Juíza que anulou decisão de prisão contra Evo Morales na quarta (30) é presa na Bolívia
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Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil/Arquivo |
A polícia da Bolívia prendeu nesta segunda-feira (5) a juíza Lilian Moreno que, na última quarta-feira (30), anulou uma ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, devido a um caso no qual ele é acusado de estuprar e traficar uma adolescente. A decisão da juíza já havia sido suspensa por outro tribunal, informou o Ministério Público.
A prisão ocorreu em Santa Cruz de la Sierra, no leste do país, onde fica gabinete da juíza. Ela também rejeitou as acusações contra o líder indígena, o congelamento de seus bens e a proibição de deixar o país.
“Com uma resolução fundamentada, os policiais cumpriram” uma ordem de prisão contra a juíza Lilian Moreno, disse Roger Mariaca, procurador-geral da Bolívia, em entrevista coletiva.
No domingo (4), o Ministério da Justiça anunciou que havia denunciado a magistrada pelos supostos crimes de desobediência a resoluções constitucionais e prevaricação, que consiste em ditar disposições fora da lei.
Segundo a acusação, o ex-presidente teve uma relação com uma garota de 15 anos em 2015, com quem teve uma filha um ano depois. A acusação afirma que Evo concedeu benefícios aos pais em troca de sua filha, que fazia parte da “guarda juvenil” do então partido do ex-presidente. Ele nega essas acusações.
Desde janeiro, o ex-presidente está refugiado em Chapare, reduto da produção de coca no centro do país, onde vive cercado por apoiadores. Um tribunal determinou sua prisão, mas ele resiste à detenção.
Evo, 65, governou a Bolívia entre 2006 e 2019. Após declarar-se vencedor para um quarto mandato, renunciou em meio a denúncias de fraude e foi para o exílio no México. Ele foi sucedido por Jeanine Áñez, que assumiu interinamente, mas acabou presa dois anos depois, acusada de envolvimento em golpe de Estado.
De volta ao país, Evo apoiou a eleição de seu ex-ministro Luis Arce, de quem depois se desassociou. A tensão entre ambos se agravou após a tentativa de golpe militar em junho de 2024, liderada pelo general Juan José Zúñiga, que cercou o palácio presidencial com tanques.
Zúñiga, preso em seguida, declarou ter agido sob ordens de Arce —o presidente nega. Evo acusou o atual governo de tentar barrar seu retorno ao poder por meio de um autogolpe.
Apesar de planejar nova candidatura, Evo foi declarado inelegível pela Justiça.
Folhapress
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