Festa junina no Rio termina com um morto e cinco baleados: "Foi a pior cena que eu vivi na minha vida"

Herus Guimarães Mendes, de 24 anos, foi atingido durante tiroteio no Morro Santo Amaro, na zona sul do Rio.
    Uma festa junina terminou com um morto e cinco baleados, na zona sul do Rio.

Quadrilhas convidadas já tinham se apresentado e a anfitriã da noite se preparava para desfilar. Todos se divertiam, até a brincadeira ser interrompida por tiros.

Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o Bope, entraram no Morro Santo Amaro, na zona sul do Rio, de madrugada. Segundo a PM, bandidos armados circulavam no morro para se defender de um suposto ataque de criminosos rivais.

A polícia diz que foi atacada e revidou. As armas dos PMs foram recolhidas. A corregedoria vai analisar as imagens das câmeras corporais.

O office boy Heitor Guimarães Mendes, de 24 anos, foi atingido por dois tiros.

"Do nada, a polícia chegou, teve uma troca de tiros e, infelizmente, eu tô aqui com a notícia que meu filho não sobreviveu", lamentou Fernando Guimarães, pai de Herys.

Outras cinco pessoas baleadas foram levadas para um hospital no centro do Rio de Janeiro (RJ), uma delas em estado grave. Neste sábado (7), um adolescente de 16 anos, que tinha acabado de danças quadrilha quando foi atingido, recebeu alta.

Emanuel da Silva Félix levou um tiro nas costas. Saiu com a bala ainda alojada, por decisão médica.

"Pra mim, foi uma cena de filme ver os caras na minha frente passando, ver o impacto nas minhas costas", comentou.

"As crianças sendo pisoteadas pelas pessoas desesperadas, sem saber o que fazer, muita gente. Pra mim, com 47 anos de idade, foi a pior cena que eu vivi na minha vida", relatou Cristiano Pereira, presidente do grupo junino Balão Dourado.
G1

Jovem de 19 anos é executado a tiros dentro de barbearia em Teixeira de Freitas

Teixeira de Freitas: Um jovem de 19 anos, identificado como Cristian Santana Oliveira, foi brutalmente executado a tiros na tarde deste sábado, 7 de junho de 2025. O crime ocorreu por volta das 16h, no interior de uma barbearia situada na Avenida Padre Anchieta, no bairro Liberdade II, em Teixeira de Freitas.

Cristian foi alvejado por diversos disparos de pistola calibre .40 e não resistiu aos ferimentos, morrendo no local. O corpo foi encontrado escorado em uma cadeira de madeira, com múltiplas perfurações. No estabelecimento, a perícia localizou quatro cápsulas deflagradas.

Equipes da Polícia Civil, do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e da Polícia Militar estiveram no local para os levantamentos iniciais. A área foi isolada para preservar a cena do crime. O corpo da vítima foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Teixeira de Freitas, onde será submetido a exame necroscópico.

As circunstâncias do crime, incluindo a motivação e a autoria, são desconhecidas. As investigações ficarão a cargo do Núcleo de Homicídios da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews

Ex-presidiário é morto a tiros no Distrito de Juerana; Polícia investiga motivação

Caravelas: Tiago da Cruz Miranda, de 28 anos, natural de São João de Meriti (RJ), foi brutalmente assassinado a tiros na manhã deste sábado, 7 de junho, no distrito de Juerana, em Caravelas. O crime aconteceu por volta das 11h20, na Rua Bahia e Minas, em via pública.

Segundo informações iniciais, Tiago foi surpreendido por indivíduos armados que estavam em uma motocicleta. Os agressores efetuaram diversos disparos de arma de fogo, atingindo a vítima principalmente na cabeça, peito e costas. Tiago morreu no local. No perímetro do crime, foram encontradas cápsulas deflagradas de pistola calibre .380.

A Polícia Militar isolou a área até a chegada do Departamento de Polícia Técnica (DPT), que removeu o corpo. O cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Teixeira de Freitas para exame necroscópico.

Informações preliminares indicam que a vítima já havia sido presa anteriormente por tráfico de drogas e tentativa de homicídio, e que ele já havia relatado sofrer ameaças de morte.

O caso foi registrado no plantão da 1ª Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas e será encaminhado à Delegacia Territorial de Caravelas, que dará continuidade às investigações para apurar a motivação e a autoria do homicídio.

Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews

PF, PC e PMPR apreendem embarcações e mais de meia tonelada de drogas no lago de Itaipu

Ação integrada resultou na apreensão de 655 kg de maconha e duas embarcações em Santa Helena/PR
Foz do Iguaçu/PR. Em operação conjunta realizada na manhã desta sexta-feira (6/6), a Polícia Federal, a Polícia Civil e a Polícia Militar do Paraná apreenderam duas embarcações e cerca de 655 kg de maconha no lago de Itaipu, na área rural de Santa Helena/PR.
Durante patrulhamento, uma equipe policial embarcada identificou barcos realizando travessia irregular para o lado brasileiro, com indícios de transporte de ilícitos. Equipes terrestres foram acionadas e, após varredura na mata, localizaram os fardos de maconha na região de Subsede, distrito de Santa Helena.

As embarcações, encontradas abandonadas em outro ponto do lago, foram retidas e, juntamente com a droga, encaminhadas à Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu para os procedimentos legais.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR

Empresários elevam pressão sobre governo Lula com críticas de Wesley Batista e André Esteves

O empresariado avançou em uma ofensiva contra o apetite arrecadatório do governo Lula neste sábado (7) durante um evento organizado pelo grupo Esfera, de João Camargo, em Guarujá.

O alvo da reação é o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que o governo anunciou no mês passado, medida que gerou indignação e reacendeu as cobranças pelo controle de gastos públicos.

Nomes de peso do PIB, como André Esteves (BTG), Milton Maluhy (Itaú) e Wesley Batista (J&F), desceram para o litoral paulista levando declarações fortes em defesa da disciplina fiscal, que foram pronunciadas no palco ao lado do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, outro crítico do uso do IOF com objetivo arrecadatório.

“Está todo mundo angustiado com isso [problema fiscal], e tem coisas que são meio óbvias. Estamos no all time high [máximo] de programas de transferência de renda, os quais eu sempre defendi. Mas na hora em que estamos no menor desemprego da história, e demanda por mão de obra, parece claro que, de maneira ordenada e com processo educacional, temos de jogar trabalhadores de volta para dentro do mercado de trabalho formal”, disse Esteves.

De acordo com o banqueiro, está sendo criada uma consciência ampla na sociedade de que não há mais espaço para expandir gastos.

“Compara o Brasil com o resto dos países: crescimento do gasto, do déficit nominal está muito alto, muito fora. E quem está achando que gasto é vida, não é verdade. Gasto excessivo é morte”, disse Esteves.

Maluhy abriu sua fala dizendo que a trajetória da dívida é uma preocupação constante no olhar dos investidores.

“Fizemos nossa conferência em Nova York, falando com mais de 600 investidores, 140 empresas listadas, e essa era a tônica de todas as conversas. O ajuste fiscal é necessário e precisa ter coragem para enfrentar. Precisa tirar o engessamento do Orçamento. Precisamos debater medidas estruturantes, que levem o país para uma agenda de mais produtividade, crescimento e estabilidade”, afirmou o presidente do Itaú.

Com um discurso na mesma linha, Wesley Batista pediu engajamento pela causa e também disse que está vendo nascer na sociedade e no meio político um consenso de que o ajuste das contas públicas via receita chegou no limite e é preciso cortar gastos.

“Chegou a hora. Nós temos um encontro com essa conta. Não dá mais. Na receita você não vai fazer o ajuste fiscal. Temos que ser realistas. A renúncia ficou gigantesca. Teve muita coisa que não trouxe o benefício esperado”, afirmou.

O que ele sugere: revisão de renúncias fiscais e gastos nas áreas social, além da reforma administrativa.

“O Brasil precisa apoiar programas sociais e tal, mas faz sentido revê-los. Rever o tamanho, as transições. Você não tem gente nem para trabalhar”, disse o empresário.

Na plateia estavam nomes como Eugênio Mattar (Localiza), Edgard Corona (Smart Fit), Ernesto Pousada (Vibra Energia), Frederico Trajano (Magalu), Cristiano Pinto da Costa (Shell) e José Seripieri Junior (Amil) e Rafael Furlanetti (XP).

Para reforçar o engajamento e o tal consenso que os empresários dizem ver em formação pela defesa do ajuste das contas, o anfitrião João Camargo lançou um QR Code no telão, que levava a um vídeo sobre o assunto. Ele pediu para a plateia copiar o código e divulgar o vídeo nas redes sociais.

O tema repercutiu entre as principais pautas no corredor do evento, onde representantes de entidades empresariais trocavam suas expectativas para a reunião da equipe econômica com parlamentares neste domingo (8).

Já o alinhamento com o Congresso ficou por conta do discurso do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que deu sua contribuição dizendo que “estamos presos a um modelo de Estado que gasta muito, entrega pouco e cobra cada vez mais de quem produz”.
Joana Cunha/Folhapress

Confira os resultados do Campeonato Master e Adulto da AABB

 

Equipe do Super Pão

A bola rolou no meio de semana pela tradicional competição da AABB, movimentando as categorias Master e Adulto com jogos disputados e bastante equilibrados. No confronto válido pela categoria Master, Super Pão e Escudo protagonizaram um duelo equilibrado que terminou empatado em 2 a 2. Com o resultado, ambas as equipes somam agora dois pontos na tabela de classificação. O jogo foi marcado por boas chances dos dois lados e alternância no placar, refletindo o bom nível técnico das equipes veteranas da competição.

Categoria Adulto

Time da Lázaro Auto Peças

Pela categoria Adulto, o destaque ficou por conta da estreia da equipe Lázaro Auto Peças, que venceu a Farmácia Pague Pouco por 2 a 1 em um confronto movimentado. Mesmo sendo o primeiro jogo das duas equipes na competição, o duelo mostrou intensidade do início ao fim. A Lázaro Auto Peças soube aproveitar melhor as oportunidades criadas e garantiu os primeiros três pontos na tabela. (GIRO/Romário Henderson)

Lula fica hospedado em hotel de Nice com diárias de até R$ 35 mil

 O presidente Lula (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, Janja, desembarcam em Nice, no sul da França, neste sábado (7)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou neste sábado (7) a Nice, no sul da França, onde realiza uma visita de Estado. O hotel em que o brasileiro ficará hospedado, o luxuoso Le Negresco, foi cercado por agentes de segurança.

A imprensa também está com acesso restrito ao local. Fundado em 1913, o hotel tem diárias que começam em R$ 6.700 e podem chegar até R$ 35,7 mil. Segundo sites de viagem, a suíte mais cara tem terraço com vista para o mar e é decorada com obras francesas do século 18 e porcelana de Sèvres.

O presidente que viaja ao lado da primeira-dama Rosângela da Silva, Janja, e de uma comitiva de ministros e parlamentares, desembarcou no país europeu na última quarta (4), em Paris.

Na capital francesa ele ficou hospedado no hotel Intercontinental Le Grand, vizinho da Ópera de Paris. Ele participou de uma série de agendas, incluindo uma cerimônia em sua homenagem na Academia Francesa e um jantar de Estado oferecido pelo seu homólogo francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, que reuniu autoridades e personalidades dos dois países.

Lula também recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Paris 8 e inaugurou duas exposições de arte brasileira no Grand Palais, pavilhão de exposições histórico no centro de Paris. Até a Torre Eiffel foi iluminada com as cores da bandeira brasileira.

Lula estará até segunda-feira (9) na França. A agenda dele incluirá ainda reuniões bilaterais e uma ida ao Fórum de Economia e Finanças Azuis, em Mônaco, no domingo (8). No mesmo dia ele retornará a Nice para participar da Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano na segunda.

Antes de retornar ao Brasil, no mesmo dia 9, Lula ainda visitará em Lyon a sede da Interpol, organização internacional de polícias. O secretário-geral da Interpol é o delegado da Polícia Federal brasileira Valdecy Urquiza, eleito no ano passado com apoio do governo brasileiro.

Em dois anos e meio de mandato, Lula visitou um total de 34 países. O número supera o de seus últimos antecessores, mas ainda é abaixo de período semelhante do primeiro mandato, quando ele passou por 45 nações.

Nas viagens ao exterior, o presidente tem buscado enfatizar o resultado comercial trazido por sua presença pessoal, como ocorreu na China, no mês passado. Neste sábado, Lula voltou a defender o seu papel como promotor de atração de investimentos no Brasil.

Como prova disso, apontou os investimentos de R$ 100 bilhões nos próximos cinco anos, anunciados na véspera por um grupo de 15 empresas francesas. A cifra foi divulgada no encerramento do Fórum Econômico Brasil-França, em Paris.

“Eu não sei quanto eu estou gastando, mas eu sei quanto estou levando de volta para o Brasil”, disse Lula ao comentar as críticas com os custos da comitiva brasileira na Europa. “O Brasil precisa deixar de ser pequeno. Os nossos embaixadores pelo mundo precisam pensar grande”.

Folhapress

Ponte Salvador-Itaparica enfrenta pressão por custos e impacto em comunidades

 Ilustração do projeto da ponte Salvador-Itaparica; expectativa inicial é de fluxo de 28 mil veículos

Nas ruas enlameadas da comunidade do Barro Branco, em Itaparica, tratores derrubam árvores, abrem vias e cavam o solo dos morros para aterrar mangues. Lotes de terra são cercados, fechando caminhos e isolando áreas verdes consideradas sagrados nos cultos aos orixás e eguns.

A megaponte de 12,4 quilômetros entre Salvador e a ilha de Itaparica ainda não começou a ser construída, mas já deixa rastros na região insular que abriga as cidades de Vera Cruz e Itaparica.

O projeto enfrenta pressões e controvérsias após uma revisão do orçamento que ampliou os aportes recursos públicos, inquéritos que apuram os impactos da obra e estudos que apontam os impactos sobre comunidades tradicionais.

Um novo acordo para execução da obra foi assinado na última quarta-feira (4) entre o governo Jerônimo Rodrigues (PT) e o consórcio de empresas chinesas, que terá 12 meses para iniciar a obra. O cronograma de execução é de seis anos.

Com estimativa de fluxo de 28 mil veículos por dia e duas praças de pedágio, a ponte promete diminuir distâncias entre Salvador e o interior, criando uma nova rota de saída da capital. Levando em conta apenas o trecho acima da água, será a maior ponte da América Latina.

A construção da ponte foi concebida em 2009 na gestão Jaques Wagner (PT), mas foi licitada somente dez anos depois. O contrato com o as empresas chinesas foi assinado em 2020, no governo Rui Costa (PT), mas não foram iniciadas as obras civis.

Mediado pelo Tribunal de Contas do Estado, um novo acordo foi firmado entre o consórcio e o governo baiano, reajustando o orçamento da obra de R$ 6,3 bilhões para R$ 10,4 bilhões. Deste total, R$ 5 bilhões virão do governo em um modelo de parceria público-privada.

O governo ainda pagará contraprestações anuais de R$ 371 milhões nos primeiros 10 anos de operação da ponte e R$ 170 milhões nos 19 anos seguintes. Assim, o gasto público com o projeto será de ao menos R$ 12 bilhões, quatro vezes mais que o previsto inicialmente.

O consórcio formado pela CCCC (China Communications Construction) e CCECC (China Civil Engineering Construction Corporation) pediu a revisão do contrato alegando encarecimento dos insumos após a pandemia da Covid-19.

Em reunião com o governador há duas semanas, as empresas cobraram agilidade na concessão de vistos, crédito e margem para uma nova revisão do orçamento – foram encontradas rochas maleáveis que podem encarecer o projeto. O consórcio disse que o novo contrato será assinado após o aval do governo da China.

Mesmo sem o início das obras, o projeto preocupa ambientalistas e moradores das comunidades de Itaparica. O sistema viário deve impactar ao menos 114 áreas sensíveis para comunidades tradicionais, incluindo locais de pesca e mariscagem, trilhas para manguezais e fontes de água doce.

O panorama consta no mapa êmico, estudo que avalia os impactos da obra sobre o modo de vida das comunidades e foi condicionante para renovação da licença prévia pela concessionária.

No povoado Barro Branco, a pressão imobiliária avança sobre áreas verdes que historicamente são utilizadas por 16 terreiros. Nas religiões de matriz africana, as matas são consideradas sagradas e usadas para colocar oferendas, realizar preceitos e coletar folhas.

Poucos quilômetros adiante, na comunidade do Mocambo, fontes de água foram aterradas e construções avançam sobre um manguezal rico em caranguejos, lambretas e aratus. No Parque das Mangueiras, moradores temem as consequências do canteiro de obras erguido na região.

O Ilê Tuntun Olukotun, tombado como Patrimônio Cultural Material da Bahia, foi alvo de ataques em 2021. Fundado em 1850, o terreiro é conhecido pelo culto a Baba Egum. A região de Itaparica é a única onde esse tipo de culto sobrevive na diáspora negra.

Membros do Movimento pela Defesa do Território Sagrado da Ilha de Itaparica dizem que o projeto da ponte impulsionou a pressão imobiliária e afirmam que não houve consulta prévia à comunidade.

O sistema viário também prevê a construção de uma nova via expressa que vai cruzar o território da ilha. Ao menos 124 terreiros estão no entorno das vias, e dois serão diretamente impactados pelas obras.

O projeto de ponte é objeto de três inquéritos – dois do Ministério Público Federal e um do Ministério Público do Estado da Bahia– que avaliam impactos ao meio ambiente e às comunidades tradicionais.

Há preocupações com o impacto ambiental na baía de Todos-os-Santos, a ameaça a biomas sensíveis, além das repercussões na ilha, que já possui deficiências no acesso à água, saneamento e manejo de resíduos sólidos.

“O impacto urbanístico é muito forte. Quando você abre uma estrada, há um efeito espinha, com ocupações do entorno”, avalia a promotora Cristina Seixas, titular da Promotoria de Meio Ambiente.

A concessionária Ponte Salvador-Itaparica diz que o projeto será executado com respeito aos direitos coletivos e ao desenvolvimento sustentável.

Ao todo, estão previstos 40 programas socioambientais orçados em R$ 250 milhões, incluindo ações de incentivo ao empreendedorismo, capacitação de mão de obra e preservação da cultura. As medidas de monitoramento, mitigação e compensação serão feitas de forma contínua, informou.

O governo da Bahia informou que pretende ampliar as precauções para mitigação e compensação na fase de licença de instalação do projeto, com consulta às comunidades. Caberá à concessionária garantir, os acessos aos pontos de mariscagem, de pesca e as áreas de deslocamento entre as comunidades.

Sobre os inquéritos do Ministério Público, o governo afirma que não houve violações ao direito de consulta às comunidades e que segue integralmente o que estabelece a legislação brasileira e a convenção da Organização Internacional do Trabalho, da qual o Brasil é signatário.

Em relação ao aumento de aportes públicos no projeto, o governo disse que o projeto foi severamente afetado pelos efeitos da pandemia, com o aumento do preço dos insumos.

João Pedro Pitombo/Folhapress

Ipiaú: Suspeito por tráfico de drogas é detido por policiais militares na Rua do sapo

Por volta das 12h, durante rondas na Avenida Getúlio Vargas, nas proximidades da Polymar, uma guarnição da ROTAM avistou um indivíduo que, ao notar a presença policial, tentou fugir, subindo na calçada e atravessando a rua. Durante a fuga, ele foi flagrado dispensando materiais suspeitos no chão. O suspeito de 20 anos de idade, foi abordado e, com ele, foram encontrados R$ 800,00 em espécie, um relógio e um aparelho celular. No local onde o material foi dispensado, foram localizadas porções fracionadas de maconha e cocaína. Já havia diversas denúncias anteriores contra o indivíduo por envolvimento com o tráfico de drogas.

O suspeito e o material apreendido foram encaminhados à 9ª COORPIN para as medidas cabíveis.

Material Apreendido:

  • 7 buchas de maconha
  • 3 porções de cocaína
  • R$ 800,00 em espécie
  • 1 aparelho celular
  • 1 corrente prateada com pingente
  • 1 pulseira prateada
  • 2 relógios

Saiba qual é a cidade mais católica e a mais evangélica da Bahia

               Número de evangélicos cresce no estado, mas católicos ainda são maioria

Depois de 12 anos, o mapa de distribuição das religiões no país voltou a ser atualizado. Dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (6), mostram que o número de evangélicos cresceu 42,7% na Bahia, enquanto que o catolicismo reduziu em 9,4% o número de fiéis. Mas você imagina quais são as cidades com a maior presença de cada uma das religiões? Conheça abaixo.

Religião católica 

Localizada a 710 quilômetros de distância de Salvador, a cidade de Tanque Novo, no centro sul baiano, é a mais católica do estado. Por lá, nove a cada 10 moradores se dizem católicos, segundo o Censo 2022. A proporção é a maior entre todos os municípios da Bahia e atinge a marca de 93,8%. A cidade possui 17,1 mil habitantes e foi fundada na década de 1950, a partir da abertura de um tanque pela família Alves Carneiro.

Tanque novo é vizinho de Botuporã, a segunda cidade mais católica da Bahia. Por lá, a proporção também é de 93,8%, segundo o IBGE. Dom Basílio, no centro sul, aparece em terceiro lugar, com 93,2% da população católica. Apesar das proporções significativas, os municípios não aparecem na lista dos mais católicos do Brasil.  

Conforme o IBGE, há 20 cidades brasileiras em que o percentual de seguidores da Igreja Católica ultrapassa os 95% da população. Destas, 14 estão no Rio Grande do Sul. A mais católica do país é Montauri (RS), que tem 98,3% da população formada por católicos. Por outro lado, na Bahia, os municípios com as menores proporções de católicos são Simões Filho (29%), Catu (32,2%) e Dias D’Ávila (32,2%). 

Religião evangélica
Os evangélicos representam 23,3% da população baiana - a porcentagem é inferior à nacional, que é de 26,9%. Ainda sim, o crescimento é significativo. As igrejas evangélicas possuem 2,8 milhões de fiéis baianos, um aumento de mais de 40% em 12 anos. De acordo com o Censo, Mucuri, no centro sul, tem a maior proporção de evangélicos da Bahia. Na cidade, 38,6% dos moradores se consideram evangélicos. A cidade tem 37 mil habitantes e é a mais antiga cidade independente da região administrativa do extremo sul do estado. Em seguida, no ranking de municípios baianos mais evangélicos estão Simões Filho, Nova Ibiá, Itapetinga e Nova Viçosa, cada um deles com 37,4% da população de 10 anos ou mais evangélica. 

O município de Arroio do Padre (RS) desponta no ranking nacional como o reduto mais evangélico do Brasil, com praticamente 89% de seus 2,6 mil moradores praticantes da religião. Seis das dez cidades com maior população evangélica no país são do Rio Grande do Sul. 

Religiões de matriz africana
Entre 2010 e 2022, na Bahia, os adeptos de umbanda e candomblé triplicaram, saindo de 42,9 mil para 123,3 mil. 

Apesar disso, a proporção ainda é pequena: 1% de toda a população baiana. A presença de religiões de matriz africana é mais intensa em Itaparica, onde 6,3% dos moradores se dizem praticantes de umbanda ou candomblé. Em segu

Em seguida, aparecem cidades do Recôncavo, onde a cultura africana é intensa desde a época colonial: São Félix (3,7%), Cachoeira (3,6%) e Salinas da Margarida (3,6%). O Rio Grande do Sul aparece mais uma vez no todo dos estados brasileiros, dessa vez com a maior proporção de adeptos da umbanda e do candomblé. Os dados mostram que 3,2% da população gaúcha segue alguma religião de matriz africana. No Brasil, essa proporção é de 1% 

 Religião espírita

O número de pessoas declaradas espíritas, assim como ocorreu com os católicos, diminuiu na Bahia em 12 anos. A redução foi de 14,5%, e elas representam 1% de toda a população baiana. A cidade mais espírita do estado é Barra do Mendes, no centro norte, onde 4,5% dos moradores são adeptos ao espiritismo. Aparecem, em seguida, Palmeiras (3,4%) e Lauro de Freitas (2,9%). 

Salvador aparece na 5ª posição, com 2,4%. Em 54 cidades baianas não houve registro de espíritas. A cidade de Palmelo, em Goiás, tem a maior proporção de espíritas do Brasil, com 42,6%. O município tem 2,2 mil habitantes. Por Correio

A diretora administrativa, financeira e de gestão de pessoas da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), Sabrina Gabeto Soares, pediu demissão da estatal que comanda a TV Brasil, Agência Brasil e Rádio Nacional em uma carta com críticas aos cortes orçamentários na Secom (Secretaria de Comunicação Social que, segundo ela, se “agravarão diante das agendas presidenciais cada vez mais frequentes”....

Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/poder-governo/diretora-da-ebc-pede-demissao-e-critica-cortes-em-carta-a-sidonio/)
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A diretora administrativa, financeira e de gestão de pessoas da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), Sabrina Gabeto Soares, pediu demissão da estatal que comanda a TV Brasil, Agência Brasil e Rádio Nacional em uma carta com críticas aos cortes orçamentários na Secom (Secretaria de Comunicação Social que, segundo ela, se “agravarão diante das agendas presidenciais cada vez mais frequentes”. A carta é endereçada ao ministro da comunicação petista, Sidônio Palmeira. Ela diz que, desde a posse do marqueteiro baiano, se manteve esperançosa de que as coisas melhorariam no ministério, mas a empres...

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A diretora administrativa, financeira e de gestão de pessoas da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), Sabrina Gabeto Soares, pediu demissão da estatal que comanda a TV Brasil, Agência Brasil e Rádio Nacional em uma carta com críticas aos cortes orçamentários na Secom (Secretaria de Comunicação Social que, segundo ela, se “agravarão diante das agendas presidenciais cada vez mais frequentes”. A carta é endereçada ao ministro da comunicação petista, Sidônio Palmeira. Ela diz que, desde a posse do marqueteiro baiano, se manteve esperançosa de que as coisas melhorariam no ministério, mas a empres...

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Ferrovia Norte-Sul é alvo de centenas de invasões e interferências irregulares

A Ferrovia Norte-Sul, malha de trilhos que corta o país de cima a baixo, ligando Maranhão a São Paulo, tem sido alvo de centenas de invasões e interferências ao longo de seus 2.250 km de extensão, uma situação que pode vir a comprometer o tráfego dos trens e, no limite, levar a acidentes graves.

A reportagem teve acesso a um estudo de campo realizado entre janeiro e maio deste ano, com o objetivo de fazer um pente-fino nas chamadas “áreas remanescentes” da Norte-Sul. São espaços que foram desapropriados durante a implantação da ferrovia, mas que não foram ocupados pela via permanente. Muitos desses terrenos ficam dentro da chamada faixa de domínio, que considera um recorte de 80 metros em relação aos trilhos –sendo 40 metros de cada lado.

O levantamento contratado pela Infra S.A., estatal vinculada ao Ministério dos Transportes, revela um cenário grave de invasões ao longo da ferrovia que, ainda em 2023, teve parte de seu trecho inaugurado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que, atualmente, é toda operada por VLI e Rumo Logística, duas concessionárias privadas.

Nos 2.250 km de extensão, um total de 662 áreas foram vistoriadas, entre 16 de janeiro e 16 de maio de 2025. Foram identificadas invasões em 73 áreas remanescentes. As formas de invasão mais comuns são casas e outros tipos de edificações, cercas, plantações e criação de animais.

Dessas áreas com ocupação irregular, 44 resultaram em registros técnicos formais, por conterem melhor detalhamento documental, como registros fundiários e identificação de ocupantes. Ao categorizar essas invasões, o relatório classifica 31 delas como gravíssimas, 12 muito graves e 1 grave.

O documento também aponta 541 situações de interferências irregulares de todo tipo, como passagem de redes elétricas, abertura de vias vicinais e passagens ferroviárias sem autorização. Desse total, 57 foram enquadradas como situações gravíssimas. Outras 473 foram consideradas muito graves e 11, graves.

A distância das ocupações em relação à via férrea é um dos principais critérios considerados para definir a gravidade das invasões e interferências. Ou seja, a maioria das situações encontrada está muito próxima dos trilhos.

Os dados fazem parte de um estudo em andamento que pretende traçar um diagnóstico sobre desapropriação, gestão fundiária e necessidades de regularização de passivos ao longo da Norte-Sul.

Construída com recursos públicos, a ferrovia que funciona como a “espinha dorsal” do transporte sobre trilhos tem sua malha dividida em três partes. O “Tramo Norte”, de 720 km de extensão, entre Açailândia (MA) e Porto Nacional (TO), é administrado pela VLI. O “Tramo Central”, com seus 855 km entre Porto Nacional e Anápolis (GO), está sob o comando da Rumo. A concessionária também responde pelo “Tramo Sul”, de 682 km, entre Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela D’Oeste (SP).

Recentemente, o governo também retomou planos de licenciar e oferecer, em leilão, o trecho de 477 quilômetros de extensão entre Açailândia, no Maranhão, onde hoje acaba a ferrovia, até a cidade de Barcarena, no porto de Vila de Conde, litoral do Pará.

A reportagem questionou tanto o poder público quanto as concessionárias sobre a situação encontrada ao longo da ferrovia e as medidas que devem ser tomadas para coibir o problema. Em nota, a estatal Infra S.A. afirmou que ainda não recebeu o resultado completo do trabalho contratado, que deve ser concluído em 16 de junho.

“Após receber a documentação, que na data de hoje ainda se encontra em fase de elaboração, procederemos a análise do estudo em questão e avaliaremos as medidas administrativas e judiciais cabíveis”, afirmou.

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que regula o setor ferroviário, afirmou que “realiza rotineiramente a fiscalização do cumprimento das obrigações previstas contratualmente —entre elas, a preservação da integridade da faixa de domínio”.

A agência declarou que atua para assegurar que as concessionárias adotem todas as medidas cabíveis, inclusive judiciais, para prevenir e regularizar ocupações nesses espaços. “A agência ainda não teve acesso ao estudo contratado pela Infra S.A., mas informa que, ao tomar conhecimento do material, irá considerá-lo no exercício de suas competências legais e regulatórias, tratando os casos identificados diretamente com as concessionárias e com a própria Infra”, afirmou.

A Rumo disse que “monitora regularmente a faixa de domínio das ferrovias que administra, conforme previsto em contrato com o poder concedente, visando à segurança da operação ferroviária e da população”.

A VLI declarou que sua equipe de segurança patrimonial faz rondas preventivas periódicas ao longo de toda a faixa de domínio sob sua concessão, para objetivo de identificar possíveis focos de invasão e ocupações irregulares.

“A companhia informa que, tão logo são constatadas estas ocorrências, são realizadas a identificação do perímetro e a notificação extrajudicial dos indivíduos envolvidos, com a maioria dos casos sendo solucionada sem que haja a necessidade de acionar as autoridades. Para os demais casos, é realizada a ação de reintegração de posse”, afirmou.

A companhia declarou que também faz campanhas educativas junto às comunidades locais para orientar sobre as implicações que invasões dos terrenos próximos à faixa de domínio podem ter para a segurança e a integridade física das pessoas.

André Borges/Folhapress

Chefe da CGU diz a jornal que Rui Costa ‘sabia do problema’ no INSS


O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, afirmou que o governo foi alertado sobre as investigações envolvendo fraudes no INSS e que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, “sabia do problema”. A declaração, em entrevista ao jornal O Globo, rebate críticas feitas após a operação da CGU com a Polícia Federal se tornar uma nova frente de desgaste para o Palácio do Planalto. 

“Todo mundo sabia do problema e que a CGU estava fazendo auditoria. A informação de que as pessoas não sabiam não procede. O ministro Rui sabe disso”, afirmou Carvalho ao Globo. Segundo ele, os acordos de cooperação técnica com entidades investigadas foram assinados entre 2021 e 2022, durante o governo Bolsonaro, e os descontos indevidos estouraram em 2023.

O ministro também afirmou que seguiu a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser “intolerante com fraudes, desvios e corrupção” e criticou alternativas como “fingir que não vimos” ou adotar medidas paliativas. “A terceira possibilidade era investigar, punir e ressarcir os aposentados. Esta foi a medida tomada”, declarou.

Carvalho negou que a CGU tenha sido seletiva ao deixar de incluir entidades próximas ao governo, como a Conafer e a Contag, nos pedidos iniciais de bloqueio de recursos. “Não há seletividade. Todas as entidades que tiverem fraudado os descontos ou praticado algum ato de corrupção serão responsabilizadas”.

Ele também defendeu mudanças no sistema de descontos em folha para aposentados e pensionistas, sugerindo até sua interrupção. “A conclusão do relatório da CGU é que o mais viável seria interromper os descontos. Mas essa é uma decisão política, que envolve inclusive o Congresso Nacional”. Leandro Silveira/Estadão

Motta defende corte de gastos e fala em revisão de isenção fiscal em reforma administrativa

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu uma reorganização das contas públicas no evento Fórum Esfera 2025, promovido pela Esfera Brasil na cidade do Guarujá (SP), neste sábado (7).

Em discurso aos presentes, Motta citou uma agenda de corte de gastos e voltou a criticar a estratégia do governo federal de perseguir a meta fiscal pelo aumento da arrecadação.

A pauta, afirmou ele, “pode ser antipática para uma parcela da população”, mas não pode mais ser adiada, “porque o futuro do país está em jogo”.

“Estamos em uma encruzilhada e chegou a hora de escolher entre adiar o inevitável ou enfrentar o inadiável. Estamos presos a um modelo de Estado que gasta muito, entrega pouco e cobra cada vez mais de quem produz”, disse, acrescentando que a “máquina pública engorda enquanto o cidadão emagrece”.

As falas seguem a esteira da recente crise sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que será discutida em uma reunião marcada para este domingo junto ao Ministério da Fazenda e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

A ideia é que possam ser discutidas alternativas ao texto para evitar que os parlamentares aprovem um PDL (projeto de decreto legislativo) que suste os efeitos da norma do Executivo, impondo uma nova derrota ao governo federal. A ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) também deve participar do encontro.

Implementado no fim de abril, o aumento do IOF vem sendo alvo de críticas de setores empresariais e de parlamentares. Na Câmara, até mesmo partidos que integram a base aliada do governo indicaram que poderiam votar favorável ao PDL —foram protocolados mais de 20 projetos desse tipo que miram sustar o decreto do Executivo.

“O atual modelo de Estado virou uma espécie de grande costureira. A cada crise, é um novo remendo no cobertor. Só que esse fio está acabando. E se nada for feito, essa costureira morre e leva o país junto”, disse Motta no palco do Esfera.

A reunião também será um espaço, segundo Motta, de apresentação de medidas que podem compor uma reforma administrativa que será apresentada nos próximos 40 dias ao Congresso Nacional.

Entre as iniciativas, ele citou a revisão de isenções fiscais, que “chegam a um número não mais possível de suportar pelas contas do país”.

“É uma conta que só aumenta e que não tem absolutamente nada de acompanhamento sobre o que está sendo recebido em troca por um custo tão alto para nós, cidadãos pagadores de impostos. Há um sentimento na Câmara e no Senado de que a hora de um debate mais estruturante chegou, de que não é mais possível empurrar a sujeira para baixo do tapete”.

Ele ponderou que não se trata de um problema exclusivo do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tampouco herdado apenas pela gestão Jair Bolsonaro (PL). “Ele vem se acumulando ao longo dos governos e que agora nós temos a obrigação de encarar. A reforma administrativa não é contra o serviço público. O Estado precisa andar na velocidade da sociedade, e hoje ele atrasa, trava e custa mais do que entrega”, disse.

“É hora de abandonar a lógica da acomodação e abraçar a lógica da transformação. A história é feita de momentos em que as nações param e escolhem. Não entre esquerda ou direita, mas entre a ilusão e a responsabilidade”.

Motta vê a próxima terça-feira (10) como um dia possível para apresentação das medidas do PDL. “Vamos, amanhã, após a apresentação das medidas do governo, decidir sobre o PDL, que pode entrar na pauta na próxima terça-feira”, afirmou a jornalistas após o discurso no Esfera.

“Não é justo nós termos feito, eu e o presidente Davi [Alcolumbre, do Senado], uma conversa com a equipe econômica, com o presidente da República, e estabelecido esse prazo de dez dias para que o governo apresente essas alternativas e a gente possa aqui estar decidindo antes”.

A intenção, segundo o presidente da Câmara, é evitar “movimentos políticos bruscos” e dar espaço para que a saída seja por negociações com o Executivo.

Mas, segundo apurou a reportagem, a reunião deste domingo não deverá apresentar nenhum acordo definitivo. Lideranças do Congresso Nacional afirmaram que o encontro será apenas um pontapé inicial nas conversas, já que os parlamentares não querem apenas chancelar as medidas do Executivo, mas também discuti-las internamente e eventualmente apresentar outras possibilidades.

O acordo em torno das medidas que entrarão no pacote também precisará passar pela avaliação do presidente Lula, que só retorna na terça de viagem oficial à França.

Aliados do presidente afirmam que qualquer decisão deverá ter o aval do chefe do Executivo. Nas palavras de um auxiliar do petista, nenhum martelo será batido, mas há uma expectativa de que o encontro possa gerar um encaminhamento “mais sólido” para a questão.

Tamara Nassif/Folhapress

Escândalo do INSS: autoridade de dados acusa entidade de fraude na Justiça

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) acusou de “estelionato” e “fraude” o Instituto Sigilo, que processou órgãos federais por supostos vazamentos de dados em casos como o escândalo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No último dia 21, a Justiça Federal deu razão à autarquia ligada ao Ministério da Justiça e arquivou uma ação judicial movida pela empresa contra a ANPD, o INSS e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev).

Procurado pela reportagem, o Instituto Sigilo não respondeu.

O Instituto Sem Sigilo diz ser uma associação sem fins lucrativos que visa a proteger dados pessoais de consumidores brasileiros. A página inicial do site da companhia traz QR codes com pedidos de Pix para doações de até R$ 50.

No mês passado, a empresa afirmou à Justiça que o suposto vazamento de dados por parte do governo federal tem ligação direta com a fraude de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias e pensões do INSS, apontada pela Polícia Federal em abril.

Associação sem associados

Em resposta, a ANPD apontou que o instituto é de fachada e não tem qualquer associado, tampouco legitimidade para atuar em defesa dos consumidores brasileiros, papel que cabe ao Ministério Público. O objetivo, segundo a ANPD, é obter lucro indevido aos advogados da companhia.

“A verdadeira motivação para o ajuizamento de demandas tais como a presente é subverter o sistema da ação civil pública visando à obtenção de lucro financeiro escuso por pequeno grupo de advogados, os quais se autoproclamam dirigentes de associação inexistente”, escreveu o órgão federal.

Em outro trecho do processo, a agência detalhou como funciona a fraude do instituto: para conferir se teve dados vazados, o usuário preenche um formulário com informações pessoais, o que o torna um associado da entidade. “Mecanismo de engano e fraude”, seguiu a ANPD.

Entidade foi alvo de operação do Ministério Público

Em fevereiro, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios fez uma operação contra o Instituto Sigilo. Os procuradores apontam que a entidade é de fachada e aplica fraudes contra consumidores, por meio de promessas de benefícios financeiros impossíveis.

Eduardo Barretto/Estadão

PF deflagra Operação River Shield contra garimpo ilegal em áreas protegidas

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Tangará da Serra/MT e Redenção/PA, expedidos pela Vara Federal da Subseção Judiciária de Vilhena/RO

Vilhena/RO. A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (6/6) a Operação River Shield, com o objetivo de reprimir a prática de garimpo ilegal em áreas de proteção federal, especialmente na Terra Indígena Parque do Aripuanã, localizada em Rondônia, nas proximidades da Terra Indígena Roosevelt.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Tangará da Serra/MT e Redenção/PA, expedidos pela Vara Federal da Subseção Judiciária de Vilhena/RO, com base em investigação conduzida pela Delegacia de Polícia Federal em Vilhena.

As investigações tiveram início com a deflagração da Operação Elementos, em novembro de 2023, quando equipes da Polícia Federal localizaram balsas, acampamentos e diversos equipamentos utilizados na extração ilícita de ouro no leito do Rio Capitão Cardoso. Na ocasião, também foi apreendido um aparelho celular que, após análise, revelou fortes indícios da atuação de indivíduos na exploração e comercialização ilegal de minério extraído de terras indígenas. Entre os alvos estão pessoas ligadas diretamente à operação das balsas, à negociação com indígenas e à distribuição do ouro extraído.

A operação desta sexta-feira tem por finalidade o recolhimento de mídias, dispositivos eletrônicos, documentos e registros financeiros que corroborem os elementos já reunidos. Além disso, a Justiça Federal impôs aos investigados medidas cautelares diversas da prisão, como a proibição de acesso às áreas indígenas e restrição de contato entre si e com testemunhas.

Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia/RO

Burocracia e mudanças em legislação deixam imigrantes em limbo em Portugal

Patrícia (nome fictício), 31, vive em Cascais desde 2016. “Estávamos com dificuldades financeiras no Brasil e achamos que em Portugal teríamos mais oportunidades”, disse à reportagem. Nascida no nordeste brasileiro, Patrícia veio com o marido e uma filha, então com quatro anos de idade. O marido logo conseguiu emprego na construção civil e uma autorização de residência. Patrícia tenta há nove anos regularizar seus documentos. Em março deste ano, soube que seu pedido havia sido indeferido —e que poderia engordar um contingente de 5.000 brasileiros convidados a sair do país europeu.

“Tomara que eu não seja mandada para fora. Mesmo com o custo de vida alto, vivo melhor aqui do que no Brasil”, afirma Patrícia.

Ela diz ter tentado se regularizar de todas as maneiras. Primeiro, por reagrupamento familiar: pessoas casadas com residentes em Portugal têm o direito de permanecer no país. Fez a solicitação, mas a fila era enorme, e ela nunca foi chamada para a entrevista. Recorreu então ao mecanismo da manifestação de interesse: imigrantes capazes de comprovar trabalho e renda tinham, até recentemente, o direito de morar em Portugal. Patrícia trabalha com limpeza doméstica. Novamente entrou na fila e não foi chamada.

Em março de 2023, ela fez ainda uma terceira tentativa, pleiteando uma autorização de residência destinada a imigrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O processo era para ser simples: preencheu um formulário na internet, imprimiu um certificado e ficou esperando por uma entrevista, que deveria ser dali a no máximo 90 dias.

Foi chamada em março de 2025, dois anos depois. Em abril, recebeu a notícia do indeferimento. “Eu estou trabalhando, tenho como comprovar rendimentos, mas não por 12 meses ininterruptos, pois tive que parar um tempo para cuidar de meu bebê”, diz Patrícia, que ao longo de seu périplo deu à luz uma segunda filha.

A saga da brasileira é típica da situação dos imigrantes em Portugal, vítimas da lentidão burocrática e das constantes mudanças de rumo na legislação. Em 2007, o país aprovou uma das leis mais liberais de imigração do continente. A recomendação da União Europeia era que os países só admitissem imigrantes com visto consular, obtidos nos países de origem. Por meio da manifestação de interesse, Portugal se tornou um dos poucos lugares a permitir, a posteriori, a regularização de imigrantes que entrassem sem visto.

Após sucessivas regulamentações, entre 2017 e 2024 o número de estrangeiros em Portugal quase quadruplicou, de 400 mil para 1,5 milhão, de acordo com os dados oficiais. Em junho do ano passado o governo português extinguiu, porém, a manifestação de interesse, um esforço para adequar o país às normas da UE. A medida, no entanto, não era retroativa. O governo precisou criar uma força-tarefa para zerar a fila —pessoas que, como Patrícia, haviam se cadastrado, mas não foram chamadas para a entrevista.

Na semana passada, o governo apresentou um balanço da força-tarefa. Dos 440 mil pedidos, 184 mil foram analisados. Destes, 150 mil receberam autorização e 34 mil foram, ou serão, chamados a sair do país. O maior índice de recusa foi de cidadãos indianos (46,4%). Entre os brasileiros foram 7,3%, o que significa que 5.386 brasileiros terão que deixar Portugal.

Patrícia faz parte de outro contingente, o dos 210 mil estrangeiros que tentaram se regularizar em Portugal usando o Visto CPLP. A medida gerou um constrangimento internacional. Como o pleito pela internet gera um documento provisório —uma folha A4 com um QR Code—, muitos imigrantes acharam que poderiam ir a outros países da UE portando o papel e acabaram barrados na fronteira.

“A manifestação de interesse, criada pelo governo socialista, era um caminho muito alternativo, que deixava as pessoas por muito tempo numa espécie de limbo”, diz o advogado brasileiro Wilson Bicalho, referência na área e responsável pelo recurso de Patrícia. “O que o novo governo social-democrata está fazendo não é nada comparável ao que ocorre nos Estados Unidos. Estão apenas zerando a fila, com a aplicação de regulamentos que existem há muito tempo, como a exigência de comprovação de renda e de trabalho”.

Ana Paula Costa, presidente da Casa do Brasil de Lisboa, organização de apoio aos imigrantes brasileiros, tem uma crítica ao governo. “Aplicar regras para a imigração é prerrogativa de todos os países. O que não aceitamos é a relação que vem sendo feita, no discurso político, entre imigração e segurança pública, como se os imigrantes trouxessem criminalidade e violência”, diz.

Em seu discurso de posse na quinta-feira (5), o primeiro-ministro Luís Montenegro, que acaba de ser reeleito, disse: “Vamos manter o mesmo rumo nas políticas de imigração e segurança. Portugal é um país seguro, mas vale ouro preservar esse valor como um dos países mais seguros do mundo”. E acrescentou: “Uma política migratória responsável, regulada e humanista é um elemento fundamental para o sucesso econômico e a estratégia de criação de riqueza, como é, igualmente, a segurança”.

Patrícia, que preferiu não ser identificada nesta reportagem com o nome verdadeiro, vive agora uma terceira gravidez. “Assim que cheguei ao país, em 2016, vi na televisão que os portugueses precisavam de bebês, pois a população está envelhecendo e a taxa de natalidade aqui é muito baixa”, diz. “Posso dizer que, nestes quase dez anos em Portugal, estou dando minha contribuição”.

João Gabriel de Lima/Folhapress

Lula volta a dizer que extrema direita não voltará a governar o Brasil e desconversa sobre Haddad

Batendo com o dedo médio da mão direita no púlpito, o presidente Lula (PT) afirmou que “a extrema-direita não ganhará as eleições no Brasil” no ano que vem, em entrevista à imprensa neste sábado (7), em Paris.

“Estou te dizendo, olhando bem nos seus olhos”, disse, em resposta a uma pergunta do jornal Folha de S.Paulo. “A extrema-direita não voltará a governar esse país, sobretudo com discurso negacionista, mentiroso, muitas vezes até canalha”.

Lula foi questionado sobre a estratégia do governo para as eleições, diante do projeto anunciado da oposição de conquistar o Senado, que será renovado em dois terços, para impor pautas conservadoras —e especificamente se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderia deixar o governo para se candidatar a governador ou senador por São Paulo.

“Você acha que eu seria louco de responder isso agora?”, reagiu Lula, sorridente. Em seguida, afirmou que só cuidará do tema no próprio ano eleitoral.

“Quando chegar o ano que vem, eu vou começar a discutir candidaturas. Eu não sei quem é melhor em que lugar. Nós temos que fazer o mapeamento do Brasil, ver a realidade. Eles querem eleger senadores, governadores, deputados federais, eu também quero. É um direito que todos queiram eleger. Quando chegar o momento exato, a gente vai escolher as opções”, concluiu.

Repetindo o que já vem dizendo em outras ocasiões, Lula alertou para o risco de uma campanha da oposição alimentada por notícias falsas. “Não vai ser inteligência artificial ou fake news que vai fazer alguém ganhar a eleição. Sem respeitar as pessoas, os movimentos sociais, as mulheres, os negros, os indígenas, [a oposição] não vai ganhar as eleições.”

Sobre as negociações de alternativas para o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), Lula reiterou que “está tudo acertado” desde a reunião do último dia 30 no Palácio do Alvorada, com o ministro Haddad e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). “Vai acontecer exatamente aquilo que nós acertamos. Sem briga, sem conflito. Apenas fazendo aquilo que tem que ser feito”, disse Lula.

André Fontenelle/Folhapress

Novas viaturas reforçam o trabalho da Polícia Militar na Região Sudoeste

Cinquenta veículos foram entregues na tarde desta sexta-feira (6), pelo Governo do Estado.
O trabalho de equipes da Polícia Militar foi reforçado, na tarde desta sexta-feira (6), com a chegada de 50 novas viaturas, entregues pelo Governo do Estado. Investimento de R$ 2 milhões, os veículos e reforçarão o patrulhamento nas cidades de Jequié, Brumado, Vitória da Conquista, Cândido Sales e Guanambi.

Solenidade contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, do secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, e do comandante-geral da PM, coronel Antônio Carlos Silva Magalhães.
Viaturas semiblindadas, motocicletas, caminhonetes e bases móveis auxiliarão os PMs dos 17º, 19º e 24º Batalhões da Polícia Militar (BPMs/Guanambi, Jequié e Brumado), das 77ª, 78ª, 80ª e 92ª Companhias Independentes da PM (CIPMs/Vitória da Conquista e Cândido Sales), além da Rondesp e Cipe Sudoeste, Esquadrão Falcão e CIPRv de Brumado, no reforço do patrulhamento ostensivo.
“O investimento em novos equipamentos vai garantir o atendimento mais rápido a todos aqueles que moram ou visitam a região Sudoeste do nosso estado. Seguiremos fortalecendo as Forças da Segurança Pública”, declarou o secretário Marcelo Werner.

O titular da pasta ainda reforçou que, somente nesta semana, cerca de 92 viaturas foram entregues para as Forças da Segurança em Salvador, Barreiras e Teixeira de Freitas.

Texto: Rafael Rodrigues/SSP

Fuga era única opção contra injustiça do STF, diz suplente de Carla Zambelli

O deputado federal Coronel Tadeu (PL-SP), que assumirá o gabinete de Carla Zambelli (PL-SP), licenciada do mandato após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e deixar o País, disse que a fuga era a única opção da colega. A parlamentar agora está foragida de uma ordem de prisão. Em conversa com a Coluna do Estadão, Tadeu disse que Zambelli sofreu uma “grande injustiça” do Supremo. Ele deve tomar posse no cargo de deputado no próximo dia 17.

“Ela ficou numa bifurcação: ou ia para a cadeia ou fugia do País. A gente sabe que é uma fuga, ela não tinha para onde correr. É uma grande injustiça o que fizeram com ela. Foi uma pena muito pesada, inclusive com a perda do mandato”, disse o suplente.

Deputado no mandato anterior, Tadeu não conseguiu se reeleger em 2022. Atualmente, o ex-integrante da Polícia Militar pilota helicópteros para uma empresa que presta serviços à Petrobras, no Rio de Janeiro. Faz uma média de quatro viagens diárias.

Tadeu afirmou que, na volta à Câmara, vai trabalhar pela aprovação do projeto de lei que anistia os condenados nos atos golpistas do 8 de Janeiro. E espera que Zambelli também possa se beneficiar de uma anistia à condenação que sofreu no Supremo.

“Quem sabe ela possa futuramente ser beneficiada por uma anistia? Eu acho que ela não vai largar a política. Deve fazer isso a distância de alguma outra forma”.

Questionado se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível, deve escolher logo um candidato para unir a direita em 2026, Tadeu manteve a linha do clã Bolsonaro: nada de falar em outro sobrenome. “Eu ainda acredito que Bolsonaro vai estar nas urnas. Só se ele falar: ‘não tem jeito’, vou para outro. Aí vamos ver quem é o candidato. Mas, a princípio, estou com ele mil por cento”.

Moraes ordenou prisão preventiva de Zambelli

Na última quarta-feira, 4, o ministro do STF Alexandre de Moraes acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República e ordenou a prisão preventiva de Zambelli. Na véspera, a deputada afirmou ter deixado o País e disse que se mudaria à Europa. No mês passado, ela foi condenada a dez anos de prisão pelo Supremo.

Bolsonarista é alvo de dois processos no STF

O STF condenou Zambelli a dez anos de prisão por invasão a sistemas internos do Conselho Nacional de Justiça. Ainda cabem recursos. Também foi decretada a perda do mandato, que precisa ser confirmada pela Câmara. Nesta sexta-feira, 6, a Primeira Turma da Corte manteve a condenação por unanimidade.

Em outra ação judicial, a Corte já tem maioria para condená-la por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo. O julgamento foi suspenso em março a pedido do ministro Kassio Nunes Marques.

Eduardo Barretto/Estadão

Toffoli anula todos os atos da Lava Jato contra Paulo Bernardo

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), anulou todos os atos da Operação Lava Jato e do então titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro, contra o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo por ausência de justa causa.

Na decisão desta sexta-feira (6), o relator estendeu os efeitos de outra declaração de nulidade da operação contra Guilherme de Salles Gonçalves, advogado alvo de duas ações da Polícia Federal em investigações decorrentes da Lava Jato e corréu de Bernardo em ações penais.

“Cuidava-se, no caso, de várias fases da ‘Operação Pixuleco’ – decorrente da Lava Jato -, tendo sido reconhecida a existência de conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e integrantes do Ministério Público a partir de circunstância objetiva envolvendo o prévio acerto entre acusação e magistrado para deflagração de operações policiais que tinham como alvos o ora requerente, bem como Guilherme de Salles Gonçalves”, diz o relator.

Assim, o ministro entendeu serem idênticas as situações jurídicas em relação aos dois, como afirmava a defesa.

“Diante de tal quadro de absoluta anomalia institucional, em que Ministério Público e Judiciário atuavam em conluio em desfavor de alvos previamente escolhidos, a decisão deste e. STF deixa claro que o procedimento em desfavor do peticionário é fundamentado em medidas que desbordam, em muito, dos limites do devido processo legal”, disseram os advogados do ex-ministro no pedido. Em junho do ano passado, o ministro já havia anulado as provas contra Paulo Bernardo que tinham como base o acordo de leniência da Odebrecht. O material dava suporte à ação penal em curso na 22ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre (RS).

Paulo Bernardo comandou ministérios nos governos Dilma Rousseff e Lula e respondeu pelas acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção no âmbito da Custo Brasil, que foi um desdobramento da Pixuleco 2, a 18ª fase da Lava Jato.

Em Curitiba, quando era Pixuleco 2, e depois, como Custo Brasil, a operação contra Bernardo sempre teve dificuldades em avançar.

Em setembro de 2015, um mês após a Pixuleco 2 ser deflagrada, o STF decidiu retirar parte do processo de Moro e o dividiu entre o ministro Dias Toffoli (para pessoas com foro no Supremo) e a Justiça Federal de São Paulo.

Ana Pompeu/Folhapress
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Moema diz que sua ida para o governo federal não é garantia de eleição para a Câmara dos Deputados

A ex-prefeita de Lauro de Freitas Moema Gramacho (PT) não descarta a possibilidade de disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2026, no entanto, prega que sua nomeação no Ministério das Relações Institucionais não é garantia de que voltará para o Legislativo nacional. Em entrevista a este Política Livre, ela falou sobre sua missão no governo federal.

“Gostaria de dizer que cada tarefa que a gente assume na vida pode ser um fortalecimento, por demonstrar mais experiências, entretanto, não significa necessariamente que assumir um cargo no Palácio do Planalto seja garantia para ir para Câmara dos Deputados. Até porque fui deputada federal sem ter trabalhado antes no governo”, afirma Moema.

A petista, que governou a cidade de Lauro de Freitas por quatro mandatos e não conseguiu fazer sucessor no ano passado, foi nomeada assessora especial da Secretaria de Assuntos Federativos da Presidência da República e diz que tem recebido vários pedidos para voltar para a Câmara dos Deputados.

“É fato que tenho recebido muitas manifestações para que eu seja candidata de novo a deputada federal, até porque fui a primeira mulher deputada federal do PT da Bahia e tive de renunciar para atender ao apelo do povo de Lauro de Freitas para voltar a ser prefeita. Mas, no momento, estou focada em contribuir com meu trabalho para ajudar a melhorar as condições e qualidade de vida do povo brasileiro e para reeleição dos governos na Bahia e no Brasil”, acrescenta.

Reinaldo Oliveira/Política Livre

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