PF apreende cocaína em contêiner refrigerado no Porto de Paranaguá

Paranaguá/PR. A Polícia Federal realizou diligências neste sábado, 22/11, no Terminal de Contêineres do Porto de Paranaguá, após trabalho de inteligência que indicava possível envio de substância ilícita para a Europa.

As equipes localizaram um contêiner cujo compartimento do motor do sistema de refrigeração ocultava sacos contendo tabletes de droga. Teste preliminar feito no local apontou resultado positivo para cocaína, totalizando aproximadamente 37,84 quilos. O material foi apreendido e encaminhado para perícia.

As investigações continuam para identificar os responsáveis pela inserção do entorpecente na carga.

Comunicação Social da PF no PR

PF identifica rede internacional envolvida em tortura e morte de animais para produção de conteúdo ilícito

Belém/PA. A Polícia Federal deflagrou, neste sábado (22/11), a Operação Bestia, destinada a desarticular um esquema criminoso responsável por produzir, comercializar e compartilhar vídeos de extrema violência envolvendo maus-tratos, tortura e morte de animais, incluindo práticas com conotação sexual. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva contra os principais investigados.

As apurações identificaram a atuação de uma rede internacional estruturada, que operava em plataformas de troca de mensagens e reunia participantes de diversos países. O conteúdo criminoso era produzido de forma sistemática, com fins financeiros e sexuais. A investigação teve início após denúncia encaminhada pela Bulgária ao Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, que repassou o caso às autoridades brasileiras.

A análise do material evidencia práticas de crueldade extrema e sofrimento prolongado, envolvendo ao menos 32 animais mortos de forma deliberada para abastecer o esquema criminoso.

As diligências prosseguem com a análise dos itens apreendidos, visando identificar todos os envolvidos na rede e responsabilizar seus participantes por condutas que configuram grave violação à dignidade animal e aos princípios essenciais de ética e humanidade.

Comunicação Social da Polícia Federal no Pará
cs.srpa@pf.gov.br

Operação internacional resulta na apreensão de mais de 7 toneladas de cocaína em alto-mar

Cooperação internacional integrada impede que grande carregamento de cocaína chegue ao continente europeu.
Brasília/DF. Uma operação internacional de combate ao tráfico transnacional de drogas resultou na apreensão de mais de 7 toneladas de cocaína encontradas em duas embarcações pesqueiras de bandeira brasileira, interceptadas pela Marinha Portuguesa nos dias 17 e 20 de novembro, em águas internacionais próximas à Ilha da Madeira.
As ações foram desencadeadas a partir do compartilhamento de informações entre a Polícia Federal e autoridades estrangeiras, que permitiu a localização das embarcações em pleno Oceano Atlântico. Os barcos haviam partido do litoral de Santa Catarina e transportavam a droga de forma dissimulada. Ao todo, 10 tripulantes, todos brasileiros, foram detidos pelas autoridades portuguesas.
A operação contou com cooperação entre autoridades brasileiras, portuguesas, norte-americanas e organismos internacionais, e impediu que a carga ilícita atingisse a costa europeia. Os procedimentos legais serão conduzidos em Portugal, enquanto a Polícia Federal brasileira acompanha as investigações e reforça seu compromisso com o enfrentamento às organizações criminosas transnacionais.

Coordenação-Geral de Comunicação Social

Entenda a audiência de custódia de Bolsonaro prevista para este domingo e os próximos passos

Preso preventivamente neste sábado (22), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai participar de uma audiência de custódia neste domingo (23), às 12h, na superintendência regional da Polícia Federal do Distrito Federal.

O ex-presidente foi preso preventivamente por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. O magistrado entendeu haver risco de fuga, o que poderia dificultar a aplicação da lei penal, uma das justificativas presentes em lei para a decretação desse tipo de prisão.

Na decisão judicial, o magistrado também cita uma publicação de um dos filhos do político, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), sobre uma vigília por Bolsonaro no Jardim Botânico, em Brasília, região onde o ex-presidente estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto por descumprir medidas cautelares anteriores.

Para a prisão deste sábado, o magistrado afirmou haver "possibilidade concreta de que a vigília convocada ganhasse grande dimensão, com a concentração de centenas de adeptos do ex-presidente", o que, para Moraes, poderia gerar "um grave dano à ordem pública". Esse também é um dos critérios da prisão preventiva segundo a legislação, previsto no artigo 312 do Código do Processo Penal.

Segundo o magistrado, o Supremo foi notificado pelo Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal sobre uma violação da tornozeleira de Bolsonaro na madrugada deste sábado, que poderia ter relação com a vigília programada.

"A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho", afirma o ministro na decisão judicial.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado. O processo se encontra em fase de recurso, que pode se esgotar nos próximos dias. Assim, o ex-presidente pode ir definitivamente para a prisão, dessa vez em razão desta condenação.

Com a preventiva, o político foi levado para a Superintendência da PF em Brasília, onde ficará preso em um espaço com cama, banheiro privativo e uma mesa. Um dos próximos passos é a audiência de custódia e sessão no STF para confirmar a decisão de Moraes.

Entenda qual vai ser o próximo passo de Bolsonaro depois da prisão preventiva.

Audiência de custódia

A audiência de custódia tem como objetivo fazer uma checagem inicial, junto a um juiz, da legalidade da prisão.

Na ocasião, também comparecem o Ministério Público e a defesa. O juiz avalia se houve irregularidade no ato em várias fases do processo, como se a prisão respeitou as regras legais e se houve abuso ou irregularidade na atuação policial.

Segundo Welington Arruda, mestre em direito e justiça pelo IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), a audiência "é uma garantia fundamental prevista em tratados internacionais e incorporada à prática do Judiciário brasileiro desde 2015".

De acordo com ele, a legislação permite que a audiência seja feita por videoconferência, caso de Bolsonaro, em situações excepcionais envolvendo risco de segurança ou necessidade de evitar exposição pública ou tumulto.

"É um passo necessário, pois sempre que há uma prisão —seja em flagrante, por mandado, ou por descumprimento de cautelares— a audiência de custódia é etapa obrigatória no trâmite. É nela que o juiz confirma se a prisão deve permanecer válida".

Sessão na Primeira Turma do STF

Moraes também pediu, para esta segunda-feira (24), uma sessão virtual na Primeira Turma do Supremo para que os demais ministros avaliem a decisão.

Assim, enquanto a audiência de custódia vai avaliar se houve ou não ilegalidade no ato, como violência na abordagem policial, e ser momento para Bolsonaro se manifestar diante do juiz, a sessão no Supremo vai confirmar ou não a decisão do magistrado.

Segundo Thiago Bottino, professor da FGV Direito Rio, é provável que a audiência de custódia seja conduzida por um juiz auxiliar de Moraes, mas o próprio magistrado poderia realizar a audiência. "O que o juiz deve fazer é ouvir [Bolsonaro], colher informações e repassar ao ministro e à Turma", afirma Bottino. Baseado nessas informações, os ministros do STF ratificam ou não a decisão nesta segunda.

Assim, os ministros podem revogar a medida e optar por uma cautelar menos gravosa, como o retorno para a prisão domiciliar, ou confirmar a decisão de Moraes.

Nesse caso, Bolsonaro poderia permanecer preso preventivamente até o trânsito em julgado do processo sobre a trama golpista, que pode levá-lo definitivamente à prisão para cumprir a pena de 27 anos e 3 meses.

Por Ana Gabriela Oliveira Lima/Folhapress

Moraes acabou com a diplomacia de Lula, diz advogado de Trump

O advogado de Donald Trump, Martin de Luca, criticou Alexandre de Moraes por decretar a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, afirmando que a decisão prejudica a diplomacia de Lula com os EUA. Ele retuitou mensagens de Tarcisio de Freitas e aliados de Trump, todos contrários à medida

Martin de Luca, advogado do presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acabou com a diplomacia de Lula, após decretar a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, na manhã deste sábado. Luca representou as empresas Rumble e Trump Media em uma queixa civil na Justiça Federal da Flórida contra o ministro Alexandre de Moraes.

"Lula e Alckmin correram contra o relógio por meses para estabilizar a relação do Brasil com os EUA. Eles sabem que o Brasil caminha sobre gelo fino com Donald Trump. Finalmente, eles receberam o primeiro sinal de boa vontade ontem\". Porém, completa ele, numa postagem no X, "na manhã seguinte, Moraes sabota todo o esforço diplomático com uma única decisão, exatamente o tipo de excesso que desencadeou a crise\".

"Enquanto a equipe de Lula tenta desesperadamente reconstruir a confiança com os EUA, Moraes faz tudo o que pode para provar por que foi sancionado", escreveu ele. "Se o Brasil quer credibilidade no exterior, talvez devesse começar por pôr a sua própria casa em ordem, porque, neste momento, um homem está desfazendo o trabalho de todos os outros em tempo real."

Luca também retuitou um post do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, também crítico à prisão. "Jair Bolsonaro tem enfrentado todos os ataques e todas as injustiças com a firmeza e a coragem de poucos. Tirar um homem de 70 anos da sua casa, desconsiderando seu grave estado de saúde e ignorando todos os apelos provenientes das mais diversas fontes, todos os laudos médicos e evidências, além de irresponsável, atenta contra o princípio da dignidade humana", escreveu Tarcisio. "Bolsonaro é inocente e o tempo mostrará. Seguimos firmes ao seu lado e lutaremos para que essa injustiça seja reparada o quanto antes."

Luca também retuitou posts do advogado Jason Miller, conselheiro de Trump que atuou por sanções a Moraes. Além de um post do brasilianista texano Brian Winter, todos contrários à prisão preventiva.

por Estadao Conteudo

INSS paga 13º a novos aposentados a partir de segunda (24); veja calendário e quem recebe

Os novos segurados vão receber a renda junto com a aposentadoria ou pensão mensal, a partir de segunda-feira (24). Os depósitos são feitos conforme o final do benefício, sem considerar o dígito verificador. O pagamento vai até 5 de dezembr

FOLHAPRESS) - O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pagará o 13º a aposentados e pensionistas que tiveram o benefício liberado a partir do mês de maio deste ano. Ao todo, 2,4 milhões vão receber a gratificação natalina, que soma R$ 2,9 bilhões.

Os demais segurados tiveram os valores de forma antecipada, nas competências de abril e maio. Foram pagos R$ 73,3 bilhões a 34,2 milhões de beneficiários. A antecipação vem sendo feita desde 2020.

Os novos segurados vão receber a renda junto com a aposentadoria ou pensão mensal, a partir de segunda-feira (24). Os depósitos são feitos conforme o final do benefício, sem considerar o dígito verificador. O pagamento vai até 5 de dezembro.

Quem ganha até um salário mínimo (R$ 1.518 neste ano) recebe primeiro. Depois, é pago o valor a quem recebe acima do mínimo até o teto do INSS, que neste ano está em R$ 8.157,41.

A consulta ao benefício será liberada para todos os segurados a partir do dia 24 no aplicativo ou site Meu INSS. Beneficiários que recebem um salário mínimo conseguem ver antes se o valor já está provisionado. Depois, no primeiro dia do calendário, é liberada a consulta a todos os aposentados que têm direito.

Tem direito à gratificação quem recebe aposentadoria, pensão e benefícios por incapacidade como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente.

No caso do auxílio-doença e do auxílio-acidente, que são temporários, o pagamento é feito de forma proporcional, conforme o número de meses do benefício até a data de depósito da gratificação natalina. Benefícios como BPC (Benefício de Prestação Continuada) e RMV (Renda Mensal Vitalícia) não têm direito.

Receberá o 13º do INSS em novembro quem se aposentou ou passou a ganhar um benefício previdenciário entre os meses de maio e outubro. A parcela será paga de uma única vez.

Haverá o desconto do Imposto de Renda a quem se enquadra nas regras para pagar o tributo. Por lei do governo Lula, quem ganha até dois salários mínimos está isento do IR. Benefícios por doenças graves, que dão isenção, também não pagam imposto.

A nova isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000 ainda não está valendo. Ela passa a ser aplicada a partir de 1º de janeiro, conforme lei aprovada no Congresso. Com isso, aposentados, pensionistas e demais beneficiários que ganham até este valor não pagarão mais IR.

Aposentados e pensionistas a partir de 65 anos pagam menos imposto. Isso porque eles têm direito a uma cota extra de isenção do IR a partir do mês em que fazem aniversário.
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VEJA O CALENDÁRIO DE PAGAMENTO DO 13º DO INSS EM NOVEMBRO

Para quem ganha o salário mínimo
Final do benefício - Data de pagamento
1 - 24 de novembro
2 - 25 de novembro
3 - 26 de novembro
4 - 27 de novembro
5 - 28 de novembro
6 - 1º de dezembro
7 - 2 de dezembro
8 - 3 de dezembro
9 - 4 de dezembro
0 - 5 de dezembro

Para quem recebe benefício acima do salário mínimo
Final do benefício - Data do pagamento
1 e 6 - 1 de dezembro
2 e 7 - 2 de dezembro
3 e 8 - 3 de dezembro
4 e 9 - 4 de dezembro
5 e 0 - 5 de dezembro

PROJETOS NA CÂMARA E NO SENADO TENTARAM CRIAR 14º SALÁRIO DO INSS

Dois projetos -um na Câmara e outro no Senado- tentaram implementar um 14º a aposentados do INSS. A ideia ganhou força na pandemia, com o adiantamento do 13º salário do INSS para os primeiros meses do ano após o confinamento causado pela Covid-19.

O projeto da Câmara, de deputado Pompeo de Matos (PDT-RS), teve sua última movimentação em 2022. Já a proposta do Senado partiu de uma iniciativa popular encampada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), mas foi declarada como prejudicado em 2023.

Um tema é considerado prejudicado se perde seu objeto principal. No caso, como o 14º foi proposto na pandemia, como uma forma de amparo a segurados do INSS teria perdido relevância após o fim do confinamento e o retorno à vida normal na sociedade.

COMO É FEITO O PAGAMENTO DO 13º DO INSS?

O pagamento do 13º salário é feito considerando o mês em que o aposentado começou a receber o benefício. Se já estava aposentado em janeiro do ano do pagamento ou antes, receberá o valor integral, sendo 50% na primeira parcela e o restante na segunda.

A segunda parcela pode ter o desconto Imposto de Renda, caso o segurado seja obrigado a pagar o tributo. Para quem se aposentou no ano de pagamento, o 13º salário é proporcional ao número de meses.

Por lei, o benefício deve ter a primeira parcela paga no primeiro semestre e a segunda deve ser depositada até a competência de novembro, paga entre o final de novembro e o começo de dezembro.

Quem se aposenta após o adiantamento das duas parcelas recebe de uma única vez, no final do ano. Quem tem auxílio-doença recebe um pagamento proporcional. Se o benefício por incapacidade temporária ainda estiver sendo pago, o segurado recebe um 13º com base no número de meses em que ficará afastado.

Normalmente, a consulta para saber o valor exato que será pago é liberada próxima à data de pagamento, sendo que quem recebe o salário mínimo costuma saber o valor antes dos outros beneficiados. Após o primeiro dia de pagamento, o INSS libera o extrato atualizado para todos os segurados.

A consulta poderá ser feita pelo aplicativo ou site Meu INSS, que pode ser baixado nas lojas Play Store (Android) e App Store (iOS). O desenvolvedor é Serviços e Informações do Brasil.

É preciso ter cadastro no Portal Gov.br para conseguir o acesso no celular e no site. Clique aqui para saber como criar uma conta.

Europa sob pressão após navio com 3 mil vacas virar “navio da morte”

Organizações denunciam que o Spiridon 2 percorre o oceano há mais de dois meses com animais doentes, mortos e sem condições mínimas de bem-estar. Sem porto para atracar, o caso pressiona autoridades europeias a agir e rever regras do transporte marítimo de animais vivos.

Asituação do navio Spiridon 2, que circula há mais de dois meses com quase três mil vacas a bordo, levou organizações de proteção animal a exigirem que a Europa intervenha para evitar uma tragédia ao longo do transporte marítimo de animais vivos. O caso, considerado um dos piores dos últimos anos, colocou autoridades e entidades sob forte pressão.

O Spiridon 2 deixou Montevidéu em 20 de setembro com 2.901 bovinos destinados à Turquia. A embarcação chegou ao porto de Bandirma em 22 de outubro, mas foi impedida de atracar por falhas de documentação e divergências na identificação dos animais. Sem autorização, o navio ficou quase um mês parado em alto-mar até ser obrigado a retornar. Agora, segue em direção à Líbia antes de voltar ao Uruguai, com previsão de chegada no meio de dezembro.

Segundo a AWF e a Oipa, metade das vacas estaria prenhe. As entidades afirmam que mais de 140 bezerros nasceram durante a viagem, sem qualquer informação sobre sua sobrevivência. Há ainda o registro de 58 mortes confirmadas a bordo, com carcaças em decomposição no interior da embarcação. As organizações descrevem o Spiridon 2 como “um navio da morte”, alegando que os animais vivem sobre fezes acumuladas, sem ventilação adequada, sem descanso e possivelmente sem abastecimento recente de ração, água ou cuidados veterinários.

O governo turco justificou a recusa ao navio citando ausência de brincos e chips eletrônicos e inconsistências entre a carga e a documentação entregue. Autoridades uruguaias, porém, apontam que a disputa seria comercial, não sanitária.

Diante da situação, grupos de proteção animal pedem que a União Europeia intervenha imediatamente. As entidades querem inspeções obrigatórias em portos, mudanças na legislação e mecanismos que impeçam que navios continuem navegando com animais em condições extremas. Segundo a Oipa, se nenhuma ação for tomada, “parte do rebanho pode não sobreviver até o desembarque”.
 por Notícias ao Minuto

Governador Ronaldo Caiado é internado com arritmia após comentar prisão de Bolsonaro

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), foi internado neste sábado (22) no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após apresentar um quadro de arritmia cardíaca. Segundo nota da equipe médica, assinada pela cardiologista Ludhmila Hajjar, ele está estável e consciente, passando por monitorização contínua. Os exames indicaram a necessidade de uma ablação para corrigir o distúrbio cardíaco, procedimento programado para as próximas 48 horas. A informação é do G1.

Mais cedo, antes da internação, Caiado havia comentado nas redes sociais sobre a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando o episódio como “mais um triste capítulo da vida política nacional”. Ele manifestou solidariedade ao ex-presidente e afirmou acreditar que a decisão será revista pelo Supremo Tribunal Federal. Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes citou violação da tornozeleira de Bolsonaro e risco de fuga como justificativas para a prisão.

Com a nova fase do processo, o STF cancelou todas as visitas previamente autorizadas a Bolsonaro, incluindo a de Caiado, que estaria entre os 26 nomes habilitados a encontrá-lo. Enquanto segue em observação no hospital, o governador apresenta boa evolução clínica e permanecerá sob cuidados especializados até a realização do procedimento cardíaco.

55ª CIPM prende suspeito por tráfico de drogas durante a operação intensificação em Dário Meira

Na tarde deste sábado (22), por volta das 14h55, durante ações da Operação Intensificação em Dário Meira, a guarnição identificou no Mercado Municipal um indivíduo já citado em denúncias de tráfico. Na abordagem, foram encontradas porções de maconha e um aparelho celular.

O suspeito informou que estava no local para realizar a venda da droga e que na residência de sua companheira havia mais entorpecentes. Com a autorização da moradora, os policiais localizaram maconha fracionada, um pedaço de tablete da droga, uma balança de precisão e embalagens utilizadas para acondicionamento.

Todo o material apreendido, juntamente com o envolvido, foi conduzido à Delegacia de Jequié para adoção das medidas cabíveis.

Fonte: ASCOM/55ª CIPM

PMBA, uma Força a serviço do cidadão! 

Trump diz que prisão de Bolsonaro 'é uma pena'

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado que não tinha ficado sabendo da prisão de Jair Bolsonaro (PL) e que é uma pena.

O ex-presidente brasileiro foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22), em Brasília, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O republicano foi questionado sobre a prisão pelo jornalista Mathias Brotero, correspondente da Record em Washington.

Em um primeiro momento, ele diz que não estava a par. Depois indaga se foi isso que aconteceu e diz: "É uma pena".

Por Folhapress

Considerado um aliado pelo bolsonarismo, Trump impôs uma sobretaxa sobre produtos brasileiros no fim de julho, citando Bolsonaro e dizendo que o ex-presidente sofria perseguição de Alexandre de Moraes.

Um dos fundamentos usados pelo ministro Alexandre de Moraes para decretar a prisão preventiva do ex-presidente foi o risco de fuga.

O magistrado diz que o trajeto de 13 quilômetros entre a casa onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar e o Setor de Embaixadas Sul é percorrível em menos de 15 minutos.

Dino marca sessão extra da 1ª Turma do STF na segunda-feira para referendar prisão de Bolsonaro

A pedido do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Turma da corte, marcou para segunda-feira (24) a realização de sessão extraordinária do colegiado responsável pela trama golpista para referendar a ordem de prisão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A análise será feita no plenário virtual do tribunal, sistema em que os ministros inserem votos sem a realização de debate. A sessão será das 8h às 20h.

Na manhã desde sábado (22), por determinação de Moraes, a Polícia Federal prendeu Bolsonaro preventivamente sob a justificativa de garantir a ordem pública. Uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho dele, para a noite deste sábado, motivou a decisão. O ex-presidente estava em regime domiciliar desde 4 de agosto.

Por Marcelo Rocha/Folhapress

Objetivo de Moraes é matar meu pai, diz Eduardo Bolsonaro sobre prisão

Filho de Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes busca terminar o que Adélio Bispo, autor da facada contra seu pai na campanha de 2018, começou, e que quer matar o ex-presidente.

Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22) por determinação de Moraes, relator do caso da trama golpista do STF. O ministro citou em sua decisão risco de fuga para a embaixada dos Estados Unidos e violação da tornozeleira na madrugada.

"O objetivo de Alexandre de Moraes é bem simples: matar meu pai. Terminar o serviço que a esquerda já tentou. Alexandre de Moraes é, hoje, apenas um capanga que faz o serviço sujo do regime de exceção que visa tomar o poder e eliminar completamente a oposição política no Brasil", escreveu Eduardo no X, ex-Twitter.

Eduardo também escreveu mensagem semelhante em inglês na plataforma. Ele está desde fevereiro nos Estados Unidos em busca de sanções contra Moraes para tentar evitar punições ao pai. A ida dele para os EUA foi citada pelo ministro na decisão, inclusive.

Na postagem, o deputado disse que Bolsonaro é um idoso que foi "sequestrado em sua residência, cercado por dezenas de capangas da gestapo alexandrina" —a Gestapo foi a polícia da Alemanha nazista.

"Moraes está tentando terminar o trabalho que Adélio Bispo começou. É uma tentativa de assassinato, nada menos do que isso", afirmou. "Qualquer regime de exceção visa eliminar fisicamente seus dissidentes; Alexandre de Moraes apenas segue a cartilha de todo tirano psicopata que veio antes dele", acrescentou.

Jair Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde permanecerá em um quarto com ar-condicionado, banheiro privativo, televisão e frigobar.

A defesa do ex-presidente pediu que ele fosse mantido em casa, onde já cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto, e falou em "risco à vida" diante dos problemas de saúde que ele enfrenta.

Moraes rejeitou o pedido, mas determinou que Bolsonaro receba atendimento médico "em tempo integral" e "em regime de plantão" na carceragem e com trânsito livre da equipe médica que o acompanha, sem necessidade de autorização prévia do STF.

O ministro justificou, em sua decisão, risco à ordem pública, considerando que uma vigília de apoiadores havia sido convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho dele e irmão de Eduardo, para a noite deste sábado.

Em live nas redes sociais nesta tarde de sábado, Flávio chamou a decisão é a "destruição da nossa democracia".

"O que Alexandre de Moraes fez hoje foi criminalizar o direito sagrado e constitucional de reunião, o direito sagrado e constitucional do livre exercício da minha crença. O que ele está dizendo, nessa sentença, é que eu não posso orar pelo meu pai, que eu não posso orar pelo meu país, que eu não posso pedir ao padre para rezar um Pai-Nosso no carro de som, porque isso seria um subterfúgio para a fuga de Bolsonaro", disse Flávio.

Na live, o senador pelo PL do Rio de Janeiro chorou e orou: "Tenho certeza que o Senhor não vai desampará-lo".

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, durante agenda em Fortaleza (CE), disse confiar na "justiça de Deus" porque a justiça humana "não se sustenta".

Os advogados de Bolsonaro afirmaram, em nota, que a prisão foi baseada na realização de uma "vigília de orações", garantida pela Constituição, e que a prisão causou "profunda perplexidade". Eles também disseram que entrarão com recursos.

O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão sob acusação de orquestrar um golpe de Estado para permanecer no poder. É a primeira vez na história do país que um ex-presidente é punido por esse crime.

Por Juliana Arreguy e Arthur Guimarães de Oliveira/Folhapress

Defesa de Bolsonaro vai questionar prisão preventiva após pedido de vigília

O advogado de Jair Bolsonaro (PL) Paulo Cunha Bueno informou ao blog que está a caminho de Brasília, neste sábado (22), e que pretende visitar o ex-presidente na Polícia Federal, onde ele está detido, ainda hoje.

A equipe de defesa do ex-presidente pretende questionar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que decretou a prisão preventiva de Bolsonaro após o filho dele, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), convocar uma vigília.
Eles argumentam que o direito de reunião e liberdade religiosa é garantido pela Constituição.

“A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada na manhã de hoje, causa profunda perplexidade, principalmente porque, conforme demonstra a cronologia dos fatos, está calcada em uma vigília de orações”, diz a nota, divulgada mais cedo pela defesa.

Os defensores afirmam ainda que Bolsonaro estava em sua residência, usando tornozeleira eletrônica e sob monitoramento policial, o que — segundo eles — afastaria o risco de fuga apontado por Moraes.

Convocação para vigília

A decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão preventiva cita diretamente uma convocação feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para uma vigília religiosa em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar.

Segundo Moraes, a convocação tinha potencial para gerar aglomeração com objetivo de “obstruir a fiscalização das medidas cautelares” impostas ao ex-presidente — e, possivelmente, facilitar uma tentativa de fuga.

O ministro escreveu que, embora o ato tenha sido apresentado como uma vigília pela saúde de Bolsonaro, "a conduta indica a repetição do modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu", com o uso de manifestações para obter "vantagens pessoais" e "causar tumulto".

Ao decretar a prisão preventiva, Moraes também destacou que a tornozeleira de Bolsonaro foi violada por volta de meia-noite deste sábado.

Esse ato, segundo ele, "constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho".

https://g1.globo.com/globonews/jornal-globonews/video/moraes-determinou-que-prisao-de-bolsonaro-deveria-ser-feita-com-todo-respeito-e-sem-algemas-14119709.ghtml

FICCO/AP apreende meia tonelada de cocaína em navio

Macapá/AP. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Amapá (FICCO/AP) apreendeu, na manhã desta sexta-feira (21/11), cerca de 500 kg de cocaína que estava oculta no interior de um navio fundeado nas proximidades do Porto de Santana/AP. O destino final do navio era o Oriente Médio.

A ação ocorreu após trabalho integrado de inteligência, com o objetivo de coibir o envio de drogas para o exterior utilizando a região amazônica como rota logística.

Durante fiscalização realizada a bordo da embarcação, equipes da FICCO/AP localizaram diversos compartimentos clandestinos contendo centenas de tabletes da droga.

Os entorpecentes serão encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal no Amapá, onde serão submetidos à perícia. As investigações prosseguem com a finalidade de identificar os responsáveis pelo carregamento ilícito e demais envolvidos na organização criminosa.

Fazem parte da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Amapá (FICCO/AP) a Polícia Federal, a Polícia Militar/AP, a Polícia Civil/AP e a Polícia Penal.

Comunicação Social da FICCO/AP

PF prende Bolsonaro na reta final de processo da trama golpista

A Polícia Federal prendeu preventivamente Jair Bolsonaro (PL) na manhã deste sábado (22), em Brasília, na reta final do processo da trama golpista.

O ex-presidente estava em prisão domiciliar e foi levado pela PF após a decretação da preventiva, sob justificativa de garantia da ordem pública.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.

Na sexta (21), a defesa pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ex-presidente fosse mantido em prisão domiciliar.

Na petição, feita ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, os advogados enumeraram os problemas de saúde de Bolsonaro e falaram em "risco à vida". Eles pediam que o ex-presidente fosse mantido em casa, onde já cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto.

Por Marianna Holanda, Bruno Ribeiro e Mônica Bergamo/Folhapress

Alcolumbre diz a amigos que mostrará a Lula o que é não ter o presidente do Senado como aliado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), disse a interlocutores que, a partir de agora, será um “novo Davi” para o Palácio do Planalto. Mais do que contrariedade, Alcolumbre manifestou revolta com a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de indicar o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Vou mostrar ao governo o que é não ter o presidente do Senado como aliado”, afirmou Alcolumbre na quinta-feira, 20, a portas fechadas, depois de saber que Lula confirmara a escolha de Messias.

Dois dias antes, ele já havia sido duro com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que é amigo do advogado-geral da União e, no seu diagnóstico, foi desleal com seus pares.

“Não me procure mais”, avisou Alcolumbre, irritado com o resultado da conversa entre Lula e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na noite anterior. O presidente tentou convencer Pacheco a ser candidato ao governo de Minas, mas o convidado foi categórico: disse que vai encerrar sua carreira política em janeiro de 2027.

Wagner amenizou o mal-estar, sob argumento de que tudo era “boato”. Alcolumbre, porém, confirmou o rompimento. Logo depois do anúncio de Messias, o presidente do Senado começou a desengavetar projetos que aumentam os gastos públicos, além de propostas que incomodam Lula.

A pauta-bomba prevê mudanças no Orçamento para estabelecer um calendário obrigatório de pagamento das emendas parlamentares no primeiro semestre de 2026, ano eleitoral. Alcolumbre também vai criar dificuldades para o governo na CPI do INSS e já tirou da prateleira o projeto de lei complementar que regulamenta a aposentadoria especial dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias.

A proposta foi aprovada pela Câmara em outubro, mas repousava no Senado, a pedido da equipe econômica, porque seu impacto fiscal ultrapassa os R$ 20 bilhões em 10 anos. Agora, Alcolumbre afirmou que vai pautar a votação para terça-feira, 25.

Quarenta e oito horas depois está marcada uma sessão do Congresso para apreciar mais de 50 vetos de Lula a projetos que passaram pelo crivo do Legislativo, entre eles o que afrouxa normas do licenciamento ambiental.

O governo já espera derrotas nos dois casos, mas pretende recorrer ao STF quando o texto aprovado trouxer impacto fiscal, a exemplo do que fez em julho, após o Congresso derrubar o decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A outra estratégia consiste em investir na disputa política pelas redes sociais para carimbar o Congresso como “inimigo do povo”. A mesma ofensiva ocorreu em setembro, quando a Câmara aprovou uma proposta de emenda à Constituição que protegia políticos de investigações criminais, chamada de PEC da Blindagem. Diante dos protestos, o Senado barrou a iniciativa.

Na avaliação do Planalto, Alcolumbre está agora usando a insatisfação com a escolha de Messias como “pretexto” para obter vantagens, embora defenda Pacheco, ex-presidente do Senado e nome que gostaria de ver na Corte.

Dois ministros disseram ao Estadão, sob reserva, que o escândalo do Banco Master envolve expoentes do Centrão e integrantes do grupo político de Alcolumbre. A operação da Polícia Federal que prendeu o banqueiro Daniel Vorcaro, na esteira da liquidação do Master, acendeu um sinal de alerta no Congresso.

O fundo de pensão Amapá Previdência (Amprev), por exemplo, investiu R$ 400 milhões no Master. Como mostrou o Estadão, foram quatro aportes em letras financeiras do banco e, embora a instituição afirme que os pagamentos aos servidores e aposentados estão assegurados, esse tipo de investimento não tem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito.

O diretor-presidente da Amprev, Jocildo Lemos, foi indicado por Alcolumbre para o cargo. O advogado Alberto Alcolumbre, por sua vez, é irmão do presidente do Senado e conselheiro fiscal da entidade.

Em conversas com aliados, o senador disse que os fatos foram divulgados de forma “distorcida”, com o objetivo de desgastar sua imagem e associá-lo à corrupção. Alcolumbre alega que o Banco Central avalizou o investimento da Amapá Previdência no Master.

A rota de colisão entre o Senado e o Planalto ganha novos capítulos justamente no momento em que o governo enfrenta cada vez mais crises no relacionamento com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O estopim da briga ocorreu com as mudanças feitas no projeto antifacção, batizado como Marco Legal de Combate ao Crime Organizado.

Nesta sexta-feira, Motta rebateu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para quem o texto aprovado, sob a relatoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SP), asfixia financeiramente a Polícia Federal. Haddad observou que o projeto, da forma como saiu da Câmara, prejudica operações da Receita ao mudar o destino dos bens apreendidos de facções criminosas, redistribuindo os recursos de acordo com a atuação de cada força de segurança.

O Planalto espera que o Senado corrija “erros” da Câmara e retome a proposta original, enviada pelo Ministério da Justiça. Após a rebelião anunciada por Alcolumbre, no entanto, nenhum ministro arrisca um palpite sobre o que vem por aí. Para Motta, o governo promove uma “narrativa falsa” e faz “tempestade em copo d’água”.

Na prática, a votação do projeto provocou uma divisão na equipe de Lula. Enquanto o presidente, Haddad e a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, classificaram a proposta que recebeu sinal verde da Câmara como um texto sob medida para enfraquecer o combate ao crime organizado, integrantes do Ministério da Justiça preferiram comemorar os recuos de Derrite.

O deputado comanda a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e é braço direito do governador Tarcísio de Freitas, cotado para desafiar Lula nas eleições de 2026.

Derrite não conseguiu emplacar no projeto apresentado pelo governo a equiparação de facções criminosas a organizações terroristas. Além disso, teve de apagar o trecho que condicionava a ação da Polícia Federal à concordância dos governadores.

Com o ambiente político conturbado no Senado, aliados de Alcolumbre sustentam, no entanto, que “caprichos e intransigências do governo” não terão mais espaço depois da “ingratidão” de Lula ao não indicar Pacheco para o STF.

Questionado sobre quando despachará a indicação de Messias para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CJJ), Alcolumbre faz mistério. “Agora é cada um dentro das suas próprias prerrogativas. É assim que vamos analisar os próximos passos”, respondeu.

Foi uma estocada na direção de ministros e líderes do PT, que passaram os últimos dias lembrando que a escolha de ministro do STF é uma prerrogativa do presidente da República.

Messias ainda precisa ter o nome aprovado em uma sabatina da CCJ e, depois, passar pelo plenário do Senado. Pela planilha em mãos de Alcolumbre, se a votação fosse hoje, ele não conseguiria mais do que 31 votos, quando necessita do apoio de, no mínimo, 41 dos 81 senadores.

Diante das resistências, o advogado-geral da União quer conversar primeiro com senadores do Centrão e do PL de Jair Bolsonaro. Diácono da Igreja Batista, Messias tem como cabos eleitorais o ministro do STF André Mendonça e a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), também evangélicos.

Mendonça foi indicado por Bolsonaro em 2021 e ficou quase cinco meses esperando Alcolumbre – que era presidente da CCJ – marcar sua sabatina no colegiado.

À época, o senador pressionava o presidente a mudar a escolha e ungir o então procurador-geral da República, Augusto Aras, como ministro da Corte. Não conseguiu.

Quatro anos depois, Alcolumbre quer novamente enquadrar o governo. Agora, porém, não se sabe se ele pretende atrasar o relógio ou obrigar Messias a correr contra o tempo.
Por Vera Rosa/Estadão Conteúdo

Malafaia critica Alcolumbre por vetar Messias: 'Tenta escolher ministro do STF no lugar de Lula, como fez com Bolsonaro'

O pastor Silas Malafaia afirma que não vai "entrar no jogo do [presidente do Senado, Davi] Alcolumbre", que tenta vetar o nome de Jorge Messias, indicado por Lula para o STF (Supremo Tribunal Federal).

"Eu tenho divergências grandes com o Messias. Ele é esquerdopata gospel, e eu não sou. Eu tenho mil diferenças com o Lula. Mas todo mundo sabe que é prerrogativa do presidente da República indicar ministros do STF. E Alcolumbre agora tenta escolher ministro do STF no lugar de Lula, como fez com Bolsonaro", afirma Malafaia.

"Eu tenho memória", segue o pastor. "Eu me lembro quando Alcolumbre jogou pesadíssimo para tentar derrubar a indicação de André Mendonça ao Supremo [feita pelo então presidente Jair Bolsonaro, e que acabou sendo aprovada]. Fez isso porque tinha um candidato dele [para a vaga]."

"Foi uma guerra", relembra Malafaia. "E eu não vou participar desse jogo de Alcolumbre, porque ele também não é confiável. Quando interessa a ele, ele faz o jogo. É só ver o que está fazendo aí com a questão da anistia [o presidente do Senado é contra a votação de um projeto que beneficia Bolsonaro]. E agora a direita vai fazer graça para o Alcolumbre?", questiona. "Eu não vou participar desse joguinho por algum interesse que ele tem."

Malafaia diz ainda que "eu só me levanto contra a indicação de alguém para o STF quando a pessoa cometeu crimes comprovados. Ou quando é comunista, como o Flávio Dino, porque o comunismo foi a revolução que mais massacrou cristão e matou evangélicos", afirma.

Ele afirma ainda que, quando o ministro Cristiano Zanin foi indicado por Lula, não fez oposição. Questionado, ele relembra que respondeu: "Qual é o problema de ele ter sido advogado de Lula? Qual é o crime do Zanin? Advogado é crime? Não, eu não vou ser contra".

"Fora isso, não é prerrogativa do presidente do Senado indicar ministros da Corte", diz. "Quer dizer então que é o Alcolumbre que é o confiável para indicar quem ele quer? Ele está repetindo agora o mesmo jogo que fez com o Bolsonaro. Só porque o Lula é meu inimigo político, então que se lasque? Não, tenha paciência. Minha consciência e meu caráter não permitem que eu faça isso."
Por Mônica Bergamo/Folhapress

Governo do Estado mobiliza equipes e reforça ações de apoio após chuvas intensas na Bahia; cidades já registraram situação de emergência

Em Araci, foram contabilizadas 895 pessoas desalojadas, além de alagamentos e danos estruturais
Os municípios de Araci, Mutuípe e Sítio do Mato decretaram Situação de Emergência após os impactos das chuvas que atingem diversas regiões da Bahia, e o Governo do Estado intensificou o monitoramento e as ações de apoio às prefeituras. Equipes da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) e da Secretaria da Saúde (Sesab) estão mobilizadas desde a noite de quinta-feira (20).

O governador Jerônimo Rodrigues destacou que tem mantido diálogo direto com prefeitos e prefeitas desde o início das ocorrências. "Estamos monitorando todo o estado da Bahia, de mãos dadas com os municípios, para garantir apoio imediato às famílias e às intervenções necessárias para a recuperação das estruturas atingidas", afirmou o chefe do Executivo baiano.

Desde que foi emitido um alerta IDAP para 344 municípios devido à previsão de precipitações intensas, na quinta-feira (20), a Defesa Civil da Bahia mantém equipes em monitoramento permanente e acompanha, em tempo real, as coordenações municipais, consolidando informações sobre áreas afetadas, índices de chuva e eventuais danos.

Registros

Diversos municípios registraram alagamentos e enxurradas em decorrência do alto volume de chuva. Entre eles estão Mairi, Amargosa, Uibaí, Ruy Barbosa, Irecê, Gandu, Barra do Mendes, Santa Maria da Vitória, Riacho de Santana, Nordestina e Cansanção.

Nos locais onde houve danos significativos, equipes municipais e estaduais atuam na avaliação dos impactos e na assistência às famílias atingidas. Em Araci, foram contabilizadas 895 pessoas desalojadas, além de alagamentos e danos estruturais. O município receberá ajuda humanitária estadual neste sábado (22). Em Wagner, foram registrados 240 milímetros de chuva em apenas seis horas, resultando no desalojamento de 10 famílias e na ocorrência de alagamentos em áreas urbanas. Em Macaúbas, sete moradores precisaram deixar suas residências após uma forte precipitação.

Outros municípios também relataram ocorrências relevantes. Em Rodelas, o acumulado de 69 milímetros causou danos em estradas rurais, com trechos acessíveis apenas por veículos 4x4. Em Sítio do Mato, a Praça da Feira ficou alagada e moradores foram desalojados. Já em Cícero Dantas, foi identificado risco de desabamento de uma residência, enquanto Mutuípe registrou agravamento de pontos de alagamento devido ao alto volume de chuvas. Bombeiros e Defesa Civil também deslocaram equipes para dar o suporte necessário ao município de Lauro de Freitas, atingido por fortes chuvas.

O grande volume de água passou por cima da pista na BA-575, entre Santana e Porto Novo, nesta sexta-feira (21), em consequência das fortes chuvas na região. O tráfego de veículos está interrompido. A equipe técnica da Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) aguarda a redução do nível de água para realizar a inspeção da rodovia e programar os reparos necessários.

Equipes de órgãos estaduais seguem em contato com as gestões locais para consolidação de informações e verificação de possíveis danos também nas cidades de Caetité, Coronel João Sá, Serrinha, Ubaíra, Canarana, Miguel Calmon, Monte Santo, Capim Grosso, Palma de Monte Alto, Taperoá, Campo Formoso, Central e Paulo Afonso.

Alerta pelo Whatsapp

O Governo do Estado iniciou, nesta sexta-feira (21), o envio de alertas sobre as chuvas pelo WhatsApp, ampliando a prevenção e a comunicação com moradores de áreas afetadas. O primeiro disparo alcançou cerca de 3 milhões de pessoas, com informações oficiais da Defesa Civil sobre riscos, orientações e contatos de emergência.

Para receber os avisos, basta manter cadastro atualizado no portal ba.gov.br ou no app SAC Digital (Android e iOS). Caso não seja inscrito, basta acessar este link: https://www.ba.gov.br/usuario/novo. O Governo do Estado dispara mensagens de alerta exclusivamente pelo número:(71) 4020-5353.

Messias e André Mendonça se abraçam em evento evangélico após indicação ao STF

O deputado Cezinha da Madureira (PSD-SP) ao lado do AGU, Jorge Messias, que abraça o ministro André Mendonça, em evento da Convenção Nacional das Assembleias de Deus Ministério de Madureira (Conamad)
Recém-indicado para o STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro da AGU (Advogacia-Geral da União), Jorge Messias, participou nesta sexta-feira (21) de um evento evangélico em São Paulo ao lado de parlamentares, lideranças religiosas e do ministro do Supremo André Mendonça.

Os dois se abraçaram, e Messias foi aplaudido pela plateia. Membro da Igreja Batista e diácono de uma congregação em Brasília, o advogado-geral conta com apoio de importante parcela do mundo evangélico para a vaga. O evento de que os ministros participaram foi a Convenção Nacional das Assembleias de Deus Ministério de Madureira (Conamad).

A indicação de Messias ao STF já era esperada, mas foi oficializada na quinta-feira (20) pelo presidente Lula (PT). O apoio do mundo evangélico é considerado estratégico na busca pelo voto dos senadores, que precisam ainda aprová-lo —em especial, porque ano que vem é eleitoral e os parlamentares têm relações estreitas com as igrejas evangélicas em seus redutos.

Mendonça, que foi ministro da AGU do governo Jair Bolsonaro (PL), foi o primeiro do STF a declarar apoio à indicação de Lula, e disse que ajudará Messias no diálogo com senadores.

"Parabenizo o Min. Messias pela indicação ao Supremo. Trata-se de nome qualificado da AGU e que preenche os requisitos constitucionais. Assim, também cumprimento o presidente da República por sua indicação. Messias terá todo o meu apoio no diálogo republicano junto aos Senadores", escreveu Mendonça em seu perfil no X (ex-Twitter).

Ele foi indicado por Bolsonaro para a vaga no STF em 2021, como "terrivelmente evangélico", e ficou quatro meses aguardando sabatina, em meio a um cabo de guerra do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) com o Palácio do Planalto.

Alcolumbre é hoje também a principal resistência na Casa ao nome de Messias. Ele defendia que Lula escolhesse Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o posto e já indicou que deverá trabalhar contra o AGU na Casa.

No Senado, Messias já procurou o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da bancada evangélica para pedir apoio à sua indicação. Também recebeu ainda na quinta-feira o apoio do líder do Republicanos no Senado, Mecias de Jesus (RR), que destacou valores positivos do escolhido, como a "defesa da família e dos princípios cristãos".

O presidente do Republicanos e deputado federal Marcos Pereira (SP) também disse que Messias preenche os requisitos exigidos pela Constituição. "E tenho certeza que será um grande ministro, dignificando o tribunal", afirmou.

O bispo Samuel Ferreira, presidente da Assembleia de Deus do Brás, por sua vez, que também participou do evento com Messias e Mendonça nesta sexta, publicou uma foto nas redes sociais na quinta de quando esteve recentemente no Planalto com Lula e Messias e comemorou a indicação. "Lula, muito obrigada. Messias, Deus é contigo. Parabéns, mas a luta continua", escreveu.

Como a Folha mostrou, o advogado-geral da União já começou a procurar líderes do Senado para marcar conversas e diminuir resistência à sua indicação. Hoje alas da Casa e do mundo evangélico ligadas ao bolsonarismo são os principais obstáculos a Messias.

Por Marianna Holanda, Folhapress

Uneb promove lançamento do novo livro de Wilson Midlej

O Centro de Estudos Euclides Neto/UNEB/Campus XXI tem buscado propiciar espaços para a divulgação das produções regionais que trazem as memórias, as identidades e as culturas que formam Ipiaú.
A própria denominação deste espaço de pesquisa e extensão, integrado ao ensino, revela sobejamente tal meta. Dar visibilidade às diversas vozes é fazer valer as diferentes existências.

É nesta perspectiva que acontece , na próxima segunda-feira, 24, o lançamento do livro “ A saga dos Sírios e Libaneses no Sudoeste da Bahia”, do escritor e jornalista Wilson Midlej.

Participante da Academia de Letras de Jequié, autor das obras Crônicas da Bahia sob o sol de Jequié (2014), Gatilhos da Memória: a eternidade do tempo (2015) e Anésia Cauaçu – Lendas e histórias do sertão de Jequié” (2017), Wilson Midlej traz agora uma produção memorialística que tem como propósito a recuperação do passado dos imigrantes sírio-libaneses na região cacaueira.

Sob a coordenação das professoras Izabel Cristina Alves, do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT), e Adilma Nunes Rocha (CEEN), a mesa terá mediação do professor Fagner Alves e será composta pelos professores Sérgio Mattos, prefaciador do livro, e Jussara Midlej, revisora técnica.

JORNALISMO LITERÁRIO

No prefácio da obra o jornalista Sérgio Mattos, comenta que “através da narrativa, o autor vai cruzando os dados de vida individual e ou coletiva com os contextos social, cultural e econômico da época.

Para tal ele usa técnicas literárias e jornalísticas apresentando uma linguagem clara e acessível para os leitores, despertando neles o interesse pela narrativa e nuances da vida real.

Não seria exagero pontuar que este trabalho de pesquisa e resgate poderia também ser classificado como livro reportagem, dentro do jornalismo literário.”

O lançamento será às 19h, no auditório CETEP/UNEB, com apoio do CEEN (Centro de Estudos Euclides Neto)/UNEB/DCHT/CAMPUS XXI/IPIAÚ.

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