Hungria decide se retirar do Tribunal Penal Internacional após chegada de Netanyahu ao país

Premiê de Israel tem mandado de prisão expedido pelo TPI por de crimes de guerra em Gaza. Líder húngaro havia informado que não respeitaria decisão para prender Netanyahu.
O governo da Hungria decidiu se retirar do Tribunal Penal Internacional (TPI) nesta quinta-feira (3), de acordo com a agência de notícias Reuters. A decisão foi divulgada pelo governo pouco depois de o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, ter chegado ao país para uma visita oficial.

O líder israelense tem um mandado de prisão em aberto expedido pelo TPI por alegações de crimes de guerra na Faixa de Gaza. Netanyahu foi convidado pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que já havia dito que não cumpriria o mandado do TPI.

Israel nega as acusações do tribunal, dizendo que são politicamente motivadas e alimentadas por antissemitismo. O país afirma que o TPI perdeu toda a legitimidade ao emitir os mandados contra um líder democraticamente eleito de um país que exerce o direito de defesa própria.

Como membro fundador do TPI, a Hungria teoricamente seria obrigada a prender e entregar qualquer pessoa sujeita a um mandado do tribunal, mas Orbán, além de deixar claro que a Hungria não respeitaria a decisão, a chamou de "descarada, cínica e completamente inaceitável".

A Hungria assinou o documento fundador do TPI em 1999 e o ratificou em 2001, mas a lei nunca foi promulgada.

Gergely Gulyas, chefe de gabinete de Orbán, disse em novembro que, embora a Hungria tenha ratificado o Estatuto de Roma do TPI, ele "nunca foi incorporado à legislação húngara", o que significa que nenhuma medida do tribunal pode ser executada dentro da Hungria.

Nesta quinta-feira, Gulyas informou à agência de notícias estatal MTI que o governo iniciará o processo de retirada ainda hoje. Orbán havia levantado a possibilidade de a Hungria sair do TPI após o presidente dos EUA, Donald Trump, impor sanções ao procurador do tribunal, Karim Khan, em fevereiro.

"É hora de a Hungria revisar o que estamos fazendo em uma organização internacional que está sob sanções dos EUA", disse Orban no X (anteriormente Twitter) em fevereiro.

O projeto de lei para iniciar o processo de retirada de um ano do TPI provavelmente será aprovado pelo parlamento da Hungria, que é dominado pelo partido Fidesz de Orbán.

Netanyahu tem desfrutado de forte apoio de Orbán ao longo dos anos, um aliado importante que já esteve disposto a bloquear declarações ou ações da União Europeia críticas a Israel no passado.

Mandado de prisão

Segundo a agência, os juízes do TPI disseram ao emitir o mandado que havia motivos razoáveis para acreditar que Netanyahu e seu ex-chefe de defesa eram criminalmente responsáveis por atos, incluindo assassinato, perseguição e fome como arma de guerra, como parte de um "ataque amplo e sistemático contra a população civil de Gaza".

A campanha israelense devastou a Faixa de Gaza e matou mais de 50 mil palestinos, segundo autoridades de saúde do território controlado pelo grupo terrorista Hamas. O ataque liderado pelo Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 matou 1,2 mil pessoas e resultou em mais de 250 reféns, de acordo com os números israelenses.

O TPI também emitiu um mandado de prisão contra um líder do Hamas em novembro, que teve a morte foi confirmada após a emissão de mandado

Pé-de-Meia já custa R$ 5,1 bilhões a mais que o planejado, mostra documento do MEC


Uma das principais vitrines do terceiro mandato do presidente Lula (PT), o programa Pé-de-Meia já custa pelo menos R$ 5,1 bilhões a mais que o estimado inicialmente pelo Ministério da Educação (MEC). Numa projeção publicada pela pasta em 1º de agosto passado, o MEC calculou que o Pé-de-Meia seria pago a 2,4 milhões de estudantes – conforme os últimos dados publicados pela pasta, hoje são pouco mais de 4 milhões recebendo o benefício. No Plano de Monitoramento da pasta, o custo anual foi estimado em R$ 7,1 bilhões anuais. Atualmente o programa custa R$ 12,5 bilhões ao ano, segundo a estimativa oficial.

A diferença se deve à decisão, tomada em agosto do ano passado, de ampliar o público-alvo do programa. Inicialmente, o Pé-de-Meia era restrito a alunos do ensino médio regular, e cujas famílias recebiam o Bolsa Família. Em meados de agosto, uma portaria do MEC estendeu o Pé-de-Meia a alunos da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), e a alunos com renda familiar per capita inferior a meio salário mínimo.

À reportagem, o MEC disse que a ampliação do público-alvo do Pé-de-Meia está amparada juridicamente e reiterou que atua para dar transparência ao programa. “Este Ministério reitera seu compromisso com as melhores práticas de transparência ativa, em cumprimento ao artigo 16 da Lei nº 14.818/2024 (lei que criou o programa), e reforça seu compromisso com a visibilidade das ações do Pé-de-Meia”, diz a pasta (leia mais abaixo).

A projeção do MEC foi publicada na página 20 do documento “Plano de Monitoramento e Avaliação do Programa Pé-de-Meia”, disponível no site do ministério. O documento é assinado pelo assessor especial Evânio Antônio de Araújo Júnior, lotado no gabinete do ministro. A projeção em si é atribuída à Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC.

No documento, o MEC estima o número de beneficiários do Pé-de-Meia por Estado. Em todas as unidades da federação, o número de beneficiários em fevereiro deste ano é maior que o projetado inicialmente.

O local com a maior variação foi Santa Catarina: o MEC estimou inicialmente apenas 25.280 estudantes ganhando o Pé-de-Meia no Estado, mas atualmente são 60.009, ou uma variação de 237%. Em seguida vêm Roraima (214% do projetado inicialmente); Rio Grande do Sul (213%); Paraíba (209%) e Paraná (203%). As menores variações foram no Amazonas (130%) e no Acre (139%).

Pelo menos três cidades, o número de beneficiários do Pé-de-Meia em fevereiro chega a ser maior que o de alunos do ensino médio informados pela direção das escolas – o MEC apresenta outros números, maiores, de matriculados. Em 15 cidades, o número de beneficiários é de mais de 90% do de alunos do ensino médio.

Em duas das cidades, Porto de Moz (PA) e Riacho de Santana (BA), a reportagem também encontrou professoras das redes municipais com renda aparentemente incompatível com o programa, figurando como responsáveis por beneficiários do Pé-de-Meia. Em Porto de Moz, algumas dessas profissionais chegaram a receber mais de R$ 5 mil líquidos.

A oposição ao governo Lula no Congresso reagiu à reportagem. A líder da bancada do Novo na Câmara, Adriana Ventura (SP) e o deputado Kim Kataguiri (União-SP) apresentaram requerimentos à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara para que o Tribunal de Contas da União (TCU) promova uma auditoria nos pagamentos do Pé-de-Meia. Além disso, Kataguiri apresentou requerimento de convocação do ministro da Educação, Camilo Santana, à CFFC, para falar sobre o assunto.

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), por sua vez, enviou ofício ao Ministério da Educação pedindo informações detalhadas sobre o programa. Vieira formulou onze perguntas ao MEC.

O senador pediu informações sobre a forma como a pasta faz os cruzamentos de dados do Pé-de-Meia; sobre quem são os responsáveis pelo programa; sobre as rotinas de checagem adotadas; sobre eventuais auditorias que estejam sendo feitas no Pé-de-Meia; e sobre a aplicação do Plano de Monitoramento do programa, entre outros temas. Ao contrário do que acontece na Câmara, os senadores podem enviar questionamentos diretamente.

Segundo Gabriel Corrêa, diretor de políticas públicas da ONG Todos Pela Educação, o Pé-de-Meia é hoje o programa mais caro desenvolvido pelo MEC. “O programa ficou muito amplo, e muito caro (…). A evasão hoje é de 4% a 5% ao ano no ensino médio. Hoje, pagamos (o Pé-de-Meia) para mais de um terço dos estudantes (do ensino médio). Será que está sendo efetivo? Será que está realmente chegando ao jovem que precisa?”, questiona ele.

“Agora, o governo federal vai ter de colocar o Pé-de-Meia no orçamento do MEC, e vai ocupar parcela importante desse orçamento. Sendo que existem vários outros desafios, na educação básica, que precisam ser superados para reduzir a evasão e aumentar a aprendizagem no ensino médio”, diz Corrêa. Segundo ele, é preciso ampliar a oferta de ensino médio em tempo integral e melhorar a infraestrutura das escolas, entre outros pontos. Corrêa ressalta que o Pé-de-Meia vai na direção certa ao mirar a evasão escolar.

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o secretário executivo do MEC, Leonardo Barchini, disse que as secretarias estaduais de educação ainda enfrentam dificuldades para fornecer dados corretos e atualizados sobre as matrículas de estudantes, que estão na base do Pé-de-Meia.

“O Programa Pé-de-Meia é uma política recente. Inclusive, cabe destacar que a área designada para operacionalizar o Programa foi instituída no decreto publicado em 2024″, lembrou ele. Barchini reiterou que o MEC trabalha com as secretarias estaduais para corrigir eventuais problemas.

MEC: aumento se deve à ampliação do público

Ao Estadão, o MEC explicou que o aumento no número de beneficiários e no custo do Pé-de-Meia se deve à ampliação do escopo do programa. A alteração foi determinada em portaria da pasta, publicada no dia 15 de agosto de 2024, apenas duas semanas depois da publicação do Plano de Monitoramento do Pé-de-Meia. Leia abaixo a íntegra da nota do MEC:

Em relação à estimativa inicial de 2,4 milhões de beneficiários para o programa Pé-de-Meia em 2024, esta foi baseada em projeções preliminares que consideraram exclusivamente estudantes do Ensino Médio regular dentro dos critérios de elegibilidade estabelecidos no início do programa, conforme previsto na Portaria 84, Art. 2º:

‘São elegíveis ao Programa Pé-de-Meia, em 2024, os estudantes de baixa renda regularmente matriculados no ensino médio das redes públicas, com idade compreendida entre 14 (quatorze) e 24 (vinte e quatro) anos, cujas famílias estejam inscritas do Programa Bolsa Família em janeiro do mesmo ano, nos termos do § 2º do art. 3º do Decreto nº 11.901, de 26 de janeiro de 2024′.

No segundo semestre de 2024, foi anunciada a expansão do programa para atender aos estudantes da Educação de Jovens e Adultos e, também, aos estudantes cadastrados no CadÚnico, não beneficiários do Programa Bolsa-Família, com renda familiar per capita não superior a meio salário-mínimo. Esta medida foi prevista pela Portaria nº 792, de 15 de agosto de 2024, que alterou o Art. 2º da Portaria MEC nº 84, de 7 de fevereiro de 2024, passando a vigorar com o seguinte texto:

‘Art. 2º São elegíveis ao Programa Pé-de-Meia, em 2024, os estudantes de baixa renda regularmente matriculados no ensino médio das redes públicas, com idade compreendida entre quatorze e vinte e quatro anos, cujas famílias estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico, com renda per capita não superior a meio salário-mínimo, nos termos do art. 1º, § 1º, da Lei nº 14.818, de 16 de janeiro de 2024, e do art. 3º, § 2º, do Decreto nº 11.901, de 26 de janeiro de 2024′.

Já a Portaria Interministerial MEC/MF Nº 8, de 7 de agosto de 2024, estabeleceu as normas e procedimentos para a gestão do Programa Pé-de-Meia para a modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA.

Por fim, este Ministério reitera seu compromisso com as melhores práticas de transparência ativa, em cumprimento ao artigo 16 da Lei nº 14.818/2024, e reforça seu compromisso com a visibilidade das ações do Pé-de-Meia”.

André Shalders/Estadão
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Governador se reúne com prefeito de Gongogi para discutir estratégias para o município e entrega de equipamentos de saúde

O prefeito de Gongogi, Adriano Mendonça foi recebido na tarde desta quarta-feira (2), pelo governador Jerônimo Rodrigues, para tratativas sobre demandas de saúde, educação, infraestrutura e saneamento básico para a cidade. Durante a reunião, ainda foram entregues uma ambulância para o programa Tratamento Fora do Domicílio, equipamentos hospitalares e de saúde.

Além de discutir estratégias e investimentos para o avanço do desenvolvimento da cidade, o prefeito pontuou questões mais urgentes e ligadas também à segurança pública, como a construção de uma nova Delegacia. Uma nova ponte sobre o Rio de Contas, localizada entre a BA-120 e entroncamento da BR-330, também esteve entre as demandas.

Na ocasião, o chefe do executivo determinou visitas técnicas dos gestores ao município para tratar das questões apresentadas na audiência. “Nós tratamos aqui de água e saídas emergenciais. O prefeito sai daqui levando dois caminhões pipas para fazer o abastecimento provisório, enquanto a Embasa estará concluindo o projeto. Nós licitaremos e na sequência a obra acontecerá, levando água de qualidade para essas comunidades”, pontuou Jerônimo.

Para o prefeito Adriano Mendonça, o encontro foi positivo. “Saio muito satisfeito, foi muito produtiva a reunião. Já estamos saindo com algumas coisas adiantadas e já tínhamos ganhado também, na semana passada, uma ambulância Hilux do Governo do Estado”, comemorou Mendonça.

O encontro contou ainda com as presenças do vice-prefeito de Gongogi, Fernando Matos; e dos secretários estaduais de Relações Institucionais, Jonival Lucas; de Saúde, Roberta Santana; além do subsecretário de Segurança Pública, Marcel Oliveira; dos chefes de gabinete das secretarias de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Camila Medrado e de Assistência e Desenvolvimento Social, José Leal e do diretor-geral da Sudesb, Vicente Neto.

Repórter: Joci Santana/GOVBA
Fotos: Matheus Landim/GOVBA
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Jornalista Zé Américo lança livro sobre personagens de Ipiaú


O livro “Personagens de Ipiaú: os folclóricos e outras figuras”, do jornalista José Américo da Matta Castro, terá lançamento e noite de autógrafos na próxima sexta-feira (4), a partir das 18h, no Casarão Cultural de Ipiaú.

A mais recente obra desse ipiauense com larga experiência na imprensa baiana reúne histórias e “causos” de mais de 300 personagens. Num estilo leve e rico em detalhes, Zé Americo Ipiaú, como é conhecido, conta de forma bem humorada e irreverente uma parte da história de Ipiaú e as relações desses personagens com a cidade, o poder e suas conexões com o dia a dia da região cacaueira.

Com 345 páginas recheadas de fotos e ilustrações, a coletânea reúne textos postados em sites, redes sociais e em veículos da imprensa. A publicação tem o apoio cultural da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA Cultural).

Em seu prefácio, o experiente escritor, jornalista e professor Sérgio Mattos destaca a qualidade de “memorialista nato” de Zé Américo. “De maneira democrática ele trata todos com o mesmo respeito e destaca suas respectivas qualidades e contribuições dadas para transformar Ipiaú em “terreno fértil para a cultura”, diz Mattos.

Sobre o autor

Autor de outros dois livros, Zé Américo, 70 anos, casado, 4 filhos, tem longa trajetória nos movimentos cultural, ambientalista e preservação da memória no território do Médio Rio das Contas. Foi o primeiro presidente do Conselho Municipal de Cultura, primeiro agraciado com a Medalha do Mérito da Cultura, concedida pela Câmara Municipal de Ipiaú. O autor busca agora apoios para a criação da Academia de Letras de Ipiaú.

Graduado em Jornalismo na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Zé Américo tem larga experiência em diversos órgãos da imprensa baiana. Integrou a equipe de jornalistas da Sucursal de Jequié do Jornal A Tarde, no período em que circulou o suplemento “A Tarde Municípios”.
Por: Politica Livre.

Ibirataia: Sandro Futuca e Caio Pina anunciam ampliação do transporte universitário gratuito

Crédito: Divulgação
O prefeito Sandro Futuca e o Secretário de Educação de Ibirataia, Caio Pina, anunciaram nesta quarta-feira, 02, a ampliação do transporte universitário gratuito. A gestão municipal já assegura o transporte gratuito para Ipiaú e contempla centenas de jovens, que fazem cursos técnicos, pré-vestibular e universidades. Agora o transporte gratuito será ampliado e atenderá os estudantes universitários de Ibirataia que estudam em Jequié.

Conforme Caio Pina, serão disponibilizadas 71 vagas e os estudantes não terão qualquer ônus. “O prefeito Sandro Futuca assumiu na campanha o compromisso de disponibilizar transporte gratuito para os estudantes de Ibirataia que cursam universidade em Jequié, e está honrando mais um compromisso”, frisou o Titular da Educação.

Ainda segundo Pina, o transporte universitário gratuito valoriza a educação e potencializa o acesso e a permanência dos estudantes no ensino superior. “O prefeito já autorizou, e nesta sexta-feira será publicado o edital que disponibilizará as vagas. Sem dúvida, estamos tendo muita responsabilidade e fazendo os investimentos necessários na educação de nossa cidade”, encerrou. (Ubatã Notícias)

ACM Neto critica omissão de Jerônimo diante da pior seca dos últimos 40 anos na Bahia: ‘vira as costas para o povo’

Foto: Divulgação/Fundação Índigo
O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) fez, nesta quarta-feira (2), duras críticas ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) pela falta de ações concretas para enfrentar as consequências da grave seca que atinge o Estado, especialmente a região de Irecê. A estiagem, já considerada a pior dos últimos 40 anos, tem provocado perdas severas para agricultores e pecuaristas, e, segundo Neto, a resposta do governo estadual tem sido marcada pela omissão.

“Sem dúvida alguma, uma das piores secas da história do nosso Estado. Nos últimos 40 anos, nós não tivemos uma seca tão grande, tão severa. Desde a década de 80, a Bahia não enfrentava uma situação tão difícil e desafiadora”, afirmou ACM Neto. Ele relata ter conversado com produtores de cebola da região de Irecê, uma das mais atingidas, e destaca a aflição de quem depende da agricultura para sobreviver. “Eles estão sem água para irrigação. Falta água para alimentar os animais, falta água para produzir na agricultura, que é uma das principais fontes de emprego do nosso Estado”, pontuou.

ACM Neto também ironizou o que considera o descolamento da realidade por parte do governador Jerônimo, “que parece alheio aos problemas reais da população baiana”. “Onde está o governador? Certamente está vivendo nas suas redes sociais e na sua propaganda, porque é só festa na Jerolândia”, disse.


Prefeitura de Ipiaú realiza caminhada pelo Dia Mundial da Conscientização do Autismo

Nesta quarta-feira (2), a Prefeitura de Ipiaú promoveu uma caminhada em alusão ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo. O evento teve início no Colégio Celestina Bittencourt e seguiu até a Praça Rui Barbosa, no centro da cidade, reunindo crianças atípicas, seus familiares e a comunidade em geral. A caminhada teve como objetivo fortalecer a inclusão e garantir mais atenção às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Já na Praça Rui Barbosa, foram oferecidos diversos serviços e ações multidisciplinares voltados ao acolhimento e apoio às crianças atípicas e seus familiares.
No âmbito da Assistência Social, os serviços disponibilizados incluíram atendimento do Cadastro Único, informações sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e atendimento do Programa Criança Feliz, garantindo suporte essencial às famílias que necessitam desses benefícios. Já na área da Saúde, foram oferecidos serviços como verificação de pressão arterial, teste de glicemia, vacinação e orientação em saúde bucal, reforçando o compromisso com o bem-estar da população. 
 
No setor de Esportes, foram realizadas dinâmicas esportivas com as crianças, incluindo atividades como ensinar a dar dribles e chutar no gol, proporcionando momentos de lazer e aprendizado. Na Educação, foram disponibilizados jogos pedagógicos, atividades de coordenação motora fina e ampla, habilidades sensoriais desenvolvidas através de pista sensorial, além de atenção e orientações aos familiares sobre a necessidade do Atendimento Educacional Especializado (AEE) para o desenvolvimento de seus filhos, promovendo um suporte essencial para a inclusão escolar.

A caminhada contou com a participação de alunos da rede pública municipal, além de associações como a PAE, CAPE, ADAS, NUPE e SRMs, que desempenham um papel fundamental no suporte e inclusão das pessoas com TEA. A prefeita Laryssa Dias, que não pôde estar presente devido a compromissos em Brasília para a captação de recursos destinados ao município, reforçou seu compromisso com as políticas públicas voltadas à inclusão. "Nosso governo tem trabalhado incansavelmente para garantir mais direitos e qualidade de vida para todas as crianças atípicas e suas famílias. Mesmo à distância, estou acompanhando de perto essa causa tão importante", declarou.

A caminhada foi bem recebida pela população e demonstrou a união das secretarias municipais na busca por um município mais inclusivo e acolhedor. A Prefeitura de Ipiaú segue empenhada em promover ações que garantam mais respeito, conscientização e qualidade de vida para as pessoas com TEA.

Fernando Canuth / Decom PMI

Ex-prefeito de Pilão Arcado sofre representação ao MPE


Na sessão desta quarta-feira (02/04), os conselheiros da 1ª Câmara de julgamento do Tribunal de Contas dos Municípios acataram denúncia apresentada contra o ex-prefeito de Pilão Arcado, Manoel Afonso Mangueira, em razão de irregularidades no pagamento realizado a servidores temporários diante da ausência de comprovação de regularidade ou contraprestação.

O relator do processo, conselheiro Nelson Pellegrino, determinou a formulação de representação ao Ministério Público Estadual para que seja apurada a prática de ato de improbidade administrativa. O gestor foi multado em R$2 mil e deve devolver aos cofres municipais, com recursos pessoais, a quantia de R$189.309,15.

De acordo com a denúncia, a prefeitura realizou – nos meses de novembro e dezembro de 2019 – pagamentos em benefício de 19 pessoas estranhas à administração e sem comprovação de contraprestação, o que totalizou um dano ao erário de R$47.158,46. Esses pagamentos ocorreram através de contas bancárias localizadas em agências sediadas em cidades fora da Bahia, o que, para o relator, “evidencia domicílio nessas cidades, impossibilitando qualquer relação de emprego temporário, em virtude da distância”.

Além disso, a equipe técnica do TCM constatou a ocorrência de 188 pagamentos indevidos de gratificações a servidores temporários, no total de R$142.150,69, vez que esses benefícios são devidos apenas a servidores efetivos.

O Ministério Público de Contas, por meio da procuradora Camila Vasquez, também se manifestou pela procedência da denúncia, com ressarcimento dos valores pagos, além de representação ao Ministério Público Estadual pela possível prática de atos de improbidade administrativa e corrupção ativa e passiva.

Cabe recurso da decisão.

Contas de mais 10 câmaras são julgadas regulares


Os conselheiros que compõem as 1ª e 2ª Câmaras do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, nas sessões desta quarta-feira (02/04), julgaram regulares as contas de mais 10 câmaras de vereadores baianas. Todas essas contas são relativas ao exercício de 2023.

No turno da manhã, os conselheiros da 1ª Câmara julgaram regulares com ressalvas as contas do Poder Legislativo de Caetanos, sob responsabilidade de Edas Justino dos Santos; de Correntina, na gestão de Jenivaldo Pereira dos Santos; de Quijingue, do vereador Espedito Souza de Santana; de Rafael Jambeiro (Fernando Coni Silva); e de Riacho de Santana (Gilmar Ribeiro da Cruz).

Já no turno da tarde, os conselheiros da 2ª Câmara consideraram regulares – sem quaisquer ressalvas – as contas da Câmara de Aramari, na gestão do vereador Washington Luiz Cardoso Dantas; de Santanópolis, do vereador Paulo Roberto Brito Lima; de Santa Terezinha, na gestão de Rogério Marnon Cezar Moura; e de Teodoro Sampaio, do vereador Ednivaldo Mota.

Já as contas da Câmara de Pé de Serra, da responsabilidade de Gilvânio Figueiredo dos Santos, foram julgadas regulares com ressalvas.

Cabe recurso das decisões.
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Delegado Moisés Damasceno se despede da 8ª COORPIN de Teixeira de Freitas exaltando parcerias e trabalho conjunto

Teixeira de Freitas: Em uma mensagem divulgada nesta quarta-feira (02), o delegado Moisés Nunes Damasceno comunicou a conclusão de seu período à frente da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (COORPIN) de Teixeira de Freitas. Após 1 ano e 8 meses de gestão, Damasceno fez um balanço positivo de sua atuação, destacando a importância da colaboração entre diversas instituições para o fortalecimento da segurança pública na região.

O delegado expressou seu agradecimento à Polícia Militar da Bahia, ao Poder Judiciário, ao Ministério Público Estadual, ao Departamento de Polícia Técnica (DPT), ao CICOM Extremo Sul, à Guarda Municipal, ao Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, às prefeituras municipais da região, ao Consórcio Intermunicipal da Costa do Descobrimento (CISBA), à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a empresas privadas e à sociedade organizada. Damasceno ressaltou que o apoio dessas entidades, mesmo com diferentes atribuições, foi fundamental para a construção de uma segurança mais eficiente e cidadã.

Um reconhecimento especial foi dedicado à imprensa local. O delegado enfatizou o compromisso dos veículos de comunicação com a veracidade dos fatos, a postura ética e a responsabilidade no tratamento das informações, elementos que, segundo ele, contribuíram significativamente para o fortalecimento da confiança entre as instituições e a população.
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Em sua mensagem, Damasceno sublinhou que o diálogo aberto, a cooperação institucional e o respeito à missão da Polícia Judiciária foram marcas de sua gestão. Ele citou operações integradas, reuniões técnicas e o atendimento a necessidades emergenciais como exemplos do sucesso do trabalho conjunto e da visão estratégica compartilhada, que resultaram em avanços na segurança pública local.

Ao final, o delegado Moisés Nunes Damasceno renovou sua gratidão pela colaboração recebida e se colocou à disposição para futuras parcerias, mantendo-se como um elo entre as instituições.

Por: Liberdadenews/Ascom

Operação Kariri: Denúncia do MPBA é acatada e Justiça condena seis por organização criminosa e lavagem de dinheiro

Foram confiscados bens avaliados em milhões de reais de grupo familiar que lavava dinheiro do crime com compra de apartamentos de luxo e fazendas

Seis pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) na ‘Operação Kariri’ foram condenadas pela Justiça nesta terça-feira, dia 1º, por crimes de organização criminosa para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Os condenados integravam grupo familiar criminoso que atuava há décadas em Feira de Santana e região, abastecendo o mercado de droga ilícitas local e lavando os lucros do crime com compra de imóveis, entre apartamentos de luxo e fazendas. Ainda cabe recurso e, por determinação da Justiça, os condenados poderão recorrer em liberdade.

A sentença foi proferida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Feira de Santana, que também determinou o confisco definitivo de bens, entre 11 imóveis, 15 veículos e mais de 500 cabeças de gado, que ainda serão periciados, podendo chegar ao valor de R$ 50 milhões.

As penas foram estabelecidas de cinco a 16 anos de prisão. A organização criminosa era liderada por Rener Umbuzeiro, já falecido. Sua esposa, Niedja Maria de Lima Souza Umbuzeiro e sua filha Larissa Gabriela Lima Umbuzeiro foram condenadas com a maior pena, sentenciadas a 16 anos e seis meses de prisão. Elas foram apontadas nas investigações como chefes do núcleo financeiro e responsáveis pela gestão e fluxo dos ativos ilícitos, organizando a ocultação e dissimulação patrimonial, sendo que Larissa coordenava todo o processo de lavagem de dinheiro. Além delas, foram condenadas Clênia Maria Lima Bernardes (irmã de Niedja), Paulo Victor Bezerra Lima (esposo de Larissa), Gabriela Raizila Lima de Souza (sobrinha de Niedja) e Robélia Rezende de Souza.

Conforme a denúncia do MP-BA, o modus operandi da organização envolvia o uso de laranjas para registrar bens e movimentar dinheiro sem serem identificados. As investigações provaram, a partir de diversos flagrantes de apreensão de maconha e evidências de plantio, que os denunciados estavam envolvidos com a lavagem de dinheiro proveniente das atividades de tráfico. A sentença detalha o envolvimento de cada um dos réus nos crimes de lavagem de capitais, com base em informações policiais, relatórios de inteligência financeira (COAF/UIF), interceptações telefônicas e telemáticas, documentos de transações imobiliárias e bancárias, e depoimentos testemunhais e dos acusados.

Relator no Conselho de Ética, Paulo Magalhães vota por cassação de Glauber Braga

                                 Conselho de Ética da Câmara dos Deputados
O deputado Paulo Magalhães (PSD), relator de representação contra Glauber Braga (PSOL-RJ), votou nesta quarta-feira (2) pela cassação do parlamentar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Ele entendeu que houve quebra de decoro de Braga por agressão a um militante do MBL (Movimento Brasil Livre) na Casa, em abril do ano passado.

A votação foi interrompida por um pedido de vista do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), aliado de Glauber. O relatório deve ser votado na próxima sessão e, se aprovado, segue para o plenário da Câmara, que decidirá sobre eventual cassação de mandato.

A sessão do Conselho de Ética foi acompanhada por apoiadores do deputado do PSOL, com adesivos e faixas de “Glauber fica”.

“Usei todas as ferramentas que estavam à minha disposição nesse processo para mostrar o que é o MBL [Movimento Brasil Livre], quem é [o ex-presidente da Câmara] Arthur Lira e denunciar o orçamento secreto. Tô preparado para o que vier”, disse o deputado psolista no X, antigo Twitter.

No ano passado, Glauber abriu mão de testemunhas no processo do conselho. À época, justificou suas decisões dizendo que a situação passou dos limites. Ele afirmou que se emocionou com a oitiva da colega parlamentar Luiza Erundina (PSOL-SP) ao conselho.

“Se hoje me emocionei de maneira profunda com ela no Conselho de Ética, eu não queria, nesse momento, estar decepcionando a deputada Luiza Erundina. Mas tudo tem um limite. E esse processo que se arrasta durante todo esse tempo para mim já foi o suficiente”, disse.

Braga é julgado por agredir o militante do MBL Gabriel Costenaro e trocar empurrões com o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) em abril do ano passado.

Na ocasião, o psolista chutou Costenaro e o expulsou das dependências da Câmara. Os dois seguiram discutindo no estacionamento do anexo 2 da Câmara e, após serem separados, foram levados para prestar depoimento no Departamento de Polícia Legislativa da Casa.

Nesse momento, Braga e Kim Kataguiri também discutiram. O deputado do PSOL chamou o colega de “defensor de nazista”, e o deputado do União Brasil levantou o dedo contra ele. Na sequência, os dois trocaram empurrões.

No seu voto, Magalhães apontou que “a conduta praticada pelo deputado Glauber Braga não estaria acobertada pela legítima defesa, uma vez que o Código Penal estabelece que entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão”.

“O histórico de provocações anteriores de Gabriel Costenaro contra o representado [Glauber Braga] e seus companheiros de partido não autorizaria a violência física”, afirmou.

Em sua defesa, Braga afirmou que o relatório pedindo sua cassação foi encomendado pelo ex-presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).

“O relator, em seu desespero de agradar quem de fato escreveu o relatório, nem disfarçou. Quem escreveu seu relatório foi o senhor Arthur Lira. Esse processo desde o início tentou blindar o ex-presidente da Câmara e com relatório já previamente preenchido”, disse.

Lucas Marchesini/Marianna Holanda/Folhapress

CCJ do Senado adia análise de novo Código Eleitoral

Foto: Antônio Augusto/Ascom/TSE
O projeto de lei complementar que unifica todas as leis que tratam de eleições em uma única legislação, com quase 900 artigos, teve a leitura adiada nesta quarta-feira (2), a pedido dos senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para terem mais tempo para analisar o tema.

A leitura do PLP 112, de 2021, foi adiada para o dia 7 de maio, após a realização de três audiências públicas, com a votação na CCJ prevista para o dia 14 de maio. Para valer nas eleições de 2026, o projeto deve ser aprovado até outubro.

O PLP unifica sete legislações eleitorais e trata de temas como:

participação feminina na política;
fiscalização das urnas eletrônicas;
prazo de 8 anos de inelegibilidade da Lei de Ficha Limpa;
uso de fake news e disparo de mensagens em massa;
quarentena para militares, magistrados e policiais se candidatarem;
propaganda eleitoral na internet;
prestação de contas, entre outros assuntos.

Agência Brasil

PF e PM/RO prendem duas pessoas em flagrante com 350 kg de drogas

Porto Velho/RO. A Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Militar/RO, deflagrou nesta quarta-feira, 2/4, a Operação Curral Novo e apreendeu aproximadamente 350 kg cocaína em uma residência localizada no centro urbano da cidade de Alta Floresta d’Oeste.

Cumprindo mandado de busca e apreensão, as equipes policiais localizaram a droga depositada na casa do alvo onde seria transportada por um veículo utilitário. Uma segunda pessoa fazia a segurança da carga ilícita no imóvel.

Após receberem informações de denunciantes e de inteligência, as forças de segurança passaram a investigar no intuito de confirmar as informações. Com isso, identificaram a casa do denunciado como local suspeito do armazenamento de considerável quantidade de droga.

Compilados os indícios, apresentados os fatos à Vara Criminal de Alta Floresta d’Oeste/TJ/RO, após manifestação do Ministério Público/RO, houve o deferimento da Medida de Busca e Apreensão.

A Polícia Federal destaca que qualquer pessoa pode colaborar, prestando informações que ajudem no combate aos crimes, sendo sempre mantido o sigilo da fonte.

Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia

PF combate organização criminosa especializada em fraudes bancárias eletrônicas e lavagem de dinheiro

São Paulo/SP. A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (1/4), a operação Tripeiros, que visa desmantelar uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias eletrônicas e lavagem de dinheiro. A ação é resultado de um ano e meio de investigação com foco nos chefes da organização, executores das fraudes e nos arregimentadores das pessoas utilizadas como "laranjas" pelo grupo criminoso.

A organização criminosa chegou a furtar, em um só dia, aproximadamente um milhão de reais que foram distribuídos entre cerca de 70 contas de laranjas em diversas unidades federativas, incluindo os estados da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
A Polícia Federal cumpre 12 mandados de prisão preventiva, 18 mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens dos investigados, em São Paulo, Goiás, Santa Catarina e Ceará autorizados pela Justiça Estadual de São Paulo.

Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, furto qualificado mediante fraude e organização criminosa.

A Polícia Federal reafirma seu compromisso com o combate à criminalidade cibernética e à proteção do sistema financeiro nacional, com a expectativa de que a operação contribua para a desarticulação dessa rede criminosa e a recuperação de recursos desviados.

Coordenação-Geral de Comunicação Social

PM apreende arma de fogo em Santa Rita de Cássia

Todo material apreendido foi apresentado à delegacia de Santa Rita de Cássia.
Policiais militares da 86ª CIPM apreenderam uma arma de fogo, na manhã desta terça-feira (1), na cidade de Santa Rita de Cássia.

Os militares realizavam rondas na BA 451, quando avistaram um homem portando uma arma de fogo. Foi dada a voz de abordagem e o suspeito fugiu em direção ao matagal. Buscas foram realizadas, sendo encontradas uma espingarda calibre .32, sete munições do mesmo calibre, um facão, uma faca, duas porções com pólvora e chumbo, e uma roupa camuflada.

Todo material apreendido foi apresentado à delegacia de Santa Rita de Cássia para registro da ocorrência.

Texto: Polícia Militar – DCS

Empresa denunciada por fraude em licitação em Belém leva contratos de R$ 179 mi para COP30


Uma empresa suspeita de conluio e fraude em licitações em Belém integrou dois consórcios contratados pelo Governo do Pará para obras de saneamento e drenagem relacionadas à COP30 (conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas).

Os contratos somam R$ 179 milhões. Um deles conta com financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O outro é resultado de uma contrapartida, a ser paga pelo Governo do Pará, prevista em uma operação de crédito do BNDES que banca as obras do parque na capital paraense que sediará a COP30 em novembro.

Ao todo, o BNDES financia mais de R$ 1 bilhão em obras de macrodrenagem, urbanização e saneamento em Belém, uma cidade onde 8 em 10 pessoas não contam com serviço de coleta de esgoto, segundo os dados oficiais mais recentes.

Belém também é a capital brasileira com a maior proporção de moradores –57%– vivendo em favelas, conforme os critérios adotados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O governo de Helder Barbalho (MDB) e o BNDES decidiram tocar obras de saneamento nos bairros que cresceram em torno de canais e igarapés, tanto em áreas mais centrais quanto na periferia, dentro de um pacote de intervenções para a COP30.

Entre os contratos assinados em 2024 pela Seop (Secretaria Estadual de Obras Públicas), estão dois consórcios de empresas integrados pela B.A. Meio Ambiente (ou Bemaven, como passou a se chamar), com representação legal –expressa nos contratos– feita pelo empresário Jean de Jesus Nunes. Nunes é sócio da B.A., segundo documento em que se habilita para a licitação.

B.A. e Nunes foram denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal) à Justiça Federal no Pará, em 2017, por suspeita de fraude em uma licitação realizada em 2010, com contratação no ano seguinte, para realização de obras de saneamento e drenagem em sub-bacias em Belém. Os recursos aportados também tinham como origem o BNDES.

A empresa e o empresário são réus numa ação de improbidade administrativa. Nunes é réu também em uma ação penal, em que o MPF aponta que suspeitos se associaram “em quadrilha para direcionar concorrência pública, não apenas fraudando o procedimento licitatório, como também desviando bens ou rendas públicas em proveito próprio ou alheio”.

O dano apontado, que deveria ser reparado, segundo o MPF, foi de R$ 128,5 milhões, valor total previsto no contrato suspeito. Conforme a Procuradoria no Pará, R$ 22,6 milhões chegaram a ser efetivamente pagos. Os dois processos seguem em curso na Justiça, segundo os documentos e decisões nos autos.

A acusação diz que B.A. e Nunes integraram um suposto grupo criminoso, em que a empresa simulava uma participação em concorrência pública para favorecer negócios de um ex-prefeito de Belém. Há suspeita de participação fraudulenta em outra licitação na cidade.

Em nota, o Governo do Pará afirmou que a Seop não identificou impedimento legal para a contratação da empresa para as obras de saneamento a partir de 2024. “A documentação foi analisada com base nos requisitos previstos no edital e na legislação aplicável.”

A B.A. passou a se chamar Bemaven após uma alteração contratual, segundo a nota. “Apesar da mudança de nome, a empresa continua em atividade”, disse o governo paraense.

A reportagem procurou os advogados da empresa e do sócio, e um assessor de imprensa fez contato em nome do empreendimento. A assessoria não respondeu aos questionamentos enviados.

Um dos contratos relacionados à COP30 é para macrodrenagem no canal Caraparu, na bacia Tucunduba. O valor contratado é de R$ 123,8 milhões.

Segundo o BNDES, há previsão de recursos do banco para pagamento de medições vinculadas a esse contrato.

“Caso sejam comprovados ilícitos envolvendo os recursos do BNDES, em razão do acompanhamento pelas equipes do banco ou do curso de procedimentos administrativos e judiciais, serão aplicadas ao estado as medidas legais e contratuais cabíveis”, afirmou o banco, em nota.

Reportagem publicada pela Folha em 27 de fevereiro mostrou que parte das obras de drenagem dos canais e coleta de esgoto tem previsão de demolição de casas –total ou parcial– em bairros da periferia de Belém. Um desses canais é o Caraparu. Moradores das bordas da parte mais estreita foram avisados da necessidade de demolição, para alargamento do canal e das vias paralelas.

O outro contrato com participação da Bemaven e de Nunes se refere a saneamento na bacia Tamandaré, no valor de R$ 55,2 milhões.

Segundo o BNDES, os recursos previstos são do estado do Pará, “a título de contrapartida ao financiamento do BNDES para o projeto de implantação do parque linear da Tamandaré”. O parque da Almirante Tamandaré conta com financiamento de R$ 162,8 milhões do BNDES.

Um terceiro contrato foi obtido por um consórcio integrado pela B.A., para dragagem e limpeza do canal São Joaquim, em Belém, no valor de R$ 108 milhões. Esse contrato não está no escopo de obras da COP30.

A B.A. estava em recuperação judicial desde 2013, segundo documentos apresentados em uma das concorrências públicas. Ela atuava com coleta de lixo em Belém, e argumentou à Justiça que passava por “grave período de turbulência”, defasagem nos preços e falta de capital de giro.

Um documento da Receita Federal, usado na investigação do MPF, diz que a empresa passou a ter movimentação financeira expressiva a partir da chegada de Nunes à sociedade. De 2008 a 2015, os créditos em contas totalizaram R$ 720 milhões em movimentação entre matriz e filial, conforme a Procuradoria. A declaração de faturamento no período foi de R$ 410 milhões, cita a ação.

A Justiça Federal chegou a bloquear bens e valores do grupo denunciado pelo MPF, até o limite de R$ 137,8 milhões.

O Governo do Pará disse que apenas um contrato –o do canal Caraparu– é realizado com recursos de financiamento do BNDES, “contando com os mecanismos de acompanhamento e prestação de contas junto ao banco”.

O BNDES afirmou que os projetos da COP30 estão submetidos à fiscalização dos órgãos de controle, “sem qualquer apontamento até o momento”.

Em relação à suspeita de fraude denunciada pelo MPF, referente à licitação de 2010, o banco disse que houve problemas na execução físico-financeira, o que levou ao vencimento antecipado do contrato em 2021, com aplicação de multa e pagamento por parte do município de Belém.

Vinicius Sassine/Folhapress

Fux gera incômodo no STF ao se descolar de Moraes após 500 casos do 8 de janeiro


A mudança de postura do ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), em relação às condenações de réus do 8 de janeiro provocou incômodo entre integrantes do tribunal.

Até a semana passada, o ministro era considerado alinhado à corrente liderada pelo relator dos casos, Alexandre de Moraes, o que reforçava uma imagem de unidade em torno das decisões do tribunal diante de críticas de bolsonaristas à condução dos processos.

Fux acompanhou Moraes em quase todas as 500 condenações relacionadas aos ataques. Na semana passada, o ministro reviu a adesão e apresentou publicamente questionamentos sobre um caso tornado simbólico pelo bolsonarismo —o da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que pichou a estátua que fica em frente ao Supremo.

Dois ministros ouvidos sob reserva pela Folha afirmam que, em processos de grande repercussão, Fux costuma levar em conta avaliações externas sobre a atuação do Supremo —manifestações populares, da mídia, de comunidades políticas e de círculos jurídicos. Este seria o caso agora, na avaliação desses integrantes da corte.

O incômodo ficou ainda maior devido às palavras usadas por Fux. Ele disse que iria exercer a “humildade judicial” para rever “erros” cometidos no decorrer dos processos contra os acusados de participar dos ataques golpistas.

Ainda que o anúncio da revisão do processo tenha pegado colegas de Supremo de surpresa, essa não é a primeira vez que o ministro muda de posição em casos rumorosos.

Em 2020, por exemplo, reviravolta no julgamento que vetou a reeleição da cúpula do Congresso foi creditada à sua rendição à pressão da opinião pública.

Na ocasião, Fux divergiu do relator, Gilmar Mendes, e votou para declarar inconstitucional a recondução dentro da mesma legislatura, barrando nova presidência de Davi Alcolumbre (então DEM-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) no Senado e da Câmara, respectivamente.

Na ocasião, segundo três ministros ouvidos pela Folha, o magistrado havia se comprometido a votar a favor da tese que abriria caminho para a recondução dos parlamentares.

Nos casos do 8 de janeiro, boa parte das críticas feitas ao tribunal foca o rigor das penas impostas. O tema ganhou a atenção de Fux, que pediu mais tempo para análise do tema justamente durante uma sessão de grande apelo popular —aquela que tornou réus Jair Bolsonaro e outros sete acusados.

Até o momento, Fux acompanhou Moraes nas maiores condenações dadas aos presos pelos ataques de 8 de janeiro. Foram 45 condenados à pena de 17 anos. Em todos esses casos, o ministro acompanhou o voto de Moraes integralmente, mesmo quando outros colegas fizeram propostas de penas mais brandas.

Fux é conhecido pelos colegas como um ministro de mão pesada em matéria penal. Uma marca que ele pretendia deixar quando foi presidente do Supremo (2020-2022), inclusive, era o aumento de condenações criminais de políticos envolvidos na Operação Lava Jato.

Foi com esse intuito que ele articulou a aprovação de uma emenda regimental que retirou o julgamento das ações penais das turmas —quando especialmente a Segunda Turma vinha impondo diversas derrotas à operação— e enviou os casos ao plenário.

Em dezembro de 2023, ele ficou vencido quando a corte devolveu a matéria às turmas. Foi, inclusive, nesse ponto que ele divergiu de Moraes na análise de pedidos preliminares da acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Bolsonaro e os outros sete réus.

“Pior do que o juiz que não sabe direito é o juiz incoerente. Peço vênia para manter minha posição, até porque não é tão pacífica assim”, justificou.

Assessores próximos a Fux disseram que, em relação a Débora, ele ficou sensibilizado e tomou a decisão de suspender o julgamento como uma forma de baixar a tensão em torno da corte, que vinha sofrendo críticas pelo caso.

O ministro citou a cabeleireira na sessão que tornou Bolsonaro réu, quando foi o único na Primeira Turma a apresentar uma divergência e questionamentos mais contundentes em relação a Moraes.

“O ministro Alexandre, em seu trabalho, explicitou a conduta de cada uma das pessoas. E eu confesso que, em determinadas ocasiões, eu me deparo com uma pena exacerbada. E foi por essa razão, dando satisfação à Vossa Excelência, que eu pedi vista desse caso. Eu quero analisar o contexto em que essa senhora se encontrava”, disse na quarta (26).

Moraes respondeu ao colega durante a sessão e afirmou que “não foi uma simples pichação” e que a ré ficou em acampamento e aderiu a uma tentativa de golpe. Dois dias depois, concedeu a ela prisão domiciliar.

A iniciativa de Fux de dar mais atenção a esse conjunto de processos é vista mais como uma demarcação de posição do que como uma deflagração de confronto. O ministro tem tanto a preocupação com as vozes críticas à corte como com a manutenção dos laços no tribunal.

Como sinal disso, Fux avisou a Moraes previamente sobre o pedido de vista do caso de Débora e sobre os questionamentos que faria durante as sessões do recebimento da denúncia.

Os dois mantêm uma boa relação nos bastidores. No plenário, sentam-se lado a lado e trocam comentários frequentes ao longo das sessões, bem como nos intervalos.

Fux presidiu o STF num período em que os ataques de Bolsonaro à corte recrudesceram, como aponta a própria PGR na denúncia sobre a tentativa de golpe. Ele já defendeu o STF e Moraes nessas situações.

Em sua gestão, buscou manter relações institucionais com o ex-presidente. Era ele quem auxiliava o antecessor Dias Toffoli em diálogos com o Palácio do Planalto.

Pouco depois de assumir o comando da corte, Fux recebeu Bolsonaro. A reunião durou cerca de 45 minutos e aconteceu sem a presença de assessores ou ministros.

Ana Pompeu e Cézar Feitoza/Folhapress

Obra da Fiol, primeira anunciada no Novo PAC, é suspensa na Bahia


A obra da primeira etapa da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre as cidades de Caetité e Ilhéus, na Bahia, foi suspensa com 75% do projeto concluído.

De acordo com o site g1/Bahia, a informação foi divulgada nesta terça-feira (1º) pela BAMIN, responsável pela construção. Segundo a companhia, o contrato com a construtora Prumo Engenharia foi “desmobilizado” na segunda (31), após um investimento de R$ 784 milhões.

Conforme a reportagem, o motivo da suspensão de contrato não foi informado.

O trecho 1 da Fiol foi a primeira obra anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em julho de 2023.

O projeto previa 537 quilômetros de extensão, passando por 19 municípios baianos.

Na época, a BAMIN previu concluir essa etapa até 2027, mas Lula pediu celeridade nos trabalhos para que a entrega acontecesse em 2026, ano eleitoral.

Em nota, a BAMIN disse que, mesmo com a medida, os serviços de manutenção serão mantidos, além de todas as obrigações socioambientais relacionadas ao Projeto Integrado Pedra de Ferro.

Ainda conforme a BAMIN o Grupo ERG, responsável pela companhia, “permanece em busca de investidores que possam apoiar a implantação desta ação”.

Também por meio de nota, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia (Sintepav-BA) informou que fará uma assembleia nesta quarta-feira (2) para abordar a situação.

A reportagem do g1 procurou o Ministério dos Transportes, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Leia a nota da BAMIN na íntegra:

“A BAMIN, empresa subsidiária do Grupo ERG, informa que o contrato de obras da Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL I), no trecho entre os municípios entre Uruçuca e Ilhéus, será desmobilizado a partir do dia 31 de Março de 2025, concluindo a fase inicial da construção da ferrovia, iniciada em 2023. Até o momento, a ERG investiu R$ 784 milhões na ferrovia, desde o início da concessão em 2021. É importante informar que, mesmo com a finalização deste contrato, os serviços de manutenção serão mantidos e todas as obrigações socioambientais relacionadas ao Projeto Integrado Pedra de Ferro continuarão a serem executadas. A ERG permanece em busca de investidores que possam apoiar a implantação do projeto”.

G1/Bahia

Partido de Bolsonaro quer que Câmara anule decisão do STF contra Ramagem por tentativa de golpe


O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, protocolou um documento junto à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 1.º, pedindo para sustar a ação penal julgada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) réu. O ex-presidente Jair Bolsonaro também tornou-se réu na mesma ação.

A sigla fundamenta a ação num trecho da Constituição que dá à Câmara o poder se sustar o andamento de uma ação penal enquanto o parlamentar mantiver o seu mandato.

A Constituição diz que esse procedimento só pode ser adotado em casos de crimes cometidos após a diplomação de um deputado. Para a aprovação, argumenta o advogado do PL, Marcelo Bessa, seriam necessários 257 votos.

A denúncia da Procuradoria-Geral da República aceita pelo STF diz que, enquanto chefiava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ramagem auxiliou Bolsonaro a deflagrar o “plano criminoso”, descredibilizando as urnas eletrônicas e opositores no procedimento que teria culminado numa tentativa de golpe de Estado. Ramagem permaneceu no cargo até março de 2022.

A Polícia Federal afirma que ele se tornou um dos principais conselheiros do ex-presidente e articulou ataques ao STF. Trocas de mensagens apontaram, segundo as investigações, que Ramagem incentivava Bolsonaro a confrontar os ministros. A defesa do deputado classificou os indícios como “tímidos” e negou envolvimento dele em atos golpistas.

No documento, o PL alega que todos os supostos crimes imputados teriam sido consumados após a diplomação de Ramagem, que ocorreu em 19 de dezembro de 2022. “Porquanto o crime de organização criminosa armada, que possui natureza permanente, teria se estendido até janeiro de 2023, e os demais crimes imputados teriam ocorrido no dia 8 de janeiro de 2023″, justifica o texto, assinado por Bessa.

Ramagem é acusado de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração do patrimônio público tombado.

Segundo a Constituição, uma vez recebida a representação, o pedido de sustação precisará ser analisado pela Câmara num prazo de 45 dias.

O líder do PL da Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), partiu em defesa de Ramagem. Em nenhum momento o PL vai abrir a mão das prerrogativas constitucionais na proteção de um homem probo

O deputado pediu o apoio dos demais parlamentares e disse que o a ação penal é uma “farsa”. ”É a possibilidade de o Congresso Nacional de sustar a ação penal e essa ação penal que nós sabemos é fruto de farsa e perseguição”, afirmou.

Levy Teles/Estadão

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