O que a chefe do MP baiano tem contra os jornalistas?
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Foto: Divulgação/Norma Cavalcanti |
Cabe a pergunta: o que a chefe do Ministério Público do Estado, Norma Cavalcanti, tem contra os jornalistas baianos? Quem sabe ela tenha condições de responder. Ainda que questionável, dado o fato de que o próprio MP havia chamado a representação da imprensa estadual para debater os termos da antecipação de sua vacinação contra a Covid-19, a iniciativa da procuradora de acionar a Justiça de ofício contra o plano de vacinação de repórteres é plenamente aceitável.
O que a categoria e a sociedade não podem e não devem admitir é o fato de a representante do MP da Bahia ter se envolvido numa empreitada política para, por meio de pressão, impedir que a Prefeitura de Salvador desse início hoje ao processo de vacinação da categoria, mesmo que sob respaldo judicial, no que foi derrotada pela fibra do prefeito Bruno Reis (DEM). O fato, lamentável, chegou ao conhecimento do Sindicato dos Jornalistas por meio dos profissionais de imprensa do Palácio Thomé de Souza.
Com toda a razão, eles se indignaram com a carga feita pela chefe do Ministério Público contra a vacinação deles e de seus colegas expostos às atividades de cobertura jornalística e passaram a informação ao presidente do Sinjorba, o jornalista Moacy Neves, a quem não restou alternativa senão emitir uma nota dura, lamentando que, na figura de sua representante máxima, o MP tivesse passado de todos os limites na luta contra a vacinação da categoria.
Por óbvio, a ‘chefona’ do MP tinha todo o direito de, respeitando a ordem natural do processo, se insurgir contra a decisão do desembargador Cícero Landim contrária a sua pretensão. Para isso, existem as alternativas de praxe, como o recurso contra a decisão judicial. O que não se entende é que, contrariando os limites do razoável, como bem colocou o presidente do Sinjorba, ela tenha tentado ganhar a disputa no grito, não se sabe sob que tipo de ameaça.
Mais lastimável ainda é que o mesmo tipo de expediente tenha sido tentado – em alguns casos com sucesso – junto a outros municípios, como o de Camaçari, onde a pressão, lamentavelmente, logrou êxito. Diferentemente de Norma Cavalcanti, que encontra questionamento cada vez maior entre seus colegas por causa de seu estilo de liderança, Moacy Neves goza de amplo e conhecido prestígio na categoria que representa.
É respeito construído por competência profissional, anos de trajetória na defesa dos interesses da imprensa local, atuação ponderada e abertura constante ao diálogo. Por pura responsabilidade, tenta evitar uma revolta dos jornalistas baianos contra o MP e a cidadã que o comanda, muitos dos quais já empenhados numa proposta de ‘cancelamento’ da instituição que seria traduzida por um boicote às atividades do órgão.
De fato, o MP não merece pagar pelas idissioncrasias de sua procuradora. Já foge do controle do comando do Sindicato, no entanto, a proposta de um protesto a ser conduzido por profissionais de imprensa em frente ao Ministério Público para enfatizar sua indignação com a forma como a procuradora tem agido contra a categoria. A mídia nacional está garantida. A Bahia, dessa vez graças ao Ministério Público, vai mais uma vez mostrar porque, em termos de absurdo, larga na frente.
Política Livre
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