Empresas avaliam trocar a Bolsa brasileira pela a americana

Foto: Dario Oliveira/Arquivo/Estadão/Bolsa de Valores

Um grupo de empresas brasileiras com ações na B3 – entre elas, Banco Inter, Locaweb, Americanas e Natura – se prepara para negociar seus papéis nos EUA. Depois de o País ter visto um movimento de companhias abrindo capital diretamente em Nova York, como a XP e a Stone, agora empresas tradicionais, que já têm papéis listados no mercado de São Paulo, buscam migrar para o exterior.

Por trás dessa movimentação, está a busca por estabilidade e menor exposição ao risco Brasil, além da facilidade de acesso a novos investidores para financiar ambições de internacionalização. Até sexta-feira, o índice S&P 500 registrava alta de 22% no ano, enquanto a Nasdaq exibia variação de 20%. Na contramão, o Ibovespa amargava baixa de 14%.

Para fazer esse movimento rumo a Nova York, as empresas terão de abrir uma sede lá fora – a Natura, por exemplo, deve optar por uma holding. Na semana passada, o conselho do Inter deu o aval para a mudança. Já a Locaweb, de serviços digitais, e a gigante Americanas estão se organizado para trilhar o mesmo caminho.

Mas o que muda na prática? As empresas passariam a ter uma dupla listagem em Bolsa – com recibos de suas ações (os chamados BDRs) oferecidos na B3, mas tendo os EUA como o mercado principal para a negociação dos seus papéis. E passariam a se reportar também ao regulador americano.

Do lado dos investidores, em vez de ter nas mãos diretamente ações da companhia, passariam a ter acesso aos BDRs. E aí, além do risco da variação do mercado, teriam de enfrentar as flutuações do câmbio. Se alguma empresa vier realmente a mudar seus papéis para os EUA, o investidor local terá dois caminhos: receber o valor equivalente ao papel em BDR ou, então, vender a ação.

As empresas brasileiras com planos engatilhados para mudar a listagem de suas ações para os Estados Unidos afirmam que o movimento poderá agilizar a captação de recursos para avançar em estratégias de internacionalização. Mas, além disso, a migração pode servir a outro propósito: fugir da aversão do mercado internacional ao Brasil em tempos de turbulência política e econômica.

Segundo o sócio do PGLaw e professor na USP, Carlos Portugal Gouvêa, a imagem do Brasil hoje não é boa. “Muitos investidores internacionais deixaram de admitir a compra de ações de companhias brasileiras em razão das fragilidades de nosso sistema societário”, afirma. “Precisamos de reformas para proteger os direitos dos minoritários de forma urgente. Do contrário nosso mercado vai gradualmente desaparecer ou virar algo apenas para investidores locais menos sofisticados.”

Tanto é assim que a lista de empresas de malas prontas para Nova York não para de crescer. Na semana passada, o banco Inter pavimentou o caminho para ir ao exterior. Os acionistas aprovaram uma reorganização societária para que o negócio se reposicione como uma companhia global de tecnologia, e não um concorrente local do setor financeiro.

A ideia é acessar o “mercado de capitais mais maduro do mundo, com mais liquidez e volumes negociados”, divulgou a empresa. O Inter abriu capital na Bolsa brasileira em 2018, em um momento em que empresas com pegada digital escolhiam os Estados Unidos – a PagSeguro, por exemplo, chegou à Nasdaq na mesma época.

Outro caso de migração de ações é o da empresa de tecnologia Locaweb, que abriu capital na B3 no início de 2020, atraindo fundos estrangeiros para o setor brasileiro de tecnologia.

A oferta abriu as portas para que outras empresas do setor vissem a Bolsa local como opção para acelerar os negócios. A Locaweb já fez diversas aquisições no mercado desde a abertura de capital. Agora, com mais musculatura, quer avançar fora das fronteiras – por ora, a companhia diz que a migração está apenas em fase de estudo.

Para a Natura, uma eventual troca refletiria o fato de que boa parte de suas receitas está fora do País – a companhia é dona das marcas The Body Shop, Avon e Aesop. “O grupo Natura &Co está pronto para se dedicar à organização de sua estrutura corporativa, de modo que ela reflita melhor a atual distribuição geográfica e seu nível global de exposição”, disse a empresa, em nota.

Do lado das Lojas Americanas, controlada pelo trio de investidores Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, a explicação por trás do movimento pode ser mais complexa. No Brasil, a companhia anunciou que unificará suas classes de ações – o que fará com que eles tenham de abrir mão do controle. Caso a listagem migre para os EUA, é possível que o trio volte ao comando. Lá, o mercado usa a ferramenta chamada ação plural, que permite que seu detentor tenha mais direitos (como mais votos, por exemplo).

Apesar de o grupo de empresas com planos de migrar suas ações para Nova York ainda ser pequeno, haveria mais empresas estudando a possibilidade. Para o sócio da área de mercado de capitais do escritório Mattos Filho, Caio Cossermelli, a eleição de 2022 ajuda a acelerar a tendência. “Esse movimento não é à toa. Muitas empresas enxergam que pode valer a pena estar listada em um mercado com mais estabilidade”, frisa.
Fernanda Guimarães/Estadão Conteúdo

PF investiga se Marília Arraes usou dinheiro de caixa 2 em campanha de 2020

Foto: JC Imagens/Arquivo/Folhapress

A PF investiga se a campanha de Marília Arraes (PT-PE) para a Prefeitura de Recife em 2020 usou dinheiro de caixa 2 obtido por meio de empréstimo de um empresário apontado como agiota e operador de um esquema de desvios em contratos municipais e estaduais em Pernambuco.

A Justiça autorizou a abertura da investigação eleitoral após a PF produzir em janeiro um relatório sobre conversas de Sebastião Figueroa e André de Souza, conhecido como Cacau, marido da deputada.

O material foi encontrado no celular do motorista do empresário em uma das operações que ele é alvo.

Segundo a PF, Cacau pede na conversa um empréstimo para Figueroa no valor de R$ 1 milhão, em duas parcelas de R$ 500 mil.

Como o pedido se deu em novembro de 2020, entre o primeiro e o segundo turno da eleição, os investigadores afirmam que é “bem razoável supor que os valores solicitados” seriam utilizados na campanha.

A PF aponta no relatório que Figueroa é conhecido “agiota e financiador de campanhas, possuindo bastante disponibilidade de recursos financeiros em espécie”.

O grupo criminoso supostamente liderado por Figueroa, diz a PF, há quase uma década, é favorecido com “contratações milionárias firmadas notadamente por órgãos estaduais e por diversas prefeituras do estado de Pernambuco”.

A deputada em nota enviada pela assessoria afirmou que o marido não tem qualquer tipo de relação com Figueroa e após ser informada da investigação pelos advogados pediu perícia nos áudios para mostrar que a voz não é a dele.

Marília Arraes no texto atrela Figueroa ao PSB e diz que na disputa em 2020 o partido fez “uma das mais vis e agressivas campanhas, baseadas em inverdades e fake news”. A parlamentar ainda diz estar admirada pelo fato do caso ter sido informado à imprensa logo após ter encontrado Jair Bolsonaro e feito discurso crítico ao presidente na Câmara.
Painel/Folhapress

Grupo de WhatsApp simboliza apoio de cúpula militar a Moro

Foto: Dida Sampaio/Arquivo/Estadão

Na semana passada, a filiação do general Carlos Alberto dos Santos Cruz ao Podemos, partido do presidenciável Sérgio Moro, expôs um movimento que pode rachar o apoio ao presidente Jair Bolsonaro nas Forças Armadas. Em círculos fechados, militares reconhecidos na tropa como formuladores, responsáveis por artigos de viés conservador e despontados com Bolsonaro, se entusiasmaram com a união entre Moro e Santos Cruz. Esses oficiais se reúnem num grupo virtual batizado “3V” – acrônimo ao estilo militar para a “terceira via” eleitoral.

Os contatos do grupo são discretos. O “3V” reúne oito nomes conhecidos nas Forças Armadas, que trocam impressões por meio de mensagens no WhatsApp. Quase todos são oficiais de alta patente da reserva, mas há entre eles um coronel verde-oliva da ativa. As restrições da pandemia de covid-19 impediram muitos encontros presenciais – somente três ocorreram em apartamentos de generais no Plano Piloto, em Brasília.

Os militares acompanham os passos de Moro e acham que ele pode cristalizar apoios e se mostrar viável para derrotar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atualmente líder em pesquisas de intenção de voto. Esse é um traço que une o grupo: o objetivo de encontrar um nome alternativo a Bolsonaro que possa impedir a volta do PT ao poder. Só não querem apoiar a extrema direita. “A terceira via é uma boa solução para o impasse que vivemos. Há um medo grande da volta do PT, da esquerda”, diz o general de Exército da reserva Paulo Chagas, decepcionado com Bolsonaro, a quem apoiou em 2018. “Não passamos de eleitores engajados, nosso papel é difundir nosso pensamento e mostrar que não existe um caminho só, que a gente pode e deve evoluir. Vejo muitos militares que concordam que Bolsonaro foi uma decepção, preferiu reimplantar o presidencialismo de coalizão. A essência política não mudou nada.”

Além de Santos Cruz e Paulo Chagas, integram o 3V o general Maynard de Santa Rosa, ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, o general Lauro Luís Pires da Silva, o coronel Walter Felix Cardoso, ambos ex-assessores da SAE. Outro rosto conhecido é o general Marco Aurélio Costa Vieira. Ex-secretário nacional do Esporte, demitido no início do governo Bolsonaro, o general Marco Aurélio é ligado ao ex-comandante-geral do Exército, general Eduardo Villas Bôas – ele dirige o instituto que leva o nome de Villas Bôas. Todos são do Exército. Pela Marinha, participa o capitão de Mar e Guerra dos Fuzileiros Navais Álvaro José Teles Pacheco, conhecido como comandante Pachequinho.

Santos Cruz é o rosto mais conhecido no “3V”. Na manhã da última quinta-feira, 25, data de sua filiação ao Podemos, ele expôs uma parte do que pensa e discute entre os camaradas. O discurso escrito à mão, em um bloco de papel, defendia o liberalismo econômico, o conservadorismo e a “paixão” às causas sociais. O general pregou a eliminação de “privilégios imorais”, a redução de “desigualdades vergonhosas” e o fim da reeleição, do culto à personalidade e do aparelhamento de instituições.

O general entrou no auditório de um hotel na capital federal de mãos dadas com a mulher, Dora. Vestia terno preto e gravata vermelha, com um escudo do Internacional espetado na lapela do paletó – o ex-ministro da Secretaria de Governo é gaúcho. Não sorriu nem quando incentivado pelos novos colegas de partido. Santos Cruz foi apresentado pelo senador Álvaro Dias (Podemos-PR) como um “mensageiro da paz” que já enfrentou tiroteios, referências ao currículo do general de quatro estrelas como comandante dos capacetes-azuis das Nações Unidas, no Congo e no Haiti.

Moro elogiou o currículo do general e fez um aceno à caserna. Disse que Santos Cruz não representa as Forças Armadas, mas arrasta consigo a credibilidade da carreira militar. Num sinal de trégua, o ex-juiz ponderou que a sociedade brasileira precisa superar a divisão entre civis e militares, uma herança da ditadura que incomoda os oficiais, temerosos por exemplo de que um governo de esquerda volte a fomentar investigações de crimes. “Essa separação que não faz nenhum sentido, entre militar e civil, nós temos que superar. Somos todos brasileiros, estamos no mesmo barco. Não existe oposição, como se quis fazer em governos anteriores, colocando o militar com viés negativo, e nem no atual governo também, querendo colocar o militar como superior aos brasileiros em geral. Somos todos irmãos, somos todos iguais”, discursou Moro.

Discretamente, um grupo de amigos de Santos Cruz, parte deles da caserna, acompanhou os discursos no fundo do salão e posou depois para fotos. Na reserva, eles passariam despercebidos em trajes civis, não fossem alguns símbolos na lapela. Um dos presentes era o general de Exército da reserva Ítalo Fortes Avena, ex-conselheiro da Missão do Brasil nas Nações Unidas, em Nova York.

Amigo de Santos Cruz, o general Avena concorda que a adesão a Moro sinaliza, para a caserna, um flanco político alternativo ao Palácio do Planalto. “O meio militar é livre para escolher o caminho que quiser”, diz o general Avena. “Pela nossa formação, somos liberais, legalistas e anticomunistas.”

Santos Cruz filiou-se ao diretório do Podemos no Distrito Federal, mas a direção ainda vai decidir se o transfere ao Rio, conforme conveniências eleitorais. O partido deseja que ele seja candidato a senador, embora especule-se que possa inclusive ser candidato a vice-presidente na chapa de Moro, caso a campanha falhe em preencher esse espaço com um nome de outro partido aliado. Ao Estadão, o general disse que seu movimento é de apoio a Moro e não a busca por um cargo público. “Estou me filiando para apoiar o movimento do Moro, não para ser candidato. Isso vamos ver mais à frente”, disse Santos Cruz durante a cerimônia. Ele negou que exista uma mobilização para que militares ingressem no partido. “Minha decisão é individual”, disse.

No entanto, seu exemplo será seguido e já aproximou de Moro até de generais que preferem a discrição. Horas depois da cerimônia, Moro e Santos Cruz almoçaram com o general Otávio Santana do Rego Barros, ex-porta-voz de Bolsonaro e do Centro de Comunicação Social do Exército, também escanteado pelo governo e hoje um crítico dos desmandos bolsonaristas. Pelo menos mais um general do grupo “3V” está a caminho do Podemos, Paulo Chagas.

Outro entusiasta de Moro é o general Guilherme Theophilo, que trabalhou como secretário nacional de Segurança Pública no governo Bolsonaro, quando Moro era o ministro da Justiça e Segurança Pública. Ex-PSDB, partido pelo qual concorreu ao governo do Ceará em 2018, Theophilo está filiado ao Podemos e foi ao lançamento da pré-candidatura de Moro.

Alguns generais mais experientes ainda preferem acompanhar à distância o jogo da pré-campanha. Um deles é o ex-secretário de Assuntos Estratégicos do governo Bolsonaro, general Maynard de Santa Rosa. Ele afirma que não pretende se filiar, mas reconhece em Moro “potencial” para afetar a predileção por Bolsonaro na tropa, mas pondera que o ex-juiz da Operação Lava Jato precisa de assessoramento político. “A decepção com JB, cujo discurso agradava aos militares, mas que não se mostrou capaz de honrá-lo, aconselha prudência e cautela”, disse Santa Rosa. “Se surgir uma terceira via viável, pode incomodar. Estou aguardando os próximos passos de Sérgio Moro, para identificar quem e quais são as suas afinidades. Ele pode crescer, se fizer as apostas certas. Ele se mostrou obstinado e competente no combate à corrupção. Infelizmente, não demonstrou habilidade política. Vai depender de boas assessorias.”

Um general de Exército que passou pelo Palácio do Planalto acompanhou a ressalva de Santa Rosa. Para ele, o País precisa de um presidente com experiência política, não de “neófito” ou “salvador da pátria”.

Desbancar a preferência por Bolsonaro no meio militar não é considerado fácil nem pelos aliados de Moro. O presidente, capitão do Exército, tem uma carreira política de três décadas como porta-voz do segmento. Já no governo, os militares tiveram seu orçamento da Defesa preservado ou reforçado, espalharam-se por cerca de 6 mil cargos na administração pública federal e chegaram a comandar 11 ministérios. Assumiram a chefia de algumas das principais estatais do País, como Petrobras, Correios e Itaipu Binacional. Até mesmo nomes da ativa ocuparam funções políticas.

O presidente levou adiante uma reforma das aposentadorias militares acompanhadas de reajustes que deram vantagens remuneratórias, algo que nenhuma outra categoria recebeu, bloqueou vetos aos aumentos mesmo durante a calamidade pública da pandemia e ainda autorizou o recebimento de vantagens acima do teto constitucional, o que fez com que ministros com vencimentos antes abatidos, agora possam acumular remunerações na faixa dos R$ 65 mil. Insatisfeitos com a reforma, parte da base da tropa quer ainda mais e espera ser inserida no reajuste que Bolsonaro prometeu aos servidores a partir da aprovação da PEC dos Precatórios.

Não há ainda pesquisas conhecidas que mostrem predileção por um ou por outro nas Forças Armadas. Oficiais de baixa patente da ativa, ouvidos reservadamente, ponderam que Bolsonaro é bem-quisto na base da tropa, ainda visto como defensor dos interesses pecuniários e sindicais. O presidente trabalha para reforçar esses laços como fez em todas as vésperas de campanha de sua carreira política e continua viajando o País para prestigiar formaturas e cerimônias militares como nenhum outro presidente desde a redemocratização.

Um oficial da Marinha, no entanto, confirma que no generalato da ativa, das três Forças, há conversas frequentes sobre a entrada de Moro na campanha e que ele pode ser uma alternativa a Bolsonaro no primeiro turno. O que mais os atrai é o histórico do ex-juiz, a imagem de “herói” prendendo a cúpula política e empresarial. Ele é visto como alguém de “coragem” que tentou levar adiante a agenda contra a impunidade, o que segundo esse oficial agrada muito ao meio militar. No segundo turno, seja Moro ou Bolsonaro, eles votam em quem for a opção para derrotar Lula.

O coronel Marcelo Pimentel, punido três vezes na reserva por declarações contra a politização no Exército, rejeita o movimento de Santos Cruz e companhia. Para ele, existe uma articulação de um “partido militar” informal influente no governo e que deseja se desassociar de Bolsonaro e manter o oficialato no poder. Ele opina que, num cenário com Bolsonaro candidato, a dupla Moro-Santos Cruz seria uma espécie de manobra para “apagar a flagrante associação dos generais do Alto Comando ao governo Bolsonaro, que foi montado por eles nos mínimos detalhes”. “Moro e Santos Cruz foram dissidências fabricadas para o desembarque, espécies de baleeiras de naufrágio”, diz Pimentel. COLABOROU VINÍCIUS VALFRÉ

Felipe Frazão/Estadão Conteúdo

Ipiaú: Prefeitura disponibilizará transporte escolar para o ENEM

A Prefeitura Municipal de Ipiaú, por meio da Secretaria de Educação e Cultura, disponibilizará transporte escolar para o ENEM circulando das 11:00 às 12:30, passando pelos pontos:

✅ Córrego de Pedras

✅ Antônio Lourenço 

✅ Lauro de Freitas

✅ Cinquentenário 

✅ Ginásio de Esportes

✅ INSS - Euclides Neto

✅ Posto Rocha

✅ Avenida

✅ CETEP - antigo Chico Mendes

Uma excelente prova para todos os nossos estudantes e que eles possam realizar o sonho de ingressar numa universidade!!! Secretaria de Educação e Cultura de Ipiaú

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 27 de novembro, tivemos o registro de 01 caso de coronavirus.

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 27 de novembro, tivemos 13.401 casos registrados como suspeitos, sendo 3.192 casos confirmados, dentre estes, são 3.105 pessoas RECUPERADAS, 01 está em isolamento social, 00 internada e 86 foram a óbito. 10.204 casos foram descartados e 05 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 01 caso ativo

O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder.
Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Doria vence prévias do PSDB para disputar Presidência em 2022

Foto: Divulgação

O governador de São Paulo, João Doria, venceu, neste sábado (27), as prévias presidenciais do PSDB contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

O anúncio foi feito pelo presidente do PSDB, Bruno Araújo.

O resultado põe fim a uma novela que começou no domingo (21), quando a votação foi impedida por uma pane no aplicativo (investiga-se um ataque hacker) e o resultado, postergado. O saldo foi de vexame e tensão no partido —a possibilidade de judicialização do resultado, que já era grande, só fez crescer.

Neste sábado, cerca de 36 mil filiados puderam votar por meio de uma nova ferramenta online. No total, 44,7 mil se cadastraram para votar nas prévias —cerca de 3 mil votaram pelo app e o restante, tucanos com mandato, em urnas eletrônicas, no último domingo. Esses votos foram guardados para serem computados.

Bruno Araújo citou tentativas de ataque ao sistema de votação nas prévias da legenda neste sábado, mas disse que houve boa resistência do novo aplicativo contratado.

A semana agravou a divisão entre Doria e Leite, enquanto evidenciou o alinhamento de Virgílio ao governador de São Paulo.

O paulista levantou suspeitas de que as regras de votação foram feitas para beneficiar o gaúcho, além de lembrar a relação do rival com o deputado Aécio Neves (MG), falando na necessidade de depurar o partido.

Doria foi alvo ainda de acusação de compra de votos pela deputada Mara Rocha (AC), episódio que não teve desdobramentos —a não ser pelas referências de Leite. Contudo, o governador paulista foi colocando panos quentes nas polêmicas e preparando o terreno para a votação no sábado.

“Entendemos que a dimensão do nosso partido, a dimensão daquilo que representa o único partido do Brasil que faz prévias, é mais importante do que qualquer outro sentimento que possa ter sido expressado de forma emocional, de forma instável ou de forma deliberada”, resumiu, na terça (23).

O fiasco da votação do último domingo já era previsto na equipe de Doria, que considerava o app original frágil. A ferramenta já havia sido alvo de contestação pelas campanhas de Doria e de Leite devido a vulnerabilidades, mas mesmo assim foi mantida.

Tucanos que acompanharam as prévias afirmam que, apesar de favorito por estar à frente de São Paulo, sede do tucanato, Doria viu seu adversário crescer, mas recuperou terreno na reta final —virou o voto, por exemplo, de dois deputados federais.

Por isso, para Leite e seus aliados, o adiamento beneficiou o paulista. O entorno do gaúcho afirma que Doria conquistou novos votos com base em barganha e intimidação, sobretudo em São Paulo, o que a campanha paulista nega.

Doria, que costuma dizer ser “filho de prévias”, vence a sua terceira em seguida. Ele foi vitorioso nas indicações para concorrer à Prefeitura de São Paulo, em 2016, e ao governo do estado, em 2018 –tendo conquistado os dois cargos.

Ao bater o rival gaúcho e obter a vaga de candidato à Presidência, Doria consolida seu projeto político iniciado em 2016 e abre caminho para ampliar sua influência na sigla –apesar da resistência de tucanos da ala histórica e de seu principal rival interno, Aécio.

Depois de um processo com críticas e acusações de parte a parte, Doria terá o desafio de unir a sigla em torno da sua campanha ao Planalto.

Doria já afirmou acreditar que as prévias fortalecem o PSDB e que, superada a votação, todos os membros do partido serão aliados e vencedores.

Nos dias que antecederam a primeira votação, Leite e Doria já procuravam baixar a temperatura publicamente: fizeram um último debate morno e ensaiaram um discurso de unidade durante uma reunião em Porto Alegre. Nos bastidores, a briga voto a voto seguiu até o final.

O gaúcho, que foi procurado por outras siglas neste ano, disse que não deixaria o partido se perdesse. Leite vinha afirmando ainda que, no caso da derrota, não concorreria a nenhum cargo em 2022 e terminaria seu mandato no Rio Grande do Sul.

Outra tarefa do agora presidenciável é estabelecer conversas e negociações com partidos da chamada terceira via, com o objetivo de evitar a fragmentação do campo político que pretende apresentar uma alternativa viável contra Jair Bolsonaro e Lula (PT), que estão à frente nas pesquisas.

Durante a campanha, Doria se comprometeu a buscar as demais legendas e até sinalizou que poderia abrir mão da cabeça de chapa em nome de um projeto comum. Com cerca de 5% nas pesquisas e criticado por não alavancar seu nome a partir do trunfo da vacinação, o tucano está atrás de Sergio Moro (Podemos).

A maior rejeição de Doria nas pesquisas e a opinião de que sua candidatura é um projeto pessoal que isolaria o PSDB foram argumentos mobilizados por Leite, mas não bateram a ampla vitrine de programas e investimentos apresentada pelo governador paulista a seu favor.

O gaúcho procurou angariar votos em São Paulo com a ajuda do ex-governador Geraldo Alckmin, que só consideraria permanecer no PSDB caso Leite vencesse.

Na visão de parte dos tucanos, o estilo mais incisivo e pragmático de Doria poderia impor uma dificuldade a mais para a união da legenda.

Com Doria presidenciável, não haveria espaço para deputados bolsonaristas —em geral, ligados a Aécio e apoiadores de Leite— na bancada federal e uma debandada seria provável. O deputado mineiro, porém, nega planos de deixar a sigla.

Já para aliados de Doria, uma vitória de Leite, que fortaleceria a ala de Aécio no partido, acabaria por transformar o PSDB em um partido do centrão.

Doria, que em 2018 fez campanha por Bolsonaro sob o slogan “BolsoDoria”, passou a ser um dos principais opositores do presidente.

Com uma campanha que teve como alvos também Bolsonaro e Lula, Doria percorreu 21 estados do país e obteve o apoio formal de cinco diretórios, incluindo o de maio peso, São Paulo, que sozinho representou 35% dos votantes.

Erros de Leite na reta final contribuíram com o resultado –o vaivém de declarações após a suspensão das prévias, o pedido feito por um aliado para adiar a votação devido a desconfianças no aplicativo e a revelação pela Folha de que o gaúcho atuou, a pedido do governo Bolsonaro, para adiar a vacinação.

A ironia é que a campanha de Leite teve início após um movimento político equivocado de Doria, que tentou tomar para si a presidência do PSDB em fevereiro e, como troco, viu surgir um rival apoiado pela bancada.

Durante a campanha, o governador paulista teve estrutura mais robusta e investiu em pesquisas, sustentado pela máquina do PSDB paulista, experiente em prévias, e até pela máquina do governo, com um orçamento previsto de R$ 50 bilhões para investimentos nas cidades.

A Folha revelou que, em 2021, Doria multiplicou o repasse de verba política, chegando a R$ 1 bilhão.

O marketing da campanha de Doria, coordenado pelo publicitário Daniel Braga, incorporou a rejeição a ele –o governador assumiu-se “chato” e “calça apertada” ao som de “O Homem Disparou”, hit da eleição de 2020.

Houve uma gafe no interior da Paraíba, quando Doria provocou risos da plateia tucana ao perguntar: “quem aqui já foi a Dubai?”.

Após dois coordenadores das prévias –o senador José Aníbal (SP) e o ex-deputado Marcus Pestana (MG)— declararem apoio a Leite, a campanha de Doria afirmou que “a parcialidade antes velada se tornou explícita”.

“As raposas estavam dentro do galinheiro. É debochar na cara dos filiados do PSDB”, disse Wilson Pedroso, coordenador da campanha de Doria.

Os aliados de Leite também reclamam do rival, apontando que Doria agiu com pressão. O maior exemplo foi a demissão de um secretário da capital após ter declarado voto no gaúcho.

Eles acusam ainda a tentativa de fraude por parte dos paulistas pela filiação extemporânea de 92 prefeitos e vices que, ao final, foram excluídos da votação.

Em eventos de campanha, Leite criticou Doria duramente, afirmando que “o sentimento do PSDB raiz é maior do que qualquer tipo de pressão” e condenou o voto em troca de vantagens indevidas.

Para estrategistas de Leite, táticas de intimidação podem ter feito a diferença no resultado, mas terão o efeito colateral de agravar a imagem de Doria no partido.

Agora convocado a fazer campanha para Doria e esquecer todos os ataques, Leite chegou a fazer um trocadilho, na sexta (19): “Não adianta depois chorarmos o leite derramado, porque vamos todos nos ver numa calça justa”.
Folhapress

Bahia tem segundo dia consecutivo com mais de 3 mil casos ativos de Covid-19 após 3 meses

Foto: Divulgação

Após três meses, a Bahia voltou a registrar por dois dias consecutivos a marca de mais de 3 mil casos ativos de Covid-19. Neste sábado (27), são 3.069 pessoas que tiverem o diagnóstico positivo para a doença que ainda não são consideradas recuperadas, enquanto que na sexta (26) foram 3.110. A última vez que esses números tinham sido alcançados foi nos dias 28 e 29 de agosto, quando foram 3.277 e 3.141 casos ativos registrados, respectivamente.

A secretária da Saúde do Estado, Tereza Paim, aponta que este é um cenário preocupante, pois quanto mais casos ativos, maior é a chance de espalhamento do vírus. “Essa é uma doença colaborativa. Na medida em que as pessoas não seguem recomendações de uso de máscara, de distanciamento físico e, principalmente, de completar o esquema vacinal, teremos novos casos”, afirma.

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 516 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,04%) e 552 recuperados (+0,04%). O boletim epidemiológico deste sábado (27) também registra 5 óbitos. Dos 1.258.872 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.228.521 já são considerados recuperados, 3.069 encontram-se ativos e 27.282 tiveram óbito confirmado. Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.625.493 casos descartados e 254.612 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste sábado. Na Bahia, 52.528 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Prefeita inaugura o Natal Luz em Ipiaú neste domingo

Funcionários da Prefeitura Municipal de Ipiaú estão concluindo os últimos detalhes da montagem da decoração do “Natal Luz” nas praças Rui Barbosa e Cinquentenário, entre outras praças da cidade. Os trabalhos estão sob a coordenação da decoradora Sunelma Calhau e se destacará pela intensa luminosidade, além de peças gigantes que darão realce ao tema “Presente de Natal”.
A partir das 20h30 deste domingo a prefeita Maria das Graças entregará a decoração para a população que a cada ano desta gestão se apresenta mais moderna, colorida, cheia de luz e brilho. A inauguração do Natal de Ipiaú que será na Praça Rui Barbosa ainda contará com a Parada de Natal e com a apresentação do Grupo Vocal do Coral Municipal.

Vale mencionar que junto com Sunelma estavam profissionais eletricistas, iluminadores, carpinteiros, pintores e outros. A equipe trabalhou com vontade para que tudo aconteça como bem merece a cidade. Vale mencionar os nomes populares de cada um desses trabalhadores: Dinho, Beto, Cesar, Buda, Irmão, Alex, Jabá, Nanau, Canu, Gibí, Jones, Nel, Rafael, Gabriel, Nete e Adla.

A prefeita Maria das Graças destacou que ornamentar a cidade não tem a ver só com a celebração de uma data especial. “Como gestora da cidade, a ideia é fazer da ornamentação da cidade nesse período algo tradicional, que além de aquecer nosso coração com a popular festa, traz movimento para o comércio e autoestima para os ipiauenses”, lembrou a prefeita.

José Américo Castro: Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Ipiaú participará pela terceira vez da Feira Baiana da Agricultura Familiar em Salvador

A Queijaria Relíquias de Minas, empreendimento da agricultora Simone Faulhaber, localizado na Fazenda Santo Antônio, região dos Bois, representará o município de Ipiaú na 12ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária que acontecerá no período de 15 a 19 de dezembro de 2021, em formato híbrido, presencial e virtual, no Parque Costa Azul em Salvador. A queijaria foi o primeiro empreendimento da agricultura familiar neste município a receber o certificado de registro do Serviço de Inspeção Municipal (SIM).

A definição da participação da queijaria na 12°Feira Baiana da Agricultura Familiar ocorreu durante uma reunião do Fórum de Secretários de Agricultura do Território de Identidade do Médio Rio das Contas, na última quinta-feira, 25, no auditório local do Escritório da Ceplac, com a presença de técnicos da Companhia de Desenvolvimento de Ação Regional - CAR, órgão da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural e do colegiado territorial.

Apesar da escolha oficial, produtos de outros agricultores familiares de Ipiaú também estarão expostos na feira. Essa é a terceira vez consecutiva que Ipiaú participa da feira, realizada anualmente em Salvador.

A prefeita Maria das Graças tem sido uma grande incentivadora da agricultura familiar, por considerar que o segmento tem sido determinante para o fortalecimento da economia municipal. Ela não mede esforços para que Ipiaú esteja sempre representado na feira estadual que é uma grande vitrine para os agricultores locais mostrarem seus produtos orgânicos, de economia solidária, comercializados a preços justos.

COOPROAF
A comissão das entidades, presidido pelo Representante da CAR Regional Jequié, Jeferson Andrade, deliberou ainda que a Cooperativa de Produção e Comercialização dos Produtos da Agricultura Familiar do Sudoeste da Bahia (Cooproaf), representará o Território do Médio Rio das Contas nesse evento que visa contribuir para a apresentação e promoção de alimentos saudáveis e demais produtos originários da agricultura familiar, assentamentos da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais e da economia solidária, dos 27 Territórios de Identidade da Bahia.

Na edição presencial da Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária serão montados 27 estandes, onde serão comercializados mais de 1.500 produtos de diversas regiões do estado. A Feira contará com muitas novidades, a exemplo da umbuteria, chocolateria, licuriteria e cafeteria, além de uma vasta programação cultural, cozinha show, vila gastronômica, espaço para lazer infantil, e outras atrações.

José Américo Castro: Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Presidente diploma cadetes e fala sobre governo: “aqui é mais difícil”

Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
O presidente Jair Bolsonaro presidiu hoje (27) a cerimônia de formatura de 391 novos aspirantes a oficial do Exército na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende sul do Rio de Janeiro. Bolsonaro fez um discurso de improviso à tropa e evitou falar de política.

O presidente Jair Bolsonaro presidiu hoje (27) a cerimônia de formatura de 391 novos aspirantes a oficial do Exército na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende sul do Rio de Janeiro. Bolsonaro fez um discurso de improviso à tropa e evitou falar de política.

Durante a fala, o presidente relembrou os quatro anos necessários para a conclusão do curso e comparou a jornada à da presidência. “Eu até hoje guardo os ensinamentos que aqui aprendi. Nos momentos difíceis a frente da Presidência da República eu vejo o que passei por aqui e me conformo dizendo: aqui foi mais difícil.”

Bolsonaro também exaltou as 23 mulheres que integram a turma e que se formam “mostrando para todos nós que quem tem garra, determinação, força de vontade, coragem e fé consegue atingir os seus objetivos. Parabéns a vocês todas.”

O presidente atribuiu ao Exército Brasileiro suas conquistas pessoais. “Esta formação marca a vida de todos nós. Essa formação nos fará vencer obstáculos. Lembrem-se de uma coisa: o que for possível nós faremos, o que não for, entregaremos nas mãos de Deus; Ele no dia a dia nos dá exemplos de superação”, afirmou.

Jair Bolsonaro também afirmou que é papel dos formandos defender a democracia brasileira e a liberdade, além de frisar a necessidade de respeito pela Constituição. “Nós atingiremos o nosso objetivo, que é o bem estar de toda a nossa população.”

Além da defesa de valores, Bolsonaro também discursou sobre a amizade e o companheirismo entre integrantes das Forças Armadas. “Sem gratidão não chegaremos a lugar algum. Quem esquece o seu passado está condenado a não ter futuro”, frisou.

Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro, também foi exaltado durante a fala. ”Um homem exemplo para todos nós. E digo a vocês: quem fará o futuro da nossa pátria não será um homem ou uma mulher. Seremos todos nós, 210 milhões de habitantes.”
Duração

Sob sol forte, a cerimônia de formatura dos 391 novos aspirantes a oficial do Exército durou aproximadamente 1h30. No moimento dos aspirantes receberem a espada de Duque de Caxias, Bolsonaro desceu do palanque das autoridades e foi cumprimentar e tirar fotos com familiares de formandos. Ele ficou cerca de 20 minutos no pátio.

Na cerimônia também estavam presentes, o vice-presidente Hamilton Mourão, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto e os comandantes das três Forças, além de outros generais.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Por Douglas Correa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Inflação alta nos EUA corrói popularidade de Biden e ameaça eleição legislativa

Foto: Pedro Ladeira/Arquivo/Folhapress

A maior inflação dos últimos 31 anos paira sobre o governo do democrata Joe Biden nos Estados Unidos, país em que os eleitores costumam ser impiedosos com mandatários acossados por esse obstáculo na economia.

Nos 12 meses terminados em outubro, o índice no país chegou a 6,2%. Em um ano, o preço da gasolina subiu 50% e o da carne, 25%. Carros usados estão 26% mais caros, uma alta impulsionada pela queda na produção de veículos novos por causa da escassez global de semicondutores.

“A inflação prejudica os americanos, e reverter a tendência [de alta] é uma das minhas maiores prioridades”, disse Biden no último dia 10. A missão tem a ver ainda com tentar escapar da sina de dois de seus antecessores, que também se viram às voltas com escaladas inflacionárias na década de 1970.

Gerald Ford (1973-1977) instou a população a economizar, pediu que pegassem carona e baixassem a temperatura de aquecedores e distribuiu broches com os dizeres “Whip Inflation Now” (derrote a inflação agora, com o acrônimo WIN significando vitória). O item virou piada e passou a ser usado de cabeça para baixo (para formar a sigla NIM ou “Need Immediate Miracles”, preciso de milagres imediatos). O republicano perdeu a eleição em 1976.

Seu sucessor, Jimmy Carter, tentou debelar a alta de preços pedindo que os americanos abandonassem o “consumismo desenfreado”. Diante da pouca disposição da população para o sacrifício, o Fed (Banco Central) elevou brutalmente as taxas de juros —o que acabou causando uma recessão que contribuiu para a derrota do democrata na tentativa de reeleição, em 1980.

Neste ano, a alta dos preços aliada ao desabastecimento nos supermercados e farmácias atingiram em cheio a popularidade de Biden. Em janeiro, logo após a posse, a aprovação ao mandatário estava em 57%. Na última pesquisa Gallup, do dia 16, essa parcela caiu para 42%.

Trata-se da menor taxa de aprovação para um presidente nesse estágio de mandato desde Dwight Eisenhower (1953-1961) —exceção feita a Donald Trump e seus 37% de aprovação a essa altura.

Biden tem dito a aliados que pretende concorrer à reeleição em 2024, e nesta semana a secretária de imprensa Jen Psaki confirmou a intenção. Mas, além de convencer eleitores de que sua idade não será um empecilho (ele estará com 82 anos), precisa persuadi-los de que consegue derrotar a inflação.

Até economistas do establishment democrata, como o ex-secretário do Tesouro Larry Summers, criticam a condução da economia. “As pessoas veem [a inflação] como sinal de que o governo não tem controle sobre as coisas”, disse.

Na prática, a maior parte da alta de preços se deve a desajustes na cadeia de fornecimento por causa da pandemia. A demanda por alguns produtos subiu mais do que a capacidade dos setores retomarem a produção e aumentarem a oferta —o que também se dá com a mão de obra, em falta. Além disso, consumidores que passaram meses economizando, sem ter onde gastar por causa do comércio fechado, agora estão indo às compras. E ainda pesa a alta do petróleo, que leva ao encarecimento de fretes e de inúmeros produtos; um fenômeno mundial.

Mas, para os republicanos, o Fed tem sido leniente ao não apertar a política monetária mais rapidamente e os pacotes de estímulo do presidente pressionam a inflação. (Trump aprovou um durante a pandemia, e Biden agora passou o seu, ainda mais generoso.)

A oposição tem sido bem-sucedida na missão de culpar o democrata. Em levantamento The Washington Post-ABC News de 10 de novembro, 48% dos entrevistados afirmaram que Biden é culpado pela alta de preços —50% não o responsabilizam.

“Os EUA não estão acostumados a esse nível de inflação, que é o dobro ou triplo das taxas habituais. E apesar de o presidente ter influência apenas parcial sobre a alta de preços, leva a maior parte da culpa, especialmente com os democratas no controle do Congresso”, diz Mark Jones, pesquisador no Instituto Baker e professor na Universidade Rice.

Camisetas com os dizeres “Bidenflation” e a ilustração de uma bomba de gasolina tornaram-se febre entre eleitores de Trump. Viralizou ainda um misto de meme e fake news que mostra a foto de prateleiras vazias de uma loja, com a frase “América de Biden”, ao lado de outra com um mercado bem suprido na “América de Trump”. Ocorre que a imagem das gôndolas cheias é de um mercado na Austrália, em 2012; a da carestia, de uma loja na Carolina do Sul durante o furacão Florence, em 2018 (ironicamente, no governo Trump).

No início, o governo adotou uma postura de negação. Em julho, Biden afirmou que a alta de preços era transitória. Agora, a Casa Branca e apoiadores admitem o problema, mas culpam empresas gananciosas e dizem que o pacote Build Back Better, que tramita no Congresso, vai ajudar a economia e aliviar a pressão inflacionária.

O democrata tem anunciado ainda medidas cujo efeito é mais político do que econômico: autorizou o uso de parte da reserva estratégica de petróleo, em ação conjunta com a China e outros países —na prática, o aumento na oferta não deve ser suficiente para baixar preços; e lançou um plano para resolver gargalos em portos e uma ofensiva antitruste.

A alta de preços ainda está distante dos picos enfrentados por Ford (12,3%) e Carter (13,3%). E outros indicadores da economia são positivos —e resultam, em parte, dos pacotes de estímulo criticados por republicanos. O país já recuperou 80% das vagas perdidas na pandemia e a taxa de desemprego está em 4,6%; em muitos setores, há falta de mão de obra e alta de salários.

Mas, desconcertando técnicos, a população americana está mais desanimada com a economia agora do que no primeiro pico da crise sanitária, em abril e maio de 2020, quando o desemprego chegou a quase 15%. Segundo a pesquisa Post-ABC News, o índice de pessimismo chega a 70%.

“O desemprego caiu muito, mas o humor dos consumidores não reflete indicadores objetivos, ao menos não automaticamente. O efeito da inflação [sobre o humor dos eleitores] é poderoso, porque ela é palpável na bomba de gasolina, no supermercado, nas compras de Natal”, diz Charles Franklin, professor da Universidade Marquette e especialista em pesquisas políticas.

Ele lembra que a taxa de aprovação de Biden começou a cair em julho, com a desastrosa retirada das tropas americanas do Afeganistão, mas que a queda continuou em setembro e outubro, quando o assunto não estava mais no noticiário. Para ele, questões raciais e da educação também têm afetado a popularidade.

O cenário deixa as perspectivas do Partido Democrata para as eleições legislativas de meio de mandato, em 2022, mais sombrias. Jones lembra que as “midterms” geralmente já são duras para o partido na Presidência. “Com as dificuldades econômicas, os conflitos internos entre as alas progressista e centrista do partido e o controle republicano no redesenho de distritos, aumenta o risco de perda da maioria democrata na Câmara e no Senado”, diz. “A única esperança de Biden é, simultaneamente, resolver o conflito entre as alas democratas, estender a recuperação econômica para os mais excluídos e reduzir a inflação.”

O problema é que o remédio para acabar com a inflação pode matar a retomada. O Fed a coloca em risco se acelerar muito o aperto na política monetária, reduzindo ainda mais a compra de títulos —que injetava liquidez no mercado— e começando a elevar juros antes do esperado.

“Liberar a reserva estratégica [de petróleo] é uma das poucas coisas que pode afetar preços a curto prazo, e isso Biden já fez. Historicamente, o Fed reduz a oferta de dinheiro e eleva o desemprego como arma contra a inflação. Isso desencadeou, ou ao menos exacerbou, as recessões do fim dos anos 1970 e início dos 1980, quando o Fed conseguiu de fato conter a inflação, mas pagou um preço alto sobre o emprego.”

À época, a elevação de juros fez a desocupação passar de 7,4% para 10% e afetou fortemente diversos países emergentes endividados, inclusive o Brasil. Biden agora não tem opções fáceis pela frente.

Patrícia Campos Mello/Folhapress

É possível desenvolver ‘muito rápido’ vacina contra ômicron, diz cientista de Oxford

Foto: Fábio Pozzebom/Arquivo/Agência Brasi
O cientista britânico que liderou as pesquisas sobre a vacina Oxford/AstraZeneca contra o coronavírus afirmou neste sábado (27) que é possível criar uma nova contra a variante ômicron “muito rápido”.

O professor Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group, considerou que é “altamente improvável” que esta nova variante se propague com força entre a população já vacinada, “como já vimos no passado” com a variante delta.

Mas se for o caso, “seria possível agir muito rápido”, explicou à BBC, porque “os processos de desenvolvimento de uma nova vacina estão cada vez mais robustos”.

Embora também pense que as vacinas atuais devem servir contra a nova cepa, considerada “preocupante” pela OMS (Organização Mundial da Saúde), afirma que isso só poderá ser confirmado nas próximas semanas.

Vacinas pelo mundo e a aplicação no Brasil
Vacinas pelo mundo e a aplicação no Brasil
Até o momento, nenhum caso com a variante ômicron oi detectado no Reino Unido, um dos países da Europa mais afetados pela pandemia, com mais de 144.500 mortes.

Os fabricantes de outras vacinas, como Pfizer/BioNTech, Moderna e Novavax também se mostraram confiantes em sua capacidade para combater a nova cepa.

Folhapress


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Ministros do STF se dividem sobre argumentos do Congresso para liberar orçamento secreto

Foto: Nelson Jr./Arquivo/STF/Plenário do ST

Enquanto o Congresso busca um caminho para destravar os repasses do orçamento secreto, o Supremo Tribunal Federal (STF) encontra-se dividido sobre a argumentação apresentada pelas cúpulas de Câmara e Senado até o momento. Um documento elaborado pelo Legislativo afirma ser impossível indicar os autores das indicações para as emendas de relator de 2021 e 2020, o que, para uma ala de ministros, contraria a decisão da Corte de exigir transparência. Um outro grupo do STF, no entanto, pondera que as medidas apresentadas pelo Congresso em resposta à determinação judicial já são suficientes para, ao menos, liberar os recursos que estão represados — em paralelo à publicação do ato interno sobre o tema, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), apresentaram um recurso ao Supremo pedindo a liberação. A reportagem é do jornal “O Globo”.

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Simulação aprimora a tropa nas ocorrências de crimes contra bancos

Foto: Divulgação DCS PM
Explosões com granadas, tiros de festim e sirenes de viaturas marcaram a primeira simulação da Polícia Militar da Bahia para o aprimoramento da tropa nas ocorrências de crimes contra instituições financeiras, realizada nesta madrugada de sexta-feira (26), no centro de Jequié.A simulação, inédita na Bahia, foi concluída com respostas imediatas e precisas pelos 22 policiais militares das Companhias Independentes de Policiamento Especializado (Cipes) que se formam hoje no Curso de Primeiras Respostas em Crimes contra Instituições Financeiras.
Foto: Divulgação DCS PM
Iniciada às 2h20, a simulação durou quase duas horas e utilizou artefatos de grande impacto, disparos de tiros de festim e até carros incendiados nas possíveis rotas de fuga de criminosos, de forma transmitir a realidade dentro dos limites de segurança, garantindo a integridade da população e dos policiais militares participantes.

Toda a ação foi supervisionada pelo comandante de Operações de Inteligência (Coint), coronel Anildo Rocha, e do Comandante de Policiamento Regional do Sudoeste (CPR/SO), coronel Ivanildo Silva. A atividade prática aconteceu em toda área do 19° Batalhão e contou com a participação de policiais das unidades vizinhas (55ª CIPM, 79ª CIPM e 93ª CIPM) e de apoio tático e especializado (CIPT/Sudoeste, Cipe Central e CIPRv) na realização dos bloqueios e barreiras estratégicas.
Imagem: Divulgação DCS PM
Além da Polícia Militar, o simulado teve a parceria de outras forças da Segurança Pública, a exemplo da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Rodoviária Federal, que, juntos, mostraram a importância de uma ação coordenada e integrada, desde os primeiros procedimentos, para o sucesso da operação.

“O resultado desta simulação foi muito positivo. Tínhamos todos os riscos controlados e aferimos com segurança, precisão e excelência as condutas policiais que devem ser adotadas em uma situação real. Agradecemos todos os envolvidos e parceiros que tornaram possível essa grande simulação”, avalia o coronel Ivanildo.
Foto: Divulgação DCS PM
Curso – Iniciado na segunda-feira (22), o Curso de Primeiras Respostas em Crimes contra Instituições Financeiras envolveu disciplinas como protocolo de primeiras respostas, modalidades de crimes, procedimentos iniciais nas ocorrências com explosivos, noções básicas de inteligência direcionada ao policiamento convencional, balística veicular, geolocalização, plano de ação emergencial, técnicas de combate motorizado rural e montagem de plano de bloqueio, totalizando 60 horas/aula no período de uma semana.

Além das aulas ministradas por oficiais da PMBA, foram realizadas palestras do tenente coronel Sávio Pelegrini (PMMT), que abordaram o plano de defesa utilizado e primeiras respostas em crimes contra instituições financeiras; o perito criminal Saulo Peixoto, da Coordenadoria Regional de Polícia Técnica de Jequié, falou sobre a preservação local de crime e cadeia de custódia; e a palestra do gestor de segurança privada Edson Barbosa, explanou sobre sinistros a carros fortes em vias intermunicipais.
Fonte: DCS PM

Prates volta a confrontar decreto de Rui com imagem de Fonte Nova lotada: ‘Carnaval liberado’

Foto: Betto Jr./Secom PMS/Arquivo

Após a resposta dada pelo ex-secretário Fábio Vilas-Boas, o titular da Saúde de Salvador (SMS), Leo Prates (PDT), voltou a ironizar o decreto estadual do governador Rui Costa (PT).

Em um tuíte, o pedetista publicou um vídeo de uma partida de futebol realizada na noite desta sexta-feira (26) entre Bahia e Grêmio, na Arena Fonte Nova.

“E o ‘Carnaval’ liberado pelo decreto estadual continua…. Fonte Nova hoje. Vamos todos pagar a conta”, escreveu Prates.

Confira o tuíte:

E o “Carnaval” liberado pelo Decreto Estadual continua… Fonte Nova hoje. Vamos todos pagar a conta!

 Por: Politica Livre

Governo vê risco de derrota de Mendonça e impõe plano para influenciar senadores

Foto: Isac Nóbrega/Arquivo/PR-André Mendonça

Em meio à perspectiva de votação apertada no Senado e o risco de derrota da indicação do ex-ministro André Mendonça para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), o governo Jair Bolsonaro adotou como estratégia tentar ampliar a margem de aprovação na votação anterior, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Assim, eles esperam influenciar os demais senadores para a decisão no plenário.

Atualmente, governistas e oposicionistas apontam que a situação está completamente indefinida, com a perspectiva de um placar equilibrado. Aliados do governo estimam que ainda há divisões nas maiores bancadas do Senado, em particular no MDB, no PSD, no PP, no DEM e no PL.

Cálculos do governo e de críticos da indicação de Mendonça, em particular ligados ao presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), mostram situações divergentes e reforçam a hipótese de uma votação apertada.

O Senado tem 81 senadores e a aprovação se dá por maioria simples. Articuladores do governo afirmam que há 46 votos a favor da aprovação de Mendonça no plenário. Por outro lado, os opositores dizem estimar 48 votos pela derrubada da indicação.

Especificamente na CCJ, etapa anterior à votação no plenário, o governo conta com uma maioria considerável para a aprovação da indicação do ex-ministro da AGU (Advocacia-Geral da União). A sabatina está prevista para ocorrer na próxima semana.

Os articuladores do governo afirmam que a indicação de Mendonça já conta com pelo menos 16 votos na CCJ —a comissão tem 27 membros, e a votação também é por maioria simples.

Mesmo os senadores contrários ao ex-ministro dizem acreditar que o nome de Mendonça passará sem dificuldades na comissão.

Os governistas afirmam, nos bastidores, que vão investir nos próximos dias para tentar ampliar essa margem, de forma a influenciar a votação no plenário.

Um líder do governo disse, sob reserva, que a campanha ganhou novo cenário com o agendamento da sabatina por Alcolumbre. Por isso, a eventual dificuldade enfrentada no plenário poderá ser revertida nos próximos dias, com negociação mais intensa nas grandes bancadas, hoje divididas.

Parte dessas legendas abriga críticos do governo e senadores que se consideram independentes, como Renan Calheiros (MDB-AL) e Omar Aziz (PSD-AM), o que pode dificultar o trabalho de convencimento liderado pelos aliados de Bolsonaro.

Além disso, a resistência ao nome de Mendonça se manteve também em partidos que integram o núcleo da base governista, como é o caso do PP e do PL. As duas siglas são a casa de dois articuladores do Palácio do Planalto: Ciro Nogueira (Casa Civil) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo), respectivamente.

O cenário detectado por governistas indica que políticos do centrão ainda podem ser um obstáculo para a aprovação de Mendonça —ou, ao menos, podem tornar esse trabalho mais custoso.

Às vésperas da indicação de Mendonça, ainda em julho, parlamentares influentes do centrão se diziam contrários ao nome e trabalhavam nos bastidores para que Bolsonaro indicasse o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Esses políticos afirmavam que Mendonça seria um ministro alinhado unicamente ao presidente e teria uma postura considerada lava-jatista —pouco generosa em relação a políticos investigados. Aras, por outro lado, teria um diálogo mais fluido com o próprio centrão.

Depois que Bolsonaro formalizou a indicação de Mendonça, esse grupo se dividiu. Os parlamentares fiéis ao governo e dirigentes dessas siglas passaram a apoiar o nome do ex-AGU, mas nem todos os parlamentares seguiram os líderes de suas bancadas.

Por isso, o Planalto admite a resistência e um cenário incerto para a aprovação do nome, ainda que diga enxergar a possibilidade de conquistar votos.

No radar dos articuladores do governo, o único partido que já indicou uma posição majoritariamente favorável a Mendonça é o Podemos, cuja bancada tem nove senadores.

Nas palavras de um aliado de Bolsonaro, o partido tem “praticamente uma unanimidade” para aprovar a indicação. Uma exceção já computada é o senador Jorge Kajuru (GO), que é integrante da CCJ e declara voto contrário a Mendonça.

A sabatina de Mendonça foi marcada por Alcolumbre na quarta-feira (24), mais de quatro meses após a indicação de Bolsonaro. A interlocutores Alcolumbre vinha afirmando que apenas colocaria em pauta a sabatina quando tivesse votos suficientes para derrubar a indicação.

O senador pelo Amapá vinha sofrendo pressões para pautar a sabatina de Mendonça, apesar do alívio proporcionado por uma recente decisão do STF, que garantiu a ele a prerrogativa para agendar as análises dentro da comissão.

Por outro lado, cresceu a pressão sobre seu aliado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, que marcou um esforço concentrado e vinha dizendo que tinha a expectativa era de que Alcolumbre realizaria todas as sabatinas pendentes.

Alguns senadores chegaram a ameaçar paralisar as atividades na Casa se a sabatina de Mendonça não fosse marcada.

Nos bastidores, comenta-se que o principal motivo pelo qual Alcolumbre vinha segurando a sabatina de Mendonça é o fato de ter perdido o controle sobre a distribuição de emendas.

Além disso, ele também gostaria de ver substituída a indicação de Mendonça por Aras. Mendonça é o nome “terrivelmente evangélico” que Bolsonaro havia prometido indicar para uma vaga no STF.

ENTENDA TRAMITAÇÃO DAS INDICAÇÕES NO SENADO
A avaliação sobre a nomeação é feita pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Para iniciar o processo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), deve ler o comunicado da indicação em plenário, o que já foi feito
A principal etapa na comissão é a realização de uma sabatina do candidato pelos congressistas. Concluída a sabatina, a CCJ prepara um parecer sobre a nomeação e envia a análise ao plenário
A decisão sobre a indicação é feita em uma sessão plenária da Casa. A aprovação do nome só ocorre se for obtida maioria —ao menos 41 dos 81 senadores
Depois da aprovação pelo Senado, o presidente pode publicar a nomeação e o escolhido pode tomar posse no tribunal
Renato Machado, Bruno Boghossian e Julia Chaib/Folhapress

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