Gestão Doria deixa de contar casos confirmados e mortes por Covid em escolas

Foto: Divulgação/João Doria

Desde que as aulas presenciais foram retomadas sem restrição de atendimento de alunos em São Paulo, a gestão João Doria (PSDB) não contabilizou nenhum caso confirmado ou morte por Covid nas escolas. Os registros, agora, são apenas de “casos prováveis” de infecção.

De 2 a 14 de agosto, a Secretaria Estadual de Educação diz que as escolas estaduais e particulares registraram 1.288 casos “prováveis” de infecção, 72,5% deles entre alunos e 27,5% em trabalhadores. Não foi informado quantas pessoas frequentaram as unidades no período, por isso, não é possível saber a taxa de incidência da doença.

As informações são do Simed, sistema criado em dezembro pela secretaria para preenchimento obrigatório pelas escolas particulares e estaduais. O decreto de criação do sistema diz que as instituições de ensino devem mantê-lo “constantemente atualizado”. No entanto, desde maio, a pasta não torna as informações públicas.

Apenas dois boletins epidemiológicos sobre as contaminações nos estabelecimento de ensino foram publicados, em março e em maio. A metodologia do primeiro relatório foi questionada já que, a conta para indicar uma baixa taxa de incidência de casos nas escolas, incluía alunos que não pisaram nem um dia sequer em sala de aula.

Em maio, a pasta informou que passaria a divulgar de forma diferente os casos registrados nas escolas, com classificação de prováveis e confirmados. Os prováveis são aqueles que alunos e funcionários apresentaram resultado positivo de teste do tipo RT-PCR ou de antígeno, mas cujos dados não foram validados pela Secretaria de Saúde.

Só são considerados de fato confirmados, os que tiveram resultado positivo e validados pelo sistema da Saúde. Desde então, mais nenhum caso confirmado foi registrado no Simed.

O último boletim divulgado em maio também trazia a informação do registro de 39 óbitos por Covid entre pessoas da comunidade escolar, sem detalhar quantas foram de docentes ou estudantes. Agora, o dado não é mais informado.

Desde o ano passado, o secretário de Educação, Rossieli Soares, defende que as escolas são espaços seguros e devem ser reabertas para receber os alunos. Em agosto, o governo paulista retirou as restrições e as unidades foram autorizadas a atender todos os estudantes, desde que respeitada a distância de um metro entre eles.

Enquanto a maior parte dos colégios particulares já recebe os alunos presencialmente todos os dias, sem rodízio de turmas, a maioria das escolas estaduais continua com o revezamento. Professores da rede pública relatam que a presença dos estudantes continua irregular.

“Não adianta o governo dizer que as escolas são seguras e que a pandemia está controlada, mas esconder as informações do que acontece dentro delas. É preciso estabelecer uma relação de confiança com as famílias para que os alunos voltem”, diz Fernando Cássio, professor da UFABC e integrante da Repu (Rede Escola Pública e Universidade).

Para especialistas da área da saúde, se houvesse monitoramento eficaz e política disseminada de testagem nas escolas, não só haveria maior controle de casos, mas também garantia de mais tempo dos alunos em sala de aula.

Atualmente, se um aluno da rede estadual apresenta sintomas ou teve contato com alguém contaminado, ele deve ficar afastado das aulas presenciais por 14 dias. Nas escolas particulares, o estudante pode voltar assim que tiver resultado negativo do teste para Covid.

“É mais um aspecto em que a pandemia castiga muito mais a população menos favorecida. O estudante da escola pública, que já teve menos oportunidades de estudo, ainda fica sem acesso à testagem, monitoramento, rastreamento que o permita continuar na escola em segurança”, diz Renato Kfouri, infectologista pediátrico.

Para a epidemiologista Ana Brito, da Fiocruz, as classificações usadas pelo governo paulista para acompanhar os casos nas escolas não têm embasamento científico. “Do ponto de vista de monitoramento e rastreamento dos casos, não há porque dividir os casos em confirmados e prováveis.”

“O que precisa acontecer é notificar todos os casos suspeitos e confirmados para que seja feito rastreamento de contactantes e a testagem. A partir do resultado do teste, definir o isolamento ou o retorno do aluno para a escola”, diz.

Kate Abreu, secretária executiva da Comissão Médica da Educação da secretaria estadual, disse que o Simed continua sendo preenchido pelas escolas, mas que a pasta estuda uma nova forma de tratamento dos dados.

Segundo ela, é preciso validar as informações repassadas pelas escolas com o sistema da Saúde, o que ainda não foi feito. Abreu informou que ainda não há previsão de quando os bancos de dados serão cruzados para que as informações possam ser publicadas.
Isabela Palhares/Folhapress
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Incêndio na Gameleira teve origem em caminhão e não atingiu o prédio da empresa, explica diretor


Foto: Rede sociais
O incêndio registrado na noite de domingo (20), no pátio da empresa Produtos Alimentícios Gameleira, localizada no Distrito Industrial de Jequié, teve início por volta das 19h45, em um caminhão que se encontrava estacionado no estacionamento e não atingiu a estrutura física da empresa, nem o setor de produção. A informação foi passada na manhã desta segunda-feira (30), pelo diretor da indústria, Antônio Fernando Suzarte Almeida, “Tom”, em entrevista [ouça abaixo] no programa ‘Primeira Página’, da Rádio Povo FM. Tom aproveitou o momento para ressaltar a ação eficaz da equipe do 8º GBM, conseguindo debelar as chamas, que atingiram apenas dois dos caminhões que estavam estacionados e também agradeceu a funcionários e ex-funcionários e pessoas da comunidade que foram ao local para ajudar.

O diretor da empresa informou que de acordo o registrado nas câmaras de segurança, que estão sendo encaminhadas para a perícia, o fogo teve origem em um dos caminhões, que tem apenas quatro meses de uso e estava estacionado e desligado, havia muito tempo. Os dois veículos atingidos pelo fogo, estavam segurados, informou. De acordo com Tom, após o trabalho de limpeza da área, a empresa iniciou o funcionamento normal na manhã desta segunda-feira, 30. Ele disse também que a empresa tem um sistema próprio de prevenção a incêndio, dentro das normas técnicas exigidas por lei, mas que não foi suficiente para conter as chamas.

 Jequié Reporter

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A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 29 de agosto, não foi tivemos registro de covid-19

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 29 de agosto, tivemos 12.647 casos registrados como suspeitos, sendo 3.106 casos confirmados, dentre estes, são 3.024 pessoas RECUPERADAS, 02 estão em isolamento social, 00 está internada e 80 foram a óbito. 9.522 casos foram descartados e 19 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 02 casos ativos. O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .

VACINAÇÃO - 30 de agosto a 03 de setembro


1ª dose - adolescentes de 12 a 17 anos, com comorbidades - Veja no quadro quais são elas.

2ª dose - Astrazeneca e Coronavac

Verifique qual a data de vacinação na sua UBS na imagem
Documentos necessários: Cartão do SUS atualizado, CPF, Cartão de Vacinação, Comprovante de Residência ou Cartão Família e relatório médico

Pessoas acamadas ou com mobilidade reduzida recebem a vacina em casa. A solicitação deve ser realizada por um responsável no Posto de Saúde mais próximo do seu domicílio .

Vacina Salva Vidas. Desinformação Não.
Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Estudo diz que vacinados com CoronaVac têm 74% menos chance de morte

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
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Quem toma a AstraZeneca reduz em 90% os riscos de morrer de covid-19

Agência Brasil - Com dados de 60 milhões de brasileiros vacinados entre 18 de janeiro e 30 de junho, estudo avaliou a efetividade das vacinas CoronaVac e AstraZeneca para prevenir casos graves de covid-19, hospitalizações, admissão em UTIs e mortes. No caso da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, a CoronaVac, com o esquema vacinal completo, a pessoa imunizada tem 74% menos risco de morte. Com a AstraZeneca, o percentual é acima de 90%

A autoria do trabalho, publicado na plataforma medRxiv e ainda em processo de revisão, é de pesquisadores das universidades federais da Bahia e de Ouro Preto, da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e da London School of Hygiene & Tropical Medicine e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Considerando todas as faixas etárias dos vacinados, entre os que tomaram duas doses da CoronaVac, 54,2% apresentaram risco menor de infecção pelo novo coronavírus, 72,6% menos risco de hospitalização, 74,2% menos risco de admissão na UTI, e 74% menos risco de morte. Para quem tomou apenas uma dose, o risco de infecção caiu pela metade, além disso, o estudo apontou 26,5% menos risco de hospitalização, 28,1% menos risco de admissão em UTI e 29,4% menos risco de morte.

Com a AstraZeneca, os que completaram a imunização com duas doses apresentaram 70% menos risco de infecção, 86,8% menos risco de internação, 88,1% menos risco de admissão na UTI e 90,2% menos risco de morte. Entre os que tomaram uma dose, foi observado um risco 32,7% menor de infecção, risco de hospitalização caiu pela metade, 53,6% menos risco de admissão em UTI e 49,3% menos risco de morte.

Os pesquisadores destacam que o levantamento é importante não apenas pelo grande número de pessoas analisadas, mas porque se trata do primeiro levantamento nacional para verificar a efetividade vacinal. Esse dado é diferente da eficácia vacinal, que se dá em um ambiente de condições controladas e ideais.

Análise por idade
O estudo aponta uma efetividade semelhante para as duas vacinas em todas as faixas etárias, com exceção das pessoas com 90 anos ou mais. Com a CoronaVac, para pessoas com 60 anos ou mais, a redução no risco de hospitalização ficou em 84,2%, admissão em UTI em 80,8% e 76,5% menos risco de morte por covid-19 para pessoas com esquema de vacinação completo. Estratificando a faixa de pessoas com 90 ou mais, a efetividade é menor, pois a redução no risco de hospitalização, admissão em UTI e morte foi de 32,7%, 37,2% e 35,4%, respectivamente.

No caso da AstraZeneca, com as duas doses para pessoas com 60 anos ou mais, a redução no risco de hospitalização chegou a 94,2%, admissão em UTI a 95,5% e o risco de morte por covid-19 ficou 93,3% menor. Na faixa com 90 anos ou mais, os percentuais caíram para 54,9%, 39,7% e 70,5%, respectivamente.

Os cientistas concluíram, portanto, que pessoas com idade acima de 90 anos podem se beneficiar com uma terceira dose de reforço, mas apontam a necessidade de comprovação científica dessa tese.

Nesta semana, o Ministério da Saúde informou que iniciará, na segunda quinzena de setembro, a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a “todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há 6 meses”.

Metodologia
Foram vacinadas, entre janeiro e junho deste ano, 21,9 milhões (36,2%) de pessoas com a CoronaVac e 38,6 milhões (63,8%) com a AstraZeneca, totalizando 60,5 milhões de vacinados. Cerca de 44% desse total, 26,8 milhões de pessoas, tinham 60 anos ou mais. Nesse sentido, os principais resultados dizem respeito à redução de hospitalizações, admissões em UTI e mortes especificamente para essa faixa de idade.

Os pesquisadores confrontaram os dados dos vacinados com dados hospitalares nacionais, obtidos no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). De acordo com o estudo, o sistema é utilizado como fonte para análises epidemiológicas por reunir os casos notificados de hospitalizações e mortes causadas por vírus respiratórios, como o novo coronavírus e o vírus da gripe.

Marco temporal ao demarcar terras indígenas deve unir Congresso e Planalto contra STF

Foto: Gabriela Biló/Estadão/Arquivo

O julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que discute a demarcação de terras indígenas tem potencial para unir o Congresso e o Palácio do Planalto contra a corte. O tribunal quer dar a palavra final sobre o debate em torno do marco temporal para reconhecimento de áreas tradicionais, mas o tema também está em discussão no Legislativo.

O agronegócio pressiona para que o tribunal determine que os indígenas só podem ter direito sobre terras que já estavam ocupadas até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Uma ala do STF, porém, votará no sentido oposto, como já fez o ministro Edson Fachin quando a análise do caso foi iniciada no plenário virtual.

O julgamento será retomado na próxima quarta-feira (1º) com sustentações orais e, depois, os votos dos ministros. Para pressionar o Supremo, cerca de 6.000 indígenas montaram um mega-acampamento em Brasília nesta semana.

Caso a corrente de Fachin prevaleça, a bancada ruralista tentará reverter a decisão no Congresso e contará com o apoio do governo nesse sentido. Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a ausência de um marco temporal pode acabar com o agronegócio.

Segundo o Censo 2010, a população indígena era de 817.963 (0,4% do total no Brasil), com 517 mil vivendo em terras indígenas oficialmente reconhecidas. A Funai (Fundação Nacional do Índio) diz que as áreas indígenas ocupam 12,2% do território nacional. Dados do MapBiomas indicam que elas vêm garantindo proteção aos biomas nas últimas três décadas —só 1,6% do desmatamento do período ocorreu nelas.

O debate sobre a tese do marco temporal teve início em 2009, quando o STF deu uma decisão favorável aos indígenas na disputa com produtores de arroz em relação à terra Raposa Serra do Sol, em Roraima. A corte afirmou que eles já estavam no local antes da Constituição de 1988 e reconheceu que tinham direito ao espaço.

Em 2013, no entanto, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) usou a tese da ocupação da terra antes da promulgação da Constituição para impor um revés aos indígenas Ibirama LaKlãnõ, de Santa Catarina.

O tribunal concedeu ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (antiga Fatma, Fundação de Amparo Tecnológico ao Meio Ambiente) o direito à reintegração de posse do local que estava ocupado pelos indígenas.

A Funai, porém, recorreu da decisão e é este recurso que está sendo julgado agora no Supremo. A corte aplicou repercussão geral ao caso, o que significa que a decisão a ser tomada terá de ser aplicada em todos os processos similares. Há 82 ações com tramitação suspensa em todo o país aguardando uma definição do STF.

O julgamento foi iniciado no plenário virtual e Fachin, o relator, votou contra a imposição de um marco temporal. O ministro Alexandre de Moraes, porém, pediu destaque para retirar o caso do ambiente online e enviá-lo ao plenário físico.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já defendeu publicamente que a Casa tenha “coragem de debater o tema da exploração de terras indígenas”.

“Eu viajei este país todo durante minha campanha à presidência da Câmara. Na terra da deputada Joenia [Wapichana, da Rede-RR], o governador me relatava que, por dia, entre 100 quilos e 200 quilos de ouro saem ilegalmente dos garimpos de terras indígenas”, disse Lira em junho.

“E nós temos que ficar de olhos fechados a isso? Esta situação vai continuar acontecendo se nós não legislarmos, se não cuidarmos, se não melhorarmos, se não discutirmos”.

As declarações foram dadas em sessão após confronto entre indígenas e policiais durante protesto contra um projeto debatido na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a principal da Câmara, que contempla a tese do marco temporal.

Conforme o texto, aprovado pela comissão e que ainda precisa ser apreciado pelo plenário, a ausência da comunidade indígena na área na data de promulgação da Constituição descaracteriza o enquadramento na reivindicação de terra indígena, exceto no caso de conflito por posse persistindo até 5 de outubro de 1988.

Única representante indígena no Congresso, a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR) critica a tese do marco temporal. “A gente sabe que nem todas as terras indígenas estão com processo concluído. Existem muitas reivindicações pelo Brasil, e se for considerar uma tese do marco onde a comunidade esteja de posse, nós vamos violar vários direitos de terras indígenas.”

“A história do Brasil todos conhecem, é uma história que vem se arrastando desde 1500, mas nem por isso as comunidades estão reivindicando o estado original. Estão querendo apenas que seja reconhecido o seu direito de ter uma terra demarcada”.

Ela lembra que muitos povos foram removidos à força de terras que ocupavam. “O marco temporal tenta reduzir esse direito, colocando esse marco para que haja consideração, mas a quem isso interessa? Interessa a quem disputa as terras indígenas com os povos indígenas. São os grileiros de terras públicas, são aqueles que têm cobiça nos recursos naturais, são os que querem tomar as terras dos povos indígenas”.

A antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, integrante da Comissão Arns e professora emérita da Universidade de Chicago, lembra que a Constituição reconhece aos indígenas os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam e que compete à União “demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”.

“Entre outras coisas, o Estado tem o dever de demarcar essas terras”, afirma ela. No início de agosto, a Câmara aprovou o projeto que facilita a regularização fundiária de terras ocupadas no Brasil, incluindo áreas da Amazônia que foram ilegalmente desmatadas. O texto está em análise no Senado.

“Hoje em dia, a gente sabe que está havendo um movimento de grilagem desenfreado, sobretudo nas terras públicas da Amazônia”, acrescenta Manuela. “É uma grilagem física, de invasão de madeireiros, garimpeiros e de grileiros, mas é também uma grilagem cartorial, porque as diversas bases de dados que definem as terras indígenas e as propriedades rurais, as áreas de conservação e as florestas públicas não se conversam”.

Na avaliação da antropóloga, isso cria uma insegurança jurídica generalizada. “Quando os fazendeiros dizem que precisam de segurança jurídica, eles têm toda razão. E os indígenas também. A segurança jurídica tem que ser para todos, e não para um setor apenas”.

Com apoio da bancada ruralista, todos os textos têm sido votados sem o devido debate público, avalia Joenia.

“A gente está vendo que a tramitação desses projetos tem sido sim de forma rápida, porque uma vez o relatório publicado e postado dentro do sistema, no outro dia já tem a própria votação”, afirma. “Não tem uma discussão adequada, num tempo apropriado, com a participação da sociedade para que entenda o que está ali naquele texto”.

CRONOLOGIA DO DEBATE

Raposa Serra do Sol
Em 2009, o STF dá decisão favorável aos indígenas na disputa com produtores de arroz em relação à terra Raposa Serra do Sol, em Roraima. A corte afirma que eles já estavam no local antes da Constituição de 1988 e têm direito à essa área

Santa Catarina
Em 2013, o TRF-4 usa a tese da ocupação da terra antes da promulgação da Constituição para dar decisão contrária aos indígenas Ibirama LaKlãnõ, de Santa Catarina

Parecer defende marco temporal
O governo Michel Temer (MDB) publica parecer para orientar a administração pública a reconhecer que indígenas têm direito apenas às terras que já estavam ocupadas por eles em 1988

Fachin suspende parecer
O ministro Edson Fachin, do STF, suspende a validade do parecer do governo federal que fixa a Constituição de 1988 como marco temporal para definir as terras que devem ser demarcadas

Julgamento do marco temporal
O STF inicia a análise de um recurso à decisão do TRF-4 de 2013. O Supremo aplicou repercussão geral ao caso, o que significa que a tese a ser fixada valerá para todos os processos do país que discutem o tema

Matheus Teixeira/Danielle Brant/Folhapress

Bahia registra 387 novos casos de Covid-19 e mais 27 óbitos pela doença

Foto: Divulgação/
Na Bahia, 26.443 pessoas tiveram óbito confirmado pela doença

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 387 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,03%) e 496 recuperados (+0,04%). O boletim epidemiológico deste domingo (29) também registra 27 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados hoje. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.219.827 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.190.243 são considerados recuperados, 3.141 encontram-se ativos e 26.443 pessoas tiveram óbito confirmado pela doença.

O boletim epidemiológico da Sesab contabiliza ainda 1.496.866 casos descartados e 230.181 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde, até as 17 horas deste domingo. Na Bahia, 51.842 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

Com 8.740.157 vacinados contra o coronavírus com a primeira dose ou dose única, a Bahia já vacinou 78,8% da população adulta (18 anos ou mais) estimada em 11.087.169. A Sesab informa ainda que realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas no painel https://bi.saude.ba.gov.br/vacinacao/.

Tragédia na BR-116 Veredinha | batida frontal entre duas carretas com morte em Vitória da Conquista

Foto: WhatsApp | BLOG DO ANDERSON
Um grave acidente entre duas carretas foi registrado na Rodovia Santos Dumont, a BR-116, próximo a Veredinha, na Zona Rural de Vitória da Conquista. O fato que resultou em uma morte.

Imagens que o BLOG DO ANDERSON recebeu e compartilha neste domingo (29) mostram o estrago e as ações da Polícia Rodoviária Federal e Resgate da ViaBahia. Ainda não há informações sobre as condições de saúde do outro condutor.
Fonte: Blog do Anderson

EUA fazem novo ataque aéreo no Afeganistão

Foto: Saul Loeb/AFP/Folhapress
A menos de dois dias do prazo final para a retirada americana do Afeganistão, os Estados Unidos realizaram um novo ataque militar neste domingo (29) em Cabul.

Uma autoridade, que não quis se identificar, disse que o alvo era um carro-bomba que se preparava para atacar o aeroporto, com suspeitos de integrar a célula afegã do Estado Islâmico no país asiático.

O governo americano não confirma oficialmente o ataque, e ainda não há informações sobre vítimas.

Jornalistas da agência France Presse relatam ter ouvido uma explosão na tarde deste domingo (no horário local) perto do aeroporto de Cabul —que foi palco de um atentado que deixou quase 200 mortos, incluindo 13 soldados americanos, na quinta-feira (26).

O aeroporto é porta de saída para civis estrangeiros e afegãos que tentam deixar o país depois de tomada do poder pelo grupo fundamentalista Talibã, há duas semanas.

Na noite deste sábado (28), a embaixada dos EUA em Cabul emitiu o terceiro alerta da semana para que americanos deixassem imediatamente a área do Aeroporto Internacional Hamid Karzai e evitassem ir até o local devido a uma “ameaça específica e crível”.

Mais cedo neste sábado, o presidente dos EUA, Joe Biden, havia alertado sobre novas ameaças. “Nossos comandantes me informaram que é muito provável [que haja] um ataque nas próximas 24 horas a 36 horas. Eu determinei que tomem toda medida possível para priorizar a proteção das forças”.
Reuters/Folhapress-----Foto: Saul Loeb/AFP/Folhapress

Ipiaú: Adolescente de 16 anos é apreendido pela Polícia Militar por porte ilegal de arma de fogo (Revolver) e posse de drogas.

Foto: Dovulgação/Ascom/55ª CIPM/arma de fogo sem registro
Por volta das 10h50min, deste domingo(29/08/21), a guarnição da 55ª CIPM/PETO, em rodas na av São Salvador, centro de Ipiaú, ao avistar um adolescente, que é contumaz na prática de ato infracional correspondente ao tráfico de drogas, procedeu com abordagem a ele, sendo encontrado um revólver municiado, na cintura, pronto para ser usado, além de uma pequena quantidade de droga.

Foi lhe da voz de apreensão em flagrante. OBS: “O adolescente já saiu dizendo que seria posto em liberdade, graças a Deus”.

Autor: I. L. dos S., Nas: 15/12/2004; Endereço: av Itajibá, Japomerim-Itajibá

Materiais apreendidos: Revolver, marca Rossi com numeração suprimida; 06 munições intactas CBC; 02 porções de maconha; 47,00 reais

O acusado foi conduzido e apresentando na delegacia de Jequié.

Fonte: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Oposição comemora punição à Via Bahia e reclama de omissão de governos petistas

Foto: Divulgação/Pedágio da concessionária Via Bahia

“Com a redução das tarifas dos pedágios, finalmente a Via Bahia é punida pelos maus serviços prestados aos baianos”, comemora o líder da oposição na Assembleia, deputado Sandro Régis. Segundo ele, são 12 anos de omissão dos governos petistas, tanto federal quanto estadual, ao descaso dessa concessionária com a infraestrutura da Bahia e a segurança nas estradas administradas por ela.

Na última sexta-feira (27), o desembargador federal Carlos Augusto Brandão derrubou a liminar que suspendera a redução das tarifas dos pedágios das BRs 324 e 116, e das BAs 526 e 528. A partir de data ainda a ser definida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), transitar nessas rodovias ficará mais barato em 14,83%.

“Com certeza, é o primeiro passo para legalmente afastar em definitivo essa concessionária que presta péssimos serviços em importantes estradas de nosso Estado”, afirma Régis. Ele observa que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, não esconde de ninguém o propósito de realizar uma nova licitação. “Será mais do que justo. A Via Bahia nunca cumpriu devidamente o contrato firmado em 2009, ainda no governo de Lula”.

Para o líder da oposição, precisou o PT sair do governo federal para que fosse tomada alguma atitude contra a Via Bahia. “O governador Rui Costa e a presidenta Dilma jamais se manifestaram contra o descaso da Via Bahia. E agora eles querem repetir de novo a dobradinha Lula e Wagner, os dois que estavam no poder quando a concessionária foi contratada. Que o Senhor do Bonfim nos livre de mais esse infortúnio”.

EUA alertam para ‘ameaça crível’ em aeroporto do Afeganistão

Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP/Folhapress/Arquivo

Pela terceira vez nesta semana, a embaixada dos EUA em Cabul emitiu um alerta na noite de sábado (28) para que cidadãos americanos deixem imediatamente a área do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, na capital do Afeganistão, e evitem ir até o local devido a uma “ameaça específica e crível”.

Devem ser evitados todos os portões de acesso, enquanto o foco da preocupação no momento é o portão sul, a área do novo Ministério do Interior e a entrada próxima ao posto de gasolina Panjshir.

O primeiro alerta do tipo foi emitido na quarta (25) à noite, véspera do ataque que deixou quase mais de 180 mortos, entre os quais 28 membros do talibã e 13 militares americanos, além de mais de 200 feridos. O atentado foi reivindicado pela filial afegã do Estado Islâmico, conhecida como EI-Khorasan, inimiga comum dos EUA e do Talibã. Já na noite desta sexta (26) foi emitido o segundo comunicado.

Mais cedo no sábado, o presidente dos EUA, Joe Biden, havia alertado sobre novas ameaças. “Nossos comandantes me informaram que é muito provável [que haja] um ataque nas próximas 24 horas a 36 horas. Eu determinei que tomem toda medida possível para priorizar a proteção das forças”.

Washington afirma ter matado dois membros do EI-K que planejaram o atentado, deixando um terceiro ferido. A operação com drones ocorreu na madrugada deste sábado, no horário local, na província de Nangahar, perto da fronteira com o Paquistão, e o presidente americano prometeu novas ações.

“Esse ataque não foi o último. Vamos continuar a caçar qualquer pessoa envolvida nesse odioso atentado e fazê-los pagar”, declarou o democrata. Neste sábado, Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã, condenou a operação americana, no que chamou de “claro ataque em território afegão”.

Após o ataque ao aeroporto de Cabul, multidões que eram vistas tentando acessar o terminal de passageiros dissiparam. Neste sábado, as estradas que levam ao aeroporto estavam bloqueadas, quase todos os portões ficaram fechados e poucas pessoas conseguiam acesso. Os pequenos grupos que ainda podem embarcar estão sendo submetidos a um rigoroso processo de checagem, pelo risco de novos ataques.

Num início de aliança que parecia improvável até então, o governo americano diz esperar a colaboração do Talibã para a retirada de cidadãos com segurança. Segundo Biden, até este sábado 117 mil pessoas foram evacuadas do Afeganistão.

Folhapress

Polícia Militar arrecada 36 toneladas de alimentos durante a Campanha Força Solidária, na Região Sudoeste

Foto:  Ascom/55ª CIPM
O Comando de Policiamento da Região Sudoeste, em parceria com os diversos segmentos sociais, arrecadou durante a Campanha Força Solidária, 36 toneladas de alimentos na Região Sudoeste. Dentre os contemplados estão as Instituicões Filantrópicas, Casas de Recuperação, Abrigos de Idosos, Quilombos, pessoas em situação de rua e milhares de famílias que se encontram em vulnerabilidade social.
Foto:  Ascom/55ª CIPM
A Campanha foi realizada em todo o Estado da Bahia e ocorreu entre os meses de julho e agosto.

Durante a Campanha, as 13 Unidades que compõem o orgânico do CPRSO envidaram todos os esforços no sentido de arrecadar a maior quantidade de alimentos. Os Policiais Militares realizaram drive thru, fizeram arrecadações dentro das Unidades Militares, em escolas, além das parcerias com os diversos segmentos sociais.

Para o Cel Ivanildo da Silva, Comandante do CPRSO: "O resultado da Campanha mostra a importância das parcerias e o empenho dos nossos Policiais Militares em servir e proteger a Comunidade. Além da entrega dos alimentos, levamos também atenção e acolhimento. Parabenizamos o Comandante Geral da PMBA, Cel PM Paulo Coutinho, por essa nobre iniciativa e agradecemos a todas as pessoas, às empresas e aos grupos solidários que, desde o início da pandemia, têm, com afinco, apoiado as ações humanitárias da Polícia Militar na Região Sudoeste.
Foto:  Ascom/55ª CIPM

Informações: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma força a serviço do cidadão!

Cruz das Almas: Médica ouvida por CPI diz que nunca trabalhou em cidade

Foto: Reprodução / Forte na Notícia

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Cruz das Almas, no Recôncavo, tenta descobrir quem assinou um atestado de óbito no lugar de uma médica. Nesta quinta-feira (26), a CPI foi prorrogada por mais 90 dias motivada, principalmente, por esse caso.

O fato dado ainda como de erro médico ocorreu no dia 5 de abril passado, no Pronto Atendimento de Covid-19. Segundo informou a CPI da cidade ao Bahia Notícias, a médica cujo nome foi usado para atestar o óbito e "assumir" o erro, foi ouvida em oitiva na cidade onde ela mora, Uauá, a quase 500 quilômetros de Cruz das Almas.

A profissional, de nome Alana Ferreira, informou que nunca trabalhou nem esteve em Cruz das Almas. A própria médica procurou uma delegacia de Juazeiro, mesma região de Uauá, e registrou queixa apontando ser vitima de falsidade ideológica e falsidade material de atestado ou certidão, artigos 299 e 301 do Código Penal brasileiro.

A suspeita é que a pessoa que assinou em nome da médica trabalha na unidade de saúde onde o caso foi identificado. Na próxima quarta-feira (1°), a CPI deve ouvir novas testemunhas.

Instaurada em 24 de maio passado, a Comissão apura ainda suspeita de troca de vacinas, adulteração e destruição dos cartões de vacinação, falsificação de assinaturas nos mesmos cartões, inconsistência de dados dos boletins informativos, assim como o óbito ocorrido no dia 5 de abril por suposto erro médico.

por Francis Juliano:  Bahia noticias

Feira: PM é preso acusado de arquitetar e participar de sequestro de comerciante

Foto: Reprodução / Acorda Cidade

Um policial militar foi preso acusado de participar do sequestro de um comerciante em Feira de Santana. Segundo o Acorda Cidade, a prisão ocorreu na tarde desta sexta-feira (27). O militar é apontado como mentor intelectual do sequestro, tendo participado de forma ativa do sequestro de Natã Amorim Cunha. Desde o dia 17 de março, dia do crime, o comerciante não foi mais visto.

Familiares chegaram a pagar o resgate aos criminosos, mas a vítima não foi liberada. Cunha, que tinha atuação no ramo de peças, estava em um bar quando foi surpreendido e levado pelos acusados.

Ao site feirense, o delegado Roberto Leal disse que a apuração aponta ainda que o policial esteve à frente das negociações do resgate. O PM foi levado à prisão no Batalhão de Choque da PM em Salvador.

Por: Bahia noticias

Gabinete de Rodrigo Pacheco recebe romaria de prefeitos de MG

Foto: Pedro França/Agência Senado/Arquivo

No epicentro da crise institucional, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tem procurado exercer um papel de mediador na relação conflituosa do Executivo com o Judiciário, sem deixar de tomar decisões que impuseram ao presidente Jair Bolsonaro significativas derrotas. A exposição gerada pelos episódios de confronto entre os poderes ajudou a consolidar Pacheco como um potencial pré-candidato à Presidência da República no ano que vem. De forma mais discreta, ele vem, ao mesmo tempo, trabalhando para consolidar os laços com o PSD e ampliar seu capital político em Minas.

Ainda no DEM, Pacheco articula a migração para o partido do ex-ministro Gilberto Kassab – que age para incluí-lo no cenário da disputa pelo Palácio do Planalto. O presidente do Senado nomeou para seu gabinete o presidente do PSD em Minas e secretário nacional da legenda, Alexandre Silveira.

Ex-presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ex-deputado ligado ao Centrão, Silveira ocupa o cargo de diretor de Assuntos Técnicos e Jurídicos, o principal na hierarquia da presidência do Senado.

Ele e o presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Julvan Lacerda – assessor sênior de Pacheco –, se dedicam a receber grupos de dezenas de prefeitos mineiros, sempre acompanhados do deputado estadual ou federal da região, que deixam o gabinete do presidente do Senado com a promessa de repasse de verbas do Orçamento para as áreas de saúde e pavimentação de vias urbanas de suas regiões.

O líder do PSD na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Cássio Soares (PSD), calcula que o gabinete de Pacheco tenha recebido cerca de 700 prefeitos do Estado nos últimos três meses. Minas possui 853 municípios. “Levei (ao gabinete de Pacheco), no fim de julho, um grupo de 30 prefeitos de municípios do sul e do sudoeste do Estado, que compõem a minha base eleitoral. Fomos atendidos pelo Alexandre (Silveira)”, disse o deputado estadual.

Segundo Soares, o prefeito de Passos (MG), Diego Oliveira (PSL), recebeu a promessa de aporte de R$ 2 milhões para investimentos. Prefeitos de municípios menores da mesma região saíram com promessa de verbas de R$ 500 mil.

A prefeita de Uberaba (MG), Elisa Araújo (Solidariedade), acompanhada do deputado Zé Silva (Solidariedade), fez parte de um grupo de duas dezenas de políticos de Minas Gerais que foi recebido por Silveira no gabinete da presidência do Senado, no último dia 18. Elisa conheceu o gabinete de Pacheco, tirou fotos, gravou vídeo com Silveira, saiu de lá com a promessa de uma verba de R$ 6 milhões para o município e retornou a Uberaba.

No dia seguinte, a prefeita atendeu a imprensa local para anunciar o aporte de recursos no município de 337.092 habitantes. Ela também publicou vídeo feito no gabinete de Pacheco nas redes sociais da prefeitura, ao lado de Silveira. “São R$ 6 milhões. Com esse dinheiro vamos conseguir construir o nosso Samu regional e comprar equipamentos de hemodinâmica”, afirmou Elisa. “Agradecemos ao senador Rodrigo Pacheco pelo empenho”.

O prefeito de Alterosa (MG), Marcelo Nunes de Souza (PSD), por sua vez, recebeu a promessa de recursos de R$ 500 mil para investir em saúde e pavimentação de vias urbanas do município. Souza, que cumpre seu terceiro mandato como prefeito, foi recebido no gabinete de Pacheco, por Silveira, há duas semanas. Ele levou um grupo de 30 políticos de Minas.

“Estou em meu terceiro mandato e nunca tivemos as portas do Senado abertas, como tem acontecido desde que Pacheco assumiu a presidência. Essa descentralização dos recursos para os municípios, protagonizada por ele, tem sido um alívio nesse momento de grandes dificuldades”, afirmou Souza.

Principal liderança do PSD em Minas, o ex-governador e senador Antônio Anastasia avaliou que o Estado, que é o segundo maior colégio eleitoral do País, é estratégico para consolidar uma eventual candidatura de Pacheco à Presidência da República. “Se o Rodrigo (Pacheco) decidir pela candidatura, e eu espero e torço para que ele se decida nesse sentido, ele sairá forte em Minas Gerais”, afirmou Anastasia. “Em todas as eleições presidenciais, desde a redemocratização, o candidato que venceu em Minas Gerais venceu no Brasil”.

Na avaliação de Anastasia, “o País precisa de pacificação” e o presidente do Senado “tem a qualidade necessária para promover essa pacificação”. “Tenho defendido uma candidatura de centro, de alguém que tenha um perfil de bom senso, de equilíbrio, de diálogo, de ponderação, de responsabilidade (…). Nós temos uma boa opção”. Anastasia vê Pacheco como a opção de “alguém para construir pontes em vez de trincheiras”.

Aposta

Kassab já dá como certa a filiação de Pacheco ao PSD e a candidatura do senador pela legenda ao Palácio do Planalto. “Ele está sendo muito bem aceito entre os formadores de opinião”, declarou o ex-ministro.

O presidente do Senado é considerado a aposta mais ousada de Kassab, que também articula lançar nomes como o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, o atual prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, nas disputas do ano que vem.

Eleito em fevereiro para o comando do Senado, Pacheco contou com o apoio de Bolsonaro e de dez partidos, entre os quais siglas de oposição, como PT, Rede e PDT. A articulação que o elegeu expõe o caráter “equilibrista e calculado” dos seus gestos à frente do Congresso.

Pacheco foi alvo de críticas de senadores oposicionistas e independentes por não instaurar a CPI da Covid. Ele considerava “inapropriada” a investigação parlamentar, mas acatou determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, e a comissão foi implementada. Pacheco ainda tentou atuar como ponte para uma retomada do diálogo entre o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, e Bolsonaro, sem sucesso. Na quarta-feira passada, ele rejeitou o pedido do presidente da República para abrir processo de impeachment contra o ministro da Corte Alexandre de Moraes “por falta de justa causa”. Tornou-se alvo também de Bolsonaro.

Procuradas pelo Estadão, as assessorias de Pacheco e Silveira confirmaram as reuniões com os políticos mineiros, recebidos nos últimos três meses. Eles, porém, não quiseram dar entrevistas. Julvan Lacerda não respondeu aos contatos da reportagem.

Estadão Conteúdo

Desemprego só retorna ao nível pré-pandemia em 2023, apontam economistas

Foto: Agência Brasil/Arquivo

As revisões pessimistas para o avanço da economia em 2022 já preocupariam pela volta do país a um ritmo de crescimento medíocre, após a debacle causada pela pandemia. O cenário, no entanto, também sinaliza que o desemprego deve permanecer alto no ano que vem e só voltar ao patamar pré-Covid em 2023.

No trimestre encerrado em maio, o desemprego no país bateu em 14,6%, o que equivale a 14,8 milhões de pessoas, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Quando se olha para a população subutilizada, o número é ainda mais preocupante: 32,9 milhões.

O ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman lembra que o ritmo de recuperação dos postos de trabalho depende diretamente de quanto o país irá crescer este ano e nos próximos. Com as projeções mais recentes do boletim Focus, do Banco Central, o desemprego deve permanecer elevado até 2023, voltando ao nível de antes na segunda metade do ano, diz.

De acordo com o último Focus, há uma expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,27% este ano. Para 2022, hoje é estimada uma elevação de 2% —mas essa estimativa já foi de 2,5% no começo do ano e tem passado por constantes revisões para baixo.

A expectativa de crescimento para o ano que vem já caiu para baixo de 2% em análises recentes de diferentes instituições. O FMI (Fundo Monetário Internacional), por exemplo, já fala em 1,9%; o Itaú, em 1,5%; a MB Associados, em 1,4%. Para 2023, a previsão de alta do PIB é de 2,5%, ainda segundo o Focus.

Além dos desafios impostos pela própria pandemia, o cenário eleitoral no ano que vem também deve prejudicar o crescimento e um aumento dos investimentos.

O processo já vem sendo conturbado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que coloca em dúvida a confiança nas urnas eletrônicas e mantém um clima de confronto com ministros do Supremo Tribunal Federal.

Em suas viagens pelo país, o presidente também tem culpado os governadores pelo desemprego alto, atribuindo à política do “fique em casa”, de distanciamento social, a responsabilidade pelas perdas no mercado de trabalho.

Experiências internacionais, no entanto, apontam que a recuperação avançou mais rapidamente em países onde o governo atuou desde o início na compra de vacinas e no combate à pandemia.

Schwartsman acrescenta que a taxa de participação na força de trabalho (a chamada oferta de trabalho, conta que inclui quem está ocupado ou procura emprego) estava na casa dos 57% nos trimestres encerrados em abril e maio, ainda de acordo com o IBGE. Só que antes da crise a relação era de 61,5%, em média.

“A previsão de volta ao desemprego de antes depende que essa relação se mantenha perto do patamar atual; se ela subir e mais gente entrar no mercado de trabalho, a volta ao patamar pré-Covid fica mais distante, pelo menos para um crescimento do PIB na casa de 2%”, diz o ex-diretor do BC.

No trimestre móvel de março a maio, 101,5 milhões estavam na força de trabalho, aumento de 1,2 milhão de pessoas ante o trimestre móvel anterior.

Foi por pouco que Sérgio Batista Silva, 52, não fugiu das estatísticas de desemprego. Desempregado desde maio, o vigia acordou cedo, tomou um café da manhã modesto e saiu de casa antes do amanhecer.

Quando chegou na porta da empresa, onde estavam oferecendo vagas para segurança, já não tinham mais senhas para entrevistas de emprego. “Descobri que tinha gente na fila desde o dia anterior. As 50 senhas não deram nem para metade da fila”.

Ele agora conta com o bilhete para viagens gratuitas, que o Metrô de São Paulo oferece para desempregados, para poder continuar saindo em busca de um novo emprego. “Tenho uma filha e um neto. Topo tudo, menos desistir”.

De acordo com o economista Daniel Duque, pesquisador do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas), a taxa de desemprego, mesmo com a recuperação do nível de ocupação ocorrendo desde o final do ano passado, deve se manter pressionada pela taxa de participação em alta.

O economista da IDados Bruno Ottoni concorda que a busca dos brasileiros por um emprego ainda deve ser longa. Apesar de o país mostrar sinais de recuperação, o mercado de trabalho ainda demora a reagir com força.

Ele também estima que, caso o país cresça na casa de 5% este ano e mais de 2% no ano que vem, deve levar até 2023 para que o mercado volte ao patamar de antes da crise sanitária.

Para Ottoni e Tiago Cabral, também da IDados, a taxa de participação deve seguir em alta nos próximos meses, no contexto da retomada do setor de serviços e de redução das incertezas com a pandemia.

Os cálculos da consultoria apontam que o desemprego médio esperado para este ano é de 14,3%, superior ao observado em 2020 (13,5%).

Para 2022, a expectativa é de uma desocupação ainda alta, atingindo 11,8% no quarto trimestre —acima dos 11% registrados antes da pandemia, no quarto trimestre de 2019.

Dessa forma, as quedas mais acentuadas do desemprego, para níveis pré-pandemia, vão depender de um ritmo mais consistente de retomada de atividade econômica, reforçam os analistas.

Isso, no entanto, acontece em um contexto de alta da inflação, que obriga o Banco Central a subir os juros básicos —hoje em 5,25% ao ano e que devem chegar a 7,5% até o fim de 2021. Ao deprimir a atividade econômica, a alta de juros também impacta na recuperação do mercado de trabalho.

“A gente não sabe como vai ser o dia de amanhã. A única certeza é que alguns setores não vão voltar ao que já foram”, diz o especialista em petróleo Edson Pimentel, 46. Há duas décadas ligado a um setor que foi um dos mais afetados na recessão de 2015 e 2016, ele passou por todas as turbulências do mercado de trabalho dos últimos anos.

“Quando saí da faculdade, há 20 anos, recebi quatro ofertas de emprego. O trabalho me permitiu morar nos Estados Unidos, na Argentina e no Nordeste, parecia que tudo ia ficar bem”, conta. Até que veio a primeira crise, há cinco anos, que fez ele perder a função e virar motorista de Uber.

Com o diploma de engenharia na gaveta, Pimentel chegou a ser gerente em uma rede de supermercados e agora usa as economias e os investimentos que fez para montar uma consultoria na área de petróleo, com a esperança de que as coisas melhorem.

“É aquela ‘esperança de classe média’, que acredita no país, ao mesmo tempo que não descarta pegar os filhos e ir morar no exterior. Sinto que tudo que estudei nesses anos está sendo jogado fora”.

“A pandemia ressaltou as anomalias do mercado de trabalho. Diversos levantamentos já mostraram que ela acentua as desigualdades pré-existentes, que não eram pequenas”, diz Ottoni. “Infelizmente, sairemos dessa ainda mais desiguais.”

Um outro estudo, também conduzido pela IDados e baseado na Pnad Contínua, mostra que as maiores perdas do mercado de trabalho se deram entre os mais pobres. Para as faixas com rendimentos mensais entre R$ 548,23 e R$ 1.176,26, a queda na ocupação foi de 14%, entre o primeiro trimestre de 2020 e o mesmo período deste ano.

Com o avanço da vacinação e a reabertura gradual do setor de serviços, há uma expectativa de volta das vagas de menor remuneração, sobretudo informais.

“Resta saber, no entanto, se a variante delta vai prolongar as medidas de distanciamento social e se as empresas se sentirão seguras para reabrir vagas formais mais rapidamente”, diz Ottoni.

O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), por exemplo, apontou em julho a abertura de 316,5 mil postos formais e a tendência é de novas altas na série sem ajuste sazonal, apesar do pessimismo em relação ao crescimento do país no ano que vem.

No mês passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou a metodologia da Pnad Contínua, disse que o IBGE ainda está “na idade da pedra lascada” e defendeu os dados do Caged.

O Caged, no entanto, retrata somente o mercado formal. Já o IBGE, por meio da Pnad Contínua, abrange outras modalidades de ocupação, como informal, por conta própria e doméstico, além de empregadores.
Douglas Gavras/Folhapress

Partidos temem Bolsonaro mais autoritário após 7 de Setembro

Foto: Dida Sampaio/Estadão/Arquivo

Presidentes de partidos de diferentes lados do espectro político temem que os protestos de 7 de Setembro aumentem o tom autoritário de Jair Bolsonaro.

Entre auxiliares no Palácio do Planalto, há o temor de que o discurso do presidente, normalmente feito de improviso, seja inflamado diante das ruas cheias.


Por isso, eles têm atuado junto ao presidente para convencê-lo da importância de fazer uma fala mais moderada. Interlocutores acreditam que Bolsonaro pode se acalmar ao ver que tem ainda grande apoio da população.

A adesão às manifestações, dizem tanto aliados como adversários, será um divisor de águas para testar a força do presidente.

O receio, inclusive de parlamentares que são da base governista no Congresso, é que, se forem grandes, podem legitimar os ataques que ele tem feito ao STF (Supremo Tribunal Federal) e levá-lo a reforçar o discurso contra as instituições, podendo, inclusive, insistir no voto impresso, já derrotado pelo plenário da Câmara.

Um presidente de partido disse à reportagem temer que seja instaurado um clima de estado de sítio, sobretudo por conta de uma eventual politização das polícias militares, que já colocou em alerta os governadores.

Por outro lado, se os protestos forem menores do que o esperado, poderiam ser o gatilho para manifestações contrárias a Bolsonaro —mesmo que o impeachment hoje tenha poucas chances de prosperar.

Ao mesmo tempo, a oposição começa a convocar nas redes sociais um panelaço nacional para as 19h do dia 7. “Em homenagem a 7% de inflação, 7% taxa de juros, 7 reais a gasolina, 70 reais o kg da carne, 7 reais kWh bandeira vermelha VAMOS FAZER 7 minutos de panelaço 7 da noite 7 de setembro”, afirma postagem compartilhada com a hashtag #ForaBolsonaro.

Aliados do presidente esperam ato especialmente cheio na avenida Paulista, em São Paulo. A expectativa, dizem, é que seja maior do que os protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) vistos em 2015 e 2016.

Para o presidente do PSB, Carlos Siqueira, não há dúvida de que Bolsonaro vai usar o episódio para cacifar o próprio discurso.

“Não tenha dúvidas, ele não vai deixar por menos. Diante de uma multidão, se houver essa quantidade [de pessoas], e provavelmente haverá, ele vai certamente quereruma radicalização. Ninguém consegue contê-lo, é ilusão”, disse Siqueira.

Para o dirigente do PSB, o país deveria estar mais preocupado em discutir a alta inflação, o preço do gás e da gasolina, entre outras questões.

O deputado Baleia Rossi (MDB-SP), presidente nacional da sigla, vai na mesma toada.

“Precisamos de bons exemplos dos nossos governantes. Radicalizar seria penalizar ainda mais à população mais pobre que já sofre com a inflação nos alimentos e os aumentos sucessivos nos combustíveis, gás e energia”, afirmou.

Os demais dirigentes partidários falaram à reportagem reservadamente. Apesar do temor da escalada de tom de Bolsonaro no dia seguinte ao feriado e da preocupação de governadores com insurgências nas suas PMs, eles reforçaram à reportagem não ver risco de ruptura pela avaliação de que o Exército não encamparia uma “aventura Bolsonaro”.

O chefe do Executivo já afirmou em entrevistas que falará nos dois protestos que participar, em Brasília e em São Paulo. No segundo, prevê um discurso mais longo.

Auxiliares palacianos trabalham intensamente para que após a data da Independência possa ser construída uma saída para a crise institucional.

A expectativa é pela retomada do encontro com os chefes dos Três Poderes, cancelado pelo presidente do STF, Luiz Fux, após repetidos ataques de Bolsonaro. O mandatário ainda protocolou pedido de impeachment de Alexandre de Moraes .

Ministros da área política do governo dizem que estão empenhados em reconstruir as relações depois do feriado. Acreditam que o presidente poderá usar o capital político das ruas para se tranquilizar e repactuar com o Legislativo e o Judiciário.

Confiante de que não haverá arroubos autoritários na fala do presidente nem confusão nas ruas, um ministro disse à reportagem que, no dia seguinte às manifestações, todos voltarão a trabalhar normalmente, sem qualquer mudança de rota.

Enquanto isso, o STF —principal alvo dos ataques de Bolsonaro— está em compasso de espera. Interlocutores de Fux dizem não haver qualquer interesse no encontro enquanto o clima não amainar.

Fux aguarda os desdobramentos do 7 de Setembro para remarcar uma eventual reunião.

Apesar de interlocutores acreditarem que Bolsonaro tenha desistido, ao menos por ora, de apresentar pedido de afastamento do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, ainda há um temor de que ele mude de ideia, após pressão das ruas.

Em motociata em Goiânia na última sexta-feira (27) durante o expediente, Bolsonaro passeou pela multidão que gritava “Supremo é o povo”.

Mesmo que o mundo político dê como morta a discussão do voto impresso em Brasília, essa será uma das bandeiras levantadas por bolsonaristas no feriado.

A PEC (proposta de emenda à Constituição) sobre o tema foi derrotada no plenário da Câmara, com 229 deputados a favor e 218 contra.

Para ser aprovada, uma PEC precisa do apoio de 308 parlamentares. A proposta chegou ao plenário por determinação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), porque já havia sido derrotada na comissão especial, que chancela o texto antes de todos analisarem.

O acordo de Lira com Bolsonaro era de que levaria o texto para o plenário e o mandatário respeitaria o resultado do painel de votação, o que não aconteceu exatamente —Bolsonaro continua defendendo a pauta.

O placar foi considerado uma vitória para governistas, que esperavam uma derrota com margem muito maior. Presidentes de 11 partidos se engajaram contra a proposta.

De acordo com interlocutores do presidente, contudo, a principal vitória de Bolsonaro com o placar do voto impresso não foi mostrar apoio que teve dos deputados, mas demonstrar que está bem posicionado na Câmara caso tentem emplacar eventual pedido de impeachment.

Para afastamento de um presidente, são necessários 342 votos. Para a PEC do voto impresso, Bolsonaro mobilizou apenas a base, não contou com esforços do centrão e nem da máquina, como emendas e cargos.

Mesmo excluindo alguns nomes da oposição que votaram a favor da proposta, como deputados do PSB, o presidente teria celebrado que precisaria de 113 votos para conseguir barrar um eventual processo. Lira já disse em mais de uma ocasião que não dará seguimento a nenhum dos mais de cem pedidos de impeachment de Bolsonaro.
Julia Chaib/Marianna Holanda/Mateus Vargas/Folhapress

Batalhão de Guardas apreende 6 kg de maconha próximos a presídio

Foto: Divulgação/SSP
Seis quilos de drogras foram apreendidos, na sexta-feira (27), pelo Batalhão de Guardas (BG) da Polícia Militar, em uma área de mata próxima ao presídio Lemos Brito, no bairro de Mata Escura, em Salvador.

Os entorpecentes foram encontrados em duas sacolas deixadas por criminosos que tentaram arremessar para o complexo, mas tiveram a ação frustrada pelos militares da unidade especializada. Com a chegada das equipes, eles fugiram e abandonaram os materiais. ..

Além dos seis quilos de maconha, também foram encontrados seis fones de ouvido, um chip, dois carregadores de celular e sete pacotes de fumo. Todos os materiais foram apresentados na 11a Delegacia Territorial (DT) de Tancredo Neves.
Fonte: Ascom | Silvânia Nascimento

Bahia registra 790 novos casos de Covid-19 e mais 27 óbitos pela doença

Foto: Divulgação

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 790 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,06%) e 863 recuperados (+0,07%). O boletim epidemiológico deste sábado (28) também registra 27 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados hoje. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.219.440 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.189.747 são considerados recuperados, 3.277 encontram-se ativos e 26.416 pessoas tiveram óbito confirmado pela doença.

O boletim epidemiológico da Sesab contabiliza ainda 1.494.871 casos descartados e 231.400 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde, até as 17 horas deste sábado. Na Bahia, 51.834 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

Com 8.704.562 vacinados contra o coronavírus com a primeira dose ou dose única, a Bahia já vacinou 78,5% da população adulta (18 anos ou mais) estimada em 11.087.169. A Sesab informa ainda que realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas no painel https://bi.saude.ba.gov.br/vacinacao/.

Passaporte da vacina na cidade de São Paulo começa a valer em 1º de setembro

Foto: Reprodução/Facebook/
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB)

O “passaporte da vacina” passará a ser exigido na cidade de São Paulo a partir desta quarta-feira, 1º de setembro, na entrada de shows, congressos, jogos de futebol e outros eventos com público superior a 500 pessoas. A exigência foi determinada em decreto do prefeito Ricardo Nunes (MDB), publicado no Diário Oficial deste sábado, 28, que libera o ingresso exclusivamente de quem tomou ao menos uma dose do imunizante contra a covid-19.

A determinação prevê que o frequentador apresente o comprovante físico ou digital (nas plataformas VaciVida e ConectSus) de vacinação na entrada do evento. A comprovação terá a autenticidade verificada por QR Code, pelo aplicativo E-saúde, da Prefeitura.

Os estabelecimentos que não respeitarem a determinação estarão sujeitos às penalidades previstas em decreto de março de 2020, que estabelece multa baseada nos parâmetros da Lei de Ocupação e Uso do Solo e até interdição e cassação da licença.

O decreto também recomenda o “passaporte da vacina” a todos os estabelecimentos da cidade, o que inclui bares, shoppings, restaurantes e comércio em geral. A adesão não é, contudo, obrigatória nestes locais.

“A Secretaria Municipal da Saúde manterá o monitoramento da evolução da pandemia da COVID-19 no Município de São Paulo por meio de análises epidemiológicas, podendo elaborar novas recomendações a qualquer tempo, considerando as diretrizes emanadas pelas demais autoridades de saúde”, diz a publicação.

A publicação destaca a queda nas taxas da covid-19 na cidade. A disseminação da variante Delta tem, contudo, preocupado especialistas. Nesta semana, a Fiocruz apontou que os registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave, que incluem o coronavírus, pararam de cair.

A realização de feiras, convenções, congressos e outros eventos foi liberada pelo Governo Estadual em um decreto de 23 de julho. Já a ocupação total e o fim do horário de restrições no comércio e serviços foi decretado em 30 de julho.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tem criticado a criação de “passaportes da vacina” no Brasil, medida que foi anunciada também no Rio. “Passaporte (de vacinação) não ajuda, não ajuda em nada. Tudo que é imposição, que é lei… o Brasil já tem um regulamento sanitário que é um dos mais avançados do mundo. E essas matérias são matérias administrativas. O certificado de vacinação está lá, qualquer um pode pegar”, declarou.
Estadão Conteúdo

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