Unlabelled

Tensão entre Fernández e Bolsonaro deve alterar normas do Mercosul

Alberto Fernandez:Reprodução/Twitter
A tensão entre Jair Bolsonaro e o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, deve alterar normas do Mercosul, na avaliação de diplomatas e especialistas. A visão mais protecionista de Fernández contrasta com as políticas liberalizantes do governo brasileiro. Diante do alto grau de interdependência econômica, ajustes serão necessários.

Segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Brasil descarta a redução imediata da Tarifa Externa Comum (TEC) na próxima reunião do bloco, em dezembro, pouco antes da posse de Fernández. A intenção é que a tarifa cobrada sobre produtos de fora do Mercosul, hoje em 14% em média, fosse reduzida pela metade ao fim de períodos de quatro, seis ou oito anos, dependendo do setor econômico. Agora, o compasso é de espera para ver a direção que toma a Argentina.

Já em relação aos acordos comerciais, a previsão é que as negociações já em curso continuem – estão em andamento tratados com Canadá, Cingapura e Coreia do Sul. A saída do Brasil do Mercosul, segundo fontes do governo, está descartada. Se a Argentina for intransigente, a hipótese mais provável é negociar a flexibilização do bloco, para transformá-lo no que vem sendo chamado de “Mercosul Flex” – e abandonar a ideia de união aduaneira, como é hoje.

Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, prevê uma relação fria entre os dois, mas não acredita que Fernández coloque entraves no acordo de livre-comércio com a União Europeia, que criticou em junho. “Era um discurso eleitoral. A Argentina quer o acordo tanto quanto o Brasil. Eles têm interesse em vender produtos agrícolas para a Europa”, disse.

Um eventual afastamento, segundo Barral, afetaria produtos brasileiros industrializados, especialmente nos setores automotivos, calçadista e têxtil. “A Argentina é um dos poucos países para o qual temos exportação de industrializados, justamente por conta do Mercosul. Não há outro mercado para o qual o Brasil pode exportar rapidamente produtos industriais.”

O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, lembra que o comércio entre os dois países caiu muito neste ano com a crise argentina. Segundo ele, Brasil e Argentina já têm “problemas suficientes” e cita as negociações entre EUA e China, que podem obrigar os chineses a comprar mais produtos americanos, afetando exportações argentinas e brasileiras. “Não adianta os presidentes trocarem farpas. Ideologia é uma atividade abstrata que não aumenta exportações. O que exportamos são bens e serviços.”

A tensão também preocupa diplomatas. Juan Pablo Lohle, ex-embaixador argentino no Brasil, diz que nunca viu tanta animosidade entre líderes dos dois países na história recente. “Se Bolsonaro quer abrir o Mercosul, é uma posição respeitável, mas que não deveria ser discutida pela imprensa”, afirma.

Recentemente, Bolsonaro sugeriu “afastar” a Argentina do bloco, caso Fernández travasse a abertura comercial. Para Lohle, o desfecho da briga depende do resultado de outras eleições na região. “Precisamos ver o que ocorre no Uruguai, pois pesquisas apontam que a Frente Ampla (esquerda, no poder há 15 anos) pode perder. A tendência seria os uruguaios costurarem essa relação ”

Para Jorge Hugo Herrera Vegas, também ex-embaixador no Brasil, declarações atravessadas podem causar transtornos reais. “A relação entre os dois países é de Estado, não de governos. Desde 1983”, lembrou.

Nesta segunda-feira, 28, Bolsonaro voltou a criticar Fernández, que pediu a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante discurso em Buenos Aires. “Lamento. Não tenho bola de cristal, mas acho que a Argentina escolheu mal”, disse o brasileiro durante visita aos Emirados Árabes. “O primeiro ato do Fernández foi ‘Lula livre’, dizendo que está preso injustamente. Já disse a que veio.”

O que pode conter o duelo é a interdependência econômica. A Argentina é o quarto maior parceiro comercial do Brasil, atrás de China, EUA e UE. “Não há dúvida de que eles não se entendem, mas a realidade dos países se sobrepõe às vontades individuais”, disse o ex-embaixador brasileiro na Argentina José Botafogo Gonçalves. “A interdependência é grande.”

De acordo com ele, o Mercosul precisa se atualizar por outra razões. “A TEC tem de mudar – e nisso o Paulo Guedes tem razão. Precisamos de novas regras aduaneiras, para passarmos de uma zona de proteção para uma zona de competição.”

Estadão Conteúdo

Após Carlinhos Maia rabiscar obra de arte, autora promete entrar na Justiça contra ele

Foto: Arquivo Pessoal/Instagram
O digital influencer Carlinhos Maia se envolveu em mais uma polêmica nesta segunda-feira (28). O humorista rabiscou uma obra de arte em um hotel onde ficou hospedado em Aracaju (SE).

A imagem foi publicada em seus stories do Instagram, dizendo ser um presente dele aos fãs que se hospedassem naquele quarto. Mas o “rabisco” não foi nada bem visto pela artista plástica Lau Rocha, autora da obra. Em suas redes sociais, ela avisou que vai acionar a Justiça contra o comediante por vandalismo.

“Com tristeza e indignação, recebi a notícia de que uma das minhas obras foi vandalizada e exposta em uma rede social, por pessoa que aparenta ter influência na juventude deste país. Foi um choque ver o descaso da pessoa em questão pelo meu sentimento expressado na obra. Não autorizei a vandalização, que feriu minha alma e me expôs de maneira absolutamente constrangedora”, escreveu.

E continuou: “Estou tomando as providências legais para reparação do dano e para que se compreenda que há um limite para a banalização da arte, que creio ser uma das mais importantes formas de transformação social”.

Carlinhos Maia respondeu dizendo que a obra foi comprada pela dona do hotel, de quem ele disse ser amigo. Ele revelou também que essa moça o havia autorizado a rabiscar dois olhos e uma boca e publicar na internet.

CPI de Brumadinho pede indiciamento de ex-presidente da Vale e mais 21 por homicídio doloso

Foto: Reprodução / Agência Brasil
O relatório final da CPI de Brumadinho da Câmara dos Deputados pede o indiciamento por homicídio doloso e lesão corporal dolosa --quando há intenção de cometer esses crimes-- de 22 diretores da Vale, engenheiros e terceirizados, incluindo o ex-presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, em virtude do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).

Ocorrido em 25 de janeiro passado, o rompimento matou 252 pessoas e deixou outras 18 desaparecidas, além de provocar destruição ambiental e a contaminação do rio Paraopeba.

O relatório também pede o indiciamento da Vale e da Tüv Süd Bureau de Projetos e Consultoria Ltda por inúmeros crimes ambientais. O documento diz que Schvartsman, que deixou o cargo em meio ao escândalo do rompimento, "tinha plena ciência da necessidade de se adotar medidas urgentes para o aumento da segurança nas barragens situadas na zona de atenção".

O documento de 595 páginas assinado pelo relator, Rogério Correia (PT-MG), foi protocolado neste final de semana na Câmara dos Deputados e deverá ser analisado e votado em sessão da CPI marcada para terça-feira (29), em Brasília. O relatório poderá ser modificado ou aprovado na íntegra pelos outros parlamentares. Os indiciamentos propostos pelas CPIs são conclusões do Parlamento, mas dependem de Ministério Público e Judiciário para terem consequência penal, em processos a serem abertos ou já em andamento.

A CPI foi criada na Câmara em 14 de março passado por ato do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e sob a presidência do deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Ela foi instalada em 25 de abril e realizou 23 reuniões. O rompimento também já foi alvo de outras quatros CPIs: no Senado, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e nas Câmaras de Vereadores de Belo Horizonte de Brumadinho.

O relatório final descreve medidas que a Vale deveria ter tomado e não tomou para evitar o rompimento e o alto número de mortos e desaparecidos, como agir a respeito da "crucial característica da Mina Córrego do Feijão --que salta aos olhos de qualquer pessoa-- é que o refeitório e a área administrativa, entre outras estruturas, estavam localizados pouco mais de 1 km" da barragem que se rompeu. Nas dependências administrativas da mina morreu a maioria dos seus empregados no rompimento de janeiro.

"Nos 17 anos seguintes à aquisição [da mina] da Ferteco, a Vale, simplesmente, não se preocupou em relocar tais estruturas para sítio mais seguro, mesmo com seguidos indícios de que a saúde da barragem B1 não ia bem", diz o relatório final.

O documento diz que diversos depoimentos prestados à CPI demonstraram que "desde 2017, pelo menos, já se sabia que o fator de segurança da barragem estava abaixo de 1,3, valor recomendado internacionalmente, habitualmente aceito pela Vale e considerado seguro para condições não drenadas". Segundo o relatório, os estudos de uma empresa contratada pela Vale "demonstraram valores do fator de segurança da [barragem] B1 em torno de 1,06, mesmo quando se utilizavam diferentes metodologias de cálculo".

O relatório também ressalta que "as sirenes localizadas na região da Pousada Nova Estância e do Parque da Cachoeira tampouco foram afetadas pela avalanche de lama e poderiam ter salvado muitas vidas, caso tivessem sido acionadas".

O documento analisa o longo processo que ocorreu até o rompimento da barragem, pontuando momentos em que a Vale soube ou foi informada sobre problemas que deveriam ter feito acender a luz vermelha da empresa.

"Falhas que levam à ruptura em estruturas geotécnicas, salvo em casos de eventos catastróficos, como os terremotos, por exemplo, não acontecem repentinamente. Pelo contrário, elas vêm se desenhando ao cabo de um período de tempo considerável e dão sinais de que poderão vir a acontecer, caso medidas preventivas ou remediadoras não sejam efetivadas a tempo. Essas falhas são influenciadas por uma série de fatores que incluem desde a localização da estrutura, a concepção de seu projeto (design), sua construção, sua operação, seu monitoramento e sua desativação ou descomissionamento", diz o relatório final.

Para o relator, "cai por terra o argumento da Vale" de que a barragem era "bem instrumentada e bem monitorada". "Embora essa barragem fosse dotada de uma quantidade significativa de instrumentos de auscultação, estes não estavam adequadamente posicionados e nem cobriam as multicamadas do rejeito; tanto é que foi indicado que novos piezômetros multiníveis [medidores] deveriam ser instalados. É verdadeiramente alarmante que, diante de tamanhas incertezas relativas à barragem B1, as quais foram apresentadas ao longo deste relatório, a estabilidade da estrutura tenha sido declarada", diz o documento.

O relatório final também questiona o modo pelo qual a Vale conseguiu a licença ambiental para operar o aproveitamento de rejeito da barragem do Córrego do Feijão. Segundo o documento, a licença "foi emitida sem que a empresa tivesse detalhado todo o projeto de descomissionamento e baseada em um EIA [Estudo de Impacto Ambiental] defasado, de 2014, que não continha as informações atuais da barragem e do projeto de descomissionamento da estrutura que englobava a retirada de rejeito". Para o relator, a empresa "conduziu o licenciamento ambiental do projeto de expansão das Minas Córrego do Feijão e Jangada de forma fraudulenta, o que é tipificado como crime ambiental".

OUTRO LADO

Procurada pela reportagem, a Vale disse que não teve acesso ao relatório final da CPI. "A empresa considera fundamental que haja uma conclusão pericial, técnica e científica sobre as causas do rompimento da barragem B1 antes que sejam apontadas responsabilidades. A Vale e seus empregados permanecerão colaborando ativamente com todas as autoridades competentes e com os órgãos que apuram as circunstâncias do rompimento", informou a empresa.

O ex-presidente Fabio Schvartsman obteve uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e não compareceu para depor à CPI, sob o argumento de que já havia dado explicações à Câmara, em outro momento. Votaram para permitir o não comparecimento de Schvartsman os ministros Gilmar Mendes, relator do caso, e Celso de Mello. Segundo o relatório final, "ao prestar declarações à Polícia Civil de Minas Gerais, o ex-presidente da Vale alegou que não tinha conhecimento de nenhuma anomalia na estrutura da barragem B1. Atribuiu responsabilidade a seus subordinados e à [consultoria] Tüv Süd, asseverando, ainda, que qualquer pessoa que tivesse ciência de eventuais anomalias deveria reportar o problema"

Reunião entre Neto e Lupi avalia alianças entre DEM e PDT de olho nas capitais e em 2022

Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias e Divulgação / PDT
Presidente nacional do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto, terá uma reunião com o chefe do PDT, Carlos Lupi, nesta semana, em Brasília. Ambos discutirão possíveis alianças em outros estados do Brasil. No entanto, de acordo com o gestor soteropolitano, isto não deve acontecer no primeiro momento, embora ele não descarte a possibilidade.

“Não significa dizer que haverá aliança na Bahia ou em Salvador. Nós estamos com uma conversa nacional, que, eventualmente, poderia até, em algum momento, se estender para o plano local. Mas, por enquanto, faremos uma conversa mais ampla em aspecto nacional”, explicou, em entrevista ao Bahia Notícias.

Neto afirma “não ter nenhuma restrição ao PDT”. "Muito pelo contrário. Acho que o partido tem bons quadros e, de fato, esse diálogo vai acontecer”, pontuou.

Lupi comunga com o discurso de Neto. O presidente nacional pedetista diz “não ter preconceito com nenhum partido”. “Nós não estamos fechados a diálogo com ninguém. Por exemplo: fui ao Mato Grosso. Lá, o governador é do DEM, o vice é do PDT. Lá tenho uma aliança configurada. Vai depender muito da circunstância, da realidade local, desse quadro que a gente está avaliando”, indicou.

Não é o primeiro encontro entre Lupi e Neto em outubro. Os dirigentes tiveram uma conversa informal durante o encontro nacional de presidentes e líderes de partido, em Brasília, na última semana. Em Salvador, o pedetista também teve um encontro com o governador Rui Costa (PT). “Somos aliados. Ele sempre tratou a gente com muito respeito, muito carinho. Nós fomos conversar um pouco com ele sobre o quadro estadual e nacional”, disse Lupi.

Conforme apurado pelo BN, esta aliança deve permanecer, inclusive com anuência de Neto. Segundo os correligionários do prefeito, com a filiação do secretário Leo Prates (Saúde) ao PDT, a intenção é ter a sigla de Lupi como "aliada formal" mesmo que a legenda não rompa com a base petista. Na capital baiana, o vereador Odiosvaldo Vigas (PDT) já integra a base do prefeito (leia mais aqui). 

VISITA A SALVADOR
A conversa de Lupi com o Bahia Notícias não se resumiu ao encontro com o prefeito soteropolitano. Ele revelou uma conversa inicial com o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani. A pauta: prefeitura de Salvador. 

O dirigente pedetista também comentou sobre a suspensão dos deputados que votaram a favor da reforma da Previdência (leia mais aqui) e falou sobre o voto da senadora Kátia Abreu, que votou pela aprovação do texto (leia mais aqui).
por Matheus Caldas/Bahia noticias

Entenda como são elaboradas as questões do Enem

EBC
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começa a ser aplicado neste domingo (3) para, aproximadamente, 5,1 milhões de participantes, que farão provas de ciências humanas, linguagens e redação. O exame continua no dia 10, com provas de matemática e ciências da natureza. Todos as questões são elaboradas por especialistas e pré-testadas antes de integrarem o chamado Banco Nacional de Itens (BNI).

A prova de redação é a única prova subjetiva. As demais quatro provas terão 45 questões de múltipla escolha cada. Essas questões foram escolhidas a partir do BNI.

Os itens do Enem são elaborados por especialistas selecionados por meio de chamada pública do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Eles devem seguir a matriz de referência, guia de elaboração e revisão de itens estabelecidos pelo Inep. Após escritos, os itens passam, então, por revisores e depois por especialistas do Inep.

Finalmente, os itens são pré-testados em aplicações feitas em escolas. O processo é sigiloso e os estudantes não sabem que estão respondendo a possíveis questões do Enem. Com a aplicação, avalia-se a dificuldade, o grau de discriminação e a probabilidade de acerto ao acaso da questão. Os itens aprovados passam a compor o BNI, que fica disponível para aplicações futuras do Enem.

Esse banco, segue um protocolo de segurança. Todos os servidores e colaboradores com acesso aos itens assinam termos de sigilo e confidencialidade. No caso do Enem, assinam também uma declaração de não impedimento, para assegurar que não possuem relações de parentesco, que configuram nepotismo.

O BNI é acessado no Ambiente Físico Integrado Seguro, localizado na sede do Inep, em Brasília, apenas por pessoas autorizadas. O ambiente é completamente isolado, possui salas que só podem ser acessadas pelo uso de digitais e computadores sem acesso à internet ou à intranet da autarquia.

Todo o processo de captação, elaboração e revisão de itens para compor o Enem e outros exames do instituto ocorre nesse espaço. Não se sabe ao certo quantas questões compõem o banco do Enem, pois a informação que é sigilosa.
Revisão dos itens

Neste ano, no BNI entrou em evidência por conta de uma medida do Inep, de revisar as questões. A autarquia criou uma comissão para definir o que não seria usado no Enem 2019.

De acordo com nota técnica publicada pela autarquia, a comissão, criada no dia 20 de março deste ano, deveria "identificar abordagens controversas com teor ofensivo a segmentos e grupos sociais, símbolos, tradições e costumes nacionais" e, com base nessa análise, recomendar que tais itens não fossem usados na montagem do exame deste ano.

A comissão concluiu o trabalho no começo de abril. No entanto, pelo caráter sigiloso do BNI, o resultado não foi divugado. O Inep esclareceu que como a elaboração de um item é um processo longo e oneroso, nenhum item será descartado. Eles poderão ser posteriormente adequados.
Mudanças na prova

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que o Enem não deverá ter mudanças substanciais já que as questões que serão usadas no exame deste ano “já estavam no banco de itens, então, não há nenhum tipo de direcionamento na prova”. A orientação da atual gestão foi, segundo ele, evitar polêmicas.

Também à EBC, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que o Enem terá como foco conhecimentos objetivos. A preocupação do Ministério da Educação (MEC), de acordo com o ministro, será selecionar os melhores alunos para ocupar as vagas no ensino superior. “Não vai cair ideologia, a gente quer saber de conhecimento científico, técnico, de capacidade de leitura, de fazer contas, de conhecimentos objetivos”.

Tanto o presidente do Inep, quanto o ministro da Educação garantiram que não tiveram acesso ao exame.

O Enem é atualmente a principal forma de acesso ao ensino superior no Brasil. Com as notas do exame, estudante podem pleitear vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), concorrer a bolsas de estudo em instituições particulares pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil Brasília
Unlabelled

Rondesp BTS recupera 34 celulares furtados em festa

Foto: Divulgação SSP
Três criminosos foram presos com os smartphones subtraídos durante evento na Arena Fonte Nova
O sinal de GPS de um celular furtado durante evento na Arena Fonte Nova, ajudou equipes das Rondas Especiais (Rondesp) Baía de Todos os Santos (BTS), na desarticulação de uma quadrilha especializada em subtrair os aparelhos em grandes eventos. O flagrante aconteceu na tarde de domingo (27) e três criminosos acabaram presos.

Através do localizador de um smartphone, os militares encontraram os três criminosos, no bairro de Nazaré. Com eles foram recuperados 34 aparelhos, todos da marca Apple, modelo Iphone. 

O trio e os celulares foram apresentados na Central de Flagrantes da Polícia Civil, localizada na região do Shopping da Bahia. "Pela quantidade de aparelhos chegamos a uma quadrilha especializada em furtos durante grandes eventos. 

Infelizmente esse tipo de ação é motivada por outras pessoas que compram esses celulares de segunda mão, por preços mais baratos do que na loja", disse o comandante do Policiamento na Região Integrada de Segurança Pública (Risp) BTS, coronel Nílton Cezar Machado.

Fonte: Ascom/Alberto Maraux
Unlabelled

Cães farejadores localizam ponto de armazenamento de drogas

Foto: Divulgação
As cadelas Xena e Akira da 56a Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Entre Rios) descobriram, na tarde de domingo (27), drogas escondidas dentro de um imóvel. No local dois homens foram presos em flagrante por tráfico de drogas.

Uma denúncia anônima levou os militares até Porto do Sauípe. Chegando no ponto indicado a dupla foi surpreendida e com ela encontrada rádio transmissor, além de porções de maconha e cocaína. Durante conversa preliminar os traficantes informaram outras casas usadas para guardar drogas.

Com suporte de Xena e Akira, em um dos imóveis, os PMs apreenderam 400 porções de maconha, cocaína e crack, um pé de maconha, balança, cadernos com anotações das vendas de entorpecentes, balança e embalagens plásticas.

A 6 dias do Enem, 1,2 milhão de inscritos não sabem local da prova

Arte EBC
A menos de uma semana para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cerca de 1,2 milhão de participantes ainda não sabem onde farão a prova, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Esses estudantes ainda não acessaram o Cartão de Confirmação da Inscrição, que está disponível na Página do Participante e no aplicativo do Enem, que pode ser baixado nas plataformas Apple Store e Google Play.

Segundo balanço divulgado hoje (28) pelo Inep, 3,9 milhões de participantes, o equivalente a mais de 76% dos quase 5,1 milhões de inscritos no Enem 2019, acessaram o Cartão até a manhã desta segunda-feira.

Além do local de prova, os estudantes podem conferir, no cartão, o número da sala onde farão o exame; a opção de língua estrangeira feita durante a inscrição; e o tipo de atendimento específico e especializado com recursos de acessibilidade, caso tenham sido solicitados e aprovados, entre outras informações. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro em 1.727 municípios brasileiros.

Assista na TV Brasil:

Declaração de comparecimento

Quem precisa comprovar presença no dia de prova do Enem deve imprimir a Declaração de Comparecimento personalizada, também disponível na Página do Participante. Para esses casos, de acordo com o Inep, é indispensável que a declaração seja impressa e entregue ao aplicador no dia do exame.

O instituto esclarece que não fornece comprovante de participação após o dia da prova. Para o primeiro dia do Enem, a declaração já está disponível. No dia 4 de novembro, dia seguinte ao primeiro domingo de aplicação do exame, o Inep disponibilizará a Declaração de Comparecimento do segundo domingo de provas, em 10 de novembro.
Recomendações

O Inep recomenda que os participantes imprimam o cartão de confirmação e, aqueles que precisam, imprimam a declaração de comparecimento e levem os dois para a aplicação do exame.

Uma vez sabendo o local de aplicação, a dica é que os participantes façam o trajeto de casa até o lugar, para avaliar a duração do trajeto no dia da prova. Isso para que os estudantes conheçam o percurso e saibam o tempo que vão gastar de casa até o local da prova.

No dia do Enem, a dica é chegar no local com antecedência. Os portões abrirão às 12h, pelo horário oficial de Brasília, e serão fechados às 13h.

Devido a diferenças de fuso horário no país, o Ministério da Educação (MEC) divulgou a hora local de aplicação do Enem em diferentes regiões.

Quem já concluiu o ensino médio ou vai concluir este ano pode usar as notas do Enem para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior.

Os estudantes podem ainda concorrer a bolsas de estudo pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamentos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Brasílil

Irmã de Neymar está grávida de Gabigol, diz colunista

Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal
Novo integrante na família Santos? Ao que tudo indica, Neymar pode estar perto de ganhar um sobrinho. O colunista Leo Dias afirma que Rafaella Santos, irmã do atacante, estaria esperando um filho de Gabigol.

Segundo o colunista do site ‘UOL’, esse teria sido o motivo do casal reatar o romance. Leo Dias afirma que a gravidez foi confirmada por amigos do jogador do Flamengo e de Rafaella.

A assessoria da família de Neymar nega a gestação da caçula. “A resposta é não. Ela não está grávida. Simples e direto”, afirmou em contato com Leo Dias.

Já a de Gabigol desconversou sobre o assunto. “Isso reflete a vida pessoal do Gabriel e, se houvesse qualquer manifestação sobre relacionamentos, o próprio atleta se pronunciaria de forma espontânea. A gente respeita os temas familiares e procura se envolver o menos possível com fofocas e especulações”, afirmou

Ex-repórter da Band se retrata e diz que mentiu ao acusar Datena de assédio

Foto: Arquivo Pessoal/Instagram
A jornalista Bruna Drews, ex-repórter da Band que havia acusado José Luiz Datena de assédio sexual, registrou em cartório uma retratação inocentando o apresentador. A informação é do colunista Leo Dias, do portal UOL.

No texto, Bruna admite que mentiu em relação ao fato de que Datena a tivesse assediado e garante que jamais se sentiu constrangida com as declarações do apresentador a seu respeito durante participações no programa do qual faziam parte. Segunda ela, as falas de Datena “não passaram de brincadeiras”.

Bruna aproveitou também para se desculpar com Datena e com a família do apresentador pelos transtornos causados em razão de sua falsa denúncia. Ela ainda deixa claro que abre mão de qualquer direito a eventuais decisões sobre o pedido de indenização que ela havia solicitado no processo —que agora deve ser arquivado.

De acordo com a coluna, a iniciativa foi tomada por livre espontaneidade da ex-repórter, e não por uma determinação judicial. Segundo a publicação, Datena, por sua vez, afirmou estar aliviado pelo restabelecimento da verdade. O apresentado disse, no entanto, que não há como reparar os danos causados pela ex-repórter.

“O mal que isto me causou e a meus filhos, netos e, principalmente, esposa é irreparável, mas, enfim, a verdade aparece.”, disse, garantindo, apesar de tudo, não ter ressentimentos: “Não guardo mágoa de ninguém pois a vida e ser humano são assim mesmo.”

Datena aproveitou ainda para agradecer à parte da imprensa que acreditou na versão apresentada por ele.

‘Gostosa’

Em janeiro, Bruna denunciou Datena ao Ministério Público de São Paulo por ele, supostamente, tê-la assediado durante uma comemoração da equipe do programa, em 7 de junho do ano passado. Na ocasião, ela disse que o apresentador a tinha chamado de “gostosa” e dito que já havia tido prazer sexual pensando nela, fato que teria gerado uma grave crise de depressão e pânico, que se intensificou meses depois. Datena sempre negou todas as acusações e disse que apenas a elogiava no ar, como uma profissional bonita e competente. “Ela nunca reclamou, só me agradeceu por tratá-la bem”, disse na época.

Leia a íntegra do texto em que a repórter se retrata pelas acusações feitas ao apresentador:

“A presente se trata de uma retratação em razão de processo judicial, movido por mim, que afirmei ter sido vítima de assédio sexual em transmissões do programa de televisão Brasil Urgente, da emissora Band em confraternização ocorrida em 07 de Junho de 2018 e em outras oportunidades.

Ainda esclareço, que tais fatos não condizem com realidade e nunca ocorreram, sendo que os vídeos dos programas ao vivo, juntados aos autos, não passaram de brincadeiras, consignando que não me senti constrangida com referidos evento e aproveito a declaração para, também, pedir desculpas ao Senhor José Luiz Datena e sua família pelos transtornos causados, pretendendo que a presente retratação sirva para restabelecer qualquer dúvida em relação à sua idoneidade.

E por fim, renuncio a qualquer direito e a eventuais reflexos relacionados com o pedido de indenização decorrente de assédio sexual e moral alegados, perante todos os órgãos administrativos e judiciais, em qualquer grau de jurisdição, nas esferas trabalhistas, cível e criminal.”

Reforma da Previdência ameaça opor Bolsonaro aos praças

Foto: Raiane Verissimo/Política Livre
Há apenas dez meses na Presidência, Jair Bolsonaro vive o risco de um esgarçamento na relação com seu primeiro e mais fiel eleitorado dentro das Forças Armadas, motivado pela reforma previdenciária. Obtido pelo Estado no Arquivo Nacional, um boletim datilografado em máquina de escrever revela essa antiga relação. Era 1989 e o então vereador pelo Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro, à época no Partido Democrata Cristão (PDC), informava aos “prezados companheiros” da caserna que o capitão da reserva cobrara dos presidenciáveis a inclusão no programa de governo de uma série de benefícios às carreiras de base das Forças Armadas.

Entre os pedidos de Bolsonaro para os candidatos ao Planalto estavam uma lei de promoção para praças, a reformulação dos critérios de engajamento e reengajamento deles, a criação de quadros complementares de oficiais e sargentos, o efetivo cumprimento da promoção automática de cabos e soldados com pelo menos 15 anos de serviço e a atualização dos benefícios das pensionistas.

Agora, 30 anos depois, os interesses já não se encontram tão alinhados. A Comissão Especial na Câmara criada para tratar do sistema de proteção social das Forças Armadas, da Polícia Militar e dos Bombeiros tornou-se arena de embates entre a antiga base eleitoral do presidente e as lideranças do governo no Parlamento. A última votação na Comissão está prevista para a próxima terça-feira, dia 29.

Presidente da Associação de Praças das Forças Armadas (Aprafa-Brasil), Jair da Silva Santos brinca que quer mudar o nome para deixar de ser xará do presidente. “Quem o (Bolsonaro) levantou foram os praças. Esse pessoal está todo revoltado e vai manifestar apoio a outros candidatos já no ano que vem”, reclamou. “Candidato a prefeito e a vereador que ele ou o filho dele indicar não terá apoio dos praças.”

Estadão

Tática de Temer de questionar áudio de Joesley vinga após dois anos

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasi
Depois de uma noite sem dormir, Michel Temer chegou antes das 8h ao gabinete naquele 18 de maio de 2017. Abatido, disse a auxiliares que não sabia se teria condições de continuar no cargo.

O presidente repetia que não se lembrava de detalhes da conversa que tivera com Joesley Batista em março. A PGR (Procuradoria-Geral da República) afirmava que, num encontro gravado, Temer havia autorizado a compra do silêncio de potenciais delatores.

Um ministro perguntou ao presidente se, durante a noite, ele se lembrara de ter dito algo que corroborasse a acusação. Temer respondeu que não. O auxiliar sugeriu então que, enquanto a dúvida permanecesse, a melhor estratégia seria o enfrentamento.

O presidente se escorou nessa dúvida por dois anos e cinco meses. No último dia 16, Temer foi absolvido da imputação de obstrução da Justiça. O juiz Marcus Vinicius Reis Bastos afirmou que o conteúdo da gravação, de baixa qualidade, “não configura, nem mesmo em tese, ilícito penal”. O Ministério Público recorreu.

A peça mais explosiva da delação da JBS, que quase derrubou um presidente da República, é parte de um processo cercado de polêmicas.

Quando a notícia da delação estourou no site do jornal O Globo, Temer juntava com dificuldade as peças do encontro com Joesley, ocorrido em 7 de março. O presidente disse a aliados que jamais dera aval a pagamentos para evitar as delações do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e do operador Lúcio Funaro.

Temer contou, porém, que entendia, sim, que o empresário dava dinheiro à família de Cunha, preso em 2016, e que interpretava aquilo como um gesto de solidariedade.

O presidente rejeitou a hipótese de renúncia, mas cogitou outra opção. Auxiliares sugeriram que ele enviasse ao Congresso uma proposta para antecipar as eleições.

Temer foi demovido pelos ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil), que achavam possível vencer a batalha política.

A princípio, Temer optou por fazer uma defesa genérica. Apostou na incerteza pois, quando chegou ao púlpito do palácio, não conhecia ainda a gravação em poder da PGR.

O áudio foi liberado enquanto Temer falava. Ao ouvir a conversa, logo depois, o presidente soltou palavrões.

A sentença que absolveu o ex-presidente, em 16 de outubro deste ano, afirmou que os procuradores deram “interpretação própria” ao áudio.

“Afirmações monossilábicas, desconexas, captadas em conversa com inúmeras interrupções […] não se prestam a secundar as ilações contidas na denúncia”, escreveu o juiz.

A decisão cita 76 interrupções na gravação e 76 trechos ininteligíveis. Ao denunciar o então presidente, a Procuradoria transcreveu a conversa sem a anotação dessas falhas.

Temer é alvo de processos e investigações em outros oito casos. Um deles é o episódio da entrega da mala ao então deputado Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), gravada na delação da JBS. O ex-presidente é acusado de ser o destinatário final do dinheiro, propina em troca de vantagens para a empresa. Temer nega.

Folha de S.Paulo
Unlabelled

Entenda as regras de transição da reforma da Previdência

Divulgação/Agência Brasil
A promulgação, nos próximos dias, da emenda à Constituição que reformou a Previdência exigirá atenção do trabalhador, principalmente do que estiver próximo de se aposentar. A proposta aprovada pelo Congresso prevê seis regras de transição que abrandam a idade mínima de aposentadoria e o tempo de contribuição em alguns casos.

Ao todo, são quatro regras para os trabalhadores da iniciativa privada e das estatais, inscritos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), uma regra para os servidores públicos federais e uma regra para as duas categorias. Profissões como professores e agentes de segurança da União terão idades mínimas diferenciadas em algumas regras.

Quem cumpriu os requisitos para se aposentar pelas regras atuais, mas ainda não se aposentou, não precisa se preocupar. Esses trabalhadores estão preservados pelo direito adquirido e não serão afetados pela reforma da Previdência. Nesses casos, o segurado mantém o direito a aposentar-se pelos critérios presentes, mesmo depois da promulgação da emenda.

Cada trabalhador tem uma situação única. Mestre em direito constitucional, Rodrigo Mello, professor de direito no Centro Universitário de Brasília (Uniceub) explica que cada caso é um caso, e uma regra mais vantajosa para um segurado pode não ser a mais apropriada para outro. Ele recomenda cautela e análise de vários cenários antes de optar pela melhor regra de transição.

Segundo o professor, o trabalhador precisa simular o quanto vai receber de aposentadoria tanto na regra geral como nas regras de transição. Se o segurado tiver conquistado o direito adquirido, precisará também comparar com a regra geral atual e as regras de transição atuais (se estiver enquadrado em alguma). Dependendo do caso, pode ser mais vantajoso para o segurado trabalhar um pouco mais e garantir um benefício maior.
Confira como ficaram as regras de transição
Trabalhadores do INSS (iniciativa privada e estatais)
Regra geral

Pela reforma de Previdência, os trabalhadores urbanos se aposentarão apenas a partir dos 65 anos para mulheres e 62 anos para homens. As mulheres terão 15 anos mínimos de contribuição. Os homens que já contribuem para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também terão 15 anos de contribuição, mas os que ainda não entraram no mercado de trabalho terão de contribuir por pelo menos 20 anos para conquistar a aposentadoria.
Regras de transição
Sistema de pontuação
Numa extensão da regra 86/96, a soma do tempo de contribuição e da idade passa a ser a regra de acesso. Homens com pelo menos 35 anos de contribuição e mulheres com pelo menos 30 anos de contribuição poderão se aposentar respectivamente a partir dos 61 anos (homens) e 56 anos (mulheres) em 2019, por terem conquistado 86 pontos (mulheres) e 96 pontos (homens).
A pontuação mínima sobe para 87/97 em 2020, 88/98 em 2021 e um ponto para homens e mulheres a cada ano até atingir 105 pontos para os homens em 2028 e 100 pontos para as mulheres em 2033. As trabalhadoras terão transição mais suave que os homens.
Professores: terão redução de cinco pontos. A soma do tempo de contribuição e da a idade se inicia, em 2019, com 81 pontos para mulheres e 91 pontos para homens, até chegar a 95 pontos para as professoras em 2033 e 100 pontos para os professores em 2028. O bônus, no entanto, só valerá para quem comprovar ter trabalhado exclusivamente nas funções de magistério na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio.
Redução da idade mínima
Favorece quem contribuiu por muitos anos, mas ainda não alcançou a idade mínima. Homens com pelo menos 35 anos de contribuição e mulheres com pelo menos 30 anos de contribuição poderão aposentar-se aos e 61 anos (homens) e 56 anos (mulheres) em 2019. A idade mínima sobe seis meses a cada ano até atingir 62 anos (mulheres) em 2031 e 65 anos (homens) em 2027.
Professores: começarão com redução de cinco anos. A idade mínima começa em 2019, com 51 anos para mulheres e 56 anos para homens, aumentando seis meses por ano, até chegar a 60 anos para os dois sexos. O bônus, no entanto, só valerá para quem comprovar ter trabalhado exclusivamente nas funções de magistério na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio.
Redução do tempo de contribuição
Favorece trabalhadores idosos que contribuíram pouco. Homens com 65 anos e mulheres com 60 anos em 2019 precisam contribuir apenas 15 anos para terem direito à aposentadoria. Em 2020, a idade mínima para homens continua em 65 anos. Para mulheres, sobe seis meses por ano até alcançar 62 anos em 2023.
Por essa característica, essa regra de transição beneficia os trabalhadores mais pobres, que atualmente se aposentam por idade, ou que passaram mais tempo na informalidade, sem contribuir para o INSS.
O tempo mínimo de contribuição para as mulheres está em 15 anos em todas as circunstâncias. No entanto, os 15 anos mínimos de contribuição para homens só valem para quem se aposentar por essa regra. Os demais segurados terão de contribuir por pelo menos 20 anos. O homem que se aposentar com 15 anos de contribuição receberá o mesmo que quem se aposentar com 16 a 20 anos de contribuição. A aposentadoria só aumentará para quem tiver contribuído 21 anos ou mais.
Na prática, o texto aprovado com o tempo mínimo de 15 anos para homens só beneficia quem entrou no mercado formal de trabalho e contribui para o INSS. A proposta de emenda à Constituição (PEC) paralela, em tramitação no Senado, pretende reduzir para 15 anos contribuição mínima para todos os trabalhadores da iniciativa privada e das estatais.
Pedágio de 50%
Quem está a dois anos de cumprir o tempo de contribuição mínimo para aposentadoria pelas regras atuais – 30 anos (mulher) e 35 (homem) – poderá optar pela aposentadoria sem idade mínima se cumprir pedágio de 50% sobre o tempo restante. O valor do benefício será calculado por meio da aplicação do fator previdenciário, que deixará de ser aplicado para os demais beneficiários.
Exemplos: mulher com 29 anos de contribuição (a um ano da aposentadoria pelas regras atuais) poderá aposentar-se pelo fator previdenciário se contribuir mais seis meses, totalizando um ano e meio de contribuição; homem com 33 anos de contribuição (a dois anos da aposentadoria pelas regras atuais) poderá aposentar-se pelo fator previdenciário se contribuir mais um ano, totalizando três anos de contribuição.
Servidores públicos federais
Regra geral

Idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, com tempo mínimo de contribuição de 25 anos para ambos os sexos, 10 anos de serviço público e cinco anos no cargo.
Regra de transição
Sistema de pontuação

Variação da regra 86/96 para que os servidores que ingressaram até 31 de dezembro de 2003 recebam aposentadoria integral – último salário da ativa. Servidores com 35 anos de contribuição (homem), 30 anos de contribuição (mulher), 20 anos de serviço público e cinco anos no cargo obedecerão a uma pontuação formada pela soma da idade e do tempo de contribuição.

Tabela começa em 86 pontos (mulher) e 96 pontos (homem) em 2019, subindo um ponto por ano até atingir 105 pontos (homem) em 2028 e 100 pontos (mulher) em 2033. Servidoras terão transição mais suave que homens. Só pode entrar na regra homens com 61 anos de 2019 a 2021 e 62 anos a partir de 2022 e mulheres com 56 anos de 2019 a 2021 e 57 anos a partir de 2022.
Trabalhadores do INSS e servidores federais
Regra de transição
Pedágio de 100%

Inserida pela Câmara dos Deputados e aprovada pelo Senado, estabelece que o trabalhador poderá optar pela aposentadoria abaixo da idade mínima se cumprir pedágio de 100% sobre o tempo que falta pelas regras atuais. Vantajosa para trabalhadores a poucos anos de se aposentarem, principalmente servidores públicos federais que ingressaram até 31 de dezembro de 2003, que não tinham nenhum pedágio na proposta original do governo e poderão usar a regra para receber a aposentadoria integral.

Exemplos: servidora com 29 anos de contribuição (a um ano da aposentadoria pelas regras atuais) poderá aposentar-se com o último salário da ativa se contribuir mais dois anos, totalizando três anos de contribuição; homem com 33 anos de contribuição (a dois anos da aposentadoria pelas regras atuais) poderá aposentar-se pelo fator previdenciário se contribuir mais dois anos, totalizando quatro anos de contribuição.

Professores: Câmara dos Deputados diminuiu idade mínima para 55 anos (homens) e 52 anos (mulheres) para quem cumprir o pedágio de 100%, com aprovação pelo Senado. Essa nova regra, na prática, torna ineficazes as demais regras de transição para os professores. Benefício vale para professores federais, da iniciativa privada e dos municípios sem regime próprio de Previdência. Professores de estados e municípios com regime próprio não foram incluídos na reforma.

Policiais e agentes de segurança que servem à União: Câmara dos Deputados diminuiu idade mínima para 53 anos (homens) e 52 anos (mulheres) para o agente ou policial que cumprir o pedágio de 100%, com aprovação pelo Senado. Benefício vale para policiais federais, policiais rodoviários federais, policiais legislativos, agentes penitenciários federais e policiais civis do Distrito Federal, entre outros.

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Brasília

Timor-Leste é o país da Ásia com mais problemas de nutrição e fome

Imagem: Divulgação
Timor-Leste é o pior país da Ásia e o oitavo do planeta com mais problemas de nutrição e fome, segundo a edição de 2019 do Índice Global de Fome.

Sem contabilizar vários países, por não haver dados suficientes, o Índice Global de Fome (GHI, na sigla inglesa) dá ao Timor-Leste um valor de 34,5, o que coloca o país no grupo de nações em "situação séria", o terceiro grau mais elevado do ranking.

Apesar da tendência de melhoria que se verifica desde 2005, quando o país tinha um valor de 42,3, que o colocava entre os países em "situação alarmante" - segundo pior grau do ranking -, o estudo mostra ligeiro agravamento nos últimos anos.

Em 2016, entre os países da Ásia, o mesmo relatório colocava o Afeganistão numa situação pior do que o Timor-Leste.

O índice, preparado pelo International Food Policy Research Institute (Instituto Internacional de Investigação de Políticas de Alimentação), mostra melhorias no Timor-Leste em todos os indicadores.

A mortalidade infantil, por exemplo, caiu este ano para 4,8, muito abaixo dos 8,2 de 2000, com o percentual de pessoas consideradas subnutridas caindo de 40,4 para 24,9 no mesmo período.

O estudo "apresenta uma medida multidimensional nacional, regional e global da fome no mundo", com foco "em como o planeta pode chegar ao objetivo de Fome Zero em 2030", de acordo com os autores.

Em termos globais, o nível de fome no Timor-Leste só é ultrapassado pelo Haiti (34,7), a Libéria (34,9), Zâmbia (38,1), Madagáscar (41,5), Chade (44,2), o Iemen (44,9) e a República Centro-Africana (53,6).

Por RTP* Lisboa
Unlabelled

Ofertas da Semana de O Varejão Supermercados


A PROMOÇÃO DA SEMANA do Varejão ta bom demais 👍🏻 preço lá em baixo! 👌🏼

Vem conferir

CARNE MÚSCULO

12.99 KG 

MANTEIGA SOL

9.99 500G

Confira os outros itens no nosso Encarte 

Ofertas de 28 a 31 de Outubro

'Tratar da eleição de 2022 agora é suicídio coletivo', diz Rodrigo Maia

Nos bastidores, porém, o deputado se movimenta para organizar a centro-direita em torno de uma agenda liberal e conversa com vários outros prováveis concorrentes ao Planalto
@DR
Chamado no Congresso de "primeiro ministro" e com o nome no jogo de 2022, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou "mais responsabilidade" dos pré-candidatos à sucessão do presidente Jair Bolsonaro e disse que ninguém sobreviverá a três anos de campanha. "Não está na hora de tratar de eleição. Isso é um suicídio coletivo", afirmou Maia ao Estado. Nos bastidores, porém, o deputado se movimenta para organizar a centro-direita em torno de uma agenda liberal e conversa com vários outros prováveis concorrentes ao Planalto, como o apresentador de TV Luciano Huck e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

A crise no PSL, partido do presidente, pode atrapalhar as votações no Congresso?

Não porque briga política acontece em todos os partidos. Agora, os deputados do PSL foram eleitos com uma agenda de modernização do Estado e ninguém vai votar contra o eleitor. Suicídio na política eu nunca vi.

A reforma da Previdência foi aprovada após oito meses de tramitação. O que vem pela frente?

O resultado da Previdência marca um novo tempo na política. A gente pode pensar em soluções para reduzir a pobreza, a desigualdade, a qualidade do ensino, da segurança pública. Então, quando a gente fala na reforma administrativa como segundo item (da pauta), já vem na cabeça de muitos: "Vai cortar salário". E não é isso.

É possível votar uma reforma administrativa em ano eleitoral?

Não vejo problema nenhum. O eleitor que vai votar em 2020, 2022 está contra esse Estado, que cobra muito, serve pouco e ainda tira dele. Essa é a verdade. Não podemos esquecer que o salário do servidor público federal, na média, é o dobro do setor privado.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), disse que a reforma tributária ficará para 2020...

Se ele fala pelo governo, não fala por todo o Senado. A gente é tão duro na Previdência e quer ser generoso na tributária? Não é possível que a gente, vendo o que está acontecendo no Chile, ache que a reforma tributária não seja urgente. Não é economizando R$ 800 bilhões em dez anos (na Previdência) que vamos ativar a economia. A reforma tributária estimula o investimento e é a mais importante para garantir o crescimento sustentável.

O Brasil pode enfrentar os mesmos protestos do Chile?

Nós precisamos ter uma agenda que destrave a economia. O nosso tempo não é tão longo. Não dá para dizer "Ah, não vou enfrentar o auditor fiscal nem o servidor do Congresso, do Judiciário, do Ministério Público." Foi assim que a gente foi fazendo e deixou para brigar depois. Nós pioramos a situação do Estado brasileiro. Então, está na hora de enfrentar. Esse é o caminho para que o eleitor amanhã não coloque nas ruas os problemas e frustrações de hoje.

Uma reforma ministerial é necessária para melhorar a articulação política do governo?

Essa preocupação em construir um governo de coalizão eu tive até abril, quando vi que o presidente não tinha interesse. Estou convencido de que, para o Parlamento, tem sido muito melhor assim do que com um governo de coalizão.

Por que?

Governo de coalizão reduzia a nossa importância. Veja que hoje a nossa preocupação em não entrar em pautas-bomba é muito maior do que foi no passado. Se estamos reduzindo despesas de um lado, fica estranho votar projetos que aumentem gastos de outro.

Mas o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás e agora quer uma aliança com os partidos. Ele cedeu à chamada "velha política"?

Quando converso com o presidente, eu não trato desses assuntos. No início do governo eu tratei e não foi bom. Eu trato da pauta. Procurar partidos para conversar não significa voltar atrás. O diálogo é fundamental.

O sr. já teve vários atritos com Bolsonaro. Passados quase dez meses de governo, entende melhor a cabeça dele?

A gente está tendo um bom diálogo, transparente, aberto. O tema das armas, por exemplo, eu sou contra, mas vou pautar. Não sei qual a maioria que o governo tem para as armas, mas vou cumprir minha palavra.

E o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro?

Será votado neste ano. Em mais uma ou duas semanas estará pronto para ir ao plenário.

Bolsonaro disse ao Estado que pediu para o sr. pôr em votação um projeto de transformar Angra em Cancún. O que o sr. acha ?

Não é um projeto simples. Tem um impacto muito grande no meio ambiente. É preciso tomar um certo cuidado, no atual momento, com esses temas. Isso tem, inclusive, prejudicado o Brasil na tramitação do acordo Mercosul-União Europeia.

E agora ainda há o derramamento de óleo no Nordeste...

Temos de cobrar do governo a estrutura necessária para que tragédias como essa sejam evitadas. E pensar no que pode ser feito no curto prazo pelo Parlamento para reduzir o dano de famílias que vivem do turismo.

O sr. tem conversado muito com o apresentador de TV Luciano Huck. Pode sair daí um acordo para a eleição de 2022?

Converso com o Luciano Huck, com o Doria (João Doria, governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB) e com todo mundo. Não está na hora de tratar de eleição. Isso é um suicídio coletivo. Nós estamos com a desigualdade social e a pobreza aumentando e preocupados com eleição?

O que o sr. acha de uma possível fusão do DEM com o PSL?

Eu acho que o PSL tem de resolver o seu problema primeiro. Nós temos bons candidatos a governador, poderia ser uma sinergia daqui a dois, três anos. Você tem um partido (PSL) que não possui estrutura política, mas tem tempo de TV e como bancar as campanhas. Mas ninguém faria uma fusão com o PSL atropelando o presidente da República.

Só que as pessoas têm pretensões políticas...

Pretensão política é uma coisa, mas ficar dizendo "Ah, não aprovo as coisas do Bolsonaro porque ele pode ser candidato à reeleição" não dá. Se a desigualdade no Brasil estiver menor, ótimo que ele seja reeleito. Espero que o motivo de uma eventual reeleição dele seja o de que o Brasil mudou, e não a polarização com o PT, ele contra Lula. Que seja ele, que seja o Luciano, que seja qualquer um. Desculpe, mas com todo respeito a todo mundo que já está pensando em 2022, vamos colocar responsabilidade na nossa agenda.

Mas foi o próprio presidente que se lançou à reeleição...

Ele já entendeu que não está na hora de política eleitoral. Não é bom para ninguém. Quem começar agora não vai chegar ao final. Não há ser humano que sobreviva a três anos de campanha.

O sr. mencionou o ex-presidente Lula, que está inelegível. Acha que a condenação será derrubada e ele poderá ser candidato?

Acho difícil ele ficar elegível.

E em 2022 o sr. será candidato a presidente?

É tão difícil você avaliar quem vai ter condição de ser candidato a presidente. Agora, se você me perguntar se eu pretendo ser candidato a governador do Rio, eu respondo: "Não".

Então, por exclusão...

Gosto de ser deputado (risos).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bolsonaro volta a defender estabilidade de servidores como prioridade

O presidente também indicou mais uma vez que não pensa em incluir estados e municípios na reforma em um primeiro momento
@DR
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender que a Reforma Administrativa deve ser a prioridade do governo no Congresso após a aprovação da reforma previdenciária. Ele reafirmou que quer mudar as regras de contratação dos novos servidores públicos, mas garantiu que não vai alterar as garantias de estabilidade dos atuais funcionários. Como revelou o Estado, o governo estuda ampliar o estágio probatório para dez anos. 

"Conversamos com o (presidente da Câmara) Rodrigo Maia (DEM-RJ), com o (presidente do Senado) Davi Alcolumbre (DEM-AP). Acredito que a reforma administrativa seja a melhor para o momento. Existe proposta já adiantada na Câmara", disse o presidente a jornalistas.

Bolsonaro também indicou mais uma vez que não pensa em incluir estados e municípios na reforma em um primeiro momento, mas que após a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) quer "mudar essa forma de relação de prefeituras e estados, que exageram no número de servidores". "O fim da estabilidade seria para os novos servidores. Não queremos criar um trauma para os atuais servidores. Grande parte exerce um trabalho muito bom", reforçou.

Na China, o presidente já havia defendido a reforma administrativa como prioridade e assegurado que não vai mexer nas regras dos atuais funcionários.

"A reforma administrativa está bastante avançada. Não haverá quebra de estabilidade para os atuais servidores, quem entrar a partir da promulgação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) aí pode não haver estabilidade", disse na ocasião.

"As pessoas falam tanto dos militares. Um aspirante começa ganhando em torno de R$ 6,5 mil brutos e ao longo da carreira vai havendo progressão. O que a equipe está estudando é acabar com indexações nessa área", declarou. "Ninguém vai desindexar o salário mínimo. Todo ano ele vai ter no mínimo a inflação", acrescentou.

Por: Estadão

Destaques