Temporal em SP: mais de 300 árvores caem e 74 mil imóveis seguem sem luz; taxista morreu
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Árvore cai e atinge carro na R. Artur de Azevedo, próximo à esquina com a Rua João Moura, após o temporal com ventos fortes que atingiu o bairro de Pinheiros |
Subprefeitura do Butantã, na Zona Oeste da capital, foi a região mais afetada com 110 árvores caídas. Elton Ferreira de Oliveira também morreu nesta quarta-feira (12) enquanto fazia uma corrida para passageiros chineses no Centro.
A Prefeitura de São Paulo contabilizou a queda de 330 árvores após o forte temporal que atingiu a capital na tarde desta quarta-feira (12). A Zona Oeste foi a mais atingida.
Mais de 74 mil imóveis ainda estavam sem energia elétrica às 6h10 desta quinta (13), segundo o levantamento da Enel. No total, 173 mil clientes ficaram no escuro depois da tempestade.
A concessionária informou que "normalizou o serviço para 65% dos clientes impactados pelas fortes chuvas registradas ontem (12/3) em diferentes pontos da área de concessão. A região Oeste foi a mais afetada com muitas árvores de grande porte caídas sobre a rede elétrica".
Toda a cidade ficou em estado de atenção para alagamentos, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura. As rajadas de vento chegaram a 60 km/h em algumas regiões da cidade, deixando muitos estragos.
Nesta quarta, a capital também ganhou, pelo 4° ano seguido, um prêmio da Organização das Nações Unidas (ONU) de preservação adequada e manejo sustentável de árvores e florestas urbanas do município. O prêmio foi anunciado antes do temporal.
A tempestade ainda deixou uma vítima fatal. O taxista Elton Ferreira de Oliveira, de 43 anos, morreu após uma árvore cair sobre seu veículo na Avenida Senador Queirós, no Centro. No momento do acidente, ele transportava dois passageiros chineses, mãe e filho. Um vídeo registrou o momento da queda, que também atingiu a fiação elétrica.
Na Rua Artur de Azevedo, na região de Pinheiros, outra árvore caiu em cima de dois veículos deixando três pessoas feridas, segundo informações da Defesa Civil de São Paulo.
Balanço
A região da Sé, onde o taxista morreu, foi a segunda área mais afetada pela chuva, com o registro de 106 quedas de árvores (32% do total). Esses números fazem parte de um balanço da própria prefeitura obtido pela GloboNews.
A terceira árvore mais antiga da capital paulista, com cerca de 200 anos e 30 metros de altura, também caiu durante o temporal. Ela ficava no Largo do Arouche, no Centro, e era um chichá da Mata Atlântica que pode alcançar grandes dimensões e é usada em reflorestamento.
O recorde ficou com a Subprefeitura do Butantã com 110 árvores caídas (33% do total). Já a administração regional de Pinheiros contabilizou 95 quedas de árvores e a da Lapa, 19.
Moradores relataram chuva com granizo nas regiões Oeste e central da cidade (vídeo abaixo).
No Centro, o cenário era de destruição, com árvores caídas sobre diversos veículos, praças e calçadas. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura, houve queda de granizo em:
- Butantã, Zona Oeste às 16h50
- Pinheiros, Zona Oeste, às 17h20
- Itaquera, Zona Leste, às 17h39
A Defesa Civil também emitiu alerta severo para as regiões Norte, Leste, Oeste e central de São Paulo.
As rajadas de vento ultrapassaram os 60 km/h nesta quarta-feira — situação em que há risco de queda de árvores. O recorde de ventania na capital foi registrado em outubro de 2024, com 107,6 km/h na Zona Sul da cidade.
Maiores rajadas de vento registradas pelo Centro de Gerenciamento de Emergência:
- 61,0 Km/h - Aeroporto Campo de Marte, zona norte - 17h03
- 62,9km/h - Santana-Carandiru às 17h20
- 61,6km/h - SÉ-CGE às 17h10
- 55,5 Km/h - Aeroporto Campo de Marte, zona norte, às 17h
- 34,5km/h - Butantã-USP às 17h
- 33,8km/h - Lapa-Vila Leopoldina às 17h
- 28,4km/h - Lapa-Vila Leopoldina às 16h50
- 27,8km/h - Santana-Carandiru às 17h
Em Pinheiros, na Zona Oeste, árvores caíram sobre carros e fiação de postes. Não há informação sobre feridos nesta região (imagem abaixo).
Já na Rua Artur de Azevedo, também na Zona Oeste, parte do teto de um restaurante desabou. No mesmo endereço, uma árvore caiu sobre sobre dois veículos. Cinco equipes dos Bombeiros foram direcionadas para a ocorrência.
O Corpo de Bombeiros recebeu 150 chamados para quedas de árvores, um para desabamento e um para enchente.
A União de Lojistas da 25 de Março informou que a região, um dos principais polos comerciais da capital, sofreu um apagão que afetou diversas ruas na área. Também houve alagamentos em ruas próximas (vídeo abaixo).
Maiores índices de chuva registrados pelas estações meteorológicas do CGE até as 18h20:
- Sé - CGE: 23,2mm
- Pinheiros - Vila Madalena: 22,4mm
- Butantã - USP: 18,6mm
- Aricanduva/Vila Formosa - Shopping: 17,6mm
- Penha - Rincão: 11,5mm
Por Léo Arcoverde, Redação GloboNews e g1 SP — São Paulo
Nota da Direção da Rádio Ipiaú FM ao público em geral
Tivemos um problema crônico na rede de distribuição de energia lá na torre de transmissão que afetou não só a rádio, mas canais de tv e internet. Agradece as equipes da Coelba que se empenharam em resolver.
A direção da rádio está tomando medidas para não ocorrer mais da emissora ficar fora do ar por um período tão longo como esse.
- Comprando um gerador potente para suportar mais de 24h
- Além de instalação de uma torre de backup aqui na cidade
- Em breve, talvez até junho, a rádio também passará a operar com 6kw ( já autorizado pela Anatel).
- Atualmente operamos com até 1kw
Agradecemos a compreensão de todos ao tempo em que pedimos desculpas pelos transtornos
Atenciosamente: Direção da Ipiaú FM
Taxação de 25% dos EUA pode afetar produção de aço bruto em Minas Gerais, maior fabricante do país
Em 2024, o estado liderou a produção do metal no país, com 10 milhões de toneladas. A maior parte do aço que saiu de Minas Gerais foi para os Estados Unidos.
Minas Gerais é o maior fabricante brasileiro de aço bruto e semiacabado, segundo o Instituto Aço Brasil. Em 2024, o estado liderou a produção nacional, com uma fatia equivalente a 30,1% (10,2 milhões de toneladas) do setor no país.
Por isso, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) analisa os impactos da cobrança de tarifas de 25% sobre todas as importações do metal nos Estados Unidos. A medida entrou em vigor nesta quarta-feira (12), um mês após a assinatura de um decreto pelo presidente Donald Trump (entenda mais abaixo).
De acordo com a instituição, em janeiro de 2025, durante as primeiras ameaças tarifárias do governo norte-americano, o aço brasileiro bateu o recorde de exportações para os EUA dos últimos quatro anos.
Neste período, foram exportadas 531 mil toneladas da matéria-prima, número que corresponde a mais de 56% se comparado com a média mensal de 2024.
No mesmo mês, o total das importações de aço pelos norte-americanos foi o maior dos últimos três anos, alcançando 2,8 milhões de toneladas.
"É uma suspeita que a gente tinha, de que realmente as empresas americanas fariam esse estoque de aço em razão das ameaças de aumento da tarifa, e isso correspondeu", destacou Verônica Winter, analistas de negócios internacionais do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiemg.
A Fiemg também ressalta que, por se tratar de uma taxação aplicada a todas as economias e não somente à brasileira, o cenário colocaria os países em condições de concorrência mais equilibradas. No entanto, tudo depende das negociações bilaterais entre o país norte-americano com o Brasil.
“Entendemos que a negociação é o melhor caminho para Brasil e EUA neste momento. Se houver um acordo, a tendência é de que a exportação de aço brasileiro aumente para os Estados Unidos, com um cenário positivo. Entretanto, se o bom senso não prevalecer, haverá consequências para parte da indústria siderúrgica nacional, especialmente a mineira”, afirmou o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe.
Em 2024, o Brasil ficou em segundo lugar entre os países que mais exportaram aço para os EUA, com quatro milhões de toneladas — o maior volume desde 2017, quando chegou a 4,6 mi.
Na última terça-feira (11), o presidente Lula (PT) visitou o Polo Automotivo Stellantis, da Fiat, na Grande BH, e, em seguida, conheceu as obras de expansão da siderúrgica Gerdau, em Ouro Branco, na Região Central de Minas. Durante um discurso, ele "pediu respeito" a Donald Trump.
"Não adianta o Trump ficar gritando de lá, porque eu aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, fale com respeito comigo, que eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado", declarou o presidente Lula.
Taxação nos EUA
Em fevereiro, Donald Trump assinou um decreto que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para os Estados Unidos a partir de 12 de março.
A medida, que deve atingir em cheio o setor siderúrgico de grandes parceiros comerciais dos EUA, como o Canadá, México e Brasil, faz parte de uma das principais promessas de campanha de Trump: a taxação de produtos estrangeiros para priorizar a indústria norte-americana.
"Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos criar para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas", disse Trump.
Especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que o principal efeito da cobrança será a diminuição das exportações para os norte-americanos. Além disso, o cenário traz desafios para o setor siderúrgico, que terá que redirecionar suas vendas ou, no longo prazo, diminuir a produção.
Entre as empresas que têm fábricas instaladas no Brasil, os reflexos devem ser diversos. De um lado, estão as companhias com maior atuação no mercado de exportação — e que podem sair prejudicadas, com queda no volume exportado.
Do outro, estão aquelas cujo peso das exportações é menor, tendo o impacto suavizado. Nesses casos, os desafios ficam com a mudança do mercado interno, diante do possível aumento da oferta de produtos aqui no país — o que tende a baixar preços e reduzir as margens das companhias.
Por Redação g1 — Belo Horizonte
Simone Tebet defende discussão sobre a redução da escala 6×1
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, defende que a discussão sobre a redução da escala 6×1 seja “colocada na mesa” como uma forma de gerar produtividade, qualidade de trabalho e benefícios ao setor econômico.
A defesa foi feita nesta quarta-feira (12), em entrevista à jornalista Miriam Leitão (GloboNews).
“Não é só porque (a escala 6×1) é desumana. É porque (a escala 5×2) vai gerar economia, produtividade, qualidade no trabalho e o próprio empresário vai ganhar”, disse.
O debate sobre a escala 6×1 ganhou força com uma PEC (proposta de emenda constitucional) da deputada Erika Hilton (PSOL-SP). A parlamentar propõe a criação de uma escala 4×3 (quatro dias de trabalho para três de descanso).
Tebet defende também que a igualdade salarial entre homens e mulheres seja colocada em prática, também pelo viés de fazer girar a economia.
Na entrevista, ela disse que é preciso ter coragem para enfrentar essas questões. “Isso faz parte do Brasil que queremos daqui a dois ou três anos”.
Tebet defendeu que o governo dialogue com os interesses da população e declarou acreditar que a meta de justiça social seja comum à esquerda e à direita, com divergências na forma.
Ela criticou, no entanto, os extremos políticos, dizendo que eles pregam a violência, a privação de liberdade e a autocracia.
Apesar disso, Tebet sugeriu que o governo de Donald Trump seja tratado com diplomacia, a partir do entendimento de que os Estados Unidos são um parceiro comercial do Brasil. Na opinião dela, é preciso dar um tempo para Trump entender que o mundo está diferente e hoje o maior parceiro comercial brasileiro é a China.
A ministra destacou também as rotas de integração sul-americana, com 200 milhões de possíveis consumidores dos produtos brasileiros, e vice-versa.
“A integração americana está pronta para sair do papel. É um projeto que começamos desde o primeiro dia do nosso ministério, aproveitamos obras estruturantes do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”.
Na política doméstica, Tebet discursou também de forma diplomática em relação ao Congresso e à recém-empossada ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais).
Sobre o Congresso, afirmou que ele não é fiscalista como o governo imaginava que poderia ser, mas isso não deve ser criticado. “Democracia é isso e temos que conduzir. Faz parte do jogo democrático”.
A ministra defende 2026 como uma “janela de oportunidade” para cortar gastos supérfluos e adotar um rigor que possibilite a diminuição de juros, da inflação e o crescimento da economia, após um período de “janela de gastança”.
“Precisávamos recuperar a Farmácia Popular, Bolsa Família, ciência, tecnologia, educação, inovação”, justificou. “Mas em 2027, seja quem for o próximo presidente, ele não governa com esse arcabouço fiscal, com essas regras fiscais, sem gerar inflação, dívida pública e detonar a economia”.
Sobre Gleisi, a ministra admitiu que as duas sempre estiveram em lados opostos, mas adotando um tratamento gentil. Também disse acreditar que a ex-presidente do PT mudará o tom crítico após assumir um cargo na Esplanada dos Ministérios.
“Agora ela é uma ministra palaciana, fidelíssima ao presidente Lula e sabe que o projeto de país que está em andamento na parte econômica é do governo dela”, analisou. “Acredito que ela vai cuidar das relações institucionais, da relação com outros poderes e vai dar o suporte necessário para aprovar as medidas econômicas”.
Tebet negou a intenção de disputar o governo do Mato Grosso do Sul em 2026 e sinalizou a intenção de concorrer a uma vaga no Senado.
Cristina Camargo/Folhapress
Deputados resistem a PT e ameaçam implodir acordo de governo com Hugo Motta por vaga em tribunal
Deputados do PSD, União Brasil e PL rejeitam apoiar um nome do PT para a vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) que será aberta com a aposentadoria do ministro Aroldo Cedraz e ameaçam implodir o acordo negociado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), com o governo Lula na época da sua eleição.
A vaga só abrirá em fevereiro de 2026, mas a disputa foi antecipada pelo pedido do PT no ano passado e agora ocorre uma reação dos demais partidos, que buscam se aproveitar do mal-estar com o Executivo no Congresso para pleitear o cargo.
Motta prometeu aos petistas ajudar a eleger alguém do partido para a função, que é vitalícia e tem salário de R$ 41,8 mil mensais e poder para decidir sobre contratos e licitações do governo. Em troca, o PT e o governo não estimularam candidaturas alternativas à presidência da Câmara e rapidamente aderiram à campanha do parlamentar, o que fez os líderes de União Brasil e PSD desistirem da disputa.
O compromisso com os petistas para o TCU foi firmado por Motta e pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e reforçado em reuniões recentes com deputados. O pedido deles foi de que o PT escolhesse alguém moderado, que não fosse da ala mais ideológica, para facilitar a aprovação pelo plenário, já que a maioria dos deputados é de centro-direita ou de direita.
A promessa é também de que o PT retribua o favor depois e vote num candidato escolhido por eles para outra vaga, que será aberta com a aposentadoria do ministro Augusto Nardes. Ele só sairá obrigatoriamente em outubro de 2027, quando completará 75 anos, mas há negociações para que antecipe a saída ou até para que a eleição do substituto ocorra bem antes do fim do mandato.
Parlamentares de outros partidos, no entanto, alegam não ter feito parte do acordo e trabalham nos bastidores candidaturas próprias. Já há pelo menos outros seis deputados em busca de apoio para disputar a eleição para a corte de contas.
A escolha é por voto secreto, no plenário da Câmara, e em turno único, o que dificulta o controle sobre o resultado. O eleito precisa ser referendado depois pelo Senado.
“Não tem esse acordo. E, mesmo se tiver acordo na cúpula da Câmara, a bancada do PSD não vota no candidato do PT”, disse à Folha o deputado Sidney Leite (PSD-AM).
O motivo, afirmou Leite, é a insatisfação do PSD com a falta de apoio dos petistas à candidatura do líder da sigla na Câmara, o deputado Antonio Brito (PSD-BA), à presidência da Casa. Além disso, o PT levou Brito e parte dos deputados do partido para uma “sabatina” mesmo com a decisão tomada de endossar a candidatura de Motta. “Não se faz isso com um aliado”, criticou.
Dois dos interessados na vaga são do PSD-RJ, os deputados Pedro Paulo e Hugo Leal. A legenda tenta um acordo para escolher o nome que a representará na eleição. “Vamos dialogar com os outros partidos e fazer uma discussão interna, mas o PSD com certeza terá um candidato”, disse Leal.
Pedro Paulo afirmou que foi estimulado por parte da bancada a concorrer e que avalia a possibilidade.
“O primeiro aspecto é político: não existe compromisso de apoiar a candidatura do PT ao TCU. O segundo é que o partido tem posições sobre a agenda econômica, a agenda fiscal, a agenda de contas públicas, que têm sido marcadamente diferentes do que tem sido a agenda fiscal do PT”, disse.
Outros deputados que estão se movimentando nos bastidores pela vaga, segundo interlocutores, são Danilo Forte (União Brasil-CE), Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Soraya Santos (PL-RJ) e Hélio Lopes (PL-RJ).
Elmar queria concorrer à presidência da Câmara, mas desistiu depois de perder o apoio de Lira para Motta e de não conseguir unificar o governo em torno de sua candidatura.
À Folha ele não descartou disputar a vaga no TCU, mas afirmou que decidirá sobre isso “no momento certo” porque a eleição “envolve uma série de outros fatores” e lembrou que serão duas vagas em disputa.
Uma das interessadas na vaga era a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), que nesta segunda-feira (10) assumiu o cargo de ministra da Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo.
Deputados do centrão já tinham recomendado que ela recuasse da pretensão à corte de contas porque é muito identificada ideologicamente com a esquerda e teria resistências no plenário.
O favorito hoje no PT para disputar a cadeira no TCU é o deputado Odair Cunha (MG), ex-líder do partido na Câmara e do grupo considerado mais moderado.
Cunha selou a aliança com Motta e participou de viagens e eventos ao lado dele na campanha, de modo a também fortalecer seu nome. Procurado, não quis comentar sobre as candidaturas avulsas e disse que a eleição está longe.
O risco para os petistas é que se repita o resultado das duas vagas abertas no primeiro governo Lula que eram de indicação da Câmara. Em 2005, Augusto Nardes (então no PP-RS) venceu o deputado José Pimentel (PT-CE) por 203 votos a 137. Em 2006, Aroldo Cedraz, então no PFL, recebeu 172 votos, contra 148 de Paulo Delgado (PT-MG).
Para evitar que as derrotas se repitam, os petistas esperam que Motta e Lira cumpram o acordo e atuem para desestimular candidaturas dos outros partidos. Uma das possibilidades discutidas é antecipar a eleição para 2025, com o objetivo de afastar a disputa da polarização da eleição nacional.
O presidente da Câmara foi procurado pela Folha para tratar do tema, mas não comentou.
Raphael Di Cunto e Marianna Holanda/Folhapress
PF prende passageiros em flagrante por receptação qualificada no Aeroporto Internacional de Boa Vista/RR
Na ação foram apreendidas oito malas contendo charutos cubanos que teriam sido contrabandeados
Boa Vista/RR. A Polícia Federal realizou, no último sábado (8/3), a prisão em flagrante de duas pessoas pelo crime de receptação qualificada, no Aeroporto Internacional de Boa Vista/RR.
Na ação, a equipe abordou os suspeitos na sala de embarque, após terem despachado oito malas contendo charutos cubanos que teriam sido contrabandeados.
Os suspeitos foram detidos e encaminhados para a Superintendência Regional da Polícia Federal em Roraima, onde confirmaram serem proprietários da mercadoria e que seria utilizada para fins comerciais.
Os autores foram encaminhados ao sistema prisional e todo material foi apreendido.
Comunicação Social da Polícia Federal em Roraima
PF E PM apreendem fardos de maconha abandonados às margens do lago de Itaipu
Foz do Iguaçu/PR. Policiais federais e militares realizaram nova apreensão de maconha, encontrada nas margens do lago de Itaipu, durante patrulhamento no início da noite desta terça-feira (11/3), no município de Santa Helena, região oeste do estado paranaense.
Durante a navegação, os policiais conseguiram identificar uma embarcação atravessando para o lado brasileiro e entrando em um dos braços do lago. Ao se deslocar para o possível local onde houve o transbordo dos volumes trazidos do Paraguai, os policiais encontraram onze fardos de maconha, totalizando 236 quilos de entorpecentes.
Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR
Distribuidoras de combustíveis pedem suspensão do mandato do biodiesel por 90 dias à ANP
As maiores distribuidoras de combustíveis do País pediram nesta quarta-feira, 12, que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) suspenda por 90 dias a obrigação de mistura de biodiesel no diesel B comercializado em postos de abastecimento, até que a agência tenha condições de fiscalizar o mercado a contento.
Cogitado desde o início do ano, como adiantou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o movimento é uma reação à profusão de fraudes ao mandato de biodiesel identificada pelas empresas nos Estados do Paraná e de São Paulo, mas que já alcançaria Minas Gerais, Goiás e Bahia.
O pedido foi formalizado esta tarde junto à ANP pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) na forma de um requerimento administrativo. Integram o Sindicom Vibra, Raízen e Ipiranga, além de Shell, TotalEnergies, YPF, Castrol, Iconic, Moove e Petronas Lubrificantes.
No pedido, ao qual o Broadcast teve acesso, as empresas citam levantamentos das próprias empresas lesadas e do Instituto Combustível Legal (ICL), think tank financiado pelo setor, que apontam prevalência de 37% de irregularidades em amostras testadas, porcentual considerado alto.
A justificativa legal para o requerimento estaria na própria lei 13.033/2014, segundo a qual a ANP pode dispensar excepcionalmente a adição mínima obrigatória de biodiesel ao diesel, considerando “critérios de aplicabilidade, razoabilidade e segurança do abastecimento nacional de combustíveis”.
O Sindicom argumenta que a suspensão da mistura obrigatória se encaixaria no princípio de razoabilidade previsto na lei em função do atual contexto do mercado, atravessado por fraudes.
Como o biodiesel segue mais caro que o diesel, sua não adição à mistura é vantajosa ao fraudador, que tem ganho de até R$ 0,31 por litro na comparação com o produto que respeita especificações legais. Hoje é obrigatório que a mistura do diesel tenha 14% do biocombustível. No momento, o biodiesel está entre R$ 1,50 e R$ 1,60 por litro mais caro que o diesel A, diferença que chegou a superar a casa dos R$ 2,00 por litro no fim de 2024.
Fontes do setor ouvidas pelo Broadcast não acreditam que a ANP venha a liberar as empresas do mandato do biodiesel e definem o pedido como um instrumento de pressão por mais fiscalização. Ainda assim, espera-se que, antes de dar uma resposta oficial, a agência reguladora escute os principais envolvidos, a saber, o mercado de distribuição, o varejo de combustíveis e produtores de biodiesel – este último especialmente afetados em caso de suspensão do mandato.
Noventa dias
O pedido de liberação da mistura por 90 dias tem a ver com o tempo que os requerentes julgam necessário para a ANP se organizar junto ao setor a fim de intensificar a fiscalização nos postos. Quando o assunto começou a ser discutido, não havia um prazo em vista.
Três meses seria o tempo necessário para que um convênio entre ANP e empresas do setores de distribuição e combustíveis e fabricantes de biodiesel saia do papel, por exemplo com a compra de novos espectrofotômetros a serem doados para a agência. O equipamento identifica imediatamente se a mistura obrigatória de biodiesel ao óleo diesel está sendo cumprida. A ANP só possui um aparelho do tipo e o convênio prevê a doação de outras sete unidades.
Articulação
Conforme apurou o Broadcast, Raízen e Ipiranga eram favoráveis ao pleito há mais tempo, mas a iniciativa não foi à frente em fevereiro porque a Vibra não endossou o movimento à época. Procuradas, as distribuidoras citadas não se manifestaram Teria pesado, também, a relação com os fabricantes de biocombustíveis, que desejam manter suas vendas, ainda que as receitas de momento estejam abaixo daquela que a observância plena do mandato de biodiesel resultaria.
A escalada contínua das fraudes identificadas pelo setor, porém, teria reforçado a percepção das partes sobre a necessidade de interpelar a ANP. Sob maior pressão do setor nas últimas semanas, a ANP tem intensificado a fiscalização do teor de biodiesel, inclusive com o fechamento de distribuidoras. Mas, para as partes envolvidas, as ações ainda são insuficientes para eliminar a concorrência desleal dos fraudadores.
O diagnóstico das distribuidoras sobre a escalada de fraudes estaria reforçado pelo fato de o consumo de diesel ter aumentado em janeiro, ao passo que o de biodiesel caiu no mesmo período, indicando que há mais combustível fóssil circulando no País sem que seja acompanhado pela parcela de biocombustível correspondente.
Segundo um alto executivo do setor, o balanço de massas do setor indica que, a cada mês, entre novembro e janeiro, cerca de 150 milhões de litros de diesel B foram vendidos sem biodiesel no Brasil, um volume que chegaria perto de 2 bilhões de litros se extrapolado para o período de um ano.
Gabriel Vasconcelos, Estadão Conteúdo
Debate sobre aumento da tarifa de energia leva a dança de cadeiras na Aneel
Houve dança de cadeiras na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Trocam de lugar a superintendente de Gestão Tarifária e Regulação Econômica, Camila Bomfim, e Leandro Caixeta, assessor do diretor-geral.
Pessoas próximas à agência dizem que a mudança fortalece a Aneel para tratar dos reajustes da tarifa de energia elétrica a partir da renovação dos contratos de concessão de distribuidoras, que vai ocorrer em 19 estados. A tendência é de pressão sobre a conta de luz e, por tabela, sobre a inflação, que já vem sendo impactada por esse custo.
Alguns, no entanto, avaliam que a mudança cria uma nova perspectiva para a escolha das cadeiras vagas à diretoria da Aneel, que já gerou divergências entre Executivo e Senado.
Entre este ano e 2031, vão vencer os contratos de 19 distribuidoras de energia (veja abaixo). A primeira a ser afetada é a EDP do Espírito Santo, a partir de julho. As regras para a prorrogação dos contratos já foram definidas e o cenário é de, por exemplo, aumento na necessidade de investimentos.
As empresas terão de desembolsar um volume maior de recursos para a modernização das redes e o fortalecimento dos sistemas às mudanças climáticas, por exemplo. Apagões após temporais já são um problema, até em grandes cidades como São Paulo.
A expectativa é que a demanda por aportes, hoje na casa de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões, praticamente dobre, com impactos na conta de luz, pois esses custos adicionais podem ser repassados ao consumidor.
Nos últimos anos, os custos com distribuição pouco aumentaram. Empresas fizeram um esforço para evitar grande aumento. A tarifa de energia elétrica foi pressionada principalmente pela elevação exponencial de subsídios.
Especialistas alertam há um tempo que é preciso uma mudança estrutural na cobrança das tarifas, com revisão desses benefícios, e que se isso não for feito, o custo com energia vai aumentar ainda mais com a nova demanda de investimentos.
Segundo estudo feito pela Volt Robotics, por encomenda do Fase (Fórum das Associações do Setor Elétrico), apurou-se que, de 2013 a 2023, o preço da energia em si cresceu 9%, já descontada a inflação. Os encargos, no entanto, nome dado a subsídios, como desconto no fio para projetos de energia renovável, e custos excepcionais, como a ajuda a distribuidoras durante a Covid, avançaram 326,5%. Passaram de R$ 32,8 bilhões para R$ 139 bilhões.
Especialista em regulação de serviços públicos de energia elétrica, Bomfim é técnica muito respeitada no setor e está nos quadros da Aneel desde 2005. Atuou em várias áreas, chegando a ocupar interinamente o comando da agência em 2022. Agora, terá a missão de aprofundar a análise sobre reajustes tarifários, junto à diretoria-geral, nesse novo ciclo de renovação dos contratos de concessão.
Caixeta, por sua vez, participou da elaboração da minuta que trouxe as regras desse processo de renovação, e vai acompanhar a sua aplicação.
Há, no entanto, quem também avalie a mudança como um processo de fortalecimento de Caixeta para disputar uma cadeira na diretoria da Aneel. Há um assento à espera de indicação definitiva, vago desde maio de 2024, e outro fica vago em maio deste ano. Há uma queda de braço pelas indicações entre Senado e MME (Ministério de Minas e Energia).
Caixeta é filho de Nelson Hubner, quadro histórico do PT na área de energia que foi diretor-geral da Aneel. Muito respeitado como técnico, tem trânsito além da herança política. Atuou inclusive como subsecretário de Energia do Ministério da Economia de Paulo Guedes.
Alexa Salomão/Folhapress
Compras públicas e inovações são temas de seminário de capacitação
Prefeitos, secretários municipais, procuradores jurídicos e servidores municipais participaram na manhã desta quarta-feira (12/03) de uma capacitação técnica sobre “Compras Públicas e Inovações para a Gestão Municipal na Visão do TCM”. O conselheiro Nelson Pellegrino, diretor da Escola de Contas do TCM, participou do evento, que foi realizado no auditório da União Municípios da Bahia (UPB).
Nelson Pellegrino, ao dar início aos debates, enalteceu a parceria firmada com a UPB, que estabeleceu uma nova base de diálogo com os jurisdicionados. Afirmou que o TCM vai cumprir seu dever de fiscalizar, mas também reforçar e ampliar as ações de orientação e capacitação dos gestores para qualificar as administrações municipais e contribuir para a melhoria dos resultados, para os cidadãos, dos investimentos públicos.
Durante o evento, os gestores – prefeitos e secretários –, recém empossados, debateram temas relevantes para a administração pública, como as mudanças na legislação, a necessidade de transparência para estimular a participação popular nas decisões e os desafios a serem enfrentados para atender a crescente demanda por serviços públicos nos municípios. Além disso, os servidores que compõem o quadro das novas administrações participaram de um treinamento prático em atividades de gestão, especialmente sobre as obrigações legais regularmente fiscalizadas pelos órgãos de controle.
O seminário de capacitação foi promovido por meio de uma parceria entre a Escola de Contas do TCM e a União dos Municípios da Bahia – UPB. Também participaram do evento, como palestrantes, o diretor de Assistência aos Municípios do TCM, Alessandro Macedo; a promotora de justiça do Ministério Público do Estado, Rita Tourinho; o presidente da União dos Controladores Internos da Bahia, Maike Oliveira; o superintendente de Planejamento Estratégico da Seplan, Ranieri Muricy Barreto; o coordenador executivo de Planejamento Territorial e Articulação para Consórcios Públicos da Seplan, Thiago Xavier; e o consultor jurídico, Isaac Newton.
Contas de mais dez câmaras são julgadas regulares
Os conselheiros que compõem as 1ª e 2ª Câmaras de julgamento do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, nas sessões desta quarta-feira (12/03), julgaram regulares as contas de mais dez câmaras de vereadores baianas, todas relativas ao exercício de 2023.
No turno da manhã, os conselheiros da 1ª Câmara julgaram regulares, na íntegra, as contas do Poder Legislativo de Planalto, sob responsabilidade de Luiz Cláudio Barboza da Silva. E julgaram regulares com ressalvas as contas das Câmaras dos municípios de Pedro Alexandre, sob administração de Antônio Reinaldo Dantas; de Ubatã (Gabriel de Assumpção Nascif); de Igaporã (Waldir Pires Ribeiro de Barros); e de Jitaúna (Neres Costa dos Santos).
Já no turno da tarde, foram julgadas regulares, sem indicação de quaisquer ressalvas, as contas da Câmara Municipal de Jussiape, em que Jadiel Carvalho fora o responsável; e Lençóis, sob responsabilidade de Gilmar Ferreira Gomes Santos. Já as contas das Câmaras de Floresta Azul (Márcio Soares de Souza), de Salvador (Carlos da Silva Muniz), e de Santo Antônio de Jesus (Francisco de Assis Lima Damasceno) foram julgadas regulares com ressalvas.
Cabe recurso das decisões.
Prefeito de São Miguel das Matas é multado por propaganda autopromocional
Os conselheiros da 1ª Câmara julgadora do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia acataram, na sessão desta quarta-feira (12/03), denúncia apresentada contra o prefeito de São Miguel das Matas, Valdelino de Jesus Santos, em razão da prática de promoção pessoal.
A denúncia foi formulada por vereadores do município, que afirmam ter o prefeito feito publicações em sua conta da rede social “Instagram” associando sua imagem a ações da gestão da municipal, com o intuito de se autopromover.
O artigo 37 da Constituição Federal determina que a administração pública deverá obedecer a uma série de princípios, dentre eles os da “impessoalidade” e “moralidade”. Neste sentido, “os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade da Administração Pública”, neste caso, as publicações deveriam ser vinculadas a prefeitura, não ao gestor.
O conselheiro Nelson Pellegrino relatou que a análise das peças inclusas no processo abarcam anúncios de ações municipais, a título de exemplos: “Transporte para feira livre”, “Operação tapa buracos na BA-539” e vídeos nos quais o gestor municipal propagandeia pessoalmente obras públicas, constando nas postagens a logomarca e alcunha do gestor “Prefeito Baleia”, acompanhados do slogan da sua gestão “Coragem de fazer diferente”.
Deste modo, fora evidenciado que “o eventual caráter informativo das postagens se encontra maculado pela manifesta associação das realizações da Administração Pública Municipal com a pessoa de Valdelino de Jesus Santos”, violando a determinação expressa do texto constitucional que restringe a publicidade de atos, programas e obras do Poder Público exclusivamente ao atendimento do interesse social.
Restando configurada a ofensa ao princípio de “impessoalidade” e inexistência de caráter educativo, informativo ou de orientação, os conselheiros imputaram multa de R$2 mil ao gestor.
Cabe recurso da decisão.
‘Está querendo ajudar a matar mais rápido?’, diz Ricardo Almeida sobre projeto que visa criar espaços para uso de drogas
Após tomar conhecimento de que o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) protocolou um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para a criação de “espaços de uso seguro de substâncias psicoativas”, a exemplo de crack e cocaína, o vereador Ricardo Almeida (DC) criticou a proposição e recomendou ao parlamentar “investir tempo em criar situações para ajudar dependentes químicos”.
Suplicy argumenta, no projeto, que esses ambientes propostos por ele “ajudariam” a enfrentar a crise na Cracolândia, reduziriam a presença do crime organizado e ofereceriam condições mais seguras para os usuários. A proposta prevê um orçamento anual de R$ 1,2 milhão.
“Quando a gente pensa que não pode piorar aquilo que é ruim, vem um deputado do PT e consegue mostrar que estamos enganados, piorando o que já é ruim. Ao invés de estar investindo tempo em criar situações que ajudem os dependentes químicos, que são escravos da droga, ele está procurando um ambiente seguro para que eles possam se matar mais rápido, e o Estado ainda terá que pagar por isso: o local deste ‘lugar seguro’ é de R$1,2 milhão. É lamentável o que a gente vê em nosso país”, disse Ricardo Almeida.
Torcidas organizadas apoiam aposentados contra Milei, e protesto escala para confronto
Um protesto que há pelo menos 30 anos ocorre às quartas-feiras no Congresso da Argentina ganhou novos participantes e mais repressão nesta quarta (12). Aos aposentados, os protagonistas dessas marchas, somaram-se as torcidas organizadas de futebol.
Já antes das 17h, horário marcado para o costumeiro ato, havia confronto entre manifestantes e policiais federais. Para dispersar o grupo em toda a região, agentes usaram tiros com balas de borracha, jatos de água que saiam de blindados e bombas de gás lacrimogêneo.
As marchas ficaram mais encorpadas desde que Javier Milei chegou à presidência, e a repressão a elas também escalou diante dos novos protocolos linha-dura de segurança pública do atual governo. Confrontos e violência não são mais incomuns.
Nesta quarta-feira o diferencial foi a participação de membros das torcidas organizadas, que fizeram convocação para o protesto ao lado dos aposentados. Torcidas de clubes como o Rosario Central, o Chacarita e outros participaram da manifestação.
Já durante a manhã a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, mãe dos rígidos protocolos do governo para protestos, afirmou que impedirá de entrar nos estádios qualquer torcedor que tenha sido fichado por eventos de distúrbios públicos. Os arredores do Congresso foram cercados com grades pretas, e um amplo efetivo policial foi enviado.
Estudantes universitários e grupos tradicionais da esquerda argentina também participaram, entre eles o La Cámpora, agrupação da força política de Cristina Kirchner. Alguns manifestantes avançaram sobre os policiais e atiraram pedras contra eles, atearam foto a ao menos um carro e diversas grandes lixeiras públicas de plástico e fizeram barricadas. Também houve hostilidade contra profissionais da imprensa, cercados e hostilizados verbalmente.
A manifestação dos aposentados que desde a Presidência de Carlos Menem (1989-1999) ocorre na Argentina ganhou mais peso com Milei. Eles foram uma das fatias da sociedade local que mais perderam poder de compra com a chegada do novo governo.
O levantamento mais recente da consultoria CP, que monitora o tema, mostra que a aposentadoria mínima está no valor real mais baixo dos últimos 20 anos. A pensão diminuiu 0,3% em janeiro. Na comparação anual, foi a primeira melhora em 15 meses, mas também representa um montante 20% menor em comparação com o de 2020.
Neste mês, as aposentadorias, agora diretamente relacionadas à inflação, ficaram em 279 mil pesos (R$ 1.525). Junto a uma espécie de bônus de 70 mil pesos dado pelo governo, o valor chega a 349 mil pesos (R$ 1.900). Segundo a medição argentina, em janeiro (últimos dados disponíveis), um cidadão que ganha menos de 334,5 mil pesos (R$ 1.827) mensais está abaixo da linha da pobreza.
Já durante a manhã a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, mãe dos rígidos protocolos do governo para protestos, afirmou que impedirá de entrar nos estádios qualquer torcedor que tenha sido fichado por eventos de distúrbios públicos. Os arredores do Congresso foram cercados com grades pretas, e um amplo efetivo policial foi enviado.
Estudantes universitários e grupos tradicionais da esquerda argentina também participaram, entre eles o La Cámpora, agrupação da força política de Cristina Kirchner. Alguns manifestantes avançaram sobre os policiais e atiraram pedras contra eles, atearam foto a ao menos um carro e diversas grandes lixeiras públicas de plástico e fizeram barricadas. Também houve hostilidade contra profissionais da imprensa, cercados e hostilizados verbalmente.
A manifestação dos aposentados que desde a Presidência de Carlos Menem (1989-1999) ocorre na Argentina ganhou mais peso com Milei. Eles foram uma das fatias da sociedade local que mais perderam poder de compra com a chegada do novo governo.
O levantamento mais recente da consultoria CP, que monitora o tema, mostra que a aposentadoria mínima está no valor real mais baixo dos últimos 20 anos. A pensão diminuiu 0,3% em janeiro. Na comparação anual, foi a primeira melhora em 15 meses, mas também representa um montante 20% menor em comparação com o de 2020.
Neste mês, as aposentadorias, agora diretamente relacionadas à inflação, ficaram em 279 mil pesos (R$ 1.525). Junto a uma espécie de bônus de 70 mil pesos dado pelo governo, o valor chega a 349 mil pesos (R$ 1.900). Segundo a medição argentina, em janeiro (últimos dados disponíveis), um cidadão que ganha menos de 334,5 mil pesos (R$ 1.827) mensais está abaixo da linha da pobreza.
Mayara Paixão/Folhapress
Semana Santa dos Ibirataenses será com Peixe na Mesa: Prefeito Sandro Futuca anuncia distribuição de peixes para Famílias Carentes
Semana Santa dos Ibirataenses será com Peixe na Mesa: Prefeito Sandro Futuca anuncia distribuição de peixes para Famílias Carentes
Na última segunda-feira, 10, durante a sessão da Câmara de Vereadores, o prefeito Sandro Futuca anunciou uma ação que promete fazer a diferença para muitas famílias de Ibirataia neste período de Semana Santa. A distribuição dos peixes serão para as famílias carentes do município cadastradas na SEDESC - Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania.
A iniciativa visa promover a solidariedade e o bem-estar da população, especialmente neste momento tão simbólico e de união para os cristãos. O prefeito ressaltou a importância da ação, que busca fortalecer os laços comunitários e oferecer um alívio para quem mais precisa.
“A Semana Santa é um momento de reflexão, fé e solidariedade. Através dessa ação, queremos garantir que todas as famílias de Ibirataia tenham a oportunidade de celebrar com dignidade, oferecendo um alimento essencial na tradição dessa época”, afirmou o prefeito Sandro Futuca.
Ibirataia: Prefeito Sandro Futuca apresenta Avanços na Educação em Sessão da Câmara de Vereadores
Na última segunda-feira, 10, o prefeito de Ibirataia, Sandro Futuca, participou da sessão na Câmara Municipal de Vereadores, destacando a relevância da colaboração entre o executivo e o legislativo para o desenvolvimento do município. Durante a sessão, Sandro Futuca compartilhou os avanços conquistados nos primeiros meses de sua gestão, que tem se concentrado em ações urgentes e prioritárias, refletindo positivamente junto à população.
Entre os principais avanços mencionados pelo prefeito, destaca-se o aumento da oferta de educação em tempo integral totalizando 25% das escolas municipais e alimentação de qualidade para os alunos. Além disso, mais de 30 escolas receberam reformas significativas, incluindo a instalação de banheiros em unidades que antes não contavam com essa estrutura. Outra conquista importante foi o pagamento do terço de férias dos professores, uma medida que valoriza os profissionais da educação.
Sandro Futuca também ressaltou as melhorias no transporte escolar, com a recente conquista de um ônibus escolar do Governo do Estado, e a contemplação de Ibirataia com a primeira etapa do PAC, que inclui a construção de uma creche, e uma escola com seis salas para o Distrito de Algodão. O prefeito enfatizou que essas ações são apenas o começo, com muitos outros projetos em andamento para melhorar a qualidade de vida da população.
Ibirataia Notícias
Suspeitos de tráfico são presos pela Polícia Militar em Madre de Deus
Guarnições da 10ª CIPM detiveram dois suspeitos de tráfico de drogas, no final da tarde de terça-feira (11), em Madre de Deus.
Os militares foram acionados para averiguar a informação de um homem atingido por disparo de arma de fogo na localidade conhecida como Marezinha. Na unidade de saúde onde o indivíduo recebia atendimento médico, os agentes constataram o envolvimento do homem com o tráfico de drogas na região. Após a alta médica, o homem levou os militares ao local onde ele armazenava entorpecentes.
Ao chegarem, os militares encontraram um segundo suspeito, que foi detido, além de dois tabletes de pasta-base de cocaína e 11 pedras de crack.
Os dois indivíduos foram encaminhados para a 17ª DT, onde a ocorrência foi registrada.
Mais de 13kg de drogas são apreendidos pela Polícia Militar em Teixeira de Freitas
Guarnições da CIPT/Rondesp Extremo Sul apreenderam mais de 13kg de entorpecentes, além de materiais utilizados no tráfico, na tarde de terça-feira (11), em Teixeira de Freitas.
As equipes realizavam patrulhamento no bairro São Lourenço, quando, ao passarem pela Rua Turmalina, se depararam com um indivíduo no interior de um carro saindo de um imóvel. O homem, ao ser surpreendido pelos agentes, abandonou o veículo e correu para a edificação, sendo seguido pelos policiais. Foi feita uma varredura no imóvel e o suspeito não foi encontrado.
No interior do veículo e na edificação, foram localizados 18 tabletes e 21 porções de maconha, totalizando mais de 12,5kg da erva, 438g de crack, 328g de cocaína, oito comprimidos de ecstasy, três balanças de precisão, sete frascos de adubo vegetal, 19 pés de maconha e sementes da erva, materiais utilizados no refino de entorpecentes, três rolos de plástico-filme e uma faca.
Todo o material apreendido foi encaminhado para a 8ª Coorpin, onde a ocorrência foi registrada.
Lula assina criação de novo consignado; pedidos começam dia 21 de março
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina nesta quarta-feira (12) a medida provisória (MP) que cria o novo empréstimo consignado privado.
Batizado de “Crédito do Trabalhador”, o modelo dará acesso aos trabalhadores formais ao empréstimo com desconto em folha sem a necessidade de convênio entre empresa e banco. A liberação do novo modelo começa no dia 21 de março e os pedidos serão feitos por meio da carteira de trabalho digital.
Os trabalhadores que já têm empréstimos com desconto em folha podem pedir portabilidade do contrato existente para o novo modelo a partir de 25 de abril deste ano. Os bancos farão a migração a partir de 6 de junho.
O novo crédito terá limite de margem consignável de 35% do salário do trabalhador, limite já usado em outras modalidades. A expectativa do governo é de que 80 instituições financeiras peçam habilitação para oferecer o crédito.
Essa adesão será aberta com a publicação da medida provisória.
A criação do novo modelo de crédito consignado é tida como uma das principais agendas econômicas do governo federal em 2025, junto da ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, proposta que deve ser encaminhada ao Congresso nos próximos dias.
O governo tem lançado medidas voltadas às classes mais baixas em um cenário de tentativa de reversão da perda de popularidade do presidente.
Na semana passada, o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros anunciaram alíquotas zero para produtos como milho, azeite e café, em uma movimentação para conter os preços de alimentos, um dos principais pontos de críticas neste momento da gestão.
O novo consignado poderá ser acessado por todos os trabalhadores com carteira assinada, incluindo, assim, empregados rurais, domésticos e microemprendedores individuais.
Os pedidos de empréstimo com desconto em folha serão feitos nos aplicativos e sites dos bancos, que passam agora a ter acesso aos dados do eSocial, o sistema de escrituração do governo federal, onde constam os dados laborais e previdenciários dos trabalhadores, como contratos, remuneração e férias.
A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) projeta que o novo consignado possa gerar uma carteira de crédito de R$ 120 bilhões. O volume de crédito do setor privado é de R$ 40 bilhões, numa carteira total de empréstimos consignados em torno de R$ 676 bilhões.
Há expectativa de que a competição entre os grandes bancos públicos e privados e as fintechs melhore a oferta de crédito e as taxas de juros desses empréstimos, em um momento em que a taxa Selic (em 13,25% ao ano atualmente) está alta e com a indicação de subir ainda mais neste ano.
Como mostrou a Folha nesta quarta-feira, o consignado tem as menores taxas entre as modalidades de crédito pessoal. Enquanto a taxa média do consignado dos aposentados ficou em 21,9% ao ano em 2024, segundo o Banco Central, o cheque especial ficou em 136% anuais, em média.
O consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem teto de juros, atualmente em 1,80% ao mês. Os bancos têm pressionado por uma flexibilização nesse limite e defendem que a modalidade fica inviável com uma remuneração tão baixa. O novo consignado não terá esse limite.
A criação do novo consignado é tida como uma das principais pautas econômicas do governo Lula nesse semestre. A outra é o projeto que eleva a R$ 5.000 a faixa de isenção do Imposto de Renda. A previsão mais recente da Fazenda é a de enviar esse texto ao Congresso na próxima semana.
Fernanda Brigatti e Mariana Brasil/Folhapress
Saiba quem é o ex-chefe do DNOCS investigado esquemas de corrupção
Lucas Maciel Lobão Vieira, ex-coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) na Bahia, voltou a ser alvo da Polícia Federal (PF). Nome de peso no órgão durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lobão já esteve no centro de escândalos de corrupção envolvendo contratos públicos e desvios milionários. Investigado na Operação Overclean, ele agora aparece como o principal alvo da Operação Metafanismo, deflagrada nesta quarta-feira (12/3), que apura o desvio de máquinas e implementos agrícolas destinados à agricultura familiar. A reportagem é do “Metrópoles”.
O nomeação de Lobão foi patrocinada pelo vereador de Salvador Alexandre Aleluia (PL), de quem foi assessor na Câmara Municipal da capital baiana. Durante seu período à frente da coordenadoria estadual do DNOCS, Lobão ganhou influência política, gerenciando contratos milionários e atuando na execução de projetos financiados por emendas parlamentares.
O nome de Lucas Lobão veio a público nacionalmente em 2024, quando se tornou um dos alvos da Operação Overclean. A investigação da PF apontou que uma organização criminosa ligada ao DNOCS movimentou R$ 1,4 bilhão em contratos fraudulentos, sendo R$ 825 milhões apenas no último ano da operação. O esquema envolvia empresas de fachada que superfaturavam obras e serviços financiados por emendas parlamentares.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 162,4 milhões, além da apreensão de aeronaves, imóveis de luxo, barcos e veículos pertencentes aos envolvidos. No inquérito, Lucas Lobão foi descrito como um dos líderes da organização, atuando na intermediação de contratos entre o setor público e empresas privadas beneficiadas pelo esquema.
Contudo, antes mesmo da Overclean, a gestão de Lucas Lobão já havia sido marcada por denúncias. Em 2021, a Controladoria-Geral da União (CGU) apontou um sobrepreço de R$ 192 milhões na compra de 470 mil reservatórios de água de polietileno pelo DNOCS. O relatório identificou indícios de irregularidades graves e recomendou a suspensão do pregão eletrônico, que poderia gerar um prejuízo milionário aos cofres públicos.
Diante do escândalo, Lobão foi exonerado do cargo em 22 de setembro de 2021. Na época, apesar da pressão política, ele manteve influência nos bastidores, articulando contratos para empresas do setor de infraestrutura, como a Allpha Pavimentações, uma das envolvidas nos esquemas investigados pela PF.
Mirelle Pinheiro/Metrópoles
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