Niltinho admite movimento conjunto de deputados do PP para saída do partido

Foto: Política Livre/Arquivo

Líder do PP na Assembleia Legislativa, o deputado Niltinho admitiu ao Política Livre que ele e outros três colegas de bancada devem deixar o partido de forma conjunta após o anúncio da federação com o União Brasil. A informação foi divulgada inicialmente pela coluna Radar do Poder na semana passada.

“Temos uma bancada de seis deputados na Assembleia. Mas há um grupo de quatro que tem uma relação mais próxima, formado por mim e pelos deputados Eduardo Sales, Hassan Iossef e Antonio Henrique Júnior. Estamos conversando sobre tomar um caminho único. Todos sabem que nos colocamos contra essa federação, que torcemos contra, mas foi um movimento nacional, do qual não participamos”, declarou Niltinho.

Os outros deputados do PP na Assembleia são Nelson Leal e Felipe Duarte. Os dois também devem deixar o partido na janela partidária de 2026 – o segundo está de malas prontas para o Avante. Toda a bancada pepista na Casa integra a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e deseja apoiar a reeleição do petista no pleito de 2026. A federação, por sua vez, deve ser controlada na Bahia pelo União Brasil, partido do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União).

A coluna Radar do Poder revelou que o bloco dos quatro deputados estaduais do PP tem dialogado com o PDT, o Podemos, o PSB, o Avante e o PSD. Niltinho não quis entrar em detalhes sobre o futuro partidário. “Vamos analisar o cenário. Tem que ser um partido da base do governo e que tenha disposição em receber os quatro, de preferência. Vamos, inclusive, ouvir o governador sobre isso no momento certo”, pontuou.

O Podemos já abriu as portas para abrigar os pepistas insatisfeitos. Entretanto, o partido discute nacionalmente uma fusão com o PSDB, sigla da oposição na Bahia. Os parlamentares do PP aguardam a conclusão desse movimento.

O PDT e o PSB não aceitariam a filiação em bloco, para não prejudicar candidaturas internas consideradas prioritárias. Sobre o PSD e o Avante, a coluna do site informou que o Palácio de Ondina não gostaria de ver as duas siglas ainda mais fortalecidos, buscando equilibrar o jogo partidário entre os aliados.

Unidos, os deputados do PP teriam mais força para ampliar ou manter os espaços que ocupam atualmente no governo (as diretorias do Detran), mesmo diante da federação com o União Brasil e o fim das conversas entre o Palácio de Ondina e a cúpula pepipsta sobre cargos no primeiro escalão.

“Não estamos pensando apenas nas próprias eleições. Pretendemos seguir de mãos dadas, buscando o melhor caminho para as eleições de 2026 juntos. Nossa meta é estarmos unidos e junto com Jerônimo”, concluiu Niltinho.

Política Livre

Juíza que anulou decisão de prisão contra Evo Morales na quarta (30) é presa na Bolívia

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil/Arquivo

A polícia da Bolívia prendeu nesta segunda-feira (5) a juíza Lilian Moreno que, na última quarta-feira (30), anulou uma ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, devido a um caso no qual ele é acusado de estuprar e traficar uma adolescente. A decisão da juíza já havia sido suspensa por outro tribunal, informou o Ministério Público.

A prisão ocorreu em Santa Cruz de la Sierra, no leste do país, onde fica gabinete da juíza. Ela também rejeitou as acusações contra o líder indígena, o congelamento de seus bens e a proibição de deixar o país.

“Com uma resolução fundamentada, os policiais cumpriram” uma ordem de prisão contra a juíza Lilian Moreno, disse Roger Mariaca, procurador-geral da Bolívia, em entrevista coletiva.

No domingo (4), o Ministério da Justiça anunciou que havia denunciado a magistrada pelos supostos crimes de desobediência a resoluções constitucionais e prevaricação, que consiste em ditar disposições fora da lei.

Segundo a acusação, o ex-presidente teve uma relação com uma garota de 15 anos em 2015, com quem teve uma filha um ano depois. A acusação afirma que Evo concedeu benefícios aos pais em troca de sua filha, que fazia parte da “guarda juvenil” do então partido do ex-presidente. Ele nega essas acusações.

Desde janeiro, o ex-presidente está refugiado em Chapare, reduto da produção de coca no centro do país, onde vive cercado por apoiadores. Um tribunal determinou sua prisão, mas ele resiste à detenção.

Evo, 65, governou a Bolívia entre 2006 e 2019. Após declarar-se vencedor para um quarto mandato, renunciou em meio a denúncias de fraude e foi para o exílio no México. Ele foi sucedido por Jeanine Áñez, que assumiu interinamente, mas acabou presa dois anos depois, acusada de envolvimento em golpe de Estado.

De volta ao país, Evo apoiou a eleição de seu ex-ministro Luis Arce, de quem depois se desassociou. A tensão entre ambos se agravou após a tentativa de golpe militar em junho de 2024, liderada pelo general Juan José Zúñiga, que cercou o palácio presidencial com tanques.

Zúñiga, preso em seguida, declarou ter agido sob ordens de Arce —o presidente nega. Evo acusou o atual governo de tentar barrar seu retorno ao poder por meio de um autogolpe.

Apesar de planejar nova candidatura, Evo foi declarado inelegível pela Justiça.
Folhapress

Prefeitura de Ibirataia dá posse a novos aprovados do concurso público 2024

Cerimônia realizada nesta segunda-feira, 05, oficializou a nomeação de mais candidatos do Edital nº 001/2024, reforçando o quadro de servidores efetivos no município.

A Prefeitura de Ibirataia realizou, nesta segunda-feira (05), a cerimônia de posse de mais candidatos aprovados no concurso público referente ao Edital nº 001/2024. A solenidade aconteceu na prefeitura e contou familiares dos empossados e representantes da administração pública. 

A iniciativa faz parte do compromisso da gestão em fortalecer os serviços públicos, garantindo mais eficiência e qualidade no atendimento à população. Os novos servidores ocuparão cargos na Secretaria Municipal de Educação, contribuindo diretamente para o desenvolvimento do município.  

A convocação gradativa dos aprovados demonstra o planejamento da Prefeitura em valorizar o funcionalismo e atender às demandas da comunidade. A lista completa dos empossados está disponível no site oficial da Prefeitura

O Governador Jeronimo Rodrigues é denunciado no MP e MPF por incitação à violência

O vereador de Salvador, Cezar Leite (PL-BA), formalizou nesta segunda-feira (5), uma ação junto ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao Ministério Público Federal (MPF) contra o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), em razão das declarações polêmicas proferidas pelo petista durante evento em João Dourado na última sexta-feira (2). Na ocasião, o chefe do Executivo baiano fez referência a levar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus eleitores “para a vala”.

Ao justificar a medida, Cezar Leite citou dispositivos legais que enquadrariam as falas do governador como conduta criminosa e violação dos princípios constitucionais da administração pública. Entre as bases jurídicas apresentadas estão o artigo 286 do Código Penal (incitação ao crime), o artigo 287 (apologia a fato criminoso) e a Lei de Improbidade Administrativa (8.429/92), que veda atos de desrespeito à dignidade do cargo público.

“Nós entramos com uma notícia de fato no Ministério Público Estadual, e no Ministério Público Federal. Essa é a base jurídica: incitação ao crime, artigo 286, incitar publicamente prática de crime, detenção de 3 a 6 meses. Apologia ao crime (artigo 287 do Código Penal), fazer publicamente apologia de fato criminoso ou de autor de crime e violação dos princípios da administração pública (Constituição Federal, artigo 37). Como a declaração dele não é compatível com os princípios de moralidade; ele é um governador. O ato de improbidade administrativa, Lei 8429/92, artigo 11: promover discurso incompatível com a dignidade do cargo que ele exerce como governador, estimular o ódio político, que ele tá fazendo, e atingir de forma genérica e difusa a coletividade de cidadãos com determinadas convicções ideológicas”, disse o vereador.

Ciro Gomes critica troca de Lupi por escolhido de Lula: ‘Muito envergonhado’

O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, que disputou a Presidência da República pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) nas eleições de 2018 e 2022, demonstrou insatisfação com a troca de comando no Ministério da Previdência. No último dia 2, Carlos Lupi foi substituído por Wolney Queiroz, também integrante do partido, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável”, afirmou Ciro em comentário na publicação oficial do partido sobre a mudança de ministro.

Lupi, presidente licenciado do PDT, deixou o ministério na última sexta-feira, após o desgaste provocado pelo escândalo dos descontos irregulares de aposentadorias, envolvendo entidades que mantinham convênios com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O valor estimado soma R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, segundo a Polícia Federal. Mas, se retroagir a data até 2016, esse valor sobe para quase R$ 8 bilhões referentes a descontos sem autorização.

Embora o ex-ministro não seja alvo direto da investigação, a permanência dele ficou inviável. Na crise, o presidente Lula demitiu Alessandro Stefanutto, nomeado por Lupi, da presidência do INSS.

Wolney atuava como braço direito de Lupi na pasta. A escolha dele para o cargo reacende tensões internas no partido. Em 2022, o agora ministro não se envolveu na campanha presidencial de Ciro Gomes e demonstrou maior proximidade com Lula, chegando a integrar a equipe de transição após a vitória do petista.

A posição crítica de Ciro em relação ao governo Lula não é maioria dentro do PDT, que formalizou apoio à coligação liderada pelo PT ainda no segundo turno das eleições de 2022. Ciro, por sua vez, mantém forte vínculo com Lupi, que voltará a comandar o PDT após sua saída do ministério.

Lucas Keske, Estadão Conteúdo

Após ,governador sugerir “levar para vala” bolsonaristas Leandro de Jesus protocola impeachment de Jerônimo Rodrigues

O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) protocolou, nesta segunda-feira (5), na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), um pedido de impeachment do governador Jerônimo Rodrigues (PT) após falas do gestor que sugeriram “levar para a vala” tanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto os seus apoiadores.

No pedido, Leandro justifica que “tal manifestação do governador, revestida de nítido conteúdo simbólico e literal de incitação à violência, extrapola os limites da liberdade de expressão, configurando potencial estímulo à eliminação física de opositores políticos. A utilização de imagens como retroescavadeiras e valas comuns remete a práticas de extermínio e viola frontalmente os princípios constitucionais da dignidade humana, da liberdade de consciência e do pluralismo político”.

O deputado lembrou que na Constituição do Estado, no Artigo 106, são crimes de responsabilidade os atos do Governador que atentem contra a Constituição Federal ou esta Constituição e, especialmente, contra: “III – o exercício dos direitos políticos, sociais e individuais; A frase, por seu conteúdo e forma, representa incitação à violência política contra os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), configurando discurso de ódio e grave ameaça ao exercício dos direitos políticos e individuais dos cidadãos que divergem politicamente do Chefe do Executivo Estadual. Ao sugerir que tais eleitores sejam levados “para a vala” por meio de uma retroescavadeira, o Governador ultrapassa os limites do discurso político e atenta frontalmente contra princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito”.

Para embasar o pedido de impeachment, o deputado Leandro de Jesus, no documento, acrescentou que no Artigo: 7º da Lei de Impeachment (nº 1.079/1950) são crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais: 1- impedir por violência, ameaça ou corrupção, o livre exercício do voto;

“A fala do governador se enquadra como ameaça, na forma literal da norma, pois cria um ambiente de intimidação e hostilidade contra uma parcela da população, em razão de seu voto em pleito anterior. Ainda que não tenha havido coação física direta, o discurso tem nítido caráter intimidatório e persecutório, capaz de inibir o exercício livre e consciente do direito ao voto por parte de opositores políticos, ferindo diretamente os fundamentos do pluralismo e da democracia”, cita o parlamentar.

*Notícia de Fato*

Além do pedido de impeachment, Leandro de Jesus também protocolou no Ministério Público da Bahia (MP-BA) um pedido de Notícia de Fato diante das declarações do governador. “Diante da gravidade da fala e de sua incompatibilidade com os deveres institucionais do cargo ocupado, requer-se a apuração dos fatos pelo Ministério Público, com vistas à responsabilização cível, administrativa e, se cabível, penal, do agente público pela incitação ao ódio político e atentado à ordem democrática”, completou.

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