Dólar fecha em disparada de 3,65%, e Bolsa derrete após China retaliar tarifas de Trump

Foto: : Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo
O dólar teve forte disparada de 3,65% nesta sexta-feira (4) e encerrou a semana cotado a R$ 5,835. Trata-se de uma valorização de mais de 20 centavos em um único dia, considerando a cotação de R$ 5,629 atingida na quinta-feira.

O movimento teve como pano de fundo a retaliação da China ao tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A segunda maior economia do mundo anunciou que irá impor tarifas adicionais de 34% sobre importações norte-americanas, em resposta aos encargos de mesma magnitude impostos por Trump na quarta-feira.

A escalada da guerra comercial causou o derretimento de Bolsas globais pelo segundo dia consecutivo —na véspera, os mercados acionários afundaram em repercussão ao choque tarifário dos Estados Unidos, temendo os potenciais impactos sobre o comércio internacional.

No Brasil, a Bolsa derreteu 2,96%, a 127.256 pontos. É o menor patamar em três semanas para o Ibovespa, que, até este pregão, estava rondando a casa dos 131 mil pontos.

Em Wall Street, o S&P 500 afundou 5,97%; o Nasdaq Composite, 5,82%. O Dow Jones perdeu 5,50%.

O índice Stoxx 600, referência da Europa, despencou 5,12%, enquanto o FTSE 100 caiu 4,3%. O Dax da Alemanha recuou 4,59%. Já o Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em baixa de 2,75%, registrando uma queda de 9% na semana. As Bolsas da China não abriram em virtude de um feriado.

“A China contra-atacou as tarifas dos EUA, e isso pesa de forma muito negativa. Os mercados globais estão em pânico. As duas maiores economias acabam de efetivar uma guerra comercial”, diz Alison Correia, analista de investimentos e sócio-fundador da Dom Investimentos.

As tarifas chinesas serão impostas a partir da próxima quinta-feira, 10 de abril, informou o Ministério do Comércio. Para Pequim, as novas tarifas dos EUA são “uma típica ação de intimidação unilateral” que “não está em conformidade com as regras do comércio internacional e que prejudica seriamente os direitos e interesses legítimos da China”.

Já Trump afirmou que as políticas “nunca irão mudar” e que a China cometeu “um grave erro” ao retaliar os Estados Unidos.

“Eles entraram em pânico, a única coisa que eles não podem se dar ao luxo de fazer”, escreveu o presidente norte-americano na rede Truth Social.

Trump anunciou sobretaxas de 34% sobre produtos chineses na quarta-feira, junto a um piso básico de 10% sobre todas as importações dos Estados Unidos que independe do país de origem. Também foram impostas tarifas de 20% sobre a União Europeia, de 24% sobre o Japão e de 10% sobre o Brasil. Ao todo, 186 economias foram taxadas.

“É a nossa declaração de independência”, disse Trump durante o evento na Casa Branca. “Estamos sendo muito gentis, somos pessoas muito gentis. Nós vamos cobrar aproximadamente metade daquilo que eles nos cobram. As tarifas não serão completamente recíprocas”.

O principal receio em relação ao tarifaço é que ele aumente a inflação em uma ampla gama de produtos e distorça cadeias de suprimentos globais, especialmente se os países afetados revidarem com mais impostos.

O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Jerome Powell, endereçou esses temores em falas nesta sexta. Ele afirmou que as novas tarifas são “maiores do que o esperado” e as consequências econômicas, incluindo inflação mais alta e crescimento mais lento, provavelmente também serão.

Para os mercados, a retaliação chinesa concretizou a guerra comercial. A expectativa, agora, é que outras economias afetadas anunciem suas próprias represálias.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, anunciou na quinta um conjunto limitado de medidas de combate às tarifas dos Estados Unidos e chamou o tarifaço de “tragédia” para o comércio global. No Japão, o primeiro-ministro Shigeru Ishiba disse que as tarifas criaram uma “crise nacional”. Na Europa, um pacote de retaliações está em discussão em Bruxelas.

“A intensificação da guerra comercial, especialmente se outros países se juntarem à China na retaliação, aumenta a probabilidade de uma forte queda no comércio internacional e aumenta a chance de uma recessão global”, diz André Valério, economista sênior do Inter.

Segundo análises do banco JPMorgan, o tarifaço elevou os riscos de uma recessão global e dos Estados Unidos de 40% para 60% em apenas uma semana.

De acordo com Valério, a forte aversão ao risco desta sexta sugere que é essa possibilidade que esteve na conta. “Tudo indica que a política tarifária de Trump será mais prejudicial ao crescimento do que à inflação. Tendo herdado uma economia robusta, com um mercado de trabalho saudável, as medidas anunciadas na quarta-feira têm o potencial de encerrar o atual ciclo de expansão da economia americana”, avalia.

Além das Bolsas globais, os mercados de commodities também sentiram o baque. Os preços do petróleo fecharam em queda de 7%, atingindo o menor valor em mais de três anos, e gás natural, soja e ouro também despencaram.

“[A reação da China] é significativa e indica que é improvável que a guerra de tarifas tenha acabado. Daí a reação no mercado. Os investidores estão com medo de uma situação de guerra comercial do tipo ‘olho por olho'”, diz Stephane Ekolo, estrategista de mercado e ações da Tradition.

Antes do tarifaço de quarta-feira, Trump já havia implementado uma tarifa de 20% sobre produtos chineses, taxas de 25% sobre importações de aço e alumínio e tarifas de 25% sobre mercadorias de México e Canadá que violem as regras de um acordo comercial da América do Norte. Nesta quinta, ainda entrarão em vigor as tarifas sobre os automóveis importados.

As importações para os Estados Unidos enfrentam agora uma tarifa média de 22,5%, acima dos 2,5% do ano passado, de acordo com a Fitch Ratings —as barreiras mais altas em mais de um século.

Tamara Nassif/Folhapress

Consignado CLT movimenta R$ 3,3 bi em apenas duas semanas, afirma Ministério do Trabalho


Em duas semanas as instituições financeiras concederam R$ 3,3 bilhões de crédito consignado aos trabalhadores com carteira assinada no Brasil, informou o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) nesta quinta-feira (3).

Ao todo, 532.743 pessoas acessaram o programa do consignado privado, e o valor médio das operações foi de R$ 6.209,65 por trabalhador.

Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro lideraram as contratações, que abarcam o período de 21 de março a 3 de abril, até as 11h, conforme o MTE. São Paulo e Rio juntos contabilizaram R$ 1,1 bilhão de empréstimos consignados para os trabalhadores com carteira assinada.

“Atualmente, o Brasil conta com mais de 47 milhões de trabalhadores assalariados com carteira assinada, e 68 milhões possuem a Carteira de Trabalho Digital”, citou o ministério na nota.

“A expectativa é que, em 4 anos, 25 milhões de pessoas sejam incluídas no consignado privado, com taxas de juros mais vantajosas”, acrescentou o MPE, afirmando que o programa pode ser usado para substituir uma dívida mais cara por uma mais barata.

Lançado pelo governo Lula em abril, o programa de Crédito do Trabalhador permite acesso a empréstimos consignados que utilizam como garantia até 10% do saldo do FGTS do trabalhador e/ou até 100% da multa rescisória.

O programa é uma das iniciativas do governo para tentar recuperar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abalada em pesquisas recentes.

No entanto, a possibilidade de que parte dos empréstimos seja direcionada para o consumo das famílias —e não necessariamente para a troca de um crédito mais caro por um mais barato— é um ponto de atenção entre economistas do mercado financeiro.

Um dos receios é o de que o consignado para trabalhadores com carteira assinada seja um fator de sustentação para a inflação no Brasil, que tem girado acima da meta de 3% perseguida pelo Banco Central. Na última segunda-feira o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, afirmou que a instituição ainda estuda como será o comportamento do programa de consignado privado.

Fabrício de Castro/Folhapress

A Campanha "Sete Dias na Poderosa Mão de Deus"! na Igreja Mundial do Poder de Deus Ipiaú

Essa campanha será uma iniciativa que leva você a fortalecer a fé e a conexão com Deus. Aqui estão algumas possíveis características dessa campanha:

Objetivos

1. Fortalecer a fé e a confiança em Deus. 2. Proporcionar um período de reflexão e oração. 3. Oferecer apoio espiritual e emocional.

Benefícios: 1. Maior conexão com Deus. 2. Fortalecimento da fé e da confiança. 3. Apoio emocional e espiritual. 4. Oportunidade de reflexão e crescimento pessoal.

Lembre-se de que a fé e a espiritualidade são pessoais e únicas para cada indivíduo. Essa campanha pode ser uma oportunidade para você se conectar mais profundamente com Deus e encontrar apoio espiritual.

Você não pode perder; Venha e traga sua familia; São 7 dias, às 19 horas na Igreja Mundial do Poder de Deus, com o Bispo Rafael, Pastora Francia e todo equipe de obreiros para abençoar  sua vida.

Avenida Getúlio Vargas, 252 Centro- Ipiaú, em frente a Joza Som

PF e SENAD iniciam a 49ª fase da Operação Nova Aliança


Assunção/Paraguai. A Nova Aliança é uma operação de âmbito binacional que visa o combate ao tráfico internacional de drogas e aos crimes ambientais em território paraguaio. Nesse sentido, a Polícia Federal e a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai - SENAD/PY dão início, nesta sexta-feira, 4/4, a sua 49ª fase.

A operação binacional tem o apoio da Força Tarefa Conjunta e do Ministério Público Paraguaio e configura o maior esforço internacional de erradicação de plantios ilícitos de cannabis no mundo.

De acordo com dados da UNODC, cerca de 5 mil toneladas de maconha são apreendidas anualmente no mundo, fruto de aproximadamente 1 milhão de operações policiais. A Operação Nova Aliança, por sua vez, atinge resultados semelhantes em apenas 6 fases executadas anualmente.

A 48ª fase da Operação Nova Aliança, feita entre 10 e 21 de março de 2025, erradicou um total de 880 toneladas de maconha, eliminando na fonte o produto de diversas atividades ilícitas e de sua cadeia criminosa.

Na fase que se inicia, as ações estarão concentradas na região de fronteira entre o Paraguai e o estado de Mato Grosso do Sul/Brasil, reforçando o compromisso conjunto no enfrentamento ao tráfico internacional de drogas e à proteção ambiental.

Em 2024, nas seis etapas realizadas, a operação erradicou cerca de 4.400 toneladas da droga — o que representa aproximadamente 80% do total apreendido globalmente por ano, segundo a UNODC.

Coordenação-Geral de Comunicação Social
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Prefeitura de BH exonera Bruno Barral, secretário de Educação alvo de ação da PF


A prefeitura de Belo Horizonte (MG) exonerou o secretário de Educação Bruno Barral, alvo de operação da Polícia Federal (PF). A saída dele do cargo foi publicada no Diário Oficial da prefeitura nesta quinta-feira, 3, e atende a uma decisão do ministro Kassio Nunes Marques, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na publicação, consta que o afastamento se deu “a pedido do servidor”, conforme o inciso dois, artigo 62 da Lei Municipal nº 7.169/96.

Barral investigado na terceira fase da Operação Overclean, que apura desvios de emendas parlamentares. O suposto envolvimento dele no caso ocorreu no período em que ele era secretário de Educação de Salvador (BA), na gestão de ACM Neto (União). O Estadão busca contato com Bruno Barral.

Na quinta-feira, a Polícia Federal fez buscas em 16 endereços em Salvador, São Paulo (SP), Belo Horizonte e Aracaju (SE). Segundo cálculos atualizados da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU), o esquema de fraudes em contratos e superfaturamento de obras investigado movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão.

Os contratos suspeitos envolvem prefeituras nos Estados Bahia, Tocantins, Amapá, Rio de Janeiro e Goiás. Os crimes investigados são corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.

Após ser empossado, na manhã da quinta-feira, o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), disse que as investigações não eram relacionadas ao município e não ia “passar a mão na cabeça” dos secretários. “Qualquer que seja o secretário, vai ter que responder pelos atos dele. Isso serve para todos”, afirmou.

Raisa Toledo/Estadão Conteúdo

Morte do ex-jogador Leandro Domingues acende alerta para o câncer de testículo

                  Especialista reforça a importância do diagnóstico precoce

O futebol baiano amanheceu de luto nesta quarta-feira (2). Faleceu, na noite de ontem, o ex-jogador Leandro Domingues, aos 41 anos. Ídolo do Esporte Clube Vitória, ele lutava desde 2022 contra um câncer de testículo, tendo passado por diversas etapas de tratamento, incluindo um transplante. Sua partida reacende a necessidade de atenção a esse tipo de neoplasia, que, embora considerada rara, é o tumor mais frequente entre homens jovens.

Segundo dados atualizados para 2025 pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar aproximadamente 1.700 novos casos de câncer de testículo este ano. A doença representa cerca de 1% de todos os tumores malignos masculinos, mas lidera entre homens na faixa etária de 15 a 35 anos.

“O câncer de testículo costuma evoluir de forma silenciosa e, muitas vezes, só é diagnosticado em fases mais avançadas. Sinais como aumento do volume testicular ou dor local devem ser sempre investigados”, alerta o urologista Nilo Jorge Leão, coordenador e fundador do Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica (IBCR).

Diagnosticado em 2022, Leandro enfrentou inicialmente um tratamento oncológico convencional, mas evoluiu com recorrência, exigindo abordagens mais complexas. “Casos como esse mostram o quanto o diagnóstico precoce pode fazer a diferença no desfecho da doença”, reforça o especialista.

Entre os fatores de risco estão histórico familiar, criptorquidia (testículo que não migrou adequadamente para o escroto na infância) e infecções testiculares prévias. “O autoexame testicular é um aliado importante, mas não substitui o acompanhamento regular com um urologista”, destaca Leão, que também coordena os serviços de Urologia dos Hospitais Mater Dei Salvador e Municipal.

O tratamento depende diretamente do estágio da doença. Em fases iniciais, a orquiectomia (remoção cirúrgica do testículo afetado) pode ser curativa. Nos estágios mais avançados, associações com quimioterapia, radioterapia ou até transplantes, como o de medula óssea, podem ser necessários. A cirurgia robótica surge como uma aliada importante nesses contextos.

“A cirurgia robótica proporciona maior precisão, menor sangramento e recuperação mais rápida. Em casos como as linfadenectomias retroperitoneais, por exemplo, ela é especialmente vantajosa”, explica o médico, que também lidera o Núcleo de Uro-Oncologia das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID).

Apesar da gravidade potencial, o câncer de testículo apresenta altas taxas de cura — superiores a 95% quando diagnosticado precocemente. Por isso, ações de conscientização e educação em saúde são fundamentais.

Enquanto o futebol se despede de um talento inesquecível, o episódio reforça um recado claro: o cuidado com a saúde masculina precisa entrar em campo com seriedade e prioridade.

Assessoria de Imprensa:Cinthya Brandão - (71) 99964-5552

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