Ford paga indenização de R$ 2,15 bilhões ao governo da Bahia

Sérgio Lima/Poder360 - 12.jan.2021
A Ford pagou indenização de R$ 2,15 bilhões ao governo do Estado da Bahia nesta 6ª feira (18.jun.2021). O valor foi acordado entre as partes depois que a montadora decidiu encerrar sua produção no Brasil.

A indenização foi paga 5 meses depois de a Ford anunciar a saída do país e o fechamento do Complexo Industrial Ford Nordeste, construído em Camaçari, na Bahia. O pagamento foi confirmado pelo governo do Estado, em nota.

Segundo o governo baiano, a Ford aceitou fazer o pagamento porque havia assinado um contrato em 2014 comprometendo-se a realizar investimentos no complexo industrial de Camaçari como uma contrapartida a ações de fomento e financiamento de capital de giro instituídas pelo governo baiano. Os valores desse contrato serviram de parâmetro para a indenização, depois de corrigidos pela inflação.

Em nota, a Ford disse que “confirma que celebrou acordo com o Governo da Bahia no montante de R$ 2,15 bilhões e que o pagamento foi feito integralmente na data de hoje”.

Na Bahia, a Ford fabricava os modelos Ka e Ecosport e empregava cerca de 4.000 pessoas. A montadora também fez um acordo para indenizar esses trabalhadores.

Eis a íntegra da nota do governo da Bahia:

“A Ford Motor Company Brasil e o Governo da Bahia fecharam acordo de R$ 2,15 bilhões como indenização pelo fechamento, em janeiro, da sua planta industrial em Camaçari. O pagamento ao governo foi feito nesta sexta-feira (18).

O documento é um termo aditivo a contrato firmado entre as partes em 2014, pelo qual a empresa se comprometeu a realizar investimentos no Complexo Industrial Ford Nordeste, em Camaçari , em contrapartida a ações de fomento e financiamento de capital de giro criadas pelo Estado. Com a decisão da Ford por fechar o complexo em definitivo, estes benefícios foram o parâmetro das negociações para se chegar ao valor da indenização devida pela empresa, acrescido de correção monetária.”

O Poder360 integra 

‘Estão procurando chifre no cavalo’, diz dono da CNN após defender ‘tratamento antecipado’

Foto: Bruno Santos/Folhapress

O presidente do conselho e acionista majoritário da CNN Brasil, Rubens Menin, diz que “estão procurando chifre em cabeça de cavalo” ao criticarem a postagem que ele fez no Twitter afirmando que “quanto mais cedo” se começa um “tratamento” contra a Covid-19, “melhores serão os resultados”.

A declaração foi imediatamente entendida como apoio do empresário a declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que defende tratamento com remédios sem eficácia para a Covid-19, como a cloroquina e a hidroxicloroquina.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, diz que o comentário de Menin foi “perfeito”. E afirmou que “qualquer coisa que o Bolsonaro for a favor será alvo. O absurdo era mandar ficar em casa até sentir falta de ar como orientava o ex-ministro Mandetta. Isso sim, matou muita gente. Qualquer doença tem que ser tratada logo no início”.

Nesta sexta (18), a CNN também voltou ao noticiário por manter em seus quadros o jornalista Alexandre Garcia, que defende o governo Bolsonaro e é acusado de disseminar fake news sobre a Covid-19.

Documentos entregues à CPI da Covid mostrariam que o ex-apresentador está no topo de uma lista que lucra com notícias falsas sobre a doença.

Rubens Menin afirma que está sendo mal interpretado e que seu comentário não tem nada a ver com política. “Já falaram até que eu vou ser vice do Bolsonaro. Não quero saber de nada disso”, diz.

“Eu não defendi tratamento precoce para a doença. Ela não tem cura. Eu defendi o tratamento antecipado”, diz o dono da CNN.

E qual seria a diferença entre os dois termos? Menin responde: “A Aids não tem cura. Mas tem tratamento antecipado. Você pode prolongar a vida de quem tem Aids. A Covid não tem cura. O que funciona é a vacina. Mas existem tratamentos que minimizam o risco da doença. Que dão tempo ao corpo humano para que ele possa se curar”.

Ele afirma que tanto isso é verdade que “no [Hospital Israelita Albert] Einstein morre menos gente do que no interior do Piauí”.

Menin diz que isso se deve ao uso que os médicos fazem de “corticóides e anticoagulantes”, por exemplo. “As pessoas não têm que ficar em casa esperando. Elas têm que buscar logo o aconselhamento do médico”, segue ele.

O Einstein, localizado em região nobre de São Paulo, é um hospital que atende pacientes de alto poder aquisitivo, sendo considerado um dos melhores do Brasil. Já o estado do Piauí é um dos mais pobres do país.

O empresário dá também o exemplo de sua secretária, que pegou Covid-19 recentemente. “Levei ela no meu médico e ela tomou anticoagulante”, diz.

Menin diz que não defende a cloroquina, a hidroxicloroquina nem a ivermectina, como faz Bolsonaro, mas sim outras drogas para o “tratamento antecipado”.

Depois da primeira postagem, Menin retuitou uma postagem de seu filho Rafael em que ele dizia que “o uso de medicamentos correto (sic) salva vidas sim!”, citando “dexametasona, anticoagulantes, azitromicina, Regeron, Remdesevir (o correto é remdesivir) e o coquetel monoclonal da Eli Lilly”.

“Perfeito Rafael”, escreveu Rubens Menin ao reproduzir a mensagem. “Existem muitos medicamentos que minimizam os danos da COVID. Apesar de não existir cura, alguns tratamentos trazem resultados. Hospitais de renome tem protocolos que reduzem a mortalidade em relação à média nacional. Precisamos despolitizar a saúde”.

A OMS já alertou que não há comprovação de que o remdesivir, por exemplo, possa ser benéfico para o tratamento contra o novo coronavírus.

Estudos menores teriam mostrado que ele trouxe apenas benefícios marginais para alguns subgrupos da população.

O dono da CNN afirma que foi uma pura coincidência ter feito a postagem sobre o “tratamento antecipado” no dia em que a CPI da Covid ouviu médicos que defendem o tratamento com remédios sem eficácia comprovada por meio de estudos científicos.

Senadores como Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) se recusaram a participar dos debates para não dar palco a um debate sem respaldo científico.

“Ninguém vai acreditar. Mas eu não estava acompanhando. Liguei a TV agora”, afirma ele.

Sobre o jornalista Alexandre Garcia, Menin diz que a CNN tem total autonomia e que ele não interfere no conteúdo jornalístico da emissora.

Diz que “a população brasileira precisa de educação” e que “a imprensa tem esse papel”.

E finaliza afirmando que se sentiu “na obrigação” de fazer a postagem porque os brasileiros estão “evitando os hospitais”, inclusive para o tratamento de outras doenças.

“Eu tenho [perfil no] Twitter há dez anos. Eu nunca falei mal de ninguém. Eu nunca falei de política. Meu Twitter sempre foi construtivo”, diz o dono da CNN.

Mônica Bergamo/Folhapress

“O presidente Bolsonaro quer ampliar os programas sociais”, diz João Roma em Paulo Afonso

Foto: Divulgação
O ministro da Cidadania, João Roma, afirmou nesta sexta-feira (18) que o presidente Jair Bolsonaro tem buscado ampliar os programas sociais, durante entrega de moradias pelo governo federal a 600 famílias de baixa renda em Paulo Afonso. O Residencial Manoel Josefino vai beneficiar cerca de 2,4 mil pessoas, com investimento de R$ 43,8 milhões do governo federal, sendo que R$ 42,5 milhões foram repassados desde 2019.

A entrega foi conduzida pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e integra o programa Casa Verde e Amarela, que tem como meta atender 1,2 milhão de famílias até o fim de 2022. Além de Roma e Marinho, também participou do ato o ministro do Turismo, Gilson Machado.

“O presidente Bolsonaro tem, sim, de forma determinada, buscado cada vez mais ampliar os programas sociais para que sejamos efetivos na condição de melhoria de vida desses brasileiros, para que a estrutura social do governo sirva não apenas como rede de amparo social, mas também de promoção social. Para que esses homens e mulheres possam encontrar no estado brasileiro um parceiro para melhorar a condição de vida de suas famílias”, afirmou Roma.

O ministro da Cidadania ressaltou o empenho do governo Bolsonaro para levar melhorias na ponta. “Aqui está o exemplo claro de quando se fala ‘menos Brasília e mais Brasil’, de que os ministros de Bolsonaro não são ministros que ficam despachando de gabinete. Não, a gente vai pra ponta, a gente quer conhecer a realidade do nosso povo e levar soluções para seus problemas. Não é governo de ‘enrola enrola’, é um governo de solução por toda parte e isso tem ocorrido em todos os setores do governo. Essa sinergia é fundamental”, destacou.

O Ministério da Cidadania, um braço social do governo Bolsonaro, é responsável pelo pagamento do Auxílio Emergencial. “Um em cada cinco cidadãos de Paulo Afonso recebe auxílio emergencial. Mais de 20% da população está sendo amparada, o que tem sido fundamental para atenuar o sofrimento desses homens e mulheres. Porque sabemos que todos sofrem pela pandemia, mas pela condição social existem pessoas que acabam sofrendo ainda mais”, disse Roma.

Ele ainda parabenizou o trabalho do ministro Rogério Marinho. “Um ministro que faz parte do governo Bolsonaro e que sabe que o povo nordestino não gosta de se curvar para pedir nada, mas sabe sim agradecer com muita generosidade quem tem sensibilidade e promove qualidade de vida para que esse povo orgulhe nosso Brasil”, frisou.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, o Residencial Manoel Josefino é composto por dois conjuntos habitacionais, cada um com 300 apartamentos de 43,6 m². Das 600 moradias, 18 são adaptadas a portadores de necessidades especiais. Os imóveis contam com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Na região, há três creches, três escola, três postos de segurança e cinco postos de saúde.

Caixa paga 3ª parcela do auxílio para nascidos em fevereiro e março

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Caixa realiza neste sábado (19) e domingo (20) os pagamentos da terceira parcela do auxílio emergencial 2021. Estão incluídos os beneficiários nascidos em fevereiro (sábado) e março (domingo).

Os recursos serão depositados nas contas digitais dos beneficiários. Os valores podem ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem para pagamento de boletos, compras na internet e pelas maquininhas de estabelecimentos comerciais. Os beneficiários também conseguem movimentar os recursos usando o Caixa Tem na Rede Lotérica.

A Caixa lembra que o calendário da terceira parcela foi antecipado. Marcado inicialmente para encerrar em 12 de agosto, com a possibilidade de saques para os nascidos em dezembro, o terceiro ciclo agora finaliza no dia 19 de julho.

Os beneficiários que recebem o crédito no sábado, terão o saque liberado a partir do dia 2 de julho. Os pagamentos para nascidos em março terão saque liberado a partir de 5 de julho.

De acordo com a Caixa, central telefônica 111 funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h, gratuitamente, e está preparada para atender os beneficiários do Auxílio Emergencial. Além disso, o banco disponibiliza, ainda, o site.
Agência Brasil

Governo define funcionamento apenas de serviços essenciais na região de Guanambi

Foto: Divulgação/Polícia Civil
Apenas os serviços essenciais devem funcionar em 23 municípios da região de Guanambi a partir deste sábado (19). Fica determinada também a restrição de locomoção noturna das 20h às 5h. As medidas, que têm o objetivo de conter a disseminação da Covid-19 na região, serão publicadas em decreto no Diário Oficial do Estado (DOE) deste sábado (19).

As restrições valem até o dia 1º de julho, nos municípios de Botuporã, Caculé, Caetité, Candiba, Carinhanha, Feira da Mata, Guanambi, Ibiassucê, Igaporã, Iuiu, Jacaraci, Lagoa Real, Licínio de Almeida, Malhada, Matina, Mortugaba, Palmas de Monte Alto, Pindaí, Riacho de Santana, Rio do Antônio, Sebastião Laranjeiras, Tanque Novo e Urandi.

Também fica proibida, nesses 23 municípios, a venda de bebida alcoólica em quaisquer estabelecimentos, inclusive por sistema de entrega em domicílio (delivery) ou em depósitos e distribuidoras, até as 5h de 1º de julho. Os estabelecimentos comerciais que funcionem como restaurantes, bares e congêneres poderão operar apenas de portas fechadas, na modalidade de entrega em domicílio (delivery), até as 24h.

Já os estabelecimentos que funcionem como mercados devem comercializar somente gêneros alimentícios, bebidas não alcoólicas e produtos de limpeza e higiene, sendo vedada a venda de bebidas alcoólicas. Esses estabelecimentos devem isolar seções, corredores e prateleiras nos quais estejam expostos os produtos não enquadrados como gêneros alimentícios ou produtos de limpeza e higiene.

A lotação máxima permitida em cada estabelecimento comercial, de serviços e financeiro, como mercados e afins, bancos e lotéricas, cujo funcionamento esteja autorizado, deverá ser definida em ato editado por cada Município, considerado o tamanho do espaço físico, com o objetivo de evitar aglomerações.

Academias e eventos
O decreto proíbe ainda, nos 23 municípios, o funcionamento de academias e estabelecimentos voltados para a realização de atividades físicas, até 1º de julho, exceto os espaços voltados ao atendimento de fisioterapia, observados os protocolos sanitários estabelecidos.

Também ficam suspensos eventos e atividades, independentemente do número de participantes, ainda que previamente autorizados, que envolvam aglomeração de pessoas, a exemplo de atos religiosos litúrgicos, cerimônias de casamento, solenidades de formatura, passeatas, eventos desportivos coletivos e amadores e eventos recreativos em logradouros públicos ou privados. As festas e os shows permanecem proibidos em toda a Bahia.

Outras medidas
Ficam suspensos ainda, de 19 de junho a 1º de julho, os atendimentos presenciais do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), nos 23 municípios. O decreto suspende também as atividades presenciais nos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual não enquadrados como serviços públicos essenciais, devendo ser adotado o regime de trabalho remoto.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil, apoiará as medidas necessárias adotadas nos municípios, em conjunto com Guardas Municipais. Os infratores podem ser autuados nos artigos 268 e 330 do Código Penal.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

*Vacinômetro 18 de junho, da Secretaria de Saúde de Ipiaú

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que foram aplicadas até hoje, 18 de junho, 18.199 doses de vacina. Sendo que 1375 profissionais de saúde receberam a primeira dose, dentre estes 867 tomaram a segunda dose. 6272 idosos acima de 60 anos tomaram a primeira dose, destes 4.502 já estão imunizados. Foram aplicadas 1831 doses referentes a primeira dose em pessoas com comorbidades e 22 dessas pessoas já receberam a dose de reforço. No grupo de policiais são 88 já vacinados com a primeira dose e 5 já completaram o ciclo vacinal. Além disso, 506 profissionais de educação, 53 profissionais de limpeza urbana, 22 profissionais de comunicação, 162 entre lactantes, gestantes e puérperas e 2.494 pessoas com idade de 45 a 59 anos também já tomaram a primeira dose do imunizante.Vacina Salva Vidas. Desinformação Não, Prefeitura de Ipiaú/Dircom
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A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 18 de junho, tivemos 07 ovos casos de coronavirus

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 18 de junho, tivemos 10.473 casos registrados como suspeitos, sendo 2.915 casos confirmados, dentre estes, são 2.826 pessoas RECUPERADAS, 10 estão em isolamento social, 06 estão internadas e 73 foram a óbito. 7514 casos foram descartados e 44 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 16 casos ativos.
O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Infectologistas dizem na CPI que Otto está errado sobre não haver antivirais para a Covid

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado/
Os profissionais de saúde foram provocados para comentar a opinião do senador baiano durante intervenção de Eduardo Girão

Os médicos infectologistas Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves disseram, sexta-feira (18), que o médico ortopedista e senador Otto Alencar (PSD/BA) estava equivocado quando afirmou que não havia anti-virais para o combate a doenças como a Covid-19. Os profissionais de saúde foram provocados para comentar a opinião do senador baiano durante intervenção de Eduardo Girão (Cidadania/CE).

“A afirmação do colega e nobre senador está equivocada”, disse Francisco Alves, referindo-se a Otto que, a exemplo de senadores que fazem oposição ao governo, não participou da sessão desta sexta-feira (18) da CPI da Pandemia. Francisco Alves disse que há antivirais utilizados contra hepatites B e C, herpes e outras doenças virais; não somente são utilizadas vacinas como afirmou o senador baiano durante a CPI.

O infectologista afirmou ainda que é “fake” a informação de que a ivermectina cause hepatite medicamentosa ou cirrose hepática. Segundo os infectologistas informaram à CPI, dentro de um universo 3,7 bilhões de prescrições do medicamento originalmente usado como anti-parasitário, houve somente dois casos suspeitos de toxicidade hepática. “Muito mais tóxico é o paracetamol para o fígado, largamente utilizado durante a pandemia”, disse o médico Francisco Alves.

Os infectologistas também rejeitaram a informação defendida por Otto de que a hidroxicloroquina cause arritmia cardíaca. O médico Ricardo Zimerman disse que realmente não há medicação antiviral específica para a Covid-19, mas que há uma tradição médica consolidada de reposicionamento de medicamentos.
Davi Lemos

Bahia registra 4.998 novos casos de Covid-19; total de mortes é de 23.008

Foto: Divulgação/
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 102 óbitos por Covid-19

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 4.998 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) e 4.023 recuperados (+0,4%). O boletim epidemiológico desta sexta-feira (18) também registra 102 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados hoje. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.088.035 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.049.119 são considerados recuperados, 15.908 encontram-se ativos e 23.008 pessoas tiveram óbito confirmado.

O boletim epidemiológico da Sesab contabiliza ainda 1.335.779 casos descartados e 237.206 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde, até as 17 horas desta sexta-feira. Na Bahia, 50.254 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Situação da regulação de Covid-19

Segundo a secretaria às 12h desta sexta-feira, 94 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 73 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Vacinação

Com 4.313.041 vacinados contra o coronavírus, dos quais 1.677.284 receberam também a segunda dose, a Bahia é um dos estados com o maior número de imunizados. A Sesab realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas no painel https://bi.saude.ba.gov.br/vacinacao/.

O brasileiro precisa saber votar, diz general chefe de tribunal militar sobre Lula em 2022

Foto: Alan Marques/Folhapress

Em entrevista à revista Veja, o general Luis Carlos Gomes Mattos, 73, presidente do STM (Superior Tribunal Militar), defende o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e, quando questionado sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto, afirma que o brasileiro precisa saber votar.

“Vivemos em um Brasil que tem a sua democracia consolidada, onde os Poderes e as instituições vêm cumprindo o seu papel. Exerceremos o direito democrático do voto e, certamente, prevalecerá a vontade da população brasileira. O povo brasileiro tem de saber votar.”

Mais à frente na entrevista, quando questionado sobre a candidatura ao Planalto do ex-presidente petista, o general afirma: “Repito: o brasileiro precisa saber votar”.

Na entrevista à revista, o general saiu em defesa do colega de farda e também general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro e um dos principais alvos da CPI da Covid no Senado.

“Pazuello foi muito preciso e objetivo nas respostas [à CPI]. Não sei se eu seria. Na minha opinião, ele não vai ser acusado de nada. E, se acontecer, isso não vai abalar as Forças Armadas. Eu conheço o general Pazuello. Não tenho dúvidas da competência e honestidade dele. Quebraram o seu sigilo. A família do Pazuello é rica. Ele não está no Exército por necessidade, está por gosto.”

O general Mattos também fez elogios a Bolsonaro e disse que não existe ameaça de ruptura institucional.

“O presidente Bolsonaro é um democrata, fala com o palavreado do povo, mas nada disso com a intenção de quebrar as estruturas, destruir as instituições, dar um golpe.”

E continua: “Houve alguma acusação de corrupção contra o presidente Bolsonaro? Ele se elegeu para combater a corrupção. E de todas as maneiras estão tentando atribuir alguma coisa a ele e não conseguiram até agora”.

Folhapress

Queiroga, Pazuello, Ernesto e outros 11 passam à condição de investigados pela CPI da Covid

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Marcelo Queiroga

O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), divulgou uma lista com os nomes de 14 pessoas que passarão a partir de agora à condição de investigados pela comissão, incluindo o ministro Marcelo Queiroga (Saúde), diretores da pasta, ex-ministros e membros do gabinete paralelo.

O ofício com os nomes foi encaminhado na manhã desta sexta-feira (18) para o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Renan afirmou que essa mudança na condição de algumas pessoas, passando de testemunhas para investigados acentua um “momento importante da investigação”. O relator explica que, em relação a essas pessoas, os membros da comissão já tiveram acesso a provas e indícios que justificam essa mudança de patamar das investigações.

“É bom para a investigação e para a segurança jurídica dos investigados”, disse Renan.

Os investigados, argumenta, poderão agora ter acesso à investigação, provas e indícios que estão sendo reunidos contra eles. O próprio Renan reconhece que, em relação aos depoimentos, os trabalhos da comissão podem ser dificultados, uma vez que esses agentes agora estarão desobrigados de falar a verdade e podem permanecer calados.

Renan citou em particular o caso do ministro Marcelo Queiroga. Justificou que sua inclusão afirmando que seu primeiro depoimento à comissão foi “pífio” e “ridículo”.

“Colocamos o ministro Queiroga, atual ministro, que teve uma participação pífia e ridícula na comissão parlamentar de inquérito. Em seu primeiro depoimento, tentou dizer que teria a autonomia que faltou a [Nelson] Teich e [Luiz Henrique] Mandetta. Os fatos mostraram o contrário”, afirmou.

O relator também justificou a inclusão afirmando que adquiriu lotes de vacinas 20% mais caros que contratos anteriores e, em diálogo com a Organização Mundial de Saúde, teria defendido o tratamento precoce.

Renan e o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também criticaram duramente o presidente Jair Bolsonaro, que defendeu em transmissão ao vivo que a imunização pela infecção é mais efetiva do que a vacina contra a Covid-19.

Randolfe afirmou que apresentou requerimento para convocar diretores do Facebook e do Youtube para explicar por que essas transmissões não sofrem sanções.

“Por muito menos, o senhor Donald Trump foi banido das redes sociais”.

Randolfe também afirmou que vai apresentar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), proposta para que a CPI não tenha recesso em julho, para tentar concluir no prazo regimental de 90 dias os trabalhos. No entanto, ressaltou que a necessidade de prorrogação ou não será ditada pelo ritmo da apuração.

O vice-presidente da comissão também afirmou que o ex-governador Wilson Witzel, que depôs na comissão na quarta-feira, relatou ter sido ameaçado. A comissão vai, portanto, apresentar pedido de proteção para a Polícia Federal.

Relação de investigados:
Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde
Élcio Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde
Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social da Presidência
Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde
Paolo Zanoto, virologista, suspeito de fazer parte do gabinete paralelo
Hélio Angotti, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde
Francielle Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI)
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
Carlos Wizard, empresário
Arthur Weintraub, ex-assessor da presidência da República
Nise Yamaguchi, médica defensora da hidroxicloroquina
Marcellus Campelo, secretário de Saúde do Amazonas
Luciano Dias Azevedo, médico que redigiu proposta de mudança da bula da hidroxicloroquina
Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores

Renato Machado e Julia Chaib/Folhapress

Duas armas e porções de drogas são achadas durante operação

Foto: Divulgação SSP
Além dos materiais, dois criminosos foram localizados na “Operação Grifo”, na madrugada desta sexta-feira (18), no bairro de Tancredo Neves.
Uma pistola e um revólver, além de grandes porções de drogas foram apreendidos durante a “Operação Grifo”, realizada pelo Batalhão de Polícia de Choque, no bairro de Tancredo Neves, em Salvador, na madrugada desta sexta-feira (18). Dois criminosos foram localizados.

As guarnições chegaram até a localidade do Buracão após receberem informações sobre tráfico de drogas, como explica o comandante do Choque, tenente-coronel Wildon Teixeira. “Quando as equipes chegaram até o local, cerca de 15 criminosos estavam armados. Houve uma intensa troca de tiros, o bando conseguiu fugir e dois homens acabaram feridos. Eles foram encaminhados para o Hospital Geral Roberto Santos, mas não resistiram ”, conta.

Com a dupla foram apreendidos uma pistola calibre 9mm, um revólver calibre 38, 12 munições, um carregador, R$3.714, 353 porções de maconha, 97 frascos de loló e 96 pedras de crack.

Os materiais foram encaminhados para a Corregedoria da Polícia Militar.
Fonte: Ascom/ Poliana Lima

Laboratório para refino é desmontado pela 85ª CIPM em LEM

Foto: Divulgação: SSP
O flagrante foi realizado após um adolescente ser abordado, durante patrulhamento, na quinta-feira (17).
Um laboratório para refino de drogas foi desmontado por policiais da 85ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no bairro de Conquista, na quinta-feira (17). Uma dupla de adolescentes foi apreendida com os materiais.

Após denúncias anônimas sobre tráfico de drogas, militares da 85ª CIPM iniciaram rondas na região. “Quando chegamos na rua Cotegipe havia um adolescente, que ficou nervoso com presença dos policiais. Durante abordagem, encontramos uma quantidade de cocaína”, contou o comandante da unidade, major Cristiano Silva Mendes Gouveia.

De acordo com o oficial, quando policiais chegaram na residência indicada havia outro menor e com ele foram apreendidos um simulacro, 162 porções de cocaína e 688 gramas da mesma, R$ 1470, duas balanças, dois potes de fermento e um com pó branco, um frasco de substância analgésica, uma prensa, uma faca e embalagens para armazenamento das drogas.

Os materiais e a dupla foram encaminhados para a Delegacia Territorial (DT) da cidade.

Fonte: Ascom/Poliana Lima

Seiscentos e setenta mil reais são apreendidos com irmão de prefeito

Foto: Divulgação SSP
A operação Narco Divisa foi deflagrada na noite de quinta-feira (17), em fazenda pertencente a Vitória da Conquista.
Seiscentos e setenta mil reais foram apreendidos na noite de quinta-feira (17), em uma fazenda do Povoado de Encruzilhada, no município de Vitória da Conquista. A fazenda pertence ao irmão de um prefeito de um município do Estado de São Paulo, que se encontrava no momento da ação. O gerente da fazenda foi preso em flagrante, com armas e munições.
Foto: Divulgação SSP
A operação Narco Divisa foi deflagrada na noite de quinta-feira (17), em fazenda pertencente a Vitória da Conquista.
Participaram da operação intitulada “Narco Divisa”, a 10ª Coorpin de Conquista, a 21ª Coorpin de Itapetinga, a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes de Conquista e o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).
Foto: Divulgação SSP
A operação Narco Divisa foi deflagrada na noite de quinta-feira (17), em fazenda pertencente a Vitória da Conquista.
Com o gerente foram apreendidos uma pistola calibre 380, uma carabina calibre 22 e mais de 250 munições. Ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. No momento do cumprimento da ordem judicial, foi encontrada uma aeronave modelo King Air, estacionada da pista de pouso e ao entrar na sede da fazenda, e a quantia de R$ 670 mil, o prefeito de uma cidade de São Paulo, negou ser o proprietário do imóvel e do dinheiro. Ainda não foram entregues documentos que comprovam a origem do dinheiro.
Foto: Divulgação SSP
A operação Narco Divisa foi deflagrada na noite de quinta-feira (17), em fazenda pertencente a Vitória da Conquista.
O prefeito que já foi condenado pela Justiça de São Paulo por disparo de arma de fogo em via pública, também é investigado por envolvimento com o tráfico de drogas. Foi arbitrada a fiança de R$ 27 mil para o gerente, que imediatamente foi paga. Os policiais investigam se o dinheiro faz parte de corrupção ou de alguma outra atividade ilícita.
Fonte: Ascom / Polícia Civil

Prefeitura de Ipiaú abre Consulta Pública para participação da população no PPA

Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú
A Prefeitura de Ipiaú está em processo de elaboração do Plano Plurianual - PPA, e para ouvir os anseios da população e captar propostas para solucionar grandes desafios da sociedade, abriu consulta pública por meio virtual para participação dos ipiauenses.

O PPA é o instrumento de planejamento estratégico que estabelece as medidas, gastos e objetivos, contemplando um período de quatro anos. Tem vigência do segundo ano de um mandato até o final do primeiro ano do mandato seguinte, garantindo a continuidade administrativa dos programas fixados ou em andamento. É constituído de metas que devem ser alcançadas pela administração pública nos eixos da saúde, educação, segurança pública, geração de emprego e renda, saneamento básico, dentre outros pontos importantes para a qualidade de vida das pessoas.

A consulta pública que tem amparo na Lei de Responsabilidade Fiscal e representa o controle popular frente a administração pública se dará através de formulário online, especialmente por conta da pandemia da Covid-19. A população pode acessar o formulário pelo  https://bit.ly/3gCEUWV a partir desta quinta-feira (17) até o dia 15 de julho.

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Bolsonaro diz que Lula está rodando país negociando cargos e critica Barroso

Volta a dizer que haverá “problema seríssimo” se voto impresso não for implantado no Brasil
Reprodução/Redes sociais
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 5ª feira (17.jun.2021) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, está “rodando o Brasil todo já negociando cargos”. Deu a declaração em transmissão ao vivo feita em suas contas nas redes sociais.

“Ele [Lula] está rodando o Brasil todo já negociando cargos. Teve um contato dele esses dias com um partido, já negociou um ministério e a Caixa Econômica para ter apoio na ocasião das eleições”, disse.

Na live, o presidente defendeu a adoção do voto impresso auditável e voltou a criticar o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Luís Roberto Barroso. Bolsonaro estava ao lado do líder do PSL na Câmara, deputado Vitor Hugo.

“Em caso contrário, teremos dúvidas nas eleições e podemos ter problema seríssimo no Brasil. Pode um lado ou outro não aceitar, criando convulsão no Brasil. Ou a preocupação dele [Barroso] é outra: voltar aquele presidiário para comandar o Brasil?”

Bolsonaro afirmou ainda que tem convicção de que há fraude nas eleições brasileiras. Disse que teve informações de que o então candidato Aécio Neves (PSDB) foi o vitorioso na disputa em 2014, que elegeu Dilma Rousseff (PT), e afirmou que foi eleito em 1º turno em 2018 e não em 2º, contra Fernando Haddad (PT).

Mais uma vez, o presidente não apresentou provas.

“Eu mais do que desconfio, eu tenho convicção de que realmente tem fraude. As informações que tivemos aqui, talvez a gente venha a disponibilizar um dia, é que em 2014 o Aécio ganhou eleições e que em 2018 eu ganhei em 1º turno”, declarou.

O presidente completou: “Se tiram o presidiário da cadeia, ato contínuo tornam elegível para não ser presidente? Eu não tenho preocupação nenhuma, não sei se vou concorrer às eleições ano que vem, a gente decide mais tarde. Agora não podemos ter eleições onde a desconfiança aparece”.

CRÍTICAS A MINISTROS
Bolsonaro criticou decisões tomadas pelo ministro Barroso e por Edson Fachin no STF. A ministra Rosa Weber também foi citada.

“É um escárnio o que o Barroso fez. Ele deu liminar para o PSOL, partido do Boulos, invasor de propriedade, garantindo durante a pandemia não haver reintegração de posse para quem por ventura invadiu terra no passado”.

E continuou: “Isso é típico de comunista, socialista, de quem não é pro-mercado, ditador, decisão do Barroso. Ele inclusive é contrário ao que defende a maioria da população brasileira nas pautas conservadoras”.

O chefe do Executivo criticou duas vezes a decisão de Fachin de suspender a realização de operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro durante o período da pandemia.

“A gente aprendeu que decisões judiciais não se discutem, se cumprem, mas está complicado. Não queremos problemas no Brasil. Poucas pessoas acabam manchando instituição”.
ARMAS

O presidente citou a ministra Rosa Weber ao criticar decisões contrárias à ampliação do porte e da posse de armas.

“A Rosa Weber deu várias canetadas, não sei se ela tem segurança policial, deve ter policial federal com ela. Deveria não ter para dar exemplo”.

Bolsonaro comentava sobre o caso do foragido Lázaro Barbosa, suspeito de matar 4 pessoas no Distrito Federal e procurado há mais de uma semana por policiais, quando defendeu o chamado“excludente de ilicitude” e a legislação que amplia o acesso da população às armas.

“[Tem que] colocar em votação, vamos ver o que acontece. A esquerda vai pedir verificação, tentar obstruir, vota, vamos ver o que acontece. Temos que dar uma ordem unida da questão da insegurança no Brasil”, disse.

Especificamente sobre o caso Lázaro, declarou: “Tem um maníaco na região do DF e GO cometendo barbaridade, matando gente, estuprando. […] Esse elemento tentou entrar numa residência numa chácara e foi repelido porque o cara tinha um calibre 12 lá dentro. […] Quem não quer ter arma é só não comprar [..] Uma arma é sua defesa. Ou será que você não se garante? Arma protege a sua vida, sua família””

VOTO IMPRESSO

A proposta de voto impresso acumula derrotas desde a 1ª vez que foi sancionada, em 2002. Em 20 anos, as 3 leis que estabeleciam o voto impresso enfrentaram resistência e foram derrubadas. Desta vez, a medida é sugerida pelo presidente por meio de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF).

Segundo Bia, o texto deverá conseguir votos suficientes para ser aprovado até a 1ª quinzena de julho na Câmara dos Deputados.

Críticos afirmam que a medida colocaria em risco o sigilo do voto. Autoridades da Justiça Eleitoral, como o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, dizem que não há tempo hábil para a execução da mudança.O novo modelo também encontra resistência na população. De acordo com o PoderData, 46% são contra o comprovante impresso para auditar o voto digital.

Em resposta a uma reportagem publicada pela Folha de S.Paulo sobre os países que usam urna eletrônica sem comprovante do voto impresso, o TSE disse nesta 5ª feira (17.jun.2021) que o transporte e a armazenagem de 150 milhões de comprovantes impressos de votos traria um enorme risco de fraude para a eleição brasileira.

Segundo o levantamento da Folha, a maioria dos países que usa urnas eletrônicas adota máquinas que imprimem um comprovante em papel, enquanto o Brasil ainda utiliza os aparelhos puramente eletrônicos. Os Estados Unidos usam voto eletrônico sem registro impresso em menos de 5% das urnas. Na a Rússia, em 2018, foram 9%.

O Poder360 
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Ao vivo: CPI ouve defensores de 'tratamento precoce' 18/06/2021, 09h27 Fonte: Agência Senado


 

Lula está mal-informado; teto de gastos não barra o social, diz Meirelles

Ex-presidente do Banco Central e idealizador da medida, economista rebate Lula
Sérgio Lima/Poder360 - 18.jul.2018
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Meirelles foi presidente do Banco Central nos 8 anos do governo Lula e foi quem idealizou o teto de gastos na gestão Temer
Ex-presidente do Banco Central no governo Lula, Henrique Meirelles diz que o petista está mal-informado sobre o teto de gastos — regra que limita o crescimento das despesas à inflação.

“O teto não impede políticas sociais; ao contrário: cria condições para o crescimento e para o país gastar melhor com as pessoas”, disse o economista ao Poder360.

Na avaliação de Meirelles, a medida foi fundamental para a retomada econômica depois da crise que atingiu o Brasil de 2015 a 2016.

Atualmente, Meirelles é secretário de Fazenda de São Paulo. Mas foi ele quem idealizou o teto de gastos quando era ministro da Fazenda do governo Michel Temer. A proposta foi aprovada pelo Congresso em 2016.

Depois que o texto foi aprovado, a taxa básica de juros despencou. Isso ajudou na retomada da economia nos anos subsequentes, avalia.

“Sua adoção resgatou a confiança no Brasil, diminuiu o risco país, o que gerou um custo menor da dívida pública, queda da inflação e dos juros, que chegaram ao menor nível da história”, disse.

Mais cedo, Lula afirmou em seu perfil no Twitter que vai revogar a regra fiscal caso seja eleito presidente nas eleições de 2022. “A quem interessa o teto de gastos? Aos banqueiros? Ao sistema financeiro?”, questionou o petista. “Quando você dá 1 bilhão pra rico é investimento e quando você dá R$ 300 pro pobre é gasto?! Nós vamos revogar esse teto”.

Pela regra do teto, há um limite para as despesas federais primárias. Isso é, todos os gastos do governo, exceto o que é pago de juros e amortização das dívidas interna e externa. A medida define que essas despesas só podem aumentar no limite da inflação do ano anterior. Dessa forma, o crescimento real é igual a zero.
O Poder360 

PF faz buscas na Operação Sem Limites VI e mira outra vez crimes na antiga Gerência de Marketing da Petrobrás

Foto: Daniel Marenco/Folhapress

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 18, a Operação Sem Limites VI para aprofundar as investigações sobre supostos crimes cometidos na antiga Gerência Executiva de Marketing e Comercialização da Diretoria de Abastecimento da Petrobrás.

Um efetivo de 12 policiais federais cumpre três mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. As ordens foram expedidas pela 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, que também determinou o bloqueio de valores de investigados.

As diligências cumpridas nesta manhã miram supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa por novos sujeitos identificados no âmbito da investigação. Todas as fases das apurações miraram supostos delitos envolvendo a negociação de óleos combustíveis e derivados entre a estatal e trading companies estrangeiras.

Com base em elementos colhidos nas ofensivas anteriores e em provas apresentadas por um delator, os investigadores puderam identificar a suposta participação de um estrangeiro nos fatos criminosos sob suspeita. Ele seria ‘representante de interesses’ de uma empresa de trading junto à estatal.

Além disso, a nova fase da Operação Sem Limites investiga um brasileiro, ligado a um ex-gerente da Petrobrás, que seria responsável por receber recursos de corrupção no exterior, com uso de contas em nome de offshore e realizando a posterior distribuição de valores aos envolvidos no esquema criminoso.

“O aprofundamento investigativo ainda permitiu identificar dois brasileiros envolvidos com outro ex-funcionário da área comercial da Petrobrás com o qual obtinham informações privilegiadas sobre negociações da estatal e tratavam de operações comerciais em que poderiam obter vantagens indevidas”, explicou a PF em nota.

Estadão Conteúdo

CPI perde fôlego e agora aposta em sigilos de Pazuello e relação de empresas com Bolsonaro

Foto: Gabriela Biló/Estadão

Após uma sequência de depoimentos com informações reveladoras, polêmicas e figurando entre os assuntos mais comentados das redes sociais, a CPI da Covid teve uma perda de fôlego nas últimas duas semanas com ausências de testemunhas-chave e depoimentos mornos.

Mas seus membros apostam agora em novas linhas de investigação, oitivas e quebras de sigilo para dar novo gás às apurações em curso, cujas frentes foram ampliadas e incluem averiguar a relação de Jair Bolsonaro e sua família com empresas e organizações sociais do Rio.

A expectativa é que os resultados da quebra de sigilo do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello possam mostrar contatos com empresas que estão na mira da CPI.

O depoimento recente que revelou mais informações inéditas, na avaliação de senadores, foi o do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel. O ex-juiz participou de oitiva na quarta-feira (16).

Na avaliação de congressistas, Witzel relatou suspeitas de que a gestão de OSs (organizações sociais) do estado que operam hospitais e UPAs (unidades de pronto-atendimento) têm ligação com milícias.

Ele acusou uma “máfia da saúde” no Rio de Janeiro, que também incluiria hospitais federais, de terem financiado sua queda. “O meu impeachment foi financiado por estas OSs e alguém recebeu este dinheiro”, afirmou Witzel.

O depoimento gerou pedidos de quebra de sigilo de seis OSs listadas pelo ex-governador, além de pedido de convocação do governador do Rio, Cláudio Castro, e do secretário de Saúde do estado, Alexandre Chieppe.

Os senadores querem saber quem está por trás da gestão das OSs e hospitais federais e se Bolsonaro e seus filhos têm relação com as instituições.

O foco da CPI, que mirou inicialmente os erros e omissões do governo federal no combate à pandemia da Covid, foi ampliado.

Antes, as linhas de investigação tratavam principalmente da existência de um gabinete paralelo que decide ações de enfrentamento da pandemia à revelia do Ministério da Saúde e o atraso na compra de vacinas.

Agora, a CPI incluiu nas apurações a relação de Bolsonaro e família com farmacêuticas e OSs do Rio de Janeiro. O objetivo é verificar se houve corrupção por meio de favorecimentos a pessoas jurídicas e eventuais pagamentos de propina.

Senadores querem entender a razão de o Itamaraty e o próprio Bolsonaro terem se empenhado para garantir o fornecimento de drogas como a hidroxicloroquina para farmacêuticas, como EMS, Apsen e Vitamedic —os donos das duas últimas já tiveram sigilos quebrados.

Nesta sexta-feira (18), está na pauta da CPI requerimento que pede a quebra de sigilo telemático, bancário e fiscal de Carlos Eduardo Sanchez, presidente do grupo de empresas que detém a EMS.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), também deve apresentar uma lista com ao menos 11 pessoas que vão passar da condição de testemunha para a de investigado perante a comissão.

Ele tem dito a outros senadores do grupo majoritário que vai incluir na lista o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Outros nomes já informados pelo relator a outros parlamentares são os ex-ministros Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), o ex-secretário-executivo da Saúde Élcio Franco e o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten.

Nesta sexta, a tendência é o grupo majoritário, formado por senadores independentes e oposicionistas, esvaziar a comissão, que ouvirá dois médicos que defendem o uso da hidroxicloroquina.

Francisco Emerson Maximiano, presidente da Precisa Medicamentos, também teve autorizada a quebra de sigilo. Ele foi convocado a depor em sessão que será realizada na próxima terça (22).

Documentos em posse da CPI mostram que a Precisa foi intermediária na negociação do governo para compra da vacina Covaxin. O imunizante é produzido pelo laboratório indiano Bharat Biontech.

Na avaliação dos senadores, o Executivo se empenhou muito mais para a compra de doses dessa vacina do que os da Pfizer, por exemplo.

A Covaxin é a vacina mais cara dentre os imunizantes comprados pelo Ministério da Saúde para o combate à Covid. Pelo contrato, cada dose custa US$ 15 —R$ 80,70, pela cotação do dólar no momento da emissão da nota de empenho.

O acordo virou alvo do MPF (Ministério Público Federal), que investiga suspeita de favorecimento à Precisa em razão de termos contratuais tidos como benevolentes e por não ter havido sanção contratual após o descumprimento dos prazos previstos.

Além da suspeita de favorecimento do governo federal a essas empresas, os senadores também querem apurar se os laboratórios financiam entidades e associações médicas que passaram a defender medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid.

O senador Otto Alencar (PSD-BA) avalia que o depoimento de Witzel foi importante para mostrar a corrupção no Rio de Janeiro. Diz acreditar que ouvi-lo em sigilo vai contribuir ainda mais com as apurações.

Ele afirma que a próxima semana será mais proveitosa por causa dos dois membros do gabinete paralelo: o deputado Osmar Terra (MDB-RS) e o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência Filipe Martins.

“Eles são componentes do gabinete paralelo, do absurdo, do desconhecimento científico. Osmar Terra foi o grande defensor da imunidade de rebanho. As previsões deles foram todas incorretas e ele chegou a orientar [o ex-ministro Eduardo] Pazuello.”

O senador Humberto Costa (PT-PE) também avalia que o depoimento de Witzel contribuiu para investigação de supostos casos de corrupção.

“A avaliação é que a CPI está indo bem. Tem que ter clareza que não vamos produzir fatos políticos todos os dias como se fosse uma novela com fortes emoções”, disse o senador do PT.

A mudança de tom se deve às frustrações com depoimentos recentes.

A oitiva do empresário Carlos Wizard, que estava prevista para esta quinta (17), acabou não ocorrendo porque o bilionário está nos EUA e se recusou a vir ao Brasil para testemunhar.

Da mesma forma, na semana passada, o governador do Amazonas, Wilson Lima, compareceria ao Senado, na quinta (10), mas não foi após conseguir habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal).

A CPI, então, acabou por ser palco de depoimentos menos rumorosos do que os de ambos. Na terça (15), a comissão ouviu o ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo.

Ele afirmou que uma missão do ministério a Manaus teve um enfoque no tratamento precoce e também deu detalhes sobre datas de aviso de falta de oxigênio no estado ao Ministério da Saúde, mas não trouxe novos elementos à CPI.

Na semana passada, a CPI da Covid ouviu novamente o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o ex-secretário-executivo da pasta Elcio Franco, braço-direito na gestão Pazuello.

Eles reforçaram suspeitas da comissão de que não há autonomia do Ministério da Saúde e que houve negligência na contratação de vacinas. Ambos, porém, também não apresentaram novos elementos.

Lista de prováveis investigados (*)

– Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde

– Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

– Paolo Zanoto, virologista, suspeito de fazer parte do gabinete paralelo

– Hélio Angotti, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde

– Marcelo Queiroga, ministro da Saúde

– Arthur Weintraub, ex-assessor da presidência da República

(*) Nem todos podem ser anunciados nesta sexta (18), mas ainda deverão figurar como investigados, segundo integrantes da CPI
Julia Chaib, Raquel Lopes e Renato Machado/Folhapress

CPI da Covid deve quebrar sigilo de empresas ligadas às organizações de saúde no RJ

Foto: José Cruz/Agência Brasil/
O depoimento do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel à CPI da Covid deve levar à quebra dos sigilos de empresas que prestam serviços às Organizações Sociais (OS) de Saúde do estado.

Segundo Witzel, são elas que recebem dinheiro público por supostos serviços prestados e depois distribuem propina para políticos.
A distribuição seria feita em dinheiro vivo.
Mônica Bergamo/Folhapress

Astronautas chineses começam a fazer da nova estação espacial seu lar

                      Fotos mostram astronautas desempacotando equipamentos
Foto: Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Direitos Reservados/
Três astronautas chineses começaram hoje (18) a fazer da nova estação espacial da China o seu lar, depois de terem chegado nessa quinta-feira (17), em um lançamento bem-sucedido, que marcou novo avanço no ambicioso programa espacial do país.

A nave Shenzhou-12 atracou à estação espacial da China cerca de seis horas depois de partir do centro de lançamentos de Jiuquan, na orla do deserto de Gobi, no noroeste da China.

Cerca de três horas depois, o comandante Nie Haisheng, seguido por Liu Boming e o estreante Tang Hongbo, abriram as escotilhas e flutuaram para o módulo residencial da estação Tianhe-1.

As fotos divulgadas pela China mostram os astronautas a desempacotar equipamento e a saudar o público na Terra.

"Trata-se da primeira vez que os chineses entram na sua própria estação espacial", disse a emissora estatal CCTV, à noite.

Com a operação de ontem, a China aumentou para 14 o número de astronautas que lançou para o espaço, desde a primeira vez em 2003, tornando-se o terceiro país a fazê-lo, depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos.

Embora o contato entre o programa espacial chinês e a agência espacial norte-americana seja restringido pelo governo dos Estados Unidos, o administrador da Nasa, Bill Nelson, deu os parabéns à China pelo lançamento bem-sucedido. "Estou ansioso pelas descobertas científicas que daí virão", afirmou na mensagem.

A missão é a terceira de 11 planejadas até o próximo ano, para ligar a Tianhe-1 a dois módulos de laboratório e enviar equipes e suprimentos.

A atual tripulação vai realizar experiências científicas, trabalhos de manutenção, caminhadas espaciais e preparar a instalação de dois módulos adicionais.

Uma nova tripulação e suprimentos serão enviados em três meses. Cada tripulação terá três elementos, com capacidade para seis na estação, no momento da troca de tripulações. Dois dos antigos astronautas da China eram mulheres, e as futuras tripulações da estação vão incluí-las, segundo a agência espacial chinesa.

Cerca de meia dúzia de ajustes ajudaram a alinhar a nave para atracar com o módulo Tianhe-1, ou Harmonia Celestial.

O tempo de viagem diminuiu em relação aos dois dias necessários para chegar às primeiras estações espaciais experimentais da China, resultado de "muitos avanços e inovações", disse o vice-chefe da missão, Gao Xu, à emissora estatal CCTV. "Assim, os astronautas podem ter um bom descanso no espaço", afirmou.

Outras melhorias incluem um aumento no número de sistemas automatizados e controlados remotamente, que devem "diminuir significativamente a pressão sobre os astronautas", acrescentou.

As autoridades chinesas também disseram que estrangeiros podem fazer parte de futuras equipes na estação, depois de as instalações estarem concluídas, no próximo ano.

O programa espacial da China, que inclui ainda a exploração do sistema solar com naves espaciais robóticas, tem sido grande fonte de orgulho nacional, ilustrando a ascensão do país à segunda maior economia do mundo nas últimas quatro décadas.

No mês passado, o país pousou uma sonda em Marte, que transportou um rover para realizar uma série de tarefas, procurando principalmente por água congelada, que poderia fornecer sinais de vida antiga no planeta vermelho.

Antes, a China fez pousar uma sonda e um over no lado oculto da Lua. O país também trouxe as primeiras amostras lunares do programa espacial desde os anos 70, e as autoridades dizem que querem enviar astronautas chineses à Lua e, eventualmente, construir ali uma base para pesquisas.

Por RTP - Pequim

Guterres inicia segundo mandato como secretário-geral da ONU

Foto: Onu/Reprodução vídeo/
Assembleia-geral da organização será hoje em Nova York

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, toma posse nesta sexta-feira (18) para novo mandato, em sessão plenária da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. “Construtor de pontes” e “intermediário honesto” é como se apresenta o ex-primeiro-ministro português.
Em março deste ano, Guterres apresentou a visão para o segundo mandato de cinco anos no cargo. No início de maio, durante diálogo informal na Assembleia-Geral das Nações Unidas, respondeu às questões dos países-membros e da sociedade civil. Descreveu-se então como “construtor de pontes”.

António Guterres, que inicia o novo mandato ainda em contexto de pandemia, propõe-se a trabalhar como um “intermediário honesto” e a prosseguir em missões como a resposta a “riscos existenciais”: além da covid-19, a crise do clima, o meio ambiente, as desigualdades em escala internacional, os ataques aos direitos humanos, a segurança digital e a proliferação de armas nucleares.

A recomendação do Conselho de Segurança para a recondução de António Guterres foi aprovada no dia 8 de junho por unanimidade.

Recentemente, na antecâmara da última cúpula do G7, na Grã-Bretanha, o secretário considerou insuficiente o número de 1 bilhão de doses de vacinas contra a covid-19, prometidas pelos países mais ricos para impulsionar as campanhas de vacinação nas nações desfavorecidas.

Em Londres, há precisamente uma semana, antes de se deslocar a Carbis Bay para a cúpula, Guterres defendeu a adoção de uma perspectiva de economia de guerra: “Precisamos reconhecer que estamos em guerra com um vírus”.
Por RTP - Nova York

Número de pessoas forçadas a se deslocar chegou a 82,4 milhões em 2020

Foto: Divulgação/Acnur/Rocco Nuri

Apesar da pandemia de covid-19, o número de pessoas forçadas a se deslocar no mundo continua aumentando. No final de 2020, 82,4 milhões de pessoas estavam deslocadas por guerras, conflitos, violações de direitos humanos e perseguições.

É o maior número já registrado pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), com aumento de 4% em relação a 2019, quando 79,5 milhões de pessoas estavam em deslocamento forçado. Mais de 1% da população mundial - uma em cada 95 pessoas - estão neste momento em deslocamento forçado.

Os dados constam do relatório Tendências Globais, que traz informações sobre a situação dos deslocados e refugiados em todo o mundo anualmente e foi divulgado hoje (18) pelo Acnur. Segundo o levantamento, 2020 é o nono ano de crescimento ininterrupto do deslocamento forçado no mundo.

Covid-19

O relatório mostra que durante o pico da pandemia em 2020, mais de 160 países fecharam suas fronteiras, com 99 deles não fazendo qualquer exceção para pessoas em busca de proteção internacional. Segundo o Acnur, apesar da pandemia e dos pedidos de cessar-fogo, conflitos continuam a expulsar pessoas de suas casas.

O porta-voz do Acnur no Brasil, Luiz Fernando Godinho, destacou que o fechamento das fronteiras por causa da crise sanitária teve como efeito imediato o expressivo aumento de deslocados internos que fugiam não só das guerras, mas também de regiões de seu país com altos índices de infecção.

“Essa combinação de conflito, crise sanitária global, perda de renda e insegurança alimentar forçou as pessoas a se deslocarem dentro de seu país”, disse Godinho, destacando que a covid-19 foi fator de deslocamento interno em países como Iêmen, Bangladesh, Etiópia, Iraque e Djibouti.

De acordo com o porta-voz, a tendência para 2021 é de aumento do deslocamento das pessoas, já que procedimentos de refúgio e asilo devem voltar a funcionar com a maior liberalização das fronteiras internacionais em meio ao avanço da vacinação.

Conforme o documento, são 48 milhões de deslocados dentro do próprio país, 26,4 milhões de refugiados, 20,7 milhões de refugiados sob o mandato da Acnur, 5,7 milhões de palestinos sob o mandato da agência UNRWA, 4,1 milhões de solicitantes de asilo e 3,9 milhões de venezuelanos que saíram do país.
Acnur deslocados - Divulgação Acnur/Elizabeth Marie Stuart
Devido a crises principalmente na Etiópia, no Sudão, nos países do Sahel (região da África, situada entre o deserto do Saara e as terras mais férteis na região equatorial do continente), em Moçambique, no Iêmen, Afeganistão e na Colômbia, o número de deslocados internos cresceu em mais de 2,3 milhões de pessoas.

Ao longo de 2020, cerca de 3,2 milhões de deslocados internos e apenas 251 mil refugiados retornaram para seus lares – uma queda de 40% e 21% respectivamente, se comparada com 2019. Outros 33.800 refugiados foram naturalizados por seus países de acolhida.

Mais de dois terços de todos os refugiados e dos deslocados vieram de apenas cinco países: Síria (6,7 milhões), Venezuela (4 milhões), Afeganistão (2,6 milhões), Sudão do Sul (2,2 milhões) e Mianmar (1,1 milhão).

A maioria das pessoas refugiadas do mundo – quase nove em cada dez (ou 86%) – está acolhida em países vizinhos às crises e que são de renda baixa ou média. Os países menos desenvolvidos acolheram 27% desse total.

Pelo sétimo ano consecutivo, a Turquia abriga a maior população de refugiados no mundo (3,7 milhões de pessoas), seguida pela Colômbia (1,7 milhão, incluindo venezuelanos deslocados fora de seu país), o Paquistão (1,4 milhão), Uganda (1,4 milhão) e a Alemanha (1,2 milhão).

Meninas e meninos com até 18 anos de idade representam 42% de todas as pessoas forçadas a se deslocar. Segundo a ONU, eles são especialmente vulneráveis, ainda mais quando as crises perduram por muitos anos. Novas estimativas da Acnur mostram que quase 1 milhão de crianças nasceram como refugiadas entre 2018 e 2020. Muitas delas deverão permanecer nessa condição nos próximos anos.

No Brasil, a publicação será oficialmente lançada hoje às 11h, em evento em parceria com o Memorial da América Latina que será transmitido pelo canal do YouTube das duas instituições. A divulgação do relatório é parte do calendário do Acnur Brasil para marcar o Dia Mundial do Refugiado no país. A programação completa, com atividades artísticas, culturais e debates virtuais com pessoas refugiadas, está disponível no site https://www.acnur.org/portugues/diadorefugiado/.

Edição: Graça
Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

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