Visita de Angelo Coronel a Irecê vira ato político com apoio de 19 prefeitos da região

O que seria uma visita institucional em cumprimento do mandato parlamentar à região de Irecê acabou se transformando em um grande ato político em favor do senador Angelo Coronel (PSD), no último sábado (23).

A presença de 19 dos 20 prefeitos do território ocorreu em meio às declarações do senador pessedista de que estaria disposto a romper com o governo Jerônimo Rodrigues (PT), ou até lançar candidatura independente pelo PSD, caso o projeto de reeleição na chapa majoritária de 2026 não prospere.

Nos discursos, o tom de apoio a Coronel foi unânime, a exemplo do prefeito de Lapão, Márcio Messias (PSD), presidente do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território de Irecê e organizador do “megaevento”. Os deputados estaduais Angelo Coronel Filho (PSD), Ricardo Rodrigues (PSD), Cafu Barreto (PSD), o federal Diego Coronel (PSD), vice-prefeitos e vereadores da região também compareceram.

“Por isso e tantas outras ações, pelo que já fez, pelo que precisa ainda fazer pelos nossos municípios brasileiros porque a desoneração da folha não foi só da Bahia foi do Brasil inteiro e você merecia em cada canto deste Brasil ter um título pelos relevantes serviços prestados ao Brasil. Portanto, meu caro senador municipalista, não me resta outra coisa a dizer: estou com o Coronel”, afirmou para depois completar: “Nós necessitamos de mais um mandato deste senador, porque as questões municipalistas têm um nome: senador Angelo Coronel”, frisou Márcio Messias, ao fazer referência à desoneração da folha de pagamento dos municípios, que antes recolhiam 22% ao INSS e passaram a contribuir com 8%.

De acordo com Angelo Coronel, 406 prefeitos dos 417 municípios baianos já foram atendidos pelo mandato parlamentar nesses quase oito anos “independente de partido político”. Ele também pontuou que seguirá ajudando até o final do mandato “talvez não no tamanho da vontade de cada um” porque a defesa dos municípios “é a sua marca”.

Coronel também tratou da PEC 66/2023, que delimita regras de pagamento de precatórios e pode ajudar a equilibrar os cofres dos municípios para auxiliar em áreas como saúde e educação, proposta que ele tem a expectativa que seja votada com urgência no Senado Federal.

O ato político contou com um momento pitoresco com uma apresentação musical do senador, que tem outra marca registrada: sempre cantar em seus eventos a música ‘Noites Traiçoeiras’, do Padre Marcelo Rossi.

Carine Andrade/Política Livre

Flávio Bolsonaro diz que mãe e avós foram feitos reféns em assalto; grupo teria levado carro e anéis

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou as redes sociais neste domingo (24) para relatar que a mãe dele, Rogéria Braga, e os avós foram feitos reféns em um assalto na casa onde moram em Resende, no interior do Rio de Janeiro.

Segundo o político, os acusados levaram um carro que seria pertencente ao avô, além de pertences como anéis. Flávio disse ainda que a ação durou mais de uma hora e teve “arma na cabeça e boca tampada como fita adesiva”.
Ainda no relato, o filho mais velho do ex-presidente disse que os assaltantes sabiam que era a mãe dele e queriam descobrir "onde estava o 'dinheiro que o Bolsonaro mandava para meus avós'”.
O senador declarou que não havia dinheiro na casa. Apesar do susto, disse que todos passam bem. Flávio Bolsonaro afirmou que vai tomar as providências para encontrar os assaltantes.

Ucrânia faz série de ataques com drones e atinge usina nuclear da Rússia no Dia da Independência

A Ucrânia lançou uma série de ataques com drones contra a Rússia neste domingo (24), dia em que Kiev completa 34 anos de independência da União Soviética e no momento em que os esforços diplomáticos para encerrar a guerra parecem estar perdendo força após uma cúpula no Alasca terminar sem acordos.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, pelo menos 95 drones ucranianos foram abatidos neste domingo, e um deles atingiu a Usina Nuclear de Kursk após ser interceptado, provocando um incêndio já extinto por bombeiros. Não houve registro de vítimas, e, segundo o órgão de fiscalização nuclear da ONU, os níveis de radiação perto da usina estão normais.

“É assim que a Ucrânia ataca quando seus apelos por paz são ignorados”, disse o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. “Hoje, tanto os Estados Unidos quanto a Europa concordam: a Ucrânia ainda não venceu completamente, mas certamente não perderá. A Ucrânia garantiu sua independência. A Ucrânia não é uma vítima, é uma lutadora.”

Enquanto isso, a Ucrânia informou que a Rússia a atacou durante a manhã com um míssil balístico e 72 drones Shahed de fabricação iraniana, dos quais a força aérea abateu 48. Um drone russo matou uma mulher de 47 anos na região leste de Dnipropetrovsk, afirmou o governador local.

As expectativas de alcançar paz no conflito, que já eram baixas, diminuíram ainda mais na sexta-feira (22), quando o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, descartou qualquer reunião imediata entre Zelenski e o presidente Vladimir Putin.

Em uma entrevista transmitida neste domingo pela emissora pública Rossia, o chanceler acusou as potências ocidentais de “buscarem um pretexto para impedir negociações” e chamou Zelenski de teimoso por querer “impor condições e exigir uma reunião imediata” com Putin a todo custo.

A guerra de três anos e meio, que deixou dezenas de milhares de mortos, está atualmente em um impasse. Nos últimos dias, a Rússia, que agora controla cerca de um quinto da Ucrânia, fez alguns progressos no leste do país, incluindo a captura de duas vilas na região de Donetsk no sábado (23). Já a Ucrânia, menor e menos armada que o adversário, depende do apoio de aliados, especialmente após o retorno de Trump, um crítico da ajuda militar a outros países.

Neste domingo, a Noruega anunciou que contribuirá com aproximadamente 7 bilhões de coroas norueguesas (quase R$ 3,8 bilhões) ajuda.

“Juntamente com a Alemanha, estamos garantindo que a Ucrânia receba poderosos sistemas de defesa aérea”, afirmou o primeiro-ministro Jonas Gahr Støre em um comunicado. “A Alemanha e a Noruega estão trabalhando em estreita colaboração para apoiar a Ucrânia em sua luta pela defesa do país e pela proteção da população civil contra ataques aéreos russos.”

Os países estão financiando dois sistemas Patriot, incluindo mísseis. Além disso, a Noruega está contribuindo para a aquisição de radares de defesa aérea do fabricante alemão Hensoldt e sistemas de defesa aérea da Kongsberg.

Kiev depende de drones para responder à invasão e usa os equipamentos principalmente contra a infraestrutura petrolífera da Rússia, uma fonte fundamental de receita para Moscou na guerra. Também neste domingo, por exemplo, 10 drones foram interceptados no porto de Ust-Luga, perto de São Petersburgo, na costa do Mar Báltico, causando um incêndio em um terminal petrolífero pertencente ao grupo russo Novatec, informou o governador do local, Alexander Drozdenko no Telegram.

Como parte das comemorações pela independência da Ucrânia, o enviado dos EUA, Keith Kellogg, e o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, estiveram em Kiev neste domingo pediram “uma paz justa e duradoura para a Ucrânia”. Zelenski agradeceu a outros líderes mundiais, incluindo Trump, o presidente da China, Xi Jinping, o rei Charles 3º, do Reino Unido, e o papa Leão 14, por suas mensagens.

Folhapress

PF e Ministério Público miram ‘associados do PCC’ para tentar sufocar as economias da facção

Operadores do mercado financeiro, contadores, fornecedores de armas, advogados, integrantes dos Poderes Legislativo e Judiciário e até mergulhadores.

Essas profissões têm se tornado cada vez mais recorrentes em operações sobre o PCC (Primeiro Comando da Capital) deflagradas pela Polícia Federal e do Ministério Público.

Denominados de “associados do PCC”, eles não passam pelo ritual de batismo da facção nem têm dedicação exclusiva a ela, mas se tornaram peças fundamentais para o seu crescimento, na medida em que o PCC se expande em nível internacional, movimentando bilhões com o tráfico de até uma tonelada de cocaína por mês para a Europa.

O promotor do Ministério Público de São Paulo Lincoln Gakiya, especialista na facção, afirma que a participação dessas pessoas se tornou necessária para a facção porque os crimes passaram a ser mais sofisticados, com demandas, por exemplo, de expertise para lavagem de dinheiro.

Grande parte da movimentação dos valores arrecadados também não é mais feita em forma física, em dinheiro. Por isso, os integrantes passaram a precisar conhecedores de atalhos e deficiências em termos de legislação, fiscalização e controle.

“Às vezes são gerentes ou ex-gerentes de bancos, que ganham valores muito maiores do que os praticados pelo mercado. Já o PCC lucra porque não teria condições de executar esse serviço. Mas é preciso lembrar que, apesar de não serem integrantes, eles vão responder pelos mesmos crimes”, diz.

O perfil dos criminosos também é diferente, de acordo com os investigadores. Segundo Gakiya, boa parte dos membros do PCC, sobretudo os mais antigos, não tem escolaridade e estão ligados crimes violentos, como roubo a bancos e novo cangaço.

“Hoje, a facção se organiza como uma empresa. Para acompanhar a evolução extraordinária do PCC, infelizmente, eles precisaram da colaboração de outras pessoas de determinados ramos para transitar nesse mundo novo”, diz.

As regras do grupo, como o código de silêncio, devem ser respeitadas pelos associados, sob risco de morte.

De acordo com a Polícia Federal, a associação com o PCC se dá tanto com membros da “base” da facção criminosa quanto com suas lideranças.

“Os associados têm uma atuação autônoma, independente do PCC, possuem, ou integram, seus próprios grupos criminosos. Todavia, como mantêm negócios com membros, beneficiando-se dos recursos logísticos, financeiros e humanos da facção criminosa em nível nacional e internacional”, afirmou à reportagem, em nota, a Diretoria de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção da Polícia Federal.

A unidade também afirma que os associados devem lealdade ao PCC e se obrigam a cooperar e contribuir com a facção sempre que solicitados, a exemplo de auxílio financeiro e operacional em eventuais conflitos com facções rivais, planos de fuga e planos de atentados contra agentes do Estado.

O promotor Lincoln Gakiya ressalta que um dos casos emblemáticos é o de Antônio Vinícius Gritzbach, 38, morto a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro de 2024.

Engenheiro de classe média, ele era operador do ramo imobiliário e passou a fazer negócios com o PCC. Ele indicava, por exemplo, quando valores recebidos deveriam ser aplicados em criptomoedas ou na compra de imóveis.

Segundo as investigações, ele também procurava laranjas, constituía empresas e bancos digitais, para que essas transações pudessem ser feitas e o verdadeiro criminoso do PCC não aparecesse.

Outro exemplo é a Operação Hydra. Realizada pela Promotoria e pela PF em fevereiro, mirou duas empresas do ramo financeiro que, segundo as investigações, ocultavam os verdadeiros beneficiários de recursos movimentados pela facção.

O esquema teria sido operado por um associado do PCC chamado Rafael Maeda e conhecido como Japa, que tinha participação em empresas agenciadoras de jogadores de futebol. Japa foi achado morto com tiro na cabeça, dentro de um carro, em agosto do ano passado.

Na operação Fim da Linha, de 2024, foram presos dirigentes de duas empresas de ônibus que também seriam usadas para lavar dinheiro do PCC.

Já na Operação Mafiusi, instaurada no mesmo ano, a Polícia Federal prendeu o empresário William Barile Agati, apontado como uma espécie de faz-tudo do PCC.

Ele recebeu o apelido de “concierge do crime” depois que as apurações mostraram que ele fornecia diversos serviços para o PCC na logística de tráfico de drogas internacional. A PF definiu o investigado como “indivíduo com grande poder econômico”.

A defesa de Agati afirma que ele é inocente, primário, de bons antecedentes, de conduta ilibada e empresário em diversos segmentos de negócios nacionais e internacionais lícitos e que não praticou nenhum dos crimes que lhe são imputados.

A ação Narco Vela, de abril deste ano pela PF, prendeu 30 associados do PCC que dariam suporte ao tráfico de drogas, em especial para a África e a Europa, com o uso de embarcações capazes de atravessar o oceano como barcos e veleiros.

Para o promotor, é preciso intensificar as investigações para essas pessoas, com o objetivo de obter a asfixia financeira do grupo, e não enxugar gelo.

“A partir daí, temos uma investigação qualificada e conseguimos direcionar os esforços. Não digo que vai conseguir acabar com essa modalidade de crime, mas vai encarecer o negócio e dificultar porque não tem tanta mão de obra qualificada assim”, afirma.

Já a PF afirmou que suas investigações visam sempre à desarticulação das organizações criminosas, buscando sua descapitalização, com sequestro e apreensão de bens e valores.

E também a prisão de seus líderes e principais colaboradores, “sejam estes responsáveis pela atividade operacional de crimes como o tráfico de drogas e armas, ou tenham outras funções, a exemplo daqueles que atuam na lavagem de dinheiro dos grupos criminosos”.

Constança Rezende/Folhapress

Ibirataia: Confronto com a polícia deixa três mortos no Alto do Mirante

Na manhã deste domingo (24), uma ação da CIPE Central resultou na morte de três homens no Alto do Mirante, em Ibirataia. A operação foi motivada por denúncias de atividade criminosa na região e houve confronto durante a abordagem. Os suspeitos foram socorridos e levados ao hospital, mas não resistiram aos ferimentos. As identidades das vítimas ainda não foram divulgadas oficialmente. A CIPE Central segue reforçando o policiamento para garantir a segurança da população. Com informações do Giro em Ibirataia
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Governo e STF avaliam que julgamento de Bolsonaro pode levar a novas sanções dos EUA

Integrantes do governo Lula (PT) e do STF (Supremo Tribunal Federal) consideram real a possibilidade de Donald Trump aplicar novas sanções econômicas contra o Brasil e outras restrições a autoridades do país com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que começa em setembro.

Na avaliação de ministros, há interesse dos EUA de criar instabilidade em torno do tribunal e do governo Lula, o que poderia se acirrar com o avanço do julgamento sobre a trama golpista liderada por Bolsonaro.

Embora todos esses personagens afirmem que não há possibilidade de o STF se curvar a essas pressões, o início do julgamento e a possível condenação de Bolsonaro são citados como elementos de maior tensão dentro de um ambiente que já se tornou conflituoso.

A pressão do governo Trump, desde a aplicação da sobretaxa de 50% até as punições a ministros do STF, é feita com o argumento de que Bolsonaro é perseguido pelo Judiciário no Brasil, em benefício do governo Lula.

Ministros dizem acreditar que os americanos têm outras ferramentas à disposição, como sanções a outros integrantes do tribunal, que podem ser utilizadas durante o processo de julgamento, como forma de intimidação aos ministros —ainda que apontem que esse tipo de ação não terá efeito sobre o processo.

Essas autoridades ressaltam o perfil belicoso de Trump e de bolsonaristas, mas outras alas do governo e do STF alimentam, por outro lado, a expectativa de que o presidente americano reveja a imposição de sobretaxa aos produtos brasileiros.

Essa aposta ganhou adeptos após o vazamento de diálogos em que Bolsonaro e aliados discutem a atuação conjunta com o governo americano para obter a anistia do ex-presidente às custas de ameaças à economia brasileira. Em algumas das conversas, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) aponta receio de que Trump, em algum momento, desista da ofensiva.

Dentro do governo, a crença em eventual recuo de Trump é minoritária. Dois ministros de Lula ouvidos pela reportagem tentam minimizar os impactos das sanções financeiras contra Alexandre de Moraes determinadas pela gestão Trump. Eles destacam que poucos membros da corte possuem bens nos EUA, como imóveis ou investimentos.

Ainda assim, nos bastidores, ministros buscam contato com banqueiros e políticos para avaliar os efeitos práticos da Lei Magnitsky e tentar conter os resultados de eventuais novas sanções.

Além do julgamento de Bolsonaro, integrantes do governo temem o impacto econômico da recente decisão do ministro Flávio Dino, do STF, de que ordens judiciais e executivas de governos estrangeiros só têm validade no Brasil se confirmadas pela corte.

Expressa em uma decisão sobre o rompimento da barragem de Mariana (MG), a manifestação de Dino foi interpretada como uma possibilidade de o tribunal punir bancos que aplicarem sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes por determinação do governo Trump.

A terça-feira (19) —dia seguinte à decisão de Dino— foi marcada por alta do dólar e abalos na bolsa impulsionados pela queda em bloco das ações do setor bancário. Colaboradores diretos de Lula acompanham com apreensão a escalada de tensão entre STF e o governo americano.

Nas palavras de um ministro, há um grande risco na medida, e o próprio presidente estaria sensível a isso. Mas o governo não tem como interferir em uma decisão do STF.

Integrantes do governo citam o alinhamento entre Dino, Moraes e o ministro Gilmar Mendes no discurso em defesa da soberania nacional como prova dessa impossibilidade de interferência. Lembram ainda que o próprio Moraes reiterou a ameaça durante entrevista na última terça-feira (19).

Sobre os riscos, governistas citam como exemplo o fato de as reservas de instituições financeiras serem em dólar e alertam até mesmo para a hipótese de saída de investidores americanos sob pressão do Departamento de Tesouro americano.

Essa avaliação contrasta com recente postagem da ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais. Na publicação em suas redes, Gleisi disse que Dino agiu em legítima defesa do Brasil e voltou a culpar a família Bolsonaro pelas retaliações de Trump ao país. O julgamento de Bolsonaro é usado pelo americano como justificativa para sanções econômicas ao país.

“A especulação com o valor das ações dos bancos é mais uma parcela do Custo Bolsonaro, que recai sobre o país desde que ele se aliou a Trump para fugir do julgamento por seus crimes”, publicou Gleisi.

A ministra afirma que vê Trump como agressor do sistema financeiro brasileiro, incentivado por Bolsonaro. “Quem agrediu o sistema financeiro no Brasil foi Donald Trump, provocado por Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo. O ministro Flávio Dino tomou uma decisão em defesa da soberania nacional, das nossas leis e até dos bancos que operam em nosso país”, escreveu.

O discurso de Gleisi é apoiado por uma ala do governo, adepta à tese de que a declaração de Dino apenas traduz a norma de que, para ser aplicada no Brasil, a decisão de um tribunal estrangeiro deve ser convalidada pela justiça brasileira.

Moraes teve um cartão de bandeira americana bloqueado por ao menos um banco no Brasil desde a imposição das sanções pelo governo dos Estados Unidos.

O ministro foi sancionado em julho com a aplicação da Lei Magnitsky, dispositivo da legislação americana usado para impor sanções econômicas contra indivíduos envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos.

Por meio da lei, o governo americano determina o congelamento de qualquer bem ou ativo que a pessoa sancionada tenha nos Estados Unidos e também pode proibir entidades financeiras americanas de fazerem operações em dólares com ela.

A possibilidade de a sanção ser estendida a demais ministros e seus parentes tem preocupado integrantes da corte e do governo.

Catia Seabra/Cézar Feitoza/Folhapress

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