Boa Nova: Dupla suspeita de assalto em hotel fazenda morre em confronto com policiais militares
Dois homens suspeitos de um assalto a um hotel fazenda no município de Boa Nova, no sudoeste baiano, morreram em uma ação da Polícia Militar nesta segunda-feira (21).
Após serem informadas sobre a ação criminosa, guarnições do PETO, do Pelotão de Boa Nova e de Dário Meira, pertencentes à 55ª CIPM, se mobilizaram em busca dos suspeitos. Segundo as informações iniciais, ao serem localizados em uma área na zona rural de Boa Nova, onde estavam escondidos, os homens teriam reagido à abordagem policial, atirando contra os policiais, que revidaram.
A dupla foi baleada e socorrida até uma unidade hospitalar, mas não resistiu aos ferimentos. Com os suspeitos, foram apreendidos uma pistola, um revólver, uma faca, drogas e tocas ‘brucutu’. Foram recuperados aparelhos celulares roubados, cartões de crédito e uma pequena quantidade em dinheiro.
Até a publicação desta matéria, os dois homens ainda não haviam sido identificados. A 55ª CIPM deve divulgar, nas próximas horas, mais detalhes sobre a operação. (Giro Ipiaú)
Trump e Melania vão ao funeral do papa em Roma
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania Trump, vão a Roma para o funeral do papa Francisco nesta semana. “Estamos ansiosos por comparecer”, afirmou Trump em post na sua rede social Truth Social.
Será a primeira viagem internacional do republicano desde que tomou posse, em 20 de janeiro.
Trump esteve com o papa em visita ao Vaticano em 2017, no seu primeiro mandato. O presidente americano tinha divergências com o pontífice, sobretudo em relação às políticas de imigração.
Folhapress
Após anúncio de Gleisi, Pedro Lucas avisa aliados que deve recusar convite para ministério
O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) avisou a aliados que decidiu recusar o convite do governo Lula (PT) para assumir o Ministério das Comunicações. A recusa deve ser informada ao governo após reunião da bancada, prevista para a tarde desta terça-feira (22).
O cargo está vago há duas semanas, quando Juscelino Filho foi demitido após ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por suspeita de desvio de emendas parlamentares. Ele retomou o mandato como deputado na Câmara e a secretária-executiva do ministério, Sônia Faustino Mendes, responde desde então de forma interina pela pasta.
Pedro Lucas chegou a ser anunciado pela ministra Gleisi Hoffmann, da SRI (Secretaria de Relações Institucionais), como o novo ministro após reunião com o presidente Lula. Mas a confirmação por parte do parlamentar não ocorreu.
Ele divulgou nota no dia seguinte para dizer que ainda precisaria consultar a bancada do partido na Câmara antes de aceitar.
Ele conversou com os colegas de bancada por telefone ao longo da semana passada para avaliar o cenário e, segundo dois interlocutores, decidiu continuar como líder do partido na Câmara. Um dos aliados disse à reportagem que o deputado comunicará a decisão à bancada nesta terça.
Pedro Lucas não respondeu aos telefonemas e mensagens da reportagem nesta segunda-feira (21).
O parlamentar é da ala governista do União Brasil e foi presidente da Agência Executiva Metropolitana durante a gestão Flávio Dino no Governo do Maranhão. Ele estava entusiasmado com a possibilidade de se tornar ministro, mas o recuo deve ocorrer para que o grupo do presidente do partido, Antônio Rueda, não abra mão da liderança da bancada na Câmara.
O processo de escolha do nome dele foi difícil e demorou três meses de negociações, num embate entre políticos mais ligado ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e uma ala da legenda que defende afastamento do governo Lula. O grupo de Rueda prevaleceu após vários adiamentos da eleição interna até que fosse formado um consenso, com a desistência dos adversários.
Com a saída do atual líder, seria necessário um novo processo de votação interna, e os parlamentares já davam como certo um novo racha no partido.
Alcolumbre, que tinha sido o responsável pela indicação de Juscelino para o ministério, pressionava para que o ex-ministro se tornasse líder da bancada ao voltar para a Câmara. Os demais deputados, no entanto, insurgiram-se contra a interferência externa e manifestaram que não aceitavam a imposição.
Outro grupo do partido também era contra a entrada do líder no governo, com o argumento de que isso vincularia ainda mais Rueda à gestão Lula, contra a vontade de uma parte expressiva da sigla. Uma ala da legenda defende um maior distanciamento do Executivo, já de olho na eleição de 2026. No começo do mês, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), lançou sua pré-candidatura à Presidência.
Com a provável recusa, sinalizada por Pedro Lucas a seus aliados, ainda não está claro o que ocorrerá com o cargo. A decisão pode caber à bancada, no que ganharia força o nome do deputado Moses Rodrigues (União Brasil-CE).
Outra possibilidade, que chegou a ser cogitada no governo, é o deslocamento de Celso Sabino (União Brasil) do Turismo para as Comunicações para ampliar o espaço do PSD no governo. Até para evitar isso, o União Brasil tinha acelerado a escolha do substituto de Juscelino Filho.
Uma terceira alternativa, segundo parlamentares, é que Davi Alcolumbre escolha um novo nome, já que a indicação do anterior foi dele.
Raphael Di Cunto/Folhapress
Descontrole fiscal interessa a tiranos, diz Zema em crítica indireta a Lula
Em cerimônia de entrega da medalha da Inconfidência Mineira, o governador Romeu Zema (Novo) citou Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, para afirmar que a gastança e o descontrole fiscal interessam apenas a governos tiranos.
Apesar de não ter citado diretamente o presidente Lula (PT), Zema tem criticado com frequência o governo federal durante discursos públicos e em publicações nas redes. Ele é tido como um dos pré-candidatos às eleições presidenciais de 2026.
“Tiradentes é a nossa inspiração e, assim como ele, nós sabemos que só interessa a governos tirânicos os altos impostos, a gastança e o descontrole fiscal, que escravizam e impedem o exercício da liberdade”, disse Zema.
Nesta segunda, Dia de Tiradentes (21), a capital de Minas Gerais é transferida simbolicamente para Ouro Preto, cidade histórica onde o maior símbolo da Inconfidência foi enforcado, esquartejado e teve sua cabeça exibida em praça pública no dia 21 de abril de 1792.
O movimento foi um levante separatista liderado pela elite socioeconômica de Minas Gerais contra a cobrança de dívidas e impostos pela coroa portuguesa no fim do século 18. Tiradentes era um dos únicos participantes de origem popular.
Na data, o governo de Minas tradicionalmente também entrega honrarias a personalidades que se considera que contribuem com o estado. A principal delas é o “grande colar”, concedido a chefes de Estado, de governo e dos demais Poderes da União. Ela foi criada em 1952 pelo então governador Juscelino Kubitschek.
Neste ano, o homenageado foi o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele foi o escolhido por um conselho formado por autoridades dos três Poderes do estado, além de universidades e outras instituições.
Na leitura do discurso de pouco mais de cinco minutos, Motta também lembrou Tiradentes e disse que a democracia brasileira foi construída após rupturas e retrocessos.
“Nossa democracia é jovem, ainda imperfeita, mas viva. É fruto da resistência, da coragem, do trabalho incansável de tantos brasileiros. E é também [alvo de] uma vigília constante”, disse o presidente da Câmara.
Após seu discurso, ele deixou a cerimônia para ir a São João del Rei, onde participou de homenagens aos 40 anos da morte de Tancredo Neves, primeiro civil eleito após 21 anos da ditadura militar (1964-1985) e que faleceu em 21 de abril de 1985.
O presidente da Câmara foi ao evento a convite do deputado Aécio Neves (PSDB-MG).
As participações são as primeiras de Motta após o recesso informal de uma semana instituído por ele para a Casa. Durante a semana da Páscoa, a Câmara realizou apenas sessões virtuais, e as reuniões das comissões foram canceladas.
A ausência foi interpretada por aliados como uma tentativa de diminuir a pressão para que seja pautado o projeto de anistia aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Motta não citou o projeto em seu discurso.
O governador de Minas é um defensor da proposta e chegou a publicar um vídeo em tom religioso em que relaciona a anistia ao perdão dos cristãos.
Ele também apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu sob acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
Após o STF (Supremo Tribunal Federal) aceitar a denúncia contra o ex-mandatário em março, Zema o chamou de “maior liderança da oposição”.
“Espero que a Justiça seja feita e que ele recupere seus direitos políticos”, escreveu em rede social.
Nesta segunda, em seu discurso, no qual Motta não estava presente, o governador disse que os governantes devem entender a liberdade em seu sentido mais amplo.
“Embora o Brasil tenha um regime democrático consolidado, com garantias asseguradas pela Constituição, a liberdade —infelizmente— não está assegurada. Sinto confiança que Motta tem a mesma percepção sobre o que é a liberdade”, disse Zema, que também não citou diretamente o projeto de anistia.
Artur Búrigo/Folhapress
Papa Francisco morreu em decorrência de AVC e insuficiência cardíaca, diz Vaticano
O papa Francisco, 88, morreu de AVC (acidente vascular cerebral) e insuficiência cardíaca, segundo o boletim médico divulgado pelo Vaticano na tarde desta segunda-feira (21).
Segundo o atestado de óbito, assinado pelo médico do Vaticano Andrea Arcangeli, o papa entrou em coma antes de sua morte no início da manhã.
Francisco se recuperava de uma pneumonia bilateral, que o levou a ser hospitalizado em 14 de fevereiro. Durante sua internação, sofreu diversas crises respiratórias. Uma semana depois, o papa teve crise asmática prolongada e também recebeu transfusão de sangue devido a uma trombocitopenia (diminuição das plaquetas) associada a uma anemia.
Em março, Francisco sofreu dois episódios de insuficiência respiratória aguda, causados por um acúmulo no pulmão e o broncoespasmos. Foi a quarta e mais longa internação desde sua eleição em 2013.
O papa já teve problemas respiratórios. Aos 21 anos, quase morreu de pleurisia, inflamação da camada de tecido fino que reveste os pulmões, e precisou retirar o lobo superior do pulmão direito.
Folhapress
PF, em ação conjunta com a PMGO, apreende uma tonelada de drogas em Goiás
Goiânia/GO. A Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Militar de Goiás, realizou duas apreensões de cocaína no estado, totalizando cerca de uma tonelada de droga.
Um dos flagrantes ocorreu neste domingo (20/4), quando os policiais identificaram e interceptaram uma aeronave que transportava mais de 500kg de cocaína, em Santa Rita do Araguaia/GO. Na ocasião, dois pilotos, um de nacionalidade boliviana e outro venezuelana, foram presos no local.
Já na última quinta-feira (17/4), após o compartilhamento de informações entre Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar de Goiás, as equipes abordaram dois veículos que transportavam aproximadamente 500kg de cocaína, ocultos em uma carga de arroz. A droga havia sido descarregada de uma aeronave em uma pista clandestina em São Luiz do Norte/GO e foi monitorada até a capital, Goiânia. Quatro pessoas foram presas em flagrante.
As ações evidenciam a importância da atuação integrada e estratégica entre as forças de segurança pública, bem como a gestão eficiente dos recursos humanos e operacionais, permitindo uma atuação única e objetiva no combate ao crime organizado no Estado de Goiás.
Comunicação Social da Polícia Federal em Goiás
PF e BPFron apreendem cerca de 6 mil pacotes de cigarros contrabandeados no Paraná
Guaíra/PR. Na madrugada desta segunda-feira (21/4), a Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Militar do Paraná, por meio do Batalhão de Polícia de Fronteira, apreendeu um caminhão carregado com cerca de 120 caixas de cigarros paraguaios, totalizando cerca de 6.000 pacotes do produto ilícito.
A ação ocorreu durante patrulhamento na zona rural da cidade de Mercedes/PR, quando os policiais perceberam movimentação suspeita em região de portos clandestinos daquela localidade e resolveram se aproximar para melhor fiscalização. Na ocasião, a equipe policial localizou o veículo com as mercadorias contrabandeadas.
Diante dos fatos, o caminhão e todo o ilícito apreendidos foram conduzidos à base do NEPOM, em Guaíra/PR, para os procedimentos legais cabíveis.
Comunicação Social da Polícia Federal em Guaíra/PR
Na véspera do julgamento, Silvinei vai ao ataque e diz ser alvo de ‘relatório fraudulento’
A um dia do julgamento do Supremo Tribunal Federal que decidirá, nesta terça, 22, se manda para o banco dos réus os acusados de integrarem o ‘núcleo 2’ da trama golpista que culminou no 8 de Janeiro, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal decidiu partir para o ataque. Em nota divulgada nesta segunda, 21, por meio de sua defesa, Silvinei Vasques diz ser alvo de ‘relatório fraudulento para sustentar narrativa de interferência nas eleições presidenciais de 2022’.
Segundo Silvinei, a 31.ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral/RN, na comarca de Campo Bom, produziu ‘um relatório fraudulento e enviesado’, documento que, afirmam seus advogados, foi utilizado para atribuir à corporação então dirigida por ele um esquema que teria interferido no segundo turno das eleições presidenciais – naquela ocasião, a PRF teria montado barreiras em série nas rodovias da região para dificultar o acesso de eleitores às urnas com intenção de prejudicar o petista Luiz Inácio Lula da Silva, adversário do então presidente Jair Bolsonaro.
Silvinei Vasques é um dos seis acusados do ‘núcleo 2’. Nesta terça, 22, os ministros da 1.ª Turma do STF vão decidir se abrem ou não ação penal com base na denúncia da Procuradoria-Geral da República que atribui a ele cinco crimes – abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Em fevereiro, o STF acolheu a denúncia contra o ‘núcleo crucial’ e mandou para o banco dos réus Bolsonaro e sete aliados. Todos negam ligação com atos extremistas. Ao todo, são 34 os acusados de participação no plano de golpe.
No ‘núcleo 2’, além de Silvinei, fazem parte da lista de denunciados o general da Reserva Mário Fernandes (ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência de Bolsonaro), Marcelo Câmara (coronel da Reserva, ex-assessor de Bolsonaro), Filipe Garcia Martins Pereira (ex-assessor especial de Assuntos Internacionais), Marília Ferreira de Alencar (ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão do delegado federal Anderson Torres) e Fernando de Souza Oliveira (delegado da PF, ex-secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF).
Na resposta prévia à acusação ao Supremo Tribunal Federal, os advogados de Silvinei pediram, preliminarmente, que seja ‘declarada a incompetência absoluta da Suprema Corte para apreciar e julgar o presente caso, com a consequente remessa dos autos à primeira instância’. Eles também questionam o ministro Alexandre de Moraes, relator, de quem pretendem a declaração de impedimento ‘para apreciar e julgar o presente caso, resguardando-se a imparcialidade e a integridade do devido processo legal’.
Nesta segunda, 21, os advogados de Silvinei protocolaram junto ao gabinete do corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, representação para instauração de processo administrativo disciplinar em que imputam à juíza Erika Souza Corrêa Oliveira e ao técnico judiciário Bruno Teixeira da Silva ‘inserção de dados falsos em documento público, alegação de que houve dificuldade de votação no período da manhã’ no segundo turno do pleito de 2022. O Estadão busca contato com a magistrada e o técnico. O espaço está aberto.
A representação – subscrita pelos advogados Anderson Almeida, Eduardo Pedro Nostrani Simão, Marcelo Rodrigues, Leonardo Vidal Guerreiro Ramos e Gabriel Jardim Teixeira – é amparada no ‘Relatório de Atuação no Segundo Turno das Eleições Gerais de 2022 – Zona 31/TRE-RN’. O documento aponta que a presença de viaturas da PRF nas rodovias teria inibido o comparecimento de eleitores, ‘sobretudo nas primeiras horas do dia’.
A defesa de Silvinei sustenta que o relatório ‘é baseado exclusivamente em percepções empíricas de mesários, coletadas por meio de WhatsApp, sem método científico, sem acesso aos dados brutos, sem utilizar dados oficiais e com manipulação deliberada de informações’.
“Uma perícia técnica contratada pela defesa analisou os logs oficiais das urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral e identificou divergência de mais de mil eleitores entre os dados oficiais e os números apresentados no relatório”, destacam os advogados do ex-diretor-geral da PRF.
Segundo eles, ‘a análise conclui que não houve queda no comparecimento matutino e que a suposta inibição foi fabricada com base em dados parciais e distorcidos’. “A votação no segundo turno naquela zona eleitoral foi superior à do primeiro turno das eleições de 2022”, afirmam.
Eles acentuam, ainda, que ‘conforme registro nos sistemas da própria Polícia Rodoviária Federal, a juíza eleitoral responsável pela zona, Érika Souza Corrêa Oliveira, esteve pessoalmente no local de trabalho da PRF no dia das eleições de segundo turno e declarou que não identificou nenhuma irregularidade na atuação da PRF’.
A defesa de Silvinei vai sustentar perante o STF que ele foi alvo de ‘uma fraude documental com fins políticos, que buscou dar aparência de legalidade a uma narrativa de interferência eleitoral sem qualquer respaldo nos fatos’.
“O uso desse relatório na investigação é gravíssimo e teria servido para justificar medidas como a prisão de Silvinei Vasques e sua inclusão em processos que apuram ataques à democracia”, argumentam os advogados. “O relatório colaborou para induzir a erro os investigadores, a Procuradoria-Geral da República e o relator da petição no Supremo Tribunal Federal”.
Em defesa preliminar perante o STF, Silvinei nega os crimes a ele atribuídos pela PGR. Seus advogados dizem que ‘os fatos deduzidos na inicial são, na essência, manifestamente atípicos’. “Destaca-se que a atipicidade dos fatos descritos na denúncia está intrinsecamente ligada à sua inépcia formal. Em síntese, significa que a PGR não conseguiu apresentar uma narrativa clara e precisa, conforme exige o artigo 41 do Código de Processo Penal, devido à evidente atipicidade dos fatos imputados”.
“Qual conduta criminosa o denunciado praticou?”, questiona a defesa. “A resposta é óbvia: nenhuma. E o pior: os elementos indiciários amealhados durante o apuratório, tal como a denúncia ofertada pela PGR, não se desincumbiram do ônus de comprovar qualquer fato criminoso. A atipicidade da conduta é um elemento fundamental para evitar arbitrariedades e manter o respeito aos princípios do Direito Penal. Seja pela ausência de previsão legal, pela falta de ofensividade ao bem jurídico ou pela inexistência de dolo ou culpa, a atipicidade impede que o Direito Penal seja aplicado de forma abusiva ou desproporcional, que é, justamente, o que está sucedendo no caso em concreto”.
Fausto Macedo/Estadão
Bolsonaro retira drenos do abdômen, mas permanece na UTI sem previsão de alta
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta. Segundo o boletim divulgado nesta segunda-feira, 21, os médicos retiraram os drenos do abdômen de Bolsonaro e trocaram o curativo da incisão cirúrgica que “se encontra em excelente aspecto”. Ele apresenta “boa evolução clínica” e pressão controlada. Ainda não há previsão de alta.
O novo relatório médico informou que o ex-presidente segue em jejum oral, se alimentando via corrente sanguínea. A equipe médica afirmou que Bolsonaro continua intensificando as sessões de fisioterapia motora e outras medidas de reabilitação. Ele apresentou um episódio de alteração na pressão arterial, de acordo com o boletim do último sábado, 19.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro convocou no domingo, 20, um jejum e orações em prol da recuperação o marido. Michelle pediu que os apoiadores do ex-presidente comecem o jejum nesta segunda-feira estendendo o sacrifício até o próximo dia 28. “Convoquem seus líderes, familiares e amigos”, disse a ex-primeira-dama.
Bolsonaro passou por uma cirurgia de cerca de 12 horas no último dia 13 para desobstruir uma dobra no intestino delgado que dificultava seu trânsito intestinal. Segundo a equipe médica responsável pelo procedimento, o pós-operatório deverá ser “prolongado”.
O ex-presidente foi atendido com urgência na sexta-feira, 11, após sentir fortes dores abdominais durante um evento do PL no Rio Grande do Norte. Ele foi levado de helicóptero a um hospital em Natal e, na noite do sábado seguinte, transferido para Brasília em uma aeronave equipada com UTI aérea.
Adriana Victorino/Estadão
Incêndio em uma plataforma da Petrobras na bacia de Campos deixa 8 feridos, afirma sindicato
Uma plataforma da Petrobras sofreu um incêndio na manhã desta segunda-feira (21), deixando ao menos oito trabalhadores feridos, segundo o Sindpetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense). De acordo com a estatal, o fogo já foi debelado e os funcionários da unidade estão em segurança.
A empresa confirmou a existência de um funcionário ferido por queimaduras e que caiu no mar, mas foi resgatado. O sindicato afirma ter sido informado pela Petrobras sobre a existência de oito trabalhadores feridos. A entidade de classe afirma também que as 176 pessoas que trabalham no local estão bem e serão preventivamente desembarcadas.
O incêndio ocorreu na plataforma PCH-1 (Cherne 1), na bacia de Campos, a cerca de 130 km da costa de Macaé, no Rio de Janeiro. A plataforma não produz petróleo desde 2020. De acordo com o sindicato, foram quatro horas de incêndio
A Petrobras afirmou que “será formada para apurar as causas do incidente”.
O Sindpetro-NF afirmou acompanhar com preocupação o acidente. A entidade afirma “que tem denunciado sistematicamente, ao longo dos últimos anos, a falta de investimentos em manutenção e na integridade das plataformas da bacia de Campos”.
“Os acidentes que vêm se tornando recorrentes são o resultado direto de anos de negligência de governos anteriores, que abandonaram as políticas de segurança e integridade das unidades offshore, provocando o sucateamento das instalações”, diz o sindicato.
“Infelizmente, o que vemos hoje são as consequências práticas do desmonte da indústria nacional do petróleo. O sucateamento da vacia de Campos, além dos prejuízos econômicos, coloca em risco a vida dos trabalhadores. Não é por acaso que acidentes como esse têm se tornado mais frequentes”, afirma a direção do Sindipetro-NF.
Folhapress
Voto em papel, fumaça preta ou branca; entenda o conclave, que elegerá novo papa
Passados os nove dias de cerimônias do funeral de Francisco, morto nesta segunda-feira (21) aos 88 anos, o conclave passa a atrair todas as atenções para a escolha do novo papa. Têm direito a voto apenas os cardeais com menos de 80 anos, que se reúnem na Capela Sistina. A eleição, secreta e espontânea (sem candidatos predeterminados), é feita em folhas de papel depositadas em urna. O vencedor é aquele que obtiver dois terços dos votos, calculados com base no total de eleitores presentes.
Em tese, qualquer homem batizado e celibatário pode vir a se tornar pontífice, mas a última vez que um não cardeal virou papa ocorreu em 1378 —Urbano 6º era apenas arcebispo quando foi escolhido.
Além do caráter estritamente secreto que envolve o processo —os cardeais precisam jurar que manterão segredo sobre tudo o que envolver as votações—, a assembleia também é alvo de atenção por sua duração indefinida. O anúncio do novo papa pode demorar dias ou semanas. Francisco foi eleito no segundo dia de conclave, na quinta votação. Bento 16 saiu vencedor também no segundo dia, após quatro escrutínios.
Se não há um vitorioso, as cédulas são queimadas, e uma fumaça preta na chaminé da Capela Sistina indica ao público que o processo continuará. Se a cor for branca, o cardeal protodiácono, o mais antigo cardeal-diácono, se apresenta aos fiéis na praça São Pedro para pronunciar o aguardado “habemus papam”, a frase em latim que indica que o novo chefe da Igreja foi escolhido. Ele, então, diz o nome civil do eleito e o nome de pontífice pelo qual passará a ser chamado. Esta escolha do nome papal é pessoal do novo chefe da Igreja.
É incerta a história que envolve as primeiras eleições papais –há evidências de que os primeiros pontífices nomearam seus sucessores. Pelo menos desde o século 13, a escolha ganhou contornos parecidos com o que ocorre hoje. Depois que Clemente 4º morreu, em 1268, os cardeais levaram mais de dois anos para eleger o sucessor. O nome só saiu depois que eles foram trancados em uma sala sem teto e refeições à base de pão e água. O eleito, Gregório 10, publicou, então, uma lista de regras determinando o conclave fechado.
O formato foi evoluindo desde então, e foi só no século 20 que a eleição do papa ficou livre de interferências de fora da Igreja Católica. Desde o século 17 até o papado de Pio 10, encerrado em 1914, os reis católicos da Europa tinham direito de veto na escolha do pontífice. Em 1903, o instrumento foi usado pela última vez, quando a Áustria barrou o nome do cardeal Mariano Rampolla.
Ainda que as regras tenham se mantido relativamente estáveis nos últimos anos, o próximo conclave terá como fator surpresa o comportamento dos cardeais eleitores nomeados por Francisco. Em seus dez consistórios, até dezembro de 2024, o argentino diversificou a origem dos cardeais, diminuindo a presença dos religiosos da Europa, em especial da Itália, e aumentando os provenientes da Ásia e da África. O nome do futuro papa tem tudo para refletir a ideia de “igreja em saída”, de caráter missionário e capaz de chegar a todos, de que tanto falou Francisco durante seu papado.
Michele Oliveira/Folhapress
No Feriado de Páscoa, ACM Neto recebe peregrinação de prefeitos e lideranças de olho em 2026
O feriado da Semana Santa foi de intensa movimentação política na casa do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto. Depois de reunir lideranças no Sábado de Aleluia (19), Neto voltou a receber prefeitos, lideranças e deputados neste domingo de Páscoa (20), consolidando sua articulação com vistas às eleições de 2026.
Entre os participantes, conforme apurou este Política Livre, estavam os deputados federais Leo Prates (PDT) e Dal Barreto (União Brasil), o deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) e os prefeitos Genival Deolino (PSDB), de Santo Antônio de Jesus; Tiago Dias (União Brasil), de Santo Estevão; Tote Fróes (União Brasil), de Dom Macedo Costa; e Manuela Pedreira (PP), de Governador Mangabeira. Também participaram o ex-prefeito de Governador Mangabeira Marcelo Pedreira (PP) e o candidato a prefeito de Amargosa em 2024, Bia Cintra (União Brasil).
Em clima descontraído, o deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) registrou o encontro em suas redes sociais. “Almoço descontraído na casa de @acmnetooficial com sua família e os amigos do Recôncavo da nossa Bahia”, disse o parlamentar. O pré-candidato a deputado estadual Ditinho Lemos e a candidata a prefeita de Cabaceiras do Paraguaçu Eliana Passos também estavam presentes, além de familiares do ex-prefeito de Salvador.
No sábado (19), Alan Sanches já havia destacado o caráter estratégico da reunião: “No feriado, também é dia de debater a Bahia e olhar para o futuro. […] 2026 está logo ali!”.
Presente também no encontro do sábado, o prefeito de Santo Antônio de Jesus, Genival Deolino, reforçou o tom de unidade e construção. “Sábado de Páscoa de reencontros, diálogo e fortalecimento de parcerias. Agradeço ao amigo ACM Neto pelo convite para esse momento tão especial em sua fazenda, onde tivemos a oportunidade de reunir grandes lideranças da nossa região, conversar sobre o presente e planejar juntos o futuro”, afirmou o gestor.
Participantes disseram que o encontro teve um clima leve e deacontraído. “Chegou uma ruma de lideranças”, contou uma das fontes. “Neto estava solto, leve, em um clima descontraído com a família, e a galera gostou muito do que ouviu dele. Foi aquele ambiente que a gente sempre defendeu: clima muito bom”, relatou um dos presentes.
Nos próximos dias, ACM Neto deve intensificar sua agenda no interior do estado, com visitas a cidades estratégicas e reuniões voltadas ao fortalecimento da oposição e à escuta das demandas regionais. O tom adotado nas reuniões indica que o ex-prefeito já articula de forma direta sua pré-candidatura para governador de 2026.
Política Livre
Quem pode substituir Francisco? Veja nomes cotados
Com a morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21), o Vaticano vai começar os preparativos para a escolha de um novo líder da Igreja Católica.
Até que isso ocorra, a Igreja terá uma espécie de governo temporário. Parte dos religiosos que compõem a cúpula do governo do Vaticano perde suas as funções, e decisões urgentes ficam a cargo de um Colégio dos Cardeais.
Ainda não é possível prever quem será o próximo papa, mas alguns cardeais já estão sendo cotados para suceder Francisco. Veja a seguir.
Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha, francês, 66 anos
Jean-Marc Aveline é conhecido em alguns círculos católicos como João XXIV, em referência à sua semelhança com o Papa João XXIII, o papa reformador de rosto redondo do início dos anos 1960.
Aveline é conhecido por sua natureza simples e descontraída, sua facilidade para fazer piadas e sua proximidade ideológica com Francisco, especialmente em relação à imigração e às relações com o mundo muçulmano.
Ele também é um intelectual sério, com doutorado em teologia e graduação em filosofia.
Cardeal Peter Erdo, húngaro, 72 anos
Se Erdo for eleito, ele inevitavelmente será visto como um candidato de compromisso — alguém do campo conservador que, ainda assim, construiu pontes com o mundo progressista de Francisco.
Erdo já era considerado um candidato papal no último conclave em 2013, graças aos seus amplos contatos com a Igreja na Europa e na África, bem como ao fato de ser visto como um pioneiro do movimento da Nova Evangelização para reacender a fé católica em nações avançadas secularizadas — uma prioridade para muitos cardeais.
Cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos
Grech vem de Gozo, uma pequena ilha que faz parte de Malta, o menor país da União Europeia. Partindo de um começo modesto, Grech evoluiu para grandes feitos, sendo nomeado pelo Papa Francisco para ser secretário-geral do Sínodo dos Bispos — um cargo de peso dentro do Vaticano.
Inicialmente visto como conservador, Grech se tornou um porta-voz das reformas de Francisco dentro da Igreja durante anos, evoluindo rapidamente com os tempos.
Cardeal Juan Jose Omella, arcebispo de Barcelona, espanhol, 79 anos
Omella é um homem segundo o coração do Papa Francisco. Modesto e bem-humorado, ele vive uma vida humilde apesar de seu título elevado, dedicando sua carreira na Igreja ao cuidado pastoral, à promoção da justiça social e à personificação de uma visão compassiva e inclusiva do catolicismo.
"Não devemos ver a realidade apenas pelos olhos daqueles que mais têm, mas também pelos olhos dos pobres", disse ele ao site de notícias Crux em abril de 2022, em palavras que refletiam a visão de mundo de Francisco.
Cardeal Pietro Parolin, italiano, diplomata do Vaticano, 70 anos
Favorito dos apostadores, Parolin é visto como um candidato de compromisso entre progressistas e conservadores. Ele foi diplomata da Igreja durante a maior parte de sua vida e serviu como secretário de Estado do Papa Francisco desde 2013, ano em que Francisco foi eleito.
O cargo é semelhante ao de um primeiro-ministro, e os secretários de Estado são frequentemente chamados de "vice-papas" porque estão em segundo lugar, depois do pontífice, na hierarquia do Vaticano.
Cardeal Luis Antonio Gokim Tagle, filipino
Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, ganês, funcionário do Vaticano, 76 anos
Tagle é frequentemente chamado de "Francisco Asiático" devido ao seu comprometimento semelhante com a justiça social e, se eleito, seria o primeiro pontífice da Ásia.
No papel, Tagle, que geralmente prefere ser chamado pelo apelido "Chito", parece ter todos os requisitos para ser um papa.
É improvável que os cardeais do mundo escolhessem o primeiro papa dos EUA, mas se estivessem dispostos a isso, Tobin pareceria a possibilidade mais provável.
Ex-líder global de uma importante ordem religiosa católica conhecida como Redentoristas, o nativo de Detroit passou por países ao redor do mundo e fala italiano, espanhol, francês e português fluentemente. Ele também tem experiência no Vaticano e em altos cargos na Igreja dos EUA.
Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, ganês, funcionário do Vaticano, 76 anos
De origens humildes em uma pequena cidade africana, o Cardeal Peter Turkson alcançou grandes feitos na Igreja, o que o tornou um candidato a se tornar o primeiro papa da África Subsaariana.
Ele combina uma longa experiência pastoral cuidando de congregações em Gana com experiência prática na liderança de vários escritórios do Vaticano, bem como fortes habilidades de comunicação.
Matteo Maria Zuppi, italiano, arcebispo de Bolonha, 69 anos
Quando Zuppi foi promovido em 2015 e se tornou arcebispo de Bolonha, a mídia nacional se referiu a ele como o "Bergoglio italiano", devido à sua afinidade com Francisco, o papa argentino que nasceu Jorge Mario Bergoglio.
Zuppi seria o primeiro papa italiano desde 1978.
Por Reuters
Líder da oposição abre casa como QG e busca papel de destaque no bolsonarismo
No dia do julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) em que se tornou réu no caso da trama golpista de 2022, Jair Bolsonaro (PL) chegou cedo ao aeroporto de Brasília, acompanhado do líder da oposição na Câmara, Zucco (PL-RS).
O ex-presidente estava na véspera em São Paulo, onde participou de um podcast com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), também acompanhado do deputado. Em seguida, foram jantar no Palácio dos Bandeirantes, onde se hospedaram.
A ideia inicial para o dia do julgamento, segundo relatos feitos à Folha, era que tanto Bolsonaro quanto Zucco seguissem para o apartamento funcional do parlamentar, onde acompanhariam a sessão da corte com outros deputados.
Mas o ex-presidente mudou de rota e decidiu ir presencialmente ao STF, após consultar alguns aliados. O deputado foi um dos poucos que acompanhou, de dentro do Supremo, o julgamento do “01”, como o deputado chama o ex-presidente.
Deputado de primeiro mandato, Zucco não era figura frequente nos ciclos palacianos durante os anos de Bolsonaro na Presidência. Os dois estiveram juntos poucas vezes no Planalto, em rápidas visitas, ou em atos e motociatas no Rio Grande do Sul, onde o gaúcho era deputado estadual.
Agora, ele alcançou tamanha proximidade do ex-presidente a ponto de tornar seu apartamento num QG (quartel-general) para encontros com a oposição e Bolsonaro.
O último tinha sido na manhã em que a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou denúncia contra o ex-presidente sob a acusação de liderar a trama golpista. O encontro serviu de desagravo a Bolsonaro, com parlamentares inclusive de outros partidos. Outra vez, o local serviu para um encontro mais reservado entre Tarcísio e Bolsonaro.
Zucco teve formação militar ao lado do governador de São Paulo e do ex-ministro da CGU (Controladoria-Geral da União) de Bolsonaro Wagner Rosário, mas foi o único a seguir carreira. Ele chegou, de 2010 a 2016, ao cargo de coordenador do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), onde atuava na segurança dos então presidentes Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT).
Quando é lembrado, faz questão de destacar que atuava na segurança da instituição e busca se distanciar dos presidentes petistas.
No ano seguinte que deixou o Planalto, Zucco foi apresentado pelo então servidor da Câmara Vitor Hugo –que viria a ser deputado federal e líder do PSL na gestão Bolsonaro– ao então parlamentar que se lançava à Presidência em 2018.
No primeiro encontro, Bolsonaro já incentivou o militar a concorrer para o cargo de deputado estadual com a bandeira de segurança pública. À época, ele dava palestras sobre o tema.
Zucco topou a empreitada e foi eleito com o nome de urna “tenente-coronel” pelo PSL, então partido de Bolsonaro. Depois, ganhou Hamilton Mourão como cabo eleitoral na campanha de 2022.
Eleito pelo Republicanos, mudou para o PL em 2024, com anuência do partido, ficando ainda mais próximo do “01”.
A patente saiu do nome político numa estratégia para ele alçar voos mais altos. Deputado mais votado no Rio Grande do Sul em 2022, ele agora quer buscar um cargo majoritário, como o governo estadual ou o Senado. A palavra final, segundo aliados, será de Bolsonaro.
Além de sua casa funcionar como um QG, Zucco tem viajado com o ex-presidente sempre que é convidado. Passaram juntos os últimos dois carnavais em Mambucaba (RJ), onde Bolsonaro tem casa. Inclusive, estava com ele pescando em um barco no dia em que houve operação da PF (Polícia Federal) contra Carlos Bolsonaro na casa de veraneio da família.
Na Câmara dos Deputados, Zucco presidiu a CPI do MST no primeiro ano de mandato. Após 130 dias, o colegiado não teve sua vigência prorrogada pelo então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), frustrando a oposição.
A comissão foi palco de disputa entre governistas e bolsonaristas e ouviu lideranças do movimento, ex-integrantes do grupo, autoridades, representantes do Incra e especialistas.
O relatório do deputado Ricardo Salles (Novo-SP) trazia projetos de lei para enquadrar movimentos sociais como terrorismo. Acabou não aprovado na comissão.
Em 2024, Zucco assumiu a liderança da oposição, com apoio de deputados e do ex-presidente. Tem pautado sua atuação em organizar coletivas e articular pautas bolsonaristas, como o PL da anistia a presos do 8 de janeiro, e em defesa do ex-presidente.
Antes da mais recente internação de Bolsonaro, a rotina do agora líder era chegar a Brasília e, nas terças-feiras pela manhã, tomar café com o ex-presidente no partido. Às vezes, convidava-o ainda para participar da reunião da oposição, que ocorre no mesmo dia, muitas vezes no apartamento funcional do deputado.
Quando Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidiu ficar nos Estados Unidos e se licenciar do cargo, ele embaralhou os planos do partido nas comissões. A prioridade número um era a Comissão de Relações Exteriores, justamente para que a presidência fosse do filho de Bolsonaro.
Com isso, em poucas horas, o partido teve de se reorientar em busca de um novo nome. Em entrevista à Folha naquele dia, Eduardo citou Zucco e Filipe Barros (PL-PR) como possíveis candidatos. O primeiro chegou a soltar uma nota relatando convite de Eduardo e dizendo que aceitaria a “missão”.
Horas depois, ocorreu uma reviravolta e Barros foi confirmado pelo partido como indicado para a comissão. Segundo relatos, a decisão foi um pedido da própria bancada para que Zucco não acumulasse os dois cargos de destaque, ou seja, tanto a liderança da oposição como a presidência do colegiado.
Marianna Holanda/Folhapress
Políticos baianos lamentam a morte do Papa Francisco e exaltam seu legado de fé, justiça e humildade
A morte do Papa Francisco, anunciada nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, causou comoção em todo o mundo. Na Bahia, lideranças políticas manifestaram pesar e destacaram o legado deixado pelo pontífice, o primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica, reconhecido por sua postura humilde, comprometida com os pobres e defensora da justiça social.
O governador Jerônimo Rodrigues usou as redes sociais para prestar homenagem e manifestar sua tristeza. “O mundo se despede hoje de uma das maiores referências de fé, humanidade e coragem do nosso tempo. Sinto com tristeza sua partida e peço a Deus que conforte os corações de todos que hoje choram essa perda”, escreveu. Jerônimo ainda destacou o estilo simples do Papa e sua voz firme em defesa dos mais vulneráveis: “Seu exemplo deixa um rastro de esperança e compromisso com o bem comum. Que a gente siga honrando sua memória com atitudes concretas, construindo uma sociedade mais justa, humana e solidária.”
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, também lamentou profundamente o falecimento. Ele ressaltou a trajetória marcada por humildade, amor ao próximo e compromisso com a dignidade humana. “Sua trajetória foi marcada por uma atuação firme em defesa da paz, da justiça social e da dignidade humana. O Papa Francisco deixa um legado que transcende as fronteiras da religião. Com simplicidade, coragem e palavras sempre guiadas pelo amor, ele tocou os corações de milhões ao redor do mundo.”
O ex-prefeito de Salvador ACM Neto também se manifestou. “Com sua humildade, compromisso com a paz, amor pelos mais pobres e decisões progressistas, o Papa Francisco deixou um grande legado para o mundo. Primeiro papa latino-americano e o primeiro a adotar o nome Francisco, foi sempre uma inspiração que ultrapassou os limites da Igreja Católica. Ao longo de seus 12 anos de pontificado, demonstrou coragem e sensibilidade ao defender a justiça social e o diálogo entre os povos, tocando o coração de pessoas de todas as crenças.”
ACM Neto relembrou ainda um momento marcante de sua trajetória política: “Em 2015, tive a honra de estar com o Papa Francisco, ao lado de prefeitos de capitais brasileiras e europeias — um encontro emocionante que levo no coração. Para os baianos, o carinho por ele é ainda mais especial, pois foi durante seu pontificado que Irmã Dulce foi canonizada.”
Já o presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz, destacou o simbolismo espiritual do pontífice e a conexão com a fé presente no povo soteropolitano. “Como cristão e como cidadão de uma cidade marcada pela espiritualidade e diversidade religiosa como Salvador, uno-me a milhões de corações enlutados pela perda deste líder que tocou o mundo com sua compaixão, lucidez e exemplo de vida. Que Deus o receba em Sua infinita misericórdia, e que seu legado continue a inspirar gerações”, afirmou.
O deputado federal Leo Prates (PDT-BA) também expressou pesar e enalteceu a postura humanitária de Francisco. “Com muita tristeza recebemos a notícia da morte do Papa Francisco. Um líder diferenciado, que marcou a história com seu exemplo de simplicidade, amor e compromisso com os que mais precisam. Seu legado será eterno.”
Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936, foi escolhido Papa em 2013 após a renúncia de Bento XVI. Durante mais de uma década de pontificado, destacou-se por defender causas sociais, o meio ambiente e o diálogo inter-religioso.
Política Livre
Morre papa Francisco, 1º pontífice latino-americano, aos 88
O Vaticano confirmou, na manhã desta segunda-feira (21), a morte de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, aos 88 anos. O falecimento ocorreu às 2h35 (horário de Brasília), 7h35 no horário local.
Francisco ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos. Primeiro papa latino-americano da história, ele marcou seu pontificado por uma forte ênfase na justiça social, no cuidado com os pobres e no diálogo inter-religioso.
Nota oficial:
“O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino.”
Enteado mata padrasto a golpes de arma branca em Ceilândia
Crime ocorreu neste domingo de Páscoa (20/4), na QNR 05, conjunto O. Vítima morreu no local
Um homem de 38 anos foi morto a golpes de arma branca na tarde deste domingo de Páscoa, (20/4), em Ceilândia. O crime ocorreu na quadra QNR 05, conjunto O. De acordo com testemunhas, o principal suspeito do homicídio é o enteado da vítima, que fugiu após o crime e, até o momento, permanece foragido.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada e, ao chegar ao local, constatou o óbito da vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A ocorrência está sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 24ª Delegacia de Polícia. https://www.correiobraziliense.com.br/
Médicos dizem que Bolsonaro tem pressão controlada, mas segue sem previsão de alta
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 70, está com a pressão arterial controlada, após a alteração que os exames apontaram no sábado (19), segundo os médicos.
De acordo com o boletim deste domingo (20), estão mantidas as recomendações de fisioterapia e de não receber visitas. Ele segue em jejum oral, com alimentação intravenosa e internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) sem previsão de alta.
Bolsonaro foi internado no último dia 11 após passar mal no interior do Rio Grande do Norte. Como tem feito diariamente, neste domingo o ex-presidente publicou, em suas redes sociais, a atualização de seu estado de saúde, agradecendo as mensagens de apoio que vem recebendo.
“Hoje pela manhã retiraram o curativo na área dos pontos centrais para limpeza e averiguação da situação, além de dreno na lateral esquerda de meu abdômen”, escreveu. Na foto publicada, ele mostra a cicatriz da cirurgia e a entrada da sonda.
Ele está internado no hospital DF Star em Brasília, para onde foi transferido depois de passar mal em visita ao Rio Grande do Norte. Já na capital, ele passou por uma cirurgia de desobstrução intestinal que durou cerca de 12 horas.
Mariana Brasil, Folhapress
Barroso rebate The Economist e diz que enfoque pende à narrativa dos que tentaram golpe
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso rebateu por meio de nota na noite deste sábado (19) afirmações da revista britânica The Economist de que juízes da mais alta corte brasileira têm “poder excessivo”, com destaque ao ministro Alexandre de Moraes.
Reportagem da revista recapitula alguns episódios da história política brasileira e de ataques à democracia. No texto, a revista critica posturas que considera autoritárias por parte dos membros do Supremo, defende moderação e cita as decisões monocráticas dos ministros —aquelas tomadas de forma individual, sem necessidade de discussão com os demais.
Barroso diz na nota que o enfoque da reportagem corresponde “mais à narrativa dos que tentaram o golpe de Estado do que ao fato real de que o Brasil vive uma democracia plena”.
O presidente do STF citou pesquisa do Datafolha que aponta que a maioria da população do Brasil confia no STF (24% confiam muito e 35% confiam um pouco).
Entre os casos citados, ele abordou o episódio de suspensão do X (antigo Twitter) por descumprimento de normas exigidas por parte do dono da empresa, Elon Musk.
“Não existe uma crise de confiança. As chamadas decisões individuais ou ‘monocráticas’ foram posteriormente ratificadas pelos demais juízes. O X (ex-Twitter) foi suspenso do Brasil por haver retirado os seus representantes legais do país, e não em razão de qualquer conteúdo publicado. E assim que voltou a ter representante, foi restabelecido”, diz a nota.
Ao mencionar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela acusação de envolvimento na trama golpista de 2022, o texto da Economist diz que o STF corre o risco de “reforçar a percepção de que a corte é mais guiada pela política do que pela lei”, devido aos vínculos anteriores de ministros com o presidente Lula (PT).
O jornal se refere a Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, e Dias Toffoli, ex-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União) no segundo mandato do petista.
Segundo a Economist, a alta corte brasileira age de forma autônoma e pouco controlada, num contexto que exigiria maior equilíbrio entre os Poderes. A revista argumenta que o STF se transformou em protagonista político num grau incompatível com democracias liberais maduras.
O texto também acusa Barroso de ter dito, em 2023, que o Supremo “derrotou Bolsonaro”, o que foi negado pelo presidente.
” O presidente do Tribunal nunca disse que a corte ‘defeated [derrotou] Bolsonaro’. Foram os eleitores”, afirma Barroso na nota.
O presidente do STF também usou a nota para defender Moraes e afirmar que o ministro “cumpre com empenho e coragem o seu papel, com o apoio do tribunal, e não individualmente”.
“Quase todos os ministros do tribunal já foram ofendidos pelo ex-presidente. Se a suposta animosidade em relação a ele pudesse ser um critério de suspeição, bastaria o réu atacar o tribunal para não poder ser julgado”, disse.
Mariana Brasil, Folhapress
Alan Sanches e Ditinho são recebidos por ACM Neto para almoço político no interior da Bahia
O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) e o empresário Ditinho Lemos, pré-candidatos a deputado federal e estadual, respectivamente, foram recebidos pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), em sua fazenda no interior da Bahia, neste sábado (19). Em um almoço descontraído com demais lideranças políticas, o grupo discutiu estratégias e propostas para o futuro da Bahia que serão apresentadas nas eleições de 2026.
“No feriado, também é dia de debater a Bahia e olhar para o futuro! Tivemos um almoço especial com ACM Neto, que nos recebeu para um bate-papo muito produtivo sobre o Recôncavo e o estado da Bahia. Ao lado do prefeito de Santo Antônio de Jesus, Genival Deolino, Ditinho e outros amigos e lideranças, tivemos a oportunidade de apresentar sugestões e discutir demandas essenciais para o desenvolvimento da região. 2026 está logo ali!”, registrou Alan Sanches nas redes sociais.
“Estar junto de quem tem história, seriedade e compromisso com o povo nos dá ainda mais motivação para seguir construindo pontes e buscando o que realmente importa: resultados para a nossa gente”, reforçou Ditinho, ao celebrar a iniciativa.
Alan Sanches destacou ainda que o gesto de ACM Neto de abrir as portas de sua casa é mais uma demonstração da construção de uma aliança ampla e sólida, sintonizada com o desejo de mudança da população baiana.
“Vamos juntos construir um futuro ainda melhor para a nossa Bahia”, projetou Alan Sanches.
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