Relação intensa x relação segura: o que sua mente precisa?
Relações intensas: a montanha-russa emocional
Relações intensas são marcadas por paixão, desejo, impulsividade e, muitas vezes, conflitos. No começo, tudo parece mágico: mensagens constantes, promessas grandiosas, encontros marcados por uma conexão explosiva. O problema é que essa intensidade pode esconder uma série de desequilíbrios emocionais.
Nesse tipo de relação, é comum sentir ansiedade constante: “Será que ele(a) ainda gosta de mim?”, “Por que ele(a) depois daquele momento incrível?”. As emoções oscilam entre o êxtase e a angústia, criando uma dependência emocional que pode ser viciante. A intensidade, nesse caso, funciona quase como uma droga: te dá picos de prazer seguidos de quedas dolorosas. E, no meio disso, a mente entra em colapso.
O desgaste emocional é real. Relações intensas demais exigem um investimento energético altíssimo. Você pode se pegar tentando decifrar sinais, prevendo brigas, lidando com ciúmes extremos ou tentando consertar algo que parece sempre prestes a explodir. Essa montanha-russa emocional desgasta a autoestima e desequilibra a saúde mental.
Relações seguras: o conforto que sua mente merece
Por outro lado, relações seguras oferecem estabilidade, previsibilidade e apoio emocional. Não há grandes explosões ou declarações teatrais, mas há respeito, cuidado constante e, acima de tudo, tranquilidade. É o tipo de relação onde você pode respirar em paz, sabendo que não precisa lutar todos os dias para ser amado(a).
Numa relação segura, você se sente valorizado(a) mesmo nas rotinas mais simples. A comunicação é clara, há espaço para vulnerabilidade, e os conflitos são resolvidos com diálogo, e não com gritos ou punições emocionais. Pode parecer menos excitante à primeira vista, mas é justamente essa estabilidade que nutre a mente e o coração a longo prazo.
A segurança não é monotonia. Ao contrário do que muitos pensam, estar em um relacionamento seguro não significa cair na mesmice. Significa ter liberdade para ser você mesmo(a) sem medo de rejeição ou abandono. É saber que você pode crescer, errar, conversar e evoluir ao lado de alguém que está ali por inteiro – e não só nos momentos bons.
O que sua mente realmente precisa?
A mente humana precisa de previsibilidade para se sentir segura. Emoções fortes são parte da vida, mas quando a instabilidade vira regra, o cérebro entra em modo de alerta constante. Isso pode gerar ansiedade, depressão, baixa autoestima e até crises de pânico. Relações seguras, por outro lado, ajudam a regular o sistema nervoso, promovem autoconfiança e favorecem um senso de pertencimento saudável.
É claro que nem toda relação intensa é tóxica, e nem toda relação segura é perfeita. Mas o que sua mente mais precisa não é de picos emocionais, e sim de um ambiente emocional saudável, no qual você se sinta visto(a), ouvido(a) e respeitado(a).
Por que escolhemos a intensidade?
Muitas vezes, padrões emocionais disfuncionais nos fazem buscar relações intensas. Pessoas que cresceram em lares instáveis ou foram negligenciadas emocionalmente tendem a associar amor com adrenalina. O caos emocional vira familiar, e o tédio do amor tranquilo pode parecer desinteressante.
Além disso, a cultura popular romantiza o amor sofrido. Filmes, músicas e novelas reforçam a ideia de que amor verdadeiro é aquele que doi, que tira o chão, que te faz perder a cabeça. Mas será que isso é mesmo amor – ou só um vício emocional disfarçado?
O desafio de escolher a segurança
Escolher uma relação segura exige maturidade emocional. Requer sair do piloto automático, revisar crenças antigas e abrir mão de certos padrões que parecem emocionantes, mas são destrutivos. É entender que a paz não é ausência de paixão, mas a presença de equilíbrio.
Se você está em dúvida entre uma relação intensa e uma segura, pergunte a si mesmo(a): “Essa pessoa me traz mais paz ou mais confusão? Me sinto mais livre ou mais preso(a)? Cresço ao lado dela ou estou sempre me moldando para agradar?”
Sua mente precisa de espaço para respirar, para sonhar, para viver com leveza. Relações saudáveis não apagam o fogo da paixão – apenas garantem que ele não vire um incêndio descontrolado. Sugar daddy
Conclusão
Amor de verdade não deve deixar você exausto(a), inseguro(a) ou perdido(a). O que sua mente precisa é de uma relação que seja abrigo, e não campo de batalha. Uma relação segura não é a que te faz voar sem direção, mas a que constrói asas com você para ir longe. E talvez, só talvez, seja nesse tipo de amor que você descubra o que é realmente viver em paz.
Fonte: Izabelly Mendes.
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Houve estratégias machistas de desqualificação do meu trabalho, diz Nísia
Mesmo a longa trajetória na área da saúde não impediu a ex-ministra Nísia Trindade de ser o primeiro alvo da reforma ministerial ensaiada pelo governo Lula (PT). Sob pressão do centrão e vivendo um processo de fritura política, a ex-presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) enfrentou uma sequência de crises, que incluiu, por exemplo, o recorde histórico de casos e mortes por dengue no país em 2024.
À Folha, a ex-ministra diz que sua saída da pasta foi marcada por estratégias machistas de desqualificação do seu trabalho, mas evita apontar dedos.
“Eu acho que foram tantos os atores que, como eu disse… Já falei o que devia sobre isso. Basta ver imagens, ângulos que são pegos, ideias de fragilidade, expressões nesse sentido. Mas eu me sinto uma pessoa, sobretudo, consciente no meu papel, preparada para a função que eu exerci”, declara.
“Eu diria que isso é um processo difuso na sociedade, que muitas vezes acontece sem os atores perceberem. E houve, claro, estratégias de desqualificação.”
De volta ao ambiente acadêmico, em visita ao Instituto de Estudos Avançados da USP (Universidade de São Paulo), onde assumiu a titularidade da Cátedra Olavo Setubal ao lado dos acadêmicos Alemberg Quindins e Fernando José de Almeida, Nísia conta o que tem feito desde que deixou a posição, e reluta em falar sobre o período na gestão.
“Nossa entrevista vai ser sobre a minha gestão, é um balanço de gestão?”, questiona, ao ser perguntada sobre o desabastecimento de vacinas que atingiu seis em cada dez municípios brasileiros, segundo estudo da CNM (Confederação Nacional dos Municípios).
“Esse estudo mencionado foi amplamente discutido e os dados mostram que onde houve problemas imediatamente se buscaram alternativas, outras vacinas existentes, estratégias de vacinação. Então, o Brasil avançou na vacinação durante esses dois anos”, avalia.
A ex-ministra analisa que seu período à frente da pasta foi curto, mas diz se sentir consciente sobre a importância do seu papel, e deseja sucesso ao governo Lula.
Como tem sido o período desde que a senhora deixou o ministério até a titularidade na Cátedra? Um período de retomada de alguns projetos. Eu tenho uma grande pesquisa sobre vulnerabilidade na área de saúde e organização de movimentos sociais. Também dei continuidade à participação em conselhos importantes na área de saúde, como o Conselho sobre Desigualdades, Aids e Pandemias, vinculado à Unaids, organismo da OMS [Organização Mundial da Saúde] que atua em relação ao HIV e a garantir o acesso com mais equidade entre os países.
Então, dei continuidade a ações podendo dedicar mais tempo, porque é claro que não é possível nem comparar à agenda de ministra da Saúde, muito intensa. Eu já vinha da gestão com muita responsabilidade também na Fiocruz, mas é claro que o nível de responsabilidade de recuperação do sistema de saúde coloca um desafio muito diferente. Assim, eu continuo a atuar no campo da saúde nessa perspectiva.
Sobre o período no ministério, como estava a situação da pasta quando a sra. assumiu, após o mandato do então presidente Jair Bolsonaro? A situação era de total descontinuidade de programas, total abandono mesmo do ponto de vista de ter um corpo técnico em condições de trabalhar. O resultado disso é o Ministério da Saúde, que tem como missão coordenar o SUS, sem nenhuma capacidade de realizar essa coordenação e com uma perda orçamentária muito grande.
Então, uma situação de desmonte de políticas, e isso é muito importante porque o lema do governo é “união e reconstrução”. Mas quando você passa pelo que o Brasil passou a partir de 2015, a partir do impeachment da presidenta Dilma, o que acontece? Muitos programas precisam de tempo para atingir a escala em todo o Brasil. Não se trata só de retomar o programa, mas de acelerar, porque nós ficamos defasados em relação à meta de garantir e qualidade de acesso.
Fui muito obstinada, junto com a liderança do presidente, em fazer que os programas realmente atinjam todo o Brasil. Acho que isso tem um valor muito grande em um país tão desigual como o nosso.
No ano passado, um estudo apontou que 6 em cada 10 municípios brasileiros relataram falta de vacina, creditadas às questões de fabricação e logística pelo ministério na época. O que de fato aconteceu? Nossa entrevista vai ser sobre a minha gestão, é um balanço de gestão?
Um pouco sobre tudo. Porque eu já respondi essas questões tantas vezes. Bom, sobre a questão das vacinas, toda a nossa estratégia, como eu disse, foi de recuperar. Desabastecimento mundial foi um dos problemas que enfrentamos em algumas vacinas, como foi o caso da tríplice viral, mas o que nós alcançamos foi a vacinação recuperada de 15 das 16 vacinas infantis. Então esse é o dado mais importante.
Todos os problemas que ocorreram de falta momentânea de algumas vacinas, buscamos alternativas e o resultado da vacinação foi absolutamente positivo, conforme números que nós amplamente divulgamos. E nós temos isso, o aumento da vacinação, a cobertura alcançada para sarampo, proteção para pólio com alcance da meta, nas doses de poliomielite [paralisia infantil]. Então, acho que os dados de vacinação são absolutamente positivos.
Esse estudo mencionado foi amplamente discutido e os dados mostram que onde houve problemas, imediatamente se buscaram alternativas, outras vacinas existentes, estratégias de vacinação. Então, o Brasil avançou na vacinação durante esses dois anos.
Sobre a escalada da epidemia de dengue, a sra. teria feito algo diferente hoje, avaliando em retrospecto? Sempre é possível melhorar, sempre é possível ver algo que poderia ser feito diferente. Do ponto de vista de ação de saúde pública, foi feito tudo que poderia ser feito.
A primeira questão é saber que dengue é um problema de 40 anos. O que acontece hoje é uma escalada da dengue. Então, é um novo momento. O que aconteceu no ano de 2024 corresponde a um dos efeitos do aquecimento global. Isso é discutido hoje no plano mundial. Hoje, em várias regiões do mundo, temos a proliferação do Aedes aegypti onde não tínhamos.
O outro ponto é que, para uma doença como essa, os determinantes ambientais sociais são fortíssimos, então requerem ações que não são só da saúde, eu tenho essa consciência. Tudo que precisava ser feito no Ministério da Saúde e pactuando com estados e municípios foi feito.
Uma vacina foi aprovada pela Anvisa, a primeira incorporada pelo SUS. Nós repassamos recursos para estados e municípios para apoio a essa ação. E todo o nosso trabalho junto aos agentes de endemias também nesse sentido de reforçar esse controle. Enfim, todas as ações foram feitas para vigilância. Finalmente, eu concluí meu período como ministra anunciando a parceria com o Instituto Butantan.
Então, lamento muito as perdas, as mortes por dengue, isso é um outro fato que nós trabalhamos muito.
Houve algum programa que a sra. queria ter tido mais tempo para desenvolver? Todos requerem tempo, dois anos é um tempo curto. Mas eu fico contente de ter dado a minha contribuição, de ter servido o Brasil e feito não só o necessário, mas o compromisso que na campanha do presidente foi colocado junto à população. Só de termos retomado a vacinação, ampliado o acesso à saúde, olhado o Brasil nas suas diferenças, isso para mim é muito importante. Às vezes não é só o orçamento, às vezes também é uma perspectiva, é um olhar de cuidado para as pessoas.
Das ações realizadas, uma que requer mais tempo é a do Complexo Econômico Industrial da Saúde. Essa capacidade é fundamental para a sustentação das políticas de saúde para o nosso país. É uma área que eu gosto de reforçar, porque levei o tema para o G20 com muito sucesso. Nós ajudamos o Brasil. E eu, como ministra da Saúde, reforcei essa estratégia.
Da mesma maneira, fortalecer o que nós chamamos de integralidade na saúde. E um outro programa que em dois anos levantei os alicerces é o SUS digital, que claro que ainda não dá para ver todos os resultados.
Na sua despedida, a sra. falou que sofreu uma campanha misógina e de desvalorização do seu trabalho. Quais foram os atores dessa campanha. Olha, eu já falei tudo o que tinha que falar sobre esse assunto. A misoginia para mulheres que ocupam cargos é evidente. Basta olhar as imagens. Lilia Schwarcz, que é professora aqui desta casa, fez um artigo maravilhoso sobre isso. Basta ver fotos, os enquadramentos, as falas. Então, os atores são diversos. Eu já falei sobre isso, tudo que eu tinha que falar.
Creio que a misoginia significa ódio às mulheres. É um termo forte. O machismo é presente na sociedade. Mas, na nossa sociedade, a gente vê claramente mulheres em posições de destaque que sofrem com isso. Eu não sou a única. Nós vimos isso com várias ministras, com várias mulheres que se destacam.
Mas a misoginia partiu de qual lado? Do governo, do centrão? Quais são os atores? Eu diria que isso é um processo difuso na sociedade, que muitas vezes acontece sem os atores perceberem. E houve, claro, estratégias de desqualificação. Eu acho que foram tantos os atores que, como eu disse… Já falei o que devia sobre isso. Basta ver imagens, ângulos que são pegos, ideias de fragilidade, expressões nesse sentido. Mas eu me sinto uma pessoa, sobretudo, consciente no meu papel, preparada para a função que eu exerci. O grande avaliador disso foi o próprio presidente, mas eu creio que os cargos públicos passam por vários critérios, e foi o que aconteceu nesse processo.
Eu continuo o meu trabalho pela saúde global. Durante o G20, uma das pessoas disse algo que eu achei interessante: que eu tenho uma trajetória na saúde reconhecida de anos, e que a minha passagem pelo ministério foi muito importante no nível global, sobretudo pelo trabalho junto aos Brics e ao G20, e essa é a minha mensagem. Mas sempre dizendo que sim, nós devemos desejar que as mulheres sejam respeitadas nas suas funções.
O atual ministro, Alexandre Padilha, chegou ao ministério dizendo que tem a obsessão de reduzir o tempo de espera nas filas de atendimento e tomou medidas que podem ser consideradas mais populares, como o anúncio de um novo modelo de gestão para reduzir esse tempo de espera. A sra. avalia que poderia ter tido mais um jogo de cintura político nesse sentido? Acho que são estilos diferentes. Padilha foi ministro durante a gestão da presidenta Dilma Rousseff, fez uma boa gestão. Acho que tem todas as condições de fazer uma boa gestão. Muitos anúncios que ele fez, como ele mesmo tem dito, são continuidade de ações que precisaram ser preparadas em dois anos.
As coisas não acontecem do dia para a noite na saúde. E são diferenças de estilo, como o presidente Lula colocou. Eu não acho nada ainda sobre a gestão, ainda é prematuro. Mas eu vejo e aposto na continuidade de algumas ações. Com relação à redução de filas, trabalhei intensamente para isso, as bases do programa, e certamente haverá inovações que foram lançadas durante a minha gestão. Isso é dito por ele, é dito pelo próprio presidente Lula. Então, eu não me comparo nesse sentido.
Cada ministro tem um estilo e que ele faça uma excelente gestão, é o que todos nós queremos, porque o Brasil precisa disso, e eu sou uma pessoa que apoiou o governo do presidente Lula desde o início e quero sucesso pleno desse governo.
A senhora esteve em Genebra para participar da Assembleia Mundial de Saúde, onde os membros da OMS fecharam um acordo que prevê resposta a pandemias. A senhora acha que esse acordo é suficiente para prever uma resposta rápida e, mais do que isso, evitar a segregação que houve na época da Covid com relação às vacinas? Essa pergunta é excelente, porque em setembro de 2021, 10% dos países aplicaram 76% das doses de vacina disponíveis. É o retrato da desigualdade. Ainda que a OMS e a Assembleia Mundial da Saúde tenha definido que vacinas, em tempos de pandemia, são bens de saúde global.
O acordo de pandemias é um grande marco, foi muito celebrado durante o encontro. Agora, é suficiente? Todo acordo é o acordo possível. No contexto em que nós estamos, que a OMS sofreu tantos ataques, que há descontinuidade de financiamento de programas, no caso dos Estados Unidos, ter um acordo desse tipo já, por si, é para ser celebrado.
Agora, há uma questão de tempo, que você colocou muito bem, tem que ter equidade no tempo certo. Não é só todo mundo tomar vacina, é não levar muito tempo para essa proteção. Então, aí vai ser o trabalho daqui para frente, de buscar, no processo de implementação, reduzir ao máximo esses tempos, e, isso é feito pelos governos.
Tem que ser um debate na sociedade. A pandemia não pode ser vista como coisa do passado. Nós temos que ter esse aprendizado e temos que cuidar e prevenir, que é sempre, como se diz, o melhor remédio para a saúde.
Rio de Janeiro, 1958 – Foi a primeira mulher a assumir o cargo de ministra da Saúde, em 2023, e a assumir a presidência da Fiocruz (2017-2022). Graduada em ciências sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, tem mestrado em ciência política e doutorado em sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro. Já foi diretora da Casa de Oswaldo Cruz (1998-2005), unidade da Fiocruz voltada para pesquisa e memória em ciências sociais, história e saúde.
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