Reunião promovida pela Secretaria de Educação visa melhorias nos indicadores e preparação dos alunos.

A Secretaria Municipal de Educação de Ibirataia realizou, nesta quarta-feira (23), um Encontro de Diretores e Coordenadores, com foco na melhoria da qualidade educacional e no avanço dos indicadores do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O objetivo principal do  evento foi alinhar estratégias pedagógicas e preparar os alunos para as avaliações oficiais.

O Secretário de Educação, Caio Pina, destacou a relevância do momento: "Esse encontro reforça nosso compromisso com uma educação pública de excelência. Estamos unindo forças para elevar os resultados, fortalecer a gestão escolar e garantir que nossos estudantes estejam bem preparados para os desafios do IDEB e dos programas que metrificam a qualidade de educação no município." A formação também abordou temas como alfabetização, gestão participativa e avaliação de desempenho

Fonte: Ascom/PMIb

PF combate rede criminosa pelo tráfico de mais de uma tonelada de medicamentos para o exterior

Goiânia/GO. A Polícia Federal, com apoio da ANVISA, deflagrou na manhã desta quinta-feira (24/4) a Operação Dose Clandestina, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável pela aquisição fraudulenta de medicamentos no Brasil e seu envio ilegal ao exterior.

Cerca de 100 policiais federais e fiscais da ANVISA cumpriram 25 mandados entre busca e apreensão e medidas cautelares nos Estados de Goiás, São Paulo, Paraná, Amapá, Espírito Santo, Minas Gerais, além do Distrito Federal.

As investigações revelaram a existência de dois núcleos estruturados, sendo um no Brasil e outro no exterior destinado a aquisição de remédios de forma fraudulenta, inclusive com falsificação de receitas e remessa para o exterior simulando uso pessoal.

Os investigados poderão responder por tráfico de droga.

Comunicação Social da Polícia Federal em Goiás

PF deflagra operação contra fraudes em benefícios sociais no Maranhão

Servidores públicos são investigados por inserir dados falsos no CadÚnico, incluindo registros de pessoas já falecidas, para desviar recursos do Auxílio Brasil e outros programas sociais.
São Luís/MA. A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (24/4), a Operação Mortos Vivos, com o objetivo de apurar fraudes na concessão de benefícios sociais, como o Auxílio Brasil, Bolsa Família, Auxílio Gás, entre outros. Os benefícios são destinados a pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal 

(CADÚNICO).
As investigações revelaram que indivíduos residentes no Estado do Pará — muitos dos quais já estavam falecidos à época do registro — foram indevidamente inseridos no CADÚNICO por servidores públicos municipais de São Luís/MA e São José de Ribamar/MA. Essas inserções irregulares possibilitaram o recebimento indevido dos benefícios, gerando prejuízos aos cofres públicos.

Como parte das medidas judiciais autorizadas, estão sendo cumpridos 5 mandados de busca e apreensão, 1mandado de prisão preventiva e 3 medidas cautelares de afastamento das funções públicas.

A Polícia Federal segue com as investigações para identificar todos os envolvidos e mensurar o total do dano causado ao erário. Os investigados poderão responder por crimes como estelionato majorado, inserção de dados falsos em sistema de informações, associação criminosa, entre outros.

Mais informações serão fornecidas em momento oportuno, respeitando o andamento das investigações.

Comunicação Social da Polícia Federal no Maranhão

Renan critica governo Lula, mas afirma que será ‘muito difícil’ derrotar petista em 2026

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou nesta quarta-feira (23) que o governo Lula não tem um plano claro de desenvolvimento ao país, mas afirmou que será muito difícil derrotar o presidente caso ele tente a reeleição em 2026.

As declarações foram feitas em almoço com empresários promovido pela Casa ParlaMento, braço de articulação política da Esfera Brasil. Além da falta de plano de desenvolvimento claro, o senador citou ainda a ausência de gestores para conduzir programas importantes do Planalto como um entrave.

Perguntado sobre se o licenciamento ambiental estaria travando investimentos no país, Renan respondeu que o maior erro de Lula 3 foi nomear Marina Silva para o Ministério do Meio Ambiente, o que chamou de retrocesso do ponto de vista do desenvolvimento do país.

“É tempo perdido ficar esperando por solução da ministra Marina. Isso não será recuperado no futuro. O Congresso pode ajudar. Apresentamos ao presidente Lula uma solução, que é o presidente do Senado designar um relator para sistematizar as matérias que estão em tramitação, para que se faça o licenciamento, que leve em conta a necessidade desses investimentos”, afirmou.

Renan, no entanto, ressaltou que embora o governo enfrente dificuldades, Lula é um candidato forte na reeleição.

“A avaliação do presidente tende a melhorar, e ainda dá para fazer muita coisa até a eleição. Será muito difícil derrotar o presidente Lula”, afirmou o senador, que vê ainda dificuldade da direita de se unificar em torno de um nome.

O senador acrescentou que o candidato com maior potencial de votos seria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Entendo que o governador não irá para uma aventura eleitoral. Se houver qualquer possibilidade de ele não se eleger [presidente], vai preferir ser candidato à reeleição no estado”, disse.

No almoço, Renan também defendeu seu projeto de resolução que dá 15 anos para o governo federal limitar a dívida consolidada da União a, no máximo, quatro vezes a receita corrente líquida —em 2024, essa relação era de cerca de sete vezes.

Fábio Zanini/Folhapress

Aliados de Lula temem CPI no Congresso e ‘marca da corrupção’ no governo com escândalo do INSS

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva temem que a oposição consiga emplacar no Congresso uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com potencial de desgastar o governo. Interlocutores de Lula ouvidos pela Coluna do Estadão dizem que o Palácio do Planalto precisa evitar que a “marca da corrupção” cole na gestão petista. O momento é delicado porque o presidente da República sofre um derretimento de sua popularidade, como mostraram diversas pesquisas de opinião divulgadas nos últimos meses.

O escândalo do INSS ocorre logo após o governo enfrentar a demissão de Juscelino Filho do Ministério das Comunicações por ele ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em caso de desvio de emendas revelado pelo Estadão. Para uma liderança da base governista no Senado, o Planalto “apaga um fogo e surge outro”. O temor é que a população passe a associar novamente os governos petistas à corrupção – o PT já carrega o histórico do mensalão e do petrolão.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo por decisão da Justiça e demitido por Lula. A decisão ocorreu após operação da Polícia Federal identificar esquema fraudulento de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Até agora, o valor estimado em cobranças irregulares soma R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024, segundo a PF. Stefanutto foi indicado pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, do PDT.

Iander Porcella/Estadão

Produtor baiano lidera projeto bilionário que pode revolucionar o cultivo de cacau

No coração do cerrado baiano, um projeto ambicioso está prestes a redefinir os rumos da produção mundial de cacau. O produtor rural Moisés Schmidt está construindo, em Riachão das Neves, a maior fazenda de cacau do planeta — uma iniciativa de US$ 300 milhões que visa transformar a forma como o principal ingrediente do chocolate é cultivado.

O plano envolve o cultivo de cacaueiros de alta produtividade, totalmente irrigados e fertilizados, em uma área superior ao tamanho da ilha de Manhattan — e em uma região até então pouco associada à cultura do cacau. Se bem-sucedida, a iniciativa poderá reposicionar o Brasil como potência global no setor, desafiando o domínio histórico da África Ocidental, onde o cacau é nativo, mas enfrenta atualmente uma crise severa.

“Eu acredito que o Brasil se tornará o celeiro mundial do cacau”, afirmou Schmidt à Reuters, enquanto caminhava por fileiras de cacaueiros jovens, que se perdem na paisagem plana do cerrado.

Aposta ousada em larga escala

O Brasil produz hoje cerca de 200 mil toneladas de cacau por ano — uma fração da produção da Costa do Marfim (cerca de 2 milhões de toneladas) e de Gana (700 mil toneladas). Schmidt estima que o país tenha potencial para alcançar até 1,6 milhão de toneladas em dez anos, caso se confirme o plantio de até 500 mil hectares com técnicas modernas e em escala industrial.

Na primeira fase, já estão em cultivo cerca de 400 hectares com árvores de alto rendimento, que produzem 3.000 kg por hectare — dez vezes mais que a média brasileira e seis vezes mais que a da Costa do Marfim. A meta, porém, é ir além: chegar a 4.000 kg por hectare.

O segredo está na densidade do plantio: 1.600 árvores por hectare, contra 300 nas lavouras tradicionais. A única etapa ainda não mecanizada é a colheita.

“O método é revolucionário”, diz Tales Rocha, agrônomo da TRF Consultoria Agrícola. “Em cinco anos, tudo o que sabíamos sobre produção de cacau pode estar ultrapassado.”

Tecnologia e parcerias

Para viabilizar o projeto, Schmidt criou a BioBrasil, viveiro com capacidade para produzir até 10 milhões de mudas por ano, utilizando tecnologia da dinamarquesa Ellepot. As mudas são resultado de anos de seleção positiva — propagadas a partir das árvores com melhor desempenho em campos de teste.

A empresa já atraiu o interesse de gigantes do setor. A americana Cargill participa da fase inicial da fazenda e negocia a ampliação da parceria. Segundo Schmidt, praticamente todas as grandes fabricantes de chocolate e comerciantes globais de cacau estão em tratativas com ele ou outros produtores brasileiros para garantir fornecimento a longo prazo.

“Estamos estruturando os contratos agora”, afirmou, sem citar nomes devido a cláusulas de confidencialidade.

Outra gigante do setor, a suíça Barry Callebaut, confirmou acordo para instalar uma fazenda de cacau de 5.000 hectares na Bahia, como parte de sua Iniciativa Agricultura do Futuro, que busca diversificar a geografia do cultivo com tecnologias mais sustentáveis e produtivas.

A Mars, dona das marcas Snickers e M&M’s, também se movimenta. A empresa montou um campo de testes próximo à fazenda de Schmidt, de olho nas vantagens da região: relevo plano, solos férteis, boa disponibilidade de água e infraestrutura agrícola consolidada.

Oportunidade nas dificuldades alheias

A movimentação brasileira ocorre num momento em que a produção de cacau vive uma crise global. A Costa do Marfim e Gana, que juntos concentram mais de 60% da produção mundial, enfrentam queda drástica nos volumes colhidos há três anos consecutivos, devido a doenças, mudanças climáticas e envelhecimento das lavouras.

O resultado foi uma disparada nos preços: o cacau chegou a bater o recorde de US$ 12.931 por tonelada em dezembro de 2024, embora tenha recuado para cerca de US$ 8.200 atualmente — ainda bem acima da média histórica.

“Não imaginávamos que a escassez chegaria tão cedo”, diz Schmidt, que iniciou os estudos de viabilidade do projeto em 2019. Ele garante que sua operação é lucrativa mesmo com o cacau a US$ 4.000 por tonelada — e altamente rentável a partir de US$ 6.000.

Desafios e incertezas

Apesar do entusiasmo, especialistas alertam para riscos. A fitopatologista Karina Peres Gramacho, da CEPLAC, vê vulnerabilidade no uso massivo de clones genéticos — prática que, se não for bem manejada, pode facilitar a disseminação de doenças, como a Vassoura-de-Bruxa, que devastou o cacau brasileiro nos anos 1980.

Outra preocupação recai sobre a qualidade sensorial do cacau cultivado a pleno sol, já que, tradicionalmente, frutos produzidos sob sombra são associados a sabores mais complexos. No entanto, testes iniciais realizados pelo Centro de Inovação do Cacau e pela Mars indicaram que não há perda perceptível de qualidade no produto final.

“A diferença está menos na exposição solar e mais no cuidado com o pós-colheita, como fermentação e secagem”, afirma Cristiano Villela Dias, diretor científico do CIC.

Um novo polo de cacau?

Com dezenas de milhares de hectares já cultivados com grãos, fibras e frutas, o oeste da Bahia agora mira outro horizonte: o chocolate. Se os projetos em andamento forem bem-sucedidos, o Brasil pode não apenas recuperar espaço no mercado mundial, mas se tornar referência em inovação e escala na produção de cacau.

“O mundo precisa de novas fontes de produção significativa”, diz Marcelo Dorea, CEO da M3I Capital Management. “E o Brasil, com sua terra, clima e conhecimento técnico, é uma aposta natural.”

Fonte: mercadodocacau com informações reuters

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