Bolsonaro diz que Cid poderia ter dito ‘não’ a quem o procurasse com ideias de ruptura

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (9) que seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid não teve uma experiência anterior no Poder Legislativo e que, por isso, teria facilidade para falar não a pedidos e conversas que chegassem a ele.

A declaração foi dada a jornalistas no plenário da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) no intervalo da primeira sessão de interrogatórios dos réus do núcleo central da trama golpista de 2022. O primeiro a responder às perguntas é o tenente-coronel Mauro Cid, por ser colaborador da investigação.

“Vocês viram. Só tem um colaborador. Só um. Eu nunca disse não para alguém que me procurou. Como ele não teve essa vida pregressa legislativa, podia dizer não”, disse Bolsonaro.

É o primeiro encontro de Bolsonaro com o tenente-coronel Mauro Cid desde que o militar fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

As revelações de Cid foram o fio condutor da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República). Foi o militar quem confirmou aos investigadores, pela primeira vez, que Bolsonaro convocou os chefes militares para discutir planos para reverter o resultado das eleições.

Cid falou em diversos momentos que recebia muitas mensagens, justamente pela proximidade com o ex-presidente, que classificou como bravatas.

Em resposta ao ministro Luiz Fux, único integrante da Primeira Turma que participa da sessão, sobre o que o militar queria dizer com bravatas, Cid afirmou que, por conhecer muitos militares de longa data, em muitos momentos entendia as declarações apenas como reclamações.

“Tem muita gente ali que eu conheço desde cadete. Você conhecendo a personalidade militar dele, sabendo até o local, por exemplo, de onde ele serve, a gente sabia, até porque conhece a pessoa, que simplesmente era alguém que ficava reclamando no WhatsApp. Falava que fazia tudo e não fazia nada. Então, isso que eu falo de bravata”, disse.

De acordo com ele, ainda, pela função de ajudante de ordens, era como um anteparo do ex-presidente.

Os demais réus vão ser questionados seguindo ordem alfabética: Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-chefe da Abin), Almir Garnier (ex-chefe da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).

Mauro Cid disse em depoimento no STF que o ex-presidente recebeu no fim de 2022 uma minuta de decreto que previa a prisão de autoridades, como ministros do Supremo e integrantes do Legislativo, e a criação de uma comissão para organizar novas eleições presidenciais.

Segundo o militar, Bolsonaro alterou o decreto algumas vezes. “Ele enxugou o documento, retirando as autoridades das prisões. Só o senhor ficaria preso”, disse Cid ao ministro Alexandre de Moraes.

“Os outros receberam um habeas corpus”, brincou Moraes. O próprio ex-presidente Bolsonaro riu da piada do ministro, sentado em cadeira no centro do tribunal.

Bolsonaro também comentou, no intervalo, sobre já ter dito que considerava Cid um filho.

“Falei filho porque o pai dele é da minha turma de artilharia. Sem problemas com ele. Não quero entrar em detalhes aqui”, disse.

Ana Pompeu e Cézar Feitoza, Folhapress

Homem com mandado de prisão em aberto é detido na BR-330, em Ipiaú

Na manhã desta segunda-feira (09), por volta das 11h50, uma guarnição do Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO) da 55ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), pertencente ao Comando de Policiamento da Região Sudoeste (CPRSO), realizou a prisão de um homem com mandado judicial em aberto.

A ação ocorreu na BR-330, nas proximidades da fábrica Doce Mel, em Ipiaú, após informações repassadas pelo Setor de Operações de Inteligência da 55ª CIPM. Segundo a denúncia, o homem de 31 anos de idade, estaria se deslocando para Ipiaú em um veículo. Com base nas características fornecidas, os policiais realizaram rondas e localizaram o automóvel.

Durante a abordagem, foi constatada a veracidade das informações, sendo confirmada a existência de um mandado de prisão em aberto contra o suspeito. Ele foi imediatamente detido e conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Ipiaú para as providências legais.

Fonte: ASCOM/55ª CIPM

Homem de 43 anos de idade é detido com pistola e munições na BR-330, em Ipiaú

Na manhã desta segunda-feira (9), por volta das 11h50, uma guarnição do Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO) da Polícia Militar da Bahia apreendeu uma arma de fogo e diversas munições durante uma abordagem na BR-330, nas proximidades do centro de Ipiaú.

A ação ocorreu após a Central de Operações receber uma denúncia de que dois homens estariam se deslocando de Jequié para Ipiaú a bordo de um veículo Fiat Ducato branco. Segundo as informações, um dos ocupantes do veículo possuía mandado de prisão em aberto.

Durante as rondas, os policiais identificaram e interceptaram o automóvel. Na abordagem, foi realizada uma busca pessoal e, com um dos suspeitos, foi encontrado um carregador de pistola calibre 9mm municiado com oito munições, escondido no bolso de sua bermuda. No interior do veículo, também foram localizadas outras 11 munições do mesmo calibre.

Questionado sobre a arma de fogo, o suspeito indicou que a pistola estava escondida em um compartimento do banco do carro. Diante dos fatos, os envolvidos e o material apreendido foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Ipiaú para as providências legais.

Material apreendido:
  • 01 pistola Taurus 9mm

  • 01 carregador com 8 munições

  • 11 munições 9mm avulsas
Fonte: Ascom/55ª CIPM

Cid se diz frustrado com linha investigativa da PF após declarações prestadas em delação

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid disse nesta segunda-feira (9), em depoimento no STF (Supremo Tribunal Federal), ter se sentido frustrado diante das interpretações da Polícia Federal sobre as declarações que ele dava para a colaboração premiada.

Segundo Cid, ele tinha um entendimento diferente dos investigadores sobre os fatos que narrava na delação que deu base à denúncia sobre a trama golpista de 2022. “Eles tinham uma linha investigativa e eu tinha outra visão dos fatos. E houve uma frustração do que eu estava contando não estar na linha investigatória da PF”, disse.

O tenente-coronel respondia às primeiras perguntas do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, no primeiro interrogatório da ação penal. Neste momento, o magistrado questionou a respeito de áudios divulgados pela revista Veja com relatos de pressão para as declarações. Em resposta, Cid afirmou que passava por um momento pessoal complicado.

“Foram vazamentos sem consentimento, de um desabafo de um momento difícil que eu e minha família estávamos passando. Eu vendo minha carreira militar desabando, minha vida financeira acabada e me gerou uma crise pessoal muito grande, o que leva a desabafo com amigos, nada de maneira acusatória, mas crítico. Digamos assim, saindo atirando para todo lado, por um momento ruim que a família estava passando”, afirmou.

Mauro Cid confirmou os principais detalhes da trama golpista já apontados pelo militar durante a colaboração premiada. Ele disse que Bolsonaro recebeu no fim de 2022 uma minuta de decreto que previa a prisão de autoridades, como ministros do STF e integrantes do Legislativo, e a criação de uma comissão para organizar novas eleições presidenciais.

Segundo o militar, Bolsonaro alterou o decreto algumas vezes. “Ele enxugou o documento, retirando as autoridades das prisões. Só o senhor ficaria preso”, disse Cid ao ministro Alexandre de Moraes.

“Os outros receberam um habeas corpus”, brincou Moraes. O próprio ex-presidente Bolsonaro riu da piada do ministro, sentado em cadeira no centro do tribunal.

O tenente-coronel também confirmou que recebeu do próprio ex-ministro Braga Netto, general da reserva do Exército, uma caixa de vinho cheia de dinheiro vivo para entregar ao tenente-coronel Rafael de Oliveira —militar acusado de liderar um grupo que planejou matar Moraes.

Cid diz que, na época, entendia que o plano de Oliveira era levar familiares para Brasília, com o objetivo de mobilizar o acampamento em frente ao QG do Exército. A investigação da Polícia Federal, porém, concluiu que o plano do militar era prender e assassinar o ministro do Supremo.

Mauro Cid conta que o amigo pediu dinheiro a ele e enviou uma planilha no WhatsApp com o orçamento. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro pediu ajuda a Braga Netto. Dias depois, o general o entregou o dinheiro.

“Retornei ao Braga Netto, e o general Braga Netto trouxe uma quantidade de dinheiro. Com certeza não foram os R$ 100 mil. [O dinheiro] foi passado para o major de Oliveira. Eu recebi do general Braga Netto no Palácio da Alvorada. Estava numa caixa de vinho”, disse.

O início da fase de depoimento dos réus da tentativa de golpe de 2022 promoveu o primeiro encontro após dois anos de investigação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e Mauro Cid —seu auxiliar mais próximo em quatro anos de governo que se tornou seu delator.

O tenente-coronel Mauro Cid mudou de versão sobre a trama golpista de Jair Bolsonaro e aliados ao longo de seus 12 depoimentos à Polícia Federal no âmbito do acordo de colaboração premiada.

Foi só em seu último depoimento, diante de Alexandre de Moraes, que Cid contou que o ex-ministro Walter Braga Netto entregou dinheiro em uma sacola de vinho para um militar acusado de planejar o assassinato do ministro do Supremo.

A Polícia Federal chegou a alegar que Mauro Cid havia mentido em seu vaivém à sede da corporação e sugeriu ao STF o rompimento do acordo de colaboração. Moraes convocou o militar para prestar esclarecimentos e, diante de novas revelações, decidiu manter a validade da delação.

Os advogados de quatro réus disseram à Folha, sob reserva, que estavam empenhados em procurar novas contradições de Mauro Cid durante o depoimento ao STF nesta segunda-feira. O objetivo é reunir informações para pedir novamente o fim do acordo de delação.

Ministros do Supremo, porém, alegam que a eventual declaração de invalidade da colaboração premiada do tenente-coronel não anula os depoimentos ou as provas colhidas por meio da delação. O único efeito, dizem, é sobre os benefícios de Mauro Cid.

A controvérsia sobre a validade do acordo de Mauro Cid com a Polícia Federal foi levantada pelo ministro Luiz Fux durante o julgamento do recebimento da denúncia contra o núcleo central da trama golpista.

“Este não é o momento próprio, mas vejo com muita reserva nove delações de um mesmo colaborador, cada hora apresentando uma novidade”, disse Fux. Cármen Lúcia e Cristiano Zanin concordaram que a discussão deveria ser feita após o recebimento da denúncia.

A Primeira Turma do STF iniciou nesta segunda a fase de depoimento dos réus do núcleo central da trama golpista de 2022. O primeiro a responder às perguntas é o tenente-coronel Mauro Cid, por ser colaborador da investigação.

Os demais réus vão ser questionados seguindo ordem alfabética: Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-chefe da Abin), Almir Garnier (ex-chefe da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).

O tribunal reservou sessões diárias até sexta-feira (13) para ouvir os réus. Os depoimentos são transmitidos ao vivo pela TV Justiça.

Mauro Cid teve o acordo de colaboração premiada homologado em setembro de 2023 pelo ministro Alexandre de Moraes. Em troca de falar tudo que sabia sobre a trama golpista no fim do governo Bolsonaro, o militar solicitou benefícios, como o perdão judicial ou pena privativa de liberdade inferior a dois anos e a extensão de benefícios à sua família.

Cézar Feitoza e Ana Pompeu, Folhapress
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Junho Laranja: Bahia reforça alerta sobre anemia e leucemia com foco na prevenção e diagnóstico precoce

Campanha destaca doenças hematológicas que afetam milhares de brasileiros 

Embora não seja tão conhecida como outras campanhas de saúde, o Junho Laranja ganha relevância crescente a cada ano ao iluminar duas doenças hematológicas que afetam milhões de brasileiros: a anemia e a leucemia. A campanha busca conscientizar sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado dessas enfermidades, que podem comprometer seriamente a qualidade de vida e, em casos mais graves, a sobrevida dos pacientes.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 11.540 novos casos de leucemia por ano no Brasil, no período entre 2023 e 2025, com um risco estimado de 5,33 casos por 100 mil habitantes. A leucemia, que pode acometer tanto crianças quanto adultos, é uma doença maligna que afeta o sangue e a medula óssea, comprometendo a produção normal das células sanguíneas. 

Há diferentes subtipos, como a leucemia linfoblástica aguda, mais comum em crianças; a leucemia mieloide aguda, que predomina em adultos; a leucemia linfocítica crônica, geralmente de progressão lenta e mais comum em idosos; e a leucemia mieloide crônica, que apresenta curso variável e pode ser tratada com terapias-alvo específicas.

A hematologista do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS), Liliana Borges, ressalta que o diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento. “A leucemia pode se manifestar de forma súbita e agressiva. O reconhecimento dos sintomas iniciais, como fadiga, palidez, febre e sangramentos, é fundamental para iniciar o tratamento o quanto antes, aumentando as chances de cura”, explica. Ela acrescenta que a falta de conhecimento sobre os sintomas e as alterações nos exames básicos de sangue como o hemograma ainda é uma barreira para o diagnóstico rápido.

Já a anemia é caracterizada pela redução da concentração de hemoglobina no sangue, o que compromete o transporte de oxigênio para os tecidos do corpo. A anemia ferropriva, causada pela deficiência de ferro, é a mais comum no Brasil, afetando 20,9% das crianças com menos de cinco anos, segundo dados do Ministério da Saúde. No entanto, há também outras formas, como a anemia megaloblástica, associada à deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico; a anemia hemolítica, decorrente da destruição precoce das hemácias; e a anemia falciforme, uma doença hereditária que deforma os glóbulos vermelhos e afeta majoritariamente a população negra. 

Para a hematologista Luciana Di Paolo, também do HMDS, os grupos mais vulneráveis precisam de atenção especial. “Crianças, gestantes e mulheres em idade fértil são as mais afetadas pela anemia ferropriva. A suplementação de ferro, aliada a uma alimentação balanceada, é essencial para prevenir e tratar a doença”, afirma. Ela acrescenta que “a anemia pode ser também um indicativo de doenças mais graves, por isso a investigação laboratorial é indispensável”, conclui.

Assessoria de Imprensa: Cinthya Brandão (71) 99964-5552

Carla Santana (71) 99926-6898


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Promoção da semana do Mercadinho Deu te Ama


 Praça Salvador da Matta, 194 Centro Ipiaú: SAC (73) 9-8171-2517, Antiga Praça da Feira
Mercadinho Deus Te Ama: Tradição em preços baixos

O País está se encaminhando para uma situação de ingovernabilidade, diz Motta

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou nesta segunda-feira, 9, que o Brasil está caminhando para uma situação de ingovernabilidade e quem assumir a Presidência da República em 2027, terá de fazer um “choque” de medidas estruturantes.

“O País está se encaminhando para uma situação de ingovernabilidade. Quem venha a ser o presidente da República no ano que vem terá que fazer um choque nessa relação. Não é possível administrar o País da forma que está”, disse dur

ante debate promovido pelos jornais Valor Econômico, O Globo e rádio CBN com o tema ‘Agenda Brasil, o cenário fiscal brasileiro’.

Motta afirmou que insistirá com o governo Lula para medidas de médio e longo prazo.

“O que está em jogo é mais do que a próxima eleição, é o futuro do País. Temos que botar o dedo nessa ferida, porque não é negando que ela existe que vamos resolver o problema ou aguardando uma solução mágica”, declarou.

Victor Ohana e Naomi Matsui/Estadão Conteúdo

Anvisa aprova Mounjaro para tratamento de obesidade e sobrepeso

A Anvisa aprovou o Mounjaro (tirzepatida), comercializado no Brasil pela farmacêutica Eli Lilly, para o tratamento de sobrepeso com comorbidades ou obesidade, nesta segunda-feira (9), conforme publicação no Diário Oficial da União. Anteriormente, em setembro de 2023, o medicamento já havia sido autorizado pela agência para o tratamento do diabetes tipo 2.

A decisão considerou os resultados de estudos clínicos que demonstraram a eficácia e segurança do medicamento no tratamento da obesidade.

O Mounjaro é um fármaco que atua nos receptores GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon) e GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose), hormônios intestinais que auxiliam no controle do metabolismo energético —especialmente na regulação da glicose e do apetite.

O endocrinologista Fábio Trujilho, presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), cita a eficiência do medicamento com base científica e ressalta a importância da aprovação da Anvisa.

“Nenhum remédio é milagroso, é por isso mesmo ainda é necessário que haja acompanhamento de uma equipe transdiciplinar, e além disso nem todas as pessoas respondem da mesma forma aos medicamentos”.

Em estudos recentes, o medicamento se mostrou eficaz em pessoas com sobrepeso ou obesidade (sem diabetes), que perderam, em média, até 22,5% do peso corporal, quando combinado com dieta e exercícios.

A tirzepatida foi comparada com a semaglutida (substância usada em remédios como Ozempic e Wegovy) em outra pesquisa. Cerca de 65% dos pacientes perderam pelo menos 15% do peso, e 20% perderam 30% ou mais com o uso do medicamento.

Além da perda de peso, os participantes que usaram tirzepatida também apresentaram melhora na pressão arterial, colesterol e gordura abdominal —fatores importantes para a saúde cardiovascular.

A obesidade é uma doença crônica que afeta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo — sendo 40 milhões no Brasil, o equivalente a um em cada quatro adultos.

A condição está ligada a mais de 200 complicações, incluindo aumento no risco de diabetes tipo 2 (243%), doenças cardíacas (69%) e hipertensão (113%). Segundo a World Obesity Federation, até 2045, 75% dos adultos brasileiros poderão ter obesidade ou sobrepeso.

Em nota oficial à Folha, o diretor sênior da área médica da Eli Lilly no Brasil, Luiz Magno, afirmou que “as novas opções de tratamento trazem mais oportunidades para quem vive com obesidade e está à procura de melhores alternativas para controle de peso”.

Ele também reforçou que “a obesidade é diferente de um desejo social de emagrecer. A Lilly não promove ou encoraja o uso de medicamentos para fins estéticos e entende que essa prática só estigmatiza ainda mais a medicação para os pacientes que realmente precisam dela para ter benefícios para a saúde.”

A endocrinologista Karen de Marca, vice-presidente da SBEM (Sociedade Brasileira Endocrinologia Metabologia Regional) afirma que a regulamentação do Mounjaro para o uso específico em tratamento de “obesidade ajuda a combater o mercado irregular, reduzindo os riscos associados ao consumo de medicamentos manipulados ou importados sem controle adequado.”

Raíssa Basílio/Folhapress

Tire suas dúvidas sobre o Pix automático e entenda como a modalidade vai funcionar

A partir de 16 de junho, entra em operação o Pix automático, nova funcionalidade do sistema de pagamentos instantâneos que permitirá o débito automático de contas recorrentes, como água, luz, telefone, academias e serviços por assinatura.

O BC (Banco Central) estima que a nova modalidade ampliará o acesso a pagamentos recorrentes para cerca de 60 milhões de brasileiros que hoje não têm cartão de crédito.

Com apenas uma autorização inicial, os pagamentos seguintes são feitos de forma automática, sem necessidade de nova confirmação a cada cobrança. O cliente pode definir regras, como um valor máximo por débito, e cancelar o agendamento até as 23h59 do dia anterior, caso não concorde com o valor cobrado.

O QUE É O PIX AUTOMÁTICO?
É uma nova funcionalidade do Pix voltada para pagamentos recorrentes (como contas, assinaturas e mensalidades). Com ele, o valor é debitado automaticamente da conta do pagador na data combinada, sem a necessidade de uma ação a cada cobrança.

COMO FUNCIONA O PIX AUTOMÁTICO?
O cliente deve checar se a empresa (como sua academia ou seu serviço de streaming) oferecem o Pix automático como forma de pagamento
Depois, será necessário autorizar o pagamento das cobranças e definir regras, como o valor máximo de cada pagamento e se vai usar ou não linha de crédito
Periodicamente, nos dias anteriores ao pagamento, a empresa enviará a cobrança ao banco do pagador
O banco agenda o pagamento e notifica o cliente, que pode conferir, antes do pagamento e no app da sua conta, se está tudo certo
No dia previsto, o banco efetiva o pagamento da cobrança de acordo com as regras definidas na autorização

QUAIS SÃO AS VANTAGENS DO PIX AUTOMÁTICO?
O principal benefício é que, após a autorização inicial, o pagador não precisa mais aprovar cada transação. Isso evita esquecimentos e ajuda na organização das finanças.

Segundo o BC, o serviço tem como objetivos: tornar o mercado de pagamentos recorrentes mais eficiente; aumentar a competição, permitindo que todos os participantes ofereçam o serviço em igualdade de condições; reduzir custos para empresas; e ampliar as opções de pagamento para os consumidores.

QUE SERVIÇOS DEVEM UTILIZAR O PIX AUTOMÁTICO?
O Pix automático envolve cobranças recorrentes, como mensalidades, assinaturas e contas fixas. Entre os exemplos estão escolas, academias, planos de saúde, serviços de streaming, clubes de assinatura, condomínios, plataformas de conteúdo digital, escolas de idiomas e até contas de consumo, como água, luz e telefone.

POSSO SER COBRADO PARA UTILIZAR O PIX AUTOMÁTICO?
O Pix automático não terá custo para os clientes que utilizam o serviço para fazer pagamentos. No entanto, as instituições financeiras e empresas que oferecem essa modalidade aos seus clientes poderão ser tarifadas entre si, devido aos serviços prestados no processo de cobrança e liquidação dos pagamentos.

COMO AUTORIZAR UM PAGAMENTO VIA PIX AUTOMÁTICO?
O Banco Central prevê quatro formas para o usuário autorizar cobranças recorrentes via Pix automático:

Notificação no app (sem QR Code): O recebedor solicita a autorização, e o banco do pagador notifica o usuário no aplicativo para concluir o processo.

QR Code com dados da recorrência: O pagador escaneia o código e autoriza a recorrência no app do banco, sem cobrança imediata.

QR Code com pagamento imediato + recorrência: O QR Code inclui um Pix comum e a recorrência; ao pagar, o usuário também autoriza futuras cobranças.

QR Code com opção de autorizar após o pagamento: O pagamento e a autorização são separados; após pagar ou agendar, o usuário recebe a oferta de autorizar o Pix Automático.

O PIX AUTOMÁTICO É SEGURO? E O QUE FAZER EM CASOS DE FRAUDE?
Segundo Daniel Dorea, diretor de business da Dock, o Pix automático herda os mesmos princípios de segurança e rastreabilidade do ecossistema do Pix. Em situações de erro e suspeita de fraude, o cliente deverá solicitar a devolução dos valores diretamente para a sua instituição financeira, que seguirá as diretrizes do BC, acionando o MED (Mecanismo Especial de Devolução), se aplicável.

“Considerando que os pagamentos via Pix automático exigem autorização prévia do pagador, os casos de falha operacional são facilmente identificados pela instituição financeira. Caso haja um pagamento indevido de Pix automático, o cliente tem direito à restituição do valor em sua integralidade”, diz Dorea.

De acordo com o especialista, nos casos de fraude em que não exista comprovação de falha operacional, o cliente deve acionar sua instituição financeira e apresentar as provas necessárias para a abertura de um MED tradicional.

COMO POSSO EVITAR FRAUDES?
O especialista da Dock recomenda que o pagador sempre verifique as informações da empresa que receberá a autorização do Pix automático no momento de aceitar o consentimento.

“O cliente também pode autorizar as notificações no app do seu banco, assim sempre saberá quando um pagamento saiu da sua conta”, afirma Dorea.

É POSSÍVEL LIMITAR O VALOR DE CADA COBRANÇA?
Sim. O pagador pode definir um valor máximo para cada débito autorizado. Isso significa que, se uma cobrança ultrapassar esse limite, o pagamento não será feito automaticamente.

No entanto, esse valor máximo pode ter um valor mínimo, chamado de “piso”, definido pelo recebedor. Por exemplo: se o piso for R$ 50, o pagador só poderá estabelecer um limite igual ou acima disso.

Esse limite pode ser ajustado na hora da autorização ou alterado depois, a qualquer momento. O banco do pagador verifica esse valor sempre que uma nova cobrança é agendada. Se a cobrança for maior do que o limite definido, ela não será agendada, e o pagador será avisado.

É importante saber que esse valor máximo é verificado na hora do agendamento da cobrança, e não no momento em que o dinheiro sai da conta. Se o pagador mudar o limite depois que uma cobrança já tiver sido agendada, a mudança não vale para essa cobrança.

O QUE ACONTECE SE NÃO TIVER SALDO NA CONTA?
Se não houver saldo o pagamento não será feito, e o pagador será notificado. O banco tentará novamente outras vezes no mesmo dia. Se mesmo assim o pagamento não for realizado, o usuário será avisado mais uma vez.

Em alguns casos, se o recebedor permitir, o banco pode tentar fazer o pagamento nos dias seguintes. As novas tentativas pós vencimento devem ocorrer em, no máximo, três datas diferentes, respeitar um prazo máximo de sete dias corridos após a data de liquidação original e não ultrapassar a data de início do próximo ciclo.

POSSO CANCELAR UMA AUTORIZAÇÃO DE PIX AUTOMÁTICO?
Sim. O pagador pode cancelar a autorização do Pix automático a qualquer momento, encerrando todos os débitos futuros ligados àquela autorização. Também é possível cancelar um pagamento específico que já tenha sido agendado (desde que isso seja feito antes da data da cobrança).

O recebedor também pode encerrar uma autorização, por exemplo, se o serviço for cancelado ou a relação contratual terminar.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE O PIX AUTOMÁTICO E O DÉBITO AUTOMÁTICO?
No débito automático tradicional, o pagamento depende de convênios firmados entre empresas e bancos, o que costuma limitar o serviço a grandes instituições com relacionamento bancário formal.

Já no Pix automático, o sistema funciona de forma padronizada dentro do próprio arranjo Pix, permitindo que qualquer empresa envie uma solicitação de cobrança e que qualquer cliente aprove diretamente pelo aplicativo do seu banco.

Júlia Galvão/Folhapress

Justiça condena ex-diretor de empresa de cannabis medicinal no Brasil por fraude

A Justiça de Goiás condenou o ex-diretor da empresa de cannabis medicinal USA Hemp no Brasil pelo desvio de R$ 515 mil da companhia em 2022 e 2023. Gustavo Fernandes Marra, que tinha 22 anos na época, foi sentenciado por furto qualificado e fraude continuada.

A decisão conclui que Marra criou um esquema de notas fiscais frias para subtrair valores da firma, fundada por três irmãos goianos no estado americano do Oregon em 2016. Foram identificadas 110 notas simulando serviços não prestados, emitidas por empresas ligadas a Marra, além de compras no cartão corporativo.

O golpe foi descoberto após os sócios da filial brasileira da USA Hemp notarem inconsistências nas finanças e contratarem uma auditoria independente, que comprovou a fraude.

Formado em engenharia da computação, Marra foi inicialmente contratado para fazer o site da marca em 2019, quando a Anvisa regulamentou a importação de produtos com CDB e a companhia passou a vender itens como pomadas e óleos no país. Com o tempo, ele se tornou administrador e sócio.

Segundo a empresa, essa é a primeira condenação criminal de que se tem notícia envolvendo um executivo do setor de cannabis medicinal no Brasil, “que ainda enfrenta lacunas regulatórias e riscos operacionais”.

Em seu depoimento à Justiça, Gustavo Marra afirmou que desconhecia a existência de irregularidades, alegou que os serviços de tecnologia da informação foram efetivamente prestados.

O juiz Fabio Vinícius Borsato, da 5ª vara dos crimes de ordem tributária de Goiás, porém, entendeu que havia provas suficientes e o condenou a três anos e quatro meses em regime aberto, substituindo a pena por serviços comunitários e pagamento de um salário mínimo a entidade filantrópica. A defesa pode recorrer.

Júlia Barbon/Folhapress

Operação Suburbana Blindada desarticula desmanche de veículos no Lobato

Um carro roubado era desmontado dentro de uma loja de autopeças, onde um investigado por crimes de receptação foi preso em flagrante.
Atividades investigativas da Polícia Civil resultaram na prisão em flagrante de umsuspeito de diversos crimes de receptação, dentro do galpão de uma loja de autopeças, onde um veículo com restrição de roubo era desmontado, no bairro do Lobato, em Salvador, no sábado (7).

A prisão compõe as ações da Operação Suburbana Blindada, deflagrada pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV). O objetivo é reprimir os crimes de furto, roubo, receptação, adulteração de sinais identificadores, desmanche e comercialização ilícita de veículos na capital baiana e Região Metropolitana.

Perícias realizadas nos sinais identificadores do veículo Hyundai, modelo iX35, cor branca, constataram que trata-se de um carro roubado no dia 11 de maio deste ano, no bairro do Canela, em Salvador. O suspeito foi atuado em flagrante e segue preso à disposição da Justiça. As investigações continuam, com a finalidade de identificar e prender outros possíveis envolvidos na prática criminosa.

Texto: Ascom PC

Polícia Civil prende mais de 200 pessoas em cinco dias de operações na Bahia

As ações aconteceram em diversas regiões da capital, RMS e interior. Drogas e armas foram apreendidas.
De forma integrada e estratégica, a Polícia Civil da Bahia retirou do convívio social 211 pessoas acusadas de diversos crimes, em mais de 20 operações realizadas entre segunda-feira (2) e sexta (6), na capital, Região Metropolitana de Salvador (RMS) e em municípios do interior do estado. Os números representam o resultado da maior mobilização conjunta da polícia judiciária baiana neste semestre.
As prisões são decorrentes de cumprimentos de mandados e flagrantes. As ações também retiraram de circulação 32 quilos de entorpecentes e 28 armas de fogo. Entre os presos estão pessoas acusadas de homicídios, tentativa de latrocínio e de feminicídio, violência doméstica e familiar, crimes contra o patrimônio, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

As ações da Polícia Civil da Bahia também resultaram em prisões em outras regiões do país, durante operações conjuntas com polícias judiciárias de outros estados. Entre os casos, um criminoso acusado de distribuir armas e drogas foi capturado no Rio de Janeiro. Novas ações e investidas contra a criminalidade serão realizadas nos próximos dias.

Texto: Ascom PC

Superinvestigações se espalham no STF e concentram poder em ministros

Além de Alexandre de Moraes, responsável desde 2019 pelo inquérito das fake news e seus diversos desdobramentos, outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) passaram a supervisionar investigações amplas nos últimos anos, que envolvem suspeitas distintas e nem sempre com conexões claras.

Foram as investigações oriundas de inquéritos como o das fake news —que foi aberto de forma controversa e não tem previsão de ser encerrado— e das milícias digitais que deram a Moraes a conexão necessária para que ele se tornasse relator dos principais casos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.

Uma dessas investigações é a da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, que colocou Bolsonaro no banco dos réus.

Os procedimentos sob supervisão de Moraes dominam a pauta criminal do Supremo desde 2019 e coincidem com o ocaso da Operação Lava Jato.

Na Lava Jato, decisões do ministro Edson Fachin acabaram derrotadas na Segunda Turma da corte, que tem maioria de integrantes contrários à operação, ou foram desidratadas após a anulação de provas da delação da Odebrecht pelos ministros Ricardo Lewandowski (que se tornou ministro da Justiça do governo Lula) e Dias Toffoli.

Para além das investigações sob supervisão de Moraes, outros casos passaram a se acumular nas mãos de ministros, relacionados a suspeitas diferentes.

Um deles é a operação Sisamnes, deflagrada em novembro do ano passado por autorização do ministro Cristiano Zanin. Ela tinha como conexão inicial a apuração das relações do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves com vendas de decisões e vazamentos no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

À época, Zanin decidiu trazer para sua supervisão no Supremo outras investigações que envolviam suspeitas relacionadas a Andreson. Por exemplo, as de corrupção e venda de decisões nos tribunais de Justiça de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul.

Na esteira disso, também subiram para o Supremo as investigações relacionadas à morte do advogado Roberto Zampieri, morto em 2023, cujo conteúdo do celular deu início às investigações sobre os esquemas.

Recentemente, o inquérito sobre essa morte encontrou indícios de que os executores participavam de um grupo chamado C4 (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos), que dizia oferecer serviço de monitoramento de autoridades como deputados, senadores e integrantes do Judiciário.

Além desses casos, também passaram para o crivo de Zanin as apurações a respeito do vazamento de informações sobre duas operações ocorridas no Tocantins que estavam sob a responsabilidade de ministros do STJ.

Até agora, nenhum ministro do STJ é investigado nesses inquéritos. Os integrantes da corte têm foro especial no Supremo.

Um dos casos com desdobramentos que podem atingir centenas de nomes é a operação Overclean, que foi deflagrada no ano passado por suspeitas de desvios de R$ 1,4 bilhão em contratos do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional.

A operação apurou fraudes em licitações de lixo, direcionamento irregular de emendas e corrupção em prefeituras.

O inquérito, que tem entre os seus principais alvos pessoas ligadas ao União Brasil, foi para o Supremo por citar o deputado federal Elmar Nascimento, que representa o partido pela Bahia. A última fase da operação aconteceu em abril.

Quando as investigações sobre a Overclean subiram para o STF, a Polícia Federal pediu para que elas ficassem sob a responsabilidade de Flávio Dino, e não Kassio Nunes Marques.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) opinou que elas deveriam continuar com Kassio, decisão mantida pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso.

Entre outros motivos, a PF queria que o caso ficasse com Dino porque o ministro tem em suas mãos diversas investigações relacionadas a emendas parlamentares, além de uma ADPF (ação com o objetivo de proteger a Constituição) que também trata do tema.

Na ADPF, Dino tem determinado apurações a respeito de eventuais irregularidades na transferência e execução de emendas.

Ele definiu que estados e municípios prestem contas ao governo federal sobre as chamadas emendas Pix recebidas entre 2020 e 2023, com possibilidade de apurações de responsabilidades em caso de omissão dos agentes públicos.

A partir de uma decisão do ministro nessa ação, a Polícia Federal instalou em dezembro um inquérito para apurar o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares pela Câmara dos Deputados.

Além disso, Dino é responsável pelo inquérito que investigou e levou à denúncia sob acusação de corrupção do ex-ministro Juscelino Filho, que é deputado pelo União Brasil do Maranhão.

Também está com Dino a operação EmendaFest, sobre pagamentos de propina na liberação de recursos para um hospital no Rio Grande do Sul.

O advogado e professor de direito penal da FGV-SP Marcelo Cavali, afirma que o Supremo costuma ser menos contido do que juízes de primeira instância para reconhecer conexões em casos muito amplos, já que há menos possibilidade de que o processo seja considerado nulo posteriormente —porque não há tribunal acima do STF.

Segundo ele, isso pode ser um dos motivos para que alguns casos fiquem mais concentrados nas mãos de determinados ministros.

Ele aponta, porém, que os casos de Moraes ainda são o ponto fora da curva. “Em nenhum processo, nem anterior, nem posterior aos inquéritos das fake News e das milícias digitais, o Supremo teve uma interpretação tão ampla sobre conexões”, diz Cavali.

“[A partir dele] o Supremo passou a adotar uma visão que eu chamaria de amplíssima conexão, porque foram encaminhados ao ministro Alexandre processos relacionados a fatos que nem sequer haviam ocorrido ainda no momento da instalação do inquérito.”

As investigações supervisionadas pelos ministros
Alexandre de Moraes (Inquérito das fake news)
Aberto em 2019, serviu como base para que o ministro ficasse responsável, desde então, por apurações relacionadas a atos antidemocráticos e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores

Cristiano Zanin (Operação Sisamnes)
Iniciada a partir da investigação do assassinato de um advogado de Mato Grosso, passou a investigar vendas de decisões e vazamentos de informações sigilosas em tribunais estaduais e também no STJ (Superior Tribunal de Justiça)

Kassio Nunes Marques (Operação Overclean)
Suspeitas de desvios de R$ 1,4 bilhão em contratos do Dnocs abriram espaços para a investigação de empresários e políticos de diversos estados brasileiros, sobretudo com ligações com o União Brasil

Flávio Dino (Emendas parlamentares)
Ministro é responsável por inquéritos que tratam de suspeitas de desvios de emendas parlamentares e também de uma ação ampla sobre o tema, determinando investigações da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) sobre o tema

José Marques/Folhapress

Mais um homicídio no Liberdade II em Teixeira: Homem é executado a tiros por dupla em moto

Teixeira de Freitas: Um homem identificado como Aleandro dos Santos Souza, de 31 anos, foi assassinado a tiros dentro de sua residência na tarde deste domingo, 8 de junho. O crime aconteceu na Rua Monte Belo, no bairro Liberdade II, em Teixeira de Freitas.

De acordo com as informações preliminares, dois homens em uma motocicleta invadiram a casa de Aleandro. A vítima tentou escapar dos disparos, mas foi alcançada em frente ao imóvel, onde foi executada com vários tiros. O corpo foi encontrado em via pública, coberto por um lençol.

Durante a perícia no local, a equipe encontrou um papelote vazio, geralmente utilizado para armazenar cocaína, e diversos estojos de munição calibre .40. Havia também um rastro de sangue deixado pela vítima em sua tentativa de fuga.

Testemunhas relataram que Aleandro estava na companhia de uma mulher não identificada no momento do crime. Ela teria presenciado a ação dos criminosos, mas deixou o local logo após os disparos e ainda não foi localizada pelas autoridades.

A motivação e a autoria do assassinato permanecem desconhecidas. O Departamento de Polícia Técnica realizou os trabalhos periciais. O caso será investigado pela Polícia Civil, através do Núcleo de Homicídios da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (COORPIN).

Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews

Ipiaú: Pão & Cia assume liderança no Campeonato de Futebol Adulto da AABB 2025.

Neste domingo (08) dois jogos movimentaram a manhã esportiva no clube pelo Campeonato Adulto.
Na primeira partida a equipe da Pão & Cia saiu vitórias a frente a Lázaro Auto Peças e assumiu a liderança.

Lázaro Auto Peças 1x2 Pão & Cia: Gols; Lázaro Auto Peças: Cleriston; Pão & Cia: Rian e Thiago

Na segunda partida Ed Telecom e Jr Modas terminou com o empate mostrando o equilíbrio do campeonato.

Ed Telecom 1x1 JR Modas: Gols, Ed Telecom: Andrei; Jr modas: Aquiles

Próximo jogo: Quarta-feira (11/06) 19:15: Hortifruti São Luiz x Farmácia Pague Pouco

Cobrança autoritária de Rui por presença de prefeita em palanque irrita petistas por medo de afetar Jerônimo; assista

Diferentemente do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que busca atrair a oposição na base do carinho, no que tem sido até certo ponto bem sucedido, o ministro Rui Costa (Casa Civil) adota tom hostil e ameaçador para lidar com prefeitos oposicionistas, atrapalhando, inclusive, uma das estratégias com que o líder governista tenta se fortalecer para 2026.

Em evento recente em Vitória da Conquista para uma entrega governista, Rui fez uma cobrança de forma autoritária pela presença da prefeita Sheila Lemos (União Brasil) no palanque, onde estava rodeado de petistas e aliados, supostamente hostis à gestora, que preferiu cumprir agenda ao lado do correligionário e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil) na cidade, no mesmo horário.

“Eu não sei qual é a agenda da gestora municipal, deve ter uma agenda mais importante do que pedir alguma coisa para Conquista ao ministro da Casa Civil, do governo federal, e ao governador da Bahia. Então, com certeza, ela deve ter uma agenda mais importante, não sou eu que tenho que explicar porque ela não está aqui”, disse o ministro, visivelmente irritado.

Em seguida, no mesmo discurso, Rui disse ter confirmado com o cerimonial do governador Jerônimo Rodrigues (PT) que um convite foi feito à prefeita para participar do evento. Mas, por trás da ira, estava o desconforto do ministro com o fato de ter tido sua presença no município desconsiderada pela prefeita, tipo de situação com que, segundo petistas, ele tem dificuldades de lidar.

Junto com ACM Neto, que deve disputar as próximas eleições estaduais contra Jerônimo, Sheila preferiu visitar as obras da primeira UPA municipal de Conquista e inaugurar o Centro Municipal de Formação Educacional Professor Raymundo Vianna, evitando assim também se tornar alvo de vaias num palanque predominantemente petista.
Vereadores aliados dela procuraram este Política Livre para declarar que ficaram chocados com o tom do ministro no palanque. “Todos nós que não somos alinhados ao governo municipal nos sentimos intimidados”, disse um deles, preferindo não pronunciar o nome, segundo ele, por motivos óbvios.

E denunciaram o comportamento agressivo e tirânico de Rui, alegando que não é em palanque que um prefeito deve tratar de demandas de sua cidade com um ministro e um governador, ressaltando que o espaço adequado é uma audiência, onde o governo e o ministro talvez não consigam dar a publicidade que gostariam a seus acenos às oposições.

A ocorrência de situações constrangedoras envolvendo prefeitos oposicionistas em palanques governistas só reduziu depois que Jerônimo passou a demonstrar interesse em atrair prefeitos não alinhados para o seu lado dentro de uma estratégia de consolidar seu nome para 2026 e esvaziar o grupo do ex-prefeito. Rui, no entanto, segundo petistas, ainda não teria assimilado a tática, que não utilizou enquanto foi governador da Bahia.

Por isso, usaria um tom ameaçador e hostil para tratar gestores municipais que não são aliados, reproduzindo o mesmo estilo que o tem popularizado em Brasília como o mais ‘destestável’ ministro do presidente Lula. “Rui nunca deu bola para prefeito da forma como Jerônimo faz. Ele precisa entender que agora quem dá as cartas é o governador”, diz um petista sobre a “dessintonia” do ministro com o novo estilo do gestor estadual.
Política Livre


Ibirataia: Prefeitura intensifica melhorias nas estradas da zona rural durante fim de semana

Mesmo com o clima dos festejos juninos, serviços de patrolamento e cascalhamento seguem em ritmo acelerado na região do Guloso, inclusive aos domingos.

Enquanto Ibirataia se prepara para os tradicionais festejos juninos, a Prefeitura mantém o foco nas melhorias da infraestrutura rural. A equipe da Secretaria de Agricultura segue realizando serviços de patrolamento e cascalhamento nas estradas da região do Guloso, inclusive durante os finais de semana, para aproveitar o clima favorável e acelerar os trabalhos.
Neste domingo, 8 de junho, o responsável pela manutenção das estradas rurais, Abel Fair Souza, destacou o esforço da gestão municipal: “Estamos aqui no domingo, intensificando o trabalho na região do Guloso. O prefeito Sandro Futuca pediu que déssemos atenção especial à zona rural, e é isso que estamos fazendo”.
A ação reforça o compromisso da administração com a mobilidade e o escoamento da produção agrícola, beneficiando diretamente os moradores e produtores locais. A prefeitura segue priorizando o bem-estar da população rural, mesmo em meio às celebrações juninas que movimentam o município.

Fonte: Ascom/Prefeitura de Ibirataia.

Ibirataia: Esquenta Junino tem show inesquecível com Aldemário Coelho e artistas locais

Show marcou o início dos festejos do São João Raiz 2025; artistas locais e autoridades também participaram da grande noite
O Esquenta Junino de Ibirataia trouxe de volta, neste sábado (7), um dos maiores nomes do forró brasileiro: Aldemário Coelho. Após 15 anos, o artista retornou à cidade para se apresentar nos festejos juninos e foi recebido com entusiasmo pelo público. Em entrevista, Aldemário expressou gratidão e elogiou o São João de Ibirataia, agradecendo ao prefeito Sandro Futuca pela oportunidade.
Além de Aldemário, a noite contou com a participação de artistas locais como Naldo Silva, Jhonatan Mota e Ynho San, que dividiram o palco em um clima de celebração cultural. O prefeito Sandro Futuca destacou a importância do São João para a identidade local, agradeceu o apoio das secretarias envolvidas, com ênfase na Secretaria de Cultura e Turismo, sob a gestão de Silvio Brandão.
Autoridades políticas também prestigiaram o evento, como o deputado federal Jayme Vieira Lima e vereadores da base governista. Ibirataia vive um importante momento de valorização de suas tradições juninas, e a programação do São João Raiz 2025 continua no dia 14 e segue de 20 a 24 de junho, prometendo movimentar ainda mais o município.

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