Mãe e padrasto presos mantinham em celulares vídeos que mostram abusos contra filha de 3 anos, diz polícia
Denúncia foi feita à Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) por homem com quem a suspeita mantinha uma relação extraconjugal. Casal teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta quinta-feira (11).
Mãe e padrasto de uma menina de 3 anos presos em Ribeirão Preto (SP) mantinham nos celulares vídeos dos abusos sexuais cometidos contra a filha, segundo a Polícia Civil. De acordo com o boletim de ocorrência, as imagens de atos libidinosos encontradas nos telefones não deixam dúvida sobre a prática de estupro de vulnerável.
Leiliane Vitória Oliva Coelho, de 22 anos, e o companheiro dela, Andrey Gabriel Eduardo Bento Zancarli, de 23 anos, foram presos na noite de quarta-feira (10). Segundo a Polícia Civil, ambos negam ter cometido estupro, mas admitiram que gravaram os vídeos encontrados nos celulares.
A delegada Michela Ragazzi, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), afirmou que as filmagens tinham como objetivo satisfazer fantasias sexuais deles.
"Eles disseram que essas trocas de mensagens contêm fantasias sexuais realizadas entre eles e que efetivamente eles não expunham a criança a nenhum ato libidinoso ou sexual. Porém, as imagens e as mensagens serão periciadas", diz a delegada Michela Ragazzi, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
A denúncia foi feita à Polícia Civil por um homem com quem Leiliane mantinha uma relação extraconjugal depois que ele descobriu no celular dela as trocas de mensagens do casal envolvendo os abusos contra a menina
Em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, ao deixar a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) na quinta-feira (11), Leiliane reconheceu a produção de pelo menos um vídeo.
"Eu amo a minha filha, não sei o que deu em mim. Um vídeo estragou tudo. Uma coisa ruim que você faz anula todas as coisas boas. Eu mereço tudo o que vier, o que me acontecer, mereço tudo", afirmou Leiliane, ao deixar a delegacia após prestar depoimento nesta quinta-feira (11).
O casal deve responder por estupro de vulnerável, crime que pela legislação brasileira não exige a ocorrência de conjunção carnal para ser configurado, além de divulgação de cenas de sexo e exploração sexual infantil.
Os dois tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça.
Comportamento retraído
Além da vítima, Leiliane é mãe de um bebê de quatro meses, fruto do relacionamento dela com Andrey.
O homem que denunciou o casal contou que a menina de 3 anos apresentava comportamento retraído. Segundo ele, a criança acordava assustada e pedindo para "parar", situação que causava estranhamento.
Ele contou à polícia que Andrey resistia em colocar a criança na creche, afirmando que ele mesmo cuidaria dela.
De acordo com o boletim de ocorrência, na terça-feira (9), como tinha acesso ao celular de Leiliane, o amante identificou conversas dela com o companheiro contendo vídeos que a mostravam molestando a filha.
Capturas de tela das mensagens foram entregues por ele à polícia.
A polícia cumpriu mandados expedidos pela Justiça na última quarta-feira e encontrou os conteúdos dos abusos cometidos contra a menina nos celulares do casal.
O que diz o padrasto
Na saída da DDM, Andrey admitiu que errou, mas negou que tenha cometido abusos sexuais.
"Foi mais por causa que gostava muito da pessoa. Basicamente por isso. A gente não estuprou uma criança, a gente acabou nem tocando nela. Não está tudo bem, não acho que está tudo bem. Sei que foi um erro gigantesco, mas a única coisa que posso deixar claro é que a gente não tocou na menina, não fez nada sexual com ela, nada do tipo", disse.
Investigação
Os telefones apreendidos pela Polícia Civil passarão por perícia e não há prazo para a conclusão da análise.
A polícia pretende descobrir ainda há quanto tempo os abusos estavam acontecendo. Uma suspeita é de que a menina era dopada durante a prática dos crimes.
O pai biológico da vítima não vive em Ribeirão Preto, mas viajou até a cidade nesta quinta-feira para acompanhá-la nos próximos passos da investigação. A menina vai passar por atendimentos médicos e exames de corpo de delito.
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Uma escuta especializada, procedimento autorizado pela Justiça e que envolve um psicólogo para ouvir menores de idade vítimas de algum tipo de violência, pode ser solicitada pela investigação.
Advogado e professor de direito penal na USP, Daniel Pacheco explica que, em crimes mais leves, mães de bebês podem conseguir prisão domiciliar. Mas a situação de Leiliane é diferente porque as suspeitas são de que ela cometeu delito contra a própria filha.
"A lei proíbe expressamente que exista a prisão domiciliar quando o crime foi praticado contra descendente, que é, possivelmente, o caso aqui. Pelo menos, a acusação é essa, de que teria sido um crime praticado contra o filho. Então, neste caso, muito embora ela possa estar amamentando, muito embora possam ter pessoas que dependam dela, a tendência é que ela permaneça em prisão preventiva e não tenha direito à prisão domiciliar".
Se comprovadas as suspeitas, mãe e padrasto podem ser condenados a mais de 20 anos de prisão.
Por Murilo Badessa, Thaisa Figueiredo, EPTV e g1 Ribeirão e Franca
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