Prefeitura autoriza reabertura de atividades esportivas em clubes de Ipiaú

Imagem Ilustrativa

Dando continuidade ao processo de flexibilização econômica, em conformidade com as normas de segurança estabelecidas para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura de Ipiaú, publicou, através do Decreto 5.761, o protocolo que estabelece as regras sanitárias para a reabertura, por tempo indeterminado, de piscinas, áreas de lazer e recreação, em clubes sociais e associações.

O protocolo indica que a reabertura deve ser limitada às atividades esportivas, mediante as seguintes regras: distanciamento mínimo de 1,5m entre os alunos dentro das piscinas e em todos e os espaços de recreação; treinadores e equipes de apoio deverão obedecer ao Protocolo Geral e permanecer de máscara durante todo o período de aula de natação, hidroginástica e similares; cada raia só poderá ser utilizada por um aluno; os alunos deverão higienizar as mãos com álcool 70% e tomar banho antes e depois de utilizarem a piscina; o mobiliário na área interna das piscinas deve ser disponibilizado de forma a garantir distanciamento mínimo de 1,5m entre cada pessoa e reduzindo para 50% a capacidade.

Também ficam estabelecidas a limitação da quantidade de pessoas utilizando a piscina tomando como referência a medida de 6 metros quadrados por pessoa; a higienização constante das balizas, escadas, corrimãos e bordas; não é permitido o compartilhamento ou empréstimo de toalhas ou outros utensílios de uso pessoal.

Fica proibido o compartilhamento de equipamentos utilizados durante as aulas nas piscinas, como pranchas, macarrão, pullbuoy, dentre outros; estes equipamentos só poderão ser utilizados por outros alunos após devida higienização; devem ser disponibilizados locais específicos e individuais para guardar as peças de vestuário e toalhas, realizando a higienização após cada uso. Não será permitido o uso de espreguiçadeiras ou similares no entorno da piscina; para uso dos brinquedos e itens coletivos deverá haver higienização constante e disponibilização de álcool em gel ou líquido a 70% em locais estratégicos para higienização das mãos.

BARES E BABAS

O Decreto estabelece ainda que fica permitido o funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes, trailers do Município de Ipiaú, diariamente, no horário das 10h às 01h00min, assim como atividades em clubes de futebol, associações de futebol/ babas, para faixa etária menor de 18 anos de idade, inclusive infantil, devendo ser obedecidas as regras já estabelecidas em decreto. Fica extinto o toque de recolher estabelecido no decreto nº 5.661/2020. Tais medidas podem ser revogada, de acordo com a evolução ou regressão da disseminação de infecção humana por Covid-19, conforme orientação da Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Saúde do Estado e Ministério da Saúde, devendo obedecer às regras sanitárias dispostas em decretos.

( José Américo Castro)


Moacyr Franco relata agressão sofrida em assalto: ‘Apanhei tanto e escutei desaforo’

O cantor de 83 anos revelou ter medo do futuro, mas sabe que não irá conseguir fugir do que está reservado para ele

Foto: SBT

A notoriedade do cantor e apresentador Moacyr Franco, não impediu o artista de ser assaltado na rua. Em um relato no Instagram, o veterano de 83 anos, contou que foi agredido por assaltantes na abordagem e achou que iria morrer devido a força dos golpes.

“Outro dia fiquei na mão de um assaltante. Nossa, apanhei tanto, escutei tanto desaforo. Ele me deu um chute… Não há nada mais covarde do que isso, né? Você pode escolher: reagir ou morrer. Ou as duas coisas. É muito difícil se acostumar com os tapas da vida. Acho que não dá para acostumar”, contou.

O cantor revelou ter medo do futuro, mas sabe que não irá conseguir fugir do que está reservado para ele.

“Meu futuro é horroroso. Não consigo pensar em coisa boa, entendeu? Mas que seja bem-vindo o futuro. Tomara que ele venha todo dia. Todo dia tem futuro. A geladeira está lotada de futuro fresquinho. Tomara que venha. Agora, do passado não dá para fugir. Eu, quando pintam (na memória) umas lembranças ruins, eu tento esconder”, revelou Moacyr Franco.
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Conheça o ‘Tira-Dúvidas no WhatsApp’, assistente virtual da Justiça Eleitoral

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lança nesta quarta-feira (30) o “Tira-Dúvidas no WhatsApp”, um chatbot – assistente virtual – criado em parceria com o aplicativo de mensagens para facilitar o acesso do eleitor a informações relevantes sobre as eleições municipais de 2020.

Trata-se da primeira parceria do tipo para o WhatsApp com uma autoridade eleitoral no mundo. A ferramenta foi desenvolvida gratuitamente pela empresa Infobip, um dos principais provedores de serviços para negócios no aplicativo.

O bot, como também é chamado, é resultado de um novo acordo de cooperação entre o órgão e a plataforma para reforçar o combate à desinformação durante o período eleitoral.


Para conversar com o assistente virtual, basta acessar a câmera do seu celular e apontá-la para o QR Code na imagem acima, ou adicionar o telefone +55 61 9637-1078 à sua lista de contatos, ou através do link wa.me/556196371078.

O canal automático do TSE traz diversos assuntos de interesse do eleitor, que vão desde informações sobre dia, horário e local de votação até dicas para mesários. Respostas às perguntas mais recebidas pela Justiça Eleitoral também integram as funcionalidades disponibilizadas no bot.

O assistente virtual oferece ainda um serviço voltado exclusivamente ao esclarecimento de notícias falsas envolvendo o processo eleitoral brasileiro: o “Fato ou Boato?”. Ao selecionar o tópico, o usuário pode acessar alguns conteúdos desmentidos por agências de checagem de fatos, desmistificar os principais boatos sobre a urna eletrônica ou assistir a vídeos do biólogo e divulgador científico Átila Iamarino com dicas de como identificar conteúdos enganosos disseminados por meio da internet durante a pandemia de Covid-19.

O principal objetivo da ferramenta é facilitar o acesso do cidadão à Justiça Eleitoral, de modo que todos possam se informar para votar com segurança em novembro. Por meio de uma conversa com o chatbot, é possível acessar os principais links de serviço, baixar o aplicativo e-Título e conferir as principais dicas para eleitores e mesários, além de justificar a ausência às urnas.

Conheça o bot do TSE no WhatsApp e compartilhe a novidade com seus familiares e amigos. Após salvar o número na sua agenda, clique em “Bot TSE WhatsApp”, deslize a tela até o final e, em seguida, aperte em “Compartilhar empresa”. Por fim, selecione o nome da pessoa para quem deseja enviar o telefone do assistente digital do TSE.

Cooperação

Além da criação do chatbot, o termo de cooperação firmado pela Corte Eleitoral com o WhatsApp prevê ainda a criação de um formulário para denunciar contas suspeitas de realizar disparos em massa, uma das condutas proibidas pela lei eleitoral e também pelos Termos de Serviço do aplicativo. O WhatsApp integra o Programa de Enfrentamento à Desinformação com Foco nas eleições municipais 2020 desde outubro do ano passado.

Saiba mais sobre as parcerias digitais firmadas pelo Tribunal

Na terça-feira (29), o TSE oficializou um acordo com a Conexis Brasil Digital, representante do setor de telecomunicações no Brasil, para garantir que usuários possam acessar conteúdos do site da Justiça Eleitoral sem gastar seu pacote de dados entre setembro e novembro, no período que cobre desde a campanha eleitoral até o fim do segundo turno.

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação 

Por que ricos ficaram mais ricos e pobreza explodiu na pandemia?

POR QUE RICOS FICARAM MAIS RICOS E POBREZA EXPLODIU NA PANDEMIA?. FOTO: AFP.

Relatório mostra que as fortunas analisadas passaram de US$ 2,95 trilhões, em março, para US$ 3,8 trilhões, em setembro

Diferentes relatórios de organizações internacionais indicam que os milionários ficaram ainda mais ricos durante a pandemia de coronavírus. Os ligados ao setor digital e de novas tecnologias foram os mais beneficiados no período. Ao mesmo tempo, o surto de Covid-19 acentua as desigualdades sociais e aumenta a pobreza no mundo, seja nos países desenvolvidos ou nos emergentes.

O estudo do Institute for Policy Studies e a Americans for Tax Fairness revela que a fortuna dos 643 americanos mais ricos cresceu 29% desde meados de março, quando o coronavírus se espalhava pelo planeta e obrigava populações inteiras a entrar em quarentena. Comércios fechados, economia paralisada e explosão do desemprego não abalaram a saúde financeira desses multimilionários – pelo contrário. O relatório mostra que as fortunas analisadas passaram de US$ 2,95 trilhões, em março, para US$ 3,8 trilhões, em setembro.

Os resultados não surpreendem o pesquisador Fernando Burgos, especialista em desigualdades sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). “A desigualdade já estava aumentando e a Covid acelerou um processo que já vinha acontecendo no mundo todo. Os bilionários ficaram mais ricos ainda e, do outro lado, temos uma parcela da população que estava relativamente sob controle – embora sempre estivesse sob o risco de exclusão social – e agora, efetivamente, caiu”, comenta. “São pessoas que entraram em uma situação de altíssima vulnerabilidade.”

Valor das ações disparou

O que explica uma performance tão robusta dos ultrarricos? Valorização das ações na bolsa durante a pandemia. No início de setembro, outra pesquisa, realizada pela britânica Oxfam, já havia mostrado que, ao mesmo tempo em que a economia mundial levava um tombo sem precedentes, algumas das empresas mais valiosas do mundo registravam lucros extraordinários. As 32 maiores multinacionais devem somar US$ 109 bilhões de dólares a mais do que o lucro médio que tiveram nos últimos quatro anos.
“A maior parte desses lucros excepcionais devem ser distribuídos para os acionistas. Nós estimamos que cerca de 90% desse dinheiro será compartilhado entre eles, uma escolha que tem consequências, afinal exacerba as desigualdades e faz com que a fortuna dos que já são ricos aumente ainda mais”, afirma o porta-voz da Oxfam na França, Quentin Parinello. “Nosso relatório mostra que os 25 bilionários mais ricos do mundo ficaram US$ 255 bilhões mais ricos durante a crise, e considerando apenas até meados de maio.”

Entre eles, estão os CEOs do Facebook, Mark Zuckerberg, da Microsoft, Bill Gattes, e da Tesla, Elon Musk, que viu sua fortuna aumentar 274%, conforme o relatório das entidades americanas. Já o dono da Amazon, Jeff Bezos, que já é o homem mais rico do mundo, ficou 65% ainda mais afortunado durante a pandemia, beneficiado pelo crescimento mundial da plataforma em meio à quarentena.

Desinteresse por compartilhamento dos lucros

Quentin Parinello lamenta a escolha das grandes empresas, que privilegiam a remuneração dos acionistas em detrimento da promoção, dentro da companhia, de planos estratégicos a longo prazo para compartilhar melhor os lucros. “Apenas com o dinheiro extra que ganhou durante a crise, Jeff Bezos poderia distribuir um bônus de US$ 105 mil para os 875 mil funcionários da empresa – e, mesmo assim, continuaria tão rico quanto ele era antes da pandemia de coronavírus”, avalia o porta-voz da Oxfam.

Do outro lado da pirâmide, 176 milhões novos pobres podem emergir da crise sanitária, conforme alerta da ONU. As Nações Unidas afirmam que as medidas de proteção social tomadas até agora pelo mundo somam € 496 bilhões, mas permanecem insuficientes. O pior da pobreza gerada pela pandemia, adverte a ONU, ainda está por vir.

No Brasil, Fernando Burgos frisa que as consequências da pandemia atingiram em cheio as pessoas que já estavam na extrema pobreza, e muitas delas sequer conseguiram acessar o auxílio emergencial oferecido pelo governo federal. Depois, foram os trabalhadores que já tinham uma certa estabilidade profissional mas, por conta das mudanças de hábito geradas pela chegada do coronavírus, perderam trabalho e renda e passaram a engrossar a lista dos que dependem dos benefícios sociais. Por fim, num processo que ainda está em curso, a crise revela o impacto da automatização acelerada do mercado de trabalho, que corta milhares de postos, principalmente nos setores menos qualificados.

Doações não resolvem o problema

Neste contexto, o pesquisador da FGV ressalta que grandes empresas e milionários brasileiros promoveram altas doações para os mais necessitados. Entretanto, a iniciativa está longe de bastar para tornar a sociedade brasileira mais desenvolvida e equilibrada.

“A onda de solidariedade foi muito importante, mas se mostrou insuficiente. A gente não viu nenhum esforço do ponto de vista de mudanças estruturais, como aumentar a carga tributária. Nenhum esforço nem de governos, nem dessa elite, para mexer nos modelos de negócios e garantir os empregos das pessoas nesse momento”, diz Burgos.

Para o professor de administração pública, mexer na alíquota de impostos é uma urgência – o Brasil é considerado um paraíso para os ricos, com uma tabela pouco progressiva de tributação em relação à renda. O maior presente é a isenção de impostos sobre dividendos no mercado financeiro.

“Não é possível que a gente, de um lado, fique falando da necessidade de diminuir as desigualdades no Brasil e, de outro, não tribute os dividendos. No Brasil, a gente tem muitas pessoas que, se tirarem um cochilo à tarde, acordam mais ricas. Mas, uma pessoa que é motorista de aplicativo, se tira um cochilo à tarde, talvez não terá dinheiro para levar comida para casa à noite”, compara o pesquisador. “A gente não pode mais continuar a conviver com isso.”

Segundo o ranking da ONU sobre o tema, em 2019 o Brasil era o sétimo país mais desigual do mundo e o segundo com maior concentração de renda: o 1% mais rico centraliza 28,3% de toda a riqueza do país.

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Deputado pede que PF investigue Felipe Neto, Boulos e parlamentares do PSOL por ‘crime contra segurança nacional’


‘Construir a luta antifascista é uma obrigação diante do governo Bolsonaro’, rebate Sâmia, uma das citadas no ofício

O deputado federal José Medeiros (Podemos-MT) pediu à Polícia Federal que investigue o youtuber Felipe Neto, o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, e os deputados Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ), com base na Lei de Segurança Nacional.

O pedido para investigação foi protocolado por Medeiros e encaminhado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, no dia 1º de junho.

No ofício, o parlamentar afirma que, no dia 31 de maio, em meio a manifestações favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro, um grupo antifascista resolveu protestar na Avenida Paulista, em São Paulo, “protagonizando confrontos e cenas de barbárie”.

“Esse grupo, formado por homens, em sua maioria, e por membros de torcidas organizadas, todos vestidos de preto, iniciaram confrontos com os manifestantes pró-governo, agrediram cidadãos, depredaram patrimônio público, entraram em confronto com policiais e os agrediram, protagonizando cenas de barbárie na capital paulista”, argumentou o parlamentar do Podemos.

Medeiros também acusa os deputados federais Glauber Braga e Sâmia Bomfim de incentivar atos violentos.

“É impensável que deputados federais participem de movimentos violentos que tiveram como resultado agressões à polícia e a manifestantes pacíficos que já estavam na Avenida Paulista, o que demonstra claramente que os deputados citados incorreram no crime previsto no art.23 da Lei de segurança nacional, sem prejuízo de incorrerem em outros artigos da mesma lei, a critério de V. Ex.ª, tendo em vista que estavam presentes dentro da manifestação dos denominados ‘Antifas'”, expõe o autor do ofício.

Na sequência, o parlamentar acusa Guilherme Boulos e o youtuber Felipe Neto de usar as redes sociais para comemorar e exaltar o movimento.

“O senhor Felipe postou em suas redes sociais, conforme imagens anexadas, manifestações de apoio ao movimento ‘Antifa’, dizendo que ‘não se dialoga com fascista’ e que se deve fazer o que for preciso. Na sequência, publicou ainda um manual de como se portar em manifestações desse tipo, fazendo clara propaganda pública a manifestações violentas que visem alteração da ordem social e política e incentivando a luta com violência entre as classes sociais. O fato dessas manifestações terem sido feitas na internet, confere a elas um grande poder de propagação, podendo-se aplicar por analogia o crime previsto no art. 22, 1º da lei de segurança nacional, bem como os incisos I e II deste artigo e o crime previsto no art. 23, incisos I e III”, escreve, referindo-se ao youtuber.

“Já o senhor Guilherme Boulos, postou em seu ‘twitter’ imagens do movimento violento e manifestou seu apreço pelo ato, afirmando ter orgulho (imagens anexadas), o que claramente faz propaganda do ato e incita a prática dos crimes previstos no artigo 23, incisos I e III da Lei nº 7.170/1983”, menciona o parlamentar.

A reação dos acusados

Em entrevista a CartaCapital, Guilherme Boulos afirmou que o presidente Jair Bolsonaro utiliza de forma política a Polícia Federal para eleger Celso Russomanno (Republicanos).

“Bolsonaro está usando a PF para me intimidar e eleger Russomanno. Isso mostra que eles têm medo da nossa candidatura, porque ela é a que tem mais chances de ir ao segundo turno e derrotar o Bolsodoria em São Paulo. Nós não temos medo nem rabo preso”, disse. O candidato à prefeitura foi intimado pela PF a prestar esclarecimentos sobre postagens feitas em que criticava o presidente Bolsonaro.

A deputada federal Sâmia Bomfim, líder do PSOL na Câmara, afirmou que não foi notificada oficialmente. “Estou tranquila de que não fiz nada de errado, nenhum crime. Manifestar-se é um direito e construir a luta antifascista é uma obrigação diante do governo Bolsonaro”, declarou.

O deputado Glauber Braga também declarou não ter sido notificado oficialmente e condenou a atitude de José Medeiros. “Ser fascista que é um absurdo, ser antifascista é uma obrigação para quem não se rende. Esse tipo de iniciativa intimidatória, que usa a polícia como política para perseguir adversário, não vai funcionar. Vamos continuar exercendo nosso papel de enfrentar o fascismo e os agentes que dão sustentação a essa política bolsonarista. Não vamos recuar”, afirmou em contato com a reportagem de CartaCapital.

O youtuber Felipe Neto se manifestou em nota oficial: “Por meio de assessoria de imprensa, Felipe Neto afirma que, como já é de conhecimento de todos, a partir do momento em que assumiu postura crítica em relação ao governo vigente, vem sendo alvo de uma criminosa campanha difamatória. Por esses motivos, e por confiar nas instituições responsáveis, Felipe Neto recebe com absoluta tranquilidade a notícia de que o referido deputado, em tentativa de silenciamento e confundindo manifestações de livre pensamento e crítica com atos antidemocráticos, próprios justamente do governo que ele apoia, solicitou à Procuradoria Geral da República que o investigue por crimes que jamais praticou. Felipe Neto finaliza reiterando que sua assessoria jurídica está acompanhando o ocorrido”.




Covid-19: Após 1 milhão de mortes, mundo se preocupa com segunda onda. Leia esta e outras notícias


O Brasil registrou 863 mortes causadas pela Covid-19 e 32.058 novos casos da doença nas últimas 24 horas, conforme boletim divulgado na noite desta terça-feira 29 pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com as atualizações, o País tem, desde o início da pandemia, 142.921 mortos e 4.777.522 de infectados pelo novo coronavírus.

Mais do que uma definição específica, a ideia é um pouco mais subjetiva. Basicamente, o que as pessoas normalmente consideram uma nova onda é quando, depois de uma queda expressiva do número de casos, você volta a subir; ou depois de ter um episódio de surto epidêmico controlado, ele volta a se descontrolar em uma região geográfica específica”, explica o médico do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da FMUSP, Márcio Bittencourt.

Na Ásia, onde menos de 100 mortes eram registradas por dia até meados de abril, o aumento continua desde então. Desde 20 de julho, a região ultrapassa mil mortes quase todos os dias, e está perto de 1.500, principalmente devido à situação na Índia.

Em todo mundo, a curva está em um “platô” desde o início de junho, com cerca de 5 mil mortes por dia.

O Oriente Médio experimentou um pico de mortes durante o verão (boreal) e, em seguida, um ligeiro declínio. Mas a situação piorou e, na semana passada, ocorreram em média 330 mortes por dia, 18% a mais que na anterior.

No continente africano, oficialmente o menos afetado pela pandemia, há cada vez menos mortes desde agosto. Na Oceania, onde o número de mortes por dia nunca ultrapassou a média de 20 pessoas, agora registra menos que 10 e não hesita em tomar medidas rápidas para evitar um surto, como exemplificado pelo governo da Nova Zelândia.

Para Bittencourt, a depender da estratégia utilizada na flexibilização da quarentena e na retomada das atividades econômicas e de fins sociais, como a volta às aulas, era “esperado” que houvesse um novo aumento brusco no número de casos. A experiência, porém, não pode ser uniformizada como inevitável, opina.

“Não estou dizendo que não era para reabrir, mas existem formas – e a estratégia escolhida tornou provável que isso acontecesse. Para reabrir com risco menor, é necessário um baixo número de casos, uma estratégia de distanciamento persistente, isolamento de casos, quarentena de contato e medidas de bloqueio físico e químico – usar máscaras, álcool gel e lavar a mão. O lockdown é um pedaço da estratégia, não é nem o principal. A estratégia é ampla.”, diz.

Como exemplo, Alemanha e Portugal aparecem como países que observam um número de casos maior do que nas últimas semanas, mas sem os mesmos índices explosivos de seus vizinhos europeus Espanha e França.
HOMEM ANDA POR LISBOA, CAPITAL DE PORTUGAL, NO DIA 22 DE SETEMBRO DE 2020. PAÍS É CONSIDERADO BEM-SUCEDIDO NO CONTROLE DA PANDEMIA DE CORONAVÍRUS (FOTO: PATRÍCIA DE MELO MOREIRA/AFP)

Portugal vive uma espécie de segunda onda mas mesmo a primeira foi razoavelmente leve. No caso da Alemanha houve um momento inicial grave, que levou a um quase lockdown do país. Esse momento foi rapidamente superado e desde maio Alemanha vive um regime de baixo número de casos. Há um segunda onda, mas não uma explosão desenfreada de casos”, analisa o físico Roberto Andre Kraenkel, participante do grupo Observatório da Covid-19.

O caso alemão chama a atenção de Krankel pela estratégia que combinou distanciamento e mapeamento da cadeia de contágio, apesar da discrepância entre um país rico como a Alemanha e o Brasil em relação ao amparo financeiro a pessoas e negócios.

“A essência do processo foi: lockdown forte até que o número de casos seja baixo, reabertura planejada das atividades e monitoramento de casos. A prioridade atual, em face de uma elevação de casos, é a manutenção da abertura de escola e comércio”, diz Kraenkel.

1 milhão de mortos

A marca um milhão de mortos em decorrência da Covid-19 em todo o mundo, alcançado nesta semana, jogou luz sobre cenários diversificados da pandemia.

O topo da lista de mortes é liderado por Estados Unidos, Brasil e Índia, enquanto o de casos confirmados tem uma inversão apenas no segundo e terceiro lugar.

Na segunda-feira 27, a Índia ultrapassou os seis milhões de casos oficialmente registrados de coronavírus. O país é dos que mais preocupam os especialistas, devido à sua grande população – 1,3 bilhão de pessoas – e ao fato de possuir algumas das cidades mais densamente povoadas do mundo, com um sistema de saúde frágil.

A Índia registra oficialmente entre 80 e 90 mil casos novos todos os dias, o maior balanço no mundo há várias semanas.

Em termos de mortes, o país tem uma taxa muito menor do que outros países e registra oficialmente quase 100 mil óbitos desde o início da pandemia.

Os Estados Unidos, com cerca de um quarto de sua população, tem 205 mil, e o Brasil mais de 140 mil.

Situação do Brasil agora

Com 142.921 mortes e 4.777.522 casos confirmados até a noite da terça-feira 29, o Brasil caminha em passos lentos a uma queda no número diário de novas vítimas da doença.

A explicação não se dá por conta de “ondas”, mas sim de um “platô eterno”, explica Márcio Bittencourt, que se associa à falha do País de controlar a circulação do vírus desde o início.

“Quem faz com que o coronavírus circule são as pessoas que tem o vírus se encontrando com outras pessoas. Se os casos da Covid-19 ativos ficarem isolados das outras pessoas, a doença vai acabando, porque não tem como transmitir. A estratégia principal é pegar todo mundo que tem sintomas e isolar sozinho, ou o máximo sozinho possível, e isolar todo mundo com quem a pessoa entrou em contato na semana anterior.”, diz.

A estratégia foi repetida por especialistas em diversas oportunidades ainda em março, quando o vírus começou a se espalhar pelo País.

O motivo de um isolamento longo, desgastante e ineficaz como o brasileiro se dá, na visão de Roberto Kraenkel, à incapacidade de fazer um rastreamento efetivo e de planejar com embasamento os próximos passos.

“Nenhum governo estadual teve, seja os meios, seja a vontade, de tomar as medidas necessárias para evitar as mortes que tivemos. Não se organizou, sobretudo, a reabertura do comércio e negócios em geral de forma segura. Não temos rastreio de contatos de forma efetiva em nenhum estado. Sem isso, estamos de mãos atadas, pois não interrompemos as cadeias de contágios”, diz.

“Encontramo-nos em uma situação de um longo desgaste econômico e social, para não falar psíquico, que não é sustentável no longo prazo. Um exemplo é a questão da reabertura das escolas. Não importa se agora ou em um mês adiante, o fato é que não podemos pensar em passar o ano de 2021 com as escolas fechadas. Mas, por outro lado, não construímos um situação de saúde pública que possa garantir a segurança de professores, alunos e funcionários.”, afirma Kraenkel.

Em relação ao País se preocupar com a segunda onda na Europa e em possíveis medidas de bloqueio a voos, Márcio Bittencourt afirma que, no momento, é mais perigoso circular nas ruas brasileiras do que temer que o vírus venha de fora. O Brasil permanece como um lugar a ser evitado.

“A chance de pegar de um cara que embarcou de lá [Europa] para cá é muito menor do que você encontrar alguém doente na rua. Se tem algum voo que pode trazer a doença, ele é de algum lugar do Brasil. A gente ainda um dos grandes epicentros para onde as pessoas não deveriam vir e circular”.

*Com informações da AFP

Biden ameaça Brasil com sanções por Amazônia e propõe US$ 20 bilhões para floresta

Quem avisa amigo é: se eleito, Biden afirma que Brasil sofrerá consequências pelas queimadas na Amazônia (Imagem: Reuters/ Brian Snyder)

O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs que países de todo mundo se reúnam para fornecer 20 bilhões de dólares para a preservação da Amazônia e disse que o Brasil enfrentará “consequências econômicas significativas”, caso o país não pare a destruição da floresta e se ele for eleito.

As declarações foram dadas durante debate, na noite de terça-feira, entre Biden e o presidente norte-americano, Donald Trump, um republicano que busca a reeleição. O encontro, o primeiro debate entre ambos antes da eleição presidencial de 3 de novembro, foi caótico e marcado por interrupções e insultos.

Ao falar sobre o meio ambiente, Biden disse que, se vencer a eleição, recolocará os EUA no acordo climático de Paris, do qual Trump retirou os Estados Unidos, e citou a floresta amazônica e seu papel no combate às mudanças climáticas.

“A floresta tropical do Brasil está sendo devastada, está sendo destruída”, disse Biden, afirmando que, se eleito, reunirá outros países para garantir 20 bilhões de dólares para a preservação da Amazônia.

“Aqui estão 20 bilhões de dólares. Parem de destruir a floresta e se não pararem, então enfrentarão consequências econômicas significativas”, acrescentou.

De acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento da Amazônia entre agosto de 2019 e julho deste ano –período usado para medir o desmatamento anual da floresta– atingiu 9.216 quilômetros quadrados, aumento de 34% na comparação com igual período anterior.
 O desmatamento da Amazônia entre agosto de 2019 e julho deste ano atingiu 9.216 quilômetros quadrados, aumento de 34% (Imagem: Amazônia Real/Bruno Kelly)

Nos meses de julho e agosto, o desmatamento caiu na comparação com os mesmos meses de 2019, embora ainda siga elevado na comparação com o registrado em anos anteriores.

Também de acordo com números do Inpe, os focos de queimadas na Amazônia em setembro até a terça-feira eram 31.349, número superior aos 19.925 focos registrados em todo setembro de 2019.

Bolsonaro, que é declarado admirador de Trump, contesta as críticas internacionais sobre sua gestão ambiental e, em discurso neste mês na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que “interesses escusos” movem uma “campanha brutal de desinformação” sobre o meio ambiente brasileiro para prejudicar seu governo.
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Ministro da Justiça critica deputados por projeto que legaliza cultivo de Cannabis no Brasil

Foto: Diulgação/Twiiter


 Insatisfeito com o projeto de lei 399/2015, que propõe a legalização do cultivo da Cannabis no Brasil para uso medicinal e industrial, o ministro da Justiça, André Mendonça, enviou para os deputados um e-mail criticando a iniciativa e emitindo moção de repúdio.

De autoria de Fábio Mitidieri (PSD-SE) e com substitutivo de Luciano Ducci (PSB-PR), o projeto de lei está em debate na Câmara dos Deputados.

No e-mail em que os parlamentares receberam, Mendonça, com o apoio do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas, autarquia do ministério em que comanda, lista os motivos que possui para criticar a matéria.

Ele fala que uso medicinal da planta gerou flexibilização de controle do uso recreativo em outros países e que houveram resultados “pífios” do uso terapêutico da Cannabis. Diz ainda ver riscos e prejuízos à saúde decorrentes do uso e possibilidade de aumento do tráfico de droga.

Em entrevista à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, Ducci classificou os argumentos como “ideológicos” e apontou interferência indevida em debate do Legislativo.

“O plantio ilegal já acontece no Brasil e é atrás disso que o Ministério da Justiça devia ir, e não contra o plantio legal e para fins medicinais. O plantio que está sendo proposto é com a autorização do poder público, regulamentado pela Anvisa. O desconhecimento e a má vontade e as fake news que levantam essa questão: ministros se posicionando de maneira não adequada. O projeto é muito seguro, faltou leitura”, afirmou.

E acrescentou: “Questão ideológica de um grupo de parlamentares que jogam para um determinado tipo de plateia, sem se preocupar com os reflexos em milhares de pessoas que não têm acesso aos medicamentos, especialmente os mais pobres. Quem tem dinheiro vai lá para a Anvisa, protocola pedido de importação, traz o remédio caro”.

Projeto – o objetivo do PL é regulamentar as atividades de cultivo, processamento, armazenagem, transporte, pesquisa, produção, industrialização, comercialização, exportação e importação de produtos à base de Cannabis para fim medicinal e industrial.

O projeto não trata de autocultivo, nem do uso recreativo, religioso e ritualístico. Com informações da Folha de S.Paulo.

Pedófilo condenado a 169 chicotadas sofre colapso na 50ª

@DR

Um homem, na Indonésia, condenado a 169 chicotadas por crimes de pedofilia, não resistiu ao castigo e entrou em colapso à 50.ª chicotada.

Os médicos consideraram que ele não estava em condições de prosseguir com o castigo, e Roni, como é designado, terá agora de ser sujeito novamente ao castigo assim que o seu estado de saúde melhorar, escreve o Indonesia Times.

Inicialmente, o homem havia sido sentenciado a 175 chicotadas, mas este sujeitou-se a uma pena de prisão de seis meses para que a pena fosse reduzida.

Durante o castigo, o homem colapsou e os médicos repararam que tinha bolhas do lado direito das costas que se continuassem a ser atingidas podiam fazer com os seus vasos sanguíneos rebentassem. Decidiu-se, por isso, interromper o castigo. 

O chicoteamento é utilizado para punir uma variedade de crimes em Banda Aceh, a província mais conservadora da Indonésia. Consumo de álcool, casos extraconjugais ou sexo homossexual são alguns desses crimes.

Suspeito de agredir técnica de enfermagem morre de Covid-19

@DR

Um dos suspeitos de ameaçar e agredir uma técnica de enfermagem no hospital de campanha de Goiás, no dia 31 de agosto, acabou morrendo de Covid-19, este domingo, 27 de setembro.

Segundo o site G1, o homem agrediu a profissional de saúde, há cerca de um mês, enquanto acompanhava a filha ao hospital. Perante a demora do resultado do teste à Covid-19, o suspeito, assim como outros dois familiares, “irritaram-se” e agrediram-na. De acordo com a técnica de enfermagem o pai da criança chegou a ameaçá-la de morte.

Na ocasião, o suspeito chegou a ser detido, mas pagou uma fiança de 500 reais e foi libertado.

Dias depois, foi internado, com sintomas de Covid-19. Com o agravamento da doença, fez hemodiálise e foi ventilado, mas acabou por não resistir e morreu, este domingo, no decorrer da doença.
Por: Noticias ao minuto

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Homem camuflou narcótico e revólver em terreno baldio

Divulgação/SS

Trezentas e vinte e quatro porções de maconha, arma e acessórios para o tráfico foram apreendidos, na tarde de segunda-feira (28), por policiais da 36ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Dias D'Ávila). O flagrante ocorreu na travessa João Dom Dantas, bairro de Concórdia, em Dias D'Ávila, Região Metropolitana de Salvador.

Ao se aproximar da rua, as equipes perceberam o nervosismo de um homem que saía de um terreno baldio. No local, os policiais encontraram trouxas de maconha prontas para a comercialização, 374 pinos para armazenar entorpecentes, uma balança e um revólver calibre 38 com munição.

De acordo com o comandante da 36ª CIPM, major Hildegard Dantas Moura, o homem foi encaminhado à 25ª Delegacia de Territorial e autuado por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

Fonte: Ascom: Marcia Santana

BG evita arremessos de drogas e 17 celulares para presídio

Drogas, celulares, baterias e outros materiais foram localizados pelo Batalhão de Polícia de Guardas (BG) antes de serem arremessados por três suspeitos para área interna da Cadeia Pública de Salvador, em Mata Escura. A ação aconteceu, na segunda-feira (28).

PMs estavam na guarita, quando avistaram três criminosos tentando arremessar os embrulhos. “Eles vieram da Avenida Gal Costa e tentaram jogar os itens pela mata, mas agimos de forma rápida e evitamos", detalhou o comandante do BG, tenente-coronel Djair Freitas. 

No total foram encontrados 5 kg maconha, cerca de meio quilo de cocaína, 60 pacotes de fumo, 17 celulares, oito isqueiros, sete baterias, seis fones e uma balança. 

Fonte: Ascom / Poliana Lima
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66ª CIPM apreende 18 tabletes de maconha prensada

Drogas foram localizadas na Avenida Getúlio Vargas, em Feira de Santana, após informe do Centro Integrado de Comunicações (Cicom).

Cerca de 13 quilos de maconha foram apreendidos por equipes da 66ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), na segunda-feira (28), em Feira de Santana.

De acordo com o comandante da unidade, major Fernando Cardoso, as guarnições receberam um chamado do Centro Integrado de Comunicações (Cicom) sobre um saco com drogas, na Avenida Getúlio Vargas, bairro Ponto Central.

No local foram localizados 18 tabletes de maconha e duas pessoas suspeitas de serem responsáveis pelos materiais acabaram conduzidas para Central de Flagrantes da cidade.

Fonte: Ascom | Silvânia Nascimento

A Secretaria de Saúde de Ipiaú, Confima 04 novos e 18 casos ativos de coronavirus nesta tera Feira, 29.


A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 29 de setembro, temos 6.794 casos registrados como suspeitos, sendo 1.920 casos confirmados, dentre estes, são 1.871 pessoas RECUPERADAS, 14 estão em isolamento social, 04 estão internadas e 31 foram a óbito. 4.847 casos foram descartados e 27 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 18 casos ativos. 

*Obs: Dados da testagem dos profissionais e alunos das Escolas Estaduais foram contabilizados neste boletim em 03/07.

Use máscara, evite aglomeração e higienize as mãos com água e sabão sempre que puder . 

Prefeitura de Ipiaú

Mundo ultrapassa marca de 1 milhão de mortos por coronavírus

Número equivale a 13 Maracanãs lotados ou toda a população de Maceió

Foto: Reprodução/Globo News

O mundo ultrapassou na segunda-feira (28) a marca de milhão de mortos por coronavírus. A cifra, simbólica, é alcançada quase nove meses após o primeiro óbito oficial devido à doença, em 11 de janeiro, e quase sete após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que a Covid-19 era uma pandemia, em 11 de março.

Nesse período, além de mais de 1 milhão de mortos, a crise sanitária se desdobrou em crise econômica, que agravou desigualdades já muito acentuadas em todo o mundo, e provocou terremotos políticos em um cenário polarizado, em que a ciência foi colocada em dúvida por chefes de Estado e nas redes sociais.

O número —1 milhão, de acordo com os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins— equivale a 13 Maracanãs lotados ou a toda a população de Maceió, calculou o jornal Folha de S. Paulo.

E, de acordo com a mesma publicação, tudo indica que será apenas mais um marco emblemático a ser superado: não o único milhão, mas o primeiro.

Estima-se que o número verdadeiro de mortes seja maior, uma vez que há o problema da subnotificação. De acordo com Alan Lopez, diretor de um grupo de pesquisa da Universidade de Melbourne, na Austrália, que estuda o impacto de doenças, a quantidade real de óbitos está em torno de 1,8 milhão.

Ele calcula que até o final do ano a doença mate 2,8 milhões de pessoas, o que a tornaria a quinta maior causa global de mortes em 2020. Na sexta-feira (25), o diretor executivo do programa de emergências de saúde da OMS, Mike Ryan, admitiu ser possível que a cifra oficial dobre.

Ainda que a curva da Covid-19 tenha se estabilizado em muitos países, o número de novos casos segue crescendo mais rapidamente do que nunca, com média pouco abaixo de 300 mil por dia, e dificilmente uma vacina estará disponível em todo o mundo dentro dos próximos nove meses.

Bahia tem 6.665 casos ativos e 1.005 internações

Nas últimas 24 horas, a Bahia confirmou mais pacientes recuperados da Covid-19 (1.665) do que novos infectados pelo novo coronavírus (1.624). Com isso, o estoque de casos ativos permaneceu na faixa abaixo de 7 mil, caindo para 6.665. Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), que também confirmou que 49 óbitos foram causados pela Covid-19.

Dos 308.252 casos confirmados desde o início da pandemia, 294.890 já são considerados curados e 6.697 morreram. Durante o enfrentamento da pandemia, 25.964 profissionais da saúde foram contaminados.

Há 1.005 pacientes internados, 531 em UTI. A taxa ocupação dos atuais 2.331 leitos do SUS exclusivos para a Covid-19 é de 44%. Em enfermaria, a taxa está em 38% (adulto) e 59% (pediátrica). Na terapia intensiva, a ocupação fechou esta terça-feira (29) em 50% (adulto) e 52% (pediátrica).

Os casos confirmados ocorreram em todos os 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (28,14%). Os municípios com maior número de casos ativos são Salvador (917), Itabuna (366), Feira de Santan (160) e Lauro de Freitas (148). Já as cidades com mais vítimas fatais são Salvador (2719 óbitos), Itabuna (291), Feira de Santana e Ilhéus (ambas com 227).

Adriano Villela

Em Coribe, governador entrega nova praça e equipamentos para hospital municipal

Fotos: Carol Garcia/GOVBA

A segunda agenda do governador Rui Costa na região oeste, nesta terça-feira (29), ocorreu no município de Coribe, onde foi entregue uma nova praça no distrito de Ranchinho. O Governo do Estado investiu cerca de R$ 600 mil no equipamento que atende dois mil moradores da localidade.

Na sede do município, Rui Costa participou da inauguração do Hospital Municipal Antônio Joaquim Lopes. O governo estadual investiu mais de R$ 330 mil em equipamentos permanentes: um respirador, uma mesa cirúrgica, um foco de teto em LED, bisturi elétrico, três monitores multiparâmetros, um colposcópio, dois reanimadores.

"Ao longo de cinco anos, nenhum estado brasileiro fez o volume de investimentos que a Bahia está fazendo na área da saúde pública. Estamos reforçando não somente a atenção básica como também a média complexidade. Aqui na região, já entregamos mais 60 leitos no Hospital do Oeste e estamos ampliando uma área para montar toda uma estrutura da área de cardiologia e outra área para o tratamento de câncer, incluindo quimioterapia e radioterapia", revelou Rui. 

Na oportunidade, o governador ainda autorizou a publicação de edital para licitar a obra de restauração e pavimentação do acesso de Jaborandi, no entroncamento da BR-135. O investimento previsto é de R$ 1,5 milhão. Rui Costa também participou da entrega da obra de pavimentação e urbanização do bairro Novo Horizonte.

Agenda em Santana
Na manhã desta terça (29), o governador esteve na cidade de Santana, onde entregou o novo Mercado Municipal e a requalificação da estrutura física do Hospital do município. Também fez parte da primeira agenda do dia a entrega da pavimentação do acesso à BA-172. As ações contaram com um total de investimento de R$ 5 milhões.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Ipiaú: Reunião entre representantes de candidatos e Polícia Militar debateu aglomerações no período eleitoral


 O comandante da Polícia Militar de Ipiaú, Major Jocevã Oliveira, esteve reunido na manhã desta terça feira (29) com representantes jurídicos de quatro candidatos a prefeito do município de Ipiaú visando esclarecer pontos a respeito da manutenção das regras sanitárias para evitar a disseminação da covid-19.

” O juiz eleitoral entende que a responsabilidade para evitar aglomerações é por parte dos próprios candidatos. Eu sei que às vezes é difícil para o candidato evitar que muita gente acompanhe mas é importante que o próprio candidato perceba que, se o evento estiver acumulando mais gente do que o normal, que encerre o evento. O candidato tem que cumprir as regras sanitárias”, comentou o ofical PM, que também acrescentou que a corporação também deverá coibir abusos de poluição sonora durante a campanha, até mesmo com a possível montagem de barreiras durante as carreatas.

Em entrevista ao programa Jornal da Nova, o comandante fez questão de lembrar a importância de se manter o combate ao coronavírus nestes tempos de pandemia, evitando que os candidatos promovam eventos no mesmo dia: “O eleitor também tem que ter essa consciência, cobrando do seu candidato o cumprimento desse dever”, ressaltou. Por: Ipiaú Online

Auxílio Emergencial: só 56% dos aprovados fora do Bolsa Família devem receber todas as 4 parcelas de R$ 300

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 Foi publicada, em edição extra do Diário Oficial desta segunda-feira (28), a Portaria Nº 496, de 28 de setembro de 2020, que detalha como serão feitos os pagamentos da extensão do Auxílio Emergencial para os beneficiários que não fazem parte do Programa Bolsa Família, isto é, os brasileiros integrantes do Cadastro Único (CadÚnico) e aqueles que solicitaram o benefício do Auxílio Emergencial a partir do aplicativo de celular (Extracad).

A primeira parcela da extensão do auxílio será paga a partir desta quarta-feira (30.09). Serão 27 milhões de pessoas que receberão R$ 300 ou R$ 600 (no caso de mães monoparentais), o que totaliza um investimento do Governo Federal de mais de R$ 9 bilhões. Assim como ocorreu até o presente momento, o calendário seguirá o mês de nascimento dos beneficiários, ou seja, os créditos se iniciarão por aqueles nascidos em janeiro, depois fevereiro, março e assim sucessivamente, em poupança social digital já existente em seu nome.

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que a extensão do pagamento do Auxílio Emergencial reforça o compromisso do governo em não desamparar os brasileiros mais afetados pela pandemia. “O Brasil segue sendo um exemplo para o mundo. Nós já estamos em pleno processo de pagamento para as famílias do Bolsa e essa rede de proteção continua estendida a todos aqueles em situação de vulnerabilidade. Atendemos, indiretamente, mais da metade da população brasileira, o que reforça o compromisso do presidente Jair Bolsonaro em não deixar ninguém para trás”, pontuou o ministro.

Os primeiros beneficiados na nova fase são aqueles que foram contemplados com o benefício em abril, atenderam aos critérios previstos na MPV nº 1000, de 02 de setembro de 2020, e já terminaram de receber as cinco parcelas do Auxílio Emergencial, sem descontinuidade no recebimento do Auxílio. Os cidadãos que se tornaram elegíveis em maio, junho e julho terão os novos valores creditados em outubro, novembro e dezembro, respectivamente, após o fim do pagamento do auxílio (vide tabelas abaixo). De acordo com a MPV nº 1.000, a extensão será paga em até quatro parcelas, encerrando-se, obrigatoriamente, em dezembro de 2020.

Os montantes continuarão sendo depositados na poupança social digital da Caixa, bem como os saques seguirão um calendário diferente para que o distanciamento social nas agências bancárias continue sendo respeitado, contribuindo para minimizar a disseminação do novo coronavírus.

Bolsa Família

Os beneficiários do Programa Bolsa Família elegíveis ao Auxílio Emergencial começaram a receber os novos valores do benefício no dia 17 de setembro. Isso porque o auxílio pago a esse público segue o calendário do PBF, que respeita o número final do NIS. São 16,3 milhões de beneficiários do Bolsa Família que recebem a extensão do Auxílio Emergencial, um repasse de R$ 4,2 bilhões.

Somando-se, os públicos CadÚnico, Extracad e Bolsa Família, representam até o momento 43,3 milhões de brasileiros beneficiados com a parcela de setembro da extensão do Auxílio Emergencial, o que totaliza um investimento de R$ 13,3 bilhões.

Eleições 2020: TSE libera ferramenta para consulta de candidaturas

@Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

Consultas por município e cargo, acesso à informações detalhadas sobre a situação dos candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador, que pediram registro para concorrer às Eleições Municipais de 2020 já estão disponíveis na plataforma DivulgaCandContas, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ferramenta traz ainda todos os dados declarados à Justiça Eleitoral, inclusive informações relativas às prestações de contas dos concorrentes

Acesso

O sistema é aberto a todos os cidadãos, sem necessidade de cadastro prévio ou autenticação de usuário. Na consulta, basta selecionar a unidade da federação no mapa ou a sigla do estado que quiser informações.

Na página principal do sistema, o interessado encontrará o quantitativo total de candidaturas por cargo (prefeito, vice-prefeito e vereador). No mapa do Brasil, é possível filtrar a pesquisa clicando na unidade da Federação e depois no cargo desejado. Em seguida, aparecerá uma lista com todos os políticos que concorrem ao cargo no estado.

Selecionado o nome do candidato, é possível obter informações sobre o seu número, partido, composição da coligação que o apoia (se for o caso), nome que usará na urna, grau de instrução, ocupação, site do candidato, limite de gasto de campanha, proposta de governo, descrição e valores dos bens que possui, além de eventuais registros criminais. Também é possível acompanhar a situação do pedido de registro e eleições anteriores das quais o candidato tenha participado.
Prazo

A ferramenta é atualizada toda hora à medida em que chegam solicitações de registros à Justiça Eleitoral. No dia 26 de setembro, às 19h, termina o prazo para os partidos políticos e coligações apresentarem o requerimento de registro de candidatos e chapas à Justiça Eleitoral.

Caso os partidos políticos ou coligações não tenham requerido o registro de algum candidato escolhido em convenção, a data-limite para a formalização individual do registro perante o TSE ou algum Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é o dia 1º de outubro, também até as 19h.
Situação da candidatura

A situação do registro do candidato aparece ao lado da foto, além do tipo de eleição à qual ele está concorrendo e um guia sobre os termos, inclusive os jurídicos, utilizados para definir a situação dele perante a Justiça Eleitoral.

Quando o processo é registrado na Justiça Eleitoral, é informada a palavra “cadastrado” e, em seguida, “aguardando julgamento”. Isso significa que o candidato enviou o pedido de registro de candidatura, mas o pedido ainda não foi julgado, ou seja, o processo está tramitando e aguarda análise.

Após o processo ser apreciado, o registro pode ser considerado “apto” ou “inapto”. Caso o candidato não tenha nenhuma contestação e o pedido tenha sido acatado, a situação que aparecerá no sistema será “apto” e “deferido”. Candidatos que aparecem como aptos, mas houve impugnações e a decisão é no sentido de negar o registro. Nesse caso, a situação será “apto” e o complemento será “indeferido com recurso”.

Há ainda candidatos que apresentaram o registro e as condições de elegibilidade avaliadas foram deferidas pelo juiz e, no entanto, o Ministério Público Eleitoral (MPE) ou o partido recorreu da decisão. Nessa hipótese, a condição será “apto” e “deferido com recurso”.

Na situação de registro julgado como apto, ainda há possibilidades de situações como “cassado com recurso” ou “cancelado com recurso”. Isso ocorre quando o candidato teve o registro cassado ou cancelado pelo partido ou por decisão judicial, porém apresentou recurso e aguarda uma nova decisão.

Por fim, também consta do sistema a condição de “inapto”, com os complementos: “cancelado”, quando o candidato teve o registro cancelado pelo partido; “cassado”; “falecido”; “indeferido”, quando o candidato não reuniu as condições necessárias ao registro; “não conhecimento do pedido”, candidato cujo o pedido de registro não foi apreciado pelo juiz eleitoral; e “renúncia”.
Contas

O sistema também disponibiliza as informações relativas às prestações de contas dos candidatos das eleições. O usuário pode fazer a pesquisa das receitas dos concorrentes por doadores e fornecedores, além de acessar a relação dos maiores doadores e fornecedores de bens e/ou serviços a candidatos e partidos políticos.

 Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Centralizador, Bolsonaro acumula desgaste para frear ministros e Mourão

© Getty
Conhecido pelo estilo centralizador e personalista, Bolsonaro acumula desgastes políticos causados pela tentativa de evitar que auxiliares presidenciais tenham mais visibilidade que ele

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - No início deste mês, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) orientou uma youtuber de dez anos a fazer uma pergunta ao vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) durante uma reunião ministerial.

"Você quer ser presidente?", questionou a garota. "Em hipótese alguma", respondeu o general da reserva, sob risos da equipe ministerial.

Assessores palacianos não viram o episódio apenas como uma brincadeira, mas como um recado.

Segundo eles, nas últimas semanas, Bolsonaro vinha demonstrando incômodo com o fato de Mourão ter retomado o hábito de conceder entrevistas diárias sobre questões variadas do governo.O que mais desagradou o presidente foi declaração do general sobre o leilão do 5G.

Em entrevista à agência de notícias oficial do governo chinês, no começo de setembro, o vice-presidente disse que o Brasil não distingue as empresas que participam do processo pelo seu país de origem. A multinacional chinesa Huawei é uma das principais interessadas no certame.

No dia seguinte à divulgação da entrevista, Bolsonaro fez questão de deixar claro, em live nas redes sociais, que quem decidirá sobre o processo de escolha é ele."Vou deixar bem claro. Quem vai decidir 5G sou eu. Não é terceiro. Ninguém dando palpite por aí, não. Eu vou decidir o 5G."

O desconforto com o general não é o primeiro episódio em que o presidente trava uma disputa pública pelo protagonismo de sua própria gestão.

Conhecido pelo estilo centralizador e personalista, Bolsonaro acumula desgastes políticos causados pela tentativa de evitar que auxiliares presidenciais tenham mais visibilidade que ele.Sempre que tem a oportunidade, o presidente costuma repetir à equipe ministerial que ele é quem tem a palavra final em todas as decisões do governo.

Ele já pediu mais de uma vez, segundo relatos de assessores, que ministros e secretários evitem encontros ou entrevistas à imprensa, já que cabe a ele próprio ser o porta-voz de sua própria gestão.

Para evitar uma indisposição, após testemunharem quedas de colegas justamente por terem disputado espaço com o presidente, muitos assessores do governo adotaram como hábito consultar previamente o Palácio do Planalto antes de confirmarem entrevistas, sejam elas exclusivas ou coletivas.

A ordem é também para que os anúncios de medidas positivas sejam centralizados em Bolsonaro. Com o receio de retaliações, tornou-se comum que auxiliares do governo apontem para o retrato do presidente, presente nos gabinetes oficiais, para justificar restrições na divulgação de medidas.O código de conduta para garantir o protagonismo de Bolsonaro é chamado de "lei do silêncio".

"[Em] algumas pessoas do meu governo, algo subiu à cabeça deles. Estão se achando demais. Eram pessoas normais, mas, de repente, viraram estrelas, falam pelos cotovelos, tem provocações", reclamou o presidente em abril, em conversa com um grupo de religiosos transmitida pela internet.

A ordem de silêncio foi repetida na semana retrasada, em reunião do presidente com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em encontro no Planalto, Bolsonaro pediu a Guedes para orientar os secretários da pasta a não darem entrevistas sobre iniciativas em estudo.

A solicitação foi feita após o presidente ter decidido extinguir o Renda Brasil, programa social que substituiria o Bolsa Família, o que elevou o desgaste entre Bolsonaro e Guedes.

O presidente se irritou com entrevistas de secretários da equipe econômica sobre a iniciativa. Em conversas reservadas, ele disse que os assessores do governo queriam aparecer às custas da medida.

No episódio, o presidente ameaçou a equipe econômica com "cartão vermelho" e determinou restrição no contato com a imprensa, inclusive de Guedes, o que ficou evidente na ultima quarta-feira (23).

O titular da Economia foi orientado pela equipe de articulação política a não responder perguntas de jornalistas em pronunciamento para lançar a ofensiva pela criação da nova CPMF.

Um assessor palaciano explica que, diante do grande volume de informações que chega ao presidente diariamente, é recorrente que ele avalize uma medida, mas não se recorde de sua conivência e se surpreenda ao ver o assunto estampado no noticiário.

De acordo com auxiliares, há ainda assuntos que chegam de maneira enviesada e genérica ao chefe do Executivo, o que o leva a se irritar quando descobre pela imprensa aspectos de determinado projeto que não foram apresentados a ele na totalidade.

Bolsonaro demonstra incômodo até mesmo com auxiliares que não têm status de ministro, caso do general Otávio Rêgo Barros, que atuava como porta-voz do governo desde o início do mandato do presidente. Com aparições diárias na mídia, foi exonerado, e a função foi extinta.

Inicialmente, Bolsonaro esvaziou o papel do general e mudou o formato do briefing diário. O militar deixou de responder a perguntas de repórteres e passou a apenas ler um informe oficial.Mesmo com a alteração da função, que rendeu a Rêgo Barros o apelido de "porta-notas", Bolsonaro interrompeu as leituras semanais.

Outro militar que causou incômodo ao presidente pelo destaque que ganhou nos meios de comunicação foi o ex-ministro da Secretaria de Governo Carlos dos Santos Cruz. O também general foi demitido após ter, na visão de Bolsonaro, contrariado a ordem presidencial de evitar contatos com a imprensa.

Em junho do ano passado, quando Bolsonaro protagonizava recorrentes ataques a veículos de comunicação, Santos Cruz adotava uma postura cordial com jornalistas, o que lhe rendia comentários positivos. Segundo assessores, os elogios ao general enciumaram o presidente.Bolsonaro também afastou do governo outro auxiliar que fez contraponto público a ele.

Em abril, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, deixou a pasta após ter resistido a criticar o isolamento social e a defender a prescrição da hidroxicloroquina no estágio inicial de contaminação pelo novo coronavírus. A substância não tem eficácia ou segurança comprovadas.

A postura do ministro, em sintonia com as orientações das autoridades de saúde, aumentou a popularidade de Mandetta, como mostraram pesquisas de opinião, e lhe renderam elogios públicos de governadores e prefeitos, o que deixou Bolsonaro incomodado.

Segundo assessores presidenciais, além de ter dificuldades em aceitar que ministros tenham mais destaque que ele, Bolsonaro não costumar aceitar declarações de auxiliares que contrariam suas posições públicas.

"Quem manda sou eu, vou deixar bem claro. Eu dou liberdade para os ministros todos, mas quem manda sou eu", disse o presidente, no ano passado. "Eu tenho poder de veto. Ou vou ser um presidente banana agora?", indagou à época.

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