Confederação israelita aponta antissemitismo em declaração de Lula sobre ataques de Israel em Gaza


A Confederação Israelita do Brasil (Conib) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um comentário antissemita ao dizer que Israel comete genocídio matando crianças e mulheres em Gaza “a pretexto” de eliminar terroristas.

Em nota divulgada neste domingo, 11, o presidente da Conib, Claudio Lottenberg, disse que “acusar judeus de matar crianças é uma das formas mais antigas e deploráveis de antissemitismo”.

“É lamentável e perturbador que o presidente do nosso País siga promovendo este libelo antissemita pelo mundo. O Brasil é um País onde a comunidade judaica vive em paz e segurança, mas o presidente Lula, com suas falas antissemitas, parece querer criar problemas para a nossa comunidade ao promover o antissemitismo entre seus apoiadores, numa atitude irresponsável e destrutiva”, ressaltou.

A Conib apontou ainda que nas falas de Lula falta a verdade, que seria o fato de que “o Hamas começou essa terrível guerra e se esconde atrás da população civil e de reféns israelenses para promover sua visão, aí sim genocida, de exterminar Israel e judeus”.

Em conversa com jornalistas em Moscou, no sábado, 10, Lula voltou a comentar o conflito na Faixa de Gaza. Mais uma vez, tratou as investidas de Israel contra o Hamas no território palestino como um genocídio.

“Na Faixa de Gaza é um genocídio, de um exército muito bem preparado contra mulheres e crianças a pretexto de matar terroristas. Já houve caso de explodirem um hospital e não ter um terrorista, só mulher e criança”, disse.

Procurado, o Palácio do Planalto não se manifestou.

Lula viajou à Rússia a convite do presidente Vladimir Putin para assistir a um desfile militar que marcou os 80 anos da derrota dos nazistas. O encontro com o líder russo é alvo de críticas dentro e fora do Brasil porque o presidente brasileiro tentava sagrar-se mediador de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. Em seguida, Lula seguiu para agendas na China.

Leia a íntegra da nota

O presidente Lula mais uma vez faz declarações antissemitas de que há um genocídio em Gaza e que Israel deliberadamente mata crianças e mulheres “a pretexto” de matar terroristas. Acusar judeus de matar crianças é uma das formas mais antigas e deploráveis de antissemitismo, e é lamentável e perturbador que o presidente do nosso país siga promovendo este libelo antissemita pelo mundo. O Brasil é um país onde a comunidade judaica vive em paz e segurança, mas o presidente Lula, com suas falas antissemitas, parece querer criar problemas para a nossa comunidade ao promover o antissemitismo entre seus apoiadores, numa atitude irresponsável e destrutiva. O que falta nas falas do presidente Lula sobre o conflito é a verdade: o Hamas começou essa terrível guerra e se esconde atrás da população civil e de reféns israelenses para promover sua visão, aí sim genocida, de exterminar Israel e judeus.

Claudio Lottenberg
Presidente da Confederação Israelita do Brasil (CONIB)

Vinícius Valfré/Estadão

Putin propõe e Zelenski aceita encontro na Turquia para negociação de paz na Guerra da Ucrânia mundo


É o mais perto que os líderes já chegaram de começar a conversar sobre um acordo desde quando Putin enviou milhares de tropas para a Ucrânia, em fevereiro de 2022, e desencadeou o mais grave confronto entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962.

Ainda há impasses para o encontro se concretizar, no entanto. O presidente russo ofereceu poucas concessões até o momento, e, agora, afirma que as possíveis conversas devem ser realizadas sem pré-condições.

“Oferecemos às autoridades de Kiev que retomem as negociações já na quinta, em Istambul”, disse ele em um comunicado televisionado do Kremlin, na madrugada de domingo (noite de sábado no Brasil).

“Nossa proposta, como se diz, está sobre a mesa. A decisão agora cabe às autoridades ucranianas e seus curadores, que parecem estar guiados por ambições políticas pessoais, e não pelos interesses de seus povos”, disse ele mais tarde ao agradecer à China, ao Brasil, aos países africanos e do Oriente Médio e aos EUA por seus esforços de mediação.

Zelenski afirmou pela rede social X que o aceno é sinal de que os russos começaram a considerar o fim do conflito, mas que, para isso, é preciso garantir “o primeiro passo para realmente acabar com qualquer guerra” —uma trégua. “Esperamos que a Rússia confirme um cessar-fogo total, duradouro e confiável a partir de amanhã, 12 de maio”, disse ele.

A demanda é encampada por representantes de grandes potências europeias, que exigiram um cessar-fogo incondicional de 30 dias sob o risco de novas sanções à Rússia durante um encontro com Zelenski em Kiev, neste sábado (10). O grupo inclui o presidente da França, Emmanuel Macron, e os primeiros-ministros da Alemanha, Friedrich Merz, da Polônia, Donald Tusk, e do Reino Unido, Keir Starmer.

Ao comentar a questão neste domingo, ao retornar da Ucrânia, Macron afirmou que a proposta de Putin “é um primeiro passo, mas não é suficiente”. “Um cessar-fogo incondicional não é precedido por negociações, por definição”, afirmou a jornalistas.

Em seu discurso da manhã no Kremlin, Putin rejeitou o que chamou de ultimatos vindos de potências europeias. Segundo ele, a Rússia já havia proposto diversas tréguas, incluindo uma na Páscoa e, mais recentemente, uma de 72 horas para as celebrações dos 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial.

A desconfiança entre as duas partes paira mesmo durante esses acordos. Neste domingo, Putin afirmou que a Ucrânia atacou a Rússia com 524 drones aéreos, 45 drones marítimos e vários mísseis ocidentais durante a última trégua concluída no sábado, determinada unilateralmente por Moscou.

Segundo a agência de notícias estatal Tass, o Ministério da Defesa russo afirmou, também neste domingo, que a Ucrânia teria violado a trégua de três dias mais de 14 mil vezes e as tropas de Kiev teriam feito cinco tentativas de romper a fronteira sul da Rússia.

As acusações acontecem também por parte da Ucrânia. Kiev não relatou nenhum lançamento de mísseis russos de longo alcance contra suas cidades nos últimos dias, mas acusa Moscou de centenas de violações na linha de frente.

Apesar do apelo de Putin, a Rússia lançou neste domingo um ataque com drones contra Kiev e outras regiões da Ucrânia, ferindo uma pessoa nos arredores da capital e danificando várias residências, segundo autoridades locais.

Em mensagem na rede social Truth Social, o presidente americano, Donald Trump, celebrou a proposta de Putin como um passo positivo para o fim da guerra. “Um dia potencialmente grandioso para a Rússia e a Ucrânia!”, escreveu o republicano. “Pensem nas centenas de milhares de vidas que serão salvas se esse ‘banho de sangue’ interminável finalmente tiver um fim”.

Folhapress

Secretaria de Saúde de Ipiaú realizou o Dia D da vacinação contra gripe

Profissionais da Rede Municipal de Saúde de Ipiaú estiveram mobilizados no Dia D da vacinação contra a gripe  realizado no último sábado. A ação  aconteceu em todas as unidades de saúde da cidade, além dos  postos instalados no Centro de Abastecimento e no estacionamento da Praça Salvador da Matta.

A prefeita Laryssa Dias acompanhou a vacinação no Centro de Abastecimento, onde convidou os feirantes e demais pessoas dos grupos prioritários a receberem a dose de imunização contra a influenza

A Secretária de Saúde, Keila  Maia, considerou  a ação imunizadora como positiva e lembrou que o Dia D veio acrescentar no trabalho que o município vem desenvolvendo desde o inicio da  campanha nacional promovida pelo Ministério da Saúde. A  vacinação prossegue em todas as  unidades básicas.

A  estratégia do Dia D foi pactuada entre o Governo Federal e as secretarias estaduais e municipais de saúde, como forma de intensificar  e alcançar a meta da campanha  iniciada no dia 7 de abril. “O Dia D nos deu a oportunidade de ampliar a cobertura vacinal e desse modo proteger ainda mais os vulneráveis”, acrescentou a secretária.

José Américo Castro(DECOM-Prefeitura de Ipiaú)-fotos Janaina Castro

Forças Estaduais e Federal localizam líder de facção durante ação integrada em Caraíva

Com o criminoso, que possuía mandado de prisão, foram apreendidos uma pistola, um revólver, carregador, munições e porções de entorpecentes.
Em nova ação de combate ao crime organizado, Forças Estaduais e Federal alcançaram, na noite de sábado (10), na cidade de Caraíva, o líder de uma facção envolvida com tráficos de armas e entorpecentes, homicídios, roubo e lavagem de dinheiro.

As equipes das Polícias Federal, Civil e Militar cumpriam mandado de prisão contra o homem, identificado como Alongado. O criminoso resistiu a prisão e acabou ferido. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

No local do confronto, um homem apontado com “segurança” do traficante também terminou atingido e não resistiu aos ferimentos.

Com o líder de facção e o comparsa foram apreendidos uma pistola, um revólver, carregador, munições e porções de entorpecentes.

Noite violenta em Barra do Rocha: em ataques distintos, guarda municipal é morto a tiros e casal baleado

A cidade de Barra do Rocha, no sul da Bahia, voltou a registrar crimes violentos após um longo período de tranquilidade. Na noite de sábado (10), dois casos distintos envolvendo disparos de arma de fogo deixaram um homem morto e outras duas pessoas feridas.

O crime mais grave ocorreu por volta das 23h40, na Rua Adelson Viana, próximo ao colégio CEAMB, na localidade conhecida como Horta Comunitária. Henrique Luiz Pereira de Araújo, de 48 anos, guarda municipal, foi executado a tiros em frente ao imóvel onde morava e também mantinha uma pequena mercearia. Segundo informações de moradores, diversos disparos foram ouvidos no momento do crime. No local, a Polícia encontrou cerca de dez cápsulas de pistola calibre .40. Henrique não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.

A esposa da vítima relatou à polícia que estava dormindo e acordou assustada com o barulho dos tiros. Ela contou que o marido havia ficado sentado na porta de casa tomando uma cerveja, quando teria sido surpreendido pelos criminosos. O corpo foi removido pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Jequié.

Casal baleado dentro de carro

Mais cedo, por volta das 21h, um homem e uma mulher foram baleados dentro de um carro na localidade conhecida como “Estrada da Ferrovia”. Eles foram atingidos por disparos enquanto estavam no interior do veículo. Apesar de ferido nas costas, o motorista conseguiu dirigir até a cidade e pedir socorro a uma guarnição da Polícia Militar. A mulher foi atingida no ombro esquerdo. Ambos foram socorridos por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados para atendimento médico. Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas. Conforme as informações preliminares, a mulher estava de carona no veículo quando ocorreu o ataque. A Polícia Civil irá investigar a autoria e motivação dos crimes. (Giro Ipiaú)

Auditores entregam cargos na Receita por valores de bônus

Auditores com cargos de confiança nas duas das principais divisões da Receita Federal, a de arrecadação e a de tributação, criticam o governo pela suposta quebra de acordo referente ao pagamento de bônus por eficiência (IEI) e isso levou a Coordenação de Tributação (Cosit) a pedir exoneração do cargo na última sexta (9).

A carta, obtida pela coluna Painel S.A., do jornal Folha de S.Paulo, foi enviada ao coordenador-geral de Tributação. Outra divisão da Receita, a coordenação de arrecadação, também enviou manifestação à chefia do órgão exigindo o cumprimento do acordo sob ameaças de paralisação em atividades relevantes.

No centro da discussão está o cálculo do bônus sobre os valores obtidos pelos fiscais para os cofres públicos em autuações e dívidas antigas de contribuintes.

“A solicitação decorre da recente decisão do Comitê Gestor do Programa de Produtividade da Receita Federal, que, de forma arbitrária, desarrazoada e desprovida de suporte legal, reduziu a remuneração dos auditores”, diz a carta da Cosit.

“Decorre também da ausência de senso de urgência para a solução das negociações salariais que negligenciam o corpo funcional da Receita Federal, cujos integrantes pertencem às únicas categorias do funcionalismo público federal que não tiveram reajuste do vencimento básico no ano corrente”.

Os auditores e analistas da Subsecretaria de Arrecadação, Cadastro e Atendimento reclamam ainda que uma resolução deste ano introduziu uma nova metodologia de cálculo no Índice de Eficiência (IEI) em divergência com o que determina a legislação.

Segundo a categoria, o decreto estabelece que o índice incide diretamente na base de cálculo do valor global e, em vez disso, ele estaria sendo definido por um novo modelo aplicado após a definição do valor individual de cada bônus.

Isso “representa ilegalidade e afronta à lógica do sistema instituído pela Lei nº 13.464/2017 e pelo Decreto nº 11.545/2023”, diz o documento.

Segundo os auditores, isso promove “uma segunda e indevida aplicação do IEI, com redução artificial e indevida do valor do bônus.

Os auditores afirmam que, em 2024, houve um acordo celebrado entre o governo e a Receita e, de com ele, o IEI incidiria sobre a base de cálculo do bônus para a definição do valor global a ser distribuído –não individualmente.

“A aplicação do IEI como fator redutor do valor global, e não individualmente sobre cada pagamento mensal, reflete a busca por um modelo juridicamente sólido, tecnicamente coerente e alinhado com os princípios da valorização do desempenho institucional”, diz a carta. “A inovação trazida demonstra uma quebra do acordo firmado.”

Por fim, os servidores dizem que, se não superado, o impasse poderá comprometer a execução de ações e projetos estratégicos da Administração Tributária e Aduaneira, como auditorias do direito creditório, análises de benefícios fiscais e de transações tributárias e a regulamentação da reforma tributária.

Julio Wiziack/Folhapress

Federações e fusões entre partidos antecipam eleições de 2026 na Bahia

Movimentos de cima para baixo, impostos pelas negociações nacionais entre partidos para a formação de federações ou fusões, afetam diretamente o xadrez político e antecipam a disputa eleitoral de 2026 na Bahia. Esses acordos miram o fortalecimento das legendas, ou são feitos por uma questão de sobrevivência das mesmas depois do fim das coligações, embora, muitas vezes, às custas do sacrifício de alianças locais.

A federação anunciada entre o União Brasil e o PP é um exemplo disso. Nacionalmente, os dois partidos passam a formar, juntos, a maior bancada na Câmara Federal, com 109 parlamentares. Na Bahia, no entanto, o “casamento” com prazo inicial de quatro anos sepultou os planos do PP de apoiar à reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT), ao menos de forma institucional.

Isso porque a federação, batizada de União Progressista Brasileira (UPB), será comandada em solo baiano pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), principal adversário do governador. Essa é a tendência, pois o partido de Neto tem mais congressistas do que o PP, presidido no Estado pelo deputado federal Mário Negromonte Júnior, que tentava levar a legenda para o “colo” de Jerônimo.

O acordo nacional também forçou os deputados do PP que almejam seguir com Jerônimo a intensificarem, faltando ainda 11 meses para a abertura da janela partidária de 2026, as articulações para troca de sigla. Quatro pepistas com cadeira na Assembleia Legislativa desejam fazer esse movimento de forma coletiva para uma única legenda, o que não é algo fácil.

Partidos da base de Jerônimo como o MDB, o PDT e o PSB, com quem os deputados estaduais do PP Niltinho, Hassan Iossef, Eduardo Sales e Antonio Henrique Júnior estão dialogando, têm dificuldades em receber os quatro pela resistência de candidatos das próprias siglas que miram cadeiras na Assembleia e não querem ser ameaçados. A questão é de matemática eleitoral.

PSDB e Podemos

Além do PSD e do Avante, que já chegam fortes em 2026 nas disputas proporcionais, o Podemos estaria disposto a receber os quatro deputados estaduais do PP em bloco, mas as conversas só serão concluídas após as negociações nacionais da cúpula do partido com o PSDB sobre uma fusão.

Essa fusão, que é um processo muito mais profundo do que uma federação, já que a partir dela surge um novo partido, afeta diretamente o posicionamento das duas siglas na Bahia. A maior questão é: quem ficará no comando no Estado. O PSDB hoje está no grupo de ACM Neto, enquanto o Podemos é da base de Jerônimo.

MDB e Republicanos

Outra federação que está sendo discutida em Brasília pode ocorrer entre o MDB e o Republicanos. A exemplo do PSDB e do Podemos, os dois partidos também estão em lados opostos na Bahia. O primeiro, inclusive, tem o vice-governador Geraldo Júnior. O segundo, comandado no Estado pelo deputado federal Márcio Marinho, é aliado de ACM Neto.

Esta semana, em conversa com este Política Livre, Márcio Marinho descartou que integrar uma federação seja prioridade do Republicanos neste momento. Entretanto, segundo a imprensa do sul do país, as conversas estão avançando. O site apurou que o ex-ministro Geddel Vieira Lima, liderança do MDB baiano, estará em Brasília esta semana para acompanhar essas negociações de perto.

MDB chegou a discutir PSD a possibilidade de uma federação, mas as conversas não avançaram.

Mecanismos diferentes

Embora muitas vezes confundidas, federação e fusão partidária são mecanismos distintos na legislação eleitoral brasileira. Na federação, dois ou mais partidos se unem para atuar como uma só legenda por, no mínimo, quatro anos, mantendo, no entanto, suas estruturas internas e identidades jurídicas separadas.

Já na fusão, os partidos deixam de existir individualmente para dar origem a uma nova sigla, com novo estatuto, direção e registro. Enquanto a federação é uma aliança duradoura e obrigatória em todas as esferas (municipal, estadual e federal), a fusão representa a incorporação definitiva de legendas em uma só.

Política Livre

PF alerta sobre sites falsos de concursos da instituição

Candidatos devem ficar atentos às informações oficiais para evitar golpes
Brasília/DF. A Polícia Federal alerta para o aumento de sites que anunciam concursos públicos inexistentes em nome da instituição.

Atualmente, o único concurso público aberto pela Polícia Federal é para a área administrativa, com inscrições realizadas exclusivamente no site oficial do Cebraspe: https://www.cebraspe.org.br/concursos/pf_25_adm.

A PF reforça que todos os processos seletivos oficiais são divulgados exclusivamente pelos canais institucionais e orienta os candidatos a desconsiderarem qualquer outra fonte não oficial. Em caso de suspeitas, denuncie às autoridades pelo canal Comunica PF: https://www.gov.br/pf/pt-br/comunica-pf.
Coordenação-Geral de Comunicação Social

Putin propõe negociações de paz com a Ucrânia após três anos de guerra


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs neste domingo (11) a realização de negociações diretas com a Ucrânia no dia 15 de maio, na Turquia. O objetivo, segundo ele, é alcançar uma paz duradoura — uma iniciativa que foi bem recebida pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

O líder russo, que até agora ofereceu poucas concessões para encerrar o conflito, afirmou que as conversas, previstas para ocorrer na cidade turca de Istambul, devem focar em eliminar as causas profundas da guerra e restaurar uma “paz duradoura e estável” — não apenas uma pausa para rearmamento.

“Estamos propondo que Kiev retome as negociações diretas sem qualquer pré-condição”, disse Putin do Kremlin, nas primeiras horas de domingo. “Oferecemos às autoridades de Kiev que retomem as negociações já na quinta-feira, em Istambul”.

Putin afirmou que conversará ainda no domingo com o presidente turco, Tayyip Erdogan, para viabilizar as conversas, que poderiam levar a um cessar-fogo.

“Nossa proposta, como se diz, está sobre a mesa. A decisão agora cabe às autoridades ucranianas e seus curadores, que parecem estar guiados por ambições políticas pessoais, e não pelos interesses de seus povos”.

O gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o ministério das Relações Exteriores da Ucrânia não responderam de imediato ao pedido de comentário da Reuters.

Em mensagem na rede social Truth Social, Trump celebrou a proposta de Putin como um passo positivo para o fim da guerra.

“Um dia potencialmente grandioso para a Rússia e a Ucrânia!”, escreveu Trump. “Pensem nas centenas de milhares de vidas que serão salvas se esse ‘banho de sangue’ interminável finalmente tiver um fim.”

Nenhum cessar-fogo?

A proposta de Putin ocorreu poucas horas após potências europeias exigirem em Kiev, no sábado (10), que o presidente russo concorde com um cessar-fogo incondicional de 30 dias, sob pena de enfrentar novas e “massivas” sanções.

Putin rejeitou o que chamou de tentativas de algumas potências europeias de impor “ultimatos”.

Segundo ele, a Rússia já havia proposto diversos cessar-fogos, incluindo uma moratória sobre ataques a instalações energéticas, uma trégua durante a Páscoa e, mais recentemente, uma pausa de 72 horas para as celebrações dos 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial.

Rússia e Ucrânia se acusaram mutuamente de violar essas tréguas temporárias, incluindo o cessar-fogo de 8 a 10 de maio.

Apesar do apelo de Putin por conversas de paz, a Rússia lançou no domingo um ataque com drones contra Kiev e outras regiões da Ucrânia, ferindo uma pessoa nos arredores da capital e danificando várias residências, segundo autoridades ucranianas.

Putin afirmou que não descarta que, durante as conversas propostas na Turquia, as partes concordem com “novas tréguas, um novo cessar-fogo”, o que poderia ser o primeiro passo rumo a uma paz sustentável.

Após anúncio, Rússia lança ataque aéreo contra Kiev, diz prefeito da cidade

Unidades de defesa aérea da Ucrânia estavam tentando repelir um ataque aéreo russo contra Kiev, segundo informou o prefeito da capital. Testemunhas da Reuters relataram explosões semelhantes às provocadas por unidades de defesa aérea em operação.

O ataque ocorreu poucas horas depois de Vladimir Putin, propor negociações diretas com a Ucrânia em 15 de maio, em Istambul.

Folhapress

MP defende cassação do prefeito de Curitiba em manifestação; decisão cabe à Justiça

O Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) recomendou, em alegações finais — última etapa antes da sentença —, a cassação dos mandatos do prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), e de seu vice, Paulo Martins (PL), por suposto abuso de poder político e de autoridade durante o período pré-eleitoral de 2024. No mesmo parecer, o MPE também pediu que Pimentel, Martins e o ex-prefeito Rafael Greca (PSD) fiquem inelegíveis por oito anos. A decisão agora cabe à Justiça Eleitoral.

Pimentel nega irregularidades. “Venci os dois turnos da eleição com o voto da maioria dos curitibanos. Foi uma vitória democrática em uma eleição limpa. Fui diplomado pela Justiça Eleitoral e empossado em 1º de janeiro. Confio na Justiça e no arquivamento dessa ação”, disse Pimentel, ao Estadão.

A ação foi movida pela jornalista Cristina Graeml (Podemos), que foi candidata à Prefeitura de Curitiba em 2024 pelo PMB, e apura suposto abuso de poder político e de autoridade na arrecadação de recursos para a campanha de Pimentel. Segundo a denúncia, o ex-superintendente de tecnologia da prefeitura de Curitiba Antônio Carlos Rebello teria coagido servidores comissionados a comprar convites de R$ 3 mil para um jantar de arrecadação do PSD realizado no dia 3 de setembro de 2024. O dinheiro seria destinado à campanha do então candidato.

Pimentel afirmou, em nota, que repudia toda e qualquer atitude que possa configurar ameaça ou constrangimento a servidores públicos. “O evento em questão foi organizado pelo PSD e não pela candidatura, que usou apenas recursos do Fundo Eleitoral e doações de pessoas físicas no limite da lei. Respeito o parecer do Ministério Público, mas ressalto que se trata da opinião da promotoria. Aguardo a decisão judicial, com a certeza que o caso será arquivado, já que não há nenhum fato que demonstre que a campanha tinha conhecimento ou deu anuência para qualquer ato irregular”, disse ele.

A ação teve como base áudios divulgados pelo portal Metrópoles, nos quais o ex-superintendente Antônio Rebello aparece ameaçando exonerar servidores comissionados que se recusassem a colaborar. A defesa sustenta que as gravações são clandestinas e, por isso, não servem como prova. Aliados de Eduardo Pimentel afirmam reservadamente que o jantar citado ocorreu no âmbito do PSD estadual, responsável por financiar campanhas em diversas cidades do Paraná. Eles classificam o parecer do Ministério Público Eleitoral — que tem oito páginas — como frágil e baseado em prova considerada ilícita.

Para a promotora eleitoral Cynthia Maria de Almeida Pierri, há provas robustas que sustentam a acusação, mesmo sem considerar os áudios. Para ela, “a repercussão midiática, por si só, demonstra a gravidade e o impacto do ocorrido”. Ela menciona ainda a rápida exoneração do investigado Antônio Rebello, logo após a divulgação dos fatos, como um forte indício da veracidade e gravidade da conduta a ele imputada, representando uma admissão tácita da irregularidade por parte da administração. A promotora fala da existência de “diversas” doações no valor exato de R$ 3 mil, correspondente ao preço do convite, realizadas ao PSD em período próximo ao jantar.

“Portanto, mesmo desconsiderando-se o conteúdo direto dos áudios por eventual ilicitude, o conjunto probatório remanescente é suficiente para demonstrar a ocorrência da coação e do consequente abuso de poder”, diz a promotora. Ela acrescenta que há exceções que permitem o uso desse tipo de gravação como prova, como quando é feita em ambiente público.

Diante dos fatos, Pierri pede, em seu parecer, que a Justiça reconheça a prática de abuso de poder político e de autoridade por parte dos investigados; declare a inelegibilidade de Pimentel, Rebello e Greca por oito anos; e decrete a cassação do registro ou diploma de Pimentel e Martins.

Bianca Gomes/Estadão

Temos que revisar processos de todos os benefícios, diz presidente do INSS após escândalo dos descontos


O presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Gilberto Waller Júnior, disse ao jornal Folha de S.Paulo que chegou para fazer um saneamento no órgão e antecipa que fará uma revisão dos processos de concessão de todos os benefícios pagos pelo órgão. “A gente precisa olhar começo, meio e fim”.

Waller Júnior diz que, a partir de agora, as nomeações de coordenadores para a autarquia serão apenas de técnicos. Segundo ele, a mando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Estamos comprando briga com Deus e o mundo. Quando você bloqueia consignado, bloqueia pagamento, a gente não está comprando briga pequena”, diz. “Se tiver alguém com algum problema, alguma suspeita, alguém por indicação política, é o momento adequado para fazer esse saneamento”.

Sobre o empréstimo do consignado via INSS, declarou que a ideia é fazer um grande debate sobre a sua continuidade, mas admite que pelo valor que o órgão recebe dos bancos hoje, é melhor que a modalidade acabe. “Para receber R$ 117 milhões por ano e ter toda hora dizendo que a fraude do consignado é do INSS? É melhor acabar. O INSS não faz parte dessa cadeia de empréstimo”.

Segundo ele, a Justiça avalia o bloqueio de R$ 2,5 bilhões de bens das associações envolvidas no escândalo. O governo vai pedir ao Judiciário para fazer a venda antecipada desses bens para ressarcir às vítimas das fraudes.

Está um clima muito ruim no INSS. O que se ouve é que os “nervos estão à flor da pele”.

Creio que o clima seja péssimo mesmo. O INSS tem que ser o lugar em que o segurado se sinta em casa e não nas páginas policiais, com operação da PF, escândalo, propina, mala de dinheiro, dirigentes com milhões de reais na conta. Estamos no olho do furacão. Ao mesmo tempo em que há uma mudança de gestão, precisamos dar uma resposta rápida para a sociedade.

Existe um processo de descentralizar o instituto?

Na primeira conversa que tive com o ministro Wolney Queiroz [da Previdência] falei da dificuldade que o INSS tinha de nomear, exonerar, de contratar. Na gestão anterior, o INSS não podia nomear ou exonerar um cargo mais simples da sua estrutura. Tudo tinha que passar pelo crivo da Previdência. Isso trouxe um atraso enorme aqui para mudar a equipe.

Ele já delegou em portaria ao presidente do INSS a nomeação para cargos de até coordenador geral. Não combina com uma autarquia com o tamanho do INSS ficar dependendo de um crivo ministerial para nomear o seu chefe de agência, seu gerente executivo, seu chefe de serviço. Autarquias têm que ser dirigidas por técnicos. A partir do momento que se coloca um crivo de ministério para escolher quais são os coordenadores, chefes, você fragiliza a autonomia da autarquia.

Abre espaço para nomeações políticas, seria isso?

Quem está mais próximo sabe aquele técnico que presta melhor serviço ou não, se a pessoa é adequada para aquele cargo. Não estou aqui falando sobre questões políticas, mas cada vez que você sobe mais o nível para a escolha daquele cargo, mais difícil é para o ministro saber se aquela pessoa é adequada ou não para ser chefe de agência.

O INSS tem cargos muito técnicos ocupados por indicações políticas?

Eu não sei. O que o presidente Lula me falou foi: ‘Você tem carta branca para sanear o INSS, para colocar os técnicos, as pessoas mais adequadas’. As nomeações e exonerações que estou fazendo, eu não pergunto de quem que ele foi indicado, quem o mantém ali. Simplesmente estão sendo exonerados e nomeados novos técnicos. Essa pergunta de quem indicou, quem te assegura, não é feita.

Eu escolhi os novos diretores e falei: ‘eu não vou mexer nos seus coordenadores, você é responsável pela escolha e o critério tem que ser único, exclusivamente técnico. Agora, se der um problema em alguma política pública, eu vou cobrar pessoalmente de você’. Se tiver alguém com algum problema, alguma suspeita, alguém por indicação política, é o momento adequado para fazer esse saneamento.

Os acordos associativos aumentaram na pandemia, em 2019. Ficou mais fácil fraudar?

Menos controle presencial e mais dependência eletrônica. Encontraram ali uma brecha para uma grande fraude. Alguns dos atores que estavam na fraude na pandemia se encontram na fraude agora.

A ação da AGU contra 12 entidades que seriam o núcleo da fraude excluiu várias associações que estão na investigação. A Contag, a Conafer, o Sindnapi. Por que isso aconteceu?

Tem responsabilização de pessoas físicas, dos nossos agentes públicos e dos sócios. Mas as empresas que cometem corrupção respondem a um processo específico previsto na lei anticorrupção, quando paga propina ou é fantasma.

Todas as 12 pagaram propina ou não tinham condições nenhuma de funcionar. O único objetivo era fraudar. As outras empresas que estão no relatório até hoje não tem comprovação. As investigações persistem. Se uma ou outra aparecer com pagamento de propina, como fantasma, sem condições de funcionamento, provavelmente —e eu falo provavelmente porque a CGU avocou para poder melhor apurar— vai abrir processo contra as demais. A situação é diferente. Irregularidades existem de todas que estão na operação. Mas o que temos hoje para abrir processo são aquelas que a PF detectou.

Numa delas, o irmão do presidente Lula é um dirigente. Outra é uma entidade da área rural, que é base de sustentação do PT. Pareceu algo arbitrário e não houve uma explicação…

Essa situação foi decidida tecnicamente. Eu não tenho como enquadrar na lei anticorrupção outras condutas. Não tenho, neste momento, elementos suficientes.

O presidente da Câmara falou que pode adotar medidas legislativas. Ele sugere, inclusive, acabar com o INSS intermediando os descontos associativos. É o caminho?

Cabe ao INSS ser essa ponte numa relação privada? 

É uma discussão a ser feita. Se vale o modelo de uma relação privada, que emite boletos, e desconta no seu cartão de crédito, e não cabe ao INSS interferir. Ou o INSS precisa ser um garantidor, uma primeira porta para barrar a fraude. Vejo pontos positivos dos dois lados. Não fechei ainda o entendimento. Tem horas que eu falo: nosso segurado precisa de uma proteção maior. Se o INSS não foi capaz de fazer essa proteção, imagina o nosso segurado, lá na ponta, sendo procurado por alguém com um papelzinho. Por outro lado, o INSS está manchando a sua imagem, sendo manchete numa relação desnecessária. O INSS é simplesmente um repassador de informação. Alguém que só tem custo e prejuízo de imagem.

O consignado parece ser um problema que está contratado, que envolve muito mais dinheiro? Pode chegar a 40% do valor do benefício.

É uma questão difícil e o INSS não tem essa natureza. O INSS tem por função conceder e manter benefícios previdenciários. Ele não é uma instituição financeira. Ele não faz empréstimos. Verificamos vulnerabilidades, que a gente permite que a instituição financeira não tão proba, correspondentes bancários, tenham acesso ao nosso aposentado sem autorização dele. Os benefícios concedidos a partir de 2024 para serem desbloqueados, precisavam de reconhecimento facial. 

Mas deixaram abertos todos os demais benefícios. Qual a razão? 
Não sei. Então a gente colocou o desbloqueio e só reabre se ele autorizar de maneira facial. Vamos criar uma frente ampla para discutir o futuro do consignado dos aposentados e pensionistas.

Mas acha melhor acabar com o consignado via INSS?

Ainda estamos pensando. Pelo custo hoje, é melhor acabar. Para receber R$ 117 milhões por ano e ter toda hora dizendo que a fraude do consignado é do INSS? É melhor acabar. O INSS não faz parte dessa cadeia de empréstimo. O INSS não lucra. O valor do contrato é muito baixo.

A decisão de que os aposentados serão ressarcidos já foi tomada com recursos do Tesouro…

Ele [o presidente] falou primeiramente para esgotar todos os meios para conseguir o ressarcimento por meio de ação judicial para responsabilizar.

A Justiça é lenta no Brasil…

Há R$ 2,5 bilhões que já estão pedidos para serem bloqueados para garantir reparação. Precisamos de autorização judicial para poder utilizar o dinheiro, pedir para poder vender os bens. Pelo pacote anticrime, há a possibilidade de o Judiciário autorizar que o governo faça a venda antecipada. E depois, se reverter a decisão de condenação, o governo ressarce pela utilização daquele dinheiro. Ao invés daquele esquema Jorgina [Jorgina de Freitas, fraudadora do INSS], que a gente ficava administrando apartamento, loja. Agora, a gente precisa saber o tamanho, o quanto, quantas pessoas foram lesadas, qual o valor real do prejuízo. Eu tenho um teto de R$ 5,9 bilhões. Nove milhões de pessoas tiveram desconto associativo [desde março de 2020]. Quanto efetivamente eu preciso de recurso para ressarcir os nossos aposentados e pensionistas?

Na terça-feira, qual a expectativa do senhor? De agências cheias?

A gente não colocou atendimento em agência. A gente não tem agências abertas em todos os locais do nosso país. Hoje, 70% das nossas agências não têm atendimento ao público. Os nossos atendimentos são agendados pela Central 135 e o Meu INSS. Nós estamos pensando em outro canal para poder atender a população que quer o contato presencial, mas eu não posso divulgar ainda se eu não tiver certeza que essa vai estar preparado e pronto para receber essa pessoa.

Correios? Caixa?

Não sei. Olha quantas instituições de nome, renomadas. Podemos juntar todo mundo.

Isso pode gerar fila de aposentados.

Teve uma política de deterioração de atendimento ao nosso beneficiário. O INSS por muito tempo teve uma Diretoria de Benefício e uma Diretoria de Atendimento, que era preocupada em como atender a pessoa, de como verificar, monitorar a fila. Não sei qual a razão, entenderam por bem que essa Diretoria de Atendimento teria que ser extinta e ser criada uma Diretoria de Tecnologia da Informação. Agora a Diretoria de Atendimento voltará. Na verdade, a TI tem que ser uma das formas de atendimento, um meio, e não o fim. Eu tenho que lembrar que a minha população tem uma característica própria

Como ficam as entidades que são idôneas e que tiveram o desconto associativo suspenso?

Está proibido a cobrança em folha. Nada impede que essa associação emita boleto e o associado pague. Eu não conversei com nenhuma associação. Até saber quem é quem, eu não vou receber nenhuma associação.

Esse escândalo mostra que os controles precisam ser alterados. O que o sr. vai mudar nas regras de fiscalização e controle sobre a gestão da folha, que soma mais de R$ 1 trilhão por ano?

Começamos, primeiramente, a passar um pente-fino no que é descontado diretamente no contracheque. E a gente verificou três formas de desconto. A primeira, associativa, fizemos bloqueio. Vamos resolver o passado. O consignado, o que a gente podia fazer de imediato, a gente já fez e vai fazer mais. E a terceira foi do programa Meu INSS Vale +, que é um programa, mas até agora só a PicPay ofertou, mas efetivamente estava aberto a qualquer instituição.

A Febraban foi a primeira a denunciar [problemas no Meu INSS Vale +], mas temos inúmeras denúncias de cidadão, inclusive. Eu tenho sérias dúvidas sobre a sua legalidade. Fazer desconto em folha, sem autorização legislativa. O Meu INSS Vale + foi criado por uma resolução do então presidente do INSS num valor de R$ 450 reais numa possibilidade de superendividamento, porque não afeta a margem consignável.

Por que o senhor acha que o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, adotou a medida?

Não sei. Os órgãos de controle estão apurando. Isso ocorreu na véspera do Carnaval. O programa PicPay foi criado inicialmente com valor de R$ 100, que era um adiantamento. E, na véspera do Carnaval, passou para R$ 450. Em um mês a folha era R$ 280 milhões para a gente descontar dos aposentados. A gente não descontou. Avisamos: não desconto se você não provar que está correto.

A gente está agindo, a gente está fechando, a gente está sentando com órgãos de controle o tempo inteiro e com a nossa área jurídica verificando o que é risco jurídico, o que é risco para o nosso segurado. Estamos comprando briga com Deus e o mundo. Quando você bloqueia consignado, bloqueia pagamento, a gente não está comprando briga pequena.

Tudo que precisamos assinar agora verificamos se tem alguma recomendação do TCU, alguma recomendação do MPF e, principalmente, alguma recomendação da CGU. Para termos várias visões dentro de todos os programas do INSS e verificar onde a gente vai atuar. BPC, seguro defeso, temos que mudar todos os nossos procedimentos.

Uma faxina?

A gente está revisitando todos os processos. Não, eu não quero revisão de custo com aposentado. Eu não quero revisão de gasto com aposentadoria. Eu quero que quem tem direito receba o que tem direito.

E quando a gente fala em revisão de processos, não uma revisão dos BPCs já concedidos, seguro defeso, revisão de benefícios por incapacidade, a gente precisa olhar começo, meio e fim de todos.

Não só a concessão do benefício, mas de todos os requisitos. O que a gente pode desburocratizar? O que pode ser feito para o cidadão? O que eu posso fazer e ter mais garantia de que quem precisa, quem faz jus, receba. Quem não faça jus, não receba. É esse o nosso olhar hoje. É revisitar todos os processos de concessão desses benefícios de manutenção.

E a fila das concessões?

Está altíssima. Tem fila que é desnecessária. A gente em breve vai lançar um programa de minimizar os problemas das filas e pensar numa solução ao longo prazo. Essa Diretoria de Atendimento vai ter essa função: diminuir fila e verificar como a gente pode atender melhor o nosso cidadão. Eu não quero mais o segurado sendo tratado como número.

Adriana FernandesJulianna Sofia/Folhapress

Endividamento chinês se iguala ao dos Estados Unidos e cria problema para o Brasil


Estados Unidos e China, as duas maiores economias do mundo, mantêm trajetórias explosivas para o aumento de suas dívidas públicas.

Os norte-americanos superam os 100% em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e os chineses chegarão a esta marca no final deste ano. Em ambos, houve forte aceleração recente, com tendência de alta.

Para o resto do mundo e países muito endividados como o Brasil, haverá pressão para os bancos centrais manterem juros elevados a fim de atrair financiadores de suas dívidas –à medida em que os dois gigantes sugarão dinheiro do mundo para rolar débitos.

Em abril, a Fitch Ratings rebaixou de “A+” para “A” (numa escala até “AAA”) a classificação para dívidas chinesas em moeda estrangeira, o que deve encarecer o custo de rolagem dos débitos.

A China vem se endividando rapidamente. No primeiro quadrimestre, a dívida total dos emergentes (governos, empresas e famílias) aumentou US$ 3,5 trilhões. A China respondeu por US$ 2 trilhões, segundo o IIF (Instituto de Finanças Internacionais). Em 2019, a dívida pública chinesa equivalia a 60% do PIB –agora está em 93%.

Os débitos chineses ganharam ímpeto com a decisão há alguns anos de estimular a demanda doméstica. Isto foi reforçado com a guerra comercial deflagrada pelos EUA, que pode limitar o acesso da China aos EUA –destino de 15% das exportações. Outro fator foi o déficit crescente dos governos regionais.

Cerca de 80% das receitas das administrações locais vêm do aluguel de terrenos para empreendimentos imobiliários, que minguaram com uma superoferta de moradias. Para contornar, as autoridades permitiram que governos regionais emitissem títulos no mercado, ampliando o endividamento.

A China também tem déficit fiscal (receitas menos despesas) crescente. Deve chegar a 8,5% do PIB neste ano –acima dos 6,5% da média entre 2020 e 2024 e mais que o dobro dos 3% entre 2015 e 2019. Isto significa que o país, além de endividado, terá rombos maiores que ampliarão a dívida.

Nos EUA, a situação não é melhor. A promessa recém reafirmada de Donald Trump de estender cortes de impostos adotados em 2017 (em seu primeiro governo) pode elevar a dívida pública em 15 pontos percentuais nos próximos nove anos, segundo projeções do Congressional Budget Office –que calcula cenários até piores caso o presidente não consiga compensar a perda de arrecadação com mais tarifas e outras medidas.

Cálculos do IIF e da Tax Foundation sustentam que as estimativas do governo Trump para arrecadar mais com tarifas e gastar menos com o Doge (com Elon Musk à frente) são irrealistas para compensar a perda de arrecadação com os cortes de impostos.

Para financiar a perda de receitas, os EUA teriam que emitir cada vez mais títulos, elevando os juros ao redor do mundo –pois muitas economias têm de pagar um prêmio acima dos chamados T-Bonds americanos para atrair investidores a fim de rolar suas dívidas. Caso contrário, haveria preferência para os títulos americanos.

O crescimento dos EUA também está em xeque. Como o PIB é o denominador para o cálculo da relação dívida/PIB, o endividamento aumenta se o país não cresce, elevando o nível da dívida em relação ao tamanho da economia.

“Teremos sorte se os EUA chegarem ao final do ano melhores do que em uma recessão. Todos serão prejudicados pela guerra tarifária, mas os EUA são os maiores perdedores”, afirma Isabelle Mateos y Lago, economista-chefe do banco francês BNP Paribas.

Ela ressalta que o chamado “excepcionalismo americano” –o privilégio de se financiar a custo baixo no mundo e de ter a principal moeda reserva de valor, o dólar –também está ameaçado com as políticas de Trump para tarifas e a diplomacia internacional.

“Isso trará uma dinâmica mais desconfortável para os EUA, à medida que seus títulos serão cada vez mais questionados sobre se ainda são um porto seguro”, diz.

Ed Parker, diretor da Fitch Ratings, diz que o mundo está entrando em uma “nova era de endividamento global”, com pressões de gastos para defesa, aposentados e saúde. Já o crescimento americano será menor, em sua opinião, e a inflação, mais alta –com o impacto dos produtos importados tarifados.

“Isso deve levar a um aumento das taxas de juros que os EUA pagam para se financiar”, afirma. Como consequência, países como o Brasil (terceiro maior juro real do mundo) terão de manter taxas elevadas para atrair investidores que poderiam aplicar nos EUA, com risco menor.

Cathy Hepworth, diretora-geral da PGIM Fixed Income, que administra US$ 1,3 trilhão em investimentos ao redor do mundo, diz que a mudança em curso na economia global, com EUA e China à frente, trará mudanças significativas.

“Não se deve subestimar a importância crescente da China na economia mundial e as consequências do fim da excepcionalidade americana”, afirma.

Fernando Canzian/Folhapress

Senador Cleitinho Azevedo cogita ‘não disputar eleição nunca mais’; saiba o motivo


O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) subiu à tribuna do Senado na sexta-feira, 10, e desabafou sobre a política brasileira. Apesar do seu destaque nas pesquisas para o Governo de Minas Gerais, ele afirma estar se questionando sobre se manter ou não na vida pública.

Segundo ele, se a política continuar da forma que está, não pretende mais concorrer a cargos públicos. “Minha pretensão mesmo é não disputar eleição nunca mais na minha vida. É manter meu mandato que vai mais 6 anos e parar de disputar eleição, porque cada dia que eu vejo isso aqui me desanima mais”.

Em sua fala, o senador conta que uma das suas frustrações é que muitos de seus projetos não são aprovados. “Eu tenho mais de 300 projetos protocolados, e só projetos que beneficiam a população brasileira. Tudo em favor do povo. Aí eu estou aqui me matando, me doendo, fazendo de tudo para melhorar a vida das pessoas, e meus projetos não são aprovados. Quando chegam em comissão, os caras têm coragem de pedir o adiamento de 30, 60 dias”, diz.

Cleitinho afirma também que seus valores “não são negociáveis”. “Eu não faço nada de errado, quem está ganhando, se um dia eu virar governador, não sou eu não, são os 853 municípios, porque eu não tenho coragem de fazer nada de errado, eu não tenho coragem de negociar nada para mim a não ser negociar pro povo”.

Sobre o âmbito político, ele reflete sobre como tudo parece ser “feito para não funcionar”. “Parece que todo mundo pensa ‘a política é negócio para roubar, desviar dinheiro e fazer rolo’, ninguém parece que senta e fala ‘não, vamos fazer para o povo’.” E completou: “Se você entra, saiba que você está num ninho de coisa errada”, antes de concluir reafirmando que vai refletir sobre seu futuro na política.

Pesquisa mostrou resultado favorável para 2026

De acordo com levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado no início de abril, Cleitinho Azevedo lidera um dos cenários na corrida ao governo de Minas em 2026. Ele somaria 39,7% das intenções de voto em disputa contra o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que somaria 19,3%.

Enquanto isso, o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) marcaria 14,6%. Na sequência estão o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), com 3,8%, o vice-governador de Minas Mateus Simões (Novo), com 3%, e o deputado estadual Tadeuzinho (MDB), também com 3%. Votos em branco e nulo somam 11,8%, e 4,8% não souberam responder.

A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 30 de março, com 1.660 eleitores em 70 municípios mineiros. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Giulia Howard/Estadão

Governo quer que vítimas reembolsadas renunciem a futuras ações contra o INSS

Foto: Divulgação/INSS
O governo federal está desenhando uma proposta de acordo judicial para que aposentados e pensionistas que recebam de volta o dinheiro descontado fraudulentamente de seu pagamento do INSS renunciem à possibilidade de, no futuro, acionar a Justiça contra órgão.

A ideia é dar segurança tanto às vítimas quanto ao INSS: há uma preocupação de que o órgão sofra uma avalanche de ações judiciais mesmo depois de fazer o reembolso, que deve envolver alguns bilhões de reais.

A intenção é que o pagamento feito agora vincule o aposentado ou o pensionista, que dariam quitação total da dívida em um acerto homologado judicialmente.

O governo pretende, com isso, devolver os recursos rapidamente às vítimas ao mesmo tempo em que evita um rombo futuro de proporções gigantescas no INSS.

Ações judiciais podem resultar em precatórios que aumentariam a dívida do órgão e levariam os aposentados e pensionistas a esperarem por anos pela devolução dos recursos.

Na entrevista coletiva de autoridades do governo sobre o escândalo nesta semana, o advogado-geral da União, Jorge Messias, anunciou, sem dar detalhes, que estava convidando a Defensoria Pública da União, o Ministério Público Federal, o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Federal de Justiça para uma reunião sobre o assunto.

Segundo ele, a AGU e o INSS vão apresentar ao sistema de Justiça o “plano de ressarcimento excepcional” que está sendo implantado pelo governo, o que ajudaria a “preservar o direito de aposentados e pensionistas” de receber o dinheiro de volta.

Mônica Bergamo/Folhapress

Uma noite inesquecível em Japomirim para celebrar o amor que transforma: o amor de mãe!

A Prefeitura de Itagibá, por meio da Secretaria de Assistência Social, realizou nesta última sexta-feira (09) uma linda homenagem às mães do distrito de Japomirim. Foi uma noite cheia de emoção, afeto e reconhecimento — do jeitinho que elas merecem!

O evento contou com apresentações encantadoras das crianças dos grupos de convivência do CRAS, que deram um verdadeiro show de ternura. Cada gesto, cada música, cada olhar… tudo preparado com muito carinho para tocar o coração das mamães presentes. E conseguiu: teve riso, teve lágrima e muitos aplausos!
No final da noite, cada mãe recebeu uma lembrança especial, feita com amor para reforçar o quanto são valorizadas e essenciais para suas famílias e para nossa comunidade.
“Nossa missão é valorizar cada mãe, cada história e cada família. Essa noite foi um gesto de gratidão a todas que cuidam, ensinam e transformam vidas com amor.”
— Rosebete Barreto, secretária de Assistência Social.
Acom/Prefeitura de Itagibá.

FICCO/PR apreende 40KG de drogas no Paraná

Foz do Iguaçu/PR. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Paraná (FICCO/PR) apreendeu 40 kg de drogas, na última quarta-feira (7/5), em Terra Roxa/PR.

Após o recebimento de informações da ocorrência de tráfico de drogas, os policiais realizaram diligências no local indicado, quando encontraram, no interior de uma casa tabletes de maconha, pedras de crack e pinos com cocaína.

Todo o material foi recolhido e encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Terra Roxa/PR.

Comunicação Social da Polícia Federal no Paraná

PF e PM/PR apreendem uma tonelada de drogas


Foz do Iguaçu/PR. Policiais federais e militares apreenderam um veículo, com registro de furto, transportando cerca de uma tonelada de drogas em uma estrada vicinal de Diamante do Oeste, na manhã deste sábado (10/5).

Os policiais realizavam patrulhamento na região rural do município, quando perceberam uma caminhonete, com placas de outro estado, em movimentação atípica. Ao determinar a parada do veículo, o condutor fugiu por alguns quilômetros abandonando a caminhonete em uma plantação de milho.

Foram encontrados uma tonelada de maconha em fardos envoltos por sacos plásticos no interior veículo, que possuía registro de furto no estado do Rio Grande do Sul.

O veículo e a droga foram levados para a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu para a formalização da apreensão.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/

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