Homem é preso por tráfico de drogas no bairro Santana

Um jovem de 20 anos foi preso na noite desta segunda-feira (28) por tráfico de drogas no bairro Santana, em Ipiaú. A ação foi realizada por guarnições da ROTAM da 55ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), após denúncia sobre a prática criminosa na Rua Noel Bonfim.

De acordo com a PM, ao chegarem ao local, os policiais abordaram um suspeito que correspondia às características descritas na denúncia. Durante a revista pessoal, foram encontradas drogas em seu bolso. Questionado, o suspeito revelou que possuía mais entorpecentes guardados em sua residência.

Os policiais se deslocaram até a casa do suspeito, onde ele mesmo indicou o local onde escondia a droga. No imóvel, foram apreendidas 34 buchas de maconha, 43 pedras de crack, uma pedra maior de crack e R$ 47 em espécie.

O acusado morador da Rua Neide Sampaio, bairro Lauro de Freitas, em Ipiaú, foi conduzido juntamente com o material apreendido para a Delegacia de Polícia de Jequié, onde foram adotadas as medidas cabíveis. (Giro Ipiaú)

Ministro vê federação PP-União alinhada em apoio a Lula em 2026

A federação que será formada por União Brasil e PP vai se alinhar para apoiar a reeleição do presidente Lula (PT) nas eleições de 2026, afirma o ministro Celso Sabino (Turismo).

“Nós acreditamos que, até o momento de tomar a decisão oficialmente, nós vamos estar alinhados em todas as alas da federação para apoiar o presidente Lula”, disse ele, ligado ao União.

Além de Sabino, entram na cota de indicações do partido os ministros das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, e o da Integração Nacional, Waldez Góes —ambos nomes do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP). Já o PP tem o ministro do Esporte, André Fufuca (MA).

Apesar de terem representação na Esplanada, União e PP têm alas de oposição ao governo Lula.

No caso do União, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, lançou sua pré-candidatura à Presidência em 2026 com críticas a Lula, sobretudo na área da segurança pública. Além disso, as bancadas na Câmara e no Senado têm figuras de oposição ao presidente, como o deputado federal Kim Kataguiri (SP) e o senador Sergio Moro (PR), só para citar alguns.

Já o PP é presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL) e também de oposição a Lula.

Danielle Brant/Folhapress

Kassio defende redução de penas do 8 de janeiro em voto contra a prisão de Collor

O ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), se manifestou nesta segunda-feira (28) contra a prisão imediata de Fernando Collor de Mello. No mesmo voto, defendeu a redução das penas dos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A execução da pena foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes após analisar que os recursos contra a condenação do ex-presidente em ação oriunda da Lava Jato buscavam apenas protelar a execução da pena. Por 6 votos a 4, o STF manteve a decisão.

A maioria do colegiado negou o pedido da defesa de Collor pelo entendimento de que o recurso era apenas protelatório, ou seja, usado com a finalidade de evitar o cumprimento da pena, sem novos argumentos.

André Mendonça abriu divergência, e foi acompanhado por Gilmar Mendes, Luiz Fux e Kassio. Essa corrente defendeu o tipo de recurso analisado, para casos em que as ações penais tramitam apenas no Supremo.

Para eles, a jurisprudência do STF permite novos recursos quando os anteriores tiveram ao menos quatro votos vencidos, favoráveis à defesa. Kassio foi além.

“Em inúmeras ações penais relativas aos tristes e lamentáveis eventos do dia 8 de janeiro de 2023, passei a reconhecer, em caráter excepcional, o cabimento dos embargos, embora não tivessem sido proferidos 4 (quatro) votos absolutórios próprios nos julgados”, disse.

“No contexto das referidas ações, em que se torna premente a necessidade de redução das penas fixadas, concluí que os embargos infringentes deveriam ser admitidos”, afirmou o ministro.

Kassio ainda ressaltou que caberia ao plenário concluir a questão, sem que fosse possível, antes disso, firmar o trânsito em julgado do caso, como fez Moraes para determinar a prisão de Collor.

Ana Pompeu/Folhapress

Ex-presidente do INSS ignorou parecer e liberou descontos em massa a entidade investigada, diz PF

A Polícia Federal aponta a atuação da cúpula do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para liberar o desconto em massa de aposentadorias em favor da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura).

Segundo a investigação, o instituto deu aval para a consignação da mensalidade associativa em 34.487 benefícios a partir de uma lista encaminhada pela entidade ao INSS. Alessandro Stefanutto, ex-presidente do instituto, foi um dos que assinaram a autorização, mesmo depois de a Procuradoria do órgão ter emitido um parecer contrário à liberação.

Segundo a PF, documentos internos do INSS citam que “foi esboçada uma solução pelo presidente do INSS” para o pedido da Contag, em reunião realizada em junho de 2023 entre representantes da Contag e Stefanutto.

Na última quarta-feira (23), a Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União) realizaram a operação Sem Desconto, para combater um esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões, que começou em 2016 e ganhou força em 2019.

Estão na mira da investigação associações e sindicatos que têm acordos com o INSS que permitem o desconto de mensalidades diretamente na folha de pagamento, desde que autorizados pelos aposentados e pensionistas, em troca de benefícios como plano de saúde, desconto em farmácia e academias.

Stefanutto deixou o cargo em meio às investigações. Entre 2019 e 2024, a soma dos valores descontados de benefícios do INSS por diversas associações chega a R$ 6,3 bilhões, mas ainda será apurado qual a porcentagem foi feita de forma ilegal, segundo as investigações.

A PF apontou “fundados indícios de lavagem de dinheiro” de pessoas ligadas à Contag, como diretores e procuradores, no pedido de buscas na investigação sobre descontos indevidos de aposentadorias. A entidade teria recebido R$ 2 bilhões em descontos de contribuições associativas —também não se sabe quanto desse montante é irregular.

Em nota, a defesa de Stefanutto disse que “reafirma a sua inocência e declara que no curso da investigação será comprovada a manifesta ausência de qualquer participação nos ilícitos investigados”.

A Contag repetiu nota divulgada na semana passada, quando a confederação disse que atua “na luta pela garantia, manutenção e ampliação de direitos de mais de 15 milhões de trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares”. “Entre os quais estão aposentados, aposentadas e pensionistas rurais que fazem parte do quadro associativo e que autorizam o desconto da sua contribuição associativa para o Sistema Confederativo”, afirmou a Contag.

Em março de 2023, a Contag solicitou ao INSS desbloqueio em massa dos descontos, já que, segundo relatório da PF, a confederação afirmava que os beneficiários estavam enfrentando dificuldades para fazer a autorização por meio do sistema do instituto.

A atuação da cúpula do INSS se deu após as áreas técnica e jurídica do instituto apontarem, em abril do mesmo ano, a “impossibilidade desse desbloqueio em lote”, narra a PF.

“É importante frisar que o bloqueio do benefício surgiu como uma medida destinada a evitar fraudes e os consequentes danos aos idosos e ao próprio INSS”, afirmou a Procuradoria do instituto.

Três dias após a reunião entre representantes da Contag e Stefanutto, em junho, a entidade manifestou “inconformidade com o indeferimento” e reforçou o pedido de liberação dos descontos. No ofício, a confederação apontou “dificuldades operacionais que o INSS tinha em atender os pedidos de desbloqueio feitos pelos beneficiários”.

Na sequência, o então coordenador-Geral de Pagamento de Benefícios do INSS, Jucimar Fonseca da Silva, enviou o processo da Contag à Presidência do INSS e informou que a entidade aguardava autorização para desbloqueio de 24 mil descontos. No mesmo despacho, ele citou a reunião feita dias antes entre a entidade e Stefanutto.

A investigação da PF aponta que a Contag, em outubro de 2023, listou 32.337 benefícios que aguardariam a decisão do INSS para receber a cobrança de mensalidade. No fim do mesmo mês, Jucimar assinou nota técnica em que considerou o pedido da Contag “razoável” e encaminhou o processo para Procuradoria do INSS —setor que, meses antes, deu parecer contrário ao desbloqueio.

No dia seguinte, o então procurador-chefe Virgílio de Oliveira Filho afirmou que não havia “óbice jurídico” em liberar os descontos. Ele ainda apontou que a consulta era de “baixa complexidade jurídica e com pedido de urgência”, para justificar que ele mesmo analisaria o caso.

Em 6 de novembro, Stefanutto determinou que a área técnica do INSS “operacionalize o desbloqueio”, com base em planilha fornecida pela Contag. A Dataprev teria então desbloqueado descontos em 34.487 benefícios de uma lista entregue pela confederação.

Jucimar e Virgílio foram afastados de seus cargos na semana passada, por determinação da Justiça. Procurados por meio da assessoria do INSS para comentar o assunto, eles não se pronunciaram. O INSS afirmou que ainda não teve acesso ao processo.

Os investigadores ainda apresentaram à Justiça um “diagrama” para retratar “de forma inequívoca, a ilicitude da conduta dos envolvidos no desbloqueio em lote narrado”. A representação cita Stefanutto entre os “atuantes nos processos” de liberação dos descontos.

A PF relata ainda os dados de auditoria em que a CGU (Controladoria-Geral da União) detectou “quantitativo expressivo de solicitações de exclusão de descontos da Contag”, “em montantes de 18.693, 17.988, e 27.547, respectivamente, em 2023/1, 2023/2 e 2024/1”.

Os investigadores também citaram auditoria interna do INSS apontando que os argumentos usados para o desbloqueio “não condizem com realidade fática”. Segundo o documento, “não havia represamento de requerimentos de associados da entidade para desbloqueio do benefício para inclusão de desconto”.

A auditoria do INSS afirma que apenas 213 pessoas da lista de 35.058 benefícios entregues pela Contag “aguardavam tarefa de desbloqueio”.

A PF também disse a Justiça que não há, no processo de liberação dos descontos, “qualquer registro de validação, mesmo que amostral, das informações remetidas pela entidade acerca dos beneficiários para os quais se solicitava o desbloqueio em lote do benefício para a implementação de descontos associativos”.

Mateus Vargas/Constança Rezende/Folhapress

Líder do PDT diz que ‘demitir Lupi é demitir o partido’ do governo

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG), afirmou que caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decida tirar o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, de seu governo, estará não somente demitindo o ministro, como também o próprio partido de Lupi.

“Na minha opinião, se Lupi for demitido, eu acho que ele (Lula) demite o partido. Acho que o partido não tem que colocar substituto de maneira alguma”, disse Heringer em entrevista ao site Poder360.

O ministro, que foi presidente nacional da sigla durante anos, enfrenta desgaste no Ministério diante da investigação da Polícia Federal (PF) que revelou esquema de descontos ilegais bilionários em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, entre 2016 e 2024. Lupi não está sendo formalmente investigado pela PF.

Na entrevista, Heringer também defendeu que o PDT não faça uma nova indicação para o ministério caso o correligionário seja mesmo demitido, e afirmou que a pasta “só dá problema”, sendo muito visada pelo alto volume orçamentário. “Não há possibilidade de a gente fingir que o nosso companheiro não foi atingido”, disse o deputado, afirmando ter “certeza absoluta” que o partido não tem nenhuma responsabilidade sobre o crime.

Na última quarta-feira, 23, a operação resultou no afastamento de Alessandro Stefanutto da presidência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Onze entidades são suspeitas de desconto irregular em benefícios entre 2019 e 2024.

Neste domingo, 27, Lupi negou ao jornal O Estado de São Paulo que tenha se omitido ao receber alertas de fraudes no INSS desde 12 de junho de 2023, e que determinou uma apuração sobre o tema, concluída em 6 de setembro de 2024. “Não me omiti, procurei agir”, declarou Lupi à reportagem.

Karina Ferreira/Estadão

Na véspera da federação com PP, líder do União Brasil na Assembleia se reúne com secretário de Jerônimo

Líder do União Brasil na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) – principal partido de oposição ao PT na Bahia – o deputado estadual Júnior Nascimento teve um encontro nesta segunda-feira (28) com o secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, principal articulador político do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

O registro da agenda foi feito nas redes sociais pelo secretário e replicado no perfil oficial do deputado.

“Diálogo produtivo com o deputado @deputado juniornascimentoba, tratando de demandas para os municípios de João Dourado e Adustina. Seguimos fortalecendo parcerias para levar mais desenvolvimento e qualidade de vida para toda a Bahia”, escreveu Adolpho Loyola.

O encontro acontece um dia antes do anúncio oficial da federação União Brasil-PP, previsto para esta terça-feira (29), e que neutraliza as negociações para o retorno do PP à base petista na Bahia.

Por outro lado, o deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil), primo de Júnior, pode deixar a legenda e assumir o controle estadual do PRD, podendo inclusive apoiar a reeleição do governador, que chegou a afirmar em entrevista coletiva, nesta segunda, que deseja o apoio do partido.

“Você já viu algum da gente desprezar apoio? Apoio é bem-vindo, mas apoio, para a gente, tem palavra”, disse Jerônimo, em evento ao lado do deputado estadual Marcinho Oliveira, fiel aliado de Elmar, que também encaminha saída do União Brasil para o PRD.

Política Livre

Malafaia fará ato por anistia e afirma que negociação com STF prova farsa de ‘trama do golpe’

O pastor Silas Malafaia, um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), planeja uma nova manifestação a favor da anistia dos condenados por envolvimento nos ataques de 8 de janeiro.

O ato ocorrerá em Brasília, no dia 7 de maio. À reportagem, o pastor afirmou que a negociação entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) para soltar os presos pelo episódio é a prova de que “o suposto golpe não passa de uma farsa assinada pelo STF”.

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, estão finalizando tratativas com o Supremo.

“Isso é uma palhaçada. Uma confissão inequívoca de que o STF reconhece que o golpe é uma farsa. Uma injustiça contra pessoas inocentes, comandada pelo ditador de toga Alexandre de Moraes”, afirmou Malafaia.

Se aprovada, a proposta permitirá a soltura de manifestantes presos, ou ao menos a migração para regimes semiaberto ou domiciliar.

A proposta também prevê o aumento das penas para lideranças envolvidas em tentativas de golpe de Estado no Brasil. Sobre essa possibilidade, Malafaia defende anistia irrestrita a todos os envolvidos e comparou o cenário atual à Lei da Anistia, sancionada em 1979, que perdoou crimes políticos cometidos durante a ditadura militar (1964-1985).

Malafaia também relatou ter visitado Bolsonaro no hospital nos últimos dias. Segundo ele, o ex-presidente gravou um vídeo convocando apoiadores para a manifestação, mas não comentou sobre a possível condenação nem sobre a política brasileira.

Mônica Bergamo/Folhapress

Deputada federal acusa marido de agressões físicas e psicológicas

Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados/Arquivo

Em uma carta aberta divulgada em suas redes sociais, a deputada federal Marussa Boldrin (MDB-Goías) acusou de agressão o marido Sinomar Júnior. Segundo ela, as agressões psicológicas começaram logo após o nascimento da primeira filha e pioraram a partir de 2023 quando as agressões físicas tiveram início.

“Não quero mais carregar essa dor calada. Não quero mais fingir que está tudo bem. Não aceito mais ser abusada, nem física, nem moral, nem psicologicamente. Hoje, eu começo a escrever um novo capítulo da minha vida. Um capítulo de cura, de força, de dignidade. Por mim. Pelos meus filhos. Por todas nós”, postou, ao final da carta aberta, a parlamentar.

Ao longo do texto, Marussa descreve como foi esse relacionamento abusivo e classifica a denúncia pública como um ato de coragem.

“Durante anos, fui silenciada dentro da minha própria casa. Fui desvalorizada, desacreditada, diminuída como mulher, como mãe e como profissional. E, por muito tempo, acreditei que suportar em silêncio era o caminho. Hoje, sei que não era”, disse.

Medo, vergonha e traição
Segundo a parlamentar, os problemas começaram logo após o nascimento da primeira filha. “O homem que havia jurado cuidar de mim se afastou, emocional e fisicamente, e as agressões psicológicas começaram”, disse ela ao explicar que seu silêncio ao longo dos anos foi por medo, vergonha e por acreditar que tudo poderia mudar.

“Mesmo depois de descobrir uma traição, em que a outra pessoa chegou a me mandar mensagem expondo o relacionamento entre eles, tentei reconstruir. Engravidei do segundo filho mais uma vez tentando corrigir a rota do abuso com amor. Ao invés da relação dar sinais de melhora, os abusos se transformaram em pesadelos diários. E a pressão psicológica e moral passou a ser regra”, acrescentou.

Rotina de sofrimentos
Houve, segundo ela, uma “rotina de sofrimentos”, com muitos xingamentos, maus-tratos, ameaças e humilhações. “Me agarrei à falsa esperança de que o amor pudesse curar o que, na verdade, era abuso. Mas não há cura quando não há respeito. Não há reconstrução possível onde há destruição emocional diária”, acrescentou.

Para proteger os filhos do trauma de um divórcio e com medo de expor sua vida em público, a deputada acabou por insistir em uma relação que, segundo ela, era de coexistência em um mesmo ambiente.

“Eu estava sozinha, buscando forças para sair de um relacionamento que nunca deveria ter sido construído. Em 2025, resolvi seguir com minha vida para tentar voltar a ter paz, ele reagiu com ódio e me espancou pela segunda vez, agora com mais intensidade”, relatou Marussa, referindo-se ao momento em que tomou a decisão de tornar público o seu problema e fazer o boletim de ocorrência em uma delegacia policial.

Agência Brasil

Apagão gera caos em Portugal e Espanha, que após 10 h seguem parcialmente sem luz elétrica

Poto: Reprodução/Redes sociais

Um apagão de grandes proporções atingiu nesta segunda-feira (28) partes da Europa, especialmente Espanha e Portugal, gerando caos no transporte público, atrasando voos e limitando atendimento no sistema de saúde desses países. Houve relatos de problemas também nas redes de energia da França e Bélgica, porém em menor proporção.

No fim da tarde, no horário de Brasília, o sistema havia retornado em apenas algumas regiões dos dois primeiros países. Na Espanha, partes de Galícia, País Basco e Catalunha tinham recuperado a eletricidade, enquanto municípios na região de Madri começavam a retomar o sinal de internet. Em Portugal, o premiê, Luís Montenegro, pediu paciência e afirmou que a rede será restabelecida “nas próximas horas”.

Dados da Rede Elétrica da Espanha reunidos pelo El País mostram uma queda brusca no consumo às 12h25 locais (7h25 no Brasil). Nesse horário, a demanda caiu pela metade em menos de uma hora. Mais tarde, o Ministério do Interior espanhol declarou estado de emergência nas regiões atingidas. Na França, a operadora RTE disse que houve uma breve interrupção, mas que a energia foi restaurada rapidamente.

Logo após o apagão, o Incibe (Instituto Nacional de Cibersegurança da Espanha) afirmou que estava verificando se a falta de luz havia sido um ciberataque —possibilidade levantada também pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial português, Manuel Castro Almeida, em entrevista à emissora RTP 3.

A hipótese deu origem até mesmo a uma notícia falsa de que o corte de energia se devia a um ataque russo. Ao longo da tarde, porém, a possibilidade de uma sabotagem perdeu força —o presidente do Conselho Europeu, o português António Costa, afirmou que, até aquele momento, não havia indícios de que o apagão generalizado fosse resultado de um ciberataque.

Uma teoria que ganhou tração tem relação com questões climáticas. Em um primeiro momento, a REN (Redes Energéticas Nacionais), responsável pela distribuição de energia em Portugal, chegou a dizer que um fenômeno atmosférico raro na Espanha, produzido por variações extremas de temperatura no interior do país, podia ter sido o responsável pelo apagão.

Ao jornal The New York Times, porém, um funcionário da empresa descartou essa possibilidade, acrescentando que a informação havia causado “dor de cabeça”. Sem dar detalhes, ele disse acreditar que o apagão foi causado por uma interrupção na rede elétrica europeia.

A companhia disse ainda que a restauração completa da rede elétrica do país pode levar até uma semana, embora Montenegro tenha falado em um restabelecimento dentro de algumas horas.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, fez um apelo para que não se especulasse, mas não descartou nenhuma hipótese. “Ainda estão estudando as causas”, afirmou ele no Palácio da Moncloa. O líder pediu ainda que a população reduza ao máximo seus deslocamentos e limite o uso de seus celulares somente para o que for “estritamente necessário”.

Ele disse também que o funcionamento das centrais hidrelétricas havia sido restabelecido, sem se comprometer, no entanto, com um prazo para o retorno à normalidade.

Ao longo do dia, trechos do metrô de Madri foram esvaziados e a circulação ferroviária foi interrompida em todo o país. Em Atocha, por exemplo, uma das principais estações ferroviárias da cidade, os passageiros esperavam nas plataformas com os trens parados. Quem se locomovia com carro não era poupado, já que enfrentava congestionamentos devido à falta de semáforos em funcionamento.

“Simplesmente não sei a quem recorrer. Minha filha em Barcelona está dando à luz. Vamos perder a conexão para chegar lá”, disse Ángeles Álvarez, do lado de fora da estação ferroviária de Atocha, uma das principais de Madri.

Centenas de pessoas estavam do lado de fora de edifícios de escritórios nas ruas da capital espanhola, onde havia uma forte presença policial ao redor de edifícios importantes, segundo uma testemunha da agência de notícias Reuters.

Nas redes sociais, um usuário compartilhou uma cena em que passageiros saem de um trem e andam sobre os trilhos no Monte Archanda, em Bilbau, cidade no norte da Espanha.

O apagão afetou até mesmo uma partida de tênis. O ATP Masters 1000, um dos principais torneios de tênis do mundo, que ocorria em Madri, foi suspenso temporariamente. O italiano Matteo Arnaldi, que surpreendeu Novak Djokovic no sábado (26), estava vencendo o bósnio Damir Dzumhur quando o jogo foi interrompido. O apagão também obrigou o búlgaro Grigor Dimitrov e seu adversário britânico Jacob Fearnley a saírem da quadra.

“Duas partidas de simples e uma de duplas no evento ATP Masters 1000 estavam em andamento quando a energia foi perdida às 12h34, horário local”, disse a ATP em seu site oficial. “Estamos trabalhando para restaurar a normalidade o mais rápido possível”, publicou a conta do Open de Madrid no X.

O temor de que o apagão se estenda por muito tempo fez alguns madrilenhos estocarem comida. As prateleiras de um supermercado na capital estavam vazias enquanto pessoas tentavam estocar água, ovos e leite e formavam longas filas.

“Saí do trabalho, de repente acabou a energia e as pessoas começaram a comprar”, disse Joanly Perez, uma médica de 33 anos em Madri. “As pessoas não têm certeza do que pode acontecer e estão comprando itens essenciais básicos, só por precaução.”

Já em Portugal, a fornecedora de água Epal disse que o abastecimento também poderia ser interrompido, e houve uma corrida aos supermercados para comprar suprimentos de emergência, como lampiões a gás, geradores e baterias.

Tanto em Portugal quanto na Espanha, diversos hospitais tiveram que restringir suas operações. Na capital espanhola, a queda de energia paralisou sistemas internos do Doce de Octubre, que suspendeu consultas e cirurgias agendadas e limitou o atendimento a procedimentos urgentes e extraordinários.

A polícia portuguesa afirmou que os semáforos foram afetados em todo o país, e, em Lisboa e no Porto, o metrô foi fechado. Há diversos relatos na imprensa sobre bancos sem funcionar e lojas fechadas nessas duas cidades, as maiores de Portugal, incluindo o histórico mercado do Porto. A ANA, empresa responsável pelos aeroportos do país, afirmou que os geradores de emergência foram acionados.

“Nos aeroportos de Faro e do Porto estão a fazer-se todas as aterragens e descolagens, com recurso a energia de gerador, enquanto em Lisboa estão também a acontecer aterragens e descolagens, mas com maior limitação”, disse a empresa, segundo o jornal Público.

A REN, de Portugal, confirmou o corte de eletricidade em toda a Península Ibérica e afirmou que os planos para a restauração do fornecimento de energia estão sendo ativados. “A REN está em contato permanente com entidades oficiais, nomeadamente a Autoridade Nacional de Proteção Civil. Ao mesmo tempo, as possíveis causas deste incidente estão sendo avaliadas”, afirmou a companhia.

A empresa afirmou também que suas equipes estão em ação para retomar o fornecimento a pontos de consumo prioritários, como hospitais, forças de segurança, aeroportos e infraestruturas ferroviárias e rodoviárias.

A Aena (Aeroportos Espanhóis e Navegação Aérea), que administra 46 aeroportos na Espanha, relatou atrasos de voos em todo o país. De acordo com o El País, porém, o tráfego aéreo havia reduzido 20% devido a precauções de segurança relacionadas às telecomunicações. Os aeroportos das Ilhas Baleares e Canárias não foram afetados pelos cortes de energia, e os demais estão operando com geradores, de acordo com o governo.

Em Portugal, a Anac (Autoridade Nacional de Aviação Civil) disse ter ativado os planos de contingência e pediu para os passageiros não se dirigirem ao aeroporto. Diversas pessoas que não viram o aviso ou que já estavam a caminho do terminal não conseguiram entrar, de acordo com a imprensa local.

Apagões tão generalizados são incomuns na Europa. Em 2003, um problema com uma linha de energia hidrelétrica entre a Itália e a Suíça causou uma queda de energia em toda a península italiana por cerca de 12 horas. Já em 2006, uma rede de energia sobrecarregada na Alemanha causou cortes de eletricidade em partes do país e na França, Itália, Espanha, Áustria, Bélgica, Holanda e até no Marrocos.

Agora, o impacto da falta de energia na população fez os governos de ambos os países se movimentarem. O governo de Sánchez formou um gabinete de crise na sede da Rede Elétrica para lidar com a situação; em Portugal, o governo anunciou uma reunião extraordinária dos ministros na residência oficial do primeiro-ministro, segundo o Público.

Folhapress

Plataforma de controle de voos mostra aviões 'desaparecendo' após apagão em Portugal; VÍDEO

Apagão de energia elétrica atinge grandes partes da Espanha e de Portugal. Por causa da falta de luz, que começou por volta das 12h do horário local - 7h de Brasília -, vários serviços foram interrompidos.

Espaço aéreo português imediatamente antes do apagão e depois dele — Foto 1: Reprodução/ Flightradar24 — Foto 2: Flightradar24
O apagão de energia elétrica que atingiu grandes partes da Espanha e de Portugal nesta segunda-feira (28) afetou aeroportos e estações de trem nos dois países. Imagens captadas pela plataforma de monitoramento de voo Flightradar24 mostram impacto do problema no tráfego aéreo no aeroporto internacional de Lisboa (veja no gif acima).

Por causa da falta de energia, que começou por volta das 12h no horário local (7h em Brasília), vários serviços foram interrompidos. Companhias aéreas relatam problemas nos aeroportos de Barajas, em Madri, e El Prat, em Barcelona.

A ANA, operadora aeroportuária portuguesa, informou que não prevê decolagens de voos de Lisboa antes das 22h (horário local; 18h em Brasília), devido ao blecaute que atingiu Península Ibérica.

No site do aeroporto, um aviso alerta os passageiros:

"Devido a um corte geral de energia, poderão ocorrer problemas operacionais. Entre em contato com sua companhia aérea antes de se dirigir ao aeroporto."

A operadora da rede elétrica de Portugal afirmou, por volta das 11h de Brasília, que o apagão foi resultado de uma falha na rede espanhola, relacionada a um fenômeno atmosférico raro. Não há indicativo de que a falha tenha sido causada por um ciberataque.
Imagens mostram o metrô de Madri parado e às escuras após apagão.

Reproduzir vídeo

O primeiro-ministro de Portugal, Luis Montenegro, disse que a expectativa é que a energia seja restabelecida no país nas "próximas horas".

Senado e STF acertam lei para soltar presos do 8/1 e aumentar penas de líderes que tentarem golpe

Os presidentes do Senado, David Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, estão finalizando uma negociação com o Supremo Tribunal Federal (STF) para aprovar uma lei no parlamento que diminua as penas dos condenados do 8/1. E que, por outro lado, aumente as punições para lideranças de tentativas de golpe de Estado no Brasil.

Com isso, os manifestantes que foram presos por tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito depois do quebra-quebra de 8/1 poderão ser soltos, ou ao menos levados a cumprir prisão no regime semiaberto ou domiciliar.

A ideia é esvaziar a pressão de bolsonaristas para que o parlamento aprove uma anistia para esses presos, o que poderia beneficiar também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e generais investigados por liderar a tentativa de golpe o país.

Para aumentar a chance de a lei ser aprovada nas duas Casas, ficará claro que as novas regras, como prevê o arcabouço legal do país, poderão retroagir para beneficiar investigados, réus e condenados, mas não para prejudicá-los.

Ou seja, a aprovação de uma pena maior para líderes de organizações que tentam abolir a democracia não valerá para Jair Bolsonaro. Mas sim para aqueles que, no futuro, tentem dar um golpe no Brasil. O ex-presidente, portanto, ficará sujeito às penas já existentes quando começou a ser investigado.

O projeto deve ser apresentado em maio no Senado por Alcolumbre. Como ele é o presidente da Casa, conseguirá dar maior peso político à discussão.

A coluna apurou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, um dos principais interlocutores dos dois parlamentares, deu aval à medida. Ela já teve também a concordância do presidente da corte, Luís Roberto Barroso, de acordo com senadores que dialogaram com os juízes.

De acordo com um senador, o aval dos magistrados era importante para que a lei, depois de aprovada, não fosse considerada inconstitucional pelo Supremo.

O mesmo parlamentar explicou que, hoje, a Constituição brasileira, em seu artigo 359, prevê penas de 4 a 12 anos de prisão para quem atentar contra as instituições democráticas e o processo eleitoral. Não diferencia, porém, um manifestante que fez uma pichação em uma estátua na praça dos Três Poderes, como a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, de um ministro que elaborou uma minuta de golpe e a levou a Bolsonaro, como o ex-ministro da Justiça Andreson Torres.

“O parlamento precisa elaborar leis que permitam ao STF aplicar penas diferentes a condenados diversos, e proporcionais ao que fizeram”, diz o mesmo senador à coluna. “É preciso adequar a lei para permitir que o Judiciário aplique penas mais razoáveis”, segue.

Uma vez aprovada, a proposta vai ao crivo da Câmara dos Deputados. Caso seja alterada, volta ao Senado, que como propositor terá a palavra final no assunto.

Com isso, diz o parlamentar, cria-se uma alternativa à anistia, que segundo ele é “radical, inapropriada e injusta”.

Mônica Bergamo, Folhapress

PF incinera 5 toneladas de drogas em Mato Grosso do Sul

Três Lagoas/MS. A Polícia Federal incinerou, na manhã deste sábado (26/4), em Três Lagoas/MS, mais de 5,1 toneladas de drogas, entre maconha e cocaína.

A carga de entorpecentes, compreendendo aproximadamente 4,519 toneladas de maconha (incluindo haxixe e skunk), 634,7 quilos de cocaína (pasta-base e cloridrato) e ainda 0,092 quilos de folhas de coca, foi escoltada por Policiais Federais até um forno industrial em Três Lagoas.

A ação ocorreu na presença de representantes da Vigilância Sanitária.

As drogas incineradas são oriundas de apreensões feitas em Três Lagoas e região nos últimos quatro meses.

Comunicação Social da
Superintendência Regional de Polícia Federal em Mato Grosso do Sul

PF e Receita Federal combatem descaminho de leite em pó na fronteira com a Argentina

Dionísio Cerqueira/SC. No último sábado (26/4), em uma ação conjunta entre a Polícia Federal e Receita Federal, duas pessoas foram presas por descaminho e, com elas, foram apreendidos aproximadamente 220 sacos de leite em pó, cada um com 25 kg, além de uma pistola 9 mm. A ação ocorreu na cidade de Barracão/PR.

Após receber denúncias sobre uma possível atividade criminosa, os policiais federais iniciaram as diligências e localizaram o motorista do caminhão que foi contratado para transporte do leite, bem como o depósito de onde ele teria saído. Com o apoio da Receita Federal, os policiais constataram que a carga era proveniente da Argentina, e estaria sendo introduzida ilegalmente no Brasil por um grupo criminoso.

No depósito, os policiais encontraram 5 homens, todos de nacionalidade argentina. Um deles estava armado com uma pistola calibre 9mm e foi preso por porte ilegal de arma de fogo. Outro, que se identificou como responsável pelo depósito, também foi preso. Ambos poderão responder pelo crime de descaminho.
Carga ilegal com cerca de 5,5 toneladas de leite em pó e uma arma de fogo foi apreendida em operação conjunta no município de Barracão/PR

Comunicação Social da Polícia Federal em Dionísio Cerqueira/SC

Lupi vai à Câmara na mira da oposição por suspeitas de fraude no INSS

O ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), deve comparecer na terça-feira (29) à Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados para falar sobre a operação da PF (Polícia Federal) e da CGU (Controladoria-Geral da União) que mirou descontos associativos indevidos em benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

“Estarei lá. Não tenho que ter medo, não. Tenho a tranquilidade dos justos”, disse Lupi ao ser questionado pela Folha se compareceria à reunião da comissão. Ele foi convidado e não convocado, o que deixa o comparecimento a seu critério.

“Já passei por isso em outros momentos. Passei por situação muito mais forte quando fui ministro do Trabalho [demitido por Dilma Rousseff em 2011 após acusações de irregularidades em acordo da pasta com uma ONG]. Não tenho um processo em 40 anos de vida pública. Você vai gerar sempre gente incomodada e incompreensões, algum tipo de ação contra você”, acrescentou.

O convite é de autoria da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), da base do governo Lula (PT).

“A gente convidou o ministro antes da confusão. Todo ano a gente convida para dizer como está a pasta, os avanços, o que fez com as emendas da comissão. E, agora, eles têm um problema, e é óbvio que vai ser tema da comissão. Não tem como não perguntarem”, afirmou Carneiro.

“É um pouco para a gente se inteirar do que aconteceu. A gente lê no jornal, mas a fonte é o ministério. Saber quais medidas foram tomadas, como vão punir essas entidades”, acrescentou.

A deputada Clarissa Tércio (PP-PE), da oposição, espera uma prestação de contas do ministro “sobre a inaceitável inação do governo Lula frente a um esquema de fraudes que lesou milhões de aposentados em todo o Brasil”.

Para ela, são necessários “esclarecimentos sobre a negligência em ignorar denúncias desde junho de 2023 e a indicação de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, afastado por suspeitas graves”.

“Estaria ele sendo conivente com o esquema? Ou pessoas ligadas a ele? É uma conduta muito, mas muito grave, mesmo”, acrescentou.

Em entrevista à Folha, o ministro disse ter certeza de “que tem muita safadeza de muita gente” no caso.

“Que vai ter coisa errada, vai, com certeza. Muitas instituições abusaram e devem pagar por isso. Os beneficiários têm que ser restituídos. Mas não pode generalizar, senão a gente instaura um tribunal de inquisição”, avaliou.

A ação da PF e da CGU tem como objetivo combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. De acordo com as investigações, a soma dos valores descontados chega a R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, mas ainda será apurado qual a porcentagem foi feita de forma ilegal.

Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, com um único alvo, foram apreendidos vários carros, como uma Ferrari e um Rolls Royce, avaliados em mais de R$ 15 milhões. Com outro, 200 mil dólares e, um segundo, 150 mil. Também foram apreendidas joias e quadros.

As 11 entidades investigadas responderam por 60% do total abatido dos benefícios em fevereiro deste ano. No segundo mês deste ano, foram descontados R$ 250 milhões dos benefícios pagos pelo órgão. Desse total, R$ 150 milhões foram para as associações e sindicatos investigados.

Lucas Marchesini, Folhapress

Governo quer US$ 2 bilhões para restauro a partir de novo leilão do Eco Invest Brasil

O governo federal anunciou nesta segunda-feira (28) os principais detalhes do segundo leilão do Eco Invest Brasil. A iniciativa visa atrair capital privado a partir de um montante público para restaurar 1 milhão de hectares de áreas degradadas, área do tamanho do Líbano.

Nesse modelo, o governo federal emprestará recursos do Fundo Clima para bancos privados que vencerem o leilão, com a contrapartida de que as instituições captem nos mercados doméstico e internacional ao menos metade do disponibilizado pelo governo.

Segundo o Ministério da Fazenda, o objetivo é atrair entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões, ainda que o valor exato de quanto será alocado pelo governo não será divulgado para evitar percalços na competição entre as instituições.

Cada banco poderá receber até 35% do empréstimo público, e o lance mínimo do leilão será de R$ 100 milhões. Em caso de empate, o vencedor será aquele que se comprometer a restaurar a maior quantidade de hectares.

O montante final precisará ser direcionado a projetos de restauro de pastagem degradada em todos os biomas do país, com exceção da Amazônia —um leilão específico para o bioma será anunciado nos próximos meses, para aproveitar o entusiasmo de investidores estrangeiros com a COP30.

Além disso, metade do valor financiado precisará ir para a produção de alimentos, e o restante poderá ir para demais atividades, como a fabricação de madeira ou matéria-prima de combustíveis.

O governo não limitou a lista dos alimentos que poderão ser plantados com o investimento. Com isso, os projetos a serem financiados pelo banco vencedor podem ter como foco o plantio de soja e milho, os maiores cultivos do país focados em exportação, e pecuária. No entanto, em caso de monocultura ou apenas criação de gado, os produtores precisarão se comprometer a aumentar em 5% a cobertura permanente de vegetação.

Os beneficiários dos empréstimos finais precisarão ter CAR (Cadastro Ambiental Rural) ativo e terra com algum nível de degradação. Os projetos também precisarão ter 15% de mão de obra feminina e incorporar práticas de resiliência hídrica, como capacitação e armazenagem de água de chuva, irrigação eficiente e proteção de nascentes. As auditorias ficarão a cargo do governo e das instituições vencedoras.

A taxa de retorno do governo com o empréstimo para o banco vencedor será de 1% ao ano, no prazo de dez anos e carência de até dois anos. Já aquelas instituições financeiras que investirem pelo menos 30% de sua carteira via fundos próprios criados para o Eco Invest Brasil terão carência de três anos.

Não há, por outro lado, restrições aos juros fixados pelas instituições financeiras aos donos dos projetos, ainda que o governo espera que a taxa seja de um dígito, abaixo da Selic, hoje em 14,25%.

O governo também fixou que ao menos 10% do valor financiado deve ir para a caatinga. Essa restrição é para evitar que o montante não fique concentrado no Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Caso esse valor não seja atingido, o banco poderá conceder crédito para projetos de pesquisa e desenvolvimento ou atividades de promoção de resiliência hídrica no bioma.

O leilão foi divulgado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Meio Ambiente, Marina Silva, e do Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Em apresentação inicial, todos reforçaram que a ideia central do programa é gerar lucratividade para negócios ambientais, sem necessariamente depender de doações.

O Eco Invest Brasil foi lançado no ano passado pelo governo federal para mobilizar capital privado para projetos ambientais. A iniciativa é dividida em quatro linhas, e o leilão anunciado nesta segunda faz parte do blended finance, cujo objetivo central é atrair investimento externo.

Até por isso, do montante captado pelo banco privado, ao menos 60% precisará vir de captação no exterior –no primeiro leilão do programa, organizado no ano passado, toda a alavancagem precisaria vir do exterior.

O primeiro leilão atraiu R$ 45 bilhões em financiamentos para projetos sustentáveis, a partir de R$ 6,8 bilhões de dinheiro público. A alavancagem do novo leilão é bem menor, segundo o governo federal, porque o último certame era mais amplo, com mais atividades sustentáveis abrangentes.

Desta vez, o leilão integra também o projeto Caminho Verde Brasil, criado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para restaurar 40 mil hectares de pastagens degradadas em todo o país.

Pedro Lovisi, Folhapress

Morre Mauro Motta, parceiro de Raul Seixas e Roberto Carlos, aos 77 anos

O produtor e compositor Mauro Motta morreu nesta domingo (27), aos 77 anos, em em Guapimirim, cidade no Rio de Janeiro em que vivia. A notícia foi compartilhada por seu filho, Mauro Lemos, no Facebook, que não revelou a causa da morte.

Motta foi parceiro do músico Raul Seixas na composição de dois sucessos como “Doce, Doce Amor”, do cantor Jerry Adriani, e “Ainda Queima a Esperança”, de Diana.

Ao lado do também compositor Eduardo Ribeiro, ele é responsável pelas músicas “Nosso Amor”, “Voltei ao Passado”, “Eu me Vi Tão Só” e “Preciso te Esquecer”, de Roberto Carlos. Motta foi responsável peça produção de todos os álbuns do Rei lançados entre 1984 e 1996.

Nascido em 1949, no Rio de Janeiro, Motta entrou para a música através do piano, que estudou na infância por influência de sua mãe, e chegou a integrar o grupo Renato e seus Blue Caps em 1968. Mas seu legado maior foi feito na produção, em que trabalhou com Roberto Carlos, Agnaldo Timóteo, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Jerry Adriani, Amelinha, Fabio Junior e com o Balão Mágico, como lembra seu filho.

“Meu pai deixou um legado imensurável, que segue ecoando em cada canção, em cada lembrança e em cada valor que ele nos transmitiu”, escreveu Lemos. “Um homem que teve seis filhos, plantou inúmeras árvores compôs mais de 1000 musicas, escrevendo assim um verdadeiro livro de vida.”

Marina Rocha, prefeita de Guapimirim, publicou uma nota de pesar em seu Instagram. “Com profundo pesar, recebi a notícia do falecimento do grande amigo Mauro Motta. Que Deus conforte o coração de amigos e familiares.”

Folhapress

Morre aos 77 anos o ipiauense Fernando Castro

Faleceu na manhã desta segunda-feira (28) no Hospital Santa Helena, em Jequié, o ipiauense Fernando Castro, de 77 anos. Ele se recuperava de uma cirurgia para retirada de um tumor próximo ao fígado. Figura bastante querida em Ipiaú, Fernando deixou sua marca no esporte e na cultura da cidade.

Professor de Educação Física por vários anos no Colégio Estadual de Ipiaú, Fernando também atuou como árbitro de futebol de salão e se dedicou à música. Sua última apresentação foi durante o lançamento do livro de seu irmão, José Américo Castro, realizado no último dia 04 de abril, no tradicional Casarão da Família Castro — local onde ele nasceu.

Fernando Castro era casado com dona Isabel Calazans e deixa cinco filhos: Rodrigo, Rogério, Fernanda, Jorge e Isabele. O velório deve ocorrer na Loja Maçônica Fraternidade Rionovense, em Ipiaú, e o sepultamento está previsto para acontecer no Cemitério Velho da cidade, possivelmente nesta terça-feira (29), em horário a ser confirmado pela família.

Ibirataia: Sandro Futuca fala sobre desafios e conquistas dos primeiros meses de governo

Durante entrevista no programa Amarelinho Notícias, nesta segunda-feira, 28, o prefeito de Ibirataia, Sandro Futuca, falou sobre os primeiros meses de gestão, projetos em andamento e planejamento para o futuro da cidade.

O prefeito Sandro Futuca ressaltou a importância da comunicação com a população e a prestação de contas dos serviços públicos. Comentou sobre os mais de cem dias de governo e anunciou que um relatório dos 120 dias será apresentado em maio pelos secretários de cada pasta. Sandro Futuca também reforçou que busca acelerar o trabalho no município sem deixar de seguir seus princípios, mesmo mantendo boa relação com a Câmara de Vereadores.

Durante a entrevista, Sandro Futuca anunciou a programação do São João de Ibirataia. O evento contará com sete dias de festa, sendo dois dias de esquenta, com destaque para a apresentação de Aldemário Coelho no dia 7 de junho. O prefeito reforçou que a festividade será organizada para valorizar a cultura local e proporcionar lazer para toda a população. A divulgação oficial da programação completa acontecerá nesta terça-feira, 28.

Em relação a seu mandato, afirmou que não se arrepende da candidatura e que continuará trabalhando conforme seu compromisso com a população. Destacou sua futura ida a Brasília para buscar melhorias para Ibirataia, a boa relação com o governador Jerônimo Rodrigues e o trabalho que desenvolveu anteriormente na presidência da CERB. Também falou sobre a atuação do seu secretariado, que será avaliado pelo desempenho e pela entrega a população.

Entre os projetos citados, mencionou a construção do Complexo Policial, a parceria com Uneb e SENAI-Simatec para capacitar jovens e a entrega do Galpão de Farinha. Sandro Futuca destacou ações voltadas para o desenvolvimento do município, melhorias na infraestrutura e apoio ao homem do campo. Finalizou afirmando seu compromisso com o avanço da cidade, reforçando que seguirá buscando recursos em Brasília para novos investimentos.

Fonte: Ascom/Prefeitura de Ibirataia

PF apreende cerca de 170 kg de cocaína, na Rodovia Presidente Dutra

A droga seria distribuída em comunidades da Zona Norte do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro/RJ. Na tarde deste domingo (27/4), a Polícia Federal prendeu em flagrante um caminhoneiro que transportava aproximadamente 170 kg de cocaína, ocultos em meio a uma carga de alimentos e no interior da cabine do veículo. A abordagem foi realizada na Rodovia Presidente Dutra, na altura do município de Piraí/RJ, durante ação com foco no enfrentamento ao tráfico interestadual de entorpecentes.

De acordo com informações, o homem saiu de São Paulo e tinha como destino comunidades da Zona Norte do Rio de Janeiro, áreas sob influência de facções criminosas, onde a droga seria distribuída.

Após a localização dos entorpecentes, o motorista, o caminhão e o material apreendido foram levados à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro para a lavratura do auto de prisão em flagrante. Posteriormente, o homem foi encaminhado ao sistema penitenciário estadual, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro

PF com apoio da CEF e da PMMG prende três por fraude em agências da Caixa em BH


Belo Horizonte. A Polícia Federal, em ação conjunta com a Segurança da Caixa Econômica Federal (CEF) e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), prendeu em flagrante, neste domingo (27/4), três pessoas suspeitas de praticar furto mediante fraude em duas agências da CEF na capital mineira.

Segundo as investigações, o grupo instalava dispositivos nos caixas eletrônicos para reter cartões ou envelopes de depósito dos clientes, facilitando o acesso indevido a dados bancários e possibilitando a subtração de valores das contas das vítimas. Esse tipo de fraude, conhecido “grampo retentor”, tem sido recorrente em diversas cidades do país e se caracteriza pelo uso de equipamentos que impedem a conclusão das operações bancárias, levando os clientes a acreditar que houve falha no terminal.

Após a prisão, os suspeitos foram encaminhados à Polícia Federal para lavratura do flagrante e, posteriormente, transferidos ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de furto qualificado mediante fraude, associação criminosa e outros delitos relacionados.

A operação reforça o trabalho integrado das forças de segurança no combate a crimes contra instituições financeiras e destaca a importância da colaboração entre órgãos públicos e entidades bancárias para prevenir e reprimir fraudes que afetam clientes e o patrimônio público.

Comunicação Social da Polícia Federal em Minas Gerais

Golpe do Caixa Tem desviou R$ 2 bilhões desde 2020 e é alvo da PF; veja como funciona


A Polícia Federal está investigando uma organização criminosa acusada de desviar R$ 2 bilhões entre 2020 e 2025, por meio do Golpe do Caixa Tem. Os criminosos agiriam oferecendo propinas a funcionários da Caixa Econômica Federal e de lotéricas para obter dados de beneficiários do governo e sacar indevidamente o dinheiro de outra pessoa.

A Caixa diz que está atuando com os órgãos de segurança nas investigações e operações de combate a fraudes e golpes e que monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar casos suspeitos.

O aplicativo Caixa Tem é a poupança social digital do banco, lançada em 2020 para pagar o auxílio emergencial na pandemia de Covid-19. É usado para receber benefícios sociais do governo e também para fazer transferências, Pix e compras no cartão de débito virtual.

Os criminosos conseguem acesso ao CPF e outros dados pessoais dos beneficiários, que estão inscritos principalmente em programas sociais do governo federal, mas também no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e no seguro-desemprego.

Com os dados, os golpistas entram em contato com funcionários da Caixa e de lotéricas e oferecem dinheiro em troca das informações confidenciais para acesso ao Caixa Tem.

Quando conseguem o acessar o app, os integrantes da organização criminosa se passam pelo beneficiário e desviam o dinheiro da conta da vítima, que precisa entrar com um processo na Caixa para contestar a transação e recuperar o valor.

De acordo com a Polícia Federal, desde a criação do aplicativo Caixa Tem, em abril de 2020, já foram registrados 749 mil processos de contestação por parte dos beneficiários, e cerca de R$ 2 bilhões já foram ressarcidos pelo banco.

Keny Alcalde, 39, que trabalha com relacionamento com o cliente, relata que teve seu auxílio emergencial roubado após golpistas usarem seus dados no aplicativo Caixa Tem, em junho de 2020, antes mesmo de ter criado uma conta nele.

“No primeiro acesso eu já não consegui entrar no app, que eu nunca tinha instalado nem usado. Quando coloquei meus dados, o sistema disse que já existia um cadastro e que eu deveria fazer o login”, conta.

Ela entrou com um processo de contestação na Caixa, e a partir deste momento, seu aplicativo foi bloqueado. “Várias semanas depois, veio a negativa da Caixa, disseram que não encontraram erro.”

Um funcionário do banco a orientou a entrar com nova contestação, dizendo que haviam muitos relatos similares. “Inclusive, nas vezes que fui nas agências, todos os guichês em atendimento eram pela mesma razão.”

Keny só conseguiu reaver o valor após a segunda contestação, que abriu em novembro daquele ano. “Fiquei vários meses sem receber nada. Fiz empréstimo com conhecidos, fui trabalhar a pé, atrasei contas, foi um estresse que não acabava. Ansiedade financeira além de todo o caos que a gente estava passando de trabalhar com público no meio da pandemia, sem ter vacina ainda.”

O QUE DIZ A POLÍCIA FEDERAL
No dia 15 de abril de 2025, a Polícia Federal do Rio de Janeiro efetuou 23 mandados de busca e apreensão nos municípios de Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Macaé e Rio das Ostras, e impôs medidas cautelares para 16 investigados.

No total, foram apreendidos 20 telefones celulares, seis notebooks, dois veículos e documentos diversos. Os próximos passos envolvem perícia técnica e análise para que as investigações continuem.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, corrupção ativa e passiva e inserção de dados falsos em sistemas de informação. As penas máximas podem chegar a 40 anos de reclusão.

O QUE DIZ A CAIXA
A Caixa Econômica Federal, em nota à Folha, diz que melhora constantemente os critérios de segurança e que observa as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a ocorrência de fraudes.

O banco ainda afirma que informações sigilosas sobre eventos criminosos em suas unidades são repassadas exclusivamente às autoridades policiais e ratifica que coopera integralmente com as investigações dos órgãos competentes.

Em caso de movimentações e operações de FGTS não reconhecidas pelo cliente, a Caixa diz que é possível realizar pedido de contestação em uma das agências do banco, com o CPF e documento de identificação.

“As contestações são analisadas, de forma individualizada e considerando os detalhes de cada caso e, para os casos considerados procedentes, o valor é ressarcido ao cliente”, afirma.

O site da Caixa disponibiliza orientações de segurança no endereço www.caixa.gov.br/seguranca.

Gabriela Cecchin/Folhapress

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