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Polícia Federal prorroga até sexta inscrições para concurso público

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo
A Polícia Federal prorrogou até as 18h desta sexta-feira (23), no horário de Brasília, o prazo de inscrições para o concurso público em cargos administrativos de níveis médio e superior.

Os interessados devem se inscrever online no site da banca examinadora do certame, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).

O prazo para envio da documentação exigida para os casos de solicitação de atendimento especializado também foi estendido até o mesmo horário.

As taxas de inscrição custam R$ 110 para o nível superior; e R$ 90, para o nível médio. A data limite para o pagamento da taxa de inscrição permanece inalterada: 23 de maio.

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Vagas
O processo seletivo servirá para preenchimento imediato de 192 vagas e para formação de cadastro de reserva. A remuneração vai até R$ 11.070,93.

Os cargos de nível médio e superior autorizados em portaria do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) são:

Agente administrativo: 100 vagas de nível médio;
Assistente social: 13 vagas de nível superior;
Contador: 9 vagas de nível superior;
Enfermeiro: 3 vagas de nível superior;
Médico: 35 vagas de nível superior;
Psicólogo: 6 vagas de nível superior;
Farmacêutico: 2 vagas de nível superior;
Nutricionista: 1 vagas de nível superior;
Estatístico: 4 vagas de nível superior;
Administrador: 6 vagas de nível superior;
Técnico em comunicação social: 3 vagas de nível superior;
Técnico em assuntos educacionais: 10 vagas de nível superior.
A aplicação das provas está agendada para 29 de junho. O resultado final será conhecido em 5 de novembro deste ano.

Os detalhes completos sobre os cargos, requisitos e etapas do processo seletivo estão disponíveis no edital nº 1 do processo seletivo.

Agência Brasil

PL apresenta novo projeto de anistia a condenados pelo 8/1 com texto mais brando

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil/Arquivo

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentou nesta quinta-feira, 22, um novo projeto de lei da anistia aos presos do 8 de Janeiro, com um teor mais suavizado. O texto anterior, de relatoria de Rodrigo Valadares (União-SE), era considerado “amplo demais” e com brechas que poderiam beneficiar Bolsonaro.


O novo texto, apresentado ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), perdoa todos os crimes contra o Estado Democrático de Direito de quem tenha participado diretamente nas manifestações daquele dia, mas não exclui a apuração e responsabilização civil pelos danos causados ao patrimônio público.

A negociação por uma nova redação à anistia se alonga desde o mês de abril, quando a oposição tinha intensificado a pressão a Motta para que ele pautasse a proposta.

Em abril, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), já admitia que o texto poderia passar por mudanças e especulou até uma greve de fome de deputados e senadores para que a proposta fosse votada em plenário.

A base já deu sinais no fim desse mesmo mês que poderia aceitar a tramitação de um texto mais brando. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que a Câmara pode analisar “injustiças na dosimetria”, mas sem perdoar os mentores do plano.

“Há um sentimento de que não vamos misturar as estações. Eventuais injustiças na dosimetria das penas precisam ser consideradas por nós, não é possível anistiar generais, quem planejou, quem organizou, quem manipulou com a tentativa de golpe. Não tem anistia para quem comete crime contra a democracia”, disse.

Na justificativa, o PL disse que “não coaduna com revanchismo”. “Somos favoráveis – partidos políticos e parlamentares de direita – ao rigor da norma penal e do sistema penitenciário”, argumentou. “Porém, não coadunamos com revanchismo e tampouco com injustiças.”

Além disso, a redação do projeto diz que “a concessão da anistia é competência atribuída pela Constituição da República ao Poder Legislativo” e que a discussão e aprovação “deve se ater somente ao âmbito do Congresso Nacional, sem qualquer interferência de outro Poder da República”.

O projeto antigo foi retirado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em outubro do ano passado pelo então presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL). A medida atrasou sua tramitação, que ficou empacada desde então. Sem isso, o texto poderia ter sido votado pela comissão ainda naquele mês.

Entenda o que diz o novo texto da anistia aos presos do 8 de Janeiro e como era o texto antigo:

Nova redação do projeto de lei da anistia

Texto anistia todos os crimes contra o Estado Democrático de Direito cometidos por “pessoas físicas que tenham participado diretamente de manifestações ocorridas no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília”, e permite a apuração e responsabilização civil e penal de quem causou danos efetivos ao patrimônio público durante os atos golpistas.

Antiga redação do projeto de lei da anistia

O antigo texto da anistia permitia o benefício retroativo e posterior, já que favoreceria aqueles que “participaram de eventos subsequentes ou eventos anteriores aos fatos acontecidos em 08 de janeiro de 2023, desde que mantenham correlação com os eventos acima citados”. Essa seria a brecha que poderia ajudar Bolsonaro.

A redação também tiraria casos das mãos do Supremo Tribunal Federal (STF), “uma vez cessado o exercício da função, o julgamento de todos os processos atraídos por conexão ou continência será imediatamente deslocado para as instâncias adequadas”, dizia a proposta.

Levy Teles, Estadão Conteúdo

Comissão de Segurança Pública do Senado quer que Barroso explique fala sobre apoio dos EUA


A Comissão de Segurança Pública do Senado solicitou nesta terça-feira, 20, que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, esclareça a afirmação de que ele teria pedido declarações dos Estados Unidos em apoio à democracia brasileira.

No dia 13 de maio, Barroso disse, durante evento em Nova York, ter solicitado ao governo dos Estados Unidos manifestações de apoio à democracia brasileira enquanto era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro esteve à frente da Justiça Eleitoral entre maio de 2020 e fevereiro de 2022.

“Eu mesmo, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, estive com o encarregado de negócios americanos, tive muitas vezes, mas em três vezes, eu pedi declarações dos Estados Unidos de apoio à democracia brasileira, uma delas no próprio Departamento de Estado, e acho que isso teve algum papel, porque os militares brasileiros não gostam de se indispor com os Estados Unidos, porque é aqui que obtêm os seus custos e os seus equipamentos”, afirmou.

O requerimento de esclarecimentos foi apresentado à Comissão de Segurança Pública pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE). Para Girão, a declaração é uma “confissão” que representa “possível afronta aos princípios da separação dos Poderes, da independência nacional e da soberania popular”.

“Torna-se inevitável questionar se essa intervenção limitou-se à obtenção de meras declarações diplomáticas, ou se estendeu à destinação de recursos a organizações e instituições brasileiras”, disse Girão.

O senador Hamilton Mourão (PL-RS), disse que a declaração foi “lamentável”. “É algo totalmente desproposital e fica sempre esse problema de correr lá para os Estados Unidos. Para pedir o quê? Nós é que temos que resolver os nossos problemas”, afirmou o senador.

Durante o governo Bolsonaro, em que Mourão foi vice-presidente, a chapa tinha em sua agenda a busca por apoio dos Estados Unidos em diversas frentes, incluindo declarações públicas de alinhamento político e ideológico, além de tentativas de estreitar laços estratégicos com o governo de Donald Trump.

O pedido para que Barroso prestasse esclarecimentos foi incluído ao requerimento de Girão, aprovado pelo colegiado no início de abril, que trata da investigação sobre a atuação da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) no Brasil.

Ele já tinha sugerido convidar o ex-funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Michael Benz, para detalhar a destinação de aproximadamente US$ 44,8 milhões a ONGs brasileiras entre 2023 e 2024.

A data da audiência ainda não foi definida pela presidência da comissão.

Maria Magnabosco, Estadão Conteúdo

Conselheiros recomendam aprovação de contas de cinco prefeituras

Na sessão desta quinta-feira (22/05), os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios recomendaram às câmaras de vereadores, a aprovação das contas de mais cinco contas de prefeituras baianas. Todas são referentes ao exercício de 2023.

Foram aprovadas – ainda que com ressalvas – as contas da Prefeitura de Aporá, na gestão de Carine Dantas de Menezes Negreiros; de Cruz das Almas (Ednaldo José Ribeiro); de Guajeru (Jilvan Teixeira Ribeiro); de Ibiquera (Ivan Cláudio de Almeida); e de Mirangaba (Dirceu Mendes Ribeiro).

Após a aprovação dos votos, os relatores apresentaram as Deliberações de Imputação de Débito (DID) com multas de R$ 1 mil (Aporá, Guajeru e Ibiquera), R$2 mil (Mirangaba) e R$3 mil (Cruz das Almas).

Cabe recurso das decisões.

PF prende três pessoas com 250kg de drogas nas margens do Rio Paraná

Foz do Iguaçu/PR. Nesta quarta-feira (21/5), a Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Militar do Paraná, prendeu três pessoas envolvidas no transporte de fardos de maconha às margens do Rio Paraná.

Os policiais identificaram uma embarcação realizando a travessia do Paraguai para o Brasil, atracando em um porto clandestino nas proximidades da Avenida Beira Rio. Ao chegarem ao local, encontraram diversos fardos abandonados na mata e observaram a movimentação de pessoas em fuga.

A equipe policial conseguiu deter três indivíduos diretamente envolvidos no transporte dos entorpecentes trazidos pelo barco.

Os presos e os fardos de maconha, totalizando 250 kg, foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu para a lavratura do auto de prisão em flagrante.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR - CS/PF/Foz

PF e PM apreendem 769 kg de entorpecentes abandonados na mata ciliar do rio Paraná

Fardos da droga foram abandonados quando os carregadores perceberam a aproximação da equipe policial
Foz do Iguaçu/PR. Policiais federais e policiais militares apreenderam, na madrugada desta quinta-feira (22/05), cerca de 769 kg de maconha em uma trilha que acessa a margem do rio Paraná, durante patrulhamento nas áreas de portos clandestinos.

A equipe policial se deslocava na mata ciliar, próximo ao leito do rio, quando perceberam movimentação de um grupo de indivíduos. Ao tentar se aproximar, os carregadores empreenderam fuga, abandonando diversos fardos de maconha, com peso aproximado de 769 kg de entorpecentes.

Toda a carga da droga foi recolhida e encaminhada para a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu para a lavratura do flagrante.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR - CS/PF/Foz

Lideranças do crime organizado são localizados pela FICCO Bahia, PM e PC

Criminosos possuíam mandados de prisão e participação em homicídios, lavagem de dinheiro, roubos, entre outros delitos.
Três líderes de facção, com atuação na cidade de Ibirapitanga, foram alcançados nesta quarta-feira (21), em uma operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) Bahia, com as Polícias Civil e Militar.

Os traficantes de drogas, envolvidos também com homicídios, lavagem de dinheiro, roubos, entre outros delitos, possuíam mandados de prisão e atiraram nas equipes policiais durante o cerco, na cidade de Ibirapitanga.

Houve confronto e o trio acabou ferido. Os integrantes de facção chegaram a ser socorridos, mas não resistiram. Com eles foram apreendidos três revólveres calibre 38, duas espingardas, munições, colete balístico, rádios comunicadores, celular, além de porções de drogas e uma balança de precisão.

Os criminosos costumavam também utilizar as redes sociais para fazer apologia à facção e exibir armas de fogo.

Eduardo Bolsonaro festeja fala de secretário de Estado dos EUA sobre possível sanção a Moraes

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou nesta quarta-feira, 21, uma declaração do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre possíveis sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo governo de Donald Trump.

Rubio fez a afirmação em resposta a uma pergunta do congressista republicano Cory Lee Mills na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes americana. Segundo o secretário, a questão está “sob análise” e há uma “grande probabilidade” de que as medidas sejam aplicadas.

“Agora nos EUA: Secretário Marco Rubio diz que está neste momento analisando sanções contra Moraes sob a ótica a Lei Magnitsky (violações de direitos humanos)”, afirmou Eduardo no X (antigo Twitter). “Pergunta foi feita pelo deputado Cory Lee Mills, que na semana passada se reuniu com os deputados Eduardo Bolsonaro e Filipe Barros. Venceremos!”, completou.

O filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda elogiou Mills, afirmando que ele é um homem de palavra que “disse e fez”

Autoexilado nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro condicionou sua volta ao Brasil a quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), for “sancionado”.

No início do mês de maio, Eduardo havia publicado em suas redes sociais que o chefe interino da Coordenação de Sanções do governo dos Estados Unidos, David Gamble, ia se encontrar com Jair Bolsonaro e com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no Brasil. O deputado licenciado tratava a viagem como um passo rumo a uma eventual sanção contra Moraes por parte da Casa Branca. A reunião não foi realizada.

Em vez disso, Flávio Bolsonaro recebeu em seu gabinete no Senado o consultor sênior do Departamento de Assuntos Ocidentais do Departamento de Estado americano, Ricardo Pita, para tratar de crime organizado.

O que diz a lei Magnitsky, citada por Rubio

A lei Magnitsky prevê sanções como o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país. Aprovada durante o governo de Barack Obama, em 2012, a legislação foi criada após a morte de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção envolvendo autoridades de seu país e morreu em uma prisão de Moscou, em 2009. Inicialmente, a lei tinha como foco punir os responsáveis por sua morte.

Para que sanções sejam aplicadas contra indivíduos estrangeiros, o presidente dos Estados Unidos deve apresentar provas confiáveis de infrações, incluindo execuções extrajudiciais, tortura e outras violações graves dos direitos humanos. Essas medidas podem ser impostas a agentes que reprimem denúncias de corrupção, cerceiam liberdades fundamentais ou atuam contra eleições democráticas.

Quem entra na lista pode enfrentar bloqueio de bens e contas bancárias no país, além de ter o visto cancelado e ser proibido de entrar nos EUA. Essas medidas são usadas contra pessoas, empresas ou organizações envolvidas em crimes financeiros ou violações de direitos humanos.

Lucas Keske / Estadão Conteúdo

Governo Lula tem 54% de reprovação e 40% de aprovação, aponta pesquisa Ipespe

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é reprovada por 54% dos brasileiros, enquanto 40% aprovam a gestão do petista, segundo levantamento da pesquisa Pulso Brasil, realizada pelo instituto Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) e divulgado nesta quarta-feira, 21. Outros 6% não souberam ou não responderam ao levantamento.

A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 19 de maio de 2025. O levantamento ouviu 2.500 pessoas em todo o País e tem margem de erro de dois pontos porcentuais. O nível de confiança é de 95,45%.

Os resultados permanecem os mesmos de março, mês do levantamento anterior do instituto, quando a reprovação era de 54%, a aprovação de 41% e os que não souberam responder representaram 5%.

O levantamento também mostrou que a Região Sul concentra a maior taxa de reprovação ao presidente Lula, com 59% dos entrevistados insatisfeitos com o governo. Já o Nordeste é a região com maior aprovação, onde 49% dos entrevistados avaliam positivamente a atual gestão.

O Ipespe também questionou os entrevistados sobre a política econômica do atual governo. A pesquisa mostrou que 57% dos brasileiros acreditam que a economia está no caminho certo, enquanto 38% dizem que ela segue na direção errada.

A pesquisa ainda mostrou que as notícias políticas mais consumidas pelos brasileiros nas últimas semanas eram sobre a fraude nos benefícios dos aposentados do INSS, viagens de Lula e acordos comerciais com a China e a fala da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, sobre o TikTok.

Maria Magnabosco / Folhapress

A fumaça incolor que sai da chaminé do Palácio de Ondina, por Raul Monteiro*


O ditado segundo o qual onde há fumaça há fogo tem se aplicado como uma luva às especulações sobre a montagem da chapa governista para as eleições de 2026 na Bahia. Se não houvesse alguma desconfiança em relação às reais chances de reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT), devido ao crescimento da desaprovação ao seu governo ou mesmo à alegada dificuldade do petista de coordená-lo, certamente não prosperariam os rumores de que ele pode ser substituído, a qualquer tempo, pelo ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, na corrida sucessória do próximo ano.

Basta ver que, no alongado período em que o PT comanda o Estado, de quase 20 anos, é a primeira vez que se manifesta o fenômeno, do qual passaram ao largo tanto o hoje senador Jaques Wagner quanto Rui, quando – o segundo sucedendo o primeiro -, governaram a Bahia. Mesmo sob os solavancos do mandato inicial, onde a falta de experiência lhe cobrou um preço alto e forças aliadas, notadamente o MDB, tentaram miná-lo por dentro aproveitando-se de suas fragilidades, Wagner jamais viu o direito natural de disputar a reeleição alvo de especulações em seu próprio partido, como ocorre agora com Jerônimo.

Sobre o hoje ministro, então, que viraria uma referência gerencial para o PT na Bahia e nacionalmente, não há registros de que tenha corrido o mesmo risco nem visto algum outro quadro, como Wagner, por exemplo, sendo lembrado para retornar e cortar-lhe o direito à sucessão. A explicação para isso não é apenas a de que ambos chegaram bem às portas dos pleitos em que se reelegeram, mas principalmente porque enfrentaram as disputas amparados pela imagem de que davam as cartas em suas respectivas administrações, condição para a qual contribuiu essencialmente o fato de terem escolhido Casas Civis fortes.

Liderança essencialmente política, com a qual neste aspecto Jerônimo se assemelha muito, Wagner deu atenção especial à posição, para a qual, no momento certo, nomeou Rui. Afeito às tarefas da área, o auxiliar se tornaria o principal representante da pasta em seu próprio governo, para a qual levou a experiência pessoal bem sucedida na gestão de Wagner. Antes de o hoje ministro ter gerenciado o governo do primeiro governador petista da Bahia, Eva Chiavon desincumbiu-se bem no mesmo papel. Nem ela e muito menos Rui podem ser comparados ao arremedo de Casa Civil com que Jerônimo conta hoje no governo.

Por causa da acefalia da pasta, problemas se acumulam na Chefia de Gabinete, onde não se fala português e muito menos ‘baiano’, na Cerb, na Seinfra e em várias outras partes do governo sem perspectiva de solução à vista, embalando o sonho dos ruisistas de verem o chefe retornando ao comando do governo em eleições justas e livres, hipótese a respeito da qual, apesar da idêntica preocupação com os rumos da administração estadual e do risco de um fracasso eleitoral do grupo, os wagneristas não aceitam conversar nem em mesa de bar. Como se não bastasse, Jerônimo ainda tem que administrar as disputas entre os dois Senhores.

* Texto do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.

Raul Monteiro*

Israel: Netanyahu diz estar “chocado” com morte de funcionários de embaixada em Washington

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou estar “chocado” com o “horrível e antissemita” assassinato a tiros de dois funcionários da Embaixada do país em Washington.

“Estamos testemunhando o terrível preço do antissemitismo e da selvagem incitação contra Israel”, disse o premiê, em nota. Netanyahu afirmou ainda ter orientado as missões israelenses no exterior a reforçar o aparato de segurança.

As duas vítimas, uma mulher e um homem, foram atacadas a tiros quando saíam de um evento em um museu judaico na capital americana. O suspeito de cometer o crime gritou “Palestina livre” após ter sido preso, segundo a polícia.

O atirador foi identificado como Elias Rodriguez, de 30 anos, morador de Chicago.

O embaixador israelense nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, disse que os dois funcionários mortos formavam um jovem casal e estavam prestes a ficar noivos.

Estadão Conteúdo

Ataque no Museu Judaico deixa dois funcionários da embaixada de Israel mortos em Washington

Dois assessores da Embaixada de Israel foram baleados e mortos do lado de fora de um evento no Museu Judaico, em Washington, na noite desta quarta-feira, 21, enquanto um evento organizado pelo Comitê Judaico Americano acontecia no local, informaram autoridades do governo americano.

“Dois funcionários da Embaixada de Israel foram assassinados esta noite perto do Museu Judaico em Washington, D.C.”, escreveu Kristi Noem, secretária de Segurança Interna, nas redes sociais. “Estamos investigando ativamente e trabalhando para obter mais informações para compartilhar. Por favor, rezem pelas famílias das vítimas.”

As duas vítimas, identificadas pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, como Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, estavam saindo do evento quando um homem, identificado como Elias Rodriguez, 30, de Chicago, abordou um grupo de quatro pessoas e abriu fogo, segundo a chefe de polícia metropolitana, Pamela Smith, em entrevista coletiva.

Lischinsky era assistente de pesquisa e Milgrim organizava visitas e missões a Israel.

Antes do tiroteio, o suspeito foi visto andando de um lado para o outro do lado de fora do museu, ele entrou no local depois do ataque e foi detido pela segurança. Quando foi preso, o homem começou a gritar: “Palestina livre”, disse a chefe de polícia.

Dan Bongino, vice-diretor do FBI, informou que os primeiros indicadores são de que o ataque foi um ato de violência direcionada.

O presidente dos EUA, Donald Trump, condenou o ataque em publicação no Truth Social. “Estes horríveis assassinatos em Washington DC, obviamente baseados no antissemitismo, devem acabar AGORA!”, disse. “O ódio e o radicalismo não têm lugar na América”.

O presidente israelense Isaac Herzog também se manifestou e disse estar “devastado” com as cenas. “Este é um ato desprezível de ódio, de antissemitismo, que ceifou a vida de dois jovens funcionários da embaixada israelense. “Estamos com a comunidade judaica em Washington, D.C. e em todos os EUA. Os Estados Unidos e Israel permanecerão unidos em defesa do nosso povo e dos nossos valores compartilhados. O terror e o ódio não nos destruirão”, disse.

As vítimas eram um casal jovem que planejava se casar em breve, segundo o embaixador israelense nos Estados Unidos, Yechiel Leiter.

“O jovem havia comprado um anel esta semana para pedir sua namorada em casamento na próxima semana em Jerusalém”, disse.

O gabinete do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu disse que ele ficou “chocado” com o tiroteio “horrível e antissemita”. “Estamos testemunhando o preço terrível do antissemitismo e da incitação selvagem contra Israel”, disse o comunicado.

O documento afirma que o primeiro-ministro falou com a procuradora-geral Pam Bondi, que lhe disse que Trump estava “envolvido na gestão do incidente” e que os EUA levariam o autor à justiça.

O ataque levou as missões israelenses a reforçarem sua segurança O tiroteio ocorre no momento em que Israel lança outra grande ofensiva na Faixa de Gaza, em uma guerra com o Hamas que acirrou as tensões no Oriente Médio e internacionalmente.

Estadão Conteúdo

Veja quais são as atrações que vão animar o São Pedro de Ipiaú


Na noite desta quarta-feira (21) a prefeita de Ipiaú Laryssa Dias anunciou, em evento realizado na Praça Rui Barbosa, as atrações para os festejos de São Pedro deste ano, que novamente devem acontecer na praça Álvaro Jardim de 27 a 30 de junho.

Na grade em que despontam 17 grandes atrações musicais em nível nacional figuram grandes nomes da música popular:
  • Ana Castela
  • Edgar Mão Branca
  • Banda Lordão
  • As Donas do Bar
  • Daniel Vieira
  • Gustavo Mioto
  • Rafinha o Bom de Verdade
  • Solange Almeida
  • Maiara e Maraísa
  • O Grelo
  • Tayrone
  • Calcinha Preta
  • Bruno e Marrone
  • Natazinho
  • Zé Neto e Cristiano
  • Henry Freitas
  • Nattan
As pratas da casa terão espaço garantido outra vez na festa:
  • Laryssa Souza
  • Juninho dos Teclados
  • Cupim de Ferro
  • Pé de Badoque
  • Andinho Brito
  • Forró Carretel
  • Eduardo Ferreira
  • Netinho Cabral
  • Juninho Boy
  • Kal Firmino
  • Kiko Cigano
O anúncio da grade de programação do São Pedro de Ipiaú atraiu mais uma vez grande público ao centro da cidade e também foi o pontapé inicial para os festejos juninos na região com as apresentações de Kal Firmino e Kiko Cigano no palco montado na praça.
Ipiaú Online

Sanção a Moraes é inadmissível e gera solidariedade, dizem ministros do STF


A possibilidade de o governo dos EUA aprovar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é considerada inadmissível por magistrados da Corte ouvidos pela reportagem.

Eles afirmam que a medida será uma clara tentativa de interferência dos EUA no Judiciário brasileiro, algo definido como “impensável”.

Um dos ministros afirmou à coluna que a concretização da ameaça, feita na quarta (21) pelo chefe da diplomacia daquele país, Marco Rubio, vai girar solidariedade a Moraes. E explicitará o apoio do governo de Donald Trump à extrema direita brasileira, que, diz um ministro, “tem a mesma características de outros movimentos semelhantes pelo mundo: atacar Supremas Cortes”.

O argumento de que Moraes desrespeita direitos humanos no Brasil é considerado risível por integrantes do STF, já que os EUA inclusive se retiraram do sistema internacional que protege esses mesmos direitos.

Eles lembram que o governo Trump acorrentou brasileiros para enviar ao Brasil, desrespeitou ordens judiciais de seu próprio país e chegou a prender uma juíza de prisão por discordar de seus julgamentos sobre imigrantes.

O argumento de censura também é considerado fantasioso, já que todas as plataformas e redes sociais atuam livremente no Brasil e Moraes é criticado diuturnamente por internautas.

Na visão dos magistrados, o governo dos EUA “faz o que quer ao redor do mundo e também dentro de seu próprio país”, e não teria condições de levantar a bandeira dos direitos humanos contra Moraes, cujas decisões são referendadas por um colegiado de juízes que chegaram a seus cargos em um sistema democrático.

Integrantes do STF afirmam também acreditar que o governo brasileiro terá que estudar em que medida reagir a sanções que visam intimidar a Justiça do país.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta quarta-feira (21) que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes pode sofrer sanções no país.

O chefe da diplomacia americana disse, em audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes do país, que o governo Donald Trump analisa a possível punição. É a primeira vez que um representante da Casa Branca cita publicamente a hipótese de penalidade ao magistrado brasileiro.

“Está em análise neste momento e há uma grande possibilidade de acontecer”, declarou.

A oposição passou a afirmar que as decisões de Moraes cerceariam a liberdade de expressão, o que motivou apelos por sanções internacionais.

Mônica Bergamo/Folhapress

Oposição quer deputada bolsonarista na presidência da CPMI do INSS


Uma ala da oposição tenta emplacar a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) como presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para apurar as fraudes nos descontos associativos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A parlamentar é coautora do pedido de criação da CPMI, ao lado da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que defende seu nome para comandar o colegiado. Por enquanto, a parlamentar ainda não tem consenso na oposição. Líder do PL na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) afirma que o assunto ainda não foi discutido.

A tendência é que a relatoria da comissão fique com um parlamentar da base. Apesar da resistência de aliados do presidente Lula (PT), a expectativa é que a CPMI tenha maioria governista, a exemplo da comissão criada para investigar os atos de ação e omissão ocorridos em 8 de Janeiro de 2023, nas sedes dos Três Poderes.

Apesar de o colegiado já começar a ser desenhado, a instalação em si ainda é incerta. Nesta quarta-feira (21), o presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), sinalizou que pode ler o requerimento de instalação da CPMI na próxima sessão do Congresso, que, a princípio, ocorreria na próxima terça-feira (27).

No entanto, nos bastidores parlamentares demonstram ceticismo e apostam que a sessão não vai acontecer. Na avaliação deles, a instalação só deve acontecer no segundo semestre.

Danielle Brant/Folhapress

Ibirataia: Prefeitura recupera mais de 80 km de estradas rurais do município

A Prefeitura de Ibirataia, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente, está realizando o patrolamento e encascalhamento de estradas vicinais, mesmo diante das fortes chuvas que marcaram o início de 2025. Desde o dia 10 de fevereiro, mais de 80 km já foram recuperados em regiões como 3 Barras, Entroncamento/Ponto de Firmo, Santa Rosa, Coculo, São José, Pedra Preta, Boa União, Jandaia, Piu e Tesourinhas.

“Estamos trabalhando com responsabilidade e compromisso para melhorar o acesso da nossa zona rural”, afirmou o prefeito Sandro Futuca. Segundo Abel Fair, Coordenador de Estradas Vicinais, a ação fortalece a logística agrícola e o transporte escolar. “Mesmo com as chuvas, conseguimos garantir mais segurança e trafegabilidade às comunidades”, completou.

Fonte: Decom/Prefeitura de Ibirataia

CCJ aprova fim da reeleição, mandatos de cinco anos e eleições unificadas

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (21) a proposta de emenda à Constituição que acaba com a reeleição para presidente da República, governador e prefeito e estabelece um mandato de cinco anos para esses cargos, assim como para os parlamentares (PEC 12/2022). A proposta também define eleições unificadas para todos os cargos a partir de 2034. A matéria vai agora para análise em Plenário, com pedido de urgência.

Os senadores aprovaram substitutivo (texto alternativo) do senador Marcelo Castro (MDB-PI) à proposta de Jorge Kajuru (PSB-GO). Pela nova regra, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores também passarão a ter mandatos de cinco anos, em vez dos atuais quatro.

Já os senadores, que na proposta inicial passariam de oito para dez anos de mandato, também terão cinco anos, a partir de emenda apresentada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ). Além disso, a PEC extingue a alternância de eleições para o Senado, determinando que todos os 81 senadores sejam eleitos no mesmo pleito a partir de 2039.

Mudanças

A PEC impede que quem ocupa um cargo no Poder Executivo — presidente, governadores e prefeitos — possa se candidatar à disputa de um segundo mandato consecutivo, mesmo que o político tenha deixado o cargo seis meses antes da eleição. Em troca, os mandatos desses cargos passarão a ser de cinco anos, em vez dos atuais quatro anos.

Os cargos do Legislativo — deputados federais, senadores, deputados estaduais e vereadores — continuam com a possibilidade de reeleição inalterada. Ao mesmo tempo, a duração dos mandatos também passará para cinco anos. Assim, as legislaturas do Congresso Nacional, das assembleias legislativas e das câmaras municipais passam a ter duração de cinco anos, e não mais de quatro.

Com a uniformização dos mandatos, a PEC também unifica as datas de todas as eleições — municipais, estaduais e federais. Ou seja, todas deverão acontecer juntas, a cada cinco anos. Isso acontecerá a partir de 2034. Hoje, as eleições ocorrem a cada dois anos, alternadamente entre eleições municipais e eleições gerais (que engloba a esfera estadual e federal).

Senado

Outra inovação é o fim da eleição alternada para o Senado. Atualmente, os senadores são eleitos a cada quatro anos, com dois terços do Senado se renovando em uma eleição e um terço na seguinte. Na nova fórmula, todas as 81 cadeiras do Senado estarão em disputa a cada cinco anos.

A mudança não estava no texto de Marcelo Castro, que previa dez anos de mandato para os senadores e mantinha a alternância. Foi o senador Carlos Portinho que apresentou e defendeu uma emenda nesse sentido.

— Um poder pode ser alternado em dez anos? Pode, mas ele envelheceu ali. A prática democrática que mais atende o eleitor [é] a alternância breve de poder. A proposta que traz a redução para cinco anos respeita um dos maiores princípios democráticos, que é o interesse do eleitor — justificou. 
O senador Jorge Seif (PL-SC) também defendeu a redução do tempo de mandato dos senadores.

— A ampliação de oito para dez anos seria mais uma "jabuticaba" brasileira. Tira do eleitor a possibilidade do escrutínio. Nós não podemos ter um poder tão longo — afirmou. 

Durante a reunião, Castro contraditou a emenda de Portinho explicando que a alternância de poder é um termo que se aplica aos cargos do Executivo, mas não ao Legislativo. Além disso, segundo o relator, à exceção da Itália, em todos os demais países em que há duas Casas legislativas os membros de uma delas têm mandato maior do que os da outra. Assim, argumentou que a proposta inicial de mandato dez anos para os senadores estava seguindo um padrão internacional.

Porém, em entrevista coletiva após a votação na CCJ, Castro voltou atrás e anunciou que acataria a sugestão de Portinho. 

— Senti que estava formando maioria para o mandato ser de cinco anos, então me rendi a isso. Uma matéria controversa, tem argumento a favor de um lado, tem argumentos a favor de outro, não é uma coisa principal. O principal é o fim da reeleição e a coincidência das eleições para todos — explicou o relator, confirmando também o fim da eleição alternada.

Castro disse esperar que, em face dos novos acordos, a matéria seja votada de maneira consensual no Plenário.

Mesas diretoras

Para compatibilizar a condução do Legislativo com a duração de cinco anos para as legislaturas, as Casas do Congresso Nacional também verão mudanças nas suas mesas diretoras (responsáveis por presidir o órgão). As mesas serão eleitas no início da legislatura para um mandato de três anos, seguido por uma nova eleição para um mandato de dois anos. Continuará valendo a proibição de que os membros das mesas sejam reeleitos para os mesmos cargos dentro da mesma legislatura. A nova regra será aplicada às legislaturas que se iniciarem após as eleições de 2034.

 

Fim da reeleição

O direito à reeleição para cargos do Executivo não era previsto na Constituição, mas foi introduzido em 1997. Presidente da CCJ, o senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que a reeleição é "um dos piores males para o Brasil" e lembrou até que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo governo propôs a mudança, "fez mea culpa" e admitiu que foi um erro. Otto avaliou que a nova PEC será importante para o país. 

— Quando termina as eleições municipais, se fala imediatamente na sucessão do governador e do presidente da República. Discute-se mais eleição do que projetos benéficos à solução das dificuldades sociais do povo brasileiro e do crescimento da infraestrutrura — comentou.

A opinião foi compartilhada por Marcelo Castro, que também considerou a reeleição um "malefício": 

— A introdução da reeleição [foi] completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Eu acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a este mal — afirmou o relator, ressaltando que a mudança não valerá para os atuais mandatários, que poderão tentar a reeleição em 2026 se estiverem no primeiro mandato.

Eleições unificadas

Segundo o relator, a unificação das eleições também é positiva porque cada eleição exige muitos recursos e trabalho para ser organizada. O novo formato ajudaria a reduzir os gastos e o governo economizaria dinheiro que poderia ser usado em áreas como saúde e educação. Além disso, para Castro, ter todas as eleições juntas traria mais clareza e organização para os eleitores e para os próprios políticos.

Primeiro signatário da PEC, o senador Kajuru afirmou que o objetivo principal é dar mais equilíbrio à disputa, já que, segundo ele, quem está no poder tem grande vantagem sobre os concorrentes, como maior visibilidade, acesso à máquina pública e facilidade de articulação política. Isso, para o senador, acaba dificultando a entrada de novas lideranças na política.

Emendas

Marcelo Castro rejeitou outras emendas apresentadas, como a do senador Sergio Moro (União-PR) que vedava não a reeleição também em mandatos não-consecutivos; a do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) que estabelecia a idade máxima de 80 anos para a candidatura à Presidência da República; e a do senador Eduardo Girão (Novo-CE) que proibia a reeleição para o Senado.

Fonte: Agência Senado


Denúncia de servidora fantasma gera multa a ex-prefeito de Itaberaba

Na sessão desta quarta-feira (21/05), os conselheiros da 1ª Câmara de julgamentos do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia acataram denúncia apresentada contra o ex-prefeito de Itaberaba, Ricardo dos Anjos Mascarenhas, em razão da suposta nomeação de “servidora fantasma” nos exercícios de 2023 e 2024. O conselheiro Mário Negromonte, relator do processo, multou o gestor em R$1,5 mil pela irregularidade.

Segundo a denúncia, a “servidora fantasma” seria Raquel Carneiro da Silva dos Santos – filha do vereador Luciano Santana. Ela foi nomeada no dia 03 de janeiro de 2023 para o cargo de Assessora Administrativa I, do quadro da Secretaria Municipal de Educação, mas – de acordo com o denunciante – “nunca compareceu ao local de trabalho, tampouco desempenhou qualquer função pública”.

Em consulta realizada ao e-TCM, a relatoria identificou que a Prefeitura de Itaberaba realizou pagamentos em favor da referida servidora, nas competências de 08/2022 a 08/2024, com a última remuneração líquida no valor de R$2.966,34.

Ao ser questionado pelo TCM, o gestor apresentou uma declaração prestada pelo secretário municipal de Educação, Adauto de Araújo Lima, na qual afirma que Raquel Carneiro da Silva dos Santos executa “regularmente e com proatividade as funções auxiliares e de assessoramento da direção superior, compreendendo o acompanhamento e controle das atividades relacionadas à Ouvidoria setorial que integra a estrutura administrativa da SMED.

Para o conselheiro Mário Negromonte, o denunciante não apresentou nenhuma comprovação de que a servidora não exercia as atribuições funcionais para as quais foi nomeada. No entanto, concorda com a manifestação do Ministério Público de Contas, de que a simples declaração do secretário de Educação não é suficiente para demonstrar o cumprimento da carga horária funcional (40h/semana) pela servidora. Afirmou que o ônus da prova é do gestor, que poderia ter sido satisfeito mediante folhas de ponto presenciais/virtuais e/ ou outros registros de controle interno quanto à presença e à produtividade. Por essa razão lhe foi imputada multa no valor de R$1,5 mil.

Cabe recurso da decisão.

Contas de mais dez câmaras municipais são aprovadas

Durante sessão desta quarta-feira (21/05), os conselheiros que compõem a 1ª e 2ª câmaras julgadoras do Tribunal de Contas dos Municípios, votaram pela aprovação de mais dez contas das Câmaras Municipais, todas elas referentes ao exercício de 2023.

Pela manhã, os conselheiros que compõem a 1ª Câmara, julgaram regulares – ainda que com ressalvas – as contas da casa legislativa de Acajutiba, sob responsabilidade de José Edson dos Santos Dias; de Banzaê, de Roger Bruno Freitas de Santana; de Rio do Antônio, sob gestão de Reginaldo Reis dos Santos; e de Sátiro dias, da vereadora Ângela Marta Batista da Cruz.

Já as contas de da Câmara Municipal de Sebastião Laranjeiras, de Charles Reis Rocha Muniz e Adelício Pinto Leão; e de Santa Brígida, sob gestão de Clécio José de Santana, foram aprovadas na íntegra.

No turno da tarde, os conselheiros da 2ª Câmara julgadora consideraram regulares – sem a indicação de quaisquer ressalvas – as contas de Boquira, sob gestão de Antônio Almeida dos Santos.

Já as contas de Feira de Santana, que teve como gestora Eremita Mota de Araújo; de Paratinga, de Rilton Souza Novaes; e de Jaguarari, sob gestão de Alberto Franco de Souza Melo, foram julgadas regulares com ressalvas.

Cabe recurso das decisões.

Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, se reúne com comerciantes para ouvir demandas e fortalecer a economia local

Na última terça-feira, 20 de maio, a Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, promoveu uma importante roda de conversa com comerciantes de diversos segmentos da cidade, como alimentação, vestuário, calçados, serviços, bebidas, entre outros. A reunião contou com a presença da prefeita Laryssa Dias, dos secretários Daniel Dias (Desenvolvimento Econômico) Caio Braga, (Cultura) e Marcos Miranda, (Governo) e também representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), que contribuíram com dados e análises relevantes para o fortalecimento do setor comercial.
O encontro teve como principal objetivo ouvir de forma direta e respeitosa as demandas, sugestões e visões dos empreendedores locais sobre temas que envolvem o desenvolvimento econômico do município. Entre os assuntos discutidos, destacaram-se os impactos positivos de eventos tradicionais, como o São Pedro, além dos desafios enfrentados pelo setor e propostas de ações conjuntas entre o poder público e os comerciantes.
A gestão municipal reforçou o compromisso com uma administração participativa, aberta ao diálogo e atenta às necessidades da classe empreendedora, reconhecendo a importância do comércio na geração de emprego, renda e crescimento para a cidade.

“Essa é uma gestão que se importa com a economia da nossa cidade. Vamos juntos, rumo a uma Ipiaú modelo para toda a região”, afirmou a prefeita Laryssa Dias.

Fernando Canuth / Decom PMI

PF apreende cerca de 1 tonelada de drogas e prende motorista na Rodovia Presidente Dutra

Rio de Janeiro/RJ. Na madrugada desta quarta-feira, 21/5, a Polícia Federal prendeu em flagrante um caminhoneiro que transportava aproximadamente 965 kg de drogas, entre maconha e skunk, ocultos em meio a uma carga de peças automotivas. A abordagem ocorreu na Rodovia Presidente Dutra, nas proximidades do município de Resende/RJ, durante operação policial coordenada Polícia Federal com foco no enfrentamento ao tráfico interestadual de entorpecentes.
De acordo com as investigações, o veículo saiu do estado de São Paulo e tinha como destino comunidades da Zona Norte do Rio de Janeiro que se encontram sob a influência de organizações criminosas armadas, onde a droga seria distribuída.
Após a apreensão, o condutor, o caminhão e a carga ilícita foram encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Depois da lavratura do auto de prisão em flagrante, o preso foi conduzido ao sistema penitenciário estadual, onde permanecerá à disposição da Justiça. Ele responderá pelo crime de tráfico interestadual de drogas.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro

BMW em nome de esposa de ministro foi apreendido com “Careca do INSS”

Ministro do TCU afirma que carro de luxo foi vendido ao lobista do escândalo do INSS antes da operação da PF e que não o conhecia
Um dos carros de luxo apreendidos pela Polícia Federal (PF) com o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, durante a megaoperação contra a farra dos descontos indevidos sobre aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no fim de abril, estava registrado no nome da esposa do ministro Jhonatan de Jesus, do Tribunal de Contas da União (TCU).

O BMW X1 branco (à direita na foto em destaque), avaliado em R$ 350 mil, estava na casa do filho do lobista, em Brasília, quando a PF cumpriu mais de 200 mandados de busca e apreensão na Operação Sem Desconto, que investiga o esquema bilionário de fraudes contra aposentados revelado pelo Metrópoles.
Registros obtidos pela reportagem mostram que, no dia da operação, em 23 de abril, o veículo ainda pertencia formalmente a Thallys Mendes dos Santos de Jesus, esposa do ministro do TCU. O tribunal do qual ele faz parte desde 2023 tem como uma das atribuições fiscalizar as ações do INSS e coibir práticas como a farra dos descontos indevidos de mensalidade associativa sobre aposentadorias.

Os mesmos documentos revelam que, em maio, depois da apreensão feita pela PF, o veículo da BMW foi transferido pela esposa de Jhonatan de Jesus para o nome da empresa Brasília Consultoria Empresarial, que tem o Careca do INSS como sócio. Ao Metrópoles o ministro do TCU negou qualquer irregularidade na transação envolvendo o carro de luxo e disse que não conhece o lobista (leia mais abaixo).

Lavagem de dinheiro e suspeita de propina. 

Segundo a PF, a empresa Brasília Consultoria foi usada pelo lobista em um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo entidades da farra dos descontos indevidos e de pagamento de propina a pelo menos três dirigentes do INSS.

O próprio Careca do INSS, de acordo com a investigação, transferiu um Porsche de R$ 500 mil para a esposa do ex-procurador-geral do instituto, Virgílio de Oliveira Filho, que foi afastado do cargo no dia da operação.

Ao todo, a PF identificou R$ 31 milhões em repasses de seis entidades ao Careca do INSS. O lobista, por sua vez, transferiu R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a dirigentes do instituto, entre 2023 e 2024.

Além do ex-procurador do INSS, ele também fez pagamentos ao filho do ex-diretor de Benefícios André Fidelis e ao ex-diretor de Integridade Alexandre Guimarães.

Nessa terça-feira (20/5), a PF apreendeu mais cinco carros de luxo do lobista escondidos na garagem de um prédio em Brasília: dois BMW, dois Porsches e um Land Rover.
 
O que diz o ministro do TCU

O ministro Jhonatan de Jesus afirmou ao Metrópoles que o BMW apreendido pela PF na casa do filho do Careca do INSS foi comprado no ano passado pelo pai de sua esposa em uma concessionária. “Ele comprou e deu o carro para ela. O pai dela tem vasta comprovação de renda, é dono de uma das maiores lojas de revenda de veículo de Roraima”, disse.

Segundo Jesus, que foi deputado federal por Roraima, pelo Republicanos, o valor de compra foi de R$ 360 mil. A venda ao lobista foi efetuada neste ano, por R$ 350 mil, valor de tabela. Ele afirma que não conhecia o Careca do INSS e que o negócio foi feito por indicação de um advogado amigo que tinha contato com o lobista. “Na verdade, nós colocamos o carro à venda e o doutor Flávio foi quem fez [o negócio]”, contou o ministro do TCU ao Metrópoles.

“Não é que ele foi feito depois da operação. Nós entregamos o carro antes e foi pago antes de qualquer operação [da PF]. Não tinha nada que desabonasse, era um processo de venda normal. Ela [esposa] estava em viagem, e, quando chegou, foi apenas concluída a transação formal do carro [para a empresa do lobista]”, disse Jhonatan de Jesus.

Ainda segundo o ministro, houve um atraso no pagamento da transferência por causa de documentação. “Pagando o IPVA, nós fizemos o processo de transferência para ele [lobista].”

O ministro disse, ainda, estar tranquilo quanto à legalidade da transação com o Careca do INSS e afirmou que não foi contatado pela Polícia Federal sobre o ocorrido.

O lobista Antonio Carlos Camilo Antunes tem negado envolvimento no esquema bilionário de fraudes contra aposentados do INSS e dito que sempre trabalhou com venda de automóveis.

Como mostrou o Metrópoles na série de reportagens que revelou a farra dos descontos, o Careca do INSS atuava pelas entidades com o instituto de previdência para firmar acordos de cooperação técnica para que as associações pudessem efetuar descontos de mensalidade associativa sobre as aposentadorias direto da folha de pagamento.

Em outra ponta, ele prometia a captação de associados para essas entidades por meio de call centers e cobrava 27,5% sobre a mensalidade descontada de cada filiado que conseguia para elas.
Por: Metropolis

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