. Eles foram observados durante o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), quando a flexibilização das garantias fez jorrar empréstimos para estados em péssimas condições financeiras. Em 2013 e 2014, foram liberados em média R$ 78 bilhões ao ano, em cifras atualizadas.

Mesmo assim, o estudo aponta que os valores atuais representam mais do que uma normalização após um período de limites reduzidos. Entre 2016 e 2022, a média anual ficou em R$ 18 bilhões.

“Como a receita está crescendo muito, o espaço fiscal que está sendo aberto é muito grande para contratar operação de crédito. Isso reflete bem a situação fiscal dos estados e dos municípios? Eu acho que não. É um problema que deveria ser discutido”, afirma o economista Manoel Pires, coordenador do Centro de Política Fiscal e Orçamento Público do FGV Ibre. Ele assina o estudo com a economista Isabela Duarte Kelly e o assistente de pesquisa Giosvaldo Teixeira Júnior, também do FGV Ibre.

A metodologia do espaço fiscal foi criada em 2018 após os desequilíbrios gerados pela política de crédito do governo Dilma. O objetivo era eleger um parâmetro objetivo para definir o limite de cada ente, até então negociado caso a caso e sujeito a intervenções políticas. A RCL virou referência porque estados e municípios não podem emitir dívida própria e precisam custear suas despesas com o fluxo de caixa.

A portaria do Tesouro diz que o espaço fiscal pode ir de zero até 6% da RCL, a depender da saúde financeira do ente. Os melhores ainda podem ganhar um bônus de 0,25% a 1% adicional para cada meta cumprida no âmbito de seus planos de ajuste.

O problema, segundo Pires, é que uma RCL maior neste momento não garante que haverá recursos necessários no futuro para honrar as prestações. “O ente tem receita hoje, mas vai pagar a dívida no ano que vem. Precisa ter espaço fiscal no ano que vem, não agora”, alerta.

A Folha procurou o Tesouro Nacional ao longo de duas semanas para falar sobre o tema, mas o órgão se limitou a enviar respostas por escrito.

Para o Tesouro, a RCL “não é definidora da possibilidade ou não de tomada de operações de crédito”. No agregado, afirma o órgão, o espaço fiscal considera as projeções fiscais para o exercício.

“No critério individual, são levados em consideração a disponibilidade de caixa, a poupança corrente e o endividamento”, diz. A resposta, porém, não explicita que essas variáveis costumam ser medidas como proporção da RCL —ou seja, quando ela sobe, há uma percepção de melhora fiscal que pode interferir nos limites de crédito.

No último ciclo de avaliação desses critérios, 11 estados melhoraram sua nota, inclusive o Rio de Janeiro, que sustenta uma das maiores dívidas com a União, paga parcelas reduzidas graças à proteção do RRF (Regime de Recuperação Fiscal) e foi um dos mais atuantes em defesa do socorro recém-aprovado pelo Congresso. Mesmo assim, a nota ainda não permite contratar novos financiamentos.

Apenas um estado (Acre) teve a classificação reduzida. O Tesouro diz ter como objetivo “manter acesso a crédito a entes que possuem capacidade de pagamento” e afirma não vislumbrar crise nos entes subnacionais, que apresentam indicadores “em níveis saudáveis no agregado”. Para o órgão, “eventuais problemas pontuais” decorrem de decisões locais.

Manoel Pires avalia que o sistema hoje está mal calibrado e permite uma discricionariedade excessiva: basta uma nova portaria do Tesouro Nacional para mexer nos critérios. “Se o governo quer ver essas operações como algo negativo, ele pode retrair bastante. E um governo que vê isso com outro olhar pode ser mais flexível e acelerar.”

A título de exemplo, em abril do ano passado, o Tesouro decidiu dobrar o bônus concedido a estados em 2024 com base nas metas atingidas em 2023, ano que já havia se encerrado.

A RENEGOCIAÇÃO DO PROPAG
A recente guinada na política de crédito para estados e municípios preocupa pelo risco de deterioração nas contas subnacionais e elevação da dívida pública. Mas outra medida, gestada no Executivo e turbinada pelo Congresso, também pode abrir espaço para aumento de gastos: o Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados).

A renegociação das dívidas com o Tesouro permite cortar de 4% para 0% o juro real dos contratos e ainda reduzir a correção monetária. Na prática, a União pode abrir mão de até R$ 1,3 trilhão em receitas financeiras até 2048.

Ao fazer isso, o governo federal libera espaço nos orçamentos estaduais para que eles contratem outras despesas, o que pode pressionar as contas no futuro.

O fiel da balança será São Paulo. Detentor da maior dívida, o estado pode deixar de repassar R$ 412 bilhões à União até 2047, segundo projeções do Tesouro. Até metade do valor iria para um fundo de equalização, a ser repartido com os demais entes.

Por isso, estados como Espírito Santo afirmam que sua adesão vai depender de São Paulo. Sem o embarque do principal devedor (e maior provedor do fundo), a renegociação seria pouco vantajosa.

O governo paulista foi procurado ao longo de duas semanas, mas não respondeu. Outros endividados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, dizem aguardar a apreciação dos vetos presidenciais, que barraram algumas vantagens adicionais.

Há aqueles que já sinalizaram desinteresse. O governo do Paraná diz que o programa não se alinha ao planejamento do estado. Tocantins afirma que não vai aderir e criticou o “ganho para quem não fez em determinado momento a tarefa de casa”.

Idiana Tomazelli/Folhapress

Polícia Civil deflagra operação para desarticular organização criminosa envolvida com rifas ilegalidades; policial influencer foi preso

A Polícia Civil da Bahia deflagrou, nesta quarta-feira (9), a Operação Falsas Promessas 2, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa com atuação em lavagem de dinheiro oriundo de rifas ilegais. Um casal foi preso nas primeiras horas das ações em um condomínio de luxo, localizado na Estrada do Côco, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Cinco policiais, entre eles o influenciador Alexandre Tchaca Tchaca, também foram alvos de prisões presos na Operação.

A ação conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), ocorre em Salvador, (RMS) e outras cidades do interior do estado. Dezenas de mandados judiciais, além de medidas cautelares diversas da prisão são cumpridos.

As investigações apontam que o grupo utilizava redes sociais para divulgar rifas de alto valor, com resultados manipulados para beneficiar integrantes da organização. Empresas de fachada e pessoas interpostas eram utilizadas para ocultar a origem dos valores ilícitos.

Participam da operação cerca de 300 policiais civis, com o apoio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC), da Coordenação de Operações de Polícia Judiciária, do Departamento de Homicídios e Proteção à pessoa( DHPP), do Departamentos de Polícia do Interior (Depin) , do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), do Departamento de e Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV), do Departamento de Inteligência Policial (DIP), além do acompanhamento da Corregedoria da Polícia Militar.

Política Livre

Entenda o que pesa sobre Juscelino Filho e próximos passos da denúncia da PGR

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), decidiu pedir demissão do cargo nesta terça-feira (8) após ser denunciado da PGR (Procuradoria-Geral da República) por supostos crimes relacionados ao desvio de emendas parlamentares.

O deputado federal eleito pelo Maranhão estava licenciado do cargo no Legislativo para ocupar a Esplanada dos Ministérios.

Segundo a Polícia Federal, Juscelino integrou uma organização criminosa que subtraiu recursos de obras de pavimentação custeadas com verba da Codevasf, estatal federal irrigada com emendas de relator durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL).

O processo está sob a relatoria do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino e corre sob sigilo. Agora, caberá à corte decidir se o ministro vira réu. É a primeira denúncia da PGR contra um integrante do governo Lula (PT).

Para a PF, há suspeita de crimes como participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação. Em nota, o deputado licenciado disse ser inocente e afirmou que o oferecimento da denúncia não implica culpa e não “pode servir de instrumento para o MP [Ministério Público] pautar o país”.

Entenda o que pesa contra Juscelino Filho e quais são os próximos passos da denúncia da PGR:

Histórico do caso
As suspeitas sobre o titular das Comunicações envolvem irregularidades em obras executadas em Vitorino Freire (300 km de São Luís), governada por Luanna Rezende, irmã de Juscelino, e financiadas por emendas parlamentares do ministro quando ele exercia o mandato de deputado.

Segundo relatório da CGU (Controladoria-Geral da União), 80% da estrada custeada pelas emendas do ministro beneficiou propriedades dele e da família. A intervenção custou R$ 7,5 milhões e foi viabilizada pela Construservice, que tinha Eduardo José Barros Costa, o Eduardo DP, como sócio oculto.

Ele passou a ser investigado após a PF encontrar mensagens entre ele e Eduardo DP no celular do empresário apreendido em uma operação. Como revelou a Folha, as mensagens mostram diálogos do empresário e de Juscelino sobre a execução de obras e a destinação das emendas.

Essa investigação teve início após a Folha revelar, em 2022, que a Construservice, então vice-líder em licitações da Codevasf, tinha utilizado laranjas para participar das concorrências públicas e tinha como sócio oculto Eduardo DP.

O jornal O Estado de S. Paulo também noticiou a destinação de R$ 5 milhões das emendas de relator para asfaltar estrada de terra em frente à fazenda do titular das Comunicações, com parecer assinado por engenheiro da Codevasf indicado pelo grupo político de Juscelino, além de contratos com empresas de amigos em Vitorino Freire.

Crimes supostamente cometidos
Ao longo da apuração, a PF mapeou três caminhos utilizados para desviar valores de contratos da Codevasf para o hoje ministro de Lula.

Os caminhos citados na investigação envolvem a pavimentação de estrada que beneficiava propriedades dele, as indicações de pagamentos a terceiros e a contratação de uma empresa que a PF suspeita ser do próprio Juscelino.

Ele foi indiciado pela corporação em 12 de junho do ano passado sob suspeita de participar de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação.

Rito processual e próximos passos
Com a denúncia em mãos, o ministro Flávio Dino, relator do caso, deve elaborar um voto, recomendando a admissão ou não das acusações. Como o caso é penal, ele deve ir à Primeira Turma do Supremo, composta por, além de Dino, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux.

Se a maioria for a favor da aceitação da denúncia, Juscelino se torna réu e se inicia o processo penal propriamente dito —antes, ocorria apenas a fase de investigação.

A primeira etapa é a instrutória, quando são colhidas mais provas e novos depoimentos, indicados tanto pela acusação quanto pela defesa, são realizados. Depois, a Primeira Turma da corte decidirá pela condenação ou absolvição. Ao fim, as partes podem apresentar recursos à decisão.

Implicações políticas
O chefe das Comunicações decidiu pedir demissão do cargo após a formalização da denúncia. A decisão, tomada por ele em conversa com integrantes do seu partido, foi anunciada a aliados na tarde desta terça.

O próprio Lula já havia afirmado no ano passado, quando Juscelino foi indiciado pela PF, que o afastaria caso ele fosse denunciado pela PGR.

Como a Folha mostrou, ministros falavam em uma expectativa de que Juscelino tomasse a iniciativa de deixar o cargo. Interlocutores do presidente diziam ainda que o movimento de Juscelino deixar o cargo livra o petista de constrangimentos.

O que diz Juscelino
Em nota, os advogados do ministro, Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, dizem que ele não foi notificado até o momento sobre a denúncia, mas que reafirma sua inocência e entende que a formalização da acusação “não implica em culpa nem pode servir de instrumento para o MP pautar o país”.

A nota também diz que o ministro confia no STF e que a corte rejeitará a peça acusatória, afirmando haver falta de provas.

A nota também afirma que o caso não possui relação com a atuação de Juscelino à frente do Ministério das Comunicações e que, como deputado, ele “limitou-se a indicar emendas parlamentares para custear a realização de obras em benefício da população”.

Folhapress

TRE-GO decide reverter decisão de 1ª instância e mantém Caiado elegível


O TRE-GO (Tribunal Regional Eleitoral de Goiás) decidiu, nesta terça-feira (8), reverter decisão da primeira instância da Justiça Eleitoral, que tinha declarado a inelegibilidade do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), por oito anos.

Último a se pronunciar, o presidente da corte, Luiz Cláudio Veiga Braga, disse que acompanhava os demais magistrados da corte, “afastando a punição que fora empregada sem nenhuma razoabilidade, nos extremos mais descabidos, para jogar ou trazer a solução para seu devido trilho”. Cabe recurso à decisão ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Em dezembro do ano passado, a juíza eleitoral Maria Umbelina Zorzetti tinha condenado Caiado e o prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), por abuso de poder político, com a consequente inelegibilidade de ambos por oito anos.

Caiado, que é pré-candidato à Presidência da República em 2026, promoveu no Palácio das Esmeraldas, sede do Executivo de Goiás, dois jantares com o objetivo de angariar apoio a Mabel em 2024.

Os encontros com vereadores eleitos, não eleitos e outros líderes políticos da cidade ocorreram logo após o resultado do primeiro turno, que levou para a segunda etapa Mabel e o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL), nome apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Braga acrescentou ainda que a corte reconhecia que houve “uma indevida conclamação para exploração política do ambiente do palácio”, mas afastou as punições de cassação de registro de candidatura e inelegibilidade pelo prazo de 8 anos.

Após a decisão de primeira instância, o governador havia feito pronunciamento negando ter feito encontros eleitorais no palácio. Segundo ele, os jantares tiveram o objetivo de alertar os vereadores eleitos da situação de caos na capital do estado na área da saúde.

“Reuni vereadores em uma reunião institucional, de poder, para tratar de um assunto extremamente delicado naquele momento, que é o colapso da máquina do governo. Não foi uma reunião com o intuito de fazer campanha eleitoral, mas de procurar soluções para essa realidade que Goiânia vive hoje”, disse Caiado.

Ele lançou sua pré-candidatura à Presidência na última sexta-feira (4), com críticas ao presidente Lula (PT), sinalizações de independência em relação a Bolsonaro e um discurso com foco na segurança pública.

Cerca de 5.000 pessoas foram mobilizadas para o ato, incluindo mais de cem prefeitos de cidades de Goiás. Parte dos apoiadores vestia camisas nas cores verde e amarela e a frase “Caiado, coragem para endireitar o Brasil”.

Renata Galf/Folhapress

Em meio a avanço da federação com o União Brasil, presidente do PP da Bahia vira vice-líder do governo Lula na Câmara Federal


Presidente do PP na Bahia, o deputado federal Mário Negromonte Júnior assumiu nesta terça-feira (8) o posto de vice-líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara Federal. A escolha acontece em meio ao avanço das negociações nacionais envolvendo a criação de uma federação entre os pepistas e o União Brasil.

Em rápido discurso no plenário, Mário Júnior afirmou que vai somar forças com o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), com o objetivo de articular “projetos que venham a ajudar o desenvolvimento econômico e as pessoas que mais precisam na Bahia e no Brasil”.

O parlamentar baiano faz parte da ala da sigla que prega o apoio a Lula, ao contrário do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), integrante da oposição e um dos principais defensores da federação com o União Brasil, partido também dividido no Congresso Nacional no posicionamento em relação ao Palácio do Planalto – apesar da ambiguidade, as duas legendas ocupam, inclusive, ministérios.

Mário Júnior é contra a formação da federação e tem sinalizado ser favorável a uma reaproximação entre o PP e o PT também na Bahia, na contramão da atuação política dos principais caciques do União Brasil no Estado.

Política Livre

Juscelino Filho, ministro de Lula, decide pedir demissão após denúncia da PGR

Foto: Kayo Sousa/Divulgação/Ministério das Comunicações/Arquiv
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, decidiu pedir demissão do cargo nesta terça-feira (8), após ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), sob suspeita de corrupção passiva e de outros crimes relacionados ao desvio de emendas. Juscelino é deputado federal licenciado, eleito pelo União Brasil do Maranhão.

A decisão, tomada por ele em conversa com integrantes do seu partido, foi anunciada a aliados nesta tarde. O próprio presidente já havia afirmado no ano passado, quando o ministro foi indiciado pela Polícia Federal, que afastaria Juscelino caso ele fosse denunciado pela PGR.

Como a Folha mostrou, ministros do governo falavam em uma expectativa de que Juscelino tomasse a iniciativa de deixar o cargo para se defender no exercício do mandato de deputado federal. Interlocutores do presidente da República diziam ainda que o movimento de deixar o cargo, partindo de Juscelino, livra o petista de constrangimentos.

A saída do ministro também era esperada por integrantes da cúpula da Câmara dos Deputados e até mesmo por aliados do político.

Apesar disso, integrantes do governo e aliados do ministro diziam que esse movimento teria de ser feito de forma acordada, para evitar qualquer ruído na relação do Executivo com o União Brasil. O partido tem a terceira maior bancada na Câmara (com 59 deputados), além de 7 senadores, sendo um deles o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP).

Há uma expectativa entre interlocutores de Lula e parlamentares que a saída de Juscelino pode destravar uma nova etapa da reforma ministerial do petista.

Nesta terça (8), Juscelino foi denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela PGR. O processo está sob a relatoria do ministro Flávio Dino e corre sob sigilo. Caberá ao Supremo decidir se aceita a denúncia e se ele vira réu. É a primeira denúncia da PGR contra integrante do governo Lula.

Após a denúncia da PGR, o ministro disse, em nota, que é inocente e afirma que o oferecimento da denúncia não implica em culpa e não “pode servir de instrumento para o MP [Ministério Público] pautar o país”.

O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, divulgou nota à imprensa reiterando o apoio do partido a Juscelino e dizendo que a sigla “permanece ao lado do ministro”. “Seguimos confiando na seriedade e competência do ministro Juscelino Filho, que tem exercido seu trabalho à frente do Ministério das Comunicações com comprometimento e resultados concretos para a população brasileira”, diz a nota.

Juscelino foi indiciado pela PF em 12 de junho do ano passado sob suspeita de participar de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação.

A PF concluiu que Juscelino integrou uma organização criminosa que desviou recursos de obras de pavimentação custeadas com dinheiro público da estatal federal Codevasf.

As suspeitas envolvem irregularidades em obras executadas em Vitorino Freire (MA), cidade que era governada por Luanna Rezende, irmã do ministro, e bancadas por emendas parlamentares indicadas pelo ministro de Lula no período em que ele exercia o mandato de deputado federal.

Um dos elementos utilizados pela PF é um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) sobre uma das obras ter beneficiado propriedades da família do ministro.

A investigação teve início para as apurar suspeitas de desvios em obras da Codevasf, em especial as realizadas pela empresa Construservice, cujo sócio oculto, aponta a PF, é o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP.

Folhapress

Ex-presidente da Câmara de Santo Amaro sofre representação ao MPE


Na sessão desta terça-feira (08/04), os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios acataram denúncia apresentada contra o ex-presidente da Câmara de Santo Amaro, Herden Cristiano do Amaral Bouças, em razão de irregularidades nas despesas realizadas com o fornecimento de tickets combustível durante o exercício de 2019. O conselheiro Nelson Pellegrino, relator do processo, determinou a formulação de representação ao Ministério Público Estadual, para que seja apurada a prática de ato de improbidade administrativa pelo gestor.

Foi determinado, ainda, o ressarcimento aos cofres municipais da quantia de R$115.063,00, com recursos pessoais do denunciado, e imputada uma multa no valor de R$2 mil pela irregularidade.

A denúncia foi formulada pelo vereador Nelson da Silva Coelho, que considerou irrazoável o montante gasto pela Câmara de Santo Amaro – no total de R$115.063,00 – com o fornecimento de tickets de combustível em 2019. Segundo o vereador, seria necessário percorrer mais de 350.000 km para justificar essa despesa, vez que a frota do Legislativo era composta por apenas dois veículos próprios e quatro alugados.

Também não foram apresentados pelo ex-presidente a planilha de controle de frota, onde consta todas as informações dos veículos, motoristas, datas das viagens, destino, quilometragens, os vereadores que utilizaram os veículos e quantidade de litros abastecidos.

O conselheiro Nelson Pellegrino afirmou, em seu voto, que diversos processos de pagamento foram instruídos sem as respectivas planilhas de medição, que são os documentos responsáveis pela demonstração da fiscalização e do controle do abastecimento dos veículos da frota municipal. Esse descontrole, durante toda a execução contratual, provocou uma divergência a menor injustificada – no valor de R$63.261,45 – entre os valores constantes dos processos de pagamento e aqueles registrados no sistema SIGA, do TCM, o que comprova a irregularidade apontada na denúncia.

Cabe recurso da decisão.

Contas de mais seis prefeituras são aprovadas

Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, na sessão desta terça-feira (08/04), recomendaram às câmaras de vereadores a aprovação com ressalvas das contas de mais seis prefeituras baianas, todas relativas ao exercício de 2023.

As contas que receberam o parecer prévio pela aprovação são dos municípios de Caém, sob a responsabilidade de Arnaldo de Oliveira Filho; de Canápolis, de Reginaldo de Souza Pereira; de Nova Itarana, em que Antônio Dannilo Italiano de Almeida fora o responsável; de Quixabeira, na gestão de Reginaldo Sampaio Silva; de Vera Cruz, que teve como gestor Marcus Vinicius Marques Gil; e de Xique-Xique, de Reinaldo Teixeira Braga Filho.

Após a aprovação dos votos, os conselheiros relatores imputaram multas – através de Deliberações de Imputação de Débitos – nos valores de R$1 mil (Nova Itarana e Vera Cruz), R$2 mil (Canápolis e Xique-Xique) e R$3 mil (Quixabeira). E, pela pouca relevância das ressalvas imputadas às contas de Caém, o gestor não foi penalizado com a indicação de multa pela relatoria.

Cabe recurso das decisões.

ANTT dá início ao processo para nova concessão da BRs 116 e 324 com realização de audiências públicas

Nos dias 5, 6 e 8 de maio, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realiza audiências públicas na Bahia para tratar sobre a nova concessão da BR-116 e da BR-324, trecho de 663 km que está sob administração da Via Bahia. Os encontros acontecerão em Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista.

O objetivo é colher sugestões e contribuições às minutas de edital e contrato, ao Programa de Exploração da Rodovia e aos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, que visa à concessão para exploração do lote rodoviário. Uma quarta audiência será realizada em Brasília, no dia 16.

Com o encerramento do contrato com a empresa Via Bahia, o trecho da concessão volta a ser administrado pelo Governo Federal a partir do dia 15 de maio. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, explicou que até a escolha da nova empresa concessionária, o DNIT assume os serviços de manutenção da rodovia.

“Pedi ao ministro Renan Filho que entre com força total, para dar uma trafegabilidade, para consertar essa buraqueira e para diminuir o risco nas duas estradas. Nós vamos tentar concluir toda a licitação e contratar a nova empresa ainda esse ano”, afirmou Rui Costa.

Os documentos e as demais orientações referentes à Audiência Pública estão disponíveis no Sistema ParticipANTT (https://participantt.antt.gov.br/public), no local destinado à Audiência Pública nº 02/2025. Outras informações e esclarecimentos poderão ser obtidos pelo e-mail ap002_2025@antt.gov.br.

Jerônimo envia projeto ambiental à Assembleia, mas pedido de urgência esvazia debate nas comissões


O governador Jerônimo Rodrigues (PT) enviou à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) um projeto de lei que cria a Política e o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA e PEPSA). A proposta prevê incentivos, em dinheiro ou não, para pessoas e comunidades que prestam serviços em prol da preservação ambiental, como a conservação de florestas, mananciais e solos, além da atuação de catadores de materiais recicláveis e brigadistas voluntários contra incêndios florestais.

A medida, segundo o governo, busca fortalecer a sustentabilidade, combater a degradação ambiental, promover a inclusão social no campo e na cidade, e valorizar conhecimentos tradicionais.

Na mensagem, o governador pede ao Legislativo que o texto tramite em regime de urgência, o que, se acatado, impede a discussão técnica da matéria nas comissões temáticas da Casa, em especial a de Meio Ambiente, presidida pelo deputado José de Arimateia (Republicanos), integrante da bancada de oposição.

O texto ainda cria um Comitê Gestor, sob a coordenação da Casa Civil, para definir critérios e regras dos pagamentos, com participação de diversas secretarias estaduais. Pessoas físicas ou jurídicas interessadas poderão aderir ao programa e cadastrar projetos ambientais no Estado. Se aprovado, o projeto pode colocar a Bahia entre os estados pioneiros em políticas públicas de pagamento por serviços ambientais.

Juscelino Filho, chefe das Comunicações de Lula, é denunciado pela PGR em caso de desvio de emenda


O ministro das Comunicações do governo Lula (PT), Juscelino Filho, foi denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela PGR (Procuradoria-Geral da República) no inquérito em que havia sido indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de corrupção passiva e de outros crimes relacionados ao desvio de emendas no período em que era deputado federal.

O processo está sob a relatoria do ministro Flávio Dino e corre sob sigilo. Caberá ao Supremo decidir se aceita a denúncia e se ele vira réu. É a primeira denúncia da PGR contra integrante do governo Lula.

Juscelino é deputado federal pelo União Brasil do Maranhão. Está licenciado do mandato para exercer o cargo de ministro.

Ele foi indiciado pela PF em 12 de junho do ano passado sob suspeita de participar de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação.

Na época, Lula afirmou que ele seria afastado do cargo de ministro caso fosse denunciado pela PGR.

Em nota, Juscelino disse que é inocente e afirma que o oferecimento da denúncia não implica em culpa e não “pode servir de instrumento para o MP [Ministério Público] pautar o país”.

A PF concluiu que Juscelino integrou uma organização criminosa que desviou recursos de obras de pavimentação custeadas com dinheiro público da estatal federal Codevasf.

As suspeitas envolvem irregularidades em obras executadas em Vitorino Freire (MA), cidade que era governada por Luanna Rezende, irmã do ministro, e bancadas por emendas parlamentares indicadas pelo ministro de Lula no período em que ele exercia o mandato de deputado federal.

Um dos elementos utilizados pela PF é um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) sobre uma das obras ter beneficiado propriedades da família do ministro.

A investigação teve início para as apurar suspeitas de desvios em obras da Codevasf, em especial as realizadas pela empresa Construservice, cujo sócio oculto, aponta a PF, é o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP.

Juscelino passou a ser investigado após a PF encontrar mensagens entre ele e Eduardo DP no celular do empresário apreendido em uma operação. As mensagens mostram diálogos do empresário e de Juscelino sobre a execução de obras e a destinação das emendas.

Segundo relatório da PF, as mensagens analisadas no inquérito reforçam a “atuação criminosa de Juscelino Filho” e demonstram que a “sua função na Orcrim (organização criminosa) era conhecida por todos os membros” do suposto grupo chefiado por Eduardo DP.

“Resta cristalina a relação criminosa pactuada entre Juscelino Filho e Eduardo DP”, diz trecho de um relatório da PF. De acordo com o documento em que a PF pediu busca contra Juscelino Filho, o grupo do ministro foi responsável por “suposto desvio ou apropriação e uso indevido de, no mínimo, R$ 835,8 mil”.

Ao longo da apuração, a PF mapeou três caminhos utilizados para desviar valores de contratos da Codevasf para o hoje ministro de Lula.

Os caminhos citados na investigação envolvem a pavimentação de estrada que beneficiava propriedades dele, as indicações de pagamentos a terceiros e a contratação de uma empresa que a PF suspeita ser do próprio Juscelino.

Em nota, os advogados do ministro, Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, dizem que ele não foi notificado até o momento sobre a denúncia.

“O ministro reafirma sua total inocência e destaca que o oferecimento de uma denúncia não implica em culpa nem pode servir de instrumento para o MP pautar o país. O julgamento cabe ao Supremo Tribunal Federal, em quem Juscelino Filho confia que rejeitará a peça acusatória diante da sua manifesta ausência de provas”, diz a nota.

“Aliás, essa é a melhor oportunidade para se colocar um fim definitivo a essa maratona de factoides que vem se arrastando por quase tês anos, com a palavra final da instância máxima do Poder Judiciário nacional”.

A nota também afirma que o caso não possui relação com a atuação de Juscelino à frente do Ministério das Comunicações e que, como deputado, ele “limitou-se a indicar emendas parlamentares para custear a realização de obras em benefício da população”.

“Os processos de licitação, execução e fiscalização dessas obras são de competência exclusiva do Poder Executivo, não sendo responsabilidade do parlamentar que indicou os recursos”.

José Marques/Folhapress

AUDIÊNCIA PÚBLICA: Planejar o saneamento é cuidar da saúde, do meio ambiente e do futuro da nossa cidade.

 AUDIÊNCIA PÚBLICA

Planejar o saneamento é cuidar da saúde, do meio ambiente e do futuro da nossa cidade.

A Prefeitura de Ibirataia convida toda a população para participar da Audiência Pública sobre o Plano Municipal de Saneamento Básico, em parceria com a UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São Francisco.

Este é um momento essencial para ouvir a comunidade e construir, de forma participativa, um plano que garanta água de qualidade, coleta de esgoto, gestão dos resíduos sólidos e drenagem urbana eficiente.

Data: 11 de abril

Horário: 14h às 16h

Local: Câmara Municipal de Ibirataia

A sua participação faz a diferença na construção de uma Ibirataia mais justa, saudável e sustentável!

#SaneamentoÉPrioridade#PlanejamentoComParticipação#PrefeituraDeIbirataia #AudiênciaPública

Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza tem início com foco nos grupos prioritários

Teve início nesta segunda-feira (7) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. A ação tem como principal meta imunizar pelo menos 90% dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, como forma de reduzir complicações, internações e óbitos decorrentes da gripe.

Em Ipiaú, a vacina está disponível em todos os postos de saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h.

Fazem parte do público-alvo crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos com 60 anos ou mais e gestantes. Também podem receber a dose da vacina:

Trabalhadores da saúde;

Puérperas (até 45 dias após o parto);

Professores dos ensinos básico e superior;

Povos indígenas;

Pessoas em situação de rua;

Profissionais das forças de segurança e de salvamento;

Profissionais das Forças Armadas;

Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);

Pessoas com deficiência permanente;

Caminhoneiros;

Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);

Trabalhadores portuários;

Funcionários do sistema prisional;

População privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

A vacina contra a gripe é segura, gratuita e está disponível nas unidades de saúde públicas. Segundo especialistas, a imunização é fundamental para proteger a população mais vulnerável, especialmente durante os períodos de maior circulação do vírus.

Para receber a vacina, é necessário apresentar um documento de identificação e, quando possível, um comprovante que ateste o pertencimento a um dos grupos prioritários.

Fernando Canuth / Decom PMI

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