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Casos de Covid crescem 140% em São Paulo e especialistas temem explosão após Carnaval

A média móvel semanal saiu de 168 casos no dia 21 de janeiro para 404, no dia 4 de fevereiro, último dado disponível no painel da Secretaria Municipal da Saúde.

(FOLHAPRESS) - Análise inédita feita pela plataforma SP Covid-19 Infotracker, criada por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), mostra que a capital paulista registrou aumento de 140% de casos positivos de Covid em duas semanas.

Com o avanço, cresce a preocupação dos especialistas de que haja uma explosão de registros da doença no pós-Carnaval.

A média móvel semanal saiu de 168 casos no dia 21 de janeiro para 404, no dia 4 de fevereiro, último dado disponível no painel da Secretaria Municipal da Saúde.

Se considerados períodos anteriores, o salto é ainda maior. Em relação a 24 de dezembro de 2023, data em que foram registrados 91 casos, por exemplo, o aumento é de 344%.

Laboratórios e hospitais também registraram alta da taxa de testes positivos de Covid. Segundo a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), janeiro deste ano fechou com um índice de 26% de confirmação, o dobro do computado no mesmo mês de 2023 (13%).

No Hospital Albert Einstein (SP), a alta de testes positivos nas cinco primeiras semanas deste ano foi de 43% (707 contra 1.013) em relação ao mesmo período de 2023.

Segundo Wallace Casaca, coordenador da plataforma Infotracker, há um aumento consistente de casos desde o final do ano passado. Os dados disponíveis não indicam alta de internações ou mortes.

"A gente espera um pico de casos de Covid nas próximas semanas. Bem menor, bem menos grave do que vimos em anos anteriores, devido à vacinação, mas teremos um boom, sem dúvida."

A infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas (SP), tem avaliação parecida. "Agora, no pós-Carnaval, vai ser uma explosão de casos, felizmente sem gravidade", diz.

Segundo Renato Kfouri, infectologista e vice-presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), as aglomerações do Carnaval sempre provocam uma alta no número de casos quando já existe uma onda em curso.

"Se tem uma tendência de aumento, com a circulação aumentada do vírus, a proximidade entre as pessoas potencializa a transmissão e deve acelerar um pouco no pós-Carnaval."

Embora a Covid não seja mais uma emergência de saúde desde 2023, e, com a alta taxa de vacinação pacientes com a doença tem sintomas cada vez mais leves, parecidos com uma gripe ou sinusite, o Ministério da Saúde diz que o protocolo a ser seguido permanece o mesmo.

De acordo com a nota mais recente, medidas como isolamento, uso de máscaras e higienização sanitária seguem importantes, "principalmente para aquelas pessoas em maior risco para desenvolver doença grave, e para reduzir as chances do desenvolvimento de condições pós-Covid com cada nova infecção".

O último Boletim InfoGripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado na quinta (8), mostra aumento no número de novos casos de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) associados à Covid-19 em vários estados da região Norte, especialmente no Amazonas e no Tocantins, e no Mato Grosso (Centro-Oeste).

A análise é referente à semana epidemiológica 5, de 28 de janeiro a 3 de fevereiro, e tem como base os dados inseridos no Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe) até o dia 5 de fevereiro.

De acordo com a análise, apesar de haver um sinal de possível desaceleração do crescimento entre os idosos no Pará, isso não ocorre entre as crianças e os adultos jovens, faixas nas quais segue o aumento.

Segundo Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, a recomendação para as pessoas de grupos de risco (de idade avançada ou que tenham alguma imunossupressão, por exemplo) é não pular Carnaval.

"Fica em casa, curte os desfiles pela TV, escuta pelo rádio, para não correr o risco de acabar se expondo e eventualmente desenvolver um caso grave."

Para Wallace Casaca, o principal fator associado à alta de casos é a circulação de novas variantes do coronavírus.

De acordo com a plataforma de sequenciamento mantida pela Fiocruz, as subvariantes da Ômicron que estão levando a essa rápida escalada são as do grupo JD e a do grupo JN.

"Pela tendência, a JN.1 [descendente da variante Pirola, que é a BA.2.86), e subvariantes derivadas desse grupo têm ultrapassado as demais na corrida da transmissão", afirma Casaca.

A cepa é também a que mais está em circulação nos Estados Unidos. Detectada pela primeira vez no país em setembro do ano passado, a JN.1 foi responsável por 44% dos casos de Covid em meados de dezembro, muito acima dos cerca de 7% registrados no final de novembro, segundo o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), agência do governo americano.

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SP vê mortes por Covid darem salto de 45,8% em uma semana

                        SP vê mortes por Covid darem salto de 45,8% em uma semana
SP vê mortes por Covid darem salto de 45,8% em uma semana
O estado de São Paulo voltou a registrar aumento de casos, internações e mortes por Covid-19 na 17ª semana epidemiológica de 2022, entre 24 e 30 de abril.

As notificações de pessoas infectadas subiram pela primeira vez desde fevereiro, quando chegaram a uma média diária de 14.542 registros e começaram a despencar.

Elas passaram de uma média diária de 3.628 casos, na semana anterior ao Carnaval, para 3.784 na semana passada —um crescimento de 4,3%.

As internações subiram 10,4%, e passaram de uma média diária de 155 para 177 hospitalizações.

Já é o segundo aumento seguindo: na semana anterior, o aumento de internações tinha sido de 6%.

Há hoje no estado 448 pacientes em UTIs em tratamento da Covid-19, contra 453 na semana anterior.

Já nas enfermarias o número de doentes passou de 785 para 847 no mesmo período.

O salto na média diária de registros de óbitos foi maior, de 45,8% —o segundo aumento depois de uma sequência de quedas.

Foram 32 registros de mortes pela doença, em média, por dia, contra 22 da semana anterior —e 20 da 15ª semana epidemiológica do ano.

Os números são considerados baixos quando comparados à média diária de 272 mortes registrada em meados de fevereiro, durante a explosão de contaminações pela variante ômicron. Mas o aumento está sendo acompanhado com atenção pelas autoridades de saúde do estado.

Os técnicos e profissionais de saúde que acompanham os números acreditam que as curvas ainda vão apresentar alta por algum período, especialmente por causa dos feriados e do aumento da interação social de pessoas durante o Carnaval.

Eles ainda avaliam, no entanto, que a epidemia pode seguir sobre relativo controle, já que a maior parte da população do estado está vacinada —e um contingente muito grande também já foi infectado, mantendo a imunidade alta contra o coronavírus por pelo menos alguns meses.

De todos os índices, o de internações é o mais confiável para informar a tendência da epidemia, já que as hospitalizações são comunicadas imediatamente ao sistema de registros estatal.

Já os casos podem estar subnotificados, pois pessoas assintomáticas não fazem exames e muitas vezes sequer desconfiam que estão contaminadas.

Os registros de mortes, por sua vez, muitas vezes são feitos dias depois da ocorrência do óbito, e não refletem de forma imediata o que está acontecendo no dia a dia dos hospitais.

Mônica Bergamo/Folhapress

Norte e Centro-Oeste tiveram mais reinfecções por Covid, aponta Datafolha

Foto: Edmar Barros/Folhapress/Arquivo
O Norte e o Centro-Oeste foram as regiões que tiveram mais reinfecções por Covid-19, aponta pesquisa do Datafolha. Entre as pessoas contaminadas, 14% já dizem ter pegado a doença duas vezes, enquanto em outras áreas essa parcela chega a no máximo 9%.

No total, foram entrevistados por telefone 2.023 brasileiros de 16 anos ou mais em todos os estados, na quarta (12) e na quinta-feira (13), com margem de erro de dois pontos percentuais. A pesquisa não separa essas duas regiões porque não haveria um número suficiente de entrevistas para uma análise segura.

Elas registram também o maior percentual de pessoas que afirmam ter se infectado, com ou sem a confirmação do teste —foram 41%, diante de 28% no Sudeste e no Nordeste e de 27% no Sul. Têm ainda a maior parcela de pessoas que ficaram doentes e não fizeram o exame (9%).

Segundo o epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz Amazônia, provavelmente se veria uma diferença ainda maior nas reinfecções do Norte caso os dados fossem desagregados, porque ali a epidemia se comportou de forma mais agressiva do que no Centro-Oeste, com a variante gama.

Há um ano, Manaus viveu um colapso do seu sistema de saúde, com mortes de pacientes por asfixia em hospitais que ficaram sem oxigênio diante da alta demanda. No primeiro trimestre de 2021, foram 6.600 mortes no Amazonas, um dos índices per capita mais elevados do mundo.

“Outra explicação pode ser a composição demográfica do Norte e Centro-Oeste, pois eles possuem populações mais jovens do que o Sul, por exemplo, e sabemos que o vírus circulou mais nos menores de 50 anos e matou mais nos maiores de 50”, acrescenta Orellana.

Nessa duas regiões, 3% dos entrevistados dizem ter pegado Covid nos últimos 30 dias, quando a variante ômicron causou uma explosão de casos (outros 5% não sabem se pegaram).

A nova onda parece também ter atingido de forma mais forte o Sudeste, com 4% de infectados e 2% que não sabem. Na região, mais de um terço dos entrevistados responderam que algum amigo próximo pegou a doença nesse período.

A Folha mostrou neste sábado (15), com base na mesma pesquisa, que os brasileiros que afirmam ter contraído Covid são quase o dobro da cifra oficial registrada pelos estados. Uma em cada quatro pessoas com 16 anos ou mais relata ter obtido teste positivo, o que representaria 42 milhões, contra 23 milhões de casos notificados sem distinção de idade.

Esse nível de subnotificação é quase o mesmo em todas as regiões, exceto no Sul, onde apenas 14% dos casos com comprovação em exame não teriam entrado nas estatísticas dos governos, segundo a projeção do levantamento. Ainda assim, seria o equivalente a 736 mil casos não contabilizados só ali.

Contribuem para isso a falta de uma política de testagem durante os dois anos de pandemia no país e o apagão de dados que ocorre no Brasil desde que os sistemas do Ministério da Saúde foram derrubados por ataques de hackers, em dezembro.

O detalhamento da pesquisa do Datafolha por região mostra ainda que o Sul tem uma maior rejeição às vacinas contra a Covid, tanto em adultos (4% não se imunizaram e não pretendem) quanto em crianças (21% acham que elas não deveriam ser vacinadas).

A região tem ainda a maior parcela de pessoas que dizem não sentir medo do vírus (22%), só usar máscara de vez em quando ao sair de casa (17%) e ser contrárias à cobrança da vacinação para entrar em locais fechados, como escritórios, bares, restaurantes e shows (22%) —esses índices são parecidos no Centro-Oeste/Norte.

“A danosa narrativa antivacina é mais comum em populações conservadoras. A região Sul do Brasil foi a que mais votou no presidente Jair Bolsonaro [PL], ao lado da Centro-Oeste. Como ele ataca as vacinas até hoje, me parece razoável esse lamentável cenário”, afirma Orellana.

Apesar da rejeição à imunização apontada no levantamento, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná têm uma cobertura vacinal superior à do Brasil como um todo. Orellana pondera, porém, que não é possível fazer comparações entre esses dois dados por não terem a mesma representatividade.

“Parte das baixas coberturas vacinais da região Norte, por exemplo, poderia ser explicada por problemas com a geração e transmissão do dado ou pela falta de acesso aos serviços de saúde, o que é muito comum no vasto interior da Amazônia e mesmo em grandes metrópoles como Manaus e Belém”, diz.
Júlia Barbon, Folhapress

Ômicron: quais são os sintomas da nova variante comparados aos das anteriores

Dor de garganta, músculos doloridos, principalmente na região da lombar, nariz entupido, problemas estomacais e fezes moles são possíveis sinais da nova variante, indicam dados preliminares.
Um estudo produzido por cientistas da África do Sul apontou que a variante ômicron do coronavírus pode "escapar" de parte da imunidade adquirida por pessoas que já tiveram covid-19. — Foto: Getty Images
Cientistas de todo o mundo vêm estudando em detalhes a ômicron, a nova variante do coronavírus que vem se espalhando em ritmo acelerado em vários países.
Na África do Sul, onde foi inicialmente detectada, ela já responde por mais de 90% das novas infecções. Em Londres, no Reino Unido, metade dos casos recém-notificados já são causados pela ômicron.

Algumas constatações já foram feitas, entre as quais a de que a ômicron é significativamente mais contagiosa, mas ainda há muito a ser descoberto sobre essa nova variante.

E quanto aos sintomas?

Em entrevista à BBC, o imunologista e geneticista canadense John Bell, professor de Medicina da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e conselheiro do governo britânico para Covid-19, disse que os sintomas da ômicron são "diferentes" das cepas anteriores do coronavírus.

Dor de garganta, músculos doloridos, principalmente na região da lombar, nariz entupido, problemas estomacais e fezes moles são possíveis sinais da nova variante.

"Uma das coisas que sabemos é que a ômicron é bem diferente", disse ele, acrescentando que a mialgia (dor muscular) é uma "característica distintiva" da ômicron e que os especialistas em saúde pública não sabiam por quê.

Segundo Bell, dados da África do Sul e do aplicativo Zoe (que ajuda a reunir pesquisas sobre a disseminação e os sintomas da Covid-19 no Reino Unido) mostraram que outros sintomas incomuns da ômicron incluem "um pouco de mal-estar intestinal, fezes moles".

"É uma das características mais interessantes. Parece que (a ômicron) está se comportando de maneira diferente", disse ele ao programa Today, da BBC 4.

Médicos na África do Sul também notaram garganta inflamada em vez de dor de garganta, tosse seca, cansaço extremo e suores noturnos.

A perda do paladar ou do olfato, registrados em inúmeros pacientes que contraíram as variantes anteriores do coronavírus, não parecem estar entre os sintomas dessa variante inicialmente relatados na África do Sul.

Transmissão e reinfecção

Na entrevista, Bell acrescentou que embora algumas coisas sejam conhecidas sobre a ômicron, outras ainda não foram determinadas pelos dados.

Uma coisa que os cientistas sabem, disse ele, é sua transmissibilidade.

"Nós sabemos algumas coisas sobre esta variante e há muitas coisas que não sabemos", afirmou.

"Sabemos que esta é uma variante altamente infecciosa, duas ou três vezes mais infecciosa que a delta, que era uma variante bastante infecciosa em si".

"Uma das razões pelas quais está se espalhando pelo país (Reino Unido) tão rapidamente é porque ela é muito, muito contagiosa", acrescentou.

Um estudo preliminar sul-africano, publicado no site Medrxiv, analisou quase 3 milhões de pessoas infectadas com Covid-19. E descobriu que o risco de reinfecção pela variante ômicron é três vezes maior do que para as variantes delta e beta do coronavírus.

Os autores concluíram: "As evidências sugerem que a variante ômicron está associada a uma capacidade substancial de escapar da imunidade de uma infecção anterior."

Gravidade

No entanto, quando se trata da gravidade da doença, Bell disse "no momento, não temos realmente os dados" e acrescentou que as próximas semanas vão indicar a gravidade da variante no Reino Unido.

Um levantamento de cerca de 78 mil casos da ômicron na África do Sul, publicada na última terça-feira (14/12), descobriu que a variante está resultando em doença mais branda em comparação com as ondas anteriores, com 29% menos hospitalizações do que a cepa de Wuhan e 23% em comparação com a delta.

Richard Friedland, CEO da Netcare, o maior provedor privado de saúde sul-africano, disse ao jornal britânico The Telegraph que as primeiras tendências durante a quarta onda do país, causada pela ômicron, indicavam uma "forma muito menos severa" da Covid-19.

Durante as três primeiras ondas, 100% dos 55 mil pacientes com Covid-19 hospitalizados nas instalações da Netcare precisaram de oxigênio. Até agora, durante a nova onda, apenas 10% dos 337 pacientes hospitalizados precisaram de oxigênio, assinalou Friedland.

Ele ressalvou, no entanto, que esses resultados eram apenas preliminares e que a situação poderia mudar.

Por sua parte, autoridades britânicas recomendaram "cautela realmente séria" sobre relatos de que uma redução nas hospitalizações estava sendo observada em casos de ômicron na África do Sul.

Esse sentimento foi ecoado por Maria Van Kerkhove, líder técnica da resposta ao coronavírus da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante uma entrevista coletiva em 8 de dezembro, quando advertiu que relatos de doença leve são apenas constatações de observações em escala menor e carecem da necessária base científica e acrescentou que é "muito cedo" para tirar conclusões firmes.


Em 12 de dezembro, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, alertou sobre um "maremoto" da ômicron e disse: "Não cometa o erro de pensar que a ômicron não pode machucar você, não pode deixar você e seus entes queridos gravemente doentes."

No dia seguinte, o primeiro-ministro anunciou a primeira fatalidade vítima da nova variante no país e reforçou a necessidade de vacinação, o que também foi defendido pelo imunologista John Bell.

"O melhor que podemos fazer é vacinar as pessoas que não foram vacinadas", disse Bell à BBC.

"Isso é o que realmente prejudica o sistema."

O Reino Unido tem tentado acelerar a vacinação no país e espera vacinar toda a população adulta com uma dose de reforço até o fim do ano
Por BBC/G1

Restrições contra Covid chegam ao fim em SP nesta segunda: voltam baladas, festas e shows

Foto: Divulgação / Arquivo

 Depois de 588 dias chegam ao fim as restrições da pandemia no estado de São Paulo. A partir desta segunda-feira (1º), todos os estabelecimentos podem funcionar com capacidade máxima, sem limite de horário ou determinação de espaço. Festas, baladas, shows, eventos com torcida estão autorizados sem qualquer restrição a partir da data. Algumas dessas atividades já estavam ocorrendo no estado, mas ainda tinham que seguir regras, como manter o público sentado e não atender a capacidade total.

Agora as únicas normas obrigatórias no estado são o uso de máscara e a exigência do passaporte da vacina em eventos com mais de 500 pessoas. O distanciamento deixa de ser regra e passa a ser apenas uma recomendação das autoridades estaduais. É a primeira vez desde 22 de março de 2020, quando o governador João Doria (PSDB) decretou quarentena no estado para conter a disseminação da Covid, que os estabelecimentos comerciais de todos os tipos poderão funcionar sem limitações.

As liberações feitas a partir desta segunda são vistas como o fim do Plano São Paulo, que foi estabelecido para coordenar a flexibilização das atividades econômicas no estado. Em agosto, quando anunciou o fim das restrições para novembro, o governo trabalhava com a expectativa de chegar nesta data com 90% da população do estado vacinada com duas doses (ou dose única).

Ainda que a meta não tenha sido alcançada, a liberação foi mantida. São Paulo é o estado brasileiro em que a cobertura vacinal está mais avançada, com 87% da população adulta já com o esquema de vacina contra a Covid completo. Em relação a toda a população, 67,5% receberam as duas doses. Com o avanço da vacinação, São Paulo viu os indicadores da Covid caírem expressivamente nos últimos meses. Neste sábado (30), o estado registrou menos da metade de pessoas hospitalizadas do que há um ano.

Em 30 de outubro de 2020, São Paulo tinha 6.949 pacientes em leitos reservados para Covid, sendo 2.883 em UTI e 4.066 em enfermaria. Neste sábado, eram 3.400 internados com o vírus, 1.069 em UTI e 1.791 em enfermaria. Ainda que a vacinação esteja avançada e os casos da doença em queda, especialistas afirmam que é preciso cuidado por enquanto. Festas e shows em ambientes fechados são considerados de alto risco para infecção.

Desde agosto, esses estabelecimentos já estavam liberados para voltar a funcionar, mas atendendo apenas uma parcela da capacidade total e somente com o público sentado -as pista de dança estavam proibidas. O governo diz que esses espaços podem exigir passaporte de vacinação dos frequentadores. A exigência do comprovante já foi adotada nos estádios e eventos esportivos do estado, que agora podem também funcionar com capacidade total.

A liberação de todas regras de distanciamento foi seguida também na capital paulista. Na quinta (28), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) revogou todas as restrições de ocupação, horário de funcionamento e distanciamento mínimo entre pessoas em estabelecimentos públicos e privados na cidade de São Paulo. A revogação apenas concretizou medidas que já tinham caído por orientação do governo estadual. O comércio, por exemplo, já estava funcionando sem restrição de horário e capacidade desde o começo de setembro. As escolas também já estão liberadas a receber 100% dos alunos, sem precisar garantir o distanciamento de um metro entre eles.

Tanto a gestão estadual quanto a municipal defendem que as liberações são seguras desde que a população mantenha o uso de máscaras. A obrigatoriedade da proteção facial, no entanto, já tem sido abandonada em outras capitais, como Rio de Janeiro e Distrito Federal. Além da máscara, governo e prefeitura defendem a obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacinação em eventos com mais de 500 pessoas. Em alguns locais públicos na cidade, como a Câmara Municipal e os fóruns do Tribunal de Justiça, o passaporte de vacina é obrigatório para qualquer um.

Na capital paulista, desde 1º de setembro, passou a valer o decreto que exige a apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid em eventos com público superior a 500 pessoas. Casas noturnas e espaços de eventos consultados pela Folha estão exigindo o passaporte para os seus frequentadores.
Folhapress

‘Não conversei com Renan sobre relatório nenhum’, diz Omar Aziz

Foto: Dida Sampaio/Estadão/Arquivo

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD), afirmou, nesta sexta-feira, 15, que o relator, Renan Calheiros (MDB), não conversou com nenhum senador da comissão a respeito de suas conclusões no relatório final que imputa crimes ao presidente Jair Bolsonaro. “Eu acho deselegante estar vazando. Acho que faltou respeito, pelo menos ao G7. E então, não é legal”, disse Aziz à reportagem.

O senador também diz discordar de parte do conteúdo que tem sido divulgado pelo senador Renan Calheiros (MDB) à imprensa. “Eu não acho que tenha genocídio, tem que se provar isso. E eu não tô aqui para fazer cavalo de batalha em relatório não. A gente vai votar aquilo que é correto. Ninguém vai votar absolutamente nada com estômago aqui não”.

“Eu não presidi uma CPI seis meses para chegar o relatório e achar que o fígado vai me vencer. Eu não fui vencido nem nos calorosos debates, nem agora”, afirmou.

Aziz afirmou que não existe um consenso ou uma articulação entre os senadores em torno do relatório. “Eu não conversei com Renan sobre relatório nenhum. Aliás, ele não conversou com ninguém dos senadores. Nenhum desses crimes, eu não sei. Ele vai ter de dizer por quê”.

Em relatório, Renan vai imputar uma série de crimes que teriam sido cometidos durante a pandemia pelo senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e pelo vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos). Ao presidente Jair Bolsonaro, Renan atribui 11 crimes – entre eles, crimes contra a humanidade, genocídio de indígenas, homicídio comissivo por omissão no enfrentamento da pandemia e crime de epidemia com resultado morte.
Estadão Conteúdo

Covid-19: ministério recomenda suspensão da vacinação de adolescentes

Foto: Reuters/Denis Bolibouse/Direitos reservados

O Ministério da Saúde revisou a recomendação de vacinação de adolescentes contra a covid-19. Em nota técnica publicada hoje (16) pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, o ministério passou a recomendar a vacinação apenas para os adolescentes entre 12 e 17 anos que tenham deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.

Uma nota técnica anterior da pasta, também de setembro, recomendava que a imunização dos adolescentes tivesse início ontem (15), com a ressalva de que os que não apresentassem comorbidades deveriam ser os últimos a ser vacinados.

A pasta citou, entre outros argumentos para revisar a recomendação, o fato de que os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos e que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda imunização de adolescentes com ou sem comorbidades.

A OMS, entretanto, não chegou a afirmar que a imunização de adolescentes não deveria ser realizada. Em vídeo publicado em junho, a organização disse apenas que, neste momento, a vacinação de adolescentes entre 12 e 17 anos não é prioritária.

O ministério também argumentou que a decisão foi tomada devido ao fato de a maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela covid-19 apresentarem evolução benigna da doença.

Outro ponto levantado foi o de que houve uma redução na média móvel de casos e óbitos (queda de 60% no número de casos e queda de mais de 58% no número de óbitos por covid-19 nos últimos 60 dias) com melhora do cenário epidemiológico.

Após a publicação da nota, algumas cidades anunciaram a suspensão da vacinação de adolescentes, entre elas, as prefeituras de Natal (RN) e Salvador (BA). Agora há pouco, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, decidiu seguir a recomendação do ministério e também suspendeu a imunização de adolescentes na capital federal.

Atualmente, apenas a vacina da Pfizer/Biontech tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em adolescentes a partir de 12 anos.
Edição: Lílian Beraldo
Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil - Brasília

TER 24 CPI ouve Emanuel Catori, sócio da Belcher Fonte: Agência Senado


 Emanuel Catori admite participação em licitações no DF, mas nega fraudes

Emanuel Catori admitiu que a empresa Belcher participou de várias licitações no Distrito Federal e saiu vencedora de uma para venda de máscaras. Ele também confirmou que a empresa participou de licitação para compra de testes covid, mas negou que a Belcher tenha combinado valores com outros participantes, objeto de investigação da Operação Falso Negativo. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), disse que a Belcher alega que uma empresa teria usado o nome da farmacêutica para participar do processo.

— Caso absolutamente inédito na historia das licitações — apontou Renan.

Catori diz que valor da vacina já previa custos com logística e frete

Renan Calheiros considerou “estranha” a diferença de preço da Convidecia, cuja dose custaria de 70% a mais que a da Janssen — ambas com dose única de aplicação. Segundo Emanuel Catori, o valor da dose a US$ 17 já incluiria todos os custos de entrega no Brasil, como frete e logística, o que, de acordo com ele, não estava previsto nas tratativas com a Janssen.

Imagem do post catori-diz-que-valor-da-vacina-ja-previa-custos-com-logistica-e-frete

A CPI reproduziu uma live de março passado, entre Emanuel Catori e os empresários Luciano Hang, Alan Eccel e Carlos Wizard, anunciando a intenção de comprar vacinas. No vídeo, Hang critica a Lei 14.125, de 2021, que disciplinou a importação de imunizantes pela iniciativa privada.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apontou uma contradição entre a declaração de Hang e a fala inicial do depoente, segundo a qual o processo de compra fora possibilitado exatamente por essa lei. Catori não soube explicar essa contradição, limitando-se a dizer que nunca teve relação comercial com

Fonte: Agência Senado

Conheça os seus direitos no momento da vacinação da Covid-19

Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS

As vacinas contra o novo coronavírus começaram a ser aplicadas na população brasileira na segunda quinzena de janeiro. Entre os diversos imunizantes que têm sido desenvolvidos por laboratórios em todo o mundo, os primeiros autorizados no Brasil foram a vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e a vacina feita pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Para ser usada no Brasil, as vacinas precisam ter o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Como quantidade de doses importadas e produzidas no país ainda não é capaz de atender a toda a população, a vacinação está sendo feita em etapas, priorizando os grupos mais expostos, como os profissionais de saúde e os de risco, como os idosos.

No entanto, na medida em que a vacinação avança, também foram detectadas fraudes, como o caso de uma enfermeira de Niterói (RJ) que foi indiciada pela polícia por ter simulado a aplicação da vacina em um idoso. Denúncias semelhantes foram registradas em várias partes do país. Por isso, a Agência Brasil ouviu especialistas sobre os direitos do cidadão no momento da imunização.

Direito à informação

Todas as pessoas que forem receber a vacina contra a covid-19 têm direito a pedir informações sobre o imunizante e detalhamento dos procedimentos de aplicação. “É uma questão de saúde pública. Tem direito de perguntar sobre a origem da vacina, quais foram os cuidados tomados, aquelas informações que já não foram disponibilizadas anteriormente”, diz o jurista Acacio Miranda.

Assim, a pessoa e um eventual acompanhante têm o direito de pedir esclarecimentos sobre os procedimentos e sobre a própria vacina. Também pode pedir para checar o frasco de onde foi tirado o medicamento, desde que não interfira na segurança da aplicação. “Ele não pode tocar na ampola. Pode olhar, pode exigir que seja informada cada etapa, até o descarte da seringa”, acrescenta a especialista em direito público Jocinéia Zanardini.

Filmar ou fotografar

Também é possível filmar ou fotografar a vacinação. Miranda ressalta que nesses casos o único cuidado é preservar a imagem do profissional de saúde responsável pela aplicação. “Como regra a pessoa pode filmar, desde que resguarde os diretos de imagem dos profissionais da saúde. Ela pode fazer uma autoimagem, um vídeo dela mesma”, explica.

Isso, no entanto, pode ser alterado caso as prefeituras, governos estaduais ou o governo federal editem decretos, ou caso sejam aprovadas leis que regulamentem a captação de imagem nos estabelecimentos de saúde ou durante a vacinação. Porém, os responsáveis locais, como gerentes de unidades básicas de saúde, não têm poder para proibir filmagens.

A presença de um acompanhante durante a imunização está prevista no Estatuto do Idoso.

Irregularidades

Caso suspeite de alguma irregularidade, a pessoa que está recebendo a vacina pode pedir a presença de um superior hierárquico. Se não for suficiente, podem ser acionadas a ouvidoria do município ou o Ministério Público.

Há ainda a possibilidade de registrar um boletim de ocorrência, caso a vacina não seja efetivamente aplicada com artifícios como a seringa vazia ou com outro produto que não o imunizante. “É um crime, peculato, está desviando um bem público: a vacina é um bem público”, ressalta Jocinéia.

Agência Brasil

Jacobina: prefeito decreta lockdown total na cidade; farmácias e mercados estão na medida

Imagem aérea da cidade de Jacobina
O prefeito de Jacobina, Tiago Manoel Dias Ferreira, decretou lockdown total no município. A medida, que começou a valer nesta terça (2), irá até às 5h de quarta (3), sendo permitido o funcionamento de postos de combustíveis, hospitais e funerárias.


Além deles, o decreto também garante a atividades dos seguintes serviços: abastecimento de água, luz e telecomunicações; Defesa Civil; limpeza urbana; órgãos de segurança; e Samu. Farmácias, restaurantes e supermercados poderão funcionar apenas na modalidade delivery.

A decisão do lockdown total de 24 horas foi tomada após uma reunião na sede da Prefeitura nesta segunda (1º).

Ainda é prematuro e irrealista falar em fim da pandemia neste ano, diz OMS

Foto: Divulgação

Ainda é “prematuro e irrealista” falar em fim da pandemia neste ano, afirmou o diretor-executivo da OMS, Michael Ryan nesta segunda (1º). “Se formos espertos, poderemos conter as hospitalizações e as mortes”, disse ele. “Mas os números ainda estão crescendo em alguns países, sem contar os mais de cem países que ainda não conseguiram vacinar ninguém.”

Na sexta-feira (26), Ryan disse que a situação da pandemia de Covid-19 no Brasil “é uma tragédia” e que momento era “muito duro para os brasileiros”. O país registrou na quinta-feira número recorde de óbitos pela doença em 24 horas: 1.582 brasileiros morreram, no pior momento da pandemia.

O diretor afirmou também nesta segunda-feira que já começam a aparecer dados significativos indicando que as vacinas podem afetar a transmissão do patógeno. “Se for mesmo confirmado o impacto na dinâmica do contágio, além de nas doenças graves e mortes, podemos acelerar o controle da pandemia”, disse ele.

Isso, porém, só vai acontecer se as medidas de distanciamento físico e higiene foram mantidas, segundo a líder técnica Maria van Kerkhove. “Este vírus vai contra-atacar se baixarmos a guarda”, afirmou.

Um dos maiores riscos de relaxar medidas conforme a vacinação avança é justamente inviabilizar as vacinas, segundo Katherine O’Brien, diretora de imunização da OMS. “Cada vez que permitimos que o coronavírus circule, elevamos a chance de mutações e variantes que conseguem escapar das vacinas”, disse ela.

Swaminathan afirmou que, com a aprovação de novos produtos e o começo da distribuição de imunizantes pelo consórcio Covax, esta semana deve ser o início do maior esforço de vacinação em massa da história. Dois países africanos (Gana e Costa do Marfim) receberam remessas na semana passada e o envio deve chegar a outros 15 nesta semana, segundo a diretora da área regulatória, Mariângela Simão.

Até o final de março, todos os 142 países que participam do Covax devem receber as vacinas, disse ela. Segundo o consultor sênior da OMS Bruce Aylward, porém, o consórcio ainda tem um déficit de US$ 3 bilhões (R$ 17 bilhões) para pagar por todos os imunizantes encomendados.

A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, fez eco ao discurso da diretora-chefe da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, e exortou fabricantes a licenciarem suas vacinas para produção em países mais pobres.

Ela apontou dados muito encorajadores de redução de mortes e hospitalização nos países que começaram a vacinar suas populações há dois meses, e recuo na infecção de profissionais de saúde.

Mas, se metade do mundo continuar sem vacina, as mais de 250 milhões de doses já aplicadas em 104 países no mundo podem não oferecer a proteção esperada, reafirmou.

Esse é um dos motivos pelos quais os países não deveriam planejar tão cedo passaportes de vacinação, disseram os diretores da OMS. “Enquanto todos os mais vulneráveis não estiverem produzidos, não deveria haver estímulos para que os imunizantes sejam desviados a menos vulneráveis”, afirmou Aylward.

Ana Estela de Sousa Pinto, Folhapress

Doria decreta lockdown das 23h às 5h em todo o estado

Foto: Ravena Rosa/Agência Brasil/Medida vale de 26 de fevereiro a 14 de março

O governador João Doria decretou lockdown das 23h às 5h em todo estado em razão do aumento das internações por Covid-19. As medidas valem da próxima sexta-feira (26) até 14 de março. A medida foi anunciada em coletiva no Palácio do Candeirantes, no Morumbi (zona oeste de SP), na tarde desta quarta (24).

Aline Mazzo, Folhapress

São Paulo atinge pico de internações por Covid em UTI desde o início da pandemia

Foto: Divulgação/
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB)

O Estado de São Paulo atingiu seu maior número de internações desde o início da pandemia do novo coronavírus no ano passado. Houve um incremento de 5,6% em relação à semana anterior e o governo João Doria (PSDB) afirmou estar alerta sobre o problema. O interior paulista é um dos principais focos de atenção e especialistas estão preocupados com a circulação de novas variantes do Sars-CoV-2, como a cepa identificada em Manaus. Estudos preliminares indicam que elas têm maior potencial de transmissão e não se sabe seu efeito sobre a eficácia das vacinas.

“Nossa atenção está ainda maior. Esse incremento de 5,6% no número de internações mostra o quanto existe a circulação intensa do vírus. Em julho de 2020 tivemos o pico de 6.250 pessoas internadas, agora atingimos nesta segunda, o número de 6.410 pacientes internados em UTI. Ultrapassamos o maior número da história da pandemia e temos de ter uma atenção especial a algumas regiões do Estado”, comentou Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde.

Algumas cidades do interior do Estado, por causa do aumento da pandemia e do colapso no sistema de saúde, decretaram lockdown para tentar reduzir a transmissão do vírus entre as pessoas. Araraquara é um dos municípios que fecharam tudo – incluindo supermercados – para tentar conter a contaminação. Ao mesmo tempo, o governo vem ampliando a oferta de leitos, mas a situação pode ser replicada para outras cidades.

Segundo João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19, é preocupante a situação no interior. “O Centro de Contingência apresentou recomendações extraordinárias e o governo está fazendo análise disso. Essas medidas adicionais ao Plano São Paulo serão anunciadas na quarta-feira, para entrarem em vigor na sexta-feira. Entre elas, está a redução da mobilidade, que é o que podemos fazer nesse momento para reduzir a transmissibilidade”, disse.

O Plano São Paulo é o programa estadual de reabertura econômica, que tem quatro níveis de risco, classificados por cor, com regras para o funcionamento de atividades. A classificação é feita de acordo com o número de infecções e mortes, ocupação de leitos, dentre outros fatores. Pelo menos quatro regiões do Estado (Presidente Prudente, Barretos, Araraquara/São Carlos e Bauru) estão no alerta máximo.

Para Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19, todas as medidas serão importantes para tentar conter o avanço da doença nas cidades paulistas. “Alguns municípios têm intensificado medidas de restrição além do que o Plano São Paulo coloca. Isso deve auxiliar na redução da transmissão”, acredita.

Atualmente, a taxa de ocupação de leitos no Estado de São Paulo está em 67,9%. Nesta segunda-feira, 22, foram registrados 1.978.477 casos, sendo 2.550 nas últimas 24 horas, e o Estado atingiu a marca de 57.842 mortes, sendo 43 óbitos registrados nas últimas 24 horas.

Outro ponto importante para a redução da transmissão é a vacinação. Na próxima sexta-feira, o governo vai anunciar quais serão as novas faixas etárias de imunização. Nesta segunda-feira, o Estado atingiu a marca de 2.033.582 pessoas vacinadas, segundo Regiane de Paula, coordenadora de controle de doenças da Secretaria de Estado da Saúde. O governador João Doria também comentou que, se São Paulo fosse um país, seria o novo do mundo com mais imunizados.

O governo de São Paulo anunciou ainda a entrega de mais 3,4 milhões de doses da vacina Coronavac para o Ministério da Saúde. Nesta terça-feira, 23, às 9h30, Doria vai acompanhar a entrega do primeiro lote diário de 426 mil doses no Instituto Butantan. “O ministério fará a logística para encaminhamento das vacinas aos municípios”, explicou.

Doria anuncia criação de auxílio de até R$ 450

Doria anunciou ainda a criação do programa Bolsa Trabalho, com remuneração de até R$ 450 por mês. Serão 100 mil vagas abertas. “As pessoas terão acesso a uma bolsa, qualificação profissional e trabalho. Os auxílios são por cinco meses e vão transformar a vida dessas famílias”, disse Patricia Ellen, secretária de desenvolvimento econômico.

Ela aponta que a bolsa terá um aumento de 36% em relação ao programa anterior e que está prevista também a contratação de pais e mães para atuar nas escolas apoiando a retomada das aulas. “Além disso, haverá pagamento de R$ 210 para 30 mil alunos do programa Via Rápida. Queremos que São Paulo seja referência de retomada econômica e de dignidade para essa população”, continuou.

Lockdown

Outros Estados brasileiros tentam conter a disseminação do coronavírus. A partir desta segunda, já começam a valer na Bahia as medidas restritivas mais severas. O toque de recolher passa a ser das 20h às 5h do dia seguinte – até então, o horário era das 22h às 5h. Já no Rio Grande do Norte, o governo estadual publicou no sábado um decreto restringindo o horário de funcionamento de bares e restaurantes. Esses empreendimentos só poderão funcionar até às 22h. Barreiras sanitárias serão criadas nas regiões de divisa com a Paraíba e Ceará.

Estadão Conteúdo

Pelo terceiro dia consecutivo, Bahia registra maior número de pacientes em UTIs Covid-19

Foto: Paula Fróes/GOVBA

Pelo terceiro dia consecutivo, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) registra o maior número de pacientes internados em UTIs Covid-19 desde o início da pandemia. São 890 pacientes adultos e pediátricos em estado grave ocupando leitos nas diversas regiões da Bahia. O boletim epidemiológico deste domingo (21) também registra 63 mortes. Apesar de terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro das mortes foram realizadas hoje.

Hoje, em virtude da elevação na taxa de ocupação de leitos de UTI em toda a Bahia, o governador Rui Costa determinou a ampliação do horário do toque de recolher. A partir desta segunda-feira (22), a restrição será das 20h às 5h. A determinação visa provocar uma redução da taxa de crescimento da Covid-19 no estado.

As denúncias sobre aglomerações em espaços públicos ou privados serão fundamentais para facilitar o trabalho da polícia. Para isso, a população poderá utilizar os canais de comunicação oficiais através do 190, ou (71) 3235-0000 (para a capital) e no interior do estado por meio do 181. Lembrando que a denúncia é anônima e a viatura mais próxima é acionada para o local.

Boletim epidemiológico

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.851 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,3%) e 2.372 recuperados (+0,4%). Dos 653.335 casos confirmados desde o início da pandemia, 625.441 já são considerados recuperados e 16.703 encontram-se ativos.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.018.766 casos descartados e 150.783 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste domingo (21). Na Bahia, 41.937 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Hoje foram registradas 63 mortes e o número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 11.191, representando uma letalidade de 1,71%. Dentre os óbitos, 56,64% ocorreram no sexo masculino e 43,36% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,17% corresponderam a parda, seguidos por branca com 20,34%, preta com 14,54%, amarela com 0,58%, indígena com 0,15% e não há informação em 9,22% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 70,46%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,38).

A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Vacinação

Com 414.372 vacinados contra o coronavírus (Covid-19), dos quais 49.428 receberam também a segunda dose, até as 15 horas deste domingo, a Bahia é um dos estados do País com o maior número de imunizados. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas no painel https://bi.saude.ba.gov.br/vacinacao/.

Tem se observado volume excedente de doses nos frascos das vacinas contra a Covid-19, o que possibilita a utilização de 11 e até 12 doses em apenas um frasco, assim como acontece com outras vacinas multidoses. O Ministério da Saúde emitiu uma nota que autoriza a utilização do volume excedente, desde que seja possível aspirar uma dose completa de 0,5ml de um único frasco-ampola. Desta forma, poderá ser observado que alguns municípios possuem taxa de vacinação superior a 100%.

Covid-19: óbitos passam de 240 mil e casos somam quase 10 milhões

Foto: Reuters/Direitos reservados
O balanço divulgado nesta terça-feira (16) pelo Ministério da Saúde registra 55.271 novos diagnósticos de covid-19 em 24 horas. Agora já são 9.921.981 o número de pessoas infectadas pela doença desde o início da pandemia no país.

As mortes pelo novo coronavírus (covid-19) ao longo da pandemia superam 240 mil. Em 24 horas, as autoridades de saúde notificaram 1.167 novos óbitos, totalizando 240.940.

O balanço apontou também 797.850 pacientes em acompanhamento e 8.883.191 que já se recuperaram da doença.
Estados

Os estados com mais mortes são São Paulo (56.702), Rio de Janeiro (31.630), Minas Gerais (16.903), Rio Grande do Sul (11.407) e Ceará (10.850).

As unidades da Federação com menos óbitos são Acre (932), Roraima (995), Amapá (1.112), Tocantins (1.458) e Rondônia (2.561).
Divulgação/Ministério da Saúde


Para conter avanço da Covid-19, Rui cogita toque de recolher na Bahia

Foto: Divulgação/Na imagem, o governador Rui Costa, do PT

Diante do aumento de casos da Covid-19 em todo o estado, o governador Rui Costa (PT) cogitou, em entrevista à TV Bahia nesta terça-feira (16), aderir toque de recolher para conter o avanço da doença.

“Nós vamos, sim, adotar medidas restritivas para outras atividades. Inclusive, analiso a possibilidade de, se mantiver ao longo desta semana estas mesmas taxas, nós implementarmos o toque de recolher em todo o estado para evitar o pior”, revelou.

“Eu vou propor, hoje à tarde, na reunião, para que o Governo do Estado, junto com as prefeituras, dê um passo atrás na limitação de funcionamento de várias atividades econômicas”.

“De fato não podemos ter atividades essenciais sendo comprometidas, enquanto as pessoas se acham no direito de fazer aglomerações em festa com bebidas em um momento que 60 pessoas morrem todos os dias na Bahia”, acrescentou.

Internado com Covid, Cesar Filho diz que não está em estado grave

César Filho (Foto: Manuela Scarpa/Brazil News)
O apresentador
Cesar Filho, que está internado com Covid-19, usou suas redes sociais para tranquilizar os fãs. No último domingo (14), ele postou uma mensagem negando os rumores que estaria em estado grave.

“Por favor, não acredite em todo tipo de notícia. Existe sensacionalismo por parte de alguns. Isso desestabiliza meus familiares e aqueles que gostam de mim. Conforme relatei aqui, na quinta-feira à noite, em virtude de uma alteração importante em meus exames de sangue, o dr @zeballos59 e eu, decidimos pela internação. Viemos então para o @hospitalvilanovastar e fizemos uma nova tomografia do tórax. Foi identificada uma pneumonia bacteriana”, ainda dizia o post.

“Imediatamente recebi um novo antibiótico intravenoso e estou fazendo fisioterapia pulmonar. Além de um controle melhor, com todo o monitoramento de uma equipe excepcional, isso trouxe um conforto pra mim e para minha família, principalmente para minha amada, @elainemickely [Elaine Mickely], que também testou positivo e que já nem dormia mais. Ela está ao meu lado o tempo todo!!! Nāo estou na UTI. Sigo tratamento no quarto do hospital. Se Deus quiser, estamos no caminho da cura e de uma recuperação total. Muito obrigado pelo carinho, preocupação e orações!!! Um lindo domingo pra você!!!”, finalizou Cesar.

Aristóteles Lima Thury, presidente do TRE do Amazonas, morre de covid-19

"O Governo do Amazonas reconhece a contribuição de Aristósteles Thury para a magistratura do estado e presta suas condolências aos familiares e amigos", escreveu o perfil do Executivo estadual nas redes sociais

Foto: Divulgação
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, desembargador Aristóteles Lima Thury, morreu neste domingo, 14, por complicações da covid-19. O magistrado estava de licença desde o diagnóstico em janeiro, quando foi hospitalizado em Manaus e posteriormente transferido para São Paulo para continuidade do tratamento.

O desembargador assumiu a presidência do TRE-AM em maio do ano passado para o biênio 2020-2022. Anteriormente, ele atuou como vice-presidente do tribunal eleitoral e corregedor regional na gestão de seu antecessor, desembargador João de Jesus Abdala Simões. Além da magistratura, Thury também era professor de Direito Penal e Processual Penal.

Em nota, o governo do Amazonas manifestou pesar pela morte do desembargador. "O Governo do Amazonas reconhece a contribuição de Aristósteles Thury para a magistratura do estado e presta suas condolências aos familiares e amigos", escreveu o perfil do Executivo estadual nas redes sociais.

O conselheiro Mario Manoel Coelho de Mello, presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas também se manifestou sobre a morte de Aristóteles Thury. "Neste momento de dor, os servidores e membros do TCE-AM se solidarizam com a família e os amigos do desembargador Aristóteles Thury, que deixa um legado para o Judiciário amazonense", afirmou Mello.

Aristóteles Lima Thury tomou posse no cargo de juiz e Direito em 1980, atuando em comarcas do interior do Amazonas. Em 1991, foi promovido a juiz da capital e, em 2002, foi admitido membro da corte do Tribunal Regional Eleitoral como Juiz de Direito da classe dos magistrados, onde permaneceu por quatro anos.

Thury também foi membro do órgão colegiado do Programa de Proteção às Vítimas e Testemunhas Ameaçadas - PROVITA/AM. Em 2005, assumiu como 1º Diretor da Escola Judiciária Eleitoral do TRE/AM. Em 2008, foi eleito, pelo critério de merecimento, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas. Em 2010 foi designado membro da corte do Tribunal Regional Eleitoral como Substituto da classe dos Magistrados (Desembargador), onde permaneceu por um período de quatro anos.

Assumiu, em 2014, a Vice-Presidência do Tribunal de Justiça do Amazonas, permanecendo na função até assumir o cargo de Corregedor-Geral de Justiça no biênio 2016-2018.

Por: Estadão.

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