Receita paga nesta sexta-feira as restituições do 1º Lote do IRPF 2020

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A Receita Federal paga nesta sexta-feira (29) as restituições do primeiro lote do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) 2020. Estão sendo depositados R$ 2 bilhões para 901.077 contribuintes. O primeiro lote contempla contribuintes com prioridade legal, sendo 133.171 idosos acima de 80 anos, 710.275 contribuintes entre 60 e 79 anos e 57.631 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave.

Neste ano, o cronograma de restituições foi antecipado para maio e a quantidade de lotes reduzidos de sete para cinco. A antecipação é uma iniciativa da Receita Federal para mitigar os efeitos econômicos da pandemia de covid-19. O último lote tem pagamento previsto para 30 de setembro. No ano passado, as restituições começaram no dia 17 de junho e se estenderam até 16 de dezembro.


Outra mudança feita pela Receita Federal foi no dia em que a restituição é depositada na conta do contribuinte. Normalmente o crédito bancário ocorria no dia 15 de cada mês. Neste ano, o pagamento da restituição será realizado no último dia útil do mês.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na internet. Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados. Nesta hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita disponibiliza também um aplicativo para tablets e smartphones que facilita a consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. Com o aplicativo é possível consultar, diretamente nas bases de dados da Receita Federal, informações sobre liberação das restituições do Imposto de Renda e a situação cadastral.

A restituição fica disponível no banco durante um ano. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento da Receita por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco. Com informações da Agência Brasil.

Bolsonaro ameaça não cumprir decisões do STF

© ReutersA tensão entre os Poderes preocupa os militares
Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) fechar o cerco contra o "gabinete do ódio", bunker ideológico que atua no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro ameaçou a Corte e disse que "ordens absurdas não se cumprem", agravando a crise institucional. Em tom exaltado, Bolsonaro criticou a operação da Polícia Federal, que foi deflagrada na quarta-feira e atingiu seus aliados no âmbito do inquérito das fake news, conduzido pelo Supremo. "Acabou, porra!", esbravejou.

A tensão entre os Poderes preocupa os militares. Depois do tom assumido por Bolsonaro e por seus filhos, o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, ambos generais da reserva, foram a público para dizer que rechaçam o golpe. "Quem é que vai dar golpe? As Forças Armadas? Que é que é isso, estamos no século 19? A turma não entendeu. O que existe hoje é um estresse permanente entre os Poderes", disse Mourão.

A cúpula do Congresso também procurou apaziguar os ânimos. Em um dia de muitas articulações políticas, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se reuniu com Bolsonaro e virou uma espécie de "bombeiro" da conflituosa relação entre o Executivo e o Supremo.

A avaliação de Bolsonaro, porém, é a de que o STF "esgarçou a corda", cometeu "abusos" e extrapolou de suas funções. Para o Palácio do Planalto, o desfecho da crise dependerá das próximas decisões da Corte. "Querem me tirar da cadeira para voltar a roubar", afirmou.

Nos últimos dias, o governo tem sofrido uma sucessão de derrotas no Supremo, a maioria delas por decisões individuais dos ministros Celso de Mello e Alexandre de Moraes. O estopim para a nova crise ocorreu, no entanto, após a ação determinada por Moraes, relator do inquérito das fake news, que investiga ameaças, ofensas e calúnias dirigidas a integrantes do STF. Na operação de anteontem, a PF apreendeu documentos, computadores e celulares em endereços de apoiadores do presidente. "Mais um dia triste na nossa história. Mas o povo tenha certeza: foi o último", afirmou Bolsonaro, dizendo ter as "armas da democracia" nas mãos.

Empresários, políticos e blogueiros bolsonaristas são alvo da investigação aberta no STF em março de 2019. Comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, o "gabinete do ódio" - com influência nas redes sociais do governo - foi classificado por Moraes como "associação criminosa". "Querem tirar a mídia que eu tenho a meu favor, sob o argumento mentiroso de fake news. Idiotas inventaram gabinete do ódio. Outros imbecis publicaram matérias disso e lamento julgamento em cima disso", disse Bolsonaro.

"Ordens absurdas não se cumprem e nós temos que botar um limite nessas questões. Não dá para admitir mais atitudes individuais de certas pessoas, tomadas de forma quase que pessoais", emendou.

Ministros

Bolsonaro defendeu os ministros Abraham Weintraub (Educação) e Ricardo Salles (Meio Ambiente), que fizeram afirmações polêmicas na reunião ministerial do dia 22 de abril, e culpou Celso de Mello, decano do Supremo, pela divulgação do vídeo com o conteúdo do encontro. "A responsabilidade de tornar público aquilo é de quem suspendeu o sigilo de uma sessão cujo vídeo foi chancelado como secreto", disse.

A reunião integra o inquérito aberto por Celso de Mello para investigar denúncia feita pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF. Na reunião, Weintraub afirmou que, se dependesse dele, "botava esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF". Salles, por sua vez, sugeriu que o governo aproveitasse o momento de "tranquilidade" na cobertura de imprensa - atualmente com foco na pandemia do coronavírus - para passar a "boiada" de medidas que simplificam normas no Meio Ambiente.

Na terça-feira, Alexandre de Moraes deu cinco dias para Weintraub prestar depoimento à PF sobre suas declarações. O governo recorreu e impetrou, perante o próprio Supremo, um habeas corpus para tentar impedir o depoimento. Com a assinatura do ministro da Justiça, André Mendonça, o pedido de liminar se estendeu a "todos aqueles que tenham sido objeto de diligências" no inquérito das fake news.

Em transmissão ao vivo na noite de anteontem, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), tratou a ruptura institucional como algo inevitável. "Até entendo quem tem uma postura moderada para não chegar num momento de ruptura, de cisão ainda maior, de conflito ainda maior. Mas, falando abertamente (...), não é mais uma opinião de se, mas de quando isso vai ocorrer", afirmou o deputado ao lado de alvos da investigação.

Eduardo disse nesta quinta-feira que o poder moderador para restabelecer a harmonia entre os Poderes não é o Supremo, mas, sim, as Forças Armadas. Bolsonaristas têm compartilhado mensagens sobre o artigo 142 da Constituição, segundo o qual as Forças Armadas são subordinadas ao presidente.

Militância

Depois de impor uma série de reveses ao Palácio do Planalto, o STF está acompanhando com atenção se o presidente Jair Bolsonaro vai cumprir a promessa de desobediência de decisões judiciais. A avaliação neste momento é a de que apesar das declarações do chefe do Executivo, que inflamam a militância bolsonarista, o governo tem seguido dentro do caminho do direito, respeitando as regras do jogo democrático até aqui. Ministros do STF, no entanto, não descartam a possibilidade de Bolsonaro radicalizar ainda mais e colocar em prática o seu discurso.

Integrantes da Corte apontam que, mesmo contrariado, o Planalto decidiu entrar com um habeas corpus no STF contra a determinação para que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, preste depoimento à Polícia Federal sobre as declarações na reunião ministerial de 22 de abril. Na ocasião, Weintraub disse que, se dependesse dele, "botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF".

Uma das preocupações dentro do STF é saber até onde o governo vai esticar a corda e desistir dos instrumentos legais para confrontar o Judiciário, o que elevaria a crise a outro patamar. Um ministro do STF ouvido reservadamente pela reportagem avalia que não há risco de ruptura democrática e definiu a fala de Bolsonaro como "as bravatas de sempre". A opinião é compartilhada por outros ministros, mas há um clima de apreensão dentro da Corte com o recrudescimento da postura do chefe do Executivo.

O Supremo está em alerta constante com o "jogo de cena" do Planalto. O relator do habeas corpus a favor de Weintraub é o ministro Edson Fachin, que decidiu pedir informações ao ministro Alexandre de Moraes antes de decidir sobre o pedido do governo para trancar o inquérito das fake news e barrar o depoimento do titular do Ministério da Educação (MEC).

O atual entendimento do STF é o de que não cabe habeas corpus contra decisão individual de um outro ministro da Corte - no caso, quem determinou o depoimento de Weintraub foi Moraes, relator do inquérito que apura ameaças, ofensas e fake news contra integrantes do STF e seus familiares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bolsonaro: Se aparecer uma terceira vaga no STF Aras entra fortemente

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que pretende indicar um cristão evangélico para uma das duas vagas previstas para serem preenchidas no Supremo Tribunal Federal (STF) durante o seu mandato. Bolsonaro disse que a indicação de um evangélico é um "compromisso que eu tenho com a bancada evangélica" e argumentou também que "uma pitada de religiosidade, de cristianismo, é muito bem vindo".

Segundo o presidente, o atual procurador-geral da República, Augusto Aras, não deve ser indicado para nenhuma das duas vagas que serão abertas em seu mandato, mas deixou claro que "se aparecer uma terceira vaga, espero que ninguém ali do STF desapareça, mas o Augusto Aras entra fortemente na terceira vaga".


Para o presidente, um ministro evangélico serviria para representar a parcela da população brasileira que é cristã, especialmente em questões como "ideologia de gênero". "Nessas pautas ele pode até perder, mas vai mostrar aos demais ministros que existem 90% de cristãos no Brasil que não concordam com esse tipo de pauta", explicou Bolsonaro.

Bolsonaro disse que conheceu Aras somente em novembro de 2019, quando ele foi apresentado para suceder Raquel Dodge na PGR. "Gostei muito dele, a primeira impressão foi a melhor possível e está tendo uma atuação excepcional. Em especial nas pautas econômicas. Ele procura cada vez mais defender o livre mercado e defender o governo federal nessas questões", falou o presidente.
Por: Estadão

Governador anuncia comissão para alinhar retomada da atividade empresarial

Fotos: Elói Corrêa/GOVBA
A retomada das atividades empresariais no estado foi discutida em videoconferência, na tarde desta quinta-feira (28), pelo governador Rui Costa e o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Alban, além de membros da diretoria e conselheiros da entidade. Em transmissão nas redes sociais, na noite desta quinta (28), Rui informou que ficou acordada a criação de uma comissão para discutir o retorno juntamente com adoção de protocolos de segurança. Esta comissão será formada por secretários da administração estadual e integrantes das federações do Comércio, Indústria e Agricultura. 
Fotos: Elói Corrêa/GOVBA
Segundo o governador, a previsão é de que a primeira reunião ocorra na próxima semana. “O objetivo é fazer um planejamento da retomada e aceleração da geração de emprego e da renda na Bahia após a pandemia. Já temos um esboço de projeto que será compartilhado com as federações e serão recolhidas as contribuições dos diferentes setores. Queremos ouvir também sugestões dos trabalhadores e sindicatos. Amanhã [sexta-feira, 29] assino o decreto que viabiliza a formação desse grupo de trabalho. A primeira reunião já acontecerá na segunda-feira [1º]”. 

O presidente da Fieb destacou a relevância da iniciativa para melhor estruturar o momento de retomada. "A participação do governador Rui Costa na reunião da Diretoria da Fieb foi fundamental para o setor industrial. Ao conversar com empresários baianos e entender suas dificuldades neste momento de pandemia, ele decidiu criar um grupo de trabalho para discutir a retomada do setor produtivo, valorizando produtores locais e reunindo comércio, indústria e agricultura. Este grupo pode ajudar a construir saídas para as empresas, em um momento tão difícil e desafiador”, disse Ricardo Alban. 

Notícias falsas 

Ainda durante a transmissão nas redes sociais, o governador sancionou a lei de combate à disseminação de fake news (notícias falsas), que havia sido encaminhada pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). O projeto de lei foi aprovado pelo legislativo no dia 22 de maio. De acordo com a nova lei, a criação e disseminação de notícias falsas sobre epidemias, endemias e pandemias será punida com multa, que varia entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. 

A punição vale para os responsáveis por elaborar, divulgar e utilizar softwares ou outros mecanismos para o compartilhamento em massa de fake news. Os valores da multa serão usados no combate à pandemia. As denúncias poderão ser encaminhadas ao Ministério Público da Bahia e os responsáveis poderão responder pelo crime de criação e compartilhamento de calúnias e mentiras.

O Governo do Estado também colocou à disposição da população todos os seus canais de comunicação, a fim de que as pessoas possam tirar dúvidas sobre informações ou mesmo denunciar notícias falsas disseminadas nas redes sociais e até na imprensa. As fake news também podem ser denunciadas por meio do Whatsapp (71) 9 9646-4095 ou pelo site bahiacontraofake.com.br

Secom/GOVBA

Bahia tem 15.963 casos confirmados de Covid-19 e 570 óbitos

Foto: Divulgação
A Bahia registra 15.963 casos confirmados de coronavírus (Covid-19), o que representa 15,21% do total de notificações no estado. Os 39 óbitos contabilizados no boletim epidemiológico desta quinta-feira (28) referem-se a um período de 24 dias, conforme observado nos perfis detalhados. Ou seja, não ocorreram em 24 horas. Estas notificações tardias estão sendo apuradas pela Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Corregedoria.

Considerando o número de 15.963 casos confirmados, 5.220 recuperados e 570 óbitos, 10.173 pessoas permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica e com sintomas da Covid-19, o que são chamados de casos ativos. Na Bahia, 2.336 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Os casos confirmados ocorreram em 272 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (63,38%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 1.000.000 habitantes foram Uruçuca (4.776,06), Ipiaú (4.076.47), Itabuna (3.934,85), Salvador (3.437,61) e Ilhéus (3.098,68).

O boletim epidemiológico registra 39.739 casos descartados e 104.953 notificações em toda a Bahia. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quinta-feira (28).

Taxa de ocupação

Na Bahia, dos 1.710 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para coronavírus, 937 possuem pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 55%. No que se refere aos leitos de UTI adulto e pediátrico, dos 714 leitos exclusivos para o coronavírus, 486 possuem pacientes internados, compreendendo uma taxa de ocupação de 68%. Cabe ressaltar que o número de leitos é flutuante, representando o quantitativo exato de vagas disponíveis no dia. Intercorrências com equipamentos, rede de gases ou equipes incompletas, por exemplo, inviabilizam a disponibilidade do leito. Ressalte-se que novos leitos são abertos progressivamente mediante o aumento da demanda.

Prefeitura de Ipiaú realizará audiência publica virtual para avaliar o cumprimento de metas fiscais referentes ao primeiro quadrimestre do exercício financeiro 2020


A Prefeitura de Ipiaú, através da Controladoria-Geral do Município (GCM), realizará na manhã desta sexta-feira, 29, Audiência Pública para demonstrar e avaliar o cumprimento das metas fiscais referentes ao primeiro quadrimestre do exercício financeiro de 2020.

A audiência ocorrerá na Sala de Reuniões da Secretaria Municipal de Educação, a partir das 10 horas, e atende às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e da Constituição Federal, com o objetivo de proporcionar maior transparência, controle de contas públicas.

Na oportunidade o Controlador Interno da Prefeitura Municipal de Ipiaú , Rondinenelle Pereira Santos Ribeiro, explicará onde os recursos foram aplicados, o que foi pago e os principais resultados. 

Em razão do estado de emergência em saúde publica nacional/internacional decorrente da pandemia do coronavirus e seguindo as instruções dos Decretos Municipais 5.583/2020 e 5.613/2020, esta Audiência Publica será transmitida de forma online, através da internet no aplicativo zoom, e plataformas eletrônicas, a exemplo do site Giro Ipiaú.

A participação presencial na sessão ficará limitada apenas aos membros da Comissão de Orçamento,Finanças e Serviços da Câmara Municipal. Os munícipes poderão acessar a sala de reunião utilizando o aplicativo zoom, através do endereço:psps://zoom.us/j/95548464474?pwd=K2ZQU21HSDJ3ZEtYeXdQSORGTHhtQT09

( José Américo Castro/Dircom Prefeitura de Ipiaú).

Projeto suspende cobrança de contribuição de iluminação pública durante pandemia

Fotos: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil
O Projeto de Lei 2827/20 suspende a cobrança da contribuição de iluminação pública enquanto durar no Brasil o estado de calamidade pública decorrente da pandemia de Covid-19. A proposta tramita na Câmara dos Deputados e foi apresentada pelo deputado Vinicius Farah (MDB-RJ).

O parlamentar aponta a importância de amenizar os efeitos da crise, que não é só de saúde mas também econômica, sobre as populações mais vulneráveis. Farah entende que a contribuição de iluminação pública impacta na conta de energia elétrica. “Nosso projeto vai beneficiar milhões de brasileiros que sofrem com a diminuição de sua renda familiar”, afirma.

Com informações da Agência Câmara
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Guru de Bolsonaro pede pena de morte para Moraes | Governo quer habeas preventivo para Weintraub | 60% dos brasileiros apoiam Lockdown

@DR
O filósofo Olavo de Carvalho, que é uma espécie de “guru” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ficou ‘fora da casinha’ após operação da PF e pediu a pena de morte para Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Para mim, esse Alexandre de Moraes tem que ser posto na cadeia e não ter o direito de falar. Eu sou a favor da pena de morte para esses casos. Isso é uma pervers

Jônatas pede exoneração do cargo e prefeito Léo perde principal aliado político

Jônatas Ventura é ex-prefeito e uma das principais lideranças de Barra do Rocha
O ex-prefeito Jônatas Ventura protocolou, nesta quinta-feira (28), pedido de exoneração do cargo de Secretário de Governo da Prefeitura de Barra do Rocha. A saída do ex-gestor representa uma grande perda para a gestão do prefeito Professor Léo. Jônatas é uma das principais, senão a maior liderança política do município e goza de prestígio junto a lideranças políticas, setores importantes da sociedade e também de toda a comunidade. Jônatas deve fazer um pronunciamento nos próximos dias detalhando o motivo de sua saída da gestão, mas nos bastidores comenta-se que o ex-gestor estava muito incomodado com a forma centralizadora e vaidosa que Léo conduz a gestão municipal e também em virtude de Léo, num ato para enfraquecer o aliado, ter ingressado com mais de 10 ações contra Jônatas junto aos órgãos de controle. Além disso, há, também, reconhecidamente um clima de insatisfação de outras lideranças pela forma como o prefeito conduz a questão política, sem ouvir as orientações dos aliados. A saída de Jônatas da gestão municipal deve alterar o quadro político e dificulta ainda mais a possibilidade de reeleição do Prefeito Léo. 

BREVE HISTÓRICO DO EX-PREFEITO JÔNATAS VENTURA

Jônatas Ventura, Sociólogo, pós-graduado em Cultura Afro-Brasileira, formação em marketing político entre vários cursos. Ventura foi o único na história de Barra do Rocha a conseguir ser reeleito no mandato; eleito com 70% dos votos válidos e reeleito com 69% dos votos válidos. Fez a sucessora Vera Franco; apoio a campanha vitoriosa do professor Léo. Em Barra do Rocha há um consenso da capacidade de Jônatas influenciar no pleito eleitoral e caso fosse candidato seria difícil batê-lo nas urnas. A perda de Jônatas representa uma dura perda para o professor Léo; já a oposição, apesar de ainda não haver conversas com o ex-gestor, deve estar celebrando o rompimento. (Ubatã Notícias)

Dinheiro e entorpecentes apreendidos após perseguição

Foto: Divulgação/SSP
Equipes das Rondas Especiais (Rondesp) Atlântico capturaram um traficante de drogas, com diversas passagens, após perseguição no Alto das Pombas, localidade situada no bairro da Federação. O caso aconteceu na noite de quarta-feira (27), durante patrulhamento de rotina.

Os PMs passavam pela Rua Teixeira Mendes quando um grupo suspeito foi avistado. Os criminosos atiraram e subiram nos telhados e lajes de imóveis. Um deles, de 31 anos, acabou cercado e preso em flagrante.

Com ele foram apreendidos 560 reais em espécie, 282 porções de cocaína, 96 pedras de crack e um celular. Antes de ser apresentado na Central de Flagrantes, o traficante recebeu atendimento no Hospital Geral do Estado (HGE). Durante a tentativa de fuga ele se feriu nas mãos e braços. 

Fonte: Ascom: Alberto Maraux
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Operação integrada desmonta quadrilha liderada por presidiário

Foto: Divulgação SSP
Grupo tem envolvimento com homicídios, tráfico de drogas, roubos, porte ilegal de arma de fogo, entre outros crimes.

A 21ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Itapetinga), com apoio da PM, deflagrarou nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (28) a operação 'Mundare', no município de Iguaí. O trabalho integrado desarticulou uma quadrilha envolvida com homicídios, tráfico de drogas, roubos e porte ilegal de arma de fogo liderada por um presidiário custodiado no Complexo Penal de Itabuna.

Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos, um deles contra o detento que foi remanejado para o Presídio de Segurança Máxima, localizado na cidade de Serrinha. 

Cinco integrantes da organização criminosa acabaram localizados, entre eles o pai do presidiário, que tem 64 anos, e escondia uma arma utilizada em homicídios ocorridos em Iguaí. Outros três integrantes do bando acabaram presos e um deles não resistiu ao ferimentos do confronto, quando tentou fugir atirando nos policiais.


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Foto: Divulgação SSP

Com a facção foram apreendidos uma pistola calibre 380, um revólver calibre 38, três espingardas, carregador, munições, 4.200 reais em espécie, porções de maconha e cocaína, além de um veículo modelo Uno.

"Um traficante acabou escapando do cerco, mas temos a identificação dele e seguiremos procurando", informou o diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin), delegado Flávio Góis.

Fonte: Acom/Alberto Maraux

Netanyahu oferece ajuda a Bolsonaro para lidar com o coronavírus

Foto: Alan Santos/PR/Benjamin Netanyahu
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, falou com o presidente Jair Bolsonaro por telefone, nesta quarta-feira (28), e ofereceu ajuda ao brasileiro para lidar com o combate ao coronavírus.

De acordo com um comunicado do governo israelense, Netanyahu expressou solidariedade com a situação do Brasil e sugeriu colaboração com as indústrias brasileiras para “produção de equipamentos médicos necessários para lidar com a pandemia”.

Além disso, o premiê propôs uma conversa entre que especialistas brasileiros e israelenses para “transmitir a experiência cumulativa de Israel no tratamento do vírus”.

O comunicado não cita a resposta de Bolsonaro, mas diz que o presidente parabenizou Netanyahu por estabelecer um governo de coalizão e que espera “continuar a fortalecer os laços entre os dois países”.

De acordo com a universidade Johns Hopkins, Israel registrou, até esta quinta-feira (28), mais de 16 mil casos e 281 mortes por coronavírus. Já o Brasil tem cerca de 411 mil casos e mais de 25 mil mortes.

Folha de S.Paulo

‘Quem é que vai dar golpe? A turma não entendeu, não vejo motivo algum para golpe’, diz Mourão

Foto: Alan Santos/PR/Hamilton Mourão
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que uma ruptura democrática está “fora de cogitação” e que “não existe espaço no mundo para ações dessa natureza”, segundo o blog de Andréia Sadi, do G1. Ele foi questionado se declarações de autoridades do governo, em tom de ameaça a outros poderes, não significaria uma ameaça à democracia.

“Quem é que vai dar golpe? As Forças Armadas? Que que é isso, estamos no século 19? A turma não entendeu. O que existe hoje é um estresse permanente entre os poderes. Eu não falo pelas Forças Armadas, mas sou general da reserva, conheço as Forças Armadas: não vejo motivo algum para golpe”, disse.

Um dia após operação da Polícia Federal que teve como alvo apoiadores do governo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro disse que não teremos outro dia como o desta quarta-feira (27).

Rejeição a Bolsonaro bate recorde, mas base se mantém, diz Datafolha

Foto: Júlio Nascimento/PR
A rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cresceu ao longo do mês passado, cristalizando uma polarização assimétrica na população em meio à crise sanitária, econômica e política pela qual passa o Brasil.

Segundo pesquisa do Datafolha feita na segunda (25) e na terça (26), já sob o impacto da divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, 43% dos brasileiros consideram o governo ruim ou péssimo. Recorde na gestão, esse número era de 38% no levantamento anterior, de 27 de abril.

Foram ouvidos 2.069 adultos, com margem de erro de dois pontos percentuais. A aprovação de Bolsonaro segue estável, os mesmos 33% nas duas aferições. Já aqueles que acham o governo regular, potenciais eleitores-pêndulo numa disputa polarizada, caíram de 26% para 22%.

Olhando a breve série histórica de Bolsonaro no poder, o Brasil deixou de estar partido em três partes iguais, como o Datafolha indicou ao longo de 2019, para caminhar a uma divisão em que o polo que rejeita o presidente é mais denso.

Tal radicalismo é bastante visível entre os mais ricos, aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos. Se antes eles eram um esteio da aprovação do presidente, agora estão entre os que mais o rejeitam, com 49% de ruim ou péssimo.

No mesmo segmento, contudo, é alta sua aprovação: 42%. A fatia daqueles no meio do caminho, que acham Bolsonaro regular, míngua para 8%.

A estratificação mostra também que os mais instruídos são os que mais rejeitam, no cômputo geral, o presidente. Entre os que têm curso superior, 56% desaprovam Bolsonaro, ante 36% daqueles que têm o ensino fundamental.

Com isso, é visível que o proverbial terço do eleitorado que está com o presidente se mantém estável mesmo com os reveses políticos recentes, como a crise com Poderes, a acusação de interferência na Polícia Federal, a saída de Sergio Moro do governo ou as barganhas com o centrão.

Há algumas cunhas, contudo: entre aqueles 55% que assistiram ao polêmico vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, a rejeição a Bolsonaro sobe a 53%.

O caudaloso compêndio de palavrões e agressões da peça fez disparar a má avaliação que o brasileiro faz do comportamento presidencial. Acham que Bolsonaro nunca se comporta de forma adequada ao cargo 37% dos entrevistados, ante 28% há um mês.

Já os que acreditam que ele se comporta mal na maioria das vezes se manteve estável (de 25% para 23%). E os que sempre veem a liturgia do cargo preservada são 13% (14% em abril), enquanto os que a percebem assim na maioria das vezes oscilaram de 28% para 25%.

A capacidade do presidente de governar é questionada. Oscilou positivamente de 49% para 52% entre as duas pesquisas o número de quem acha que Bolsonaro não a possui mais. Acham que ele ainda a tem ficaram estáveis em 45%.

A confluência multifatorial da crise levou o Datafolha a buscar medir impactos específicos da pandemia sobre o humor do eleitorado.

O instituto quis saber quantos brasileiros procuraram o auxílio emergencial de R$ 600 oferecido pelo governo federal na crise. Fizeram o pedido 43% dos ouvidos, sendo que dos quais 16% não receberam nenhuma parcela.

Pediram mais a ajuda desempregados (78%), quem é assalariado sem carteira (68%) e jovens de 16 a 24 anos (60%). O Norte e o Centro-Oeste foram as regiões que mais requisitaram (54%), enquanto o Sudeste foi onde menos pedidos foram feitos (35%).

A composição do apoio a Bolsonaro mudou desde o ano passado, com uma migração de aprovação de ricos e instruídos para mais pobres e com pouco ensino.

Mas o auxílio emergencial não impactou de forma significativa isso. Aqueles que fizeram e receberam a ajuda aprovam Bolsonaro em medida semelhante à média nacional: 36% de ótimo e bom, ante os 33% gerais. Se isso ajudou a segurar o índice, é apenas hipotético.

Já a disputa política em torno da condução da pandemia, na qual Bolsonaro assumiu o papel de inimigo do isolamento social em prol da manutenção da economia aberta, tem reflexos.

Questionados sobre sua adesão ao isolamento, o maior grupo (50%) diz que só sai de casa se for inevitável. Entre esses, a rejeição a Bolsonaro vai a 48%. O mesmo se dá entre aqueles que ou pegaram a Covid-19 ou conhecem alguém que pegou, com 47% de ruim/péssimo.

Quem vive em regiões metropolitanas, que estão sofrendo mais com a doença, também critica mais o presidente: 49% de rejeição, antes aprovação de 32% e um regular minguante de 19%.

O mesmo se dá demograficamente: as duas regiões mais populosas, Sudeste e Nordeste, com cerca de 2/3 dos moradores do país, rejeitam mais Bolsonaro, com 45% e 48% e ruim/péssimo, respectivamente. É má notícia eleitoral para o presidente a posição no Sudeste, já que nordestinos sempre foram grupo de resistência ao seu nome.

Na mão contrária, há coincidência entre posições de maior relaxamento contra o coronavírus e o apoio a Bolsonaro. Entre aqueles que dizem viver normalmente, 53% o acham bom ou ótimo. Já entre quem é contra a ideia de um “lockdown”, 55%.

Bolsonaro tem o pior índice de aprovação de presidentes eleitos desde 1989 a esta altura de um primeiro mandato. Entre aqueles sofreram impeachment desde então, Fernando Collor (então PRN) tinha 41% de rejeição um pouco mais a à frente, com um ano e seis meses na cadeira.

Já Dilma Rousseff (PT) gozava de aprovação estratosférica (65%) e apenas 5% de ruim/péssimo em março de 2012. Acabou reeleita em 2014, e impedida dois anos depois.

Folha de S.Paulo

OMS: mortes ligadas à covid-19 dispararam na Europa desde março

@Reuters: Denis Balibouse/Direitos reservado/
Morreram cerca de 159 mil pessoas a mais que o previsto em 24 países
Desde o início de março, morreram cerca de 159 mil pessoas a mais do que era esperado normalmente em 24 países europeus, disse nesta quinta-feira (28) uma representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), com "proporção significativa" desse pico ligada à covid-19.

Até agora, mais de 2 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus na Europa, um aumento de 15% nas duas últimas semanas. Rússia, Turquia, Bielorrúsia e Reino Unido lideram as novas infecções, informaram autoridades europeias da OMS. Mais de 175 mil pessoas já morreram.

Embora o número de mortes em excesso leve em conta todas as causas de mortalidade, Katie Smallwood, uma especialista em emergências da OMS, disse que o fato - registrado no momento em que milhares de pessoas estavam morrendo em unidades de tratamento intensivo em locais como o Norte da Itália, a França, a Espanha o e Reino Unido - mostra o impacto da covid-19.

"O que vimos muito claramente é o que pico de mortalidade em excesso corresponde ao pico da transmissão da covid-19 nesses países", disse Smallwood aos repórteres. "Isso nos dá uma indicação muito boa de que uma proporção significativa dessas mortes em excesso está ligada e se deve à covid-19".

Smallwood disse ainda que países como Alemanha, Suíça e outros que podem amenizar restrições a locais como bares, casas noturnas e outros pontos de aglomeração, precisam ter ferramentas robustas de detecção de doenças e sistemas de exame e rastreamento em funcionamento, para ajudar a impedir uma possível "segunda onda" da epidemia.
Por John Miller - Repórter da Reuters - Zurique

Aras se manifesta contra pedido para apreender celular de Bolsonaro

@Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Pedido para apreensão foi feito por partidos da oposição
O procurador-geral da República, Augusto Aras, manifestou-se pela rejeição de um pedido de partidos de oposição para que seja apreendido o telefone celular do presidente Jair Bolsonaro. A manifestação foi encaminhada ao ministro Celso de Mello, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Em notícia-crime, o PDT, PSB e PV requereram a apreensão do celular de Bolsonaro como meio de investigação após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ter acusado o presidente de interferência na Polícia Federal.

O ministro Celso de Mello encaminhou o pedido dos partidos para manifestação de Aras, argumentando ser essa a praxe processual. Em resposta, o PGR disse não ser legítimo que terceiros solicitem diligências em investigações penais, uma vez que cabe somente ao Ministério Público conduzir a investigação.

“Quanto às diligências requeridas pelos noticiantes [partidos], como sabido, a legislação processual não contempla a legitimação de terceiros para a postulação de medidas apuratórias sujeitas a reserva de jurisdição, relativas a supostos crimes de ação penal pública”, disse Aras.

O PGR disse que os fatos narrados pela legenda já são alvo de investigação em inquérito aberto por ele mesmo, sob a relatoria de Celso de Mello, e que “as diligências necessárias serão avaliadas na apuração em curso”

As legendas pediram ainda, entre outras diligências, a apreensão de celulares do vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do presidente, além dos aparelhos de Moro, do ex-diretor da PF Maurício Valeixo e da deputada Carla Zambelli (PSL-SP).
GSI

Após Celso de Mello ter pedido a manifestação de Aras sobre o assunto, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), Augusto Heleno, divulgou nota afirmando que a apreensão do celular de Bolsonaro é “inconcebível” e “poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”. Ele classificou o pedido de “afronta” à intimidade do chefe de Estado. 

Nesta quinta-feira (28), ao chegar ao Palácio da Alvorada, o ministro Augusto Heleno foi questionado pela imprensa sobre a nota, que foi interpretada como agressiva por autoridades como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e ministros do Supremo. O ministro disse que é preciso que “seja buscado equilíbrio, bom senso, harmonia e o respeito entre os Poderes”. "Fiz uma nota simplesmente genérica e houve uma distorção. Teve gente que colocou o nome do ministro Celso de Mello, como se eu tivesse dirigindo a nota a ele. Não dirigi a nota a ninguém", disse o ministro Augusto Heleno.

O ministro do GSI reafirmou que não há razão plausível para a apreensão do celular do presidente da República. “Tem que ver os dois lados. Vamos manter o equilíbrio entre os Poderes, limitar as decisões às atribuições dos respectivos Poderes e é isso que está se pleiteando. No momento que há uma manifestação de uma possibilidade de ser apreendido o celular do presidente da República, se nós ficarmos calados, eu principalmente que sou responsável pela segurança institucional, parece que eu estou concordando. Sou absolutamente contra isso, não pode nem ser ventilado”.

Matéria alterada às 11h26 para esclarecer informação

Por Andreia Verdélio e Felipe Pontes - Repórteres da Agência Brasil - Brasília

Caixa abrirá 2.213 agências para saque do auxílio de R$ 600 no sábado; veja calendário de pagamento

Foto: Divulgação
A Caixa Econômica Federal vai abrir 2.213 agências neste sábado (30), em todo o país, para liberar o saque da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, contribuintes individuais do INSS e MEIs (microempreendedores individuais) nascidos em janeiro.

Para conseguir ter acesso ao dinheiro, os beneficiários devem ter recebido a primeira parcela até o dia 30 de abril. O horário de funcionamento das agências será das 8h às 12h.
Esses cidadãos já tiveram a opção de movimentar os valores por meio do aplicativo Caixa Tem, fazendo o pagamento de contas e boletos, ou realizando compras digitais em estabelecimentos conveniados.

Agora, no entanto, poderão gerar o código de saque e ir até uma agência, uma lotérica ou um correspondente bancário da Caixa para fazer a retirada, ou realizar a transferência para outra conta. Clique aqui para saber como se preparar para o saque.

Quem não fez movimentações poderá sacar os R$ 600. Já os beneficiários que usaram parte do valor e deixaram uma quantia poderão fazer a retirada do saldo restante.

No caso das mães que são chefes de família, o valor do benefício é de R$ 1.200 por parcela. Caso recebam por meio da poupança digital movimentada pelo Caixa Tem, já tiveram a oportunidade de fazer compras e pagar contas. Neste sábado, as mães nascidas em janeiro podem sacar, caso ainda haja saldo.

“Será um sábado bastante importante, pois as pessoas começam a ter acesso à retirada dos valores”, afirmou Tatiana Thomé, vice-presidente de governo da Caixa Econômica, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (27).

Veja o calendário de saques em dinheiro e transferência

Os saques em dinheiro serão permitidos a partir de sábado (30 de maio) para trabalhadores informais, contribuintes individuais do INSS e MEIs. Se sobrou dinheiro na poupança digital, ele será transferido automaticamente para a conta bancária que o beneficiário recebeu a segunda parcela nas datas abaixo:

Data da liberação/Nascidos em

30 de maio (sábado)/Janeiro
1 de junho (segunda)/Fevereiro
2 de junho (terça)/Março
3 de junho (quarta)/Abril
4 de junho (quinta)/Maio
5 de junho (sexta)/Junho
6 de junho (sábado)/Julho
8 de junho (segunda)/Agosto
9 de junho (terça)/Setembro
10 de junho (quarta)/Outubro
12 de junho (sexta)/Novembro
13 de junho (sábado)/Dezembro

Quanto já foi pago

Segundo balanço da Caixa divulgado por Tatiana nesta quarta, o benefício já foi pago para 57,3 milhões de cidadãos, incluindo os inscritos por meio do aplicativo Caixa | Auxílio Emergencial e pelo site auxilio.caixa.gov.br, os beneficiários do Bolsa Família e os cidadãos inscritos no CadÚnico.

Os dados incluem a primeira e a segunda parcela. O balanço da segunda parcela mostra que a Caixa já pagou benefício a 46,1 milhões de cidadãos. Ao todo, somando primeira e segunda parcelas, foram liberados R$ 72,7 milhões.

A vice-presidente da Caixa também tratou sobre a estratégia do banco de liberar o saque em dinheiro (e a consequente ida às agências) de forma diferente do que foi feito na primeira parcela. Segundo ela, isso evita filas e possíveis aglomerações, que podem levar à contaminação pelo coronavirus.

Dentre as estratégias do banco para diminuir as filas e aglomerações estão a liberação da movimentação da conta digital antes da data do saque em dinheiro, além de pagar a grana conforme o mês de aniversário, mas sendo um mês por dia.

“Mostra que estamos tendo um sucesso na estratégia montada pela Caixa para evitar aglomerações e filas em nossas agências para que as pessoas tenham maior conforto e uso dos seus recursos”, disse ela.
Folhapress

Crise da Covid-19 já afeta 1 em cada 4 trabalhadores com carteira assinada

Foto: Agência Brasil
Dados divulgados pelo Ministério da Economia nesta quarta-feira (27) revelam a deterioração do mercado de trabalho formal. A crise do coronavírus já afetou um em cada quatro trabalhadores com carteira assinada.

Em março e abril, 9,2 milhões de pessoas foram atingidas pelos efeitos da Covid-19 na economia —1,1 milhão ficaram sem emprego e 8,1 milhões tiveram contrato suspenso ou corte de salário e jornada.

Da adoção da medida pelo governo, em abril, até esta terça-feira (26), 1,2 milhão de empresas comunicaram que fizeram acordos com empregados para suspender contratos ou reduzir salários.

Isso significa que 13,5% das companhias do país firmaram esses acordos. Segundo a Receita, o Brasil tem hoje 8,9 milhões de empresas ativas, excluindo os microempreendedores individuais.

O efeito da Covid-19 no emprego começou em março, mas se intensificou em abril. Nos dois primeiros meses do ano, a economia brasileira vinha criando mais postos de trabalho do que em 2019.

Em janeiro e fevereiro, antes da crise sanitária, o país ganhou 338 mil vagas —quase 50% mais do que o registrado nos dois primeiros meses de 2019.

Com o resultado negativo de março e abril, já sob efeito de medidas restritivas nas cidades e fechamento de comércio e empresas, porém, o mercado passou a acumular saldo negativo no ano.

Assim, no primeiro quadrimestre de 2020 foram fechadas 763 mil vagas formais. No mesmo período de 2019 haviam sido criados 313,8 mil postos de trabalho formais no país.

Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram apresentados nesta quarta após meses de atraso. O estoque de carteiras assinadas ficou em 38 milhões em abril de 2020.

O maior impacto da Covid-19 foi registrado em abril, quando o saldo do mercado formal foi o de fechamento de 860,5 mil vagas. É o pior resultado para todos meses da série histórica, iniciada em 1992.

“Não é o mais negativo, é o mais diferente”, disse Bruno Bianco, secretário especial de Previdência e Trabalho. Em abril de 2019, o Caged apontou a criação de 129,6 mil postos.

Em março de 2020, quando foi declarada a pandemia, também houve piora no mercado de trabalho, mas de forma mais suave.

Foram cortadas 240,7 mil vagas, enquanto que, em março de 2019, o fechamento foi de 42,2 mil.

Segundo dados do governo, o setor de serviços foi o mais afetado em março e abril deste ano. Foram fechadas 458,7 mil. Em seguida vêm comércio (-296 mil), indústria (-223,5 mil), construção (-79,9 mil) e agricultura (- 9,6 mil).

O comportamento do mercado, medido pelo Caged, costumava ser divulgado mensalmente. Porém, a publicação estava suspensa desde o início do ano após mudanças de metodologia e dificuldades do governo em receber dados das empresas por causa da pandemia.

Até então, o país vivia um apagão de informações sobre o emprego formal. O último dado do Caged disponibilizado pelo governo era relativo a dezembro do ano passado.

Folha de S.Paulo

Auxílio emergencial precisará ser devolvido por quem tiver de pagar IR em 2021

Foto: Agência Brasil
Uma parcela dos beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600 poderá ter de devolver parte dos valores do benefício ao governo, de acordo com uma regra sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Uma alteração na lei que institui o auxílio, feita em 14 de maio, estipula que os beneficiários que receberem neste ano rendimentos tributáveis acima do limite de isenção do IR (imposto de renda) deverão acrescentar nas declarações o valor do auxílio emergencial ao imposto devido. A regra vale para o beneficiário e para seus dependentes.

O beneficiário que se enquadrar na situação “fica obrigado a apresentar a declaração de ajuste anual relativa ao exercício de 2021 e deverá acrescentar ao imposto devido o valor do auxílio recebido”, segundo o texto da norma.

Se a tabela do IR se mantiver para o ano que vem, todos os que recebem os R$ 600 e tiveram ao longo de 2020 renda tributável acima de R$ 22.847,76 serão atingidos pela medida. A última alteração da tabela foi feita em 2017.

Para advogados consultados pela reportagem, no entanto, há controvérsia sobre a aplicabilidade da nova regra nos casos de quem teria recebido a primeira parcela do benefício antes de 14 de maio, data em que Bolsonaro sancionou a mudança da lei.

“O texto da lei diz que a norma só entra em vigor a partir da data de publicação. Com isso, é possível interpretar que somente o benefício pago depois disso pode compor a base de cálculo do imposto. A primeira parcela paga antes disso seria não tributável”, diz Fernando Scaff, professor da Faculdade de Direito da USP.

Nesse caso, o imposto incidiria sobre os dois pagamentos restantes, um total de R$ 1.200. A primeira parcela começou a ser paga pelo governo federal em 9 de abril.

O contribuinte que havia solicitado e obtido aprovação do auxílio emergencial antes da mudança da lei pode alegar na Justiça que a norma não deve se aplicar ao seu caso, segundo o tributarista Rodrigo Prado Gonçalves, sócio do escritório Felsberg.

“A mudança da lei vale a partir de 14 de maio. A pessoa pode afirmar que, quando solicitou o benefício, essa regra não existia”, diz Gonçalves.

“Em termos práticos, o próprio sistema da Receita vai saber se o contribuinte recebeu o auxílio. Se ele não declarar, provavelmente cairá na malha fina. Se entender que seu caso é o de não se sujeitar à devolução dos valores, precisará entrar na Justiça antes de declarar o IR, ou ao ser cobrado pela Receita”, afirma.

Para Thais Françoso, professora do Insper e sócia do escritório FF Advogados, a norma vale para todas as parcelas do auxílio emergencial, inclusive quando a primeira parcela foi paga antes de 14 de maio.

“O entendimento da Receita Federal deverá ser de que o auxílio é um rendimento que deve ser somado aos demais para eventual cálculo do IR. O texto da lei não traz isenção para o rendimento concedido entre 9 de abril e 14 de maio”, afirma ela.

A lei que criou o auxílio emergencial já estipulava entre os critérios para requisição do benefício que o solicitante não tivesse recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.

“Pessoas que há dois anos tinham renda, mas hoje estão desamparadas, não podem receber. O texto aprovado no Congresso acabava com esse critério, mas obrigava a devolução do valor se o cidadão terminasse 2020 com renda acima do limite de isenção do IR. O governo vetou parte do texto e manteve a exigência inicial”, diz Leonardo Magalhães Avelar, sócio do Cascione.

Segundo Avelar, quem omitir seus rendimentos para evitar ter de devolver os valores recebidos pode incidir em crime contra a ordem tributária que tem pena de até cinco anos de prisão.

Atualmente, 57,3 milhões de pessoas já receberam o auxílio, segundo dados da Caixa Econômica Federal. Até esta quarta-feira (27), já haviam sido feitos pagamentos de R$ 72,7 bilhões aos beneficiários.

Pelas regras atuais, podem solicitar o auxílio à Caixa os desempregados maiores de 18 anos que não recebam benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família.

A renda familiar mensal do solicitante precisa ser de até R$ 522,50 por pessoa ou de até três salários mínimos (R$ 3.135,00) ao todo.

Folha de S.Paulo

Ativista de grupo armado de extrema direita, Sara Winter ameaça ministro do STF

Foto: Reprodução/Instagram
Alvo da operação desta quarta-feira (27) no chamado inquérito das fake news do STF (Supremo Tribunal Federal), a ativista Sara Winter xingou com palavrões o ministro Alexandre de Moraes, ao reagir à ação da Polícia Federal que apreendeu seu celular e seu computador.

Moraes incluiu Sara, que lidera o acampamento criado em Brasília para formar militantes bolsonaristas, entre os alvos dos mandados. A ativista, cujo verdadeiro nome é Sara Fernanda Giromini, fundou o Femen Brasil, grupo famoso por protestar de topless, e depois se converteu ao conservadorismo.

“Juro por Deus, essa era minha vontade. Eu queria trocar soco com esse filho da puta desse arrombado. Infelizmente, não posso”, disse Sara sobre Moraes em vídeo nas redes sociais, afirmando que não será calada pela investigação conduzida pelo ministro.

“Pena que ele [ministro] mora em São Paulo. Se ele estivesse aqui, eu estava lá na porta da casa dele, convidando ele para trocar soco comigo”, afirmou.

Na postagem, a ativista fala ainda que Moraes nunca mais encontrará paz na vida, depois de ter tomado o que ela classificou como “a pior decisão da vida” do magistrado.

“Você me aguarde, Alexandre de Moraes. O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor. A gente vai infernizar a tua vida.”

A bolsonarista completa: “A gente vai descobrir os lugares que o senhor frequenta. A gente vai descobrir quem são as empregadas domésticas que trabalham para o senhor. A gente vai descobrir tudo da sua vida, até o senhor pedir para sair”.

Pela manhã, logo após ser alvo da operação, ela já havia criticado a medida. “A Polícia Federal acaba de sair da minha casa. Bateram aqui às 6h da manhã, a mando do Alexandre de Moraes. Levaram meu celular e notebook. Estou praticamente incomunicável! Moraes, seu covarde, você não vai me calar!”, escreveu.

“Meus advogados já chegaram, vamos pra cima! O Brasil não será uma ditadura. Hoje, Alexandre de Moraes comprovou que está a serviço de uma ditadura do Judiciário”, afirmou.

O acampamento chamado Os 300 do Brasil, do qual Sara Winter é líder, tem participantes armados, como a própria coordenadora afirmou em entrevista à Folha. Ela disse, contudo, que as armas são apenas para autodefesa. O porte de armas em manifestações é proibido pela Constituição.

Um dos objetivos do grupo é treinar militantes dispostos a defender o governo Bolsonaro. A ativista também teve breve passagem pelo Ministério dos Direitos Humanos, cuja titular é Damares Alves.

O grupo passou a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República, no âmbito do inquérito instaurado no fim de abril para apurar as recentes manifestações antidemocráticas. A apuração foi autorizada também pelo ministro Alexandre de Moraes.

A organização liderada por Sara refuta o suposto caráter violento do movimento e rejeita o rótulo de milícia armada. Os integrantes têm feito acampamentos em Brasília. São mais de 700 membros em diversas partes do Brasil, de acordo com o comando do grupo.

Outros investigados no inquérito do STF também se voltaram contra Alexandre de Moraes, com xingamentos e ameaças ao magistrado, depois que receberam os agentes da PF nesta quarta.

Foram alvos de mandados de busca e apreensão militantes, blogueiros, youtubers, políticos bolsonaristas e assessores. A maior parte tem forte atuação nas redes sociais e publica críticas a ministros do STF e integrantes de outras instituições.

O inquérito também mira possíveis financiadores dessas atividades. Segundo investigadores, esse é considerado um dos pontos-chave do funcionamento dessa rede.

Folhapress

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