Em clima de pré-campanha, Angelo Coronel percorre interior no feriado e recebe afago de José Ronaldo

No feriado desta segunda-feira (8), o senador Angelo Coronel (PSD) intensificou sua estratégia de circulação pelo interior da Bahia, numa agenda que deixa claro o objetivo de consolidar apoios para a disputa pela reeleição ao Senado em 2026, tanto na base do governo quanto na oposição.

O senador, que tenta assegurar um espaço na chapa encabeçada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) em 2026, foi agraciado com homenagens em Anguera e Feira de Santana, onde foi recebido por prefeitos, vereadores e lideranças regionais, e ainda ganhou declarações públicas de apoio e afago.

Em Anguera, Coronel recebeu o título de Cidadão Anguerense. O prefeito Mauro Vieira (PSD) destacou o papel do senador no fortalecimento da autonomia municipal. Em Feira, onde ganhou a Comenda Maria Quitéria na Câmara de Vereadores, o senador recebeu o apoio dos prefeitos de Santo Estêvão, Tiago da Central (União), de Santanópolis, Vitor do Povo (MDB), de Conceição da Feira, João de Furão (PSD), e de Ipicaetá, Júnior Piaggio (PSD).

“Quem sabe onde a goteira cai somos nós que moramos. Angelo Coronel entendeu isso. Prefeitos precisam de políticos sensíveis, que coloquem recursos nas mãos de quem está na ponta. É por isso que o senhor conta com mais de 400 prefeitos da Bahia que irão lhe reconduzir, independente do lado que o senhor esteja. O senhor não é governista nem oposição. O senhor é pelos municípios", discursou João de Furão.

O gesto mais simbólico do dia veio de José Ronaldo, maior líder da oposição no interior e nome forte na política feirense. “Hoje ele está com essa história de ser reeleito. É inegável, ninguém pode esconder o óbvio. O mandato de Coronel, sem dúvida, foi amigo e companheiro dos prefeitos da Bahia. Não reconhecer isso é querer tapar o sol com a peneira", pontuou o aliado de ACM Neto (União).

Nas duas agendas pelo interior, o senador esteve acompanhado dos herdeiros: o deputado estadual Angelo Coronel Filho (PSD) e o deputado federal Diego Coronel (PSD).

Por Política Livre

CPI do INSS tenta ganhar tração convocando banqueiros, sem tirar filho de Lula da mira

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga descontos irregulares em benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tentará usar depoimentos de banqueiros, como Daniel Vorcaro, dono do Master, para ganhar tração na retomada dos trabalhos, no início do próximo ano.

O colegiado também pretende manter na mira de investigados um dos filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao longo das atividades, integrantes da cúpula da CPI ganharam mais visibilidade nas redes sociais. Em 2026, isso pode se traduzir na conquista de votos antes da disputa eleitoral.

Para o próximo ano, o foco deve recair sobre as reclamações de consumidores sobre operações de crédito consignado —empréstimos cujas parcelas são debitadas diretamente na fonte de renda do tomador. Até a pausa dos trabalhos, a prioridade eram os descontos associativos irregulares, feitos por entidades que oferecem serviços aos aposentados em troca do dinheiro, sem autorização prévia dos clientes.

A CPI do INSS foi instalada em 20 de agosto e irá até 28 de março de 2026, mas não terá novas atividades neste ano nem sessões em janeiro, época de recesso do Legislativo.

Na última reunião de 2025, na quinta-feira (4), o colegiado aprovou a convocação de Vorcaro para depor. Também foi aprovada a quebra dos sigilos telemático, bancário e fiscal do dono do Master, além de solicitada ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) a elaboração de um relatório sobre as transações do banqueiro.

Vorcaro ganhou o noticiário nacional pela investigação de suposta fraude envolvendo o banco Master. Seus negócios viraram alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de irregularidades em carteiras de crédito, e o banqueiro passou 11 dias preso.

Na CPI, os requerimentos aprovados falavam sobre reclamações de consumidores sobre operações de crédito consignado do banco.

Além de Vorcaro, foram convocados dirigentes dos bancos Daycoval, Pan, BMG, Agibank e Facta Financeira.

O presidente do colegiado, Carlos Viana (Podemos-MG), disse que o colegiado fará uma avaliação de seus trabalhos em fevereiro, quando as atividades legislativas de 2026 começarem.

"Se entendermos que outras oitivas ou depoimentos precisam ser feitos [para investigar descontos de entidades], vamos retomar. Se nós entendermos que ali já tem embasamento suficiente para encerarmos definitivamente, aí avançamos em direção a bancos", declarou Viana à Folha.

"O principal deles é o Master. O segundo, o BMG, que é o mais antigo e, naturalmente, o que mais fez contratos", disse o senador.

Procurada pela reportagem, a defesa de Vorcaro disse que o Master nunca atuou em atividades relacionadas ao objeto da CPI.

A assessoria do BMG afirmou que o banco atua no mercado de crédito consignado de forma responsável e em conformidade com a legislação. A instituição disse também que colaborará com as autoridades competentes.

Ao longo dos últimos meses, o colegiado viveu uma espécie de divisão política: a cúpula da CPI foi escolhida pela oposição, em uma articulação política que surpreendeu o governo Lula, mas os aliados do presidente da República se reorganizaram e passaram a vencer as votações.

A oposição a Lula dentro da CPI tenta colar o escândalo de descontos irregulares em aposentadorias à imagem do presidente da República. Nomes de parentes de Lula costumam ser citados nas reuniões.

O primeiro alvo próximo ao presidente foi José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico. Irmão de Lula, ele é vice-presidente do Sindnapi, um dos sindicatos investigados no caso. O governo conseguiu barrar a convocação do sindicalista em outubro.

Na última reunião deste ano, o colegiado votou um requerimento para convocar Fábio Luiz Lula da Silva, conhecido como Lulinha. Os aliados do Planalto foram maioria também nessa deliberação e conseguiram barrar o requerimento.

Integrantes da CPI, porém, não desistiram de Fábio Luiz. Horas antes da votação, opositores se animaram com uma reportagem do portal Poder360, segundo a qual uma testemunha afirmou que o filho do presidente recebia uma mesada de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", um dos principais acusados no escândalo.

O grupo que se opõe a Lula na CPI tem a expectativa de que investigações da Polícia Federal encontrem indícios contra o filho do presidente e permitam uma nova investida. Também imagina que investigações do colegiado sobre outros envolvidos possam trazer elementos que o incriminem.

Aliados de Lula protestaram contra o foco em Fábio Luiz no dia da votação. "O que vimos foi a tentativa de criar um factoide. Nenhum documento [contra Fábio Luiz] foi apresentado porque não existe nenhum documento", disse o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), coordenador da bancada governista na CPI.

Os opositores, por sua vez, criticaram a rejeição do requerimento. "Lulinha está envolvido até o pescoço nessa CPI. É por isso que estão tentando blindar a vinda do Lulinha aqui", disse a deputada Adriana Ventura (Novo-SP).

Por Caio Spechoto/Folhapress

PF, em conjunto com a PMES, deflagra operação contra associação criminosa ligada ao tráfico de drogas no Espírito Santo

São Mateus/ES. A Polícia Federal, em ação integrada com a Polícia Militar do Espírito Santo, deflagrou, nesta segunda-feira (8/12), a Operação Derivada, para desarticular uma associação criminosa envolvida com o tráfico de drogas e outros crimes em São Mateus/ES.

Foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão expedidos pela Justiça. Durante as diligências, foram apreendidas armas de fogo, munições e substâncias entorpecentes.

Os investigados poderão responder pelos crimes relacionados ao tráfico de drogas, associação criminosa e posse ou porte irregular de armas de fogo.

Comunicação Social da Polícia Federal no Espírito Santo

PF e RFB apreendem 75 toneladas de insumo químico utilizado na produção de cocaína em Corumbá/MS

A ação conjunta com a Receita Federal do Brasil foi resultado de trabalho integrado realizado na região de fronteira com a Bolívia
Corumbá/MS. A Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal do Brasil, apreendeu, nesta segunda-feira (8/12), aproximadamente 75 toneladas de acetato de etila, insumo químico utilizado na produção de cocaína. A ação foi resultado de trabalho integrado realizado na região de fronteira com a Bolívia.

O controle rigoroso de precursores químicos nas regiões fronteiriças é uma estratégia essencial para enfraquecer organizações criminosas envolvidas no tráfico internacional de drogas. Além de causar significativo prejuízo financeiro, ações dessa natureza atingem diretamente a cadeia produtiva do narcotráfico antes que a droga ingresse no território nacional.

A apreensão reforça o compromisso da Polícia Federal e da Receita Federal em adotar medidas de inteligência e fiscalização voltadas à identificação de desvios de insumos químicos e à prevenção de crimes transnacionais.

Comunicação Social da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul

Ipiaú: suspeito é preso na Rua São José, Bairro Euclides Neto por tráfico de drogas

Durante rondas ostensivas no bairro Euclides Neto, a guarnição abordou um indivíduo no Beco de Mazaropi, portando uma sacola com drogas, incluindo lança-perfume, ecstasy e maconha. O suspeito informou que o material seria destinado a uma facção criminosa e tentou evadir-se do local.

Devido ao risco à segurança da guarnição, foi necessário o uso de algemas para condução até a delegacia. Todo o material e o infrator foram apresentados à Delegacia de Polícia de Ipiaú sob ocorrência registrada.

Fonte: ASCOM/55ªCIPM / PMBA, uma Força a serviço do cidadão.

Presidente do PP sugere que candidatura de Flávio não é viável e defende Tarcísio e Ratinho Jr.

Foto: Divulgação/arquivo

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou nesta segunda-feira (8) em Curitiba que segue defendendo apenas os nomes dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Junior (PSD-PR) para a disputa ao Planalto em 2026. Segundo ele, apenas os dois são capazes de unificar o campo da centro-direita e direita para as eleições.

A declaração dada à imprensa ocorre após anúncio do senador Flávio Bolsonaro (PL) de que teria sido escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está preso, para concorrer à Presidência.

"O senador Flávio é um dos melhores amigos que tenho na minha vida pública. Se eu tivesse que escolher pessoalmente um candidato para suceder Bolsonaro, não tenho a menor dúvida de que seria Flávio, pela minha relação com ele. Mas política não se faz só com amizades. Se faz com pesquisas, com viabilidade, ouvindo os partidos aliados. Isso não pode ser só uma decisão do PL", afirmou Ciro.

"É importante unificarmos todo o campo político de centro e da direita, porque, caso contrário, não vamos ganhar a eleição", disse ele.

Ciro informou que vai se encontrar na noite desta segunda com Flávio Bolsonaro, junto com outras lideranças.

"Vou ouvi-lo, vamos dialogar para entender [o motivo de ter se lançado candidato]. País tomou conhecimento desta decisão semana passada. Vamos dialogar com toda transparência possível e tomar uma decisão", afirmou Ciro.

"Não sou senhor da razão. Posso ser convencido, mas com argumentos e critérios para que a gente possa fazer uma escolha. Porque o Brasil não pode perder a próxima eleição. Temos que virar a página da nossa história", continuou ele.

Nova pesquisa Datafolha aponta o presidente Lula (PT) 15 pontos à frente de Flávio em um eventual segundo turno das eleições presidenciais do ano que vem.

Tarcísio e Ratinho teriam, por outro lado, desvantagem de 5 e 6 pontos, respectivamente, em relação ao petista.

O presidente nacional do PP esteve em Curitiba para participar de uma reunião do diretório estadual do partido, controlado no Paraná pelo deputado federal Ricardo Barros.

Na reunião, ficou decidido que o PP local não apoiará a candidatura do senador Sergio Moro (União Brasil) ao governo do Paraná.

Flávio anunciou que seria o candidato de Bolsonaro na sexta-feira (5). No domingo, disse que poderia desistir da corrida eleitoral, mas que haveria um "preço".

Ele afirmou ainda que iria se reunir nesta segunda com lideranças políticas como os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto, do Republicanos, Marcos Pereira, e do União Brasil, Antonio Rueda, com quem pretende debater a anistia.

Depois, em entrevista à Record, Flávio condicionou eventual desistência a Bolsonaro "livre, nas urnas".

Por Catarina Scortecci, Folhapress

Ipiaú: Corpo carbonizado é encontrado ao lado de motocicleta na Cascalheira

Um corpo humano carbonizado foi encontrado na manhã desta segunda-feira (8), ao lado de uma motocicleta, na região conhecida como Cascalheira, em Ipiaú. Populares chegaram até o local após perceberam uma concentração de urubus. Na cena do crime há indícios de violência, inclusive com um pedaço de corda amarrado ao corpo.
Segundo informações apuradas no local pelo GIRO, a placa da motocicleta encontrada está registrada em nome de Rodrigo Carvalho, um jovem de 25 anos que está desaparecido desde a noite deste domingo (7). No entanto, a identificação oficial da vítima só poderá ser confirmada após exames realizados no Instituto Médico Legal (IML).

A Polícia Militar foi acionada e se deslocou até a área, realizando o isolamento do local até a chegada da equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT), responsável pela perícia. O caso será investigado pela Polícia Civil. *Redação / Giro Ipiaú

CCJ da Alerj aprova resolução para revogar prisão de Rodrigo Bacellar

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou na tarde desta segunda-feira, 8, uma resolução para revogar a prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar. Por quatro votos a dois, a comissão aprovou o relatório do deputado Rodrigo Amorim (PL), líder do governo Cláudio Castro (PL) na assembleia.

O caso segue para o plenário da Alerj. Os 69 deputados analisarão o relatório em uma sessão extraordinária, às 15h desta segunda. São necessários 36 votos para que Bacellar deixe a prisão.

Segundo a PF, Bacellar é suspeito de ter vazado informações da Operação Zargun, em que o então deputado estadual TH Joias foi preso acusado de ligação criminosa com a facção Comando Vermelho (CV).

Os deputados Alexandre Knoploch (PL),Fred Pacheco (PMN) e Chico Machado(Solidariedade) acompanharam o parecer de Amorim. Elika Takimoto (PT) e Luiz Paulo (PSD) votaram contra o projeto de resolução e pela manutenção da prisão.

A ordem de prisão contra Bacellar foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ADPF das Favelas. De acordo com Moraes, a PF argumentou que Bacellar "orientou o investigado na remoção de objetos da sua residência", a indicar um envolvimento direto "no encobrimento do investigado à atuação dos órgãos de persecução penal".
Por Rayanderson Guerra, Estadão Conteúdo

CNH terá renovação automática e gratuita para 'bom condutor', anuncia ministro

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai anunciar na terça-feira (9) uma medida para implementar a renovação automática e gratuita da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) de "bons condutores".

Segundo Renan Filho, serão considerados dessa forma aqueles motoristas que não tiverem nenhum ponto de infração na carteira registrado no ano anterior à renovação do documento. Ele justificou a medida ao afirmar que "se você está dirigindo bem, é sinal de que você não precisa de exame novo".

"Se não comete infração de trânsito você não precisa que o Estado te dê trabalho. Se não levou ponto, sinal que não está cometendo infração. E se você está dirigindo e não cometeu nenhuma infração, não tem sentido. É só pra levar o cidadão ao órgão público novamente", declarou em entrevista ao g1.

Hoje, a periodicidade da renovação da carteira de motorista e a exigência de exames para isso depende de fatores como a idade do condutor e a categoria do documento. A atualização pode ser feita até depois de 30 dias do vencimento. Depois desse período, dirigir sem a CNH válida configura infração gravíssima.

A medida para beneficiar os considerados "bons condutores" não faz parte das mudanças já aprovadas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) na semana passada para flexibilizar a obtenção da CNH, mas será assinada em cerimônia no Palácio do Planalto nesta terça-feira (9) como parte do pacote do governo para modernizar os processos que envolvem o documento.

De acordo com o ministro, as alterações nas regras para tirar a carteira de motorista serão publicadas em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) depois do evento em Brasília, quando passarão a valer. Além de Renan Filho, Lula, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), e o presidente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), Wilton Mota, devem participar da cerimônia.

Na ocasião, também será lançada uma nova versão da CDT (Carteira Digital de Trânsito), o aplicativo CNH do Brasil. Além das atuais funcionalidades, a atualização permitirá iniciar o processo de obtenção da CNH e acessar aos cursos de formação de condutores. O aplicativo foi desenvolvido pelo Serpro.

Na segunda-feira (1º), o Conselho Nacional de Trânsito aprovou, por unanimidade, uma resolução que acaba com a obrigatoriedade das aulas em autoescola para a prova de carteira de motorista. A medida foi encampada por Renan Filho e revelada por ele em entrevista à Folha em julho.

A alteração, segundo o governo federal, busca reduzir o custo e as exigências para a emissão do documento. O ministro dos Transportes calculou que o custo para tirar a carteira no Brasil está entre R$ 3.000 e R$ 4.000, a depender do estado em que a pessoa faz o exame de habilitação.

Dados da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) mostram que 20 milhões de brasileiros conduzem sem habilitação e outros 30 milhões têm idade para obter o documento, mas não o fazem por causa dos elevados custos do processo atual. No total, há 161 milhões de brasileiros em idade legal para dirigir.

Na entrevista, Renan Filho afirmou que as regras atuais resultavam em uma "reserva de mercado e a autoescola podava a inovação", por isso as normas serão atualizadas nesta terça-feira. O ministro dos Transportes afirmou que a mudança vai trazer "liberdade" para as pessoas negociarem.

"Cada cidadão vai contratar as horas que precisa para aprender. Se o cara já dirige moto, ele não precisa de 20 horas", disse, ao se referir à redução da exigência de horas de aulas práticas para apenas 2.

No caso das aulas teóricas, a resolução eliminou a necessidade de o curso ser feito por meio de uma autoescola. O Ministério dos Transportes vai disponibilizar, de forma gratuita e online, um material teórico. Quem optar pelo curso presencial poderá seguir no modelo tradicional.

Segundo Renan Filho, as provas passarão a ser padronizadas em nível nacional, sem diferença entre Detrans. "A prova era para reprovar as pessoas, dificultar a vida do cidadão", declarou na entrevista ao g1. A partir das mudanças, o novo aplicativo contará com simulados com as questões da prova.

"No Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] você tem que esconder as questões [do teste] porque tem menos vagas do que a demanda. Mas a prova do Detran é ao contrário: quanto mais estudarem a questão, mais vão aprender as regras de trânsito", declarou o ministro.

O candidato a tirar habilitação também poderá escolher entre as modalidades de autoescola tradicional ou instrutores autônomos credenciados pelos Detrans.

Em relação aos instrutores autônomos, Renan Filho negou que a regulamentação desses profissionais vá acarretar em desemprego. "O instrutor terá oportunidade de ser instrutor autônomo também. Vai valorizar a profissão", afirmou.

As alterações também permitem que o candidato não tenha prazo mínimo para concluir o processo e determina que ele poderá refazer um primeiro teste, em caso de reprovação, de forma gratuita. Hoje, o limite é de 12 meses e pode haver cobrança de taxa adicional quando o candidato não é aprovado.
Por Isadora Albernaz, Folhapress

Escalada de exceções fiscais ultrapassa R$ 170 bilhões e põe arcabouço em risco

As exceções criadas pelo governo e pelo Congresso para driblar os limites do arcabouço fiscal devem ultrapassar R$ 170 bilhões até 2026, enfraquecendo a credibilidade da política fiscal. Apenas no último mês, novas medidas que beneficiam estatais em crise — como os Correios — e as Forças Armadas adicionaram cerca de R$ 15 bilhões às despesas excluídas da meta, além de outras iniciativas em análise que podem ampliar ainda mais esse valor. Especialistas alertam que, ao retirar gastos do cálculo da meta, o governo perde transparência e reduz o sentido desse mecanismo, que deveria sinalizar o esforço para conter o avanço da dívida pública. A reportagem é do jornal O Globo.

Somente em 2026, a Instituição Fiscal Independente (IFI) estima que quase R$ 90 bilhões sejam desconsiderados das metas, número muito superior ao registrado em 2024. Esse movimento faz com que o governo possa atingir o objetivo fiscal mesmo registrando déficit — cenário possível caso a meta seja cumprida com base nas regras atuais. As exceções incluem recursos para calamidades, ressarcimentos do INSS, investimentos militares e socorro a estatais, como os Correios, que podem receber até R$ 6 bilhões em aportes emergenciais e ter até R$ 10 bilhões retirados da meta.

Analistas avaliam que o resultado primário — indicador usado para medir o esforço fiscal — está “deturpado”, deixando de refletir a real situação das contas públicas. A expansão de gastos fora da meta pressiona a dívida pública, mantém juros elevados e compromete a confiança nas regras fiscais. Para especialistas, a repetição de exceções transforma a meta em “ficção”, já que as manobras contábeis permitem aumentar despesas sem impacto oficial, mas com efeitos reais sobre a economia.

“Confesso que até hoje eu não entendi”, afirma Jaques Wagner sobre rompimento com Davi Alcolumbre

O senador Jaques Wagner (PT) admitiu ainda não ter compreendido a motivação do presidente da Casa Alta do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), de romper relação de forma pessoal e institucional após a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Informações do bastidor de Brasília apontam que Alcolumbre teria se sentido traído por Jaques Wagner na articulação junto ao presidente Lula (PT). Ele chegou a declarar à imprensa que o rompimento dos dois não teria volta, o que desencadeou uma crise entre o presidente do Senado e o líder do governo na Casa. A sabatina do indicado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), inicialmente marcada para o próximo dia 10, foi cancelada.

“Confesso que até hoje eu não entendi. O dispositivo da Constituição diz que o presidente da República, quando há uma vaga, porque só são onze membros do Supremo Tribunal Federal, e surgiu essa vaga porque o ex-presidente, o ministro Barroso, resolveu por motivos próprios se aposentar antecipadamente, antes dos 75 anos. Como surgiu uma vaga, o direito de escolha é do presidente da República. Ele escolheu o Zanin, o Flávio Dino e agora escolheu o Jorge Messias, que eu conheço muito, trabalhou comigo durante o mandato da presidenta Dilma e há três anos é o advogado-geral da União”, afirmou o senador baiano durante entrevista à rádio Interativa FM, de Itabuna, no último fim de semana.

Ainda de acordo com Jaques Wagner, a escolha do nome que será indicado à mais alta Corte do país é uma atribuição exclusiva do presidente da República sem a necessidade de apresentação de uma lista. A indicação é, portanto, de livre escolha do chefe do Palácio do Planalto.

“A pessoa só tem que ter saber jurídico, que ele tem, e ter uma reputação ilibada, que ele também tem. Tem uma torcida de muitos senadores pela figura do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco que, sem dúvida nenhuma, também tem reputação ilibada e o saber jurídico”, contextualizou.

O senador também elencou as qualidades de Rodrigo Pacheco para uma eventual indicação ao cargo citando que o colega já atuou como advogado, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, além de ter sido presidente do Senado por duas vezes. Entretanto, ele reiterou que não tem ingerência no assunto.

“Repito, essa é uma escolha solitária do presidente. Como havia essa torcida, principalmente do presidente do Senado, que é muito amigo do Rodrigo Pacheco, se insurgiu dizendo ‘não, tinha que ser fulano’. Então, se estabeleceu uma celeuma, na minha opinião indevida, que para mim como tudo vai decantando, vai esfriando um pouco. Eu espero que o presidente Lula se encontre com o presidente do Senado Davi Alcolumbre, com quem eu sempre tive e espero voltar a ter uma relação muito positiva”, projetou.

Wagner ainda frisou que o seu papel enquanto líder do governo no Senado é trabalhar pelo nome escolhido pelo presidente Lula para que ele seja aprovado.

Por Carine Andrade, Política Livre

Cantor Mauri, irmão de Chitãozinho e Xororó, morre em acidente após show

               Cantor saía de um show em Curitiba quando se envolveu em um acidente de trânsito
O cantor Mauri Lima, irmão de Chitãozinho e Xororó, morreu vítima de um acidente de trânsito na tarde deste domingo (7) na Rodovia Régis Bittencourt, em Miracatu, São Paulo. As primeiras informações apontam que ele e a equipe tinham saído de um show em Curitiba, no Paraná, horas antes de se envolverem em uma colisão com um caminhão.

O acidente ocorreu por volta das 14h40, no Km 373 da BR-116. Maurício e Mauri, que formavam dupla desde 1990, estavam na van com a equipe quando o motorista deles teria passado mal e batido na traseira de um caminhão. Mauri, de 55 anos, estava no banco da frente e não resistiu aos ferimentos. Ele precisou ser desencarcerado pelo Corpo de Bombeiros Militar.
Nascido em Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo, em 1970, Amauri Prudêncio de Lima, nome de batismo do cantor, morava atualmente em Indaiatuba (SP).
Maurício estava sentado na parte de trás e não se machucou. O filho de Mauri, que trabalhava com a dupla, também estava na van, mas passa bem. Um técnico de som, porém, perdeu a vida.

“O fato é muito recente e as informações ainda estão sendo apuradas e consolidadas, mas informamos que Maurício está fisicamente bem e sendo assistido. A família agradece o carinho e o entendimento de todos em se reservarem neste momento de profunda dor”, informou a assessoria de a assessoria de Chitãozinho e Xororó.

Tailândia lança ataques contra o Camboja em meio à retomada das tensões

Ambos os países se acusam de violar o acordo de cessar-fogo mediado por Trump em outubro


A Tailândia lançou ataques aéreos ao longo de sua fronteira disputada com o Camboja, informou o exército tailandês nesta segunda-feira (8), após ambos os países acusarem o outro de violar o acordo de cessar-fogo mediado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, há cerca de dois meses.

Pelo menos um soldado tailandês foi morto e quatro ficaram feridos nos novos confrontos que aconteceram em torno de duas áreas na província de Ubon Ratchathani, no extremo leste do país, informou o exército tailandês em um comunicado, após suas tropas serem alvejadas por disparos cambojanos.

"O lado tailandês começou a usar aeronaves para atacar alvos militares em diversas áreas", disse o comunicado.

O Ministério da Defesa do Camboja afirmou em um comunicado que o exército tailandês lançou ataques ao amanhecer contra suas forças em dois locais, após dias de ações provocativas, e acrescentou que as tropas cambojanas não retaliaram.

O exército tailandês disse que o exército cambojano disparou foguetes BM-21 contra áreas civis tailandesas, acrescentando que não há relatos de vítimas.

A disputa de fronteira eclodiu em um conflito de cinco dias em julho, antes do cessar-fogo intermediado pelo primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, e por Trump, que também testemunhou a assinatura de um acordo de paz ampliado entre os dois países em Kuala Lumpur, em outubro.

Pelo menos 48 pessoas morreram e estima-se que 300 mil foram deslocadas temporariamente durante os confrontos de julho, com os países vizinhos trocando foguetes e fogo de artilharia pesada.

Após a explosão de uma mina terrestre no mês passado, que deixou um de seus soldados mutilado, a Tailândia anunciou a suspensão da implementação do pacto de cessar-fogo com o Camboja.

O influente ex-primeiro-ministro cambojano Hun Sen, pai do atual primeiro-ministro Hun Manet, afirmou que os militares tailandeses eram "agressores" que buscavam provocar uma resposta retaliatória e instou as forças cambojanas a exercerem moderação.

"A linha vermelha para a resposta já foi definida. Exorto os comandantes em todos os níveis a instruírem todos os oficiais e soldados de acordo com isso", disse Hun Sen no Facebook, sem dar mais detalhes.

Na Tailândia, mais de 385 mil civis em quatro distritos fronteiriços estão sendo movidos, com mais de 35 mil já alojados em abrigos temporários, informou o exército tailandês.

A Tailândia e o Camboja disputam há mais de um século a soberania em pontos não demarcados ao longo de sua fronteira terrestre de 817 quilômetros, mapeada pela primeira vez em 1907 pela França, quando governava o Camboja como colônia.

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PRF apreende 388 Kg de maconha em Chapadão do Sul (MS)

Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 388 quilos de maconha, nesta sexta-feira (5), em Chapadão do Sul (MS).

Durante fiscalizações na BR-060, os policiais abordaram uma Toyota/Hilux. No interior da caminhonete os policiais avistaram vários fardos com forte odor de maconha. O motorista disse ter pego a droga em Campo Grande e que a levaria até Chapadão do Sul.

Foram apreendidos 380 quilos de maconha e 8 quilos de skunk. O condutor foi preso e encaminhado à Polícia Civil em Chapadão do Sul, junto com o veículo e a droga.
Justiça e Segurança

PRF apreende 420 Kg de maconha em Água Clara (MS)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 420 quilos de maconha, neste domingo (7), em Água Clara (MS).

Durante fiscalizações na BR-262, os policiais abordaram um Fiat/Uno. Dentro do veículo os policiais avistaram grande quantidade de maconha. O motorista confessou ter pego a droga em Ribas do Rio Pardo e que a entregaria em Inocência.

Foram apreendidos 410 quilos de maconha e 10,4 quilos de skunk.

A ocorrência foi encaminhada à Polícia Civil em Água Clara (MS).
Justiça e Segurança

Messias ganha espaço na oposição e deve ter votos até no PL

Caciques partidários e líderes do governo avaliam que a semana passada terminou bem melhor para o ministro Jorge Messias, em sua saga para conseguir ser aprovado pelo Senado para o STF (Supremo Tribunal Federal), do que começou.

A avaliação é que ele conseguiu furar resistências em bancadas antes refratárias, incluindo a do PL. Um dirigente da legenda calcula que o indicado de Lula terá 6 dos 15 votos da bancada. Também há previsão de ao menos 3 votos no PP e maiorias no MDB e PSD.

Outro fator que pesa a favor é o fato de ser evangélico, o que seria visto como algo mais relevante do que o esquerdismo dele por senadores que seguem essa fé. O fato de ter sido endossado pelo presidente do Conselho Federal de Medicina também deve ajudar entre os conservadores.

O adiamento da sabatina para fevereiro é visto como uma chance de ampliar mais a margem de segurança.

A escolha de Messias abalou a relação do governo Lula com Davi Alcolumbre (União Brasil), presidente do Senado, que era o principal aliado do petista dentro do Congresso e fazia um contraponto com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), com quem o Planalto vive uma relação de desconfiança.

Alcolumbre defendia a indicação de seu aliado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Após dias de atritos públicos, o presidente da República tem dito a aliados que pretende encontrar com Alcolumbre para conversar e acertar a relação. Na sexta-feira (5), o presidente do Senado fez um agradecimento público ao petista e deu sinal de abertura para uma trégua.
Por Folhapress

R$ 14,4 bilhões em fundos administrados pelo Master podem ser liquidados

A liquidação do Banco Master pode atingir 92 fundos de investimento administrados pela Master Corretora, parte do banco de Daniel Vorcaro. Apesar de serem independentes à massa falida da instituição, eles podem vir a ser liquidados e ter o seu patrimônio líquido distribuído entre cotistas, de forma proporcional à participação de cada um deles no fundo.

"É essencial destacar que o patrimônio de cada fundo é segregado e não se confunde com a situação patrimonial do banco", afirmam Mariane Kondo e Fabio Braga, sócios das áreas de fundos e bancária, respectivamente, do Demarest Advogados.

O patrimônio líquido dos 92 fundos soma R$ 14,4 bilhões, aponta levantamento do Comdinheiro (Nelogica) com base em dados disponibilizados pelos fundos em 31 de outubro deste ano, antes da liquidação do banco pelo Banco Central.

A maioria (53) são Fidcs (fundos de investimento em direitos creditórios), seguidos de fundos multimercado (19).

Segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), são obrigações do administrador contratar, em nome do fundo, com terceiros, os serviços de tesouraria, controle e processamento dos ativos, escrituração das cotas e auditoria independente. Caso o administrador seja uma instituição autorizada pelo BC, como era o Master, os serviços de tesouraria, controle e processamento podem ser executados diretamente pelo administrador.

Atualmente, a administração desses fundos está sob a responsabilidade do liquidante do Master, Eduardo Félix Bianchini, servidor aposentado do BC e dono da EFB Regimes Especiais de Empresa -os fundos geridos pelo Master também estão sob o liquidante.

"É importante ressaltar que a instituição liquidada perde imediatamente a capacidade de operar em nome do fundo ou de realizar qualquer movimentação com os ativos sob gestão. A prioridade [dos reguladores] é salvaguardar os interesses dos investidores e a estabilidade do mercado", diz Fernando Kuyven, sócio do Modesto Carvalhosa, Kuyven e Ronco Advogados.

De acordo com o Banco Central, a EFB está definindo novos administradores para os fundos do Master. Para isso, será necessário convocar assembleia geral de cotistas. Nesta reunião, também pode ser proposta a liquidação do fundo.

Segundo Gustavo Rabello, sócio de mercado de capitais do SouzaOkawa, o administrador temporário deve apenas garantir a continuidade mínima e viabilizar a assembleia que definirá o futuro do fundo, sem assumi-lo, de imediato, de maneira definitiva.

Do outro lado, gestoras cujos fundos estão sob administração do Master também já estão convocando assembleias de cotistas para eleger um novo administrador.

É o caso do maior fundo administrado pelo Master, o Revolution, de renda fixa, com R$ 4,9 bilhões de patrimônio líquido. Procurada, a gestora responsável Acura Capital afirmou que está conduzindo os trâmites necessários para a substituição da administração.

"Esclarecemos que a liquidação extrajudicial da Master Corretora não acarreta, automaticamente, a liquidação do fundo, uma vez que a legislação vigente prevê um rito específico para a transferência de administração, o qual está sendo rigorosamente seguido pela gestora", afirma Fernando Luiz de Senna Figueiredo, diretor da Acura.

Segundo Kuyven, a mudança na administração pode trazer ajustes no fundo, como nas taxas de administração e performance.

Também é possível que o liquidante apresente um pedido fundamentado à CVM, para que a autarquia nomeie um administrador temporário.

"Caso não haja comparecimento dos cotistas e tampouco indicação de administrador ou gestor substituto, o prestador de serviços envolvido pode optar por renunciar às suas funções. Nessa hipótese, se não houver outro prestador de serviços habilitado a assumir, o fundo deverá ser liquidado", explica a CVM.

Além disso, se nenhuma administradora aceitar tocar os fundos do Master, o liquidante, o gestor ou os cotistas podem votar pela liquidação do fundo.

"O novo administrador eleito em assembleia, antes de assumir, deve contatar o liquidante para receber toda a documentação necessária e, inclusive, realizar as diligências que considerar adequadas para se certificar de que realmente pode assumir a administração. É possível, inclusive, que o administrador escolhido pela assembleia decida não aceitar a função após a realização dessas diligências", afirma a CVM.

Há ainda um outro caminho que pode levar à liquidação do fundo. Caso ele não tenha patrimônio suficiente para arcar com suas dívidas, os cotistas ou os credores podem requerer a sua insolvência. A CVM também pode requerer a insolvência se considerar que um eventual patrimônio líquido negativo do fundo representa um risco ao mercado, afirma Mariane Kondo, do Demarest.

Outro possível entrave é a venda dos ativos desses fundos no mercado. Fidcs, que são a maioria dos fundos administrados pelo Master, são compostos por direitos creditórios, que não costumam ter muita liquidez, o que dificulta o pagamento aos cotistas em dinheiro.

"Neste caso, os cotistas receberiam os direitos creditórios como uma forma de pagamento pelo resgate de suas cotas. Contudo, o operacional envolvido para o recebimento desses direitos creditórios nunca é tão simples", diz Mariane.

Especialistas ainda levantam a hipótese de o interventor não querer liquidar os fundos para assegurar a integridade das estruturas até o fim das investigações envolvendo o Master.
Por Júlia moura / Folhapress

Arsenal dos bandidos ficou mais forte e mais novo após decretos pró-armas de Bolsonaro, diz estudo

A flexibilização promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no acesso a armas no Brasil alterou o perfil do armamento apreendido pelas polícias no Sudeste e impulsionou a modernização do arsenal dos criminosos, aponta estudo realizado pelo Instituto Sou da Paz.

Intitulado "Arsenal do Crime: Análise do perfil das armas de fogo apreendidas no Sudeste", o levantamento investigou 255,9 mil apreensões realizadas pelas polícias estaduais e pela Polícia Federal de 2018 a 2023. Os dados foram obtidos por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação).

A quantidade de armas apreendidas sofre queda contínua desde a aprovação do Estatuto do Desarmamento, diz o estudo. Houve reversão em 2023, quando a região registrou 37.994 ocorrências do gênero ante 36.370 do ano anterior.

O ex-presidente está hoje preso na Superintendência da PF em Brasília, condenado no processo da trama golpista.

A flexibilização do acesso a armas no Brasil foi promessa de campanha de Bolsonaro, que historicamente fez críticas ao Estatuto do Desarmamento e alegava que a medida permitia que as famílias se defendessem.

A mudança mais expressiva envolve pistolas 9 mm, cuja compra foi facilitada em norma editada por Bolsonaro em maio de 2019.

Entre todas as apreensões de pistolas na região Sudeste, modelos 9 mm respondiam por 28,5% das ocorrências em 2018, um ano antes da flexibilização, percentual que saltou a 50,5% em 2023. Seu uso até então era restrito às polícias e às Forças Armadas. O presidente Lula (PT) revogou as normas do antecessor ao assumir o Planalto. Na ocasião, o petista chamou as medidas de "criminosos decretos de ampliação do acesso a armas e munições, que tanta insegurança e tanto mal causaram às famílias brasileiras".

O crescimento redesenha as características do arsenal clandestino, diz a pesquisa. Apreensões de revólveres caíram de 42,2%, em 2018, para 37,6%, em 2023, à medida que as de pistolas foram de 25,1% para 35,9% no mesmo período.

Em São Paulo o padrão se repete. Ocorrências do gênero envolvendo pistolas saíram de 25,6% para 33,4% no primeiro e no último ano, respectivamente, enquanto a apreensão de revólveres caiu de 47,4% para 43,5%.

A participação das armas 9 mm no total de pistolas apreendidas no estado, enquanto isso, escalou de 8,4% para 37,2% no período analisado. Foram 273 apreensões no primeiro ano da série e 1.305 no último.

O levantamento aponta também que as armas apreendidas estão mais novas. Em 2018 houve 170 apreensões de modelos fabricados até dois anos antes da respectiva ocorrência, número que em 2023 chegou a 843 somente em território paulista.

Para o instituto, o aumento "traz um indicativo forte de que armas recém-adquiridas no mercado legal estão migrando rapidamente para o universo criminal".

Fuzis também entram nessa conta: foram 4.444 apreensões no Sudeste, 910 das quais em São Paulo. O estado vem registrando aumento: os fuzis abrangiam 0,9% das apreensões em 2018 e em 2023 corresponderam a 1,5%.

O número de armas artesanais no geral caiu durante período analisado.

O estudo diz que elas representam parte expressiva dos aparatos com maior poder de fogo, a exemplo do que ocorria em Santa Bárbara d'Oeste —onde uma fábrica clandestina foi fechada pela PF em operação que levou 11 pessoas a serem denunciadas neste ano. Investigações apontam que facções se utilizam desse tipo de fábrica para se armar.

Um dos decretos de Bolsonaro permitiu que CACs (Caçadores, Atiradores Desportivos e Colecionadores) comprassem por ano até 5.000 munições para armas de uso liberado e mil para as de uso restrito, como fuzis ou carabinas, por exemplo. O texto também foi revogado.

"Eram quantidades absurdas, fora de qualquer razoabilidade, o que possibilitou esquemas de 'laranjas'", afirma o consultor sênior do Sou da Paz, Bruno Langeani, coordenador da pesquisa sobre o Sudeste.

No ano passado, relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) mostrou que 2.579 pessoas mortas estavam registradas como CACs. Na ocasião, de acordo com o relatório do órgão, 9.387 pessoas com mandados de prisão estavam com o registro ativo para possuir armas. Outros 19.479 tinham processos de execução penal em aberto.

Para Langeani, o levantamento "é um raio-x do mercado criminal" e revela também que as armas ilegais estão mais presentes nas casas dos brasileiros e são usadas tanto por organizações como por cidadãos comuns, em crimes patrimoniais.

Em São Paulo, 31,8% das armas foram apreendidas em ambiente residencial, embora ocorrências em vias públicas sejam as mais frequentes.

O levantamento diz também que "a malha rodoviária é um ponto relevante de apreensões, sugerindo que uma parcela significativa estava em trânsito, inclusive para o Rio de Janeiro ou estados do Nordeste".

A capital paulista lidera as dez cidades paulistas com mais apreensões em números absolutos, com 14.842 armas capturadas de 2018 a 2023, mas não entra no ranking se considerados índices proporcionais, à frente do qual está Guaratinguetá.

Com 121 mil habitantes e 380 armas apreendidas no período, o município registrou 312,2 armas capturadas a cada cem mil habitantes, maior índice do estado, segundo a pesquisa.

A PM concentra 72% das 68.204 apreensões em São Paulo, percentual bastante superior aos 14,9% que registra a Polícia Civil, diferença que mostra fragilidades na política de segurança, diz Langeani.

"O estado não tem nenhuma delegacia especializada para combater tráfico de armas nem um trabalho de fiscalização específico contra grupos vulneráveis."

Ex-presidente alegou defender liberdade

Quando assinou os primeiros decretos flexibilizando as regras para armas, logo ao assumir o governo, Bolsonaro afirmou que a medida devolvia à população a vontade de decidir. "Por muito tempo, coube ao Estado determinar quem tinha ou não direito de defender a si mesmo, à sua família e à sua propriedade", declarou na ocasião.

Mais tarde, afirmou que armar a população poderia evitar golpes de Estado. "Nossa vida tem valor, mas tem algo com muito mais valoroso do que a nossa vida, que é a nossa liberdade. Além das Forças Armadas, defendo o armamento individual para o nosso povo, para que tentações não passem na cabeça de governantes para assumir o poder de forma absoluta", disse.

Na campanha de 2022, por sua vez, reafirmou as declarações e disse que armas garantem segurança às famílias e à soberania nacional. O instrumento, declarou, é "a garantia de que a nossa democracia será preservada".

Por André Fleury Moraes/Folhapress

Operação Harpia da 55ª CIPM, continua com ação diária e intensificada.

A 55ª CIPM segue empregando, de forma contínua e estratégica, a Operação Harpia em toda sua área de atuação. A iniciativa, realizada diariamente, reforça o policiamento ostensivo, amplia a presença policial em pontos sensíveis e intensifica ações direcionadas ao enfrentamento dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), tráfico de drogas e atividades de organizações criminosas.
Com abordagens qualificadas, patrulhamentos táticos e incursões planejadas, a Operação Harpia vem apresentando resultados significativos, refletidos na apreensão de materiais ilícitos, identificação de suspeitos, inibição de ações delituosas e fortalecimento da sensação de segurança nas comunidades atendidas.
A 55ª CIPM reafirma seu compromisso com a ordem pública e segue atuando com rigor, técnica e responsabilidade para garantir a tranquilidade da população.

Fonte: ASCOM/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

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