Houve estratégias machistas de desqualificação do meu trabalho, diz Nísia

Mesmo a longa trajetória na área da saúde não impediu a ex-ministra Nísia Trindade de ser o primeiro alvo da reforma ministerial ensaiada pelo governo Lula (PT). Sob pressão do centrão e vivendo um processo de fritura política, a ex-presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) enfrentou uma sequência de crises, que incluiu, por exemplo, o recorde histórico de casos e mortes por dengue no país em 2024.

À Folha, a ex-ministra diz que sua saída da pasta foi marcada por estratégias machistas de desqualificação do seu trabalho, mas evita apontar dedos.

“Eu acho que foram tantos os atores que, como eu disse… Já falei o que devia sobre isso. Basta ver imagens, ângulos que são pegos, ideias de fragilidade, expressões nesse sentido. Mas eu me sinto uma pessoa, sobretudo, consciente no meu papel, preparada para a função que eu exerci”, declara.

“Eu diria que isso é um processo difuso na sociedade, que muitas vezes acontece sem os atores perceberem. E houve, claro, estratégias de desqualificação.”

De volta ao ambiente acadêmico, em visita ao Instituto de Estudos Avançados da USP (Universidade de São Paulo), onde assumiu a titularidade da Cátedra Olavo Setubal ao lado dos acadêmicos Alemberg Quindins e Fernando José de Almeida, Nísia conta o que tem feito desde que deixou a posição, e reluta em falar sobre o período na gestão.

“Nossa entrevista vai ser sobre a minha gestão, é um balanço de gestão?”, questiona, ao ser perguntada sobre o desabastecimento de vacinas que atingiu seis em cada dez municípios brasileiros, segundo estudo da CNM (Confederação Nacional dos Municípios).

“Esse estudo mencionado foi amplamente discutido e os dados mostram que onde houve problemas imediatamente se buscaram alternativas, outras vacinas existentes, estratégias de vacinação. Então, o Brasil avançou na vacinação durante esses dois anos”, avalia.

A ex-ministra analisa que seu período à frente da pasta foi curto, mas diz se sentir consciente sobre a importância do seu papel, e deseja sucesso ao governo Lula.

Como tem sido o período desde que a senhora deixou o ministério até a titularidade na Cátedra? Um período de retomada de alguns projetos. Eu tenho uma grande pesquisa sobre vulnerabilidade na área de saúde e organização de movimentos sociais. Também dei continuidade à participação em conselhos importantes na área de saúde, como o Conselho sobre Desigualdades, Aids e Pandemias, vinculado à Unaids, organismo da OMS [Organização Mundial da Saúde] que atua em relação ao HIV e a garantir o acesso com mais equidade entre os países.

Então, dei continuidade a ações podendo dedicar mais tempo, porque é claro que não é possível nem comparar à agenda de ministra da Saúde, muito intensa. Eu já vinha da gestão com muita responsabilidade também na Fiocruz, mas é claro que o nível de responsabilidade de recuperação do sistema de saúde coloca um desafio muito diferente. Assim, eu continuo a atuar no campo da saúde nessa perspectiva.

Sobre o período no ministério, como estava a situação da pasta quando a sra. assumiu, após o mandato do então presidente Jair Bolsonaro? A situação era de total descontinuidade de programas, total abandono mesmo do ponto de vista de ter um corpo técnico em condições de trabalhar. O resultado disso é o Ministério da Saúde, que tem como missão coordenar o SUS, sem nenhuma capacidade de realizar essa coordenação e com uma perda orçamentária muito grande.

Então, uma situação de desmonte de políticas, e isso é muito importante porque o lema do governo é “união e reconstrução”. Mas quando você passa pelo que o Brasil passou a partir de 2015, a partir do impeachment da presidenta Dilma, o que acontece? Muitos programas precisam de tempo para atingir a escala em todo o Brasil. Não se trata só de retomar o programa, mas de acelerar, porque nós ficamos defasados em relação à meta de garantir e qualidade de acesso.

Fui muito obstinada, junto com a liderança do presidente, em fazer que os programas realmente atinjam todo o Brasil. Acho que isso tem um valor muito grande em um país tão desigual como o nosso.

No ano passado, um estudo apontou que 6 em cada 10 municípios brasileiros relataram falta de vacina, creditadas às questões de fabricação e logística pelo ministério na época. O que de fato aconteceu? Nossa entrevista vai ser sobre a minha gestão, é um balanço de gestão?

Um pouco sobre tudo. Porque eu já respondi essas questões tantas vezes. Bom, sobre a questão das vacinas, toda a nossa estratégia, como eu disse, foi de recuperar. Desabastecimento mundial foi um dos problemas que enfrentamos em algumas vacinas, como foi o caso da tríplice viral, mas o que nós alcançamos foi a vacinação recuperada de 15 das 16 vacinas infantis. Então esse é o dado mais importante.

Todos os problemas que ocorreram de falta momentânea de algumas vacinas, buscamos alternativas e o resultado da vacinação foi absolutamente positivo, conforme números que nós amplamente divulgamos. E nós temos isso, o aumento da vacinação, a cobertura alcançada para sarampo, proteção para pólio com alcance da meta, nas doses de poliomielite [paralisia infantil]. Então, acho que os dados de vacinação são absolutamente positivos.

Esse estudo mencionado foi amplamente discutido e os dados mostram que onde houve problemas, imediatamente se buscaram alternativas, outras vacinas existentes, estratégias de vacinação. Então, o Brasil avançou na vacinação durante esses dois anos.

Sobre a escalada da epidemia de dengue, a sra. teria feito algo diferente hoje, avaliando em retrospecto? Sempre é possível melhorar, sempre é possível ver algo que poderia ser feito diferente. Do ponto de vista de ação de saúde pública, foi feito tudo que poderia ser feito.

A primeira questão é saber que dengue é um problema de 40 anos. O que acontece hoje é uma escalada da dengue. Então, é um novo momento. O que aconteceu no ano de 2024 corresponde a um dos efeitos do aquecimento global. Isso é discutido hoje no plano mundial. Hoje, em várias regiões do mundo, temos a proliferação do Aedes aegypti onde não tínhamos.

O outro ponto é que, para uma doença como essa, os determinantes ambientais sociais são fortíssimos, então requerem ações que não são só da saúde, eu tenho essa consciência. Tudo que precisava ser feito no Ministério da Saúde e pactuando com estados e municípios foi feito.

Uma vacina foi aprovada pela Anvisa, a primeira incorporada pelo SUS. Nós repassamos recursos para estados e municípios para apoio a essa ação. E todo o nosso trabalho junto aos agentes de endemias também nesse sentido de reforçar esse controle. Enfim, todas as ações foram feitas para vigilância. Finalmente, eu concluí meu período como ministra anunciando a parceria com o Instituto Butantan.

Então, lamento muito as perdas, as mortes por dengue, isso é um outro fato que nós trabalhamos muito.

Houve algum programa que a sra. queria ter tido mais tempo para desenvolver? Todos requerem tempo, dois anos é um tempo curto. Mas eu fico contente de ter dado a minha contribuição, de ter servido o Brasil e feito não só o necessário, mas o compromisso que na campanha do presidente foi colocado junto à população. Só de termos retomado a vacinação, ampliado o acesso à saúde, olhado o Brasil nas suas diferenças, isso para mim é muito importante. Às vezes não é só o orçamento, às vezes também é uma perspectiva, é um olhar de cuidado para as pessoas.

Das ações realizadas, uma que requer mais tempo é a do Complexo Econômico Industrial da Saúde. Essa capacidade é fundamental para a sustentação das políticas de saúde para o nosso país. É uma área que eu gosto de reforçar, porque levei o tema para o G20 com muito sucesso. Nós ajudamos o Brasil. E eu, como ministra da Saúde, reforcei essa estratégia.

Da mesma maneira, fortalecer o que nós chamamos de integralidade na saúde. E um outro programa que em dois anos levantei os alicerces é o SUS digital, que claro que ainda não dá para ver todos os resultados.

Na sua despedida, a sra. falou que sofreu uma campanha misógina e de desvalorização do seu trabalho. Quais foram os atores dessa campanha. Olha, eu já falei tudo o que tinha que falar sobre esse assunto. A misoginia para mulheres que ocupam cargos é evidente. Basta olhar as imagens. Lilia Schwarcz, que é professora aqui desta casa, fez um artigo maravilhoso sobre isso. Basta ver fotos, os enquadramentos, as falas. Então, os atores são diversos. Eu já falei sobre isso, tudo que eu tinha que falar.

Creio que a misoginia significa ódio às mulheres. É um termo forte. O machismo é presente na sociedade. Mas, na nossa sociedade, a gente vê claramente mulheres em posições de destaque que sofrem com isso. Eu não sou a única. Nós vimos isso com várias ministras, com várias mulheres que se destacam.

Mas a misoginia partiu de qual lado? Do governo, do centrão? Quais são os atores? Eu diria que isso é um processo difuso na sociedade, que muitas vezes acontece sem os atores perceberem. E houve, claro, estratégias de desqualificação. Eu acho que foram tantos os atores que, como eu disse… Já falei o que devia sobre isso. Basta ver imagens, ângulos que são pegos, ideias de fragilidade, expressões nesse sentido. Mas eu me sinto uma pessoa, sobretudo, consciente no meu papel, preparada para a função que eu exerci. O grande avaliador disso foi o próprio presidente, mas eu creio que os cargos públicos passam por vários critérios, e foi o que aconteceu nesse processo.

Eu continuo o meu trabalho pela saúde global. Durante o G20, uma das pessoas disse algo que eu achei interessante: que eu tenho uma trajetória na saúde reconhecida de anos, e que a minha passagem pelo ministério foi muito importante no nível global, sobretudo pelo trabalho junto aos Brics e ao G20, e essa é a minha mensagem. Mas sempre dizendo que sim, nós devemos desejar que as mulheres sejam respeitadas nas suas funções.

O atual ministro, Alexandre Padilha, chegou ao ministério dizendo que tem a obsessão de reduzir o tempo de espera nas filas de atendimento e tomou medidas que podem ser consideradas mais populares, como o anúncio de um novo modelo de gestão para reduzir esse tempo de espera. A sra. avalia que poderia ter tido mais um jogo de cintura político nesse sentido? Acho que são estilos diferentes. Padilha foi ministro durante a gestão da presidenta Dilma Rousseff, fez uma boa gestão. Acho que tem todas as condições de fazer uma boa gestão. Muitos anúncios que ele fez, como ele mesmo tem dito, são continuidade de ações que precisaram ser preparadas em dois anos.

As coisas não acontecem do dia para a noite na saúde. E são diferenças de estilo, como o presidente Lula colocou. Eu não acho nada ainda sobre a gestão, ainda é prematuro. Mas eu vejo e aposto na continuidade de algumas ações. Com relação à redução de filas, trabalhei intensamente para isso, as bases do programa, e certamente haverá inovações que foram lançadas durante a minha gestão. Isso é dito por ele, é dito pelo próprio presidente Lula. Então, eu não me comparo nesse sentido.

Cada ministro tem um estilo e que ele faça uma excelente gestão, é o que todos nós queremos, porque o Brasil precisa disso, e eu sou uma pessoa que apoiou o governo do presidente Lula desde o início e quero sucesso pleno desse governo.

A senhora esteve em Genebra para participar da Assembleia Mundial de Saúde, onde os membros da OMS fecharam um acordo que prevê resposta a pandemias. A senhora acha que esse acordo é suficiente para prever uma resposta rápida e, mais do que isso, evitar a segregação que houve na época da Covid com relação às vacinas? Essa pergunta é excelente, porque em setembro de 2021, 10% dos países aplicaram 76% das doses de vacina disponíveis. É o retrato da desigualdade. Ainda que a OMS e a Assembleia Mundial da Saúde tenha definido que vacinas, em tempos de pandemia, são bens de saúde global.

O acordo de pandemias é um grande marco, foi muito celebrado durante o encontro. Agora, é suficiente? Todo acordo é o acordo possível. No contexto em que nós estamos, que a OMS sofreu tantos ataques, que há descontinuidade de financiamento de programas, no caso dos Estados Unidos, ter um acordo desse tipo já, por si, é para ser celebrado.

Agora, há uma questão de tempo, que você colocou muito bem, tem que ter equidade no tempo certo. Não é só todo mundo tomar vacina, é não levar muito tempo para essa proteção. Então, aí vai ser o trabalho daqui para frente, de buscar, no processo de implementação, reduzir ao máximo esses tempos, e, isso é feito pelos governos.

Tem que ser um debate na sociedade. A pandemia não pode ser vista como coisa do passado. Nós temos que ter esse aprendizado e temos que cuidar e prevenir, que é sempre, como se diz, o melhor remédio para a saúde.

RAIO-X
Nísia Trindade, 67

Rio de Janeiro, 1958 – Foi a primeira mulher a assumir o cargo de ministra da Saúde, em 2023, e a assumir a presidência da Fiocruz (2017-2022). Graduada em ciências sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, tem mestrado em ciência política e doutorado em sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro. Já foi diretora da Casa de Oswaldo Cruz (1998-2005), unidade da Fiocruz voltada para pesquisa e memória em ciências sociais, história e saúde.

Luana Lisboa, Folhapress
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FICCO/GOIÁS deflagra operação contra tráfico de drogas

Goiânia/GO. Nesta sexta-feira, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Goiás (FICCO/GO) deflagrou a Operação Carga Marcada, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado no transporte e distribuição de cargas ilícitas, em Goiás.

A operação é decorrente de uma apreensão de cocaína, realizada pela Polícia Militar do Estado de Goiás com apoio da FICCO/GO, no dia 21 de fevereiro, nas proximidades de Indiara/GO. Na ocasião, a droga foi localizada em um caminhão que havia saído de Mato Grosso (MT) e seria entregue em Aparecida de Goiânia (GO). O motorista foi preso em flagrante e confessou que receberia R$ 10 mil pelo transporte da carga ilícita.

A partir dessa apreensão, foram as iniciadas diligências investigativas que culminaram na identificação do principal articulador logístico do grupo criminoso. Foram apreendidas uma pistola, uma carabina e 94 munições na residência do investigado em Aparecida de Goiânia/GO. Na ocasião, outra pessoa foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

A FICCO/Goiás é uma junção de esforços entre Polícia Federal, Polícia Penal, Secretaria Nacional de Políticas Penais, Polícia Militar e Polícia Civil. A integração possui como objetivo reprimir as ações de grupos criminosos no estado de Goiás.

Comunicação Social da Polícia Federal em Goiás
(62) 99216-6260
cs.srgo@pf.gov.br

Carta do governo Trump a Moraes diz que ordens de ministro não têm efeito nos EUA


O governo Donald Trump, por meio do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, afirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal de Justiça), que quatro ordens proferidas pelo magistrado contra a rede Rumble não têm efeito em solo americano.

Para que elas pudessem valer, disse o órgão, o magistrado precisaria ter ingressado com uma ação em um tribunal dos EUA ou ter recorrido a canais legais.

A informação consta de documento encaminhado a Moraes, com cópia ao Ministério da Justiça do governo Lula (PT), ao qual a reportagem teve acesso. A notícia sobre a carta foi revelada pelo jornal The New York Times.

“Não tomamos posição sobre a aplicabilidade das várias ordens e outros documentos judiciais que direcionam a Rumble a agir dentro do território do Brasil, o que é uma questão de lei brasileira”, diz a carta.

“No entanto, na medida em que esses documentos direcionam a Rumble a realizar ações específicas nos Estados Unidos, respeitosamente informamos que tais diretrizes não são ordens judiciais executáveis nos Estados Unidos”, afirma o texto, assinado por Ada Bosque, diretora no escritório para Assistência Judicial Internacional da Divisão Civil do departamento.

O Ministério da Justiça confirmou ter recebido a carta na terça-feira (27) e a encaminhado nesta sexta (30) ao setor responsável pela análise.

O órgão do governo dos EUA afirma que a carta foi motivada por informações prestadas pelo Rumble, plataforma popular entre influenciadores da direita. A empresa relatou ao departamento ter sido alvo de quatro ações judiciais em fevereiro, nas quais Moraes determinou o bloqueio de contas de um indivíduo (que seria o bolsonarista Allan dos Santos) e que suspendesse o repasse de verbas a ele. “Essas supostas diretrizes são emitidas sob ameaça de penalidades monetárias e outras sanções”, diz o documento.

“De acordo com o Direito Internacional consuetudinário, um ‘Estado não pode exercer jurisdição para executar no território de outro Estado sem o consentimento deste outro Estado’”, diz.

Em seguida, a carta informa que, para executar a sentença, “a pessoa que busca a execução geralmente precisaria iniciar processo judicial nos EUA”.

“O tribunal dos EUA aplicaria a lei aplicável e determinaria se deve ou não conceder a medida solicitada contra uma parte sobre a qual tenha jurisdição. A legislação dos EUA prevê várias bases para a não homologação, que podem incluir a ausência de devido processo legal ou incompatibilidade com as leis norte-americanas que protegem a liberdade de expressão. As ordens judiciais brasileiras não são executáveis nos Estados Unidos sem o reconhecimento e o trâmite de execução bem-sucedidos naquele país”, continua.

O departamento ainda afirma que para que o ministro determine ações do Rumble no território brasileiro, o magistrado precisa enviar suas ordens para canais específicos previstos no direito internacional.

Cita os canais de Autoridade Central em acordos multilaterais, como o Tratado de Assistência Jurídica Mútua em Matéria Penal (MLAT) e as convenções de Haia, para a solicitação e execução de documentos ou provas

Por fim, o departamento conclui a carta se colocando à disposição para prestar mais informações.

Além das decisões contra o Rumble, no ano passado Moraes chegou a suspender o X (ex-Twitter), de Elon Musk, que integrou a gestão Trump e anunciou sua saída na quarta-feira (28).

A revelação sobre a carta surge em meio à decisão do governo Trump de suspender vistos a quem a gestão considerar que censurou empresas e cidadãos americanos. Bolsonaristas e até alvos de determinações do ministro dizem acreditar que ele seria afetado pela iniciativa, anunciada na quarta-feira.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) licenciou-se do cargo em março, passou a morar nos EUA e fez giros em Washington, advogando pela punição a Moraes.

Na noite de quinta-feira (29), o perfil do Escritório de Relações com o Hemisfério Ocidental, ligado à Secretaria de Estado, fez uma publicação em português brasileiro dizendo “que fique claro: nenhum inimigo da liberdade de expressão dos americanos será perdoado”.

Embora a suspensão de vistos anunciada pelo governo dos EUA seja uma das ações que podem atingir Moraes, a expectativa de Eduardo é que ainda saia uma medida específica direcionada ao ministro do STF.

Seria a assinatura de um decreto por Trump para aplicar punições da chamada Lei Magnitsky, que prevê sanção a pessoas acusadas de violação de direitos humanos e corrupção.


Julia Chaib/Folhapress

Homem coloca fogo no próprio corpo em estação de metrô em SP

Um idoso de 74 anos colocou fogo no próprio corpo na estação São Bento, da linha 1-azul do Metrô de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (30).

A cena assustou quem chegava ao local e também quem estava dentro dos vagões. O homem estaria em situação de rua.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e prestou os primeiros socorros no local. A vítima estava viva até o momento em que foi colocada na maca para ser encaminhada ao Hospital São Paulo, que não informou seu estado e saúde.

“Os agentes de segurança do Metrô socorreram na manhã desta sexta-feira (30) um homem que ateou fogo em seu próprio corpo na estação São Bento. O atendimento foi feito imediatamente com o uso de extintores de incêndio e o homem foi encaminhado para o pronto-socorro. Nenhuma outra pessoa se feriu”, afirmou a empresa.

Segundo relatos de testemunhas, a ação foi rápida. O homem despejou um líquido inflamável sobre si e imediatamente se incendiou— um funcionário do metrô disse que o idoso também teria bebido esse líquido.

Um vídeo gravado por celular, a que a reportagem teve acesso, mostra o homem em pé e em chamas na plataforma de embarque. Próximo há fogo em algum objeto no chão, possivelmente algum pertence dele.

Um segurança vai até ele e aciona um extintor de incêndio. O fogo só é completamente apagado cerca de 20 segundos depois.

O homem permanece o tempo todo em pé, mesmo depois de as chamas serem extintas.

Francisco Lima Neto/Pâmela Zacarias/Fábio Pescarini/Folhapress

Associação Rádio Livre e o Ponto de Cultura Adilson Duarte promove melhorias no espaço da Associação

Contemplado pelo edital Joelson Hohlenwerger 2024 para manutenção e estruturação de espaço e ambientes culturais da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) do Ministério da Cultura e Secretaria de Cultura do município de Ipiaú, a Associação Cultural Comunitária Radio Livre  vem promovendo melhorias no espaço cultural do Radio Livre e do Ponto de Cultura, visando proporcionar a comunidade um melhor atendimento, segurança e acessibilidade no uso do espaço cultural destinado aos trabalhos de oficina de comunicação, cultural digital e ações solidarias e humanitárias em parceria com outras entidades do município.

Os recursos da Lei Aldir Blanc foram aplicados na reforma do telhado da sede associação com a colocação de manta para garantir uma cobertura segura, evitando problemas em épocas de chuvas intensas.

Troca de telhas e madeira
A colocação de manta   e a realização de limpeza para evitar a presença cupins irá garantir mais segurança para realização das oficinas  do Ponto de Cultura Adilson Duarte e a segurança dos equipamentos.

Colocação  de manta
Os trabalhos de melhoria do espaço e estruturação   contemplou a instalação de uma rampa de acesso para cadeirantes e pessoas com problemas de mobilidade, instalação de uma nova porta de acesso ao estúdio principal da associação, mais ampla permitido o acesso facilitado para todos.
   
  Rampa de Acesso  Nova porta de acesso ao estúdio
Além das ações reforma nas estruturas físicas da associação o uso dos recursos do PNAB contemplou também, a reforma nos computadores do estúdio da associação possibilitando melhorias no funcionamento dos equipamentos da emissora e melhoria na qualidade de som e gravação dos arquivos de áudio da emissora.
   
Instalação de peças   e reparo dos computadores
O Associação promoveu ainda ações no estúdio para melhoria da acústica com limpeza das espumas e no piso do espaço.
    
Colocação de piso de cerâmica  Colocação de carpete

Aneel aciona bandeira vermelha para junho, e conta de luz fica mais cara

A medida foi adotada diante da queda no volume de chuvas e da diminuição da geração de energia por hidrelétricas.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (30) o acionamento da Bandeira Vermelha, no patamar 1, para o mês de junho de 2025, indicando aumento no custo da energia para os consumidores. Isso significa que as contas de energia elétrica terão cobrança adicional de R$ 4,46 (quatro reais e quarenta e seis centavos) a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos.

A medida foi adotada diante da queda no volume de chuvas e da diminuição da geração de energia por hidrelétricas, conforme projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Para compensar a baixa nas afluências, será necessário acionar usinas termoelétricas, que têm custo de produção mais elevado.

Segundo a Aneel, o cenário justifica a mudança na bandeira — que estava amarela em maio — e serve também como alerta para o uso consciente da energia elétrica.

A bandeira tarifária sinaliza ao consumidor os custos reais da geração de energia no país. Quando a geração fica mais cara, a cobrança extra é aplicada automaticamente nas contas.

Como funciona o sistema de cores

O sistema de cores da Aneel sinaliza as condições de geração de energia. Se chove pouco e as hidrelétricas geram menos, é preciso acionar usinas termelétricas, que são mais caras.

Para pagar por essas usinas, a Aneel aciona as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, com taxas extras na conta de luz.

Saiba quanto custa cada bandeira

Cada bandeira tarifária acionada pela Aneel pode gerar um custo extra ao consumidor:

🟩bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra;

•🟨bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100kWh);

•🟥bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);

•🟥bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).
Por Mariana Assis, g1 — Brasília

PM apreende armas de fogo em Santa Rita de Cássia

Os suspeitos e todo material apreendido foram encaminhados à DT do município para tomada das medidas cabíveis.
Policiais Militares da 86ª CIPM apreenderam armas de fogo e detiveram dois homens suspeitos de porte ilegal de arma de fogo, na manhã de quinta-feira (29), na cidade de Santa Rita de Cássia.

Os militares realizavam uma ação conjunta com a Polícia Civil, quando foram acionados através de denúncia que, indivíduos estariam praticando caça predatória e realizando disparos de arma de fogo em via pública nas imediações da rodovia BA- 451.

Durantes as buscas, os policiais visualizaram um veículo compatível com o carro denunciado. Após a abordagem, foram encontrados com dois homens, três rifles calibre .22, três espingardas calibre .36, uma espingarda tipo bate-bucha, uma roupa camuflada, um rádio transmissor, duas facas e diversas munições calibres.20, .22 e .36.

Os suspeitos e todo material apreendido foram encaminhados à delegacia territorial de Santa Rita para tomada das medidas cabíveis.

Texto: DCS PM

Operação Convergência cumpre três mandados de prisão em Eunápolis

Uma liderança do tráfico na região também foi alcançada durante a ação integrada.
Suspeitos com envolvimento em crimes de homicídio e tráfico de drogas na região de Eunápolis foram presos durante a Operação Convergência, deflagrada de forma conjunta na manhã desta sexta-feira (30), naquele município. Durante as ações, três pessoas tiveram os mandados de prisão preventiva cumpridos, além de dois custodiados no Conjunto Penal da cidade. Também foram conduzidas duas pessoas para averiguação.

A operação, integrada pela Polícia Civil da Bahia, por meio da 23ª Coorpin/Eunápolis, pela Polícia Militar da Bahia e pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (GAECO) do Ministério Público Estadual, visa desarticular um grupo criminoso responsável por diversos homicídios, tráfico de entorpecentes e atentados contra agentes públicos na região.

Entre os alvos da operação, o investigado José Gonçalves Filho, o “Zé do Bode”, apontado como um dos principais traficantes da região, com atuação no distrito de Colônia, em Eunápolis, e na cidade de Salto da Divisa (MG), morreu após confrontar os policiais.

A operação resultou ainda na apreensão de três armas de fogo, um tablete de maconha prensada, porções da mesma droga in natura, além de aparelhos celulares, máquinas de cartão de crédito, cartões bancários, um DVR, notebook, pendrive, Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos e um rádio comunicador.

Texto: Ascom PC

Cezar Leite diz que Hilton Coelho deve ser cassado por quebra de decoro

Uma semana após a confusão na Câmara de Vereadores durante a votação do reajuste dos professores e servidores municipais, vereadores que integram a base do prefeito Bruno Reis (União Brasil) voltaram a acusar o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) de “liderar” a invasão à casa legislativa soteropolitana.

Em entrevista exclusiva ao Política Livre, o vereador Cezar Leite (PL) reiterou a participação do psolista e defendeu a cassação do mandato do deputado estadual.

“A solução, ao meu ver, seria a cassação de Hilton Coelho por quebra de decoro parlamentar, por ter impedido o exercício parlamentar de outra casa legislativa — no caso, a Câmara Municipal de Salvador. Um deputado que não exerce o seu papel, que seria mediar, fazer uma intermediação entre os professores ou o sindicato e a Câmara de Vereadores. Se ele quisesse fazer isso, teria chegado mais cedo, conversado com todos, mas não. Ele participou da invasão, empurrando o coronel, derrubando pessoas, dizendo que ia ocupar”, afirma.

Em entrevista à imprensa na última terça-feira (27), Coelho se defendeu das acusações e garantiu que não participou de nenhum ato de agressão, vandalismo ou violência. No entanto, Leite rebate as afirmações do deputado e afirma que tem provas.

“Tem vários vídeos, tem matérias bem documentadas em relação a isso. É um deputado que não apresenta projetos, não traz nada de concreto para a sociedade — apenas cria ódio, raiva entre as pessoas e diz que defende uma classe, que defende os servidores. Mas, no momento em que se precisa negociar, ele não quer. Ele só quer atacar e se posicionar como se fosse o herói de todos”, acrescenta.

Política Livre

R$ 1 milhão entrou na conta de juiz ‘sem aparente motivação’, diz PF


Movimentações financeiras por meio de familiares, transações não declaradas com imóveis e um aumento repentino de gastos no cartão de crédito reforçaram as suspeitas em torno do juiz Ivan Lúcio Amarante, da comarca de Vila Rica, em Mato Grosso, alvo da nova fase da Operação Sisamnes, deflagrada nesta quinta-feira, 29, pela Polícia Federal. A quebra do sigilo de Amarante revelou que R$ 1 milhão caiu na conta do juiz em 2023 ‘sem aparente motivação’, segundo a investigação.

O inquérito se debruça sobre suspeitas de venda de decisões no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e em gabinetes de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com o juiz via assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, mas sem sucesso. Ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ele negou ligação com esquema de corrupção e afirmou que não existem provas de que tenha recebido propinas.

O juiz está afastado das funções desde outubro de 2024, por ordem do CNJ. Na terça, 27, o colegiado – seguindo voto do corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell -, abriu um processo administrativo disciplinar sobre a conduta de Amarante. O procedimento poderá levar ao afastamento definitivo do juiz, via aposentadoria compulsória – medida prevista na Lei Orgânica da Magistratura, que garante ao acusado vencimentos proporcionais ao tempo de carreira.

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, também decretou o afastamento do juiz de Vila Rica no âmbito da Operação Sisamnes, fase 8. A decisão de Zanin segue a mesma linha da investigação promovida pelo corregedor Campbell.

Sisamnes, segundo a mitologia persa, quer dizer juiz corrupto que pega propina.

Ao manter o afastamento do juiz, o Conselho Nacional de Justiça indicou suspeitas sobre transações financeiras e com imóveis.

Segundo a Corregedoria do CNJ, “parte substancial da vantagem indevida” supostamente recebida pelo magistrado foi usada na compra de terrenos em Vila Rica e de pelo menos um apartamento em Cuiabá.

Os imóveis “simplesmente deixaram de ser declarados” no Imposto de Renda, segundo a Operação Sisamnes.

Os investigadores apontam que a ocultação era uma “prática reiterada” e que o dinheiro para a aquisição dos imóveis não saiu das contas do magistrado.

“A análise das aquisições em cotejo com a movimentação bancária de Ivan Lúcio Amarante evidenciaram que não foram identificadas transações que tivessem como destinatária a empresa Ginco Safira Incorporações Ltda, o que sugere que, muito provavelmente, tais imóveis foram pagos em espécie, ou por meio de recursos oriundos de terceiras pessoas, sem transitar pelas contas bancárias do magistrado, em um possível contexto do recebimento de vantagens indevidas.”

O magistrado teve o sigilo bancário quebrado e o padrão de depósitos fracionados em sua conta também chamou a atenção dos investigadores. A Polícia Federal concluiu que pelo menos R$ 1 092.350,00 entrou na conta de Amarante “sem aparente motivação”

Para os investigadores, a fragmentação das operações teve o “aparente propósito de mascarar e dissimular a transferência de valores de grande vulto de terceiros para o magistrado”.

O crescimento de gastos no cartão de crédito do magistrado também gerou suspeitas. Segundo os investigadores, houve uma “súbita majoração de seu padrão de consumo” a partir de 2023, quando o contato com o advogado Roberto Zampieri se intensificou A maior parte das mensagens trocadas entre o juiz e o advogado ocorreu naquele ano.

Também foi registrada em nome do magistrado a aquisição de “bens de altíssimo valor”, como R$ 225 mil em joias e R$ 95 mil em armas.

“O perfil de consumo do magistrado Ivan Lúcio Amarante se modificou substancialmente no ano de 2023, ano em que foram identificadas a maior parte das mensagens trocadas entre ele e Roberto Zampieri”, assinala o ministro Mauro Campbell, corregedor nacional de Justiça.

Para o ministro, ainda que “haja compatibilidade entre os gastos observados e a renda formalmente recebida por Ivan Amarante, é notável a ampliação de gastos no ano de 2023, a indicar uma súbita majoração de seu padrão de consumo”.

As despesas do magistrado de Vila Rica, aponta a quebra de sigilo bancário e fiscal, saltaram de uma média consistente de R$ 27.167,53 nos quatro anos anteriores, para R$ 159,433,95, no ano de 2023, ‘montante quase seis vezes superior’.

Regulares

Em sua defesa prévia ao Conselho Nacional de Justiça, o magistrado alegou que houve um “erro” nas informações sobre seus rendimentos e defendeu que as transferências recebidas de sua atual mulher e das ex-esposas foram regulares.

O juiz também negou interferências de Zampieri em suas decisões e alegou que não há provas de que tenha recebido propinas. Afirmou ainda que não foi identificada nenhuma movimentação financeira direta com o advogado.

Rayssa Motta e Fausto Macedo, Estadão Conteúdo

Deputado Leandro de Jesus apresenta moção de repúdio contra projeto que cria “Dia da Prostituta” em Salvador

Uma proposta apresentada na Câmara Municipal de Salvador tem gerado polêmica e reações intensas no cenário político baiano. Trata-se do Projeto de Lei nº 243/2022, de autoria da vereadora Marta Rodrigues (PT), que propõe a criação do “Dia Municipal da Visibilidade das Profissionais do Sexo” na capital baiana. A iniciativa, que visa reconhecer e dar visibilidade às trabalhadoras do sexo, recebeu resposta do deputado estadual Leandro de Jesus (PL), que apresentou uma moção de repúdio na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).

Na moção, o parlamentar critica veementemente a proposta, classificando-a como uma “romantização de realidades marcadas por exploração, vulnerabilidade social e violação de direitos”. Leandro de Jesus afirma que a criação de uma data oficial voltada à prostituição não contribui para a melhoria da qualidade de vida da população e que “representa uma inversão de prioridades frente aos problemas estruturais enfrentados pela cidade”.

“É inadmissível que, em meio a uma profunda crise social, com carência de serviços essenciais, insegurança nas ruas, escolas deterioradas e longas filas nos postos de saúde, a prioridade de determinados representantes seja a criação de datas comemorativas que em nada contribuem para o bem-estar da população”, pontua o deputado na moção.

O documento ainda destaca que a prostituição está majoritariamente associada à pobreza extrema, exploração, tráfico de pessoas e ausência de alternativas dignas. Para Leandro de Jesus, a proposta da vereadora Marta Rodrigues, que é irmã do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), “legitima um modelo de exploração em que o corpo feminino é transformado em mercadoria”.

“Esta moção não tem o propósito de ofender qualquer pessoa, mas sim de repudiar uma iniciativa legislativa desconectada das urgências reais da população, desrespeitosa com os valores da maioria da sociedade e que contribui para a banalização da função do Parlamento Municipal”, enfatiza o texto.

A moção foi encaminhada oficialmente à Câmara Municipal de Salvador e diretamente à autora da proposição.

Desaprovação a Lula volta a subir e atinge 53,7%, maior índice da série, diz pesquisa


A desaprovação ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a subir e atingiu a maior marca da série histórica, segundo a nova pesquisa da AtlasIntel divulgada nesta sexta-feira, 30.

O índice de quem não aprova a gestão do petista chegou a 53,7%. No início da medição, em janeiro de 2024, quando o presidente estava há um ano no Palácio do Planalto, a porcentagem era de 45,4%.

São, atualmente, 45,4% os que o aprovam, e 0,7% não souberam responder.

O levantamento é o primeiro do instituto após o escândalo das fraudes nas aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que abalou a imagem do governo. Entre março e abril, quando a pesquisa foi repetida, a desaprovação caiu 3,5 pontos porcentuais, chegando em 50,1%, primeiro período em que o índice, que estava em ascendência desde abril de 2024, recuou.

O escândalo motivou uma troca no comando do Ministério da Previdência Social, a saída do PDT da base do governo e vem sendo explorado amplamente pela oposição nas redes sociais.

Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso investigará os desvios, e deve ser composta por integrantes da “tropa de choque” do PL.

Um dos questionamentos feitos aos entrevistados foi a opinião deles sobre quais são os maiores problemas do Brasil atualmente. “Corrupção”, resposta de 47% dos entrevistados no mês passado, saltou para 60%, liderando a lista.

Em segundo lugar, ficou “criminalidade e tráfico de drogas”, que era considerado o maior problema desde janeiro.

Os entrevistados também foram questionados qualitativamente sobre como avaliam a gestão de Lula. Os que consideram “ruim ou péssima” são 52,1%, enquanto 41,9% acham que o trabalho desempenhado pelo presidente é “ótimo ou bom” – 6% avaliaram como “regular”.

A pesquisa ouviu 4.399 brasileiros entre os dias 19 e 23 de maio O nível de confiança é de 95% e a margem de erro de 1 ponto porcentual.

Karina Ferreira / Estadão Conteúdo

*Ministério da Saúde aprova PDP da Bahiafarma para produção nacional de medicamento para doença rara*

O Ministério da Saúde anunciou na noite desta quinta-feira (29), em Brasília, a aprovação de nove novas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), entre elas a proposta da Bahiafarma, em parceria com a Bionovis S.A., para a produção nacional do medicamento eculizumabe, indicado para o tratamento da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), uma doença rara e grave da medula óssea.

O anúncio foi feito durante reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e da secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana. Também esteve presente a presidente da Bahiafarma, Ceuci Nunes.
A aprovação da proposta representa um marco estratégico para o fortalecimento da soberania sanitária do país. Em 2023, os gastos com a importação de eculizumabe superaram R$ 1 bilhão. Com a internalização da tecnologia, a economia estimada ao longo dos próximos dez anos ultrapassa R$ 6,1 bilhões, segundo dados da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde.
A proposta da Bahiafarma, selecionada via chamada pública, prevê a transferência integral da tecnologia de produção do medicamento, incluindo os bancos celulares mestre e de trabalho, atualmente sob domínio da empresa sul-coreana Samsung Bioepis, parceira da Bionovis no projeto. O cronograma estabelece que a estruturação da planta biotecnológica e a internalização completa da tecnologia ocorram no prazo máximo de dez anos, com início imediato a partir da assinatura do Termo de Compromisso.

A secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, celebrou a conquista como um exemplo do protagonismo baiano na política nacional de saúde. “O Brasil dá um passo decisivo para reduzir sua dependência de insumos estratégicos. Com esta PDP, a Bahia se posiciona no centro da produção nacional de medicamentos de alta complexidade. Esse é um avanço que nos orgulha e que fortalece o SUS. Estamos falando de economia para os cofres públicos, mas, sobretudo, de segurança assistencial para pacientes que não podem esperar. A Bahia está pronta para cumprir seu papel como polo estratégico da biotecnologia brasileira.”

Para a presidente da Bahiafarma, Ceuci Nunes, o projeto marca um novo ciclo para a fundação. “A produção nacional de um biológico como o eculizumabe mostra que temos capacidade técnica e institucional para liderar um novo momento da ciência no país. Com a parceria da Bionovis e o apoio do Ministério da Saúde, vamos avançar com responsabilidade e inovação.”

A iniciativa integra o bloco de propostas aprovadas que respondem a desafios críticos para o SUS. A descentralização da produção de biológicos, especialmente na região Nordeste, é uma das diretrizes centrais da nova política de industrialização da saúde no país.

Ao todo, os projetos aprovados nesta rodada de PDPs representam mais de R$ 2 bilhões em aquisições anuais e são considerados estratégicos para a ampliação do acesso a tratamentos de alta complexidade, o fortalecimento da indústria nacional e a diminuição da vulnerabilidade do Brasil frente ao mercado internacional.

Você se anula para ser amada?

Quantas vezes você já se pegou dizendo "sim" quando queria dizer "não"? Ou deixando de lado seus gostos, opiniões e até amigos só para agradar alguém que você ama? A busca pelo amor e aceitação pode ser tão intensa que, muitas vezes, acabamos nos anulando sem perceber. Mas até que ponto vale a pena se perder de si mesma para manter um relacionamento?

O que significa se anular?

Se anular é deixar de priorizar a própria vontade, valores, desejos e identidade em nome de outra pessoa. É como se, para existir no relacionamento, você precise caber em uma moldura que o outro desenhou – mesmo que isso custe sua liberdade, autoestima e paz interior. É mais comum do que parece e pode acontecer de forma sutil, começando com pequenas concessões e evoluindo para uma renúncia total de quem você é.

Como isso começa?

Geralmente, a anulação nasce da insegurança. O medo de ser rejeitada, de não ser "boa o suficiente", de ficar sozinha. Então você começa a ceder, achando que isso vai manter o outro ao seu lado. Passa a concordar com tudo, muda sua forma de se vestir, evita falar o que pensa para não gerar conflitos. Com o tempo, você se afasta de amigos, hobbies, sonhos. E quando se dá conta, não sabe mais quem é.

Os sinais de que você está se anulando
  • Você sente que precisa da aprovação constante do parceiro para tudo.
  • Tem medo de expressar suas opiniões por receio de desagradar.
  • Se afasta de amizades e família porque o outro não gosta deles.
  • Desiste de planos e objetivos pessoais para se moldar à vida do parceiro.
  • Sente que está sempre se esforçando muito mais na relação do que o outro.
  • Tem a sensação de estar vivendo a vida de outra pessoa, não a sua.
Por que fazemos isso?

Desde cedo, muitas mulheres são ensinadas a cuidar, ceder, compreender, aceitar. A ideia de que o amor exige sacrifícios está enraizada em nossa cultura. Porém, há uma diferença entre ceder em nome de um relacionamento saudável e anular-se completamente para evitar conflitos ou abandono.

Além disso, quem tem baixa autoestima ou traumas emocionais pode desenvolver uma dependência afetiva, acreditando que só tem valor quando está em um relacionamento, mesmo que esse relacionamento seja desequilibrado.

O que isso causa em você?

Se anular traz consequências profundas: angústia, tristeza constante, crises de identidade, perda da autoestima e até sintomas físicos como ansiedade, insônia e problemas alimentares. Quando você vive tentando ser quem o outro quer, cria um vazio dentro de si, que não pode ser preenchido por nenhum amor externo.

Amar sem se perder

Relacionamentos saudáveis são feitos de trocas equilibradas. Amar alguém não deve significar abrir mão de quem você é. Pelo contrário, o amor verdadeiro permite que ambos cresçam juntos, respeitando a individualidade um do outro. O parceiro que realmente te ama quer que você brilhe, não que você se apague para que ele se sinta mais confortável.

Como recuperar sua essência
  1. Reflita: Questione onde você tem cedido além da conta. Quais partes de você foram deixadas de lado?
  2. Reforce sua autoestima: Busque autoconhecimento, terapia, e atividades que te conectam com sua essência.
  3. Reconstrua seus laços: Retome contato com amigos, familiares e hobbies que te fazem bem.
  4. Estabeleça limites: Dizer "não" é um ato de amor-próprio. Relacionamentos saudáveis respeitam o espaço de cada um.
  5. Converse: Se ainda estiver no relacionamento, exponha seus sentimentos. Quem ama, escuta e colabora. Sugar daddy
Você merece ser amada como é

Não existe amor verdadeiro quando você precisa deixar de ser você para ser aceita. O amor saudável acolhe, não sufoca. Ele te vê, te escuta e te valoriza exatamente como você é. Se para ser amada você precisa se esconder, então esse amor não é genuíno – é controle, é medo, é dependência.

Lembre-se: você é inteira. E merece um amor que reconheça isso.
Fonte: Izabelly Mendes.


Prefeitura de Ipiaú encerra ações do Maio Amarelo com blitz educativa na Praça Ruy Barbosa

Na manhã desta quinta-feira, 29 de maio, a Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e do Departamento de Trânsito, em parceria com a Atlantic Nickel, realizou uma blitz educativa na Praça Ruy Barbosa, marcando o encerramento das ações da campanha Maio Amarelo 2025 no município. A iniciativa teve como foco a conscientização de motoristas, motociclistas e pedestres sobre a importância da responsabilidade no trânsito.

Durante todo o mês, foram promovidas diversas atividades educativas com o objetivo de alertar a população sobre atitudes seguras que salvam vidas. A blitz contou com a participação de agentes de trânsito, voluntários e representantes da empresa parceira, que distribuíram materiais informativos e conversaram com os condutores sobre práticas essenciais no dia a dia, como respeitar os limites de velocidade, utilizar o cinto de segurança e não usar o celular ao volante.

A campanha, que teve como tema “No trânsito, escolha a vida”, reforçou que cada atitude conta na construção de um trânsito mais seguro para todos. “O mês termina, mas o nosso compromisso com a vida continua. Seguiremos trabalhando pela educação no trânsito durante todo o ano”, destacou a secretária de desenvolvimento urbano Andréa Suzart.

O diretor de Trânsito de Ipiaú, Antonio Carlos (Taibó), também ressaltou a importância da mobilização:

“Nosso objetivo com o Maio Amarelo foi despertar a consciência da população para atitudes que salvam vidas. A campanha termina, mas a missão continua. Vamos manter esse trabalho de orientação e fiscalização, sempre priorizando a vida no trânsito,” afirmou.

Com o apoio da Atlantic Nickel, a Prefeitura de Ipiaú reafirma sua dedicação a políticas públicas voltadas à segurança viária, promovendo uma cultura de paz e responsabilidade nas ruas da cidade.

Fernando Canuth / Decom PMI

Atenção, comunidade de Itagibá

Nos dias 04, 05 e 06 de junho, a Unidade de Saúde Dr. Gileno Fonseca estará realizando a pesagem obrigatória do Bolsa Família!

Se você é beneficiário do programa, não deixe de comparecer para garantir a continuidade do seu benefício. A pesagem será feita diretamente na unidade de saúde, e mesmo as famílias que não possuem um agente comunitário de saúde precisam comparecer.

Mais Saúde Itagibá – a saúde trabalhando para você! 📢

Não perca essa oportunidade de manter seu benefício ativo!

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Prefeitura de Itagiba a cidade que cresce sem parar

PF reúne órgãos de segurança pública para discutir combate a crimes transfronteiriços

Foz do Iguaçu/PR. A Polícia Federal reuniu, nesta quarta-feira (28/5), em Foz do Iguaçu/PR, representantes da cúpula da segurança pública nacional e dos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná para discutir o enfrentamento aos crimes na fronteira entre Brasil e Paraguai.

O encontro, realizado no auditório da Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, contou com a presença de dirigentes da Receita Federal do Brasil, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, da Polícia Rodoviária Federal, além de representantes das secretarias de segurança pública dos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, dos comandantes das polícias civis, militares e dos corpos de bombeiros desses estados e do Comando Tripartite.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, destacou que a integração entre instituições tem sido cada vez mais fortalecida, e excelentes resultados têm sido alcançados por meio dessa parceria. “É fundamental que uma iniciativa conjunta com órgãos parceiros seja construída, especialmente nesta fronteira, considerada prioritária para a segurança pública, afirmou.
“Nosso convite é direto, leal e sincero: queremos uma iniciativa perene, com cada instituição cumprindo seu papel com excelência. Fazer planos é fácil; difícil é tirá-los do papel e colocá-los em prática. Ou vencemos juntos ou perderemos sozinhos”, enfatizou o dirigente da PF.

Durante o evento, o diretor-executivo da PF, William Murad, apresentou um projeto-piloto desenvolvido pela Polícia Federal, com a participação de unidades do Paraná e do Mato Grosso do Sul, com foco no enfrentamento integrado aos crimes transfronteiriços. A iniciativa se destaca pela escuta ativa, diagnóstico preciso e construção coletiva de soluções, reunindo áreas estratégicas como investigação, inteligência, logística e operações.

Os representantes das forças de segurança destacaram a importância da união de esforços no enfrentamento à criminalidade na fronteira. Foi ressaltado pelo secretário de Segurança Pública do Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira, que é fundamental apoiar todas as ações voltadas à segurança pública e que, para que um país cada vez mais seguro seja alcançado, é indispensável a união entre as forças de segurança.

Para o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, a integração é o único caminho possível: “O crime se organiza onde o Estado deixa lacunas, onde as polícias não interagem, não se comunicam. Não vejo outro caminho que não a integração, que tem dado resultados significativos”.

O Secretário Nacional de Segurança Pública Substituto, Rodney da Silva, reforçou o papel da Senasp como parceira estratégica: “A Senasp não pode ser vista apenas como um banco de fomento, mas como um órgão de suporte às forças de segurança pública. Segurança Pública se faz com muito recurso financeiro e integração”.

Além das autoridades já citadas, participaram da mesa de honra o diretor-geral em exercício da Polícia Rodoviária Federal, Alberto Raposo Neto; Raphael Eugênio, representando o secretário-especial da Receita Federal do Brasil; o chefe da Assessoria de Informações da Itaipu Binacional, Marcos Antônio Farias e o representante do Comando Tripartite, Carlos Alberto Duré Ríos.

Coordenação-Geral de Comunicação Social da PF
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