Leandro de Jesus denuncia Kleber Rosa ao Ministério Público após invasão na Câmara Municipal de Salvador
O deputado estadual Leandro de Jesus (PL), após tomar ciência do ocorrido da última quinta-feira (22) na Câmara Municipal de Salvador, protocolou uma notícia de fato na 4ª Promotoria de Justiça, solicitando investigações sobre os eventos que comprometeram a ordem pública e a segurança no local. De acordo com a denúncia feita pelo parlamentar, a invasão foi liderada por Kleber Rosa, membro do PSOL e coordenador-geral da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (FETRAB).
Relatos indicam que Rosa instigou os manifestantes, que incluíam servidores municipais e membros do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (SINDSEPS), a ocuparem o plenário da Câmara. Durante os confrontos, o vereador Sidninho (PP), sofreu lesões, incluindo uma mordida que resultou em sangramento. Nas imagens é possível ver também que o vereador Mauricio Trindade (PP) também foi agredido.
O deputado Leandro de Jesus fundamenta sua denúncia em dispositivos do Código Penal, destacando a gravidade da situação. “A invasão poderia ser enquadrada no artigo 359-L, que tipifica a tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, além de outros crimes relacionados à lesão corporal e à perturbação da ordem pública”, cita o parlamentar.
Na notificação, o deputado solicita a instauração de um procedimento investigativo para apurar as responsabilidades de Kleber Rosa, Bruno Carianha – que teria tomado o microfone de Sidninho durante a confusão – e outros envolvidos. Ele pede ainda a coleta de imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas, visando esclarecer os eventos e responsabilizar os autores das agressões.
Polícia Civil de MG prende 15 suspeitos de fraudar empréstimos bancários
Uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais prendeu 15 suspeitos de fraudar empréstimos bancários. Gerentes de bancos aplicavam golpes em clientes e nos próprios bancos.
Os envolvidos devem responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, falsificação e uso de documentos falsos. Entre os presos na operação desta quinta-feira (22), estão quatro gerentes e dois ex-gerentes de bancos. Alguns tiveram que acompanhar os policiais até as agências em que trabalhavam.
Segundo as investigações, os gerentes identificavam CPFs e CNPJs de clientes com bom histórico financeiro e repassavam para o organizador da fraude, que contratava um falsificador para confeccionar documentos fraudulentos, usando os nomes das vítimas e fotos de clientes falsos, que também sabiam do golpe. Com os documentos em mãos, os gerentes abriam as contas, usadas para fazer empréstimos. Os clientes falsos sacavam o dinheiro, que era dividido para o grupo. Os bancos ficavam com o prejuízo financeiro e as vítimas com os nomes sujos.
“Elas não sofreram o prejuízo econômico do empréstimo em si. Há um desgaste emocional. Além da negativação do seu cadastro. Ela não consegue comprar. Então, é um prejuízo psicológico”, afirma o delegado Rafael Gomes.
Um dos gerentes presos contou à polícia que, em quatro meses, chegou a abrir 40 contas bancárias e que ganhava uma comissão de 10% por cada conta. Segundo a polícia, a quadrilha causou um prejuízo de mais de R$ 20 milhões aos bancos e usou os dados de ao menos 100 clientes. A Justiça decretou o bloqueio de 97 contas bancárias de pessoas físicas e empresas.
Os policiais apreenderam documentos, computadores e telefones em escritórios e casas da capital e no interior de Minas Gerais.
O Banco do Brasil disse que apoiou a operação e que, para não atrapalhar as investigações, não divulga mais informações.
O Santander disse que possui sistemas eficazes para identificar desvios de conduta, evitando prejuízo financeiro a seus clientes.
O Itaú Unibanco disse que repudia tais comportamentos antiéticos e reforça que está apoiando as autoridades durante as investigações.
A Federação Brasileira de Bancos declarou que repudia o envolvimento de funcionários em ações criminosas e que as instituições atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na identificação e punição de criminosos.
Por: G1
Tarcísio e Derrite têm noite de pré-campanha com líderes da centro-direita e recado a Lula
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e seu secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, protagonizaram um evento com ares de pré-campanha eleitoral durante a festa de filiação do secretário ao PP, nesta quinta-feira (22), em uma casa noturna da Vila Olímpia, zona sul da capital paulista.
Derrite foi explícito ao se colocar como candidato ao Senado, justificando que esse é o motivo de seu retorno à legenda -da qual havia saído em 2022-, enquanto Tarcísio, apontado como possível presidenciável no próximo ano, disse que o grupo de dirigentes partidários que os acompanhava estava unido e que “quer fazer a diferença”.
“Uma coisa que é importante, que não pode passar despercebida, é o simbolismo desta reunião aqui. É a quantidade de lideranças que nós temos aqui, do Brasil inteiro. Para quem duvida que esse grupo vai estar unido no ano que vem, eu digo para vocês: esse grupo estará unido”, afirmou o governador.
O grupo citado por Tarcísio era composto por presidentes nacionais de partidos que estavam com ele no palco: Valdemar Costa Neto (PL), Renata Abreu (Podemos), Gilberto Kassab (PSD), Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP). À exceção de Valdemar e Renata, os demais dirigentes integram o primeiro escalão do governo Lula (PT). Apesar disso, já se articulam para lançar uma candidatura de oposição à reeleição do presidente em 2026.
“Esse grupo vai ser forte, esse grupo tem um projeto para o Brasil. Esse grupo vai fazer a diferença. Esse grupo sabe o caminho. No momento em que há dúvida, no momento em que tem muita gente lá em Brasília perdida, que não sabe o caminho, e em que as decisões são tomadas de forma casuística, às vezes até de forma irresponsável, tem o grupo aqui, que está unido, que sabe o caminho, que quer fazer a diferença”, discursou Tarcísio, sem citar diretamente Lula.
Segundo aliados de diversos desses dirigentes, o grupo aguarda um aval de Jair Bolsonaro (PL) para a indicação de Tarcísio como candidato à Presidência no próximo ano. Oficialmente, o governador afirma que disputará a reeleição.
Ciro Nogueira foi o primeiro a abordar o tema no palco, pouco antes do discurso do governador.
“Os governadores de São Paulo sempre erram ao serem eleitos: querem logo disputar a Presidência e se colocam como candidatos”, disse o dirigente.
Na sequência, completou: “E é por isso que talvez o Brasil vá chamar o governador Tarcísio de presidente muito em breve. Ou agora ou em 2030. E quem vai decidir isso é o povo de São Paulo e o povo do Brasil. Mas pode ter toda a certeza: se houver essa decisão, governador, tanto o União Brasil quanto o Progressistas estarão ao seu lado.”
Valdemar, embora defenda que Bolsonaro -atualmente inelegível- será o candidato à Presidência em 2026, afirmou que o PL também aguarda uma definição sobre a situação eleitoral de Tarcísio.
“Nós temos que ver o que o Tarcísio vai resolver para que a gente possa resolver a nossa vida”, declarou.
O presidente do PL também ressaltou que, no fim das contas, a decisão sobre quem será o candidato ao Planalto caberá ao próprio Bolsonaro.
“Quem vai dizer quem será o candidato a presidente é o Bolsonaro. Por quê? Porque ele é o dono dos votos”, disse.
O evento ocorreu na casa noturna Vila JK, que, segundo a equipe de Derrite, tem capacidade para mil pessoas e estava lotada de prefeitos e vereadores do interior, além de deputados, senadores e convidados dos partidos. De acordo com assessores do PP, mais de 80 prefeitos estavam no local. O partido comanda 47 prefeituras em São Paulo.
Dois presidentes de partidos que apoiam Tarcísio no estado não compareceram: Baleia Rossi (MDB) e Marcos Pereira (Republicanos). Há mais de um ano, circulam rumores -alimentados por Valdemar- de que Tarcísio poderia deixar o Republicanos e migrar para o PL. No caso do MDB, parte da bancada federal da sigla insiste em apoiar Lula em 2026.
Outra ausência foi a do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). Embora Derrite tenha se colocado como pré-candidato ao Senado, integrantes de partidos avaliam que ele também poderia disputar o governo paulista caso Tarcísio realmente concorra à Presidência. Nunes também tem interesse no cargo.
Ciro Nogueira reforçou, ao chegar à cerimônia, que, caso Tarcísio se lance à Presidência, o partido defenderá a candidatura de Derrite ao governo de São Paulo.
“Aí, o Derrite deve ser candidato ao governo. Nós vamos defender isso, mas é lógico que é uma construção”, afirmou.
O secretário da Segurança comentou as ausências. Sobre Nunes e Baleia Rossi, disse que ambos tinham compromissos, mas que o prefeito o telefonou. “Existe uma rivalidade minha e do Ricardo [Nunes] aqui em São Paulo contra a criminalidade.”
Derrite, ex-capitão da Polícia Militar, foi eleito deputado federal em 2018 pelo PP e desde então manteve proximidade com o grupo político de Bolsonaro. Em 2022, porém, o PP apoiou a campanha de Rodrigo Garcia (então no PSDB) ao governo paulista, no primeiro turno, o que motivou Derrite a trocar o partido pelo PL.
Agora, o secretário retorna ao PP para disputar o Senado, já que o PL pretende lançar Eduardo Bolsonaro. Em 2026, cada estado elegerá dois senadores. A troca partidária foi negociada de forma amigável por Ciro e Valdemar.
“Não tem por que esconder que o desejo nosso, que a minha saída do PL, tem um contexto -e o contexto principal é a vaga para o Senado”, disse Derrite a jornalistas, após o evento.
Bruno Ribeiro e Juliana Arreguy / Folhapress
Ex-chefe do Exército de Lula nega ter recebido proposta para dar golpe
Em depoimento prestado nesta quinta-feira, 22, no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, confirmou que se reuniu com o general de brigada Mário Fernandes, mas negou que o encontro tenha tratado da possibilidade de uma ruptura institucional após o resultado da eleição presidencial de 2022.
General da reserva, Arruda foi ouvido como testemunha do ex-ajudante de ordens da Presidência da República, tenente-coronel Mauro Cid, no processo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é acusado de tentativa de golpe de Estado. O ministro do Supremo Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte, conduziu a audiência.
Bolsonaro, Cid e Mário Fernandes são réus no STF – os dois primeiros foram denunciados sob acusação de integrarem o “núcleo crucial” do golpe; o general de brigada é acusado de compor o “núcleo de gerência” da trama golpista. Durante as investigações sobre a tentativa de golpe, a Polícia Federal encontrou com Mário Fernandes o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa a execução de Moraes, do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice-presidente, Geraldo Alckmin. Na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o general foi acusado de ter sido “o responsável por coordenar as ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas”.
Expulsão
Como mostrou o Estadão em novembro do ano passado, Mário Fernandes, ex-comandante de Operações Especiais do Exército e então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, procurou Arruda, no dia 28 de dezembro de 2022, para o pressionar a impedir a posse de Lula. Escolhido pelo então presidente eleito, Arruda assumiria o comando da Força Terrestre no dia 30.
Na ocasião, depois de criticar o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, que não embarcara, dias antes, na ideia de golpe defendida por alguns militares, Mário Fernandes disse a Arruda: “O senhor vai assumir o comando depois de amanhã. O senhor tem de fazer alguma coisa”. Arruda, então, o expulsou de seu gabinete.
Ontem, ao ser questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, o ex-comandante do Exército negou ter expulsado Mário Fernandes de seu gabinete. “Ele esteve lá para conversar comigo no dia 28 (de dezembro de 2022)”, afirmou Arruda. “Foi conversado sobre um eventual impedimento para a posse de Lula?”, indagou Gonet. “Não, senhor”, respondeu o general.
Demissão
Arruda foi comandante do Exército no terceiro mandato de Lula por pouco mais de 20 dias. A demissão do comandante, em 21 de janeiro de 2023, se deu por um acúmulo de fatores, como a resistência do general a permitir prisões no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército após o 8 de Janeiro e a demora para exonerar Cid.
Na época, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tinha sido nomeado para chefiar o 1.º Batalhão de Ações de Comando do Exército em Goiânia e foi grande a pressão para que a nomeação fosse cancelada por Arruda, o que não ocorreu.
Durante o depoimento ao STF, Arruda disse que Cid já estava designado para a função com quase um ano de antecedência. Em relação aos acampamentos bolsonaristas, o ex-chefe do Exército afirmou que não impediu a atuação de policiais militares. Segundo ele, a sua função era “acalmar” os ânimos e promover uma ação de forma coordenada.
Moraes mencionou o depoimento do ex-chefe da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto Vieira, que relatou a existência de uma mobilização do Exército para barrar a ação da PM no dia 8 de janeiro de 2023. Conforme Vieira, Arruda teria dito na ocasião: “O senhor sabe que a minha tropa é um pouco maior que a sua, né?”
Ontem, o ex-comandante da Força Terrestre afirmou que havia um clima de nervosismo e disse não se lembrar da fala para o ex-chefe da PM do Distrito Federal. Arruda foi substituído pelo então comandante militar do Sudeste, general Tomás Paiva.
A audiência de ontem, que ouviu as testemunhas chamadas pela defesa de Cid, foi breve. A sessão durou pouco mais de uma hora e ouviu colegas militares do tenente-coronel e funcionários da ajudância de ordens da Presidência. Eles relataram desconhecer a existência de um plano de golpe, elogiaram a conduta “profissional” de Cid e disseram que, enquanto conviveram com ele, não o viam comentar muito sobre política. Conhecido como “faz-tudo” de Bolsonaro, o tenente-coronel fez acordo de delação premiada.
Além de Arruda, prestaram depoimento os generais Edson Diehl Ripoli e João Batista Bezerra, o capitão Adriano Alves Teperino e o sargento Luís Marcos dos Reis, que trabalharam com Cid na ajudância de ordens, além do capitão Raphael Maciel Monteiro.
Levy Teles / Estadão Conteúdo
Fim da reeleição e mudança na duração de mandatos têm resistências no Congresso
A proposta de emenda à Constituição que acaba com a reeleição e unifica futuramente as disputas em intervalos de cinco anos foi aprovada na quarta-feira (21) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, mas sofre resistência nas duas Casas do Congresso Nacional, o que torna sua aprovação final incerta.
Apesar de o fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos ter apoio entre congressistas, uma parte deles critica as confusas regras de transição e a unificação de todas as eleições em um único ano, o que vai obrigar o cidadão a escolher nove candidatos de uma vez só, em uma campanha que vai misturar assuntos municipais, estaduais e federais.
A medida propõe uma transição gradual e complexa até 2039, quando todos os mandatos passarão a ter duração de cinco anos. O caminho até essa padronização, no entanto, inclui uma série de mandatos com durações variáveis (de quatro, cinco, seis, oito e nove anos), conforme os cargos e os anos de eleição.
O texto aprovado na comissão precisa ser votado ainda no plenário em dois turnos e depois ser analisado na Câmara.
No caso de prefeitos, por exemplo: os atuais têm mandato de quatro anos. Os eleitos em 2028 teriam mandato de seis anos, dois a mais. A partir de então, cinco anos.
Senadores, por sua vez, manteriam os atuais mandatos de oito anos em 2026. Em 2030, os eleitos teriam mandato excepcional de nove anos e, em 2034, de cinco, o que criaria, a partir de 2034, uma convivência entre parlamentares com prazos distintos -alguns com cinco anos de mandato, outros com nove.
Hoje a Casa renova cadeiras de quatro em quatro anos, um terço em uma eleição e dois terços em outra.
No caso da reeleição, pelo projeto, permite-se a modalidade em 2026, para presidentes e governadores, e em 2028 para prefeitos. Depois disso, ela fica proibida.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se reuniu com líderes partidários nesta quinta-feira (22) e, segundo relatos, assegurou a votação da PEC em plenário na próxima semana.
No dia anterior, ele disse publicamente que iria defender a votação imediata.
“A votação no dia de hoje [quarta] reflete o desejo do Senado de dar um novo rumo ao processo eleitoral, no que diz respeito às eleições majoritárias no Brasil e, logicamente, à coincidência das eleições. Acho que será, com certeza absoluta, a mais profunda mudança no arcabouço eleitoral do Brasil nos últimos anos”, disse Alcolumbre.
“Tenho todo o desejo e interesse de que, na semana que vem, essa proposta esteja em deliberação no plenário do Senado Federal. Eu quero ouvir os líderes partidários e eu tenho certeza absoluta de que a maioria vai apoiar essa decisão”, completou.
Alguns senadores criticaram nos bastidores a medida, afirmando não apoiar mandato de cinco anos a partir de 2034 para uns e a partir de 2039 para todos. A redução dos mandatos em três anos a partir desta data não é bem vista por boa parte deles.
Uma proposta alternativa seria ampliar de oito para dez anos os mandatos de senadores, o que poderia gerar resistência na opinião pública.
Já entre deputados, apesar do aumento de um ano no atual prazo de quatro anos de mandato, a unificação de todas as disputas -prefeito, vereador, deputado estadual, federal, senador, governador e presidente- em um único ano não é bem vista entre alguns.
Se isso ocorrer, o eleitor terá que escolher nove nomes de uma vez: vereador, prefeito, deputado estadual, governador, três candidatos ao Senado, deputado federal e presidente da República.
Para ser aprovada no plenário do Senado, é preciso o apoio de ao menos 49 dos 81 senadores, em dois turnos de votação. Se passar, a PEC precisa tramitar na Câmara pela CCJ, comissão especial e, depois, plenário. É preciso do voto de ao menos 308 dos 513 deputados.
A proposta saiu da gaveta dos senadores após a Câmara ter aprovado o aumento de 18 cadeiras na Câmara, rejeitando uma equação que apenas remodelasse as atuais vagas de acordo com os novos dados do Censo 2022. O texto está em análise no Senado.
ENTENDA A PROPOSTA DE FIM DA REELEIÇÃO E DE UNIFICAÇÃO DAS ELEIÇÕES
PREFEITOS E VEREADORES
– Como é hoje: mandato de quatro anos, com possibilidade de uma reeleição para prefeitos e de reeleições sucessivas para vereadores
– Como ficaria: a partir de 2028 os prefeitos eleitos não poderão se candidatar a reeleição. Vereadores continuam a poder se reeleger sucessivamente. Prefeitos e vereadores eleitos em 2028 terão mandato de seis anos. Em 2034, os eleitos passam a ter mandato de cinco anos
DEPUTADOS ESTADUAIS E FEDERAIS
– Como é hoje: mandato de quatro anos, com possibilidade de sucessivas reeleições
– Como ficaria: os eleitos em 2034 passam a ter mandato de cinco anos. Continuam podendo se reeleger indefinidamente
SENADORES
– Como é hoje: mandatos de oito anos, com possibilidade de sucessivas reeleições. A renovação do Senado ocorre de quatro em quatro anos, com um terço e dois terços da Casa entrando em disputa a cada eleição
– Como ficaria: eleitos em 2026 continuariam com mandato de oito anos. Eleitos em 2030 teriam mandato de nove anos. Eleitos em 2034 e 2039, de cinco. Continua a possibilidade de reeleição.
GOVERNADORES E PRESIDENTE DA REPÚBLICA
– Como é hoje: mandato de quatro anos, com possibilidade de uma reeleição
– Como ficaria: a partir de 2030 os eleitos não poderão mais se candidatar à reeleição. Em 2034, os eleitos passam a ter mandato de cinco anos
DATA DAS ELEIÇÕES
– Como é hoje: ocorrem a cada dois anos, divididas entre municipais (prefeitos e vereadores) e gerais (deputados, senadores, governadores e presidente da República)
– Como ficaria: a partir de 2034 seriam unificadas em um único ano, ocorrendo a cada cinco anos.
Ranier Bragon / Folhapress
Operação Amordaçar apreende mais de meia tonelada de maconha em Itamaraju
Ação realizada pela Polícia Civil encontrou entorpecentes, munições e insumos usados no preparo de maconha tipo “ice” e “skunk”.
Mais de meia tonelada de maconha pronta para distribuição foi apreendida pela Polícia Civil da Bahia, na manhã desta quarta-feira (22), durante a deflagração da Operação Amordaçar, no município de Itamaraju, extremo sul do estado. A ação foi conduzida pelo Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
O material foi localizado em uma fazenda na zona rural do município, utilizada como ponto de cultivo, colheita, beneficiamento e armazenamento de maconha. A operação foi iniciada após trabalho de inteligência que identificou o local como entreposto de distribuição de drogas para diversos municípios baianos, incluindo Salvador. Durante a ação, três homens que faziam a segurança da propriedade atiraram contra os policiais e fugiram. Ninguém ficou ferido.
Foram apreendidos mais de meia tonelada de maconha, 65 munições calibre .380, um carregador de pistola municiado, além de balanças de precisão, prensa, dichavadores e outros instrumentos comumente usados no narcotráfico. Também foram encontrados uma máquina de lavar e um freezer, utilizados na preparação da maconha conhecida como ice. No mesmo local, os policiais identificaram também a produção de skunk, variedade mais potente e concentrada da droga.
O delegado Ernandes Júnior, diretor do Denarc, afirmou que a apreensão representa um prejuízo estimado em mais de R$ 2 milhões ao crime organizado. “A Polícia Civil da Bahia atua de forma constante no combate ao narcotráfico. Essa operação reforça a importância do trabalho investigativo e a qualidade técnica da equipe. As investigações prosseguem para localizar e prender os envolvidos e desarticular toda a estrutura criminosa de produção e distribuição”, declarou.
Texto: Ascom PC
Juíza condena jornal e colunista que divulgaram remuneração de uma desembargadora do TJ-RS
A desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira presidiu o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul no biênio entre 2022 e 2023
Uma decisão da Justiça estadual do Rio Grande do Sul condenou o jornal Zero Hora e a colunista de política do veículo Rosane de Oliveira a pagarem R$ 600 mil de indenização por danos morais à desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira. A empresa e a jornalista irão recorrer.
O pedido de indenização foi feito pela magistrada em reação a uma publicação de julho de 2023 que mostrava os valores pagos em abril daquele ano a desembargadores do TJ-RS (Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul).
Então presidente do TJ-RS, Iris Helena Medeiros Nogueira figurava no topo da lista, com rendimento líquido de R$ 662.389,16. O total incluía, além da remuneração mensal (R$ 35.462,22), pagamentos de natureza indenizatória. Ela presidiu o TJ no em 2022 e 2023.
A decisão foi proferida nesta quarta-feira (21) pela juíza Karen Rick Danilevicz Bertoncello, da 13ª Vara Cível de Porto Alegre.
O jornal Zero Hora pertence ao Grupo RBS, que se manifestou sobre a decisão por meio de nota e informou que vai recorrer.
“Reafirmamos a defesa da liberdade de expressão e informação como princípios fundamentais da democracia, em especial na divulgação de conteúdo amparado no interesse público, a partir de informações disponíveis pela Lei de Acesso à Informação”, diz o grupo.
A juíza afirmou que a coluna criou uma “narrativa enviesada e sensacionalista que associava a autora [desembargadora Iri s Helena Medeiros Nogueira] à figura de suposto privilégio imoral ou injustificado, fomentando a incompreensão do público leigo”.
Na sua decisão, a juíza afirma ainda que “a liberdade de imprensa, embora essencial à preservação da democracia, não se sobrepõe de maneira irrestrita à dignidade da pessoa humana e seus desdobramentos, especialmente no tocante à honra e à imagem”.
“Portanto, deve haver equilíbrio entre o direito de informar e o dever de resguardar a integridade moral dos envolvidos nas matérias jornalísticas”, continuou Bertoncello.
A coluna do jornal mostrava, com base em valores disponibilizados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), os dez maiores rendimentos líquidos de desembargadores do TJ-RS e também os dez maiores valores recebidos por juízes de primeira instância.
Os montantes, referentes ao mês de abril de 2023, foram divulgados de forma detalhada, especificando o que se tratava de subsídio mensal e o que eram direitos eventuais, por exemplo.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (22), a ANJ (Associação Nacional de Jornais) diz que se solidariza com a colunista e com o jornal e espera que instâncias superiores revertam a decisão.
“A ANJ reafirma o princípio constitucional da liberdade de imprensa e defende a ampla transparência na divulgação de fatos de interesse público como este, baseados na Lei de Acesso à Informação”, diz a nota.
A reportagem procurou o TJ-RS, mas a desembargadora e a juíza não quiseram se manifestar sobre o tema.
Catarina Scortecci/Folhapress
Prefeitura de Ibirataia Realiza Pintura de Faixas de Pedestres e Quebra-Molas
A Prefeitura de Ibirataia segue investindo em melhorias para a mobilidade urbana e a segurança no trânsito. Nesta semana, equipes realizaram a pintura das faixas de pedestres e dos quebra-molas em diversos pontos da cidade.
A ação tem como objetivo garantir maior visibilidade para motoristas e pedestres, especialmente em áreas de grande circulação, como escolas, unidades de saúde e cruzamentos movimentados. A sinalização adequada é fundamental para evitar acidentes e tornar o tráfego mais seguro para todos.
De acordo com o prefeito Sandro Futuca, esse tipo de trabalho faz parte de um cronograma contínuo de manutenção e melhorias das vias públicas. “Estamos atentos às necessidades da população e sabemos que a sinalização bem-feita salva vidas. Por isso, continuaremos investindo em ações que promovam segurança e organização no trânsito”, destacou.
Polícia Federal prorroga até sexta inscrições para concurso público
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| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo |
A Polícia Federal prorrogou até as 18h desta sexta-feira (23), no horário de Brasília, o prazo de inscrições para o concurso público em cargos administrativos de níveis médio e superior.
Os interessados devem se inscrever online no site da banca examinadora do certame, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).
O prazo para envio da documentação exigida para os casos de solicitação de atendimento especializado também foi estendido até o mesmo horário.
As taxas de inscrição custam R$ 110 para o nível superior; e R$ 90, para o nível médio. A data limite para o pagamento da taxa de inscrição permanece inalterada: 23 de maio.
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Vagas
O processo seletivo servirá para preenchimento imediato de 192 vagas e para formação de cadastro de reserva. A remuneração vai até R$ 11.070,93.
Os cargos de nível médio e superior autorizados em portaria do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) são:
Agente administrativo: 100 vagas de nível médio;
Assistente social: 13 vagas de nível superior;
Contador: 9 vagas de nível superior;
Enfermeiro: 3 vagas de nível superior;
Médico: 35 vagas de nível superior;
Psicólogo: 6 vagas de nível superior;
Farmacêutico: 2 vagas de nível superior;
Nutricionista: 1 vagas de nível superior;
Estatístico: 4 vagas de nível superior;
Administrador: 6 vagas de nível superior;
Técnico em comunicação social: 3 vagas de nível superior;
Técnico em assuntos educacionais: 10 vagas de nível superior.
A aplicação das provas está agendada para 29 de junho. O resultado final será conhecido em 5 de novembro deste ano.
Os detalhes completos sobre os cargos, requisitos e etapas do processo seletivo estão disponíveis no edital nº 1 do processo seletivo.
Agência Brasil
PL apresenta novo projeto de anistia a condenados pelo 8/1 com texto mais brando
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| Foto: Joédson Alves/Agência Brasil/Arquivo |
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentou nesta quinta-feira, 22, um novo projeto de lei da anistia aos presos do 8 de Janeiro, com um teor mais suavizado. O texto anterior, de relatoria de Rodrigo Valadares (União-SE), era considerado “amplo demais” e com brechas que poderiam beneficiar Bolsonaro.
O novo texto, apresentado ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), perdoa todos os crimes contra o Estado Democrático de Direito de quem tenha participado diretamente nas manifestações daquele dia, mas não exclui a apuração e responsabilização civil pelos danos causados ao patrimônio público.
A negociação por uma nova redação à anistia se alonga desde o mês de abril, quando a oposição tinha intensificado a pressão a Motta para que ele pautasse a proposta.
Em abril, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), já admitia que o texto poderia passar por mudanças e especulou até uma greve de fome de deputados e senadores para que a proposta fosse votada em plenário.
A base já deu sinais no fim desse mesmo mês que poderia aceitar a tramitação de um texto mais brando. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que a Câmara pode analisar “injustiças na dosimetria”, mas sem perdoar os mentores do plano.
“Há um sentimento de que não vamos misturar as estações. Eventuais injustiças na dosimetria das penas precisam ser consideradas por nós, não é possível anistiar generais, quem planejou, quem organizou, quem manipulou com a tentativa de golpe. Não tem anistia para quem comete crime contra a democracia”, disse.
Na justificativa, o PL disse que “não coaduna com revanchismo”. “Somos favoráveis – partidos políticos e parlamentares de direita – ao rigor da norma penal e do sistema penitenciário”, argumentou. “Porém, não coadunamos com revanchismo e tampouco com injustiças.”
Além disso, a redação do projeto diz que “a concessão da anistia é competência atribuída pela Constituição da República ao Poder Legislativo” e que a discussão e aprovação “deve se ater somente ao âmbito do Congresso Nacional, sem qualquer interferência de outro Poder da República”.
O projeto antigo foi retirado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em outubro do ano passado pelo então presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL). A medida atrasou sua tramitação, que ficou empacada desde então. Sem isso, o texto poderia ter sido votado pela comissão ainda naquele mês.
Entenda o que diz o novo texto da anistia aos presos do 8 de Janeiro e como era o texto antigo:
Nova redação do projeto de lei da anistia
Texto anistia todos os crimes contra o Estado Democrático de Direito cometidos por “pessoas físicas que tenham participado diretamente de manifestações ocorridas no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília”, e permite a apuração e responsabilização civil e penal de quem causou danos efetivos ao patrimônio público durante os atos golpistas.
Antiga redação do projeto de lei da anistia
O antigo texto da anistia permitia o benefício retroativo e posterior, já que favoreceria aqueles que “participaram de eventos subsequentes ou eventos anteriores aos fatos acontecidos em 08 de janeiro de 2023, desde que mantenham correlação com os eventos acima citados”. Essa seria a brecha que poderia ajudar Bolsonaro.
A redação também tiraria casos das mãos do Supremo Tribunal Federal (STF), “uma vez cessado o exercício da função, o julgamento de todos os processos atraídos por conexão ou continência será imediatamente deslocado para as instâncias adequadas”, dizia a proposta.
Levy Teles, Estadão Conteúdo
Comissão de Segurança Pública do Senado quer que Barroso explique fala sobre apoio dos EUA
A Comissão de Segurança Pública do Senado solicitou nesta terça-feira, 20, que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, esclareça a afirmação de que ele teria pedido declarações dos Estados Unidos em apoio à democracia brasileira.
No dia 13 de maio, Barroso disse, durante evento em Nova York, ter solicitado ao governo dos Estados Unidos manifestações de apoio à democracia brasileira enquanto era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro esteve à frente da Justiça Eleitoral entre maio de 2020 e fevereiro de 2022.
“Eu mesmo, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, estive com o encarregado de negócios americanos, tive muitas vezes, mas em três vezes, eu pedi declarações dos Estados Unidos de apoio à democracia brasileira, uma delas no próprio Departamento de Estado, e acho que isso teve algum papel, porque os militares brasileiros não gostam de se indispor com os Estados Unidos, porque é aqui que obtêm os seus custos e os seus equipamentos”, afirmou.
O requerimento de esclarecimentos foi apresentado à Comissão de Segurança Pública pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE). Para Girão, a declaração é uma “confissão” que representa “possível afronta aos princípios da separação dos Poderes, da independência nacional e da soberania popular”.
“Torna-se inevitável questionar se essa intervenção limitou-se à obtenção de meras declarações diplomáticas, ou se estendeu à destinação de recursos a organizações e instituições brasileiras”, disse Girão.
O senador Hamilton Mourão (PL-RS), disse que a declaração foi “lamentável”. “É algo totalmente desproposital e fica sempre esse problema de correr lá para os Estados Unidos. Para pedir o quê? Nós é que temos que resolver os nossos problemas”, afirmou o senador.
Durante o governo Bolsonaro, em que Mourão foi vice-presidente, a chapa tinha em sua agenda a busca por apoio dos Estados Unidos em diversas frentes, incluindo declarações públicas de alinhamento político e ideológico, além de tentativas de estreitar laços estratégicos com o governo de Donald Trump.
O pedido para que Barroso prestasse esclarecimentos foi incluído ao requerimento de Girão, aprovado pelo colegiado no início de abril, que trata da investigação sobre a atuação da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) no Brasil.
Ele já tinha sugerido convidar o ex-funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Michael Benz, para detalhar a destinação de aproximadamente US$ 44,8 milhões a ONGs brasileiras entre 2023 e 2024.
A data da audiência ainda não foi definida pela presidência da comissão.
Maria Magnabosco, Estadão Conteúdo
Conselheiros recomendam aprovação de contas de cinco prefeituras
Na sessão desta quinta-feira (22/05), os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios recomendaram às câmaras de vereadores, a aprovação das contas de mais cinco contas de prefeituras baianas. Todas são referentes ao exercício de 2023.
Foram aprovadas – ainda que com ressalvas – as contas da Prefeitura de Aporá, na gestão de Carine Dantas de Menezes Negreiros; de Cruz das Almas (Ednaldo José Ribeiro); de Guajeru (Jilvan Teixeira Ribeiro); de Ibiquera (Ivan Cláudio de Almeida); e de Mirangaba (Dirceu Mendes Ribeiro).
Após a aprovação dos votos, os relatores apresentaram as Deliberações de Imputação de Débito (DID) com multas de R$ 1 mil (Aporá, Guajeru e Ibiquera), R$2 mil (Mirangaba) e R$3 mil (Cruz das Almas).
Cabe recurso das decisões.
PF prende três pessoas com 250kg de drogas nas margens do Rio Paraná
Foz do Iguaçu/PR. Nesta quarta-feira (21/5), a Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Militar do Paraná, prendeu três pessoas envolvidas no transporte de fardos de maconha às margens do Rio Paraná.
Os policiais identificaram uma embarcação realizando a travessia do Paraguai para o Brasil, atracando em um porto clandestino nas proximidades da Avenida Beira Rio. Ao chegarem ao local, encontraram diversos fardos abandonados na mata e observaram a movimentação de pessoas em fuga.
A equipe policial conseguiu deter três indivíduos diretamente envolvidos no transporte dos entorpecentes trazidos pelo barco.
Os presos e os fardos de maconha, totalizando 250 kg, foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu para a lavratura do auto de prisão em flagrante.
Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR - CS/PF/Foz
PF e PM apreendem 769 kg de entorpecentes abandonados na mata ciliar do rio Paraná
Fardos da droga foram abandonados quando os carregadores perceberam a aproximação da equipe policial
Foz do Iguaçu/PR. Policiais federais e policiais militares apreenderam, na madrugada desta quinta-feira (22/05), cerca de 769 kg de maconha em uma trilha que acessa a margem do rio Paraná, durante patrulhamento nas áreas de portos clandestinos.
A equipe policial se deslocava na mata ciliar, próximo ao leito do rio, quando perceberam movimentação de um grupo de indivíduos. Ao tentar se aproximar, os carregadores empreenderam fuga, abandonando diversos fardos de maconha, com peso aproximado de 769 kg de entorpecentes.
Toda a carga da droga foi recolhida e encaminhada para a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu para a lavratura do flagrante.
Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR - CS/PF/Foz
Lideranças do crime organizado são localizados pela FICCO Bahia, PM e PC
Criminosos possuíam mandados de prisão e participação em homicídios, lavagem de dinheiro, roubos, entre outros delitos.
Três líderes de facção, com atuação na cidade de Ibirapitanga, foram alcançados nesta quarta-feira (21), em uma operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) Bahia, com as Polícias Civil e Militar.
Os traficantes de drogas, envolvidos também com homicídios, lavagem de dinheiro, roubos, entre outros delitos, possuíam mandados de prisão e atiraram nas equipes policiais durante o cerco, na cidade de Ibirapitanga.
Houve confronto e o trio acabou ferido. Os integrantes de facção chegaram a ser socorridos, mas não resistiram. Com eles foram apreendidos três revólveres calibre 38, duas espingardas, munições, colete balístico, rádios comunicadores, celular, além de porções de drogas e uma balança de precisão.
Os criminosos costumavam também utilizar as redes sociais para fazer apologia à facção e exibir armas de fogo.
Eduardo Bolsonaro festeja fala de secretário de Estado dos EUA sobre possível sanção a Moraes
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou nesta quarta-feira, 21, uma declaração do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre possíveis sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo governo de Donald Trump.
Rubio fez a afirmação em resposta a uma pergunta do congressista republicano Cory Lee Mills na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes americana. Segundo o secretário, a questão está “sob análise” e há uma “grande probabilidade” de que as medidas sejam aplicadas.
“Agora nos EUA: Secretário Marco Rubio diz que está neste momento analisando sanções contra Moraes sob a ótica a Lei Magnitsky (violações de direitos humanos)”, afirmou Eduardo no X (antigo Twitter). “Pergunta foi feita pelo deputado Cory Lee Mills, que na semana passada se reuniu com os deputados Eduardo Bolsonaro e Filipe Barros. Venceremos!”, completou.
O filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda elogiou Mills, afirmando que ele é um homem de palavra que “disse e fez”
Autoexilado nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro condicionou sua volta ao Brasil a quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), for “sancionado”.
No início do mês de maio, Eduardo havia publicado em suas redes sociais que o chefe interino da Coordenação de Sanções do governo dos Estados Unidos, David Gamble, ia se encontrar com Jair Bolsonaro e com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no Brasil. O deputado licenciado tratava a viagem como um passo rumo a uma eventual sanção contra Moraes por parte da Casa Branca. A reunião não foi realizada.
Em vez disso, Flávio Bolsonaro recebeu em seu gabinete no Senado o consultor sênior do Departamento de Assuntos Ocidentais do Departamento de Estado americano, Ricardo Pita, para tratar de crime organizado.
O que diz a lei Magnitsky, citada por Rubio
A lei Magnitsky prevê sanções como o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país. Aprovada durante o governo de Barack Obama, em 2012, a legislação foi criada após a morte de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção envolvendo autoridades de seu país e morreu em uma prisão de Moscou, em 2009. Inicialmente, a lei tinha como foco punir os responsáveis por sua morte.
Para que sanções sejam aplicadas contra indivíduos estrangeiros, o presidente dos Estados Unidos deve apresentar provas confiáveis de infrações, incluindo execuções extrajudiciais, tortura e outras violações graves dos direitos humanos. Essas medidas podem ser impostas a agentes que reprimem denúncias de corrupção, cerceiam liberdades fundamentais ou atuam contra eleições democráticas.
Quem entra na lista pode enfrentar bloqueio de bens e contas bancárias no país, além de ter o visto cancelado e ser proibido de entrar nos EUA. Essas medidas são usadas contra pessoas, empresas ou organizações envolvidas em crimes financeiros ou violações de direitos humanos.
Lucas Keske / Estadão Conteúdo
Governo Lula tem 54% de reprovação e 40% de aprovação, aponta pesquisa Ipespe
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é reprovada por 54% dos brasileiros, enquanto 40% aprovam a gestão do petista, segundo levantamento da pesquisa Pulso Brasil, realizada pelo instituto Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) e divulgado nesta quarta-feira, 21. Outros 6% não souberam ou não responderam ao levantamento.
A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 19 de maio de 2025. O levantamento ouviu 2.500 pessoas em todo o País e tem margem de erro de dois pontos porcentuais. O nível de confiança é de 95,45%.
Os resultados permanecem os mesmos de março, mês do levantamento anterior do instituto, quando a reprovação era de 54%, a aprovação de 41% e os que não souberam responder representaram 5%.
O levantamento também mostrou que a Região Sul concentra a maior taxa de reprovação ao presidente Lula, com 59% dos entrevistados insatisfeitos com o governo. Já o Nordeste é a região com maior aprovação, onde 49% dos entrevistados avaliam positivamente a atual gestão.
O Ipespe também questionou os entrevistados sobre a política econômica do atual governo. A pesquisa mostrou que 57% dos brasileiros acreditam que a economia está no caminho certo, enquanto 38% dizem que ela segue na direção errada.
A pesquisa ainda mostrou que as notícias políticas mais consumidas pelos brasileiros nas últimas semanas eram sobre a fraude nos benefícios dos aposentados do INSS, viagens de Lula e acordos comerciais com a China e a fala da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, sobre o TikTok.
Maria Magnabosco / Folhapress
A fumaça incolor que sai da chaminé do Palácio de Ondina, por Raul Monteiro*
O ditado segundo o qual onde há fumaça há fogo tem se aplicado como uma luva às especulações sobre a montagem da chapa governista para as eleições de 2026 na Bahia. Se não houvesse alguma desconfiança em relação às reais chances de reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT), devido ao crescimento da desaprovação ao seu governo ou mesmo à alegada dificuldade do petista de coordená-lo, certamente não prosperariam os rumores de que ele pode ser substituído, a qualquer tempo, pelo ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, na corrida sucessória do próximo ano.
Basta ver que, no alongado período em que o PT comanda o Estado, de quase 20 anos, é a primeira vez que se manifesta o fenômeno, do qual passaram ao largo tanto o hoje senador Jaques Wagner quanto Rui, quando – o segundo sucedendo o primeiro -, governaram a Bahia. Mesmo sob os solavancos do mandato inicial, onde a falta de experiência lhe cobrou um preço alto e forças aliadas, notadamente o MDB, tentaram miná-lo por dentro aproveitando-se de suas fragilidades, Wagner jamais viu o direito natural de disputar a reeleição alvo de especulações em seu próprio partido, como ocorre agora com Jerônimo.
Sobre o hoje ministro, então, que viraria uma referência gerencial para o PT na Bahia e nacionalmente, não há registros de que tenha corrido o mesmo risco nem visto algum outro quadro, como Wagner, por exemplo, sendo lembrado para retornar e cortar-lhe o direito à sucessão. A explicação para isso não é apenas a de que ambos chegaram bem às portas dos pleitos em que se reelegeram, mas principalmente porque enfrentaram as disputas amparados pela imagem de que davam as cartas em suas respectivas administrações, condição para a qual contribuiu essencialmente o fato de terem escolhido Casas Civis fortes.
Liderança essencialmente política, com a qual neste aspecto Jerônimo se assemelha muito, Wagner deu atenção especial à posição, para a qual, no momento certo, nomeou Rui. Afeito às tarefas da área, o auxiliar se tornaria o principal representante da pasta em seu próprio governo, para a qual levou a experiência pessoal bem sucedida na gestão de Wagner. Antes de o hoje ministro ter gerenciado o governo do primeiro governador petista da Bahia, Eva Chiavon desincumbiu-se bem no mesmo papel. Nem ela e muito menos Rui podem ser comparados ao arremedo de Casa Civil com que Jerônimo conta hoje no governo.
Por causa da acefalia da pasta, problemas se acumulam na Chefia de Gabinete, onde não se fala português e muito menos ‘baiano’, na Cerb, na Seinfra e em várias outras partes do governo sem perspectiva de solução à vista, embalando o sonho dos ruisistas de verem o chefe retornando ao comando do governo em eleições justas e livres, hipótese a respeito da qual, apesar da idêntica preocupação com os rumos da administração estadual e do risco de um fracasso eleitoral do grupo, os wagneristas não aceitam conversar nem em mesa de bar. Como se não bastasse, Jerônimo ainda tem que administrar as disputas entre os dois Senhores.
* Texto do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.
Raul Monteiro*
Israel: Netanyahu diz estar “chocado” com morte de funcionários de embaixada em Washington
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou estar “chocado” com o “horrível e antissemita” assassinato a tiros de dois funcionários da Embaixada do país em Washington.
“Estamos testemunhando o terrível preço do antissemitismo e da selvagem incitação contra Israel”, disse o premiê, em nota. Netanyahu afirmou ainda ter orientado as missões israelenses no exterior a reforçar o aparato de segurança.
As duas vítimas, uma mulher e um homem, foram atacadas a tiros quando saíam de um evento em um museu judaico na capital americana. O suspeito de cometer o crime gritou “Palestina livre” após ter sido preso, segundo a polícia.
O atirador foi identificado como Elias Rodriguez, de 30 anos, morador de Chicago.
O embaixador israelense nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, disse que os dois funcionários mortos formavam um jovem casal e estavam prestes a ficar noivos.
Estadão Conteúdo
Ataque no Museu Judaico deixa dois funcionários da embaixada de Israel mortos em Washington
Dois assessores da Embaixada de Israel foram baleados e mortos do lado de fora de um evento no Museu Judaico, em Washington, na noite desta quarta-feira, 21, enquanto um evento organizado pelo Comitê Judaico Americano acontecia no local, informaram autoridades do governo americano.
“Dois funcionários da Embaixada de Israel foram assassinados esta noite perto do Museu Judaico em Washington, D.C.”, escreveu Kristi Noem, secretária de Segurança Interna, nas redes sociais. “Estamos investigando ativamente e trabalhando para obter mais informações para compartilhar. Por favor, rezem pelas famílias das vítimas.”
As duas vítimas, identificadas pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, como Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, estavam saindo do evento quando um homem, identificado como Elias Rodriguez, 30, de Chicago, abordou um grupo de quatro pessoas e abriu fogo, segundo a chefe de polícia metropolitana, Pamela Smith, em entrevista coletiva.
Lischinsky era assistente de pesquisa e Milgrim organizava visitas e missões a Israel.
Antes do tiroteio, o suspeito foi visto andando de um lado para o outro do lado de fora do museu, ele entrou no local depois do ataque e foi detido pela segurança. Quando foi preso, o homem começou a gritar: “Palestina livre”, disse a chefe de polícia.
Dan Bongino, vice-diretor do FBI, informou que os primeiros indicadores são de que o ataque foi um ato de violência direcionada.
O presidente dos EUA, Donald Trump, condenou o ataque em publicação no Truth Social. “Estes horríveis assassinatos em Washington DC, obviamente baseados no antissemitismo, devem acabar AGORA!”, disse. “O ódio e o radicalismo não têm lugar na América”.
O presidente israelense Isaac Herzog também se manifestou e disse estar “devastado” com as cenas. “Este é um ato desprezível de ódio, de antissemitismo, que ceifou a vida de dois jovens funcionários da embaixada israelense. “Estamos com a comunidade judaica em Washington, D.C. e em todos os EUA. Os Estados Unidos e Israel permanecerão unidos em defesa do nosso povo e dos nossos valores compartilhados. O terror e o ódio não nos destruirão”, disse.
As vítimas eram um casal jovem que planejava se casar em breve, segundo o embaixador israelense nos Estados Unidos, Yechiel Leiter.
“O jovem havia comprado um anel esta semana para pedir sua namorada em casamento na próxima semana em Jerusalém”, disse.
O gabinete do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu disse que ele ficou “chocado” com o tiroteio “horrível e antissemita”. “Estamos testemunhando o preço terrível do antissemitismo e da incitação selvagem contra Israel”, disse o comunicado.
O documento afirma que o primeiro-ministro falou com a procuradora-geral Pam Bondi, que lhe disse que Trump estava “envolvido na gestão do incidente” e que os EUA levariam o autor à justiça.
O ataque levou as missões israelenses a reforçarem sua segurança O tiroteio ocorre no momento em que Israel lança outra grande ofensiva na Faixa de Gaza, em uma guerra com o Hamas que acirrou as tensões no Oriente Médio e internacionalmente.
Estadão Conteúdo
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