Família que viajava para passar o final de ano na Bahia morre em acidente no estado de Minas Gerais
Cinco pessoas da mesma família morreram em um grave acidente de carro ocorrido na sexta-feira (19), no estado de Minas Gerais. As identidades das vítimas foram divulgadas pelas autoridades neste sábado (20). Todos eram baianos, naturais de Ibicuí, no sul da Bahia, e moravam atualmente em Nova Serrana (MG).
As vítimas foram identificadas como Lucas Celestino Reis, de 40 anos; Jéssica Silva da Hora, de 35 anos; as filhas do casal, Ana Laura da Hora, de 6 anos, e Ísis da Hora Reis, de 3 anos; além de Rayane Rebouças da Hora, de 19 anos, sobrinha de Jéssica.
Nas redes sociais, o prefeito de Ibicuí, Salomão Cerqueira (PSD), informou que a família seguia viagem para a cidade natal, onde pretendia passar as festas de fim de ano, quando ocorreu a tragédia. Em nota, o gestor lamentou as mortes e manifestou solidariedade aos familiares. “Uma tragédia que enluta não apenas as famílias Reis e da Hora, mas toda a nossa cidade”, destacou.
O prefeito acrescentou ainda que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social está acompanhando a situação e oferecendo apoio às famílias das vítimas. Conforme informou a funerária Unipax à TV Integração, os corpos permanecem no Instituto Médico Legal (IML) da região e, após a liberação, serão sepultados na Bahia. Ainda não há informações sobre data e local do sepultamento.
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o acidente ocorreu em um trecho da MG-164, no município de Martinho Campos, no Centro-Oeste de Minas Gerais. O veículo em que o grupo viajava cruzou a pista, colidiu com um barranco e caiu em um córrego após o motorista perder o controle da direção. Após a queda, o carro ficou com as rodas para cima e submerso. Todas as vítimas morreram ainda no local.
Colisão envolvendo três veículos deixa um morto e dois feridos na BA-650, entre Itagibá e Ipiaú
Um grave acidente registrado na tarde deste sábado (20) na BA-650, no trecho entre a Fazenda Oceania e povoado da Aldeia, no município de Itagibá, resultou na morte de um motociclista e deixou outras duas pessoas feridas.
A colisão envolveu três veículos — uma motocicleta e dois carros — e aconteceu de forma frontal. O condutor da moto não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Até o fechamento desta reportagem, ele ainda não havia sido oficialmente identificado.
Em um Chevrolet Ônix pertencente à Prefeitura de Itagibá, duas pessoas ficaram feridas. O motorista sofreu escoriações na cabeça, enquanto uma senhora relatava fortes dores pelo corpo. Ela e outras duas passageiras retornavam de uma unidade hospitalar, onde haviam passado por sessão de hemodiálise. As demais ocupantes não se feriram.
No outro veículo envolvido, um carro modelo Tera, estavam dois ocupantes, ambos moradores de Itagibá, que não sofreram ferimentos. Todos os ocupantes dos automóveis são do município.
Moradores da Aldeia informaram à reportagem do GIRO que o motociclista esteve na localidade para comprar um porco, que estaria sendo transportado na garupa da moto. Ainda segundo relatos, ele teria permanecido por um período em um bar da região antes do acidente.
O motorista do carro modelo Tera contou que seguia atrás da motocicleta quando percebeu que o condutor passou a fazer zigue-zague na pista. Em seguida, a moto colidiu com o carro da prefeitura, que acabou batendo de frente com o outro veículo.
A Polícia Militar esteve no local, organizou o trânsito e acionou o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para a remoção do corpo, que foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Jequié. As circunstâncias do acidente serão apuradas. *Por Giro Ipiaú
Mercosul cita desapontamento com UE e evita menção à Venezuela em declaração final
Líderes sul-americanos destacam falta de consenso político entre europeus e evitam prazo para acordo
Os países do Mercosul manifestaram desapontamento com o adiamento da assinatura do acordo com a União Europeia e não fizeram menção à situação na Venezuela no documento final da cúpula de líderes, deste sábado (20), em Foz do Iguaçu.
No texto, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai enfatizam que o tratado não foi selado, como previsto, por falta de consenso político entre os europeus. Os presidentes salientaram que a assinatura do acordo "daria uma sinalização positiva ao mundo na atual conjuntura internacional, fortalecendo a integração entre os dois blocos".
Apesar da frustração, demonstraram confiança de que a União Europeia terminará os trâmites internos que permitirão à assinatura do acordo com o Mercosul futuramente. No texto, falam em fixar uma possível data para a assinatura, sem mencionar um prazo.
Ao discursar na cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contou ter recebido uma carta dos presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, António Costa, na qual ambos manifestam expectativa de ver o acordo aprovado em janeiro.
O presidente brasileiro também cobrou coragem e vontade política dos líderes europeus depois de dizer que esperava finalmente assinar o acordo UE-Mercosul após 26 anos de negociação.
"Mas, infelizmente, a Europa ainda não se decidiu. Líderes europeus pediram mais tempo para discutir medidas adicionais de proteção agrícola", disse. "Sem vontade política e coragem dos dirigentes não será possível concluir uma negociação que já se arrasta por 26 anos", acrescentou.
Além da decepção pelo adiamento da assinatura do tratado, outro assunto que marcou o encontro dos líderes sul-americanos no Brasil foi a divergência sobre a crise da Venezuela.
A situação do país de Nicolás Maduro não foi mencionada na declaração final dos presidentes, que priorizou aspectos comerciais, e levou a cúpula a terminar sem um documento do bloco e dos Estados associados —em que são discutidos temas geopolíticos da região.
Atualmente, o Mercosul conta com sete Estados associados: Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Panamá, que formalizou sua adesão em 2024.
O assunto colocou os presidentes Lula e Javier Milei, da Argentina, em lados opostos. Enquanto o brasileiro afirmou que uma intervenção armada na Venezuela seria catastrófica, o argentino exaltou a pressão dos Estados Unidos sobre o regime de Maduro.
No campo comercial, a declaração ainda deu ênfase à estratégia do bloco sul-americano de diversificar suas parcerias comerciais. Em trecho do documento, "manifestaram o interesse em seguir a prospecção de diálogos exploratórios com outros parceiros comerciais com potencial para incrementar a inserção do bloco na economia internacional".
Além de saudar a retomada das negociações com Canadá e do aprofundamento da relação com a Índia, os presidentes destacaram as discussões com Vietnã e Indonésia, como parte do objetivo de estreitar laços com economias emergentes de rápido crescimento e expandir o alcance das parcerias do Mercosul.
No documento, também reafirmaram a intenção de avançar nos processos de integração comercial com países da América Central e o Caribe, dando continuidade às negociações com El Salvador, para assinatura de acordo de livre comércio, e aos diálogos com Panamá e a República Dominicana.
O bloco sul-americano deu sequência às tratativas internas envolvendo o aperfeiçoamento do Focem, o fundo voltado para redução de assimetrias do Mercosul. No comunicado, os líderes disseram ter instruído os órgãos competentes a "impulsionar os trabalhos em andamento" para dar continuidade ao mecanismo.
A transição energética também foi tema de debate na cúpula em Foz do Iguaçu, com discussões voltadas à integração de mercados de biocombustíveis e aos combustíveis sustentáveis de aviação.
O bloco definiu ainda os termos de referência para a realização de um estudo voltado ao setor sucroalcooleiro, buscando um diagnóstico de potencialidades, alternativas e oportunidades para o fortalecimento das cadeias produtivas regionais e facilitação do acesso a mercados internacionais.
Leia também: Cúpula do Mercosul fica sem declaração com os associados por discussão sobre EUA e Venezuela
Por Nathalia Garcia/Folhapress
Em Barreiras, governador entrega 500 moradias do Minha Casa, Minha Vida e obras de pavimentação
O governador Jerônimo Rodrigues cumpriu agenda em Barreiras, no Oeste da Bahia, neste sábado (20), com a inauguração de 500 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida e a entrega de obras de pavimentação que ampliam a mobilidade urbana e rodoviária do município. As entregas representam um investimento de R$ 24,2 milhões do Governo Estadual nas áreas de desenvolvimento urbano e infraestrutura.
As moradias compostas de dois quartos, sala, cozinha, banheiro, além de área de lazer, integram o Conjunto Residencial Solar Barreiras, localizado no bairro Buritis, e foram executadas no âmbito do Minha Casa, Minha Vida – Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). O investimento total foi de R$ 14,3 milhões, com recursos do Governo do Estado, no valor de R$ 11,6 milhões, e do Governo Federal, que aportou R$ 2,6 milhões. As obras contemplaram também a recuperação do pavimento em paralelepípedo, manutenção das calçadas e construção de equipamentos comunitários dentro do empreendimento.
Ansiosa, a manicure Jaqueline da Silva, que atualmente mora de aluguel, foi contemplada com uma das moradias e não vê a hora de ocupar a nova casa. “É um sonho realizado ter a minha casa própria. Há muitos anos sonho em ter meu cantinho e quem é mãe solo como eu e vem batalhando. Não tenho palavras para falar dos meus sentimentos. Maior presente de Natal”, disse Jaqueline, que é mãe de duas meninas.
De acordo com o governador Jerônimo Rodrigues, “agora vem a fase de solicitar as ligações de energia elétrica e de água. Em breve, as pessoas já poderão vir para cá e morar em suas casas. Também realizamos a construção de um acesso para facilitar a ligação com a pista. É claro que, a partir deste momento, a parceria com a prefeitura será fundamental, especialmente para dar atenção à educação, às creches e à saúde no entorno. Além disso, já temos prevista uma nova ação com unidades habitacionais, e a nossa expectativa é retornar aqui no final do próximo ano ou no início de 2027 para realizar a entrega de mais casas ao povo de Barreiras”.
“O maior presente que Barreiras recebe neste ano. São essas 500 famílias que vão morar com dignidade. Isso aqui é o que o governo do estado está fazendo em todo o estado da Bahia, entregando casas”, destacou a secretária de Desenvolvimento Urbano, Jusmari Oliveira.
Na mesma ocasião, o governador inaugurou a pavimentação asfáltica do acesso ao Residencial Solar Barreiras, em um trecho de aproximadamente 8 quilômetros a partir da sede do município. A obra, executada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), através da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), recebeu investimento de R$ 4 milhões e garante mais segurança, conforto e melhor tráfego para os moradores da região.
Povoado Cantinho
Outro destaque da agenda foi a entrega da pavimentação asfáltica na rodovia BA-827, no trecho que liga o entroncamento da BR-135 ao Cantinho Senhor dos Aflitos. A intervenção faz parte do programa Bahia em Movimento e contou com investimento total de R$ 5,8 milhões, reforçando a infraestrutura viária e a integração regional.
“Com essa entrega de hoje, o Governo do Estado completa 2.485 km de acesso a destinos e povoados executados e inaugurados de 2023 até 2025. Além disso, o fecharemos os 417 municípios baianos interligados à malha pavimentada do Estado em setembro de 2026. No mês passado, os índices contábeis e fiscais dos estados brasileiros colocaram a Bahia em primeiro lugar no investimento em infraestrutura do país, superando o estado mais rico da federação, que é São Paulo”, destacou o secretário de infraestrutura, Saulo Pontes.
Repórter: Joci Santana/GOVBA
Hospital do Oeste recebe novo tomógrafo e avança na implantação da radioterapia
Após cumprir agenda ao lado do governador Jerônimo Rodrigues, na noite de sexta-feira (19), em São Desidério, onde o Governo do Estado destinou mais de R$ 61 milhões em investimentos para a saúde, a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, desembarcou em Barreiras, neste sábado (20), com anúncios importantes para o município.
Na ocasião, a titular da Sesab vistoriou o Hospital do Oeste, unidade estratégica para a assistência à população da região. Durante a visita, a secretária acompanhou de perto a instalação do acelerador linear, equipamento destinado ao tratamento de pacientes oncológicos, e conferiu o funcionamento do novo tomógrafo, entregue recentemente pelo Governo do Estado.
Segundo a secretária, a chegada do novo tomógrafo representa um avanço importante para a ampliação do acesso a exames de alta complexidade. “Instalamos um novo tomógrafo, permitindo que o hospital realize exames nas áreas de neurologia e cardiologia. O equipamento está em pleno funcionamento e, agora, o Hospital do Oeste passa a contar com dois tomógrafos, garantindo mais agilidade e ampliando o acesso da população”, destacou Roberta Santana.
Outro destaque da vistoria foi o acelerador linear, que se encontra na fase final de implantação. De acordo com a secretária Roberta Santana, o equipamento já está instalado e aguarda apenas a etapa de certificação, prevista para o fim de janeiro de 2026. A expectativa é que o serviço de radioterapia comece a ser ofertado no final de fevereiro. “Esse é um compromisso muito importante, porque a nossa população não vai mais precisar se deslocar para Salvador para realizar radioterapia. Hoje, muitas pessoas passam de 30 a 45 dias fora de casa para realizar esse tratamento”, ressaltou.
Roberta Santana também lembrou que já foi publicada a licitação para a ampliação do Hospital do Oeste. A abertura das propostas está marcada para o dia 15 de janeiro. Com a obra, a unidade ganhará 20 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 11 salas cirúrgicas e 30 leitos de enfermaria, além da instalação de um equipamento de ressonância magnética, que passará a integrar a estrutura do hospital.
O investimento na ampliação do Hospital do Oeste é de aproximadamente R$ 32 milhões e integra um conjunto de ações do Governo da Bahia voltadas ao fortalecimento da rede estadual de saúde. As iniciativas incluem reformas, ampliações e a construção de novos hospitais em diversas regiões do estado.
Fotos: Jamile Amine e Yasmim Marinho / Saúde GovBA
...Intervenção armada na Venezuela seria catástrofe, diz Lula após ameaças dos EUA
Donald Trump enviou militares para as proximidades do país e determinou bloqueio de petroleiros venezuelanos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (20) que uma intervenção armada na Venezuela seria catastrófica e configuraria um precedente perigoso.
A fala do brasileiro ocorreu em Foz do Iguaçu (PR), durante reunião do Mercosul, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinar o bloqueio de navios petroleiros sob sanção americana ao redor da Venezuela.
A ação de Trump é considerada um passo para uma guerra contra o país sul-americano, governado pelo ditador chavista Nicolás Maduro. Militares dos EUA têm feito ataques a embarcações no mar próximo à Venezuela.
"Os limites do direito internacional estão sendo testados. Uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério e um precedente perigoso para o mundo", disse Lula.
O petista também citou o conflito entre Argentina e Reino Unido pelas Ilhas Malvinas, de abril a junho de 1982. "Passadas mais de quatro décadas desde a Guerra das Malvinas, o continente sul-americano volta a ser assombrado pela presença militar de uma potência extrarregional", declarou o petista.
Por Caio Spechoto/Nathalia Garcia/Folhapress
Morre Lindomar Castilho, rei do bolero e voz de 'Você É Doida Demais', aos 85 anos
Artista caiu no ostracismo depois de matar a ex-mulher
Morreu, aos 85 anos, o cantor Lindomar Castilho, que recebeu o apelido de rei do bolero ao fazer imenso sucesso entre as décadas de 1960 e 1980. A informação foi confirmada por sua filha, Lili de Grammont, em suas redes sociais. A causa da morte não foi divulgada, mas ele havia sido recebido diagnóstico de Parkinson há mais de uma década.
"Meu pai partiu! E como qualquer ser humano, ele é finito, ele é só mais um ser humano que se desviou com sua vaidade e narcisismo. E ao tirar a vida da minha mãe também morreu em vida. O homem que mata também morre. Morre o pai e nasce um assassino, morre uma família inteira", escreveu ela na publicação.
Voz de "Você É Doida Demais", tema de abertura da série "Os Normais", estrelada por Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães na Globo, Castilho tem em seu repertório canções como "Chamarada", "Eu Amo Sua Mãe" e "Ébrio de Amor".
Castilho caiu no ostracismo após assassinar a ex-mulher, a cantora e compositora Eliane de Grammont, em 1981. À época, foi condenado a 12 anos de prisão. O caso é até hoje um dos feminicídios de maior repercussão do país.
"Somos finitos, nem melhores e nem piores do que o outro, não somos donos de nada e nem de ninguém", escreveu ainda Lili, ao lado de duas fotos em que aparece mais jovem junto a Castilho. "Assim me despeço do meu pai, com a consciência de que a minha parte foi feita com dor, sim, mas com todo o amor que aprendi a sentir e expressar nesta vida."
"Se eu perdoei? Essa resposta não é simples como um sim ou não, ela envolve tudo e todas as camadas das dores e delícias de ser, um ser complexo e em evolução. Diante de tudo isso, desejo que a alma dele se cure, que sua masculinidade tóxica tenha sido transformada. [...] Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", encerrou a filha.
Foi uma das vozes mais populares da música romântica brasileira e, mesmo depois do crime, tentou, sem muito sucesso, retomar a carreira, no fim dos anos 1990.
Nascido Lindomar Cabral, em Rio Verde, Goiás, o músico começou a carreira ainda jovem, depois de ser ouvido pelo diretor de uma gravadora —estudante de direito, ele tinha hábito de se apresentar em saraus e pequenos eventos. Seu primeiro álbum veio no começo da década de 1960, "Canções que Não Se Esquecem". Nele, abusava do sentimentalismo que pautava as rádios da época.
O nome artístico veio como sugestão de Diego Mulero, diretor de gravadora que pensou na projeção de Castilho para o mercado latino-americano. Ao longo da primeira década de carreira, gravou faixas como "Falhaste Coração", uma versão em português de um bolero mexicano, e o álbum "Mensagem de Carinho", que o consagrou.
Nos anos 1970, troca a gravadora Continental pela RCA e vende 500 mil cópias de "Eu Vou Rifar Meu Coração". Vem, então, um de seus maiores sucessos, "Você É Doida Demais", que ocupa o topo das paradas musicais. "Eu Canto o que o Povo Quer" é outro hit do período, que ganhou tração fora do Brasil, bem como "Feiticeira" e "Nós Somos Dois Sem Vergonha".
O enorme sucesso, porém, foi refreado pelo assassinato de sua ex-mulher. Castilho e Eliane de Grammont se conheceram quando ele já era o rei do bolero, mas ela ainda dava os primeiros passos na carreira musical. Ela havia se afastado do ofício para se dedicar ao lar e à filha do casal.
Foram cerca de dois anos de um casamento conturbado, marcado pelo alcoolismo, ciúmes e as agressões de Castilho. Aos 25 anos, Grammont decidiu se separar, a contragosto do músico, que deu cinco tiros na ex-mulher enquanto ela se apresentava no Café Belle Epoque, no centro de São Paulo, em 30 de março de 1981.
Castilho foi preso em flagrante e condenado a 12 anos e dois meses de prisão. Metade do tempo foi cumprido em regime aberto. Com a liberdade, em 1996, veio também a tentativa de retomar a carreira, com o disco "Muralhas da Solidão", concebido ainda na penitenciária.
Morreu no ostracismo, após ver seu sucesso no Brasil e no exterior, e os cerca de 30 discos lançados ao longo da carreira, serem ofuscados pelo assassinato.
Uma de suas últimas aparições foi como entrevistado do documentário "Vou Rifar Meu Coração", de 2011, batizado em homenagem ao seu hit, sobre a música brega no Brasil, ao lado de nomes como Agnaldo Timóteo, Wando, Amado Batista e Nelson Ned. Na ocasião, Castilho só aceitou dar a entrevista com a condição de que não fosse questionado sobre o crime que cometeu.
Castilho deixa a filha que teve com Eliane, Lili de Grammont. O velório acontece será neste sábado (20), às 13h, no Cemitério Santana, em Goiânia.
Por Leonardo Sanchez/Folhapress
Motta se reaproxima de Lindbergh de olho em apoio do PT na Câmara
Às vésperas do recesso parlamentar, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reaproximou do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) de olho no apoio da bancada do PT. "Para mim, o jogo está zerado", disse Motta à reportagem. Eles tinham rompido em novembro, após desentendimentos sobre a condução da Casa.
Os dois entraram em conflito por causa do projeto antifacção, apontado como principal resposta de Lula à crise na segurança pública após megaoperação no Rio. Motta escolheu como relator o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), aliado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A relação já era tensa mesmo antes disso. O grupo do presidente da Câmara se queixava da atuação de Lindbergh, acusando-o de buscar desgastar a imagem da Casa junto à opinião pública.
A situação se agravou ainda mais quando Motta decidiu pautar o projeto de lei de redução das penas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros condenados pelos atos golpistas, aprovado com apoio da oposição e de parte da base do governo.
Lindbergh protestou na tribuna e afirmou que o presidente estava "perdendo as condições de continuar" no cargo e que poderia responder por crime de responsabilidade. Motta rebateu, nas redes sociais, que precisa "proteger a democracia do grito, do gesto autoritário, da intimidação travestida de ato político".
Passados os momentos mais tensos, e cassados os mandatos dos agora ex-deputados Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ), ambos voltaram a conversar por telefone.
Um encontro presencial ocorreu nesta sexta-feira (19), na residência oficial do presidente da Câmara. Conversaram sobre a crise, os desentendimentos sobre as pautas e prometeram dialogar mais. Também combinaram de tentar se encontrar no fim do ano na Paraíba, estado de Motta e da família do líder petista.
"Nunca tive problemas pessoais com o Hugo. Minhas divergências foram as pautas, que foram muito duras, como a dosimetria, o PL antifacção e a cassação do [deputado] Glauber Braga [que acabou suspenso pela Câmara]", afirmou Lindbergh à reportagem. "Acho que a relação no próximo ano será muito melhor", disse.
Motta disse à reportagem que o problema nunca foi pessoal, mas de discordância de mérito sobre os projetos e de alguns comportamentos. A conversa serviu para apaziguar estas divergências e "zerar o jogo". "Tenho enorme respeito pela bancada do PT", afirmou.
Lindbergh segue líder do partido até 2 de fevereiro, quando o Congresso volta de recesso e o deputado Pedro Uczai (RS) assumirá como representante da bancada do PT. Apesar de deixar o cargo, ele deve se manter influente –é um dos petistas com mais força nas redes sociais e marido da ministra Gleisi Hoffmann, da SRI (Secretaria de Relações Institucionais).
Por Raphael Di Cunto/Folhapress
Crise na Venezuela trava consenso no Mercosul e opõe Argentina e Brasil
Menção a violações de direitos humanos no país de Maduro gera divergência no bloco.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) travou uma tentativa de Argentina e Paraguai de inclusão de críticas a violações de direitos humanos cometidas na Venezuela, num embate que impediu nesta sexta-feira (19) a conclusão do documento oficial do encontro do Mercosul em Foz do Iguaçu.
De acordo com interlocutores com conhecimento das discussões, sob condição de anonimato, as delegações dos governos de Javier Milei e de Santiago Peña quiseram inserir na declaração de líderes negociada pelo bloco sul-americano uma referência às violações de direitos humanos e à falta de democracia no país do ditador Nicolás Maduro.
Ambos os países são aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e têm apoiado a estratégia americana de aplicar pressão máxima contra o regime Maduro. Lula e a diplomacia brasileira, por outro lado, são críticos das ameaças bélicas de Trump contra a Venezuela e da mobilização militar dos EUA no Caribe.
O presidente brasileiro chegou a conversar por telefone com o republicano em um momento em que Washington vem fazendo uma mobilização militar sem precedentes na costa venezuelana sob o pretexto de enfrentamento a cartéis que enviam drogas aos EUA.
Quanto à divergência no texto do Mercosul, o Brasil entende que o tipo de linguagem defendida por Argentina e Paraguai não contribui para solucionar a crise na região e defende que é preciso ser cuidadoso para não legitimar uma possível intervenção estrangeira na Venezuela.
Interlocutores dizem ainda que a linguagem proposta por argentinos e paraguaios não deixa explícita a oposição do Mercosul às ameaças de intervenção dos EUA na América do Sul. Há a avaliação, no governo Lula, de que é preciso adotar um discurso que associe a América do Sul a uma região de paz.
Nesta sexta, Trump afirmou em entrevista à emissora NBC News que não descarta a possibilidade de uma guerra contra a Venezuela e que seu governo pode fazer novas apreensões de petroleiros próximos às águas do país latino-americano.
Os venezuelanos solicitaram a convocação de uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a "agressão persistente" dos EUA contra o país.
Numa tentativa de se posicionar como um possível mediador da crise entre Venezuela e EUA, Lula voltou a conversar com Maduro —de quem havia se afastado desde as contestadas eleições venezuelanas de 2024. Para um auxiliar do presidente, a reconstrução de laços de confiança é importante caso o Brasil seja acionado a desempenhar algum papel de mediação na crise entre o regime de Maduro e de Trump.
Chanceleres de Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e membros associados participaram nesta sexta da reunião do Conselho do Mercado Comum, que antecede a cúpula de chefes de Estado, em Foz do Iguaçu.
Com a divergência sobre os termos relacionados à crise na região, o encontro terminou sem acordo, e a negociação para o comunicado final será feita diretamente pelos líderes neste sábado (20).
Por Nathalia Garcia/Ricardo Della Coletta/Folhapress
Parlamentares pedem prorrogação da CPI do INSS por mais quatro meses
Pedido reúne assinaturas suficientes para estender investigações sobre fraudes bilionárias no sistema previdenciário até julho de 2026
Um grupo de 204 parlamentares protocolou um requerimento para prorrogar por mais 120 dias o funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que investiga um esquema de fraudes bilionárias no sistema previdenciário. O pedido é liderado pelo deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) e pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE).
O requerimento reúne o apoio de 175 deputados federais e 29 senadores, número suficiente para atender aos critérios previstos no regimento do Senado. Pela regra, a prorrogação do prazo de uma CPI é automática quando solicitada por ao menos um terço dos senadores, desde que a Mesa seja formalmente comunicada.
Na justificativa, os parlamentares afirmam que a comissão ainda analisa um grande volume de material probatório. Segundo a assessoria do Novo, estão em curso mais de 1.500 quebras de sigilo bancário e fiscal, além de centenas de requerimentos de oitivas que ainda não foram realizados.
A avaliação dos signatários é que o atual prazo é insuficiente para concluir a análise das provas reunidas até agora.
“Diante do volume de evidências reunidas, da necessidade de conclusão de oitivas e análise documental pendentes, da complexidade técnica da matéria e da relevância institucional de se exaurir a investigação com profundidade, a prorrogação do prazo de funcionamento da CPI do INSS se impõe como medida indispensável para assegurar a elaboração de um relatório final consistente”, diz trecho do pedido.
A CPI do INSS tem prazo previsto para encerrar os trabalhos em 28 de março de 2026. Caso a prorrogação seja confirmada, a comissão poderá seguir com investigações, oitivas e análise documental até o fim de julho do mesmo ano.
Os autores do pedido argumentam que a continuidade dos trabalhos é necessária para a elaboração de um relatório final consistente, capaz de apontar responsabilidades e embasar eventuais encaminhamentos ao Congresso, ao Judiciário e a órgãos de controle.
Por Vanessa Araujo/Estadão
Ministros do STF aceitam redução de penas sob condição de análise caso a caso
Integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) aceitaram o projeto da redução de penas aprovado pelo Congresso Nacional ainda que tenham feito críticas públicas. Uma das razões é o fato de uma ala do tribunal entender que os efeitos da proposta não serão automáticos para todos os réus, incluindo Jair Bolsonaro (PL), mas avaliados caso a caso, a critério do relator, ministro Alexandre de Moraes.
A ideia de uma anistia ampla, defendida por apoiadores do ex-presidente, era totalmente rejeitada pelos magistrados. Mas, à medida que essa proposta inicial não teve o apoio necessário para avançar no Legislativo, ministros e parlamentares estabeleceram um diálogo em torno dos contornos do texto que foi aprovado nesta semana no Legislativo.
De acordo com dois ministros, assessores de magistrados da corte e pessoas próximas ao tribunal e às discussões ouvidos pela reportagem, uma ala do STF participou de conversas para a construção do texto tanto na primeira etapa, quando tramitou na Câmara, e depois, com o envio ao Senado.
Essa participação de magistrados, segundo as pessoas consultadas, envolveu sugestões concretas para a redação, que partiram até mesmo de Moraes. Procurado pela reportagem por intermédio da assessoria de comunicação do tribunal, o gabinete do ministro não respondeu.
Apesar desse envolvimento de ministros na discussão do texto aprovado pelo Congresso, integrantes da Primeira Turma, encarregada de julgar a trama golpista, deram declarações contra a possibilidade de atenuação das punições impostas aos condenados, seguindo uma avaliação interna de que era preciso fazer defesa do trabalho da corte ao longo dos últimos anos.
Na terça (16), Moraes criticou a redução de penas no fim do julgamento que condenou, por unanimidade, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques e outros quatro integrantes da trama golpista.
"Não é possível mais discursos de atenuante em penas, em penas aplicadas depois do devido processo legal, aplicadas depois da ampla possibilidade de defesa, porque isso seria um recado à sociedade de que o Brasil tolera ou tolerará novos flertes contra a democracia", disse.
Ele declarou ainda que a fixação das penas serve tanto para condenar os réus quanto para prevenir que novas tentativas de rupturas democráticas ocorram no futuro.
"Prevenir, deixar bem claro que não é possível mais que se tome de assalto o Estado, Ministério da Justiça, Ministério da Defesa, Gabinete de Segurança Institucional, Abin [Agência Brasileira de Inteligência], se tome de ação a Polícia Rodoviária Federal, para tentar que um determinado grupo, que, repito, se transformou numa verdadeira organização criminosa, queira se manter no poder eternamente, com esses discursos de que a sociedade está a exigir a manutenção deles no poder", disse.
Flávio Dino, presidente do colegiado, afirmou ser importante levantar dados sobre tamanho de penas impostas aos réus. Segundo os ministros, há distorções no discurso público sobre o tema.
"Houve pleno atendimento ao princípio da individualização da pena", disse Dino.
Naquela terça, a Primeira Turma encerrou a análise dos principais núcleos da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre a trama golpista —falta apenas o quinto deles, formado apenas pelo empresário bolsonarista Paulo Figueiredo, que está foragido.
Para uma ala do STF, o texto ajudará no distensionamento institucional, até pelo entendimento de que ficará a cargo de Moraes interpretar e aplicar, caso a caso, o que prevê o projeto aprovado pelo Congresso.
Os ministros têm sido alvo de ataques pela condução e julgamento dos casos há meses, e ações policiais recentes autorizadas por ministros da corte e que miraram parlamentares acirraram a crise com o Legislativo.
O chamado PL da Dosimetria foi aprovado na quarta (17) no plenário do Senado com um placar de 48 votos a favor e 25 contra. Como a Câmara já havia aprovado a matéria, a proposta agora segue para sanção presidencial.
O presidente Lula (PT) afirmou que irá vetar o projeto. Ele também negou qualquer participação do Palácio do Planalto no acordo que viabilizou a votação da matéria no Senado.
O chefe do Executivo tem para isso até 15 dias úteis após o recebimento da matéria para o veto.
"Tenho dito há algum tempo que as pessoas que cometeram o crime contra a democracia brasileira terão que pagar pelos atos cometidos contra esse país. Nem terminou o julgamento, ainda tem gente sendo condenada e o pessoal já resolve diminuir as penas", declarou.
Por Ana Pompeu/Folhapress
PF e PRF apreendem mais de uma tonelada de cocaína em Goiás e Tocantins
Goiânia/GO. Nesta sexta-feira (19/12), a Polícia Federal em Goiás, em ação coordenada com a Polícia Federal no Tocantins e a Polícia Rodoviária Federal nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão, apreendeu mais de uma tonelada de cocaína durante duas ações simultâneas realizadas em Goiás e no Tocantins.
Após a troca de informações entre a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, foi possível identificar e localizar dois caminhões que transportavam grande quantidade de entorpecentes. Um dos veículos foi interceptado no município de Nova Crixás/GO, onde foram apreendidos mais de 535 kg de cocaína. O outro caminhão foi abordado em Nova Olinda/TO, com cerca de 480 kg da droga.
As investigações prosseguem com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos, incluindo financiadores e eventuais destinatários da droga.
Comunicação Social da Polícia Federal em Goiás
Mulher é indiciada por perseguição, ameaça, lesão corporal e violação de domicílio em Vitória da Conquista
O conflito entre vizinhos resultou no indiciamento da investigada pelos crimes
A Polícia Civil da Bahia, por meio da 1ª Delegacia Territorial (DT) de Vitória da Conquista, concluiu as investigações e indiciou uma mulher de 35 anos pelos crimes de ameaça, violação de domicílio, perseguição (stalking) e lesão corporal dolosa, ocorrido no bairro Espírito Santo, no dia 31 de novembro deste ano.
De acordo com as apurações, a investigada registrou uma ocorrência contra um homem de 42 anos, no dia 1º de dezembro de 2025, por suposta prática de maus-tratos a animais, sob a alegação de que cerca de 20 cachorros permaneciam diariamente no passeio em frente à sua residência. As investigações constataram que as acusações eram infundadas.
Após o registro da ocorrência, a mulher foi até a residência da vítima, onde passou a agredi-lo fisicamente com socos e chutes, causando ferimentos. Já no dia 5 de dezembro de 2025, a investigada novamente se dirigiu ao local, invadiu o imóvel ao perceber a garagem aberta e tentou agredir o homem, que agiu em legítima defesa.
Com base nas provas reunidas, o inquérito policial foi concluído com o indiciamento da agressora e reconheceu que a outra parte agiu em legítima defesa. O procedimento foi remetido ao Poder Judiciário nesta sexta-feira (19).
Fonte
Guilherme Santos/Ascom PCBA
Operação Corsário 116 recupera carga roubada avaliada em R$ 150 mil e prende assaltante em Poções
Crime ocorreu na BR-116 quando o caminhoneiro havia parado a carreta após se envolver em um acidente de trânsito
A Polícia Civil da Bahia deflagrou, na manhã desta sexta-feira (19), a Operação Corsário 116, que resultou na recuperação de uma carga roubada avaliada em cerca de R$ 150 mil e na prisão em flagrante de um dos envolvidos no crime. A ação é desdobramento de investigações sobre um roubo ocorrido na noite do dia anterior, às margens da BR-116.
As diligências apontaram que o caminhoneiro havia parado a carreta após se envolver em um acidente de trânsito, momento que foi abordado por homens armados com armas brancas, que o ameaçaram e subtraíram parte da carga composta por mercadorias comercializadas por uma plataforma de comércio eletrônico e compra on-line.
O trabalho investigativo levou à identificação e prisão de um dos suspeitos, localizado na região rural das Salinas, no município de Poções. No imóvel, os policiais apreenderam centenas de mercadorias, entre eletrodomésticos, eletrônicos e suplementos, sendo parte do material proveniente do roubo investigado e outra parte oriunda de crimes patrimoniais, caracterizando também o crime de receptação qualificada.
O preso foi autuado em flagrante pelos crimes de roubo e receptação qualificada. O investigado já havia sido preso anteriormente pelo crime de receptação, em 2023. A vítima reconheceu o suspeito como um dos autores do roubo da carga.
Na comunicação da prisão ao Poder Judiciário, a autoridade policial representou pela decretação da prisão preventiva. O investigado foi apresentado à unidade policial competente e permanece à disposição da Justiça.
As investigações seguem em andamento com o objetivo de identificar os demais envolvidos na ação criminosa e recuperar outros objetos roubados.
Fonte
Marcela Correia/Ascom PCBA
EUA bombardeiam Síria em vingança contra Estado Islâmico após assasinato de americanos
Ofensivas atingiram combatentes, infraestrutura e depósitos de armas do grupo terrorista, disseram autoridades
Os Estados Unidos disseram ter atacado nesta sexta-feira (19) dezenas de alvos do Estado Islâmico na Síria em resposta a um atentado recente contra americanos no país. Autoridades do governo de Donald Trump disseram que a ação teve o objetivo de punir integrantes do grupo terrorista de alguma forma responsáveis pelo ataque ocorrido no último dia 13.
Trump havia prometido retaliação após a morte de dois soldados do Exército e de um civil, que trabalhava como interpréte, em uma emboscada na cidade síria de Palmira, no centro do país. Outros três militares ficaram feridos. Na ocasião, um integrante do Estado Islâmico atacou um comboio de forças americanas e sírias antes de ser morto a tiros, de acordo com autoridades.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, confirmou que os bombardeios atingiram combatentes do grupo terrorista, além de infraestrutura e depósitos de armas do grupo. A ação foi batizada de "Operação Hawkeye Strike".
Em declaração dura, Hegseth afirmou que a ofensiva não representa o início de uma guerra, mas sim um ato de vingança, dizendo que os EUA "caçaram e mataram" seus inimigos e que continuarão a fazê-lo.
De acordo com dois funcionários americanos mencionados pela agência de notícias Reuters que falaram sob condição de anonimato, os ataques foram feitos contra dezenas de alvos do Estado Islâmico espalhados pela região central da Síria.
A ofensiva faz parte de uma campanha contínua da coalizão liderada pelos EUA, que vem fazendo ataques aéreos e operações terrestres contra suspeitos do Estado Islâmico nos últimos meses, frequentemente com a participação das forças de segurança sírias.
Cerca de mil soldados americanos permanecem atualmente na Síria. O Ministério do Interior sírio informou que o autor do ataque em Palmira era integrante das forças de segurança do país, suspeito de simpatizar com o Estado Islâmico.
A Síria vive um momento político novo após a queda de Bashar al-Assad no ano passado, depois de 13 anos de guerra civil. O atual governo é liderado por ex-rebeldes e inclui membros de um antigo braço da Al Qaeda no país, que romperam com a organização e entraram em conflito com o Estado Islâmico.
Nesse contexto, Damasco tem cooperado com a coalizão liderada pelos EUA no combate ao Estado Islâmico, parceria que foi reforçada no mês passado, após a visita do presidente sírio Ahmed al-Sharaa à Casa Branca.
Por Folhapress
Congresso aprova Orçamento com corte em Previdência e Pé-de-Meia para inflar emendas em R$ 11,5 bi
Relator reduziu benefícios previdenciários em R$ 6,2 bi e tirou outros R$ 436 milhões das bolsas para o ensino médio
O plenário Congresso Nacional aprovou nesta sexta (19), em votação simbólica, o projeto de Lei Orçamentária Anual de 2026. O texto segue para sanção presidencial.
A votação ocorreu após o Congresso cortar uma série de gastos obrigatórios, como benefícios previdenciários e bolsas do programa Pé-de-Meia, para inflar emendas parlamentares em R$ 11,5 bilhões no Orçamento de 2026, ano eleitoral.
O projeto foi aprovado no plenário com votação simbólica, com posição contrária apenas do partido Novo, e minutos depois de ser aprovado pela CMO (Comissão Mista de Orçamento).
As mudanças foram incluídas pelo relator, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), e acenderam um alerta dentro do governo. A ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) se deslocou para a Câmara dos Deputados para conversar com os parlamentares e tentar resolver o impasse.
O corte de despesas obrigatórias é grave porque, nos últimos anos, os valores incluídos pelo Executivo na peça orçamentária têm sido inclusive insuficientes para cobrir todas as necessidades —ou seja, a tendência seria ampliá-los nos próximos meses, na contramão da redução feita pelos congressistas.
A sessão da CMO foi retomada após essa pausa para negociações, e o governo não esboçou resistências à votação. No entanto, nenhum parlamentar soube explicar quais alterações foram feitas, além da recomposição das verbas de custeio para o Ministério da Defesa. O valor não foi indicado no relatório.
Além disso, a planilha divulgada com uma complementação de voto remanejou despesas entre os programas atendidos por emendas parlamentares.
Um segundo adendo ao projeto ocorreu direto no plenário do Congresso, com remanejamento de recursos. Até a publicação desta reportagem, porém, o documento ainda não estava disponível no site.
Se o Orçamento for aprovado com um valor menor para a Previdência, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisará fazer ajustes no futuro, mediante bloqueios em outras áreas. A reportagem perguntou a Isnaldo qual foi o motivo do corte no relatório, mas não teve resposta.
Segundo interlocutores, os recursos cancelados foram remanejados para abastecer emendas extras, classificadas como se fossem despesas discricionárias do próprio Executivo (no jargão orçamentário, "RP 2"). Os novos gastos estão concentrados em três ministérios: Integração e Desenvolvimento Regional, Cidades e Saúde.
O expediente não é inédito. Em 2021, o então relator do Orçamento daquele ano, senador Marcio Bittar (na época eleito pelo MDB, hoje PL-AC), cortou mais de R$ 16 bilhões da Previdência para abastecer as emendas, medida que abriu uma crise entre Executivo e Legislativo.
Para 2026, Bulhões incorporou a seu relatório um corte de R$ 6,2 bilhões nos benefícios previdenciários. Com a mudança, os recursos reservados caíram de R$ 1,134 trilhão para R$ 1,128 trilhão.
Ele ainda reduziu R$ 436 milhões do programa Pé-de-Meia, que paga bolsas de incentivo à permanência de alunos no ensino médio. A política já havia perdido outros R$ 105,5 milhões durante a tramitação na CMO (Comissão Mista de Orçamento). Assim, os recursos reservados caíram de R$ 12 bilhões para R$ 11,46 bilhões.
O Congresso também aprovou, na mesma sessão, 19 projetos relacionados a regras orçamentárias. Entre eles, um que destinou R$ 8,3 bilhões em crédito suplementar ao Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais ou Financeiro-Fiscais, criados para compensar quem perdeu incentivos fiscais ligados ao ICMS na reforma tributária.
Também foi aprovado crédito suplementar de R$ 14,4 bilhões, com quase a totalidade dos recursos destinada ao FNDCT (Fundo Nac.de Desenv.Científico e Tecnológico).
Além deles, outro projeto de crédito especial de R$ 6,5 bilhões foi aprovado. O texto incialmente se trava de R$ 500 milhões direcionados ao programa de fragatas da Marinha. Foram adicionados outros R$ 6 bilhões, relacionados ao Ministério da Fazenda, para financiar compras de caminhões.
O relator tirou outros R$ 300,7 milhões do programa Auxílio Gás dos Brasileiros, que paga a famílias de baixa renda o valor equivalente a um botijão de gás de cozinha de 13 kg, considerando a média nacional do produto, calculada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
A política também já havia perdido recursos nos relatórios setoriais da CMO. No saldo final, o valor reservado caiu de R$ 5,1 bilhões para R$ 4,73 bilhões.
Também houve cortes de R$ 391,2 milhões no seguro-desemprego, R$ 262 milhões em bolsas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), R$ 207 milhões no abono salarial e R$ 72 milhões em bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Por Idiana Tomazelli/Caio Spechoto/Mariana Carneiro/Raphael Di Cunto/Folhapress
FICCO/AC apresenta resultados expressivos no combate ao crime organizado em 2025
Operações tiveram como principais alvos as facções criminosas atuantes no estado, com a desarticulação de núcleos responsáveis por tráfico de drogas, homicídios e lavagem de capitais, dentre outros delitos
Rio Branco/AC. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Estado do Acre (FICCO/AC), composta por Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre, encerrou o ano de 2025 com resultados significativos no enfrentamento às organizações criminosas e ao tráfico de drogas no estado.
No ano, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão, 20 mandados de prisão preventiva e realizadas 16 prisões em flagrante, totalizando 36 prisões efetivas.
No combate ao tráfico, a FICCO/AC apreendeu 171,27 kg de cocaína e 362,30 kg de maconha/skunk, além de 8 armas de fogo e 74 munições.
As operações tiveram como principais alvos as facções criminosas atuantes no estado, com a desarticulação de núcleos responsáveis por tráfico de drogas, homicídios e lavagem de capitais, dentre outros delitos.
Esses números evidenciam o impacto e a necessidade da integração das forças de segurança no combate às organizações criminosas e na proteção da sociedade acreana.
Para 2026, a FICCO/AC planeja intensificar as operações voltadas à desarticulação das lideranças das facções criminosas, com a finalidade de enfraquecê-las e consolidar a presença do Estado em áreas estratégicas.
Comunicação Social da Polícia Federal no Acre
Lula assina na terça decreto que transforma música gospel em patrimônio
Previsão é que seja realizada cerimônia no Palácio do Planalt com cantores gospel e líderes evangélicos
| Foto: Ricardo Stuckert/PR/Arquivo |
O presidente Lula assinará na próxima terça-feira (23) decreto que transforma a música gospel em patrimônio brasileiro, em mais uma estratégia para se aproximar do eleitorado evangélico, próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A cerimônia está marcada para o Palácio do Planalto e deve contar com a participação de cantores gospel, líderes evangélicos e políticos.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) ajudou a articular a iniciativa, que também contou com a participação do advogado-geral da União, Jorge Messias, do ministro da Secom, Sidônio Palmeira, além do próprio Lula.
A proposta de decreto foi elaborada após reuniões com Sidônio, Lula e com a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).
"Esse reconhecimento é de grande importância para preservar a música gospel e valorizá-la", afirma Eliziane. "Seu acolhimento como bem cultural imaterial representa um passo essencial para a preservação e a promoção da diversidade cultural do Brasil. É um capítulo importante que o país escreve, ampliando ainda mais sua diversidade musical."
O petista tenta ser aproximar para as eleições de 2026 do eleitorado evangélico. O decreto deve reconhecer o gospel como manifestação da cultura nacional, englobando música, teatro e literatura religiosa.
A medida também estabelecerá diretrizes para a valorização, a promoção e a proteção da cultura gospel no país.
Por Danielle Brant/Folhapress
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