Diante da recusa do Hamas de abaixar as armas, Israel precisa terminar o trabalho em Gaza, diz Netanyahu mundo

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, reafirmou neste domingo (10) a intenção de prosseguir com a guerra na Faixa de Gaza diante da recusa do Hamas de se render. A fala ocorre em meio a uma onda de indignação com as cenas de fome no território palestino e a despeito da pressão internacional por um cessar-fogo.

“Dada a recusa do Hamas de abaixar as armas, Israel não tem outra alternativa a não ser terminar o trabalho e derrotar o Hamas”, afirmou o premiê em uma entrevista coletiva, acrescentando que a facção ainda teria “milhares de terroristas armados”. “Nosso objetivo não é ocupar Gaza, é libertar Gaza, libertá-la do terrorismo do Hamas.”

O anúncio dos planos de ocupar o território chocou ativistas e organizações de direitos humanos que apontam para violações em série ao longo dos 22 meses de guerra. No final de julho, duas das principais ONGs de direitos humanos de Israel afirmaram que o país comete genocídio em Gaza —acusação que Tel Aviv nega.

Uma das acusações mais comuns é em relação à restrição de ajuda humanitária que o Estado judeu impõe ao território. Neste domingo, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou que cinco pessoas morreram de fome no território, elevando o número de mortos por desnutrição desde o início da guerra a 217, incluindo 100 crianças.

Até agora, mais de 61 mil pessoas foram mortas por Israel durante o conflito, de acordo com a Defesa Civil de Gaza, que registrou também 27 mortos neste domingo, incluindo 11 a tiros enquanto aguardavam distribuição de alimentos.

Durante a entrevista neste domingo, Netanyahu em um primeiro momento se negou a falar se acredita que há fome generalizada em Gaza e criticou a imprensa internacional por publicar fotos de crianças esqueléticas que, segundo ele, não comprovariam a crise humanitária no território, uma vez que teriam condições preexistentes. Minutos depois, porém, o premiê admitiu que houve um “problema de privação” no território.

De acordo com estatísticas militares israelenses, uma média de 140 caminhões de ajuda entraram em Gaza diariamente durante o conflito —cerca de um quarto do que as agências humanitárias afirmam ser necessário para atender os mais de 2 milhões de habitantes do território.

Confirmar as afirmações é um desafio para a imprensa internacional, que também enfrenta restrições para entrar em Israel. Segundo o premiê, o Exército foi instruído a facilitar a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza.

Netanayhu insistiu também que a ideia não é permanecer em Gaza, mas destruir o que considera “os dois últimos bastiões do Hamas”, que estariam na Cidade de Gaza e no campo de refugiados no centro do território. “Ao contrário do que se alega, esse é o melhor jeito de acabar com a guerra”, disse.

O plano envolveria entregar o território para um órgão civil não israelense, reafirmou o premiê, sem entrar em detalhes.

Os planos não causaram alarde apenas em ONGs e ativistas pró-Palestina, no entanto. O anúncio também foi mal recebido pelas famílias dos reféns, que veem a ideia como uma sentença de morte para seus parentes, nas mãos do grupo terrorista desde outubro de 2023.

Na última semana, relatos na imprensa israelense mostraram divergências entre o premiê e o chefe do Exército, Eyal Zamir, que considera o plano uma armadilha que colocaria os sequestrados em perigo. O Hamas, por sua vez, alertou que a nova ofensiva terminaria com o “sacrifício” dos reféns.

“O gabinete decidiu o destino dos reféns: os vivos serão mortos e os mortos desaparecerão para sempre”, afirmou Einav Zangauker, mãe de um dos sequestrados que ganhou notoriedade na mobilização das famílias. “Se os reféns forem mortos, nós os caçaremos. Nas praças, durante as campanhas eleitorais, em todos os momentos e em todos os lugares”, disse sobre o premiê Shahar Mor Zahiro, sobrinho de um refém assassinado.

Neste domingo, Netanyahu falou que estava discutindo “maneiras criativas” para libertar os sequestrados, sem entrar em detalhes.

Internacionalmente, o premiê também viu a pressão aumentar, com diversos países, incluindo membros permanentes do Conselho de Segurança, como Reino Unido e França, demonstrarem a intenção de reconhecer o Estado palestino.

“Desafia a compreensão que pessoas inteligentes, diplomatas e líderes mundiais, caiam na mentira [de que um Estado palestino encerraria o conflito]. Os palestinos não querem criar um Estado, eles querem destruir um Estado. O Estado judeu”, afirmou o político.

A extrema direita israelense, por sua vez, critica Netanyahu, mas por não ir além da Cidade de Gaza. “A vitória é possível. Quero toda a Faixa de Gaza, a transferência [de sua população] e a colonização”, disse o ministro da Segurança Nacional de Netanyahu, o extremista Itamar Ben-Gvir.

Já o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, um dos mais radicais membros do gabinete de Netanyahu, disse que o premiê “se rendeu aos fracos”. “Eles decidiram repetir a mesma abordagem mais uma vez, lançando uma operação militar que não busca uma resolução decisiva, mas simplesmente pressionar o Hamas a chegar a um acordo parcial sobre os reféns”, disse.

O líder da oposição, Yair Lapid, por sua vez, também criticou o plano, mas por outras razões. “Eles vão mobilizar 430 mil reservistas no último minuto. Eles estão desmantelando o país por dentro”, afirmou à imprensa neste domingo.

Folhapress

Metade das demissões em 2024 foi causada por questões comportamentais

Um levantamento feito para 6º Observatório de Carreiras e Mercado realizado pelo PUCPR Carreiras, setor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), revelou que 50% das demissões em 2024 foram causadas por questões comportamentais. Em seguida aparecem a automação das atividades (25%), a redução de custos e os cortes de despesas (25%). A pesquisa contou com a participação de 3.631 estudantes, 3.655 alumni (ex-alunos) e 583 empresas da área de recrutamento humano.

“O mercado valoriza profissionais que unem competência técnica e habilidades para uma boa convivência. Um único indivíduo com atitudes negativas pode comprometer toda a equipe, surgem conflitos, a produtividade cai e talentos são perdidos. Por isso, é preciso olhar para o autoconhecimento”, explica a coordenadora do PUCPR Carreiras, Luciana Mariano.

Segundo ela, o sucesso está cada vez mais baseado na combinação entre saber fazer as tarefas e saber conviver com as pessoas.

“Mais do que dominar ferramentas ou processos, é preciso desenvolver inteligência emocional, empatia, respeito e responsabilidade nas relações, além de se auto avaliar sempre, se questionando sobre sua postura nas relações do dia a dia e a sua forma de lidar com as emoções e com os outros no ambiente de trabalho”, avalia.

O estudo mostrou que no ano passado as habilidades mais valorizadas foram a comunicação oral (11,46%), o planejamento (10,73%), a solução de problemas (10,18%), gestão de conflitos (7,51%) e a comunicação escrita (7,42%).

De acordo com o estudo, em comparação com 2021, período em que as empresas lidavam diretamente com os efeitos da pandemia, observa-se uma mudança nas prioridades, com as habilidades ligadas à solução de problemas (12,58%) ocupando o topo da lista.

Agência Brasil

Avião de deputado cai nos Lençóis Maranhenses e deixa dois mortos


Um avião de pequeno porte caiu neste sábado (9) no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no município de Santo Amaro do Maranhão, e deixou dois mortos. Morreram no desastre o piloto Victor Manoel Britto, 43 anos, e a passageira, a médica veterinária Bruna Emanoely, 23 anos, natural de Santa Inês (MA).

A aeronave, do modelo anfíbio Super Petrel LS, tinha sido fabricada em 2012 e pertencia ao deputado estadual Francisco Nagib Buzar de Oliveira (PSB). Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião estava em situação regular.

Ontem fim da tarde, a aeronave foi dada como desaparecida. Durante a madrugada, o Corpo de Bombeiros localizou os destroços e os dois corpos próximo à Lagoa das Pedras, no meio das dunas dos Lençóis Maranhenses.

Em postagem nas redes sociais, o deputado estadual lamentou o acidente e prestou solidariedade às famílias das vítimas, especialmente do piloto, de quem era amigo.

“Manifesto meu mais profundo sentimento de pesar às famílias das vítimas, em especial à família Britto, pela perda irreparável de seu filho, Victor Manoel Britto. Manoel era um amigo muito próximo que a aviação me presenteou. Um jovem cheio de vida, apaixonado, com tantos sonhos pela frente. Sua partida tão precoce nos deixa um vazio imenso e uma dor difícil de expressar em palavras.”

As causas do acidente estão sendo investigadas. Os corpos chegaram ao Instituto Médico Legal de São Luís ainda de madrugada e aguardam liberação.

Wellton Máximo/Agência Brasil

Corrida por terras raras: descoberta de jazida em MG atrai mais de 100 pedidos de mineração

Pelo menos 100 pedidos de pesquisa foram apresentados à Agência Nacional de Mineração (ANM) em dois anos na região de cratera de vulcão considerado 'unicórnio' da mineração.

A presença de um grande depósito de terras raras em uma cratera de um vulcão extinto em Poços de Caldas (MG), no Sul de Minas Gerais, considerado um “unicórnio” da mineração, levou a uma “especulação imobiliária” por áreas que podem conter estes minerais.

Nos anos de 2023 e 2024, logo após o anúncio de que empresas australianas estavam investindo para minerar a região, a Agência Nacional de Mineração (ANM) recebeu mais de uma centena de pedidos de pesquisa de terras raras na cratera e seu entorno, o equivalente a um terço de todas as autorizações de pesquisa para estes minérios concedidas para Minas Gerais no período.

Terras raras são um conjunto de 17 minérios de difícil extração, considerados estratégicos para as áreas de tecnologia e energética (veja infográfico abaixo). Estes compostos são alvo de disputas comerciais entre China e Estados Unidos. No fim de julho, os EUA manifestaram desejo de fazer acordo com o Brasil para obter os minerais.

Corrida por terras raras

A cratera do vulcão - também chamada de planalto - de Poços de Caldas possui cerca de 800 km², a maioria coberta com argila contendo íons de terras raras. A área engloba, além de Poços, os municípios mineiros de Andradas, Caldas e o município de Águas da Prata em São Paulo.
A região é considerada um "unicórnio" da mineração devido ao tamanho da jazida, capaz de abastecer 20% da demanda mundial, e à facilidade de extração, uma vez que os minérios estão próximos à superfície do solo.
Além das centenas de pedidos de pesquisa de solo, empresas estão fazendo sondagens iniciais em municípios ao redor de Poços de Caldas e Caldas, como Cabo Verde, Muzambinho, Botelhos, Campestre no Sul de Minas e Caconde, divisa com o estado de São Paulo.

O geólogo Paulo Henrique Silva Lopes, responsável por várias pesquisas de solo por minerais, acredita que o interesse em áreas fora da cratera se deve à possibilidade de a lava do vulcão ter se espalhado pela região.
“Hoje é uma cratera extinta, mas quando o vulcão estava ativo, foi uma caldeira muito forte e a lama provocada pela lava pode ter ido para os arredores e se espalhado, ajudada pela chuva, por uma área grande ao redor da caldeira que era muito intensa”, afirmou.

Pesquisa virou um negócio

A autorização de pesquisa é o primeiro passo em um longo processo para a concessão de lavra que permite a exploração da área demarcada. Qualquer pessoa física ou jurídica pode fazer um pedido de pesquisas, desde que cumpra os requisitos, pague as taxas e apresente um relatório ao longo de 3 anos. O descumprimento desta exigência resulta em multa.

A pesquisa pode ir de apenas coleta de material do solo até grandes perfurações. Mas, de acordo com Lopes, apenas uma pequena parcela das pesquisas chega a uma concessão de lavra, ou seja, à fase de extração do minério. A grande maioria dos pedidos fica pelo caminho, ou porque o requisitante perde os prazos estabelecidos, ou porque os processos vão sendo protelados.
Nem todo mundo que pede autorização para pesquisa pretende fazer a mineração. Uma grande parte das autorizações é pedida por profissionais e empresas que pretendem comercializar os direitos minerais concedidos pela ANM depois de realizar a pesquisa.

O técnico em mineração Rafael Cruz de Oliveira, dono da RCO Mineração, é uma dessas pessoas. Ele faz pesquisas iniciais com o objetivo de vendê-las para empresas com estrutura para fazer a mineração. A empresa já negociou áreas em Poços de Caldas e em Goiás com empresas nacionais e estrangeiras e tem autorização de pesquisa de terras raras em mais de 100 áreas, nos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia.

“Depois que sai o alvará da ANM, a gente pode pesquisar e a gente tem o trabalho de conversar com o dono da terra, pegar as amostras, enviar para o laboratório, mas a gente não consegue chegar ao nível de minerar porque é um investimento muito alto”, explicou.

Neste ponto, quando a descoberta é consistente e há a possibilidade de mineração, geralmente ocorre a negociação com empresas de mineração.

Nova jazida de terras raras

É o que está acontecendo com a mais nova descoberta da empresa de Oliveira e seus sócios, uma área com depósito de terras raras em Turvolândia (MG), que fica a cerca de 40 quilômetros da cratera de Poços de Caldas.

A região apareceu em estudos geofísicos da Companhia Brasileira de Pesquisa Recursos Minerais, ligada ao Ministério de Minas e Energia (MME), sobre a região de São Gonçalo do Sapucaí (MG) e pelo menos 20 autorizações de pesquisas foram concedidas nesta região em 2023 e 2024.

Algumas delas foram para a RCO, que tem permissão para explorar 25 hectares. Até o momento, pouco mais de 20% desta área foram pesquisados, mas os resultados já despertam a atenção de empresas estrangeiras.

Em busca da mineração

A região também atrai empresas que estão investindo no Sul de Minas com o objetivo de se tornarem mineradoras de terras raras.

É o caso da Anova, uma empresa que se descreve como 100% mineira e que teve origem com a extração de ferro em Cabo Verde. A proximidade das minas da empresa com Poços de Caldas despertou o interesse em entrar na corrida pelas terras raras.

“A gente foi vendo que havia alguns requerimentos, aí foi usando o nosso networking para ver o que o pessoal estava encontrando, foi até geólogos e viu que fazia sentido. Já tinha um pequeno estudo inicial, mas quando a gente fala em terras raras, ainda é o oceano”, afirmou Edgard Jones, sócio da empresa.

A empresa tem sete áreas de pesquisa requeridas em nome próprio, além de outras em conjunto com parceiros em Caldas e Santa Rita de Caldas, e tem planos para montar uma planta piloto em um desses municípios para a exploração dos minerais, mesmo já sendo sondada por empresas estrangeiras interessadas nas áreas.

“A gente fez esses requerimentos porque já eram áreas que a gente tinha mapeado previamente com litologia na literatura. As informações são poucas, mas a gente já fez os pedidos e já encontramos argila com teores significativos de terras raras que justificam a gente avançar com o projeto. A ideia da minha empresa é dar continuidade, buscar o apoio do Invest Minas (agência de fomento do governo mineiro) e tentar ser a primeira empresa mineira a explorar materiais que são ricos em terras raras”, disse Jones.

O empresário acredita que a repercussão que o Sul de Minas está tendo dentro do setor minerador fará com que ela seja tomada por projetos especuladores, mas que muitos deles não terão sucesso.

“Como aconteceu em áreas de ouro, depois em áreas de minério de ferro e outros minerais que foram se valorizando com o tempo, como o lítio, vai ter nas terras raras. A gente teve um boom quando as mineradoras australianas foram para o Sul de Minas, um tanto de gente só requerendo área meio que sem pé nem cabeça e acaba que não pesquisa e aquilo ali fica parado”, afirmou. Por Fabiana Assis, g1 Sul de Minas

32ª Exposição Agropecuária de Ipiaú começa neste domingo

Tem início neste domingo, 10 de agosto, no Parque José Thiara, a 32ª Exposição Agropecuária de Ipiaú, evento promovido pelo Sindicato Rural de Ipiaú que promete grandes atrações para produtores e para a população do município e região.

Além de bovinos, equinos e caprinos de alta linhagem genética, a exposição contará com leilões, torneio leiteiro, mostra de máquinas agrícolas, palestras técnicas, feira de artesanato, eventos culturais e outros atrativos.

A abertura oficial, com a participação da prefeita Laryssa Dias e de outras autoridades, está prevista para as 15h30. Antes, haverá uma grande cavalgada que percorrerá algumas ruas da cidade, anunciando o início da festa.

Em sua 32ª edição, a Exposição Agropecuária conta com o apoio do Sistema Faeb/Senar, Cocip, Prefeitura Municipal de Ipiaú e Governo do Estado da Bahia.

Cultura
Ainda neste domingo, à noite, o público presente ao Parque de Exposições José Thiara assistirá aos espetáculos musicais do cantor Fabão e do sanfoneiro e vocalista Andinho Brito, cujo repertório é formado pelo autêntico forró. Em cada noite da exposição, haverá um show musical com artistas regionais.

Ao longo da programação, outras atividades culturais serão apresentadas. Também estará disponível, em um memorial instalado na entrada do parque, uma recapitulação histórica da exposição, que completa 60 anos de existência.

Uma homenagem especial será prestada ao idealizador do evento, Euclides Neto, assim como aos ex-presidentes do Sindicato Rural de Ipiaú. Atualmente, a entidade é presidida pelo produtor Sérgio Miranda Gondim.
Torneio e palestras

Às 8h de segunda-feira (11) começa o Torneio Leiteiro, que prosseguirá, no mesmo horário, até a próxima quinta-feira (14). Após cada rodada, ocorrerá o julgamento das raças Girolando e Gir Leiteiro.

O ciclo de palestras técnicas tem início às 9h de quarta-feira (13). Na manhã de quinta-feira (14), será a vez do Encontro Cacau Rentável, cujo início, às 8h30, será marcado pela palestra “Produção de mudas: segredos para eficiência e alta produtividade”, ministrada pelo engenheiro agrônomo Gedeon Almeida.

O 1º Leilão da Fazenda Baixa Alegre, de gado Gir Leiteiro e Girolando, acontece na tarde de sábado (16), a partir das 12h. Já no domingo (17), último dia da exposição, será realizado o Leilão de Gado de Corte Rancho Leilões. (Giro/José Américo Castro)

Prefeitura entrega 10 mil mudas de aipim aos agricultores familiares da região do Braço Pequeno .

Dando continuidade ao Programa Raízes da Terra, a Prefeitura de Ipiaú, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, repassou aos agricultores familiares da região do Braço Pequeno, zona rural do município, um total de 10 mil mudas de aipim.

As manivas de variedades altamente produtivas foram doadas pela Biofábrica da Bahia, em parceria com o Governo do Estado, por meio da SDR/CAR/Bahiater.
O ato de entrega aconteceu na tarde da ultima sexta-feira, 8, e contou com as presenças da prefeita Laryssa Dias e do secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Poleandro Silva.

A prefeita aproveitou a ocasião para dialogar com a comunidade local, ouvindo suas demandas e reafirmando o compromisso da gestão municipal com quem vive e produz no campo.
O programa Raízes da Terra teve inicio no mês passado na região da Sapucaia, com a distribuição de 10 mil manivas (mudas) para os agricultores familiares da Associação Volta Esperança.

O objetivo do programa é garantir matéria-prima de qualidade, aumentar a produtividade, gerar mais renda e impulsionar a economia rural, colocando a agricultura familiar como protagonista do desenvolvimento de Ipiaú. (José Américo Castro/Decom-PMI).

Rede social X critica Alexandre de Moraes e elogia uso da lei Magnitsky por Trump

A rede social X, plataforma do bilionário Elon Musk, publicou um artigo criticando abertamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e elogiando a aplicação da Lei Magnitsky e a revogação de seu visto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A publicação foi feita durante à tarde dessa sexta-feira, 8.

“Numa era em que regulamentações governamentais ameaçam o debate global, a X aplaude as ações ousadas do governo Trump para proteger a liberdade de expressão”, afirma a publicação. “Eventos recentes no Brasil evidenciam a crise. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, liderou uma campanha de censura e de violação do devido processo legal, incluindo a proibição da X em 2024 por se recusar a cumprir ordens secretas para remover do ar políticos e jornalistas inclusive americanos que criticaram Moraes e seus aliados.”

O X afirmou que, mais recentemente, o STF declarou inconstitucional o Artigo 19 do Marco Civil da Internet, que previa proteções limitadas de responsabilidade para intermediários, e avaliou que essa decisão remove uma “salvaguarda essencial” para a liberdade de expressão online, reforçando um padrão mais amplo de preocupação.

No julgamento que ampliou a responsabilização civil das plataformas, o Supremo decidiu que as as redes devem apagar conteúdos criminosos após notificação, inclusive de perfis falsos. Além disso, estabeleceu um “dever de cuidado” para prevenir a circulação de conteúdos graves, como terrorismo, incentivo ao suicídio, crimes sexuais contra vulneráveis, racismo e violência contra a mulher, punindo empresas em caso de falha sistêmica. Também foi determinado que as big techs mantenham canais para contestar remoções, publiquem relatórios de transparência e tenham sede e representante legal no Brasil.

“O governo dos EUA está travando uma batalha global para defender a liberdade de expressão contra uma maré crescente de decisões autocráticas e regulações internacionais que favorecem o controle do pensamento em detrimento da liberdade individual”, continuou o X. “Ao confrontar abusos em lugares como Brasil, União Europeia, Reino Unido e além, preserva-se a internet aberta e inspira-se o livre debate em escala global.”

A rede social de Musk também manifestou descontentamento com medidas adotadas em outros países. Entre as críticas, alegou que, na União Europeia, a Lei de Serviços Digitais vem sendo utilizada como instrumento de censura global, conforme apontam o Departamento de Estado dos EUA e relatórios do Congresso americano. E em relação ao Reino Unido, criticou a Lei de Segurança Online, que obriga a retirada de conteúdo nocivo e a verificação de idade, alvo de críticas de defensores da liberdade de expressão e da privacidade.

Geovani Bucci/Estadão Conteúdo

Número 2 da diplomacia dos EUA diz que Moraes destruiu relação do país com Brasil

O vice-secretário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, afirmou nesta sábado (9) que o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é responsável por “destruir” a relação entre o país e o Brasil.

A declaração é dada um dia depois de o Itamaraty convocar o encarregado de negócios dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, e expressar “indignação” com declarações da representação e do governo americano.

Landau disse, em post no X (ex-Twitter), que a separação de Poderes entre ramos do governo é “garantia de liberdade” e que nenhuma pessoa “pode acumular poder demais”.

“Mas uma separação formal de poderes não significa nada se um dos ramos tiver meios de intimidar os outros a ponto de fazê-los abrir mão de suas prerrogativas constitucionais. O que está acontecendo agora no Brasil reforça esse ponto: um único Ministro do Supremo Tribunal Federal usurpou poderes ditatoriais ao ameaçar líderes dos outros poderes —ou suas famílias— com prisão, detenção ou outras penalidades”, afirma Landau.

O vice-secretario então diz que um único ministro “usurpou poderes ditatoriais ao ameaçar líderes dos outros poderes”, sem citar Moraes ou o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Essa pessoa [em referência a Moraes, sem citá-lo] destruiu a relação historicamente próxima do Brasil com os Estados Unidos ao, entre outras coisas, tentar aplicar a lei brasileira extraterritorialmente para silenciar individuos e empresas em solo americano.”

Julia Chaib/Folhapress

Foro privilegiado: STF tem 35 apurações contra parlamentares, que articulam blindagem

O Supremo Tribunal Federal (STF) mantém ao menos 35 investigações contra parlamentares, envolvendo suspeitas que vão desde desvios de emendas até porte ilegal de arma. O tema ganhou destaque após líderes do Centrão e da oposição articularem, nesta semana, uma ofensiva para ampliar a blindagem de deputados e senadores, em reação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre as propostas discutidas, estão restringir a atuação do STF nesses casos, exigir aval do Congresso para abertura de investigações e permitir prisão apenas em flagrante ou por crime inafiançável. A informação é do jornal “O Globo”.

Mais de 25 dessas apurações estão relacionadas a emendas parlamentares, muitas ainda sob sigilo, e são conduzidas por ministros como Flávio Dino, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Casos de maior destaque incluem o do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA), réu por corrupção passiva e organização criminosa, e o do deputado Elmar Nascimento (União-BA), alvo da Operação Overclean. Também figuram na lista José Guimarães (PT-CE), Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Marcos Do Val (Podemos-ES) e Júnior Mano (PSB-CE), todos negando irregularidades.

Em março, o STF decidiu manter sob sua responsabilidade casos contra parlamentares mesmo após o fim do mandato, desde que os crimes investigados tenham ocorrido durante ou por causa da função. Oposicionistas tentam aproveitar a tramitação de uma PEC sobre foro privilegiado para incluir mudanças que poderiam retirar do STF o julgamento de Bolsonaro, cujo processo está na Corte por fatos ligados ao período em que ele foi presidente.

Lula desiste de tentar apoio de evangélicos após aumento de rejeição e preocupa aliados


Aliados que conversaram nos últimos dias com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disseram que ele desistiu de vez de conquistar o apoio dos evangélicos. A postura do petista preocupa o Palácio do Planalto porque tem aumentado a rejeição ao governo nesse segmento da população, mais identificado com o bolsonarismo. E a tendência é que o voto religioso tenha peso considerável nas eleições de 2026.

Neste terceiro mandato, Lula é descrito com frequência como um líder que cansou de fazer política. Aos 79 anos, o presidente já não tem a mesma disposição que tinha quando governou o País de 2003 a 2010. A única ponte que o Executivo tem hoje com os evangélicos é o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, mas a avaliação é de que ele, sozinho, não conseguirá reverter a visão negativa sobre Lula.

A avaliação negativa dos evangélicos sobre o presidente cresceu de 50% para 55% entre junho e julho, de acordo com a mais recente pesquisa DataFolha. Esse resultado reforça a percepção de Lula de que é inviável uma aproximação entre Planalto e essas denominações religiosas.

Aliados que acompanham com lupa o governo notaram que o petista parou recentemente de fazer menções religiosas em seus discursos. Esse artifício havia se tornado comum em participações do presidente em eventos pelo País. “Lula cansou”, resumiu um interlocutor.

Lula pode até se dar ao luxo de abrir mão dos evangélicos, mas o PT continuará na cruzada para garantir aproximação com esse público. Como antecipou a Coluna do Estadão, a Fundação Perseu Abramo – centro de formação política do partido – promoveu em maio o curso “Fé e Democracia para Evangélicos e Evangélicas”.

Em abril, como mostrou a Coluna, o senador Carlos Viana(Podemos-MG) chegou a se oferecer para organizar um encontro entre Lula e congregações da Igreja Batista. O presidente, contudo, revelou o medo de ser vaiado.

Iander Porcella/Estadão Conteúdo

Batida entre ônibus e carreta deixa 11 mortos e mais de 40 feridos na BR-163 em MT

Dentre os feridos, 26 foram encaminhados a hospitais em estado moderado, 11 em estado grave e oito com ferimentos leve

Uma batida entre uma carreta e um ônibus de viagem deixou 11 mortos e 46 feridos, no km 648 da BR-163, em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, na noite dessa sexta-feira (8). As informações iniciais indicam que o ônibus tinha como destino a cidade de Sinop.

Dentre os feridos, 26 estão em estado moderado, 12 em estado grave e oito com ferimentos leves, segundo a Nova Rota do Oeste, concessionária que administra o trecho. O motorista da carreta está entre os internados em estado grave.

A perícia foi concluída durante a madrugada. Na manhã deste sábado (9), equipes da Nova Rota trabalham na remoção dos veículos e limpeza da pista. O ônibus foi reposicionado para a faixa de domínio e, no momento, a carreta está sendo removida.
Segundo a concessionária, o trabalho de retirada é considerado complexo devido à gravidade do acidente e à dimensão dos veículos envolvidos.

O trânsito na região segue parcialmente interditado, e a concessionária orienta os motoristas a redobrarem a atenção ao passar pelo trecho. A causa do acidente ainda será investigada.

 

Trump ignora fim do prazo dado a Putin para trégua e anuncia cúpula com o russo no Alasca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ignorou o fim do prazo que ele mesmo havia dado a Vladimir Putin para uma trégua na Guerra da Ucrânia, que venceu nesta sexta-feira (8). Preferiu anunciar a cúpula com o russo para a semana que vem no Alasca.

Segundo Trump escreveu na rede Truth Social, o encontro será na sexta que vem (15). Até aqui, o local esperado para o evento era o neutro Emirados Árabes Unidos. O Alasca, vendido em 1867 pela Rússia aos EUA, é uma escolha que coloca Trump em vantagem simbólica sobre Putin.

O assessor presidencial russo Iuri Uchakov confirmou o local e a data da reunião. Ele afirmou que o Alasca é uma escolha “natural” pela proximidade e que Trump já foi convidado para uma próxima reunião na Rússia.

Antes, em evento na Casa Branca, Trump havia dito que a trégua na Ucrânia “estava muito próxima” e que passaria por concessões territoriais de lado a lado.

Isso tudo é má notícia para Kiev, após o republicano cancelar a aproximação com o Kremlin e fazer um ultimato a Putin, exigindo o cessar-fogo sob pena de punições econômicas que afetariam não só a Rússia, mas parceiros comerciais de Moscou como Brasil, China e Índia.

O que Putin terá a oferecer, na sua visão, são as áreas invadidas em regiões que não anexou ilegalmente em 2022: Kharkiv, Sumi e Dinpropetrovsk. O russo ocupa ao todo cerca de 20% da Ucrânia.

Ainda não se sabem os termos exatos discutidos pelo russo e o negociador Steve Witkoff na quarta (6), mas a reportagem ouviu especulações diversas em Moscou sobre o que o Kremlin quer.

A mais frequente é a de que Putin ofereceu uma trégua na guerra aérea, cuja violência explodiu de lado a lado neste ano, levando o nível de destruição do conflito a patamares inéditos desde a invasão russa de 2022.

Questões acerca da exigência do Kremlin de neutralidade militar ucraniana e sobre concessões territoriais também surgiram. A agência Bloomberg diz que Putin ofereceu congelar parcialmente as linhas de batalha nas regiões de Kherson e Zaporíjia, que anexou mas onde o controle russo é de cerca de 70% do território.

Já o jornal Wall Street Journal disse que Putin ofereceu uma pausa nos combates em troca da entrega total de Donetsk, 1 das 4 regiões que anexou ilegalmente. A área é o foco da ação russa hoje, e Moscou domina cerca de 60% da província.

Antes da fala noturna de Trump, Putin buscou apoio no Brics. Telefonou para o líder chinês Xi Jinping e para o premiê indiano, Narendra Modi, relatando a conversa que teve com o enviado de Trump sobre a guerra e a cúpula que fará com o americano na semana que vem, provavelmente nos Emirados Árabes Unidos.

Recebeu elogios de Xi pela reaproximação com os EUA e renovação de votos de aliança estratégica de Modi. A China comprou, de dezembro de 2022 até junho deste ano, 47% do petróleo russo, e a Índia, 38%. Com isso, os países mantiveram viva a economia sob sanções da Rússia.

A única certeza é a de que a conversa resultou no anúncio do primeiro encontro entre presidentes das duas maiores potências nucleares do planeta desde 2021. Mas isso não afastou o fantasma das novas sanções, que, segundo o Departamento de Estado, ainda estavam sendo discutidas.

É neste momento a guerra comercial das tarifas de Trump se choca com os esforços do americano em tentar se promover como pacificador do conflito ucraniano, que havia prometido acabar em 24 horas no cargo.

Trump tomou a Índia como exemplo e adicionou 25 pontos percentuais aos 25% de tarifas de importação que já havia determinado contra produtos do país asiático. O motivo? A compra do petróleo russo.

Com a China o jogo é outro, dada a interdependência com a economia americana, e as negociações tarifárias seguem. Diferentemente da Índia, que apesar da parceria econômica e da compra de equipamento militar russo é crítica da invasão da Ucrânia, Pequim não condenou a guerra.

Por ora, não se sabe onde o Brasil entrará. Um dos sócios fundadores do Brics, o país está sob intenso ataque de Trump, tendo recebido 50% de sobretaxa —maior número do mundo sem “adicionais”, como no caso indiano, que já se equipara ao brasileiro.

O motivo contra o governo Lula (PT) é também político —no caso, a defesa da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar e será julgado sob acusação de envolvimento na trama golpista de 2022.

O Brasil comprou, de 2022 até aqui, 12% do óleo diesel vendido por Moscou. Se Trump for em frente com as sanções secundárias, provavelmente isso afetará quem compra derivados de petróleo também, mas é incerto se impactará países que dependem de fertilizantes russos —caso do Brasil, onde 31% do mercado vem da Rússia.

Na véspera, Putin havia conversado também com os líderes dos Emirados Árabes Unidos e da África do Sul, ambos membros do Brics.

Putin ainda procurou nesta sexta seu aliado mais próximo, na prática um vassalo político, o ditador Aleksandr Lukachenko, de Belarus. Segundo o Kremlin, ele também foi informado acerca dos termos da conversa com Witkoff, além de outros itens da pauta bilateral.

Por fim, o líder russo conversou também sobre Ucrânia com outros dois aliados ex-soviéticos de quase nenhum peso relativo no tema, Cazaquistão e Uzbequistão.

Igor Gielow/Folhapress

Regra distorce impacto da tarifa social na conta de luz, e descontos variam de 2% a 56%; veja no seu estado


Apesar de cumprir a promessa de reduzir a conta de luz dos consumidores residenciais de baixa renda, a nova tarifa e o desconto social, que entraram em vigor em 5 de julho, acentuam desequilíbrios do setor de energia. De um lado, trazem reduções desiguais para os mais pobres. De outro, elevam o peso dos subsídios para as demais tarifas, sobrecarregando o custo de uns estados em relação a outros.

Os números constam de análise sobre os efeitos da MP (medida provisória) 1.300/2025, realizada pela consultoria Volt Robotics, a que a Folha teve acesso em primeira mão.

Basicamente, a MP simplifica as faixas de consumo com direito à Tarifa Social de Energia Elétrica e introduz o Desconto Social. Estabelece isenção nos primeiros 80 kWh consumidos por famílias de baixa renda inscritas no CadÚnico (cadastro do governo para programas sociais) e dá descontos para os elegíveis que consomem até 120 kWh.

O diretor geral da Volt Robotics, Donato Filho, explica que o problema primordial foi ancorar o benefício na tarifa. “O subsídio para os mais pobres deveria se basear na renda das famílias e não na tarifa, porque, como está, a nova Tarifa Social reduz o gasto mensal dessas famílias, mas mantém as distorções regionais”, diz.

“Famílias pobres de estados menos desenvolvidos ainda pagarão uma conta de luz mais cara que a de famílias de renda semelhante em regiões mais ricas do país e, para se ter uma ideia do desequilíbrio gerado por esse modelo, em termos líquidos, 87% do custo total da nova Tarifa Social em âmbito nacional acabará sendo pago especialmente por consumidores de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.”

Segundo o levantamento, na média geral, o consumidor de baixa renda, antes da MP, pagava por mês uma conta de luz de R$ 68 e, agora, o valor cai para R$ 46. Média, no entanto, não diz muito e, vista no detalhe, a economia varia bastante.

O consumidor de baixa renda atendido pela Coelba na Bahia, por exemplo, terá o maior corte médio, de 56%. Na conta de luz, a redução percebida ficará em cerca de R$ 26 por mês. O menor efeito será de 2% para famílias de baixa renda atendidas pela CEEE-D do Rio Grande do Sul, que resultará numa queda de R$ 1,88 por mês.

Em parte, isso ocorre porque o modelo para os descontos na MP tem como ponto de partida tarifas cheias, que não são homogêneas, dado que custos e encargos do setor de energia são diferentes para cada distribuidora e região do país. Sendo assim, a percepção do desconto também fica bastante desigual.

O consumidor de baixa renda da Equatorial no Pará, por exemplo, terá um desconto de 35%, ou seja, percentualmente inferior ao dado para a distribuidora da Bahia. No entanto, como a composição de custos é muito diferente, a redução mensal para o consumidor do Pará é de R$ 33,66, superior à do baiano.

Um consumidor de baixa renda da CEA Equatorial, no Amapá, que antes da MP pagava, em média, R$ 183 por mês de conta de luz, passará a pagar R$ 154, o que corresponde a uma redução de 16% no custo de energia em relação à regra anterior. No entanto, o valor pago ainda é considerado elevado. A título de comparação, o custo com energia dos mais pobres naquele estado ainda é superior ao custo médio nacional de quem não tem direito a nenhum benefício, que é de R$ 144 por mês.

Segundo Donato, da Volt, a implementação do benefício poderia ser mais equânime caso o governo considerasse a renda e, a partir desse critério, tivesse adotado uma Tarifa Social padronizada.

Em grandes números, quase 40 milhões de famílias de baixa renda serão beneficiadas. A maior parte, cerca de 27 milhões, o que corresponde a 70 milhões de pessoas, deixará de pagar R$ 5,3 bilhões ao ano dentro da gratuidade para a faixa de consumo de até 80 kWh.

Esse grande volume de recursos que deixará de ser pagos nas contas de luz poderá migrar para as economias locais. O maior impacto ocorrerá nos estados do Nordeste, onde os consumidores economizarão quase R$ 2,4 bilhões por ano com energia elétrica, seguido pelo Sudeste, com R$ 1,6 bilhão. Na região Norte, a economia chegará a R$ 636 milhões, enquanto no Centro-Oeste serão R$ 341 milhões e no Sul, R$ 266 milhões.

Outros 11,8 milhões são elegíveis ao Desconto Social até 120 kWh e tendem a economizar R$ 1,5 bilhão. Somando as duas modalidades, a estimativa é que serão cerca de R$ 6,8 bilhões a menos de custo de energia para os mais pobres.

Quem vai pagar os benefícios para os mais pobres será o consumidor que não tem direito a nenhum desconto, dentro da chamada CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que agrega todos os subsídios do setor.

O rateio da CDE nas contas de luz do país, no entanto, tem peso diferente por região. Assim, as disparidades regionais também distorcem a cobrança de quem paga por esse subsídio. Essa repartição desigual está em processo de correção, mas o rateio neste momento ainda faz com que ricos e gente de classe média que morem no Norte e no Nordeste ainda paguem menos que seus pares de outras áreas.

Fazendo o cruzamento de cifras, outra vez, a Bahia sai como o estado mais beneficiado, com o maior superávit líquido, recebendo R$ 427 milhões adicionais. São Paulo vai sofrer o maior déficit, com R$ 988 milhões, bancando 31% dos descontos do país, apesar de receber 12,1%.

“O subsídio para os consumidores de baixa renda deveria ser custeado pelo Tesouro Nacional e não pela conta de luz”, afirma Donato.

Como a nova tarifa entrou em vigor no início de julho, a Volt calculou que o adicional do custo dos subsídios para baixa renda seria proporcionalmente de R$ 3,4 bilhões, elevando esse item para R$ 10,1 bilhões em 2025. O valor representa um aumento de 29,5% em relação aos R$ 7,8 bilhões previstos em nota técnica da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Com as novas condições, o custo anual do subsídio para a baixa renda passará a ser de R$ 13,5 bilhões por ano.

Assim, o orçamento total da CDE neste ano para bancar subsídios tende a subir para R$ 51,4 bilhões, um aumento de 38,5% em relação ao orçamento de 2024. O valor também fica acima da projeção feita pela Aneel para essa conta, de R$ 49 bilhões, que já era um recorde. Importante detalhar que a alta é acompanhada por uma redução na base de rateio da CDE, uma vez que haverá a exclusão dos consumidores beneficiados com o desconto social.

É um valor duplamente preocupante, não apenas por ser, em si mesmo, muito elevado, mas porque o montante final da CDE em 2025 tende a balizar o dos próximos anos.

Outra mudança proposta pelo governo, prevista na MP 1304/2025, vai finalmente impor um teto para essa despesa a partir do ano que vem. A medida foi considerada positiva pelos especialistas, porque finalmente rompe com o modelo de expansão ilimitada de benefícios. No entanto, o valor deste ano vai servir de parâmetro para a fixação do limite e, tudo indica, que a CDE pode seguir sendo inflada ao longo de 2025.

COMO FUNCIONA A NOVA TARIFA SOCIAL
Famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa e que consomem até 80 kWh/mês terão a conta de luz zerada. O benefício é concedido automaticamente. Caso o consumo exceda os 80 kWh, será pago apenas o proporcional

COMO FUNCIONA O DESCONTO SOCIAL
Concede a isenção do pagamento da CDE a famílias inscritas no CadÚnico que tenham renda mensal entre meio e um salário mínimo por pessoa, com consumo mensal de até 120 kWh

Alexa Salomão/Folhapress

Donald Trump autoriza Forças Armadas a agir contra os cartéis de drogas na América Latina

Foto: Reprodução/Instagram

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou de forma sigilosa uma diretriz que autoriza o Pentágono a empregar militares em ações contra determinados cartéis de drogas da América Latina classificados por sua administração de organizações terroristas, segundo autoridades próximas à discussão ouvidas pelo jornal The New York Times.

A medida é uma das mais agressivas escaladas do governo republicano na guerra às drogas, uma vez que amplia o papel das Forças Armadas em funções tradicionalmente atribuídas a agentes de aplicação da lei —forças policiais, no geral. Entre os objetivos, está conter o fluxo de fentanil —responsável por uma crise de opioides no país— e outras drogas ilegais.

Ainda não está claro como e quando essa autorização pode ser aplicada, mas a nova diretriz de Trump parece visar, segundo o jornal americano, uma abordagem opressiva de capturar ou matar pessoas diretamente envolvidas no tráfico. Especialistas ouvidos pelo jornal afirmam que a medida ainda deve gerar questionamentos jurídicos, especialmente se envolver expressamente o uso letal da força fora de conflitos armados autorizados pelo Congresso —como seria o caso em territórios dominados pelos carteis.

Segundo as autoridades, líderes militares americanos já avaliam cenários para eventuais ações, embora não haja confirmação de planos concretos ou datas. A diretriz é parte de um conjunto de iniciativas adotadas por Trump desde o início de seu segundo mandato, quando determinou que o Departamento de Estado classificasse formalmente alguns dos cartéis latino-americanos como organizações terroristas estrangeiras —entre eles o Tren de Aragua e o MS-13. Há também um movimento para que facções brasileiras, como o PCC e o CV, recebam essa classificação.

Mais recentemente, há duas semanas, o governo Trump incluiu o Cartel de los Soles na mesma lista, e afirmou que ele é comandado pelo ditador venezuelano Nicolás Maduro e outros altos funcionários de seu gabinete —declaração posteriormente rechaçada pela presidente do México, Claudia Sheinbaum. Na esteira dessa classificação, nesta quinta, a gestão americana anunciou que dobrou de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões (R$ 273,1 milhões) a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro.

Nesta sexta, Sheinbaum disse que militares americanos não entrarão em território mexicano e que “não há risco” de intervenção dos EUA no México.

Historicamente, o uso das Forças Armadas americanas em ações antidrogas na América Latina, comum especialmente na Colômbia e na América Central, se dava sob a justificativa de apoio a autoridades policiais, como em treinamentos conjuntos e fornecimento de equipamentos. A nova medida, no entanto, abre espaço para um papel mais ativo, com possibilidade de captura ou neutralização direta de alvos, o que especialistas em direito internacional alertam poder configurar violação de normas globais —especialmente se ocorrer de maneira unilateral, sem consentimento dos países envolvidos.

O precedente mais próximo data de 1989, quando o então presidente George H. W. Bush enviou tropas ao Panamá para prender Manuel Noriega, ação posteriormente condenada pela ONU como violação flagrante do direito internacional. Mais recentemente, nos anos 1990 e 2000, militares americanos atuaram no combate ao narcotráfico na Colômbia e no Peru principalmente com o compartilhamento de informações. As medidas foram suspensas e reformuladas à época, porém, para evitar a participação direta em confrontos.

No âmbito doméstico, para além da proibição de que militares exerçam funções policiais —com raras exceções—, há restrições legais previstas nas quais esbarra a ação de Trump. O Congresso já autorizou anteriormente o uso da força contra a Al-Qaeda após os atentados de 11 de setembro de 2001, mas isso não se estende a todos os grupos que o Executivo classifica de terroristas.

Uma possível ação justificada por este viés implicaria recorrer ao argumento de que o presidente tem autoridade constitucional para agir em autodefesa nacional —neste caso, possivelmente afirmando haver relação com a crise do uso de fentanil. Ainda é incerto, porém, quais regras deverão reger as ações militares contra cartéis.

A decisão de Trump também ocorre em meio a mudanças no aparato jurídico do Pentágono. Em fevereiro, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, demitiu os principais advogados militares de cada força, responsáveis por avaliar a legalidade de operações, e, em paralelo, o governo tem reduzido o peso do Escritório de Assessoria Jurídica, órgão que tradicionalmente atua como freio a iniciativas potencialmente controversas.

No contexto político em que Trump monta sua Presidência, essa iniciativa reforça a narrativa de que o republicano identifica nos cartéis um inimigo central de seu governo, tanto no discurso interno, voltado para a crise de opioides e imigração, quanto na política externa, em especial contra regimes hostis a Washington.

Gabriel Barnabé/Folhapress

Governadores de direita farão encontros para unificar grupo com críticas a STF e governo

Foto: Reprodução/Instagram
Governadores da direita planejam encontros para unificar o grupo, com críticas à atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) e do governo, e vão se reunir na próxima terça-feira (12) com presidentes de partido.

Segundo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o passo seguinte será procurar os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e se colocar à disposição do governo federal para o que chamou de diálogo.

Ibaneis foi o anfitrião da primeira reunião, ocorrida na quinta-feira (7), que teve a presença de outros oito governadores: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; Ratinho Jr (PSD), do Paraná; Jorginho Mello (PL), Santa Catarina; Claudio Castro (PL), do Rio de Janeiro; Mauro Mendes (União Brasil), do Mato Grosso; e Wilson Lima (União), do Amazonas.

Os quatro primeiros são pré-candidatos ou cotados ao Palácio do Planalto no próximo ano.

Segundo relatos, a eleição de 2026 não entrou em pauta, mas a ideia deles é unificar o grupo político. O governador Mauro Mendes contou ter dito aos participantes que o próximo presidente do Brasil estava na reunião. E que, se não estiver, e a esquerda continuar no poder, os responsáveis também estavam ali.

“Impossível união no primeiro turno. Convergência só no segundo turno”, disse à reportagem Caiado, questionado se o movimento já seria uma tentativa de aproximação eleitoral.

Ao final do encontro, apenas três falaram com a imprensa: Tarcísio, Caiado e Mendes. Os demais disseram ter compromissos.

O governador de São Paulo falou em “harmonia institucional” para criticar o STF. Ele defendeu que “os Poderes têm papéis na mitigação da crise” e “têm que contribuir para desescalar a crise”, numa alusão à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Antes de participar da reunião na casa de Ibaneis, Tarcísio fez uma visita a Bolsonaro, com quem ficou por cerca de duas horas. A jornalistas disse apenas que ele está “sereno”.

O objetivo principal do encontro era tratar do que eles chamam de crise institucional, numa crítica à atuação do Supremo, e do tarifaço dos Estados Unidos a produtos brasileiros, em que dizem ver falta de ação do governo brasileiro.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos trabalhando junto às autoridades do governo Trump pelas sanções, não entrou em discussão na conversa dos governadores, ainda que os gestores estaduais tenham críticas à sua atuação.

Os únicos dois governadores de direita que foram aos atos bolsonaristas do último domingo, pós-tarifaço e aplicação de sanção financeira a Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foram Jorginho de Mello e Claudio Castro.

“Não precisa ser especialista para entender cenário de que a maioria dos brasileiros de bom senso não concorda com alguém do nosso país indo lá fora articular contra nosso país. Isso prejudica, sim, um campo no qual ele [Eduardo] diz estar inserido”, disse Mendes.

Mas, em seguida, ele diz que a principal crítica, e o objetivo do encontro, é ao governo federal. “Presidente Lula não pode abrir mão de insistir numa negociação com os EUA para minimizar o efeito do tarifaço. Tudo que foi feito até agora foi articulação por meio dos americanos ou pelo mundo empresarial”, disse Mendes.

“De outro lado, há grandes confusões do Supremo, da Câmara e do Senado. Espera-se que esse estado de poder seja respeitado, para que o Congresso possa cumprir seu papel, deliberar todas as pautas”, completou.

Já Ibaneis disse que há ausência de independência do Parlamento para votar as pautas que quer. “Hoje há uma ditadura velada do Executivo com o Judiciário. Não é nem uma crítica ao STF, é a maneira como tá funcionando”, disse.

Os governadores têm um discurso de que o Congresso não está votando as pautas que precisa porque o Supremo impede. Quando questionados que projetos seriam esses, citam o projeto de lei que concede anistia aos condenados nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 como exemplo.

A proposta está na Câmara e é a principal demanda da oposição, que, amotinada, impediu os trabalhos da Casa nesta semana. O presidente Hugo Motta sinalizou que não pautaria a proposta, mas o PL de Jair Bolsonaro insiste. O ex-presidente, que está em prisão domiciliar desde a última segunda-feira, poderia se beneficiar da proposta, mas há resistência entre as lideranças da Câmara.

O resultado do motim bolsonarista foi ter impulsionado a discussão de propostas para blindar políticos contra investigações e denúncias criminais —projetos abraçados pelo centrão, que tem integrantes alvo de inquéritos na corte, sobretudo a respeito do uso de emendas parlamentares.

Marianna Holanda/Folhapress

Bruno Reis elogia possibilidade de Zé Cocá ser vice de Neto em 2026: ‘Excelente nome’


O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), indicou nesta quinta-feira (8) que o nome do prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), é uma das possibilidades mais fortes para compor a chapa majoritária da oposição ao governo da Bahia em 2026, possivelmente como vice do ex-prefeito da capital baiana, ACM Neto. Apesar da sinalização, Bruno ressaltou que qualquer decisão sobre a formação da chapa depende primeiro da definição do cenário nacional. A declaração do prefeito foi dada nesta sexta-feira (8), durante a sessão especial de homenagem ao ministro do STJ, Paulo Dias de Moura Ribeiro, e a entrega da Comenda 2 de julho ao juiz aposentado Manoel Ricardo Dávila, que ocorreu na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA),

“A gente ainda não está focado nisso. Eu acho que essa decisão vai ocorrer principalmente depois da definição do jogo nacional, de quem será o candidato das oposições no âmbito nacional, para em seguida a gente fechar quem serão os nomes que irão compor a nossa chapa majoritária aqui”, afirmou o prefeito.

Bruno elogiou o desempenho de Zé Cocá à frente da Prefeitura de Jequié, e destacou o capital político do aliado, que também chegou a presidir a União dos Municípios da Bahia (UPB). “Não tenho dúvidas que o nome de Zé Cocá é um excelente nome. Prefeito de uma grande cidade, de uma região estratégica importante da Bahia, que teve um excelente desempenho como prefeito. A maior votação proporcional entre as médias cidades do estado”, destacou.

Segundo Bruno Reis, além da experiência administrativa, Zé Cocá reúne atributos políticos relevantes para compor a chapa. “Já foi deputado, conhece a realidade da Bahia, foi presidente da UPB, é um quadro público qualificado. Sem sombra de dúvidas, é um dos nomes que está aí nas nossas conversas, como um dos prioritários”, afirmou.

Apesar da avaliação positiva, o prefeito reconheceu que a decisão caberá também ao próprio Zé Cocá. “A gente sabe que não é uma decisão fácil deixar o cargo de prefeito, ainda mais faltando mais da metade do mandato. Mas, sendo esse o desejo dele, nós temos sim toda a vontade e desejo que ele possa estar ao nosso lado nesse desafio”, declarou.

Bruno Reis também reforçou que as articulações da oposição devem ganhar força após a definição do nome que disputará a Presidência da República em 2026 com apoio do campo oposicionista. “A partir da definição do cenário nacional de quem será o candidato a presidente que nós iremos apoiar, aí sim passamos a definir as demais posições da chapa majoritária para apresentar um projeto alternativo que mude a Bahia de verdade”, concluiu.

Política Livre

Forças Estadual e Federal localizam 200 mil pés de maconha

Com ações de inteligência e uso de tecnologia, o plantio ilegal foi encontrado na zona rural da cidade de Curaçá.

O segundo dia da Operação Nordeste Integrado, promovido pela Bahia e mais oito estados nordestinos, começou com a descoberta nesta sexta (8), de uma roça com cerca de 200 mil pés de maconha.

Equipes das Polícias Militar e Federal, com ações de inteligência e uso de tecnologia, encontraram o plantio ilegal na zona rural da cidade de Curaçá.

No local os policiais desenvolvem ações para identificar e prender os criminosos responsáveis pelo terreno e pelos entorpecentes.

“Em 24h da Operação Nordeste Integrado, capturamos nove criminosos que possuíam mandados de prisão, realizamos uma prisão em flagrante, localizamos armas de fogo e munições, além da apreensão de um adolescente e destruição da roça de maconha”, contou o subsecretário da Segurança Pública, Marcel de Oliveira, que está em Juazeiro acompanhando as ações.

Destacou ainda que os resultados são importantes, mas a integração é o principal ganho da operação. “De forma inédita os estados nordestinos mostram a importância da união de esforços. Seguiremos integrados combatendo o crime organizado”, completou Marcel.
Fonte
Alberto Maraux/SSP

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