ACM Neto cita cinco principais obras para o desenvolvimento de Ilhéus e do Sul da Bahia
Durante visita a Ilhéus, o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, citou nesta sexta-feira (25) cinco obras que estão pendentes há anos e que seriam fundamentais para o desenvolvimento da cidade e de todo o Sul da Bahia, como a duplicação da BA-001 e as retomadas da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) e do Porto Sul.
Em entrevista à rádio Gabriela FM, Neto lembrou que durante a campanha Jerônimo Rodrigues (PT) prometeu realizá-las em parceria com o governo federal, mas até agora nada saiu do papel.
ACM Neto citou a duplicação da BA-001, principal estrada que atravessa o litoral Sul da Bahia, ligando pontos turísticos de grande potencial; a modernização do Aeroporto Jorge Amado, dando a ele capacidade para receber voos internacionais; e a requalificação da orla de Ilhéus, município que tem uma das faixas litorâneas mais extensas e belas do estado, com potencial para desenvolvimento econômico nos setores imobiliário, hoteleiro e turístico.
“Isso tudo significa o quê? Geração de emprego e renda. Quem vai se beneficiar disso não é só quem mora na orla, não, é a cidade toda. Se tivermos mais hoteis, mais pousadas, mais equipamentos culturais, se tivermos mais gente vindo do Brasil e do mundo inteiro para cá, mais oportunidades serão geradas. Outra coisa importantíssima para Ilhéus, que é um desejo do prefeito Valderico Júnior, é construir uma nova central de abastecimento. Porque aqui a gente tem essa vocação do comerciante, do feirante, que precisa ser valorizado”, citou.
O ex-prefeito destacou que os projetos da Fiol, ferrovia que ligaria Ilhéus à região de Caetité, e do Porto Sul estão parados há anos, sem a devida preocupação do governador e de seus antecessores. “Isso tudo está parado, e veja há quantos anos eles prometem essas obras. Foi uma promessa de Jaques Wagner, passou por Rui Costa e agora Jerônimo. E é certeza que Jerônimo vai encerrar o governo dele e não vai ter concluído a obra”, afirmou.
Potencial – ACM Neto salientou que Ilhéus pode liderar a transformação da região Sul da Bahia. Ele lembrou da força econômica da região durante a era de ouro do cacau e da crise provocada pela vassoura de bruxa, que trouxe consequências severas para os produtores.
“A gente tem que viver agora olhando para o futuro e então pegar esse mote dos 500 anos de Ilhéus em 2034, reposicionar a cidade, seja com uma nova visão, aproveitando o que há de mais moderno em termos de tecnologia para reinventar o cacau, que, aliás, já está voltando a ter peso. Você vê o preço internacional do cacau crescendo muito, a Bahia voltando a ter uma produção maior, apesar de não ser a primeira do Brasil, que é o absurdo”, afirmou.
Neto exaltou a gestão do prefeito Valderico Junior, que assumiu em janeiro e já vem promovendo uma transformação na cidade e citou também o turismo em Ilhéus e na região como um ponto de grande potencial de desenvolvimento. “Aí eu chamo a atenção, mais uma vez, para a questão do turismo, porque a gente tem que entender qual é a vocação da cidade. O turismo nacional e internacional. Não é só equipamentos, eu falei aqui do aeroporto e da orla de Ilhéus, mas também é investir em promoção para levar a imagem de Ilhéus para outros campos e trazer o interesse, despertar o interesse de visitantes do Brasil e do mundo para Ilhéus e para a região”.
Para ele, Ilhéus pode ser a porta de entrada para o turismo de toda a região Sul da Bahia. “Se você for observar, você tem Salvador em uma ponta, necessário ainda para cima ter um outro hub no Litoral Norte. Depois, você descendo, tem que ser Ilhéus, porque depois tem que ser Porto Seguro, Então, você tem Porto Seguro, Ilhéus, Salvador, e mais uma ponta no litoral norte. Se a gente pegar esses quatro eixos do litoral, como os quatro grandes centros de profusão do turismo de sol e praia, e do desenvolvimento do turismo da Bahia, você muda o jogo e você pode transformar a Bahia no primeiro destino do Brasil. Agora, tem que ter prefeito, tem que ter governador, tem que ter empresário, tem que ter sociedade, as pessoas todas têm que ter esse olhar e esse compromisso”, pontuou.
Bolsonaro expõe sondas e cicatrizes no hospital, e pesquisadores veem estética para unir apoiadores
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem usado filtros ao retratar a sua internação no hospital DF Star, em Brasília. Em uma série de publicações nas redes sociais, ele expõe as sondas e os drenos afixados ao seu corpo seminu, com hematomas e uma cicatriz que tem a extensão do abdômen.
Na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), Bolsonaro recupera-se da cirurgia de desobstrução intestinal a que foi submetido, no domingo (13), depois de ter passado mal, durante uma viagem a Santa Cruz, no Rio Grande do Norte.
Entre vídeos e fotos, a conta de Bolsonaro no Instagram já tem mais de 20 postagens sobre a internação, explicitando as consequências da cirurgia que durou 12 horas.
As imagens, afirmam pesquisadores, avivam a estética do grotesco, marcante no governo passado, e servem agora para unir o eleitorado de direita ao redor da figura do ex-presidente, ainda que a Justiça Eleitoral o tenha declarado inelegível até 2030.
Na última quinta-feira (24), boletim médico havia apontado piora em seu quadro, com “elevação da pressão arterial e piora dos exames laboratoriais hepáticos”. No dia seguinte, um novo informe dizia que o ex-presidente estava estável clinicamente e sem novos picos de subida da pressão. Não há previsão de alta.
Professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (Universidade de São Paulo), Giselle Beiguelman diz que Bolsonaro busca emocionar os apoiadores, uma necessidade diante do surgimento de tantos nomes que já se posicionam como presidenciáveis da direita para 2026 —entre eles, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
Ao mesmo tempo, o ex-presidente angaria apoio popular, meses antes de o STF (Supremo Tribunal Federal) julgar o processo em que ele é acusado de ter planejado um golpe de Estado. “Ele se apresenta nas imagens como o político imbatível, o sobrevivente de 2018. Bolsonaro tranquiliza a militância sobre a sua capacidade de liderança política”, afirma a pesquisadora.
Autora do livro “Políticas da Imagem: Vigilância e Resistência na Dadosfera” (editora Ubu, 2021), Beiguelman conta que a direita bolsonarista entendeu que as imagens, onipresentes nas redes sociais, constituem, hoje, o campo político por excelência. Por isso, as publicações não são apenas documentos sobre o estado de saúde do ex-mandatário, mas peças de comunicação.
Não à toa, a escrita torna-se coadjuvante, reservada a legendas que apenas reiteram, em curtos tópicos, a mensagem das fotografias. Nelas, diz Beiguelman, Bolsonaro assume a posição de uma “vítima resiliente”. O ex-presidente já fez outras cinco cirurgias desde que, em 2018, levou uma facada, durante uma agenda de campanha. As internações passaram a ser conteúdo para as redes, adquirindo significados distintos de acordo com a conjuntura política.
Há quatro anos, quando Bolsonaro vivia um dos momentos de maior pressão em seu mandato, com a CPI da Covid e as evidências de irregularidades no Ministério da Saúde, ele foi internado no hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Uma foto emblemática da ocasião mostra o político sem camisa, com calção de tactel e o peitoral cheio de fios de monitoramento, dando um suave sorriso para as câmeras.
Agora, enquanto está na UTI, Bolsonaro foi intimado da abertura de processo sobre a trama golpista e, na ocasião, gravou um vídeo criticando o ministro do STF Alexandre de Moraes pela medida. O ex-presidente usava sonda nasogástrica e colete para proteger as cicatrizes, enquanto falava, com a oficial de justiça observando-o ao lado de sua cama.
“Você só está cumprindo ordem aqui, mas o pessoal dos tribunais do Hitler também cumpriam sua missão: colocavam judeus na câmara de gás. Todos pagaram seu preço um dia. Não vai ser diferente no Brasil”, disse Bolsonaro, no vídeo publicado em suas redes.
Doutor em comunicação pela Universidade de Brasília (UnB), Leandro Aguiar diz acreditar que as fotos do ex-presidente integram o que ele entende por estética do grotesco, marca do bolsonarismo. Com origem na história da arte, o termo “grotesco” designa um estilo orientado pela busca do horror e do insólito, que pode até provocar o riso e o nojo, como contraponto à beleza harmoniosa, típica da cultura clássica.
“O grotesco nunca provoca indiferença e, por meio dele, Bolsonaro ocupa um espaço diferente na mídia além dos escândalos”, diz Aguiar. “As imagens causam indignação dos seus apoiadores ou da oposição, e a indignação é a mola propulsora do bolsonarismo.” O pesquisador afirma que, embora transmitam simplicidade, as fotos têm sofisticação estética.
“Ele se alia a uma ideia de brasilidade que não é predominante nos movimentos culturais do século 20”, afirma Aguiar. “Podemos pensar na oposição entre a pornochanchada e o Cinema Novo.”
Com as cenas, afirma Aguiar, Bolsonaro apresenta-se como um homem comum e se afasta da liturgia do cargo outrora ocupado por ele. O homem comum torna-se mais próximo da militância, sujeito a sentimentos ambíguos, podendo ser, ao mesmo tempo, agressivo e religioso.
“Vamos superar mais esse desafio, um dia de cada vez”, escreveu o ex-presidente, na legenda de uma foto, publicada no Instagram há duas semanas. “Muito obrigado pelo carinho, pela compreensão e pelas orações.”
Gustavo Zeitel/Folhapress
PM apreende submetralhadora e drogas na Federação
Policiais Militares da 41ª CIPM apreenderam uma submetralhadora e drogas, na tarde de sexta-feira (25), na rua Alto da Bola, bairro da Federação.
Os militares realizavam patrulhamento na localidade, quando avistaram um grupo de homens armados que ao perceber a presença da polícia, atiraram contra a guarnição.
Houve o confronto e após cessar os disparos, os suspeitos fugiram. Foi encontrada uma Submetralhadora, aproximadamente 40 porções de maconha ,35 porções de cocaína e dinheiro em espécie.
Todo material apreendido foi encaminhado à delegacia para tomada das medidas pertinentes.
Registro: 41ª CIPM
Quarenta e duas pessoas são conduzidas e prejuízo chega a R$ 3 milhões
A Polícia Civil da Bahia, por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), conduziu 42 pessoas à delegacia e apreendeu diversos materiais utilizados na prática de crimes relacionados a um esquema fraudulento de consórcios. A ação faz parte da segunda fase da Operação Falso Consórcio, deflagrada para combater a atuação de empresas de fachada na capital baiana. Os procedimentos estão sendo lavrados na sede do Deic para a responsabilização dos envolvidos.
Coordenadas pela Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), as investigações identificaram uma organização criminosa estruturada e hierarquizada, dedicada à aplicação de golpes com falsos consórcios de imóveis, veículos e outros bens. O grupo atraía vítimas por meio de anúncios enganosos em plataformas digitais, oferecendo produtos inexistentes com condições supostamente vantajosas.
Logo após o primeiro contato virtual, os consumidores eram convidados a comparecer às sedes das empresas, localizadas em um prédio comercial na Avenida ACM. No local, os suspeitos orientavam as vítimas sobre o funcionamento dos consórcios e, em alguns casos, promoviam visitas a bens que não existiam. As negociações seguiam até que as vítimas realizassem os repasses financeiros, sem nunca receber qualquer documentação que comprovasse a legalidade da transação.
Durante as diligências, os policiais apreenderam contratos, notebooks, celulares, máquinas de cartão e outros materiais usados para operacionalizar os golpes. O prejuízo estimado das vítimas, somando as duas fases da operação, é de aproximadamente R$ 3 milhões.
Além de estelionato, os investigados podem responder também por propaganda enganosa, exercício ilegal da profissão de corretor de imóveis, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa.
Primeira fase
Cinco pessoas foram presas por suspeita de propaganda enganosa, estelionato e organização criminosa, durante a primeira fase da operação, deflagrada no dia 26 de março deste ano. A quantia de R$ 18 mil, pen drives, dois carros, contratos de consultoria financeira, cadernos de anotações, notebooks e carregadores, máquinas de cartão de crédito, CPUs e celulares foram apreendidos durante as diligências.
Os flagrantes na primeira fase ocorreram após a denúncia de um influenciador digital que foi vítima do golpe praticado pela organização criminosa. Ele comprou um apartamento que nunca foi entregue.
As investigações seguem e novas denúncias continuam sendo recebidas. A Polícia Civil reforça seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos e a responsabilização de todos os envolvidos.
Texto: Ascom PC
PETO prende DJ Rondi com arma e pasta base de cocaína em Itamaraju; laboratório de drogas é fechado
Itamaraju: Rondinele Viana dos Santos, conhecido como "DJ Rondi", foi preso em flagrante na tarde desta sexta-feira (25), por volta das 12h50, na Praça Nações Unidas, centro de Itamaraju (BA). Policiais Militares do Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO) da 43ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) prenderam o suspeito em posse de arma de fogo e pasta base de cocaína, além de desmantelarem um laboratório de drogas que funcionava no local.
Segundo informações da Polícia Militar, a ação foi desencadeada após denúncias anônimas informarem que um homem vestindo camisa vermelha estaria portando uma arma de fogo dentro da loja comercial "Moda 20", localizada na praça. Ao chegarem ao endereço, os policiais do PETO encontraram um suspeito com as mesmas características da denúncia, que se identificou como proprietário do estabelecimento.
Ao ser questionado sobre a denúncia, o homem confessou possuir uma arma de fogo, mas alegou que ela estava guardada no depósito da loja, localizado na parte superior do imóvel. Durante as buscas no local indicado, os militares encontraram não apenas a arma, mas também uma quantidade significativa de drogas e equipamentos característicos de um laboratório de refino.
Confrontado com as evidências, o suspeito confessou que a substância encontrada era pasta base de cocaína e que utilizava o espaço como laboratório para misturar e preparar drogas para comercialização. Ele afirmou ainda que o material pertenceria a um indivíduo identificado como Joandersom, conhecido no meio criminal por “Nego Jô”.
Todo o material encontrado foi apreendido:
- 01 Arma de fogo calibre .32
- 955 gramas de pasta base de cocaína
- 2,785 kg de dióxido de silício (substância frequentemente utilizada para mistura/aumento de volume de drogas)
- 01 Drone
- 02 Balanças de precisão digitais
- 01 iPhone
- 03 Formas metálicas para prensar drogas
- 01 Carteira contendo diversos cartões bancários
- R$ 1.008,00 (mil e oito reais) em espécie
O suspeito foi conduzido e apresentado na Delegacia Territorial da Polícia Civil de Itamaraju, onde foi formalmente identificado como Rondinele Viana dos Santos, o "DJ Rondi". Após a oitiva, o delegado William Pereira autuou Rondinele em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas (Art. 33 do Código Penal Brasileiro) e posse irregular de arma de fogo de uso permitido (Art. 12 da Lei 10.826/2003 - Estatuto do Desarmamento).
Rondinele Viana segue detido na carceragem da Polícia Civil de Itamaraju, à disposição da Justiça, aguardando transferência para o Conjunto Penal de Teixeira de Freitas (CPTF). Foi informado que o suspeito já possui passagens anteriores pela polícia.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews
Dois mortos e armamento apreendido após troca de tiros com a polícia em Eunápolis
Eunápolis: Duas pessoas morreram durante troca de tiros com policiais civis na tarde desta sexta-feira (25), na zona rural de Eunápolis. Segundo a polícia, elas integravam uma quadrilha que assaltou uma fazenda na semana passada. Outros três cúmplices conseguiram escapar.
Os dois baleados chegaram a ser levados ao Hospital Regional, mas não resistiram, conforme atestaram médicos de plantão. Durante a ação, os agentes apreenderam um fuzil calibre 5.56, munições, granadas explosivas e um carro roubado no assalto.
O roubo, de acordo com a polícia, ocorreu no Projeto Maravilha. Foram levados um carro, uma moto, celulares e outros objetos. Nesta sexta-feira, os investigadores da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos descobriram que a quadrilha estava na mesma região.
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Durante o cerco, o veículo dos criminosos atolou em uma estrada. Houve confronto e duas pessoas morreram.
Fonte: Radarnews
Trump e Zelensky conversam por cerca de 15 minutos antes do funeral do papa Francisco, em Roma
Encontro ocorreu na própria basílica de São Pedro, no Vaticano. Eles concordaram em retomar o diálogo no próximo sábado.
Os presidente dos EUA, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se encontraram por cerca de 15 minutos no Vaticano neste sábado (26) e concordaram em se encontrar novamente no mesmo dia da próxima semana para novas conversas, disse um porta-voz de Kiev.
O encontro ocorreu na Basílica de São Pedro, disse o porta-voz, antes do funeral do papa Francisco. Fotos divulgadas pelo gabinete de Zelensky mostraram os dois homens sentados frente a frente no meio de um salão de mármore, sem nenhum de seus assessores por perto.
Outra foto divulgada pelo gabinete de Zelensky mostrou Trump e Zelensky reunidos no mesmo local, juntamente com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o presidente francês, Emmanuel Macron.
Trump e Zelensky discutem há meses um acordo de paz na guerra entre Rússia e Ucrânia.
Cerca de 50 chefes de Estado acompanham a missa, incluindo o presidente Lula. Entre os nomes confirmados também estão o do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o da Argentina, Javier Milei.
Ministério Público Eleitoral pede cassação de vereadores do PSD em Pilão Arcado por fraude à cota de gênero
O Ministério Público Eleitoral (MPE) deu parecer favorável à cassação dos três vereadores eleitos pelo PSD no município de Pilão Arcado, no norte da Bahia, após identificar fraude à cota de gênero nas eleições de 2024. São eles: Dadau Alexandre, Cássio Boca e Paulo José.
Segundo a denúncia acolhida pelo MP, o PSD teria registrado uma candidatura fictícia com o único objetivo de simular o cumprimento do percentual mínimo de 30% de mulheres exigido por lei. A ação foi movida pela coligação Mais Trabalho, Mais Desenvolvimento e pelo então candidato Leosmir Atanazio Gama, agora eleito prefeito.
Após a renúncia da candidata Anatália Lopes da Silva, o partido indicou Andressa Alexandre Silva Pinheiro como substituta. Ela, no entanto, estava com o título de eleitor cancelado, teve o registro de candidatura indeferido, não realizou campanha, não apresentou prestação de contas e não obteve votos.
“Nessa quadra, desconsiderando-se a candidatura, já largamente demonstrada como fictícia, de Andressa Alexandre Silva Pinheiro no pleito de 2024, verifica-se que o PSD concorreu indicando nove candidaturas válidas ao cargo de Vereador, sendo sete homens e duas mulheres. Logo, a chapa do PSD foi composta por 22% de mulheres e 88% de homens desrespeitando a cota de gênero”, diz o parecer da promotora eleitoral Heline Esteves Alves.
Para o MPE, a candidatura de Andressa foi apenas uma manobra para maquiar o descumprimento da legislação.
Com base na jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o MPE defende a cassação de todos os votos recebidos pelo PSD, o cancelamento dos mandatos conquistados pela legenda e a inelegibilidade da candidata Andressa Alexandre Silva Pinheiro. Segundo o órgão, o restante dos investigados não teria participação direta na fraude, motivo pelo qual a pena de inelegibilidade não foi estendida a outros envolvidos.
“Ante o exposto, pela prova carreada aos autos, o Ministério Público Eleitoral se pronuncia pela PROCEDÊNCIA PARCIAL da presente ação, de modo a anular todos os votos recebidos pelos candidatos ao cargo de vereador pelo Partido Social Democrático (PSD) de Pilão Arcado/BA, no pleito de 2024, com a consequente cassação dos mandatos dos vereadores eleitos pela agremiação política, bem como a aplicação de pena de inelegibilidade apenas à investigada Andressa Alexandre Silva Pinheiro, em atenção ao disposto na Súmula n° 73 do TSE”, completa o parecer do Ministério Público.
O caso será examinado pela 195ª Zona Eleitoral de Pilão Arcado.
Política Livre
De azul, Trump destoa do vestuário das demais autoridades
No funeral do papa Francisco, na praça de São Pedro, as autoridades seguiram em geral o protocolo de vestimenta: mulheres trajavam preto e homens usavam ternos escuros, como manda a tradição em cerimônias fúnebres no Vaticano. A exceção foi Donald Trump, que destoou ao aparecer de terno azul, chamando a atenção em meio à formalidade do evento.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta o forte calor romano sob o sol, visivelmente desconfortável, sem óculos ou proteção para a cabeça. Ele recorre a um squeeze para se manter hidratado durante a cerimônia. Já a primeira-dama Janja Lula da Silva, alinhada ao dress code, usava véu preto e óculos escuros. Fiéis improvisam: o libreto da missa serve de leque e para barrar o sol.
José Henrique Mariante/Folhapress
À revelia do TCU, governo tenta emplacar mais um fundo privado para gastar fora do Orçamento
À revelia do TCU (Tribunal de Contas da União), o governo tenta emplacar a criação de forma permanente de mais um fundo privado que pode fazer gastos fora do Orçamento. Um projeto de lei que autoriza a participação da União no fundo privado de Apoio à Infraestrutura para Recuperação e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos está na pauta de votação da próxima segunda-feira (28) na Câmara dos Deputados.
A proposta é relatada pelo petista Nilto Tatto (SP), que juntou num projeto de lei do líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), o conteúdo de duas medidas provisórias do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), editadas no ano passado.
Uma das MPs permitiu a criação do fundo de natureza privada com aporte de R$ 6,5 bilhões para a reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes que atingiram o estado. Com a votação do projeto, o fundo, que é administrado pela Caixa Econômica Federal, passa a ser permanente, podendo receber outros aportes da União.
O presidente do TCU em entrevista à Folha recomenda que a tramitação legislativa do novo fundo privado espere resultado da auditoria sobre fundos privados. “Se o Congresso esperasse um pouco mais, ele poderia agir, deliberar essa nova lei com mais elementos”, disse Vital do Rêgo. Ele vai levar o tema aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em reunião marcada para a próxima semana.
O uso de fundos privados, que ficam fora do Orçamento da União, para bancar políticas públicas foi condenado pela área técnica do TCU, que considera que a União tem recorrido a eles para driblar o Orçamento e fugir dos limites do arcabouço fiscal, que impõe um teto de gastos. Eles veem risco para as contas públicas.
O TCU indicou no julgamento do Pé-de-Meia, em fevereiro, que não vai aceitar que o governo use dinheiro dos fundos privados, em que a União é cotista, para financiar despesas para o pagamento de políticas públicas fora do Orçamento.
Acórdão do julgamento destaca que qualificar como despesa pública os dispêndios de fundos privados “que reputa serem tipicamente de Estado, além de carecer de fundamentação jurídica, colocaria em risco de funcionamento de outros programas essenciais, além do Pé-de-Meia”. O programa de bolsas tem sido financiado com recursos de fundos privados.
Para o TCU, o uso de fundos privados passa a percepção de que há um cumprimento meramente formal do arcabouço fiscal. O julgamento do Pé-de-Meia tem sido apontado como um freio de arrumação para o crescimento do uso de fundos privados pelo governo Lula.
Após o julgamento, Vital do Rêgo designou o ministro Bruno Dantas para relatar a auditoria que está mapeando todas as despesas e políticas públicas financiadas por meio de recursos que não transitam diretamente pelo Orçamento, o que incluiu os fundos privados.
No relatório preliminar, apresentado nesta semana, o TCU alertou que o uso de fundos privados em políticas públicas, como o Pé-de-Meia, gera antagonismo entre as políticas fiscal e monetária, cenário para aumento de juros, alteração no câmbio e impacto na inflação.
“Tem que passar pelo orçamento. Isso já ficou claro no Pé-de-Meia. Ele tem que ser orçamentado em 120 dias”, disse o Vital do Rêgo numa referência ao prazo que o TCU deu ao governo, em fevereiro para incluir as despesas do programa no Orçamento de 2025.
O projeto relatado por Tatto já começou a ser discutido em plenário, no noite da última quarta-feira, quando a liderança do governo deixou claro que não abre mão de manter a palavra “privado” na designação do fundo.
O deputado da oposição Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) apresentou um destaque para retirar a palavra “privado”. Para a líder da minoria, deputada Caroline de Toni (PL-SC), os fundos privados permitem um orçamento paralelo, que esconde a realidade das contas públicas.
“Essa é uma das maiores distorções apresentadas pelo governo. Se, de fato, todos os aportes aos chamados fundos privados estivessem no Orçamento da União como despesas primárias, por que então tanta resistência em nomear esses fundos como públicos, como é natural e transparente? Por que o esforço do governo em manter a palavra “privado” na redação do projeto?”, diz.
A líder da minoria destaca que o esse não é um caso isolado. Ela citou o fundo previsto na Lei do Mover, voltada à política industrial.
Procurado pela reportagem, o relator disse que não poderia falar porque estava em trânsito de uma viagem da Índia para o Brasil. O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que leu o parecer de Tatto no plenário, defendeu o projeto e rechaçou a ideia de que se trata de um orçamento paralelo.
“O gasto desse fundo de natureza privada é executado pelo conselho gestor, que tem uma determinada programação, ele vai executando. A execução é que não está no orçamento, mas o aporte de dinheiro é um aporte público orçamentário”, disse.
Segundo ele, a crítica ao uso de fundos privados é uma visão que o mercado financeiro quer emplacar. Ele disse que o fundo do projeto tem recursos para obras que atravessam dois, três anos. “A melhor forma de você agilizar é criar o fundo de natureza privada.”
Na sua avaliação, como o fundo já existe, se o projeto for votado retirando a palavra privado ficará um vazio jurídico. E admitiu que, se houver sobra do dinheiro do fundo, poderá ser usada para outros fundos.
Adriana Fernandes/Folhapress
Começa funeral de Francisco, com milhares de fiéis e dezenas de autoridades
O funeral do papa Francisco começou às 5h de Brasília deste sábado (26), cinco dias após a sua morte. A missa das exéquias é celebrada em frente à Basílica de São Pedro, voltada para a praça de mesmo nome.
Celebrada pelo decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, a missa fúnebre será acompanhada por quase 170 delegações internacionais, lideradas por chefes de Estado e de governo, além de monarcas.
A primeira fila, ao lado do altar, tem os representantes da Itália e da Argentina, por ser o país-natal do papa. A primeira-ministra Giorgia Meloni e o presidente Javier Milei estão sentados perto um do outro, entre as demais autoridades de seus países.
A lista inclui também os presidentes Donald Trump (EUA), Emmanuel Macron (França) e Marcelo Rebelo de Souza (Portugal); os primeiros-ministros Keir Starmer (Reino Unido), Olaf Scholz (Alemanha) e Viktor Orbán (Hungria); e representantes da União Europeia, como Ursula Von der Leyen e Antonio Costa. Entre os monarcas, os reis de Espanha, Bélgica e Dinamarca. O príncipe William, do Reino Unido, representa o rei Charles 3º.
O presidente Lula está acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.
Após Itália, Argentina e monarcas, a acomodação dos países é definida por ordem alfabética do francês. Ou seja, os EUA não estarão como “United States of America”, mas como “États-Unis d’Amérique”. O presidente Lula deve se sentar perto dos representantes de Canadá e Cabo Verde.
O esquema de segurança em torno do Vaticano, em vigor desde terça-feira (22), foi reforçado ainda mais. Caças, um destróier, radares e dispositivos antidrone estão mobilizados por toda a capital.
São esperadas 200 mil pessoas para acompanhar a cerimônia na praça. Telões foram instalados em outros pontos da cidade. Em três dias de velório, 250 mil foram à basílica se despedir do papa.
A missa das exéquias segue um ritual que foi atualizado pelo próprio papa Francisco no ano passado. Várias etapas que envolvem a morte de um pontífice foram simplificadas, como o caixão, que antes eram três, um dentro do outro, e agora é somente um de madeira.
Na missa, depois dos ritos de introdução, vêm a liturgia da palavra, com a primeira leitura, dos Atos dos Apóstolos, e a segunda leitura, com trecho da Carta de São Paulo aos Filipenses. Após o canto de aclamação do Evangelho, vem a homilia.
Na oração universal, ou oração dos fiéis, um trecho será recitado também em português: “Pelos povos de todas as nações: que, praticando incansavelmente a justiça, possam estar sempre unidos no amor fraterno e busquem incessantemente o caminho da paz.”
Em seguida, vêm os ritos da eucaristia, da comunhão e a Última Recomendação e Adeus, em que é recitada a Súplica da Igreja de Roma, com a menção dos santos, inclusive os papas canonizados, que foram incluídos na revisão feita por Francisco.
Ao fim da missa, o caixão do papa será levado em cortejo para a Basílica de Santa Maria Maior, onde ele escolheu ser sepultado. O deslocamento, transmitido ao vivo, será uma operação sem precedentes. O último papa enterrado fora do Vaticano foi Leão 13, em 1903, na Basílica de São João Latrão.
Lá, o caixão de Francisco será recebido, nos degraus da igreja, por um grupo de 40 pessoas formado por moradores de rua, detentos, imigrantes e pessoas transgêneros. Cada um terá uma rosa branca em mãos.
Por fim, em cerimônia reservada, comandada pelo camerlengo, o cardeal Kevin Farrell, ele será sepultado sob o túmulo de mármore, com a inscrição Franciscus, em latim.
Após 12 anos de papado, o argentino Jorge Mario Bergoglio morreu no último dia 21, aos 88 anos, depois de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral), seguido de coma e parada cardiorrespiratória. Semanas antes, havia ficado internado por quase 40 dias devido a uma pneumonia em ambos os pulmões.
José Henrique Mariante e Michele Oliveira/Folhapress
STF condena a 14 anos mulher que pichou estátua no 8/1
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu pela condenação de Débora Rodrigues do Santos, que pichou a estátua próxima ao tribunal nos ataques de 8 de janeiro, a pena de 14 anos de prisão em regime fechado. Votaram nesse sentido o relator do caso, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cármen Lúcia.
Mais cedo nesta sexta-feira (25), o ministro Luiz Fux votou para condenar a cabeleireira a pena de 1 ano e 6 meses.
O voto foi a primeira divergência em relação a Moraes, que sugeriu pena de 14 anos para a cabeleireira —símbolo do bolsonarismo na ofensiva pela anistia.
Fux ficou isolado no julgamento. Ele foi o único a sugerir a condenação de Débora somente pelo crime de deterioração do patrimônio tombado, excluindo os demais quatro crimes (golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, associação criminosa armada e dano qualificado contra o patrimônio público).
Os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin concordaram com Moraes na condenação de Débora por todos os crimes —o último ministro, porém, sugere uma pena menor, de 11 anos de prisão.
Já havia maioria, portanto, para a condenação da mulher que pichou a estátua, mas o voto decisivo para a dosimetria da pena foi o da ministra Cármen Lúcia.
O resultado do julgamento confirma o isolamento de Fux e seu novo posicionamento diante dos casos de 8 de janeiro na Primeira Turma do STF. No Supremo, somente Kássio Nunes Marques negava que os acusados tinham cometido crimes contra a democracia. Fux sinaliza ser o novo adepto da tese.
A nova posição de Fux, porém, pode embaralhar ainda mais o cenário no plenário do Supremo. As penas sugeridas por Moraes passam a ter somente seis votos no plenário.
Fux rejeitou a condenação de Débora por todos os crimes contra a democracia, como golpe de Estado e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Para ele, Débora deve ser condenada somente pela deterioração do patrimônio tombado.
O voto de Fux, no entanto, é uma virada na posição que ele vinha manifestando até aqui nos casos dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro —até o momento, ele acompanhou Moraes nas propostas de penas elevadas em casos semelhantes ao da pichadora.
“Não há elementos da vinculação subjetiva da ré com outros acusados, necessária para a prova da coautoria nos crimes multitudinários de golpe de estado, abolição violenta do estado democrático de direito, associação criminosa”, disse Fux no voto.
O ministro disse que as provas apresentadas no processo judicial mostram que Débora só permaneceu na parte externa da Praça dos Três Poderes, sem ter entrado em nenhum dos prédios depredados.
“O que se colhe dos autos é a prova única de que a ré esteve em Brasília, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023 e que confessadamente escreveu os dizeres ‘Perdeu, Mané’ na estátua já referida”, afirma.
Fux ainda argumenta que a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) não individualizou a conduta de Débora sobre a suposta adesão à associação criminosa armada que buscava dar um golpe de Estado.
“No presente caso, o que se tem é precisamente o contrário: há prova apenas da conduta individual e isolada da ré, no sentido de pichar a estátua da justiça utilizando-se de um batom”.
Fux apresentou o voto na retomada do julgamento de Débora Rodrigues na Primeira Turma do Supremo. Ele pediu vistas (mais tempo para análise) do caso em março e, após um mês estudando o processo, decidiu revisar a pena sugerida por Moraes.
O julgamento ocorre de forma virtual na Primeira Turma do STF, com término previsto para 6 de maio. Todos os integrantes do colegiado, no entanto, já se manifestaram.
A posição de Fux já era esperada. Ele havia avisado Moraes que pediria vista do caso de Debora. O ministro também anunciou durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela trama golpista de 2022 que analisaria o caso porque considerava a pena excessivamente alta.
“O ministro Alexandre, em seu trabalho, explicitou a conduta de cada uma das pessoas. E eu confesso que em determinadas ocasiões eu me deparo com uma pena exacerbada. E foi por essa razão, dando satisfação à Vossa Excelência, que eu pedi vista desse caso. Eu quero analisar o contexto em que essa senhora se encontrava”, disse
O ministro disse que “debaixo da toga bate o coração de um homem” e defendeu a necessidade de que os ministros do Supremo tenham a “capacidade de refletir”.
“Julgamos sob violenta emoção após a verificação da tragédia do 8 de janeiro. Eu fui ao meu ex-gabinete, a ministra Rosa [Weber] era minha vice-presidente, vi mesa queimada, papéis queimados. Mas eu acho que os juízes na sua vida têm sempre de refletir dos erros e dos acertos”, disse no fim de março.
As declarações de Fux em julgamento de grande apelo popular, televisionado, causaram incômodo entre colegas do Supremo. Nos bastidores, falou-se que o ministro costuma levar em conta avaliações externas sobre a atuação do STF —manifestações populares, da mídia, de comunidades políticas e de círculos jurídicos. Este seria o caso agora, na avaliação desses integrantes da corte.
A mudança de postura de Fux também causou estranhamento entre ministros do STF porque o ministro acompanhou Moraes em quase todas as 500 condenações relacionadas aos ataques aos Poderes.
Moraes e Flávio Dino votaram na primeira parte do julgamento pela condenação de Débora a 14 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio público, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.
“Está comprovado, pelo teor do seu interrogatório policial e judicial, bem como pelas provas juntadas aos autos, que Débora Rodrigues dos Santos buscava, em claro atentado à democracia e ao Estado de Direito, a realização de um golpe de Estado com decretação de ‘intervenção das Forças Armadas’”, disse Moraes no voto.
O relator também acrescentou um complemento do voto no plenário virtual, no qual afirma que a ré confessou participação nos ataques e pediu intervenção militar e ressaltou as provas constantes no processo.
Zanin, o terceiro a condenar Débora por todos os crimes, apresentou seu voto na tarde desta sexta. Ele seguiu sua mesma posição em julgamentos anteriores de casos do 8 de janeiro, sugerindo pena menor que a fixada por Moraes.
A pena de 11 anos é o patamar definido por Zanin para todos os denunciados que comprovadamente tenham participado dos atos de 8 de janeiro, mas não quebraram algo durante os ataques.
O caso de Débora é explorado pelo bolsonarismo na ofensiva pela anistia dos condenados pelos ataques às sedes dos Poderes. Aliados de Jair Bolsonaro tentam levantar a tese de que a mulher somente pichou a estátua com um batom e não deveria ser condenada.
A acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Débora, porém, considera a ação individual da denunciada e a atuação multitudinária —um conceito do direito penal que se refere a crimes cometidos por multidão em tumulto.
A PGR entende que, nesse tipo de crime, cada pessoa que atuou no ataque às sedes dos Poderes tinha o mesmo objetivo: forçar as Forças Armadas a darem um golpe de Estado contra Lula (PT).
Seguindo essa tese, Gonet pede a condenação de Débora não pelo fato de ter escrito na estátua a frase “perdeu, mané”. Para a PGR, a sentença se daria porque a mulher participou do ataque aos Poderes e incentivou uma ruptura democrática.
Débora foi transferida para prisão domiciliar em 28 de março. Ela estava detida no Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro, no interior de São Paulo, havia dois anos.
A flexibilização da prisão foi autorizada por Alexandre de Moraes após o ministro negar nove pedidos de liberdade para Débora.
Moraes argumentou na decisão que Débora ficou presa por dois anos —quase um sexto da possível pena de 14 anos sugerida pelo ministro. Ela tem filho menor de idade e é responsável pelos cuidados da criança, e o ministro considerou a situação.
“Há, portanto, necessidade de compatibilização entre o ‘direito à liberdade’ e a ‘aplicação da lei penal’, com a adequação das necessárias, razoáveis e adequadas restrições à liberdade de ir e vir e os requisitos legais e processuais”, disse.
Em depoimento ao Supremo, Débora Rodrigues pediu desculpas pela participação nos atos de 8 de janeiro e disse que pichou a estátua levada pelo “calor da situação”.
“Quando me deparei lá em Brasília com o movimento, eu não fazia ideia do bem [valor] financeiro e simbólico da estátua. Quando eu estava lá já tinha uma pessoa fazendo a pichação. Faltou talvez um pouco de malícia da minha parte, porque ele começou a escrita e falou assim: ‘Eu tenho a letra muito feia, moça, você pode me ajudar a escrever?’. E aí eu continuei fazendo a escrita da frase dita pelo ministro [Luís Roberto] Barroso”, disse.
Cézar Feitoza/Ana Pompeu/Folhapress
Disparada de fraudes no INSS em 2023 passa por mudança nas regras, omissão e indicações políticas
Os descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS são um problema que começou a entrar no radar em 2018, mas que disparou a partir de 2023, primeiro ano do governo Lula. O forte crescimento dos débitos motivou uma investigação pela Controladoria-Geral da União (CGU), nesse mesmo ano, e culminou na Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal nesta semana.
Os motivos para a explosão dos descontos – quase todos sem autorização – passam pelo afrouxamento das regras, motivada por lobbies no Congresso Nacional, por falhas do INSS no controle e na fiscalização, e por indicações políticas para o órgão. O escândalo levou à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de outros dirigentes do INSS, além da apreensão de carros de luxo, joias e dinheiro vivo.
A auditoria da CGU mostra que o valor dos débitos saltou 34% em 2018, mas caiu nos dois anos seguintes, em 2019 e 2020. Depois disso, voltou a subir a partir de 2021. Em 2023, aumentou 84%, para disparar 119% em 2024. Uma auditoria do próprio INSS verificou aumentos significativos de descontos indevidos em 2023 e 2024, chegando a quase 1,5 milhão de mensalidades no ano passado.
Procurado, o INSS não se manifestou. Em nota divulgada mais cedo, o instituto afirmou que, na atual gestão, “ações imediatas foram tomadas” (leia mais abaixo).
Congresso atuou para impedir revalidação de descontos
A judicialização de muitos casos de descontos indevidos entre os anos de 2017 e 2018 levou o governo Jair Bolsonaro a apertar as regras já no início do seu mandato, pegando carona na Medida Provisória (MP) 871, que tratava das primeiras mudanças relativas à reforma da Previdência.
O texto original, redigido pelo Executivo, estabelecia que todos os descontos nas folhas de pagamento concedidos a associações de aposentados precisariam ser revalidados ano a ano. A ideia era que essa revalidação periódica limpasse as fraudes para trás e coibisse também novos abusos, para frente.
Durante a tramitação do texto no Congresso, contudo, a atuação de lobbies das associações, junto a deputados e senadores, conseguiu prorrogar esse prazo de um ano para três, estabelecendo ainda que a regra só começaria a contar a partir de 31 de dezembro de 2021. A mudança foi sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Quando chegou o prazo, em 2021, o Congresso colocou um “jabuti” em outra medida provisória, prorrogando mais uma vez o prazo: agora, a revalidação seria a cada três anos, podendo ser prorrogado por mais um, a partir de 31 de dezembro de 2022. O novo período foi incorporado pelo INSS em uma instrução normativa de 28 de março de 2022.
Antes que o novo prazo chegasse, também por forte atuação das associações no Congresso, um novo “jabuti” foi inserido na MP 1.107, em 2022, revogando em definitivo qualquer tipo de revalidação de assinaturas e autorizações por parte de aposentados e pensionistas. Com isso, na prática, não houve endurecimento das regras, durante esse período.
Em março de 2024, o então presidente do INSS, Alexandre Stefanutto, revogou a revalidação ao assinar uma instrução normativa sobre os descontos.
Regras frouxas coincide com loteamento político do INSS
A mudança nas regras coincide também com o que seria o loteamento político do INSS a partidos ligados ao Centrão, ainda no governo Jair Bolsonaro. A atuação desse mesmo grupo teria se perpetuado durante o governo Lula, apesar da troca de espectro político entre as duas gestões.
Um ponto de mudança, segundo interlocutores ouvidos pelo Estadão sob reserva, é a nomeação do servidor do INSS José Carlos Oliveira à diretoria de Benefícios do órgão, em maio de 2021. À época filiado ao PSD, Oliveira teve uma ascensão meteórica dentro do governo Bolsonaro: da diretoria de Benefícios, em maio, assumiu a presidência do INSS, em novembro de 2021, para ser nomeado ministro do Trabalho e Previdência, em março do ano seguinte, em cerimônia no Palácio do Planalto.
Com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi nomeado para a diretoria de Benefícios do INSS o servidor André Fidelis. Apesar da troca de governo, Fidelis também tinha ligações com associações e partidos do Centrão e, durante a sua gestão à frente da diretoria, as fraudes ganharam novas proporções, segundo pessoas a par do assunto.
Em junho de 2024, após uma série de reportagens publicadas pelo portal Metrópoles, mostrando a ampliação das fraudes, Fidelis foi exonerado do cargo. Ainda assim, os descontos ilegais não pararam, o que levou a uma atuação mais direta de órgãos de controle.
Procurado, José Carlos Oliveira não se manifestou. A reportagem não conseguiu contato com André Fidelis.
Investigações apontam omissão e falhas do INSS que permitiram aumento das fraudes
As investigações da CGU, da Polícia Federal, do TCU e dos auditores do INSS identificaram falhas do órgão no período em que os descontos irregulares dispararam. Em outras palavras, é como se a porta de entrada dos crimes que vinham acontecendo não tivesse sido fechada, permitindo o aumento nas fraudes.
O relatório da CGU sobre o esquema afirma que “o INSS não implementou controles suficientes para mitigar os riscos de descontos indevidos.” O mesmo entendimento foi citado pela PF.
O TCU, em uma análise paralela no ano passado, também verificou falhas de controle no INSS que permitiram os descontos indevidos. A Corte de Contas alertou que o órgão poderia ser responsabilizado pelos danos aos aposentados em virtude das mensalidades ilegais.
Uma auditoria feita por técnicos do próprio INSS, em 2024, encontrou brechas nos acordos firmados pelo órgão com os sindicatos, ausência de fiscalização das mensalidades e erros na avaliação de parcerias com entidades suspeitas.
No mesmo ano, o INSS baixou a Instrução Normativa 162, de 28 de março, que exigiu reconhecimento biométrico e assinatura eletrônica, por parte de aposentados e pensionistas, para a concessão dos descontos.
Como mostrou o Estadão, a mesma norma, assinada pelo presidente afastado do INSS Alessandro Stefanutto, também eximiu o órgão de culpa por qualquer desconto indevido.
“O INSS não responde, em nenhuma hipótese, pelos descontos indevidos de mensalidade associativa, restringindo-se sua responsabilidade ao repasse financeiro à entidade em relação às operações devidamente autorizadas pelos beneficiários.”
Governo culpa digitalização; INSS diz que tomou ‘ações imediatas’
O governo atual alega que a digitalização permitiu o aumento do número de associações conveniadas com o INSS, e isso potencializou as fraudes por meio dos descontos. Auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) mostra que as associações conveniadas saltaram de 15, em 2021, para 22, em 2022, indo a 27 e 33, nos dois anos seguintes.
O INSS, por sua vez, disse em nota que apenas uma associação alvo de ações judiciais pela Operação Sem Desconto firmou contrato no atual governo, e que os problemas tiveram início no governo anterior. O texto diz que os acordos de cooperação foram suspensos, após a Operação da Polícia Federal, e que os valores descontados de forma indevida serão devolvidos após avaliação de grupo de Advocacia-Geral da União (AGU).
Além disso, afirmam que “ações imediatas” foram tomadas pela atual gestão para coibir irregularidades, e que somente uma associação investigada pela CGU assinou acordo com o órgão em 2023.
“Das 11 entidades investigadas pela CGU, somente uma teve acordo assinado em 2023. As demais são de 1994, 2014, 2017 (2), 2021 e 2022 (5). Como é possível observar, esses descontos vinham ocorrendo em governos anteriores. Na atual gestão, ações imediatas foram tomadas”, disse o órgão.
Entre as medidas citadas em uma lista, a partir de 2024, estão o uso de assinatura eletrônica avançada e biometria (para novos contratos), limitação de desconto a 1% do limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e reformulação da diretoria de Benefícios, em junho de 2024.
Segundo o órgão, a biometria está em pleno funcionamento desde fevereiro de 2025 e houve aumento dos cancelamento entre 2023 e 2025.
Alvaro Gribel/Daniel Weterman/Estadão
Carcereiros de Alagoas temem cenário de tensão com prisão de Collor em Maceió
O Sindicato dos Policiais Penais de Alagoas diz que está atento para “eventuais mordomias” que venham a ser concedidas ao ex-presidente Fernando Collor no presídio Baldomero Cavalcanti Oliveira, para o qual foi encaminhado, em Maceió.
Segundo a entidade, a unidade é um “barril de pólvoras de alta precariedade”. “Qualquer evidência de benefício ao ex-presidente e ex-governador pode detonar a revolta de outros presos”, afirma o sindicato.
Collor chegou ao presídio por volta das 14h30 desta sexta-feira (25), após fazer exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal).
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu que o ex-presidente deverá ficar preso em ala especial do presídio.
Fábio Zanini/Folhapress
Velório de Francisco termina, e Vaticano inicia preparação para funeral na manhã deste sábado
O velório do papa Francisco foi encerrado às 14h de Brasília desta sexta-feira (25), com o fechamento das portas da Basílica de São Pedro. Desde quarta-feira (23), ao menos 250 mil pessoas passaram para ver seu caixão, segundo o Vaticano. Nas duas madrugadas, a igreja foi mantida aberta para receber fiéis e turistas, que formaram longas filas no entorno da praça São Pedro. Quem entrou até as 14h foi autorizado a concluir a visita.
Uma hora depois do encerramento, começou a cerimônia reservada de fechamento do caixão, em preparação para o funeral, que ocorre neste sábado (26) a partir das 5h de Brasília.
Aos 88 anos, o papa morreu na segunda-feira (21), após um AVC (acidente vascular cerebral) seguido de coma e parada cardiorrespiratória. Semanas antes, ele havia ficado internado por quase 40 dias devido a uma pneumonia em ambos os pulmões.
Na quarta, as filas para se despedir de Francisco começaram a se formar mesmo antes de encerrada a cerimônia da chegada do seu caixão à basílica, depois de velório reservado na Casa Santa Marta, onde ele morava no Vaticano.
Ainda em fase de organização, o primeiro dia foi marcado pela longa espera que os fiéis tiveram que enfrentar, dentro e fora da igreja, até a chegada aos pés do caixão do papa, posicionado no altar da Confissão. Alguns passaram até cinco horas na fila, muitos sob o sol. A basílica ficou aberta durante quase toda a madrugada. Nas primeiras 24 horas, cerca de 50 mil viram o papa.
No dia seguinte, o Vaticano amanheceu com seu entorno mais organizado, com agentes de polícia e da proteção civil orientando os pedestres ainda no caminho para a praça.
Nesta sexta, último dia de visitação pública e feriado nacional na Itália (Dia da Liberação, que lembra os 80 anos do fim da ocupação nazista), as redondezas do Vaticano amanheceram tomadas por visitantes. Quem chegava perto do caixão tinha poucos segundos para avistá-lo, com os seguranças que impunham um ritmo acelerado aos passantes.
Durante todo o velório, o público que foi à basílica misturou fiéis e religiosos com turistas e curiosos –uns se comoviam diante do papa, muitos chegavam ávidos por uma foto. Adolescentes e jovens marcaram presença, na cidade para o Jubileu dos Adolescentes, parte importante do calendário do Jubileu da Igreja, a cada 25 anos.
Por volta das 12h de Brasília desta sexta, o acesso à fila para entrar na igreja foi suspenso. A proteção civil italiana emitiu um raro alerta para os celulares de quem estava em Roma avisando do encerramento da visitação, para que as pessoas não se dirigissem à praça São Pedro.
Também homenagearam o papa diversas autoridades, como a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, logo no primeiro dia, e o presidente Lula, que chegou a Roma nesta sexta. Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, estavam acompanhados por ministros, presidentes do Congresso e ministros do Supremo Tribunal Federal. A ex-presidente Dilma Rousseff também estava no grupo, na condição de presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco do Brics.
Em 2005, o velório público do papa João Paulo 2º durou seis dias e atraiu cerca de 3 milhões de pessoas, com até 13 horas de espera. Em 2022, a visitação ao papa Bento 16 aconteceu durante três dias, com total de 195 mil pessoas.
O ritual do fechamento do caixão foi comandado pelo cardeal camerlengo, Kevin Farrell, que abriu a cerimônia com uma oração. Em seguida, o chefe de celebrações litúrgicas, Diego Ravelli, fez a leitura da biografia de Francisco, com menção aos seus feitos mais importantes.
Após cantos e orações, o camerlengo retoma a palavra. “Que seu rosto, que perdeu a luz deste mundo, seja iluminado para sempre pela verdadeira luz que tem em ti sua fonte inesgotável”, disse Farrell.
Em seguida, Ravelli cobriu o rosto de Francisco com um véu de seda branca e o camerlengo borrifou água benta sobre o corpo. Foram colocados dentro do caixão uma bolsa com moedas e medalhas fabricadas durante o papado e o texto da biografia, que fica em um tubo.
Ravelli, então, fechou o caixão com a tampa de zinco, a cruz, o brasão escolhido por Francisco e a placa com seu nome e a duração do papado, que depois foi soldada e lacrada pelo camerlengo. A tampa de madeira também foi colocada, e o caixão foi, enfim, fechado completamente.
Michele Oliveira/José Henrique Mariante/Folhapress
Policiais do 9º Batalhão são condecorados com a Medalha Marechal Argolo-Visconde de Itaparica.
O 9º Batalhão/Vitoria da Conquista tem a honra de ter, dentro do seu efetivo, quatro policiais militares agraciados com a Medalha Marechal Argolo - Visconde de Itaparica, por bons serviços prestados à PMBA, conforme publicação em Diário Oficial do Estado, desta sexta-feira, 25.04.25.
Foram condecorados os seguintes policiais militares:
1. Cap PM Débora Brito Nascimento Costa;
2. Subten PM Jackeline de Oliveira Sá Cordeiro Santos;
3. 1ª Sgt PM Daniela Cristina de Souza Lima, e;
4. Cb PM Ruben Ribeiro Costa Nascimento.
O Comandante do 9º Batalhão parabeniza os seus policiais militares pela honraria, ao tempo que se sente deveras lisonjeado pelo 9º BEIC ter sido reconhecido, através de seus quatro policiais militares, merecidamente, agraciados.
PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Fonte: ASCOM/9° BEIC
Instituto diz que proibição de celulares em julgamentos de trama golpista é ‘grave’
O Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) diz ser uma “grave limitação às prerrogativas da advocacia” a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de proibir advogados de usarem celulares nos julgamentos da trama golpista.
O presidente da Primeira Turma do Supremo, Cristiano Zanin, determinou na última terça (22) que os celulares de advogados e jornalistas que acompanham o julgamento do núcleo 2 da trama golpista fossem lacrados.
A justificativa apresentada foi o descumprimento de normas do tribunal na sessão em que Jair Bolsonaro (PL) se tornou réu, com pessoas filmando a entrada do ex-presidente no colegiado.
A entidade afirma que o celular “não é apenas uma câmera, mas instrumento de trabalho essencial, permitindo acesso a autos digitais, legislação atualizada, precedentes, anotações”.
“A restrição ao seu uso, sem previsão legal ou regimental, é grave limitação às prerrogativas da advocacia e, por consequência, ao próprio exercício do direito de defesa”, afirma ainda.
O IDDD argumenta que a decisão do STF pode também encorajar “determinações similares por magistrados em todo o país, comprometendo o direito de defesa e as prerrogativas profissionais da advocacia de modo sistêmico”.
O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Beto Simonetti, se reunirá na próxima segunda (28) com Zanin para discutir a medida. Na terça, a entidade já havia enviado ao ministro uma petição afirmando que a determinação de lacrar os telefones era uma violação grave das prerrogativas profissionais.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), participou, na noite de quarta (23), do coquetel de lançamento do festival Fronteiras do Pensamento que promove encontros com pensadores, artistas, cientistas e outras personalidades. A gerente-executiva de comunicação da Fundação Itaú, Ana de Fátima Souza, o presidente da DC Set Group, Dody Sirena, e a diretora de relações institucionais da Sulgás, Carolina Bahia, também marcaram presença no evento, realizado em um restaurante na zona sul de São Paulo.
Mônica Bergamo, Folhapress
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