EUA mudam versão sobre Covid e dizem que vírus vazou de laboratório chinês
Agora sob o comando de Donald Trump, o governo dos Estados Unidos mudou no site da Casa Branca a versão oficial americana sobre a origem da Covid-19.
Atualizada nesta sexta-feira (18), a nova versão afirma que o vírus se espalhou pelo mundo após um “incidente”. “Um incidente laboratorial é provavelmente a origem da Covid-19”, diz o novo site da Casa Branca em artigo intitulado “Vazamento laboratorial (Lab Leak) a verdade sobre as origens da Covid-19”.
A página ainda acusa a gestão anterior por “ocultar” a verdade. O texto afirma que a administração Joe Biden favoreceu uma narrativa que agradaria o eleitor democrata, que rejeitaria a teoria de que o vírus vazou de um laboratório de Wuhan, região chinesa considerada o epicentro da pandemia.
Essa versão foi descartada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2021. Os principais estudos sobre a origem do vírus defendem que ele passou de um animal para humanos, provavelmente após consumo, a partir de um mercado municipal de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei.
O novo site tenta relacionar o laboratório ao mercado municipal. A página exibe um mapa com a distância entre o laboratório e o mercado.
O artigo também acusa o infectologista Antony Fauci, ex-assessor médico de Biden. Considerado referência na luta contra a covid nos EUA, Fauci teria tentando “ocultar” narrativas divergentes.
A publicação ‘A Origem Proximal do SARS-CoV-2’ -usada repetidamente por autoridades de saúde pública e pela mídia para desacreditar a teoria do vazamento de laboratório- foi motivada pelo dr. Fauci.Casa Branca, em trecho do novo site.
O artigo também critica o governo chinês. “Os mecanismos governamentais atuais [chineses] para supervisionar essa perigosa pesquisa (…) são incompletos, extremamente complexos e carecem de aplicabilidade global”, diz a Casa Branca.
A pandemia começou no governo Trump. Então na Casa Branca, Trump relutou em admitir a gravidade da crise sanitária. A política mudou após Biden assumir o cargo. Estima-se que 1,2 milhão de norte-americanos morreram após infecção por alguma linhagem do vírus da Covid-19.
Folhapress
EUA podem abandonar negociação de paz na Ucrânia se não houver progresso, diz secretário de Estado
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, declarou nesta sexta-feira (18) que o governo de Donald Trump pode abandonar as negociações de paz na Ucrânia se não houver progresso significativo nos próximos dias. “Agora estamos chegando a um ponto em que precisamos decidir e determinar se isso é possível ou não”, afirmou.
“Estou falando sobre uma questão de dias, se é possível ou não fazer isso nas próximas semanas”, acrescentou. “Se for, estamos dentro. Se não for, temos outras prioridades.”
Rubio fez a declaração a jornalistas em Paris pouco antes de embarcar de volta para Washington. Na quinta-feira (17), na capital francesa, ele havia se reunido com Emmanuel Macron e representantes de Reino Unido e Alemanha para discutir o plano americano para suspender a guerra, iniciada há pouco mais de três anos por Vladimir Putin.
Um assessor de Macron considerou importante os europeus participarem das discussões. Também fizeram parte da reunião Steve Witkoff e Keith Kellogg, negociadores de Trump para o conflito, e um representante do governo ucraniano. Um novo encontro foi marcado para a próxima semana, em Londres.
A interlocução com as três maiores potências europeias encerra semanas de diálogos difíceis sobre a guerra. A perspectiva de os EUA forçarem um acordo de paz muito favorável a Putin era vista com preocupação pela União Europeia, que anunciou medidas para aumentar os investimentos em defesa do bloco. Em entrevista recente, Ursula von der Leyen, chefe da Comissão Europeia, declarou que as “ambições imperialistas do presidente russo não têm limites”.
O tom de ultimato de Rubio concorre com o conteúdo do memorando que EUA e Ucrânia acertaram durante a madrugada europeia sobre a exploração de minerais raros, algo que o presidente americano disse encarar como uma espécie de pagamento do apoio financeiro dado a Kiev desde 2022. Trump, inclusive, antecipou a conclusão do acordo, na quinta-feira (18), durante uma visita da premiê italiana, Giorgia Meloni, na Casa Branca.
O documento delineia um fundo de reconstrução e precisa ser ratificado pelo Parlamento ucraniano. É o que restou de um acordo bem mais amplo, que fracassou depois de o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, bater boca publicamente com Trump e seu vice, J. D. Vance, em pleno Salão Oval, em fevereiro.
Zelenski descarta até aqui ceder território invadido para a Rússia. Diplomatas europeus defendem, porém, que a negociação precisa partir de bases realistas.
Em Moscou, Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que vê algum progresso na negociação com os americanos. “Os contatos são bastante complicados, porque, naturalmente, o assunto não é fácil”, ponderou. “A Rússia está comprometida com a resolução desse conflito, garantindo seus próprios interesses, e está aberta ao diálogo. Continuamos a fazer isso”, afirmou.
Peskov minimizou a ameaça de Rubio, insistindo que há avanços no diálogo com os EUA. Ainda assim, declarou à AFP que a trégua sobre instalações de energia, na visão de Moscou, já tinha expirado. Segundo o porta-voz, a Ucrânia também não vinha respeitando o frágil acerto. “Até agora não tivemos novas instruções do comandante em chefe, o presidente Putin”, disse Peskov.
Vance, por outro lado, demonstrou otimismo ao desembarcar na Itália nesta sexta-feira (18), horas depois das manifestações de Rubio. “Como as negociações estão em andamento, não vou antecipá-las, mas estamos otimistas quanto à possibilidade de encerrar essa guerra brutal”, disse o vice-presidente, ao lado de Meloni, com quem já tinha se encontrado em Washington na véspera.
A agenda de Vance na Itália também previa um encontro com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano. Segundo a mídia europeia, o intuito do político americano, que é católico, era visitar o papa Francisco, que se recupera de uma pneumonia e uma longa internação, em meio às celebrações da Páscoa.
José Henrique Mariante / Folhapress
Justiça decide que militar não pode acumular adicionais e União espera economizar R$ 3 bilhões
A Justiça Federal decidiu que militares não podem receber, simultaneamente, os adicionais de tempo de serviço (ATS) e de compensação por disponibilidade militar (ACDM). Com isso, a União espera economizar cerca de R$ 3 bilhões ao ano. A decisão foi das Turma Nacional de Uniformização (TNU) do Conselho da Justiça Federal (CJF), e seguiu argumentados defendidos pela Advocacia-Geral da União (AGU).
A decisão determina que Juizados Especiais Federais e Turmas Recursais em todo o País barrem o recebimento acumulado por parte de integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Decreto de agosto de 2020 já proibia a acumulação dos dois adicionais, apontando que seria assegurado ao militar ou ao pensionista do militar falecido o recebimento do adicional mais vantajoso.
Contudo, integrantes das Forças questionavam essa decisão. O argumento é o de que limitar a remuneração acumulada feriria o princípio da irredutibilidade de vencimentos e o direito adquirido.
A Turma de Uniformização, porém, acolheu por unanimidade o argumento da AGU.
Segundo o advogado da União, Luís Felipe Cabral Pacheco, em comunicado divulgado pelo órgão, a decisão “pacifica a questão, reduz a judicialização e representa significativa economia de recursos públicos para as Forças Armadas, contribuindo para viabilizar, do ponto de vista orçamentário, a continuidade de suas relevantes missões institucionais”.
O adicional de compensação por disponibilidade militar é uma parcela remuneratória mensal devida ao militar em razão de estar disponível de modo permanente e com dedicação exclusiva ao longo da carreira.
Esse benefício incide com porcentuais diversos sobre o soldo, a depender do posto ou graduação, podendo chegar a 41% em caso de almirantes de esquadra, generais do Exército ou tenentes-brigadeiros.
Estadão Conteúdo
"Ipiaú sempre foi pioneira em construção de políticas públicas"
A cidade de Ipiaú recebe, a partir de domingo, dia 20, a quarta edição do Circuito Cine Éden e a segunda edição do Fórum Audiovisual dos Interiores da Bahia. As atividades na cidade seguem até o dia 26 de abril. Em entrevista ao Jornal A TARDE, os produtores Edson Bastos e Henrique Filho, da Voo Audiovisual, comemoram a participação da cidade como um pólo da produção cinematográfica baiana.
“Tratam-se de eventos que reafirmam o compromisso com a descentralização dos recursos para o audiovisual no interior do estado. A Voo Audiovisual, pioneira na conscientização, debate e construção de políticas públicas para o fortalecimento da produção cinematográfica nas regiões interioranas, se une à SASB - Associação do Setor Audiovisual do Sudoeste Baiano, a primeira associação audiovisual do interior da Bahia, potencializando iniciativas fundamentais para a cena audiovisual baiana", explica Edson.
O evento, que foi contemplado pelos editais da Lei Paulo Gustavo Bahia, reunirá dez exibições em dez diferentes espaços, além de quatro oficinas, três workshops, seis mesas de debate, bem como um pitching e uma rodada de negócios, ampliando oportunidades e aquecendo a economia para as produtoras audiovisuais do interior. Na entrevista abaixo, Edson e Henrique aprofundam mais sobre as atividades.
Em relação ao evento que aconteceu em Vitória da Conquista em 2023, cujas ações focaram em estudos para a aplicação de recursos da Lei Paulo Gustavo para projetos oriundos do interior, o que a edição desse ano terá como principais demandas e discussões?
Edson Bastos - A missão é aprofundar o que foi iniciado em Vitória da Conquista em 2023, mas também de responder aos novos desafios e avanços no cenário audiovisual do estado. Em Ipiaú, as discussões estarão fortemente ancoradas na descentralização dos investimentos em audiovisual, com foco na criação de políticas públicas permanentes que contemplem a diversidade territorial da Bahia. Vamos debater, por exemplo, “O impacto do Audiovisual no Desenvolvimento Socioeconômico dos Interiores”, a partir de experiências consolidadas como em Cabaceiras-PB e Cataguases-MG, assim como a “Interiorização das Políticas Públicas Culturais do Audiovisual”, contando com representações do ANCINE, MINC/SAV e FUNCEB. Outra pauta importante são os “Caminhos Possíveis para a Construção e Reforma de Salas de Cinemas”, visto que o parque exibidor no nosso estado está concentrado na capital, passando também pelo debate de quais “Perspectivas da Bahia Filmes para os interiores”, finalizando com uma “Mobilização para a Valorização Audiovisual nos Interiores dos Brasis”, com representações de todas as regiões do Brasil. Além disso, levar o Fórum para Ipiaú, é deslocar um olhar atento para o papel das cidades pequenas e médias como pólos criativos legítimos e estratégicos para o futuro do cinema baiano e brasileiro. Ipiaú sempre foi ponto de efervescência cultural e pioneiro no pensamento sobre a construção de políticas públicas para o interior do estado. É um município propício para somar essa luta que se expande neste momento.
Com a criação da Bahia Filmes, quais são as discussões que a edição 2025 do Fórum pretende levantar?
Henrique Filho - A criação da Bahia Filmes foi uma conquista histórica e simbólica para nós, profissionais do audiovisual no estado. Em 2025, a nossa intenção é propor um diálogo direto com a Bahia Filmes, apresentando sugestões que garantam que as ações da nova empresa contemplem efetivamente realizadores do interior. Queremos discutir critérios mais equitativos de distribuição dos editais, linhas de financiamento específicas para produções fora da capital, estruturação de núcleos de produção regionais, ampliação do parque exibidor no interior do estado e apoio técnico e logístico para filmagens em cidades menores. É fundamental que a Bahia Filmes tenha na composição de sua diretoria colegiada representações de profissionais técnicos do interior e que não reproduza a lógica concentradora na capital, mas sim que se torne um vetor real de desenvolvimento para toda a cadeia audiovisual no estado.
Outro destaque é o encontro entre profissionais da área para o Diálogo Setorial de Audiovisual. Quais vocês acham que devem ser as principais pautas trazidas?
Edson Bastos - Acredito que o Diálogo Setorial será um dos momentos mais ricos do Fórum, justamente porque ele nasce da escuta e da troca entre quem está no fazer cotidiano do audiovisual e quem gere as políticas públicas estaduais. r do estado, mas sem excluir a capital, que sempre concentrou esses debates e encontros, e que também poderá ir até a cidade de Ipiaú, ou acessar on-line para participar. Como produtor executivo e também realizador, entendo que algumas pautas são urgentes para o nosso estado: a qualificação técnica continuada, especialmente no interior; o fortalecimento de políticas públicas que garantam previsibilidade e sustentabilidade dos projetos; e a ampliação da infraestrutura de exibição e difusão. Nesse sentido, destaco como prioridade a consolidação da Bahia Filmes com uma estrutura descentralizada e verdadeiramente inclusiva. Isso inclui a garantia de no mínimo 50% dos recursos da Bahia Filmes destinados a projetos do interior do estado; a inclusão de representantes do interior na composição da Diretoria da Bahia Filmes; a instalação de uma filial da instituição fora da capital, ampliando o diálogo e a participação ativa dos territórios; Investimento na reforma e construção de salas de cinema, bem como no estímulo à criação de um circuito público-privado de exibição, envolvendo equipamentos estatais, municipais, privados e comunitários; a criação de linhas específicas de apoio financeiro para produtoras do interior, coletivos, ONGs e cineclubes, como exemplo citamos o modelo dos Arranjos Regionais, promovidos pela ANCINE, aqui sugeridos por nós como Arranjos Territoriais, possibilitando que municípios ou consórcios públicos desenvolvam políticas próprias para o audiovisual, assim como linhas de crédito para empresas que atuem no interior. Além disso, é fundamental o retorno dos Editais Setoriais do Fundo de Cultura, que historicamente fomentaram a diversidade da produção audiovisual baiana. E que os próximos editais da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc) na Bahia, aperfeiçoem o mecanismo para que a territorialização aconteça por categorias e não apenas por edital, para equilibrar a disputa por recursos, assim como a inclusão de categorias estratégicas como Mostras e Festivais, longas-metragens e séries, que não foram inseridas no último edital e hoje carecem de apoio continuado, mas são fundamentais para o amadurecimento do setor. Destaco, também, a importância de valorizarmos a DIMAS, que tem um papel histórico na difusão do cinema baiano e precisa de mais estrutura e autonomia para atuar. Esse Diálogo Setorial será, sem dúvida, um espaço para reafirmar que o audiovisual da Bahia é potente, diverso e precisa de políticas à altura de sua criatividade — com escuta, planejamento e execução compartilhada entre estado e sociedade civil.
Inclusive, o Fórum será uma excelente oportunidade de encontro entre realizadores e potenciais produtores com as rodadas de negócios.
Henrique Filho - Sim, as rodadas de negócios são uma novidade do Fórum. A partir dessa edição, elas materializam a possibilidade de conexão entre quem realiza, quem financia, quem distribui e quem pensa políticas públicas. Tivemos mais de 80 projetos do interior da Bahia inscritos nesta ação, avaliados por um time de 17 players que atuam em diferentes frentes do mercado — da produção à distribuição, da exibição aos serviços técnicos e estruturais. O objetivo principal é estimular o desenvolvimento de parcerias, ampliar as redes de contato e incentivar o fortalecimento da cadeia produtiva do audiovisual nos territórios fora dos grandes centros. Alguns dos realizadores nunca participaram de rodadas de negócios em toda a sua atuação. As rodadas serão realizadas de forma online, nos dias 23 e 24 de abril, com atendimentos agendados individualmente entre realizadores e players, para que cada projeto tenha o seu tempo de apresentação respeitado e possa ser debatido com foco e atenção. Torcemos para que parcerias e contratos sejam firmados, mas sobretudo que os agentes do interior percebam a importância de participarem de eventos de negócios visando viabilizar seus projetos e produzir suas ideias. Além das rodadas, o Fórum contará com uma sessão de pitching, que acontece no dia 25 de abril, em formato on-line, reunindo seis projetos selecionados que terão a oportunidade de apresentar suas propostas diretamente para uma banca especializada. O destaque dessa edição é o prêmio de melhor projeto de longa-metragem de ficção, que receberá uma mentoria de roteiro com profissionais do Paradiso Multiplica, um dos programas de maior relevância nacional no apoio ao desenvolvimento de projetos audiovisuais. Os participantes também ganham credenciais para o NordesteLab e concorrem a um apoio no valor de R$ 5 mil em locação de equipamentos com a IgluLoc para ser utilizado pelo projeto premiado. Com isso, esperamos não apenas fomentar negócios concretos, mas também preparar os realizadores do interior para atuarem com mais segurança e protagonismo em ambientes profissionais e de mercado, nacional e internacionalmente.
Durante o Fórum, uma carta contendo demandas e organizando tópicos que serão abordados e estudados durante o evento será elaborada. Existe uma facilidade de acesso a gestores municipais, estaduais e federais para esse diálogo?
Edson Bastos - A carta final é, sem dúvida, uma das heranças mais importantes do Fórum, pois ela registra oficialmente os consensos, as reivindicações e os caminhos pensados durante o evento. A construção do documento acontece de forma coletiva, a partir das reflexões geradas durante os debates das mesas, oficinas e workshops que ocorrem ao longo dos dias do Fórum, e sua apresentação ao poder público se dará de maneira estratégica. Aproveitaremos que o “Diálogo Setorial de Audiovisual” acontecerá no final do Fórum AVI para apresentar a carta com as nossas pautas, durante esta ação, garantindo que a escuta seja realizada de forma imediata e frente à frente. Essa carta também será protocolada nas repartições públicas de direito e interesse da classe. Buscamos constantemente o diálogo direto com representantes das secretarias municipal, estadual e federal de cultura, além de parlamentares, edis e gestores públicos. Em muitos casos, conseguimos, sim, estabelecer pontes e acessos — sobretudo aos gestores mais sensibilizados com a pauta da cultura e do audiovisual como desenvolvimento econômico do nosso estado e municípios, quando mostramos que as pautas vêm acompanhadas de propostas bem fundamentadas e que há um movimento crescente no interior. Mas também há muitas exceções, há gestores que raramente vão nos receber pessoalmente para um diálogo, que não enxergam a cultura como prioridade e que só reconhecem o papel dela quando são importantes para a alienação de uma população e a garantia de votos.
Para uma cidade como Ipiaú, tão bem valorizada e retratada no cinema feito por vocês, qual a importância da mostra Cine Éden?
Henrique Filho - O Circuito Cine Éden é um dos grandes orgulhos da nossa trajetória e da história recente de Ipiaú. É um evento que promove a continuidade da memória do Cine Teatro Éden, visto a falta de visão estratégica do município, estado e governo federal em desapropriá-lo para a construção de um novo equipamento público. Em 2025, comemoramos 11 anos desde a primeira edição e, mais do que uma mostra de cinema, ele se consolidou como um espaço de pertencimento, memória e futuro para a nossa cidade. Exibir filmes em Ipiaú é um ato de resistência e de afirmação de que o interior também é produtor e espectador de cultura. Trazendo como tema “Cinema Por Toda Parte” esta é a maior edição que já realizamos, onde promoveremos 10 exibições em dez diferentes lugares da cidade. No 4º Circuito Cine Éden, o processo curatorial foi conduzido com muito cuidado, prezando pela diversidade estética, regional e de narrativas. A curadoria foi realizada por Euclides Mendes, Izabel Melo, Edson Bastos e por mim. Pensamos em filmes que dialoguem com o público local, que provoquem debate, mas que também emocionem e inspirem. Os locais de exibição foram escolhidos a partir de critérios técnicos e simbólicos, incluindo escolas, praças e espaços alternativos, pois queremos que o cinema invada a cidade como um gesto de afeto e provocação. Será a primeira vez que Ipiaú terá acesso a um cine drive-in, por exemplo. Estamos muito empolgados.
https://atarde.com.br/
PM apreende 8 armas, munições, carregadores e droga em Ilhéus
Na manhã desta quinta-feira (17), policiais militares da 68ª CIPM apreenderam oito armas, munições, carregadores e droga na Rua Augusto Lopes Ferreira, em Ilhéus.
Os militares desenvolviam ações de patrulhamento na região, quando realizaram a varredura em um terreno baldio indicado por servir como rota de um grupo criminoso.
Durante as buscas, os policiais uma sacola enterrada contendo sete espingardas, uma submetralhadora calibre 9mm, 10 munições calibre 9mm, cinco munições calibre 12 e dois carregadores.
No curso das diligências, um suspeito também foi encontrado e abordado, sendo apreendido um saco contendo diversas pedras de crack.
Todo o material apreendido foi encaminhado para o registro da ocorrência junto à Central de Flagrantes.
Fonte: DCS-PMBA
Polícia ambiental apreende uma tonelada de carvão vegetal em Ibititá
A mercadoria apreendida não possuía documentação comprobatória de origem.
Na quarta-feira (16), policiais militares da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Cippa) Lençóis apreenderam uma tonelada de carvão vegetal no município de Ibititá.
Durante rondas de fiscalização ambiental na rodovia BA–148, na altura do km 32, os militares identificaram um ponto de comercialização de carvão vegetal. Na abordagem, foi constatado que a mercadoria não possuía documentação comprobatória de origem, nem autorização ambiental, ferindo a Lei Federal nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais).
O material foi apreendido e o responsável foi conduzido à delegacia de Ibititá para adoção de medidas cabíveis.
Fonte: DCS-PMBA
Funcionária de loja varejista é presa em flagrante por furtar estabelecimento comercial em Itabuna
Quando o movimento diminuía, ela retirava o dinheiro do caixa, colocava em uma sacola e escondia no bolso.
Uma mulher de 29 anos, acusada de furtar um estabelecimento comercial, foi presa em flagrante na tarde desta quarta-feira (16), em Itabuna. A suspeita trabalhava como operadora de caixa na empresa onde praticava o crime.
Segundo imagens das câmeras de segurança, a funcionária deixava de registrar os pagamentos em espécie e anotava os valores. Quando o movimento diminuía, ela retirava o dinheiro do caixa, colocava em uma sacola e escondia no bolso da calça.
Durante diligência na loja, policiais da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Itabuna) encontraram R$ 1.538 com a suspeita, valor proveniente dos furtos. Em interrogatório, ela confessou que praticava o crime há algum tempo, mas não informou o total subtraído.
A mulher foi apresentada na unidade policial, passou por exames de corpo de delito e permanece custodiada, à disposição do Poder Judiciário.
Texto: Ascom PC
Acordo para encerrar greve de fome de Glauber envolveu telefonema de Gleisi para Motta
O esforço para buscar um acordo que encerrasse a greve de fome do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) envolveu um telefonema da ministra de articulação política de Lula (PT), Gleisi Hoffmann, para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Gleisi visitou Glauber na Câmara no último sábado (12) e teve uma conversa reservada com o deputado, testemunhada por outras pessoas. Segundo relatos, ela prometeu procurar o presidente da Casa.
Isso seria feito, porém, de forma mais discreta possível, para não criar melindres na já instável base política de Lula no Congresso. O centrão, que é majoritário, trabalhou ativamente para cassar o mandato de Glauber.
O deputado anunciou na tarde desta quinta-feira (17) o encerramento da greve de fome que havia iniciado no último dia 9, nas dependências da Câmara, pouco após o Conselho de Ética da Casa recomendar a cassação de seu mandato.
A decisão foi tomada depois que Hugo Motta concordou com uma negociação para suspender o processo de cassação contra Glauber por 60 dias, empurrando eventual votação no plenário para o segundo semestre.
Até lá, a ideia dos aliados do deputado do PSOL é reunir apoio para que não haja a votação ou para que, em havendo, seja aprovada uma punição mais branda, como advertência ou suspensão do mandato.
Em abril de 2024, Glauber expulsou da Câmara com chutes e empurrões um militante do direitista MBL (Movimento Brasil Livre). O psolista também angariou grande antipatia entre seus pares, pautando seu mandato pelo enfrentamento ao centrão e a colegas no plenário.
Sua cassação, se concretizada, representaria uma medida inédita —a primeira vez que um deputado teria essa punição por uma agressão física.
A possível cassação de Glauber é vista com preocupação pelo PT e governo também pelo fato de a ex-senadora Heloísa Helena (Rede-RJ) ser a suplente. Ela foi expulsa do PT em 2003 por ser contra a Reforma da Previdência e até hoje é vista como potencial dor de cabeça para Lula caso volte ao Congresso.
Além de Gleisi, vários integrantes do PSOL e do PT articularam a construção do acordo para o fim da greve de fome. Estiveram na linha de frente das conversas a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), esposa de Glauber, e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ).
Lindbergh também conversou várias vezes com Hugo Motta, que está em viagem particular ao exterior.
“Hugo Motta agiu, nesse caso, como um presidente da Câmara deve agir: mediando, que é diferente de ‘fazer média’, para distensionar. Agora teremos mais dois meses para o fazer o que os que querem cassar o mandato de Glauber Braga nunca fizeram: Argumentar. Contra o absurdo dessa ‘pena capital’ por vingança política”, escreveu em suas redes sociais o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), outro integrante da força-tarefa montada em busca do acordo.
Durante os dias de greve de fome, oito ministros de Lula foram ao local visitar o deputado do PSOL —Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação Social, Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, Cida Gonçalves, que chefia a pasta das Mulheres, Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, e Anielle Franco, da Igualdade Racial.
De acordo com sua assessoria, o deputado Glauber saiu da Câmara direto para um hospital de Brasília, por recomendação médica, para avaliação de sua situação de saúde. Ele teria ingerido apenas água, soro e bebidas isotônicas nesses dias, tendo emagrecido cinco quilos, mas mantido em geral boas condições de saúde.
Ele retomará a alimentação aos poucos, no início por meio de dieta líquida. De acordo com indicação médica, a reintrodução alimentar deve ser gradual e lenta para evitar complicações gastrointestinais, com alimentos como caldos de galinha ou de vegetais, suco de frutas diluído, água de coco, arroz branco ou macarrão.
Na semana que vem, o deputado deve enviar à Comissão de Constituição e Justiça da Casa recurso contra a decisão do Conselho de Ética.
Ranier Bragon, Folhapress
Morre José Almir Menezes, o popular ‘Faustão’ de Ipiaú
Faleceu na noite de quinta-feira (17), por volta das 22h, no Hospital e Clínica São Roque, em Ipiaú, José Almir Menezes Mendes, popularmente conhecido como “Faustão”. Figura popular na cidade, ele tinha 63 anos e lutava há cerca de 40 dias contra complicações decorrentes de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Após apresentar sinais de recuperação, Faustão precisou retornar ao hospital, onde novas complicações foram diagnosticadas, evoluindo infelizmente para o óbito.
Em nota de despedida publicada nas redes sociais, familiares destacaram a trajetória de amor e companheirismo de José Almir:
“Nosso amado Fausto foi um pai e avô amoroso, amigo leal e homem de coração generoso. Sempre presente, era um verdadeiro companheiro para todas as horas. Sua alegria contagiante, sua paixão pela música e pelo Vascão eram marcas registradas que encantavam a todos ao seu redor. Sua partida deixa um grande vazio nos corações de sua família e amigos, mas sua memória viverá para sempre conosco – nas risadas, nas histórias, nas canções, no amor e na alegria que ele espalhou ao longo da vida.”
Faustão deixa três filhos — Sammir, Ilara e Shamara — e uma neta, Izzie. Seu legado de alegria, amizade e generosidade permanecerá na memória de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo. (Giro Ipiaú)
Brasil registra 19,5 milhões vivendo em vias sem pavimentação, diz Censo
O Brasil ainda tinha 19,5 milhões de pessoas morando em vias sem pavimentação em áreas com características urbanas em 2022, apontam novos dados do Censo Demográfico divulgados nesta quinta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número absoluto corresponde a 11,2% do total de habitantes pesquisados nesses locais (174,2 milhões). O contingente era similar à população inteira de Minas Gerais à época (20,5 milhões).
Já a parcela que morava em vias com pavimentação em áreas urbanas foi de 154,1 milhões em 2022. O contingente correspondia a 88,5% do total de habitantes dessas localidades.
Os dados integram a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, que faz parte da operação do Censo. Devido a mudanças na metodologia, o IBGE evita a comparação direta dos números com 2010, ano do recenseamento anterior.
Para ser considerada pavimentada em 2022, uma via precisava ter algum tipo de cobertura em mais de 50% do trecho analisado. Em 2010, espaços menores já bastavam para o registro de pavimentação.
O instituto considera diferentes tipos de cobertura, como asfalto, paralelepípedo e concreto. A reportagem questionou o IBGE sobre os fatores que podem impedir um avanço maior da pavimentação no país, mas o órgão afirma que não investigou isso na pesquisa.
“A pavimentação das vias públicas é fundamental para o desenvolvimento urbano e a qualidade de vida dos cidadãos. Esses fatores juntos contribuem para cidades mais eficientes, seguras e agradáveis para se viver”, diz a publicação do instituto.
Os dados confirmam diferenças regionais. Em seis unidades da federação, mais de 90% dos moradores de áreas urbanas residiam em vias pavimentadas em 2022.
Foram os casos de São Paulo (96%), Minas Gerais (95,3%), Distrito Federal (94,2%), Goiás (94%), Paraná (91,8%) e Espírito Santo (91,3%).
Outros sete estados, por outro lado, contavam com menos de 80% dos moradores em vias pavimentadas. Essa relação incluiu Pará (69,3%), Rondônia (70,4%), Amapá (71,9%), Pernambuco (76,3%), Maranhão (77,5%), Mato Grosso do Sul (78,8%) e Paraíba (79,2%).
As diferenças também aparecem quando a análise foca os municípios. Em 77 cidades brasileiras, 100% dos moradores de áreas urbanas viviam em vias pavimentadas, segundo o IBGE. No município de São Paulo, o percentual foi de 97,4%.
Apesar disso, a falta de pavimentação ainda é realidade para moradores de bairros como o Jardim Celeste, no Butantã, zona oeste paulistana. É o caso de um trecho na rua Bernardo Buontalenti, na altura do número 395, que não tem asfalto e que corre risco de ter uma cratera.
“A gente já tem pedido asfalto na rua, mas a subprefeitura começa, faz metade e metade fica sem asfalto. Encontra com a [rua] Antônio do Vale, que é asfaltada”, diz a líder comunitária Maria Gorete Ferreira, 53.
A moradora do bairro diz que já pede há três anos por melhorias além da pavimentação, como a zeladoria nos cantos da rua e em uma praça. O risco de cratera, diz Gorete, ocorre por causa de um córrego que passa junto ao local e pode causar instabilidade na rua.
Procurada, a Prefeitura de SP afirmou que “faz ações rotineiras de zeladoria” e que “abriu um processo licitatório, que está em andamento, para a execução dos serviços de asfaltamento no trecho sem pavimentação”.
Na outra ponta da lista, cinco cidades registraram menos de 15% dos habitantes em vias pavimentadas. Foram os casos de Capão do Leão (RS), com 11,3%, Colniza (MT), com 12,4%, Aceguá (RS), com 13,1%, Arambaré (RS), com 14,4%, e Morro Cabeça no Tempo (PI), com 14,5%.
O instituto analisou informações de quase 341 mil setores censitários (unidades de divisão do território) com características urbanas, incluindo comunidades tradicionais e favelas.
CALÇADAS AINDA MOSTRAM DIFICULDADES
A pesquisa investiga dez quesitos relacionados à infraestrutura urbana. A existência de calçada ou passeio, a exemplo da pavimentação, integra a lista.
Em 2022, 84,1% dos moradores pesquisados residiam em vias com calçada ou passeio no Brasil, o equivalente a 146,4 milhões. O IBGE considerou estruturas com ou sem pavimentação.
Em 2010, a análise também englobou esse tópico, mas abrangia somente caminhos pavimentados ou calçados para pedestres –o percentual havia sido de 66,4% à época.
Uma das novidades de 2022 é a investigação sobre calçadas livres de obstáculos. Segundo o IBGE, apenas 32,8 milhões de moradores residiam em trechos sem esses gargalos. O número equivale a 18,8% do total de habitantes –só um em cada cinco.
Barreiras à circulação de pedestres criadas por vegetação, placas mal sinalizadas e buracos são exemplos de obstáculos nas calçadas.
O IBGE também indicou que apenas 26,5 milhões de moradores residiam em vias com rampa para cadeirantes no Brasil em 2022, o equivalente a 15,2% do total. Em 2010, a proporção era ainda menor, de 3,9%.
Outro indicador analisado é a presença de árvores em áreas urbanas. Em 2022, o país tinha 58,7 milhões de moradores em vias públicas sem arborização. O número equivale a 33,7% do total (um terço).
Enquanto isso, 114,9 milhões (ou 66%) viviam em vias com a presença de pelo menos uma árvore. Por mudança de critérios entre 2010 e 2022, a comparação direta sobre arborização fica impossibilitada, diz o IBGE.
80 MILHÕES VIVEM SEM BOCA DE LOBO
De acordo com o instituto, quase 93,6 milhões de habitantes de áreas urbanas residiam em vias com bueiros ou bocas de lobo em 2022. O número representa 53,7% do total.
Nesse caso, o IBGE disse que é possível uma comparação direta com 2010. À época, o percentual de moradores em vias com bueiros ou bocas de lobo era menor, de 39,3%.
Essas estruturas são importantes para evitar alagamentos e acúmulo de água, que podem causar danos a pessoas e propriedades.
Os dados de 2022 indicam que 80,1 milhões de habitantes de áreas urbanas ainda viviam em vias sem bueiros ou bocas de lobo. O número equivale a 46% (quase a metade) da população investigada.
“É um retrato quase incontestável do nível de segregação do nosso modelo de desenvolvimento urbano”, disse o professor Valter Caldana, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie.
Ele destacou o risco maior de acidentes para pedestres que moram em vias sem calçamento e os impactos na sociabilidade, uma vez que moradores de áreas com infraestrutura precária tender a sair menos de casa e ter menos acesso a lazer. “O nível de desigualdade se materializa em todos os quesitos da urbanização: na infraestrutura sanitária, na mobilidade, na oferta de serviços.”
Quando o quesito analisado é a iluminação pública, os números sinalizam uma cobertura maior. Em 2022, 97,5% dos moradores de áreas urbanas residiam em vias com essa infraestrutura (169,7 milhões).
Em 2010, o percentual era de 95,2%, de acordo com o IBGE.O instituto investigou a presença da iluminação, e não o funcionamento dela. O Amapá foi o único estado com índice inferior a 90% em 2022.
5 MILHÕES MORAM EM VIAS COM CIRCULAÇÃO RESTRITA
A pesquisa ainda traz informações sobre a capacidade máxima de circulação nas vias –outra novidade da edição de 2022.
Segundo o IBGE, 5 milhões de brasileiros residiam em vias que apresentavam capacidade mais restrita à época. Ou seja, em trechos que conseguiam receber somente motos, bicicletas e pedestres.
Esses 5 milhões representavam 2,9% do total de moradores das áreas pesquisadas. Amapá (15,1%), Pernambuco (8,4%), Amazonas (8,3%), Bahia (6,9%) e Rio de Janeiro (5,7%) tiveram os maiores percentuais de habitantes em vias com capacidade restrita. Goiás (0,08%) e Mato Grosso (0,09%) mostraram as menores proporções.
No Brasil, a maior parcela dos moradores (158,1 milhões, ou 90,8% do total) estava em vias que conseguiam receber veículos maiores, como caminhões ou ônibus.
Outros 10,5 milhões de pessoas (ou 6,1%) residiam em trechos com capacidade máxima para circulação de carros ou vans.
Leonardo Vieceli/Lucas Lacerda/Marina Pinhoni/Nicholas Pretto/Tulio Kruse/Folhapress
Transparência Internacional critica asilo a ex-primeira-dama do Peru concedido por Lula
A ONG Transparência Internacional-Brasil criticou nesta quinta-feira, 17, o asilo concedido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, condenada a 15 anos de prisão em julgamento relacionado a Operação Lava Jato. Segundo a entidade, Lula coloca “dúvidas” sobre a atuação dele em “lutar contra a corrupção e a impunidade” na América Latina.
“A concessão de asilo, sob a justificação da proteção humanitária, levanta sérias dúvidas sobre o compromisso do Brasil com o combate à corrupção e impunidade na região. Ao fornecer abrigo a uma pessoa condenada por corrupção, o Brasil envia um sinal preocupante de tolerância a práticas ilícitas que enfraquecem as instituições democráticas e dificultam o desenvolvimento dos países latino-americanos”, disse a Transparência Internacional.
Citando os desdobramentos da Operação Lava Jato no Brasil, a Transparência Internacional disse que o Peru não se “convenceu da narrativa” da ilegalidade das provas da Odebrecht, utilizadas para condenar o casal.
“Se tivesse havido vontade institucional, o Brasil poderia ter feito o mesmo – mas optou por enterrar esse sólido conjunto de evidências. (..) É imperativo que o Brasil reveja sua conduta, tanto internamente como internacionalmente. A integridade do sistema judicial e a credibilidade da diplomacia brasileira não pode ser comprometida pela proteção de atores corruptos”, escreveu a ONG.
Como mostrou o Estadão, a oposição ao governo Lula se movimentou contra a medida. Os parlamentares sugeriram a abertura de investigações pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Eles também pretendem convocar o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a prestar explicações na Câmara e requisitaram informações por escrito ao Itamaraty
Nadine Heredia chegou ao Brasil nesta quarta-feira, 16, após um salvo-conduto do governo peruano conquistado após articulações com o Planalto.
Nadine Heredia é esposa do ex-presidente peruano Ollanta Humala. Nesta terça-feira, 15, os dois foram condenados a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, acusados de receber recursos ilícitos da Odebrecht e do governo venezuelano para o financiamento de campanhas.
O advogado Marco Aurélio de Carvalho, que integra a defesa de Nadine e faz parte do Grupo Prerrogativas, afirma que há “paralelos indiscutíveis” entre o caso de Nadine e os processos contra Lula na Operação Lava Jato.
“As condenações do ex-presidente peruano e de sua esposa carecem de provas e foram lastreadas por uma única delação que já é inclusive objeto de dúvidas e polêmicas no próprio Peru”, afirmou.
Gabriel de Sousa/Estadão
Lula fica de fora da lista dos 100 mais influentes da revista ‘Time’
A revista americana Time divulgou nesta quarta-feira, 16, a lista Time100, com as cem pessoas mais influentes do mundo neste ano. A edição de 2025 é a primeira desde 2019 a não conter nenhuma personalidade brasileira, seja na área de política, ciência, artes ou esportes.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) integrou a lista de 2023, ano em que tomou posse para seu terceiro mandato à frente do Executivo federal. Em maio de 2022, ele foi capa da revista com uma reportagem sobre seus planos de retornar à Presidência após passar 580 dias preso por condenações da Operação Lava Jato
Em 2024 e 2025, no entanto, Lula ficou de fora da relação. Alguns dos brasileiros que figuraram na Time100 nos últimos anos foram: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019; o cacique Raoni Metuktire, em 2020; a empresária Luiza Trajano, em 2021; a cantora Anitta, em 2022; Lula e o jogador de futebol Vinícius Júnior, em 2023, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que já foi incluída três vezes, em 2008, 2023 e 2024.
A seleção é dividida em seis categorias: Titãs, Artistas, Inovadores, Pioneiros, Ícones e Líderes. A última destaca lideranças políticas, sociais e empresariais consideradas, no momento, inspiradoras ou influentes.
Neste ano, estão contempladas personalidades latino-americanas como o presidente argentino Javier Milei, que também foi escolhido em 2024; Claudia Sheinbaum, primeira mulher presidente do México; e María Corina Machado, líder opositora na Venezuela.
No texto de apresentação, Milei é descrito como um “ícone global da direita”. A presidente mexicana foi reconhecida por sua abordagem sobre as negociações de migração na fronteira com os Estados Unidos, e María Corina Machado foi caracterizada como a “personificação da resiliência, tenacidade e patriotismo”.
Segundo a Time, a lista é elaborada em processo liderado por editores e jornalistas do veículo, que conversam com parceiros e fontes ao redor do globo e vão afunilando ao longo do ano a relação de pessoas que consideram estar influenciando os acontecimentos atuais.
Raisa Toledo, Estadão Conteúdo
Moraes tem ‘poderes excessivos’ e STF enfrenta ‘crescentes questionamentos’, diz revista
A revista inglesa The Economist afirmou nesta quarta-feira, 16, que o Supremo Tribunal Federal (STF) pode agravar sua crise de confiança diante dos brasileiros se não levar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao plenário da Corte.
O ex-presidente e mais sete aliados são réus no STF por uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O Supremo ainda analisará o recebimento da denúncia contra mais 26 pessoas. Tanto o recebimento das denúncias quanto o julgamento das ações penais serão realizados pela Primeira Turma, colegiado com cinco dos 11 ministros da Corte.
Para a revista inglesa, o julgamento na Turma pode agravar a crise de credibilidade enfrentada pelo STF nos últimos anos. O Supremo foi procurado para se posicionar sobre as críticas da revista, mas não respondeu.
Segundo o artigo publicado pela The Economist, a Suprema Corte brasileira enfrenta “crescentes questionamentos” na medida em que tenta “administrar” assuntos políticos. O Judiciário do Brasil é definido como um sistema de “juízes com poder excessivo”. “E nenhuma figura personifica isso melhor do que Alexandre de Moraes”, afirma a The Economist, qualificando o magistrado como um “juiz estrela”.
“Moraes responde às críticas com autoridade. Pressionado no ano passado sobre se o tribunal deveria adotar um Código de Ética, como a Suprema Corte dos Estados Unidos fez em 2023, Moraes afirmou que ‘não há a mínima necessidade.'”, afirmou a The Economist, referindo-se a uma declaração de Moraes durante o Fórum Jurídico de Lisboa em junho de 2024. O evento é encabeçado pelo Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), fundado pelo ministro do STF Gilmar Mendes. Por essa razão, o evento foi apelidado de “Gilmarpalooza”.
A The Economist criticou o decano da Corte por reunir no Fórum de Lisboa “pessoas influentes que costumam ter negócios na pauta” do STF. Em 2024, o Estadão mostrou que o “Gilmarpalooza” reuniu representantes de 12 empresas com causas tramitando no Supremo. Algumas das ações, inclusive, eram de relatoria do próprio Gilmar Mendes.
Moraes e Gilmar não foram os únicos alvos de críticas da revista inglesa. Dias Toffoli foi mencionado como exemplo do poderio das decisões monocráticas do STF, como são chamados os despachos individuais de ministros que têm efeito antes de um aval do plenário. Foi por meio de decisão monocrática que Toffoli anulou, em setembro de 2023, as provas obtidas por meio do acordo de leniência da empreiteira Odebrecht (hoje, Novonor). A decisão, segundo a The Economist, comprometeu “quase todas as provas descobertas durante a Lava Jato”. Toffoli também foi criticado por “abrir uma investigação duvidosa” contra a Transparência Internacional, uma entidade não governamental que é crítica ao ministro.
Já Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte, foi criticado por uma declaração durante um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em julho de 2023. “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse Barroso na ocasião.
Esses fatores, segundo a The Economist, compõem um cenário de crise de credibilidade do STF. Na avaliação da revista, o julgamento de Bolsonaro na Primeira Turma pode agravar essa percepção, uma vez que, dos cinco ministros do colegiado, dois deles possuem estreita relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): Cristiano Zanin, ex-advogado pessoal do petista, e Flávio Dino, ex-ministro do governo Lula. Ambos, inclusive, indicados ao Supremo por Lula nos últimos dois anos. “O julgamento, portanto, corre o risco de reforçar a percepção de que o tribunal é guiado tanto pela política quanto pela lei”, afirmou a revista inglesa.
A publicação avaliou que o STF ampliou seu escopo de atuação em resposta a uma crise institucional nos demais Poderes. Nos últimos anos, enquanto o Executivo perdeu sua legitimidade, o Congresso “se viu atolado” em “impasses e escândalos” de corrupção. Nesse sentido, o escândalo do Mensalão, julgado pelo STF em 2012, fortaleceu a Corte. O Supremo passou a estar “mais disposto a fazer valer seus poderes” a partir do julgamento. “Seus poderes advêm da Constituição brasileira, uma das mais longas do mundo, e permite que partidos políticos, sindicatos e muitas outras organizações apresentem casos diretamente ao STF, em vez de deixá-los passar por tribunais inferiores”, informou a The Economist.
Como mostrou o Estadão, o STF tem ampliado seu controle de constitucionalidade com o julgamento de ações por “omissões inconstitucionais”. Segundo o levantamento, desde 2019, a Corte despachou 78 decisões do gênero. O valor supera as 62 decisões do tipo registradas entre 1990 e 2018.
A publicação observou ainda que o STF “legisla” sobre determinados assuntos “porque as outras instituições brasileiras fazem seu trabalho mal”. Como exemplo do mau trabalho dos demais Poderes, a The Economist citou o projeto de regulamentação das redes sociais, conhecido como “Projeto de Lei das Fake News”. A proposta está na gaveta do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que já afirmou que não pretende pautá-lo, pois “não legislar também é uma opção”.
A revista citou a prioridade do Congresso em debater a anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 como “surreal”. “O Congresso há muito tempo aguarda um projeto de lei que estabeleceria regras claras para a liberdade de expressão online. Em vez disso, surrealmente, está gastando seu tempo ponderando uma legislação que perdoaria aqueles que atacaram prédios do governo após a derrota eleitoral de Bolsonaro.”
Juliano Galisi/Estadão Conteúdo
Ciro Nogueira confirma que federação PP-União Brasil está praticamente consolidada; novo grupo terá maior bancada da Câmara
Apesar de impasses regionais, a federação PP-União Brasil está praticamente consolidada. A afirmação é do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), em entrevista às páginas amarelas da revista Veja desta semana.
“Já está praticamente consolidado. Há algumas questões de disputas em estados, mas estamos chegando ao fim com o processo”, disse.
O mesmo cenário foi desenhado ao Política Livre pelo deputado federal José Rocha (União Brasil), que demonstrou otimismo com a conclusão das tratativas ainda neste mês de abril. Rocha também defendeu que, caso a federação seja formalizada, o comando do novo grupo na Bahia fique sob a liderança do deputado federal Paulo Azi, atual presidente estadual do União Brasil.
Segundo Ciro Nogueira, a nova federação servirá como uma “bússola” para direcionar as pautas relevantes ao país. Juntos, PP e União Brasil formarão a maior bancada da Câmara, com 109 deputados, a terceira maior do Senado, com 13 senadores, terão seis governadores e 1/4 dos prefeitos do país.
“Essa federação vai se tornar uma bússola para nos direcionar, para fazer com que as pautas que são importantes para o país sejam realmente discutidas e que consigamos virar a página das questões que não ajudam em nada o povo brasileiro”.
Aqui na Bahia, a federação pode provocar a desfiliação de parlamentares do PP, que apesar de marcharem com ACM Neto (União Brasil) em 2022, estão hoje na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Já no plano nacional, a federação pode acabar indicando um nome para compor a vice-presidência na chapa que representará a direita e a centro-direita nas eleições presidenciais. O próprio Ciro Nogueira é ventilado para essa função, que também pode buscar reeleição como senador ou ainda disputar o governo do Piauí.
“Candidatura ao Senado e ao governo do Piauí só depende de mim, mas a presidente ou vice-presidente vai depender do contexto. É algo que o meu estado nunca teve, mas o mais importante é ganhar a eleição. Se o meu nome, na época certa, estiver como o melhor para compor a chapa, vou ficar muito feliz e honrado”, disse Nogueira à Veja.
Política Livre
PRF inicia operação de feriado nas rodovias federais
Começa nesta quinta-feira (17) a Operação Semana Santa e Tiradentes 2025, da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Serão cinco dias de reforço nas atividades de fiscalização em vias federais de todo o país, visando dar mais segurança a quem aproveita o feriado para pegar a estrada.
A iniciativa busca prevenir sinistros e fiscalizar condutas irregulares por parte dos motoristas, com foco em diminuir as estatísticas de infrações registradas este ano.
Até março, as infrações mais observadas foram
transitar em velocidade superior à máxima permitida, com mais de 1,7 milhão de ocorrências;
ultrapassagens pela contramão em trechos de linha amarela contínua, com 55,2 mil casos;
condução de veículo não licenciado, 65,8 mil casos;
e não uso de cinto de segurança, 35,4 mil ocorrências
“Somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, a PRF contabilizou, no atendimento a sinistros de trânsito nas rodovias federais de todo o país, 280 feridos e 96 pessoas mortas que não faziam o uso do cinto de segurança”, informou a PRF.
Em igual período de 2024, foram 125 mortes e 313 feridos que estavam sem o equipamento de segurança.
Tecnologia
“Além de aumentar nossa presença na rodovia, vamos aumentar o número de fiscalizações. Estamos nos valendo do aumento do uso da tecnologia, com radar fixo e móvel. Temos aplicado muito os radares móveis nessas fiscalizações de velocidade”, disse o diretor geral da PRF, Fernando Oliveira, ao anunciar a operação.
A PRF informa que durante os dias de operação, intensificará a fiscalização de outras condutas irregulares que podem representar riscos.
“Entre elas, estão a alcoolemia ao volante, o uso do celular ao volante e a falta de itens obrigatórios de segurança, como o cinto e os dispositivos de retenção de crianças, conhecidos popularmente como cadeirinhas”.
As ações durante o feriado buscam, também, combater criminalidades como tráfico de drogas, armas e outros materiais ilícitos.
Agência Brasil
Ministério dos Transportes, Casa Civil, Governo da Bahia e delegação chinesa visitam Porto Sul e Fiol e discutem implantação do Corredor Bioceânico Brasil-Peru
Uma delegação de engenheiros ferroviários do governo chinês esteve em Ilhéus (BA), nesta quarta-feira (16), para avaliar o potencial das obras da Malha I da Ferrovia de Integração Leste-Oeste (Fiol) e do Porto Sul, com vistas à criação do Corredor Bioceânico Brasil-Peru. A visita, coordenada pelo Governo Federal e com participação do Governo da Bahia, teve como foco analisar a possibilidade de conectar o Porto Sul, no Oceano Atlântico, ao porto peruano de Chancay, no Oceano Pacífico, localizado a cerca de 80 quilômetros de Lima.
“A proposta é estabelecer um corredor ferroviário estruturante para transporte de carga no Brasil – de Leste a Oeste, atravessando Bahia, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre. Toda a produção da região central do país seria escoada por essa infraestrutura ferroviária até o Porto de Chancay”, explicou o secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro.
A China deverá elaborar um novo estudo voltado à implantação do Corredor Bioceânico Brasil-Peru, que pretende criar uma rota estratégica para o comércio entre os dois oceanos, ampliando as conexões comerciais entre a China e os países da América do Sul.
“Essa ligação bioceânica é um grande sonho do Brasil. Quando essa ferrovia alcançar o Pacífico, o tempo de navegação entre a costa brasileira e a Ásia será reduzido em cerca de dez dias”, afirmou Marcus Cavalcanti, secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil, durante a visita.
“O Brasil exporta, anualmente, US$350 bilhões, e mais de um terço desse volume tem como destino a China. Desse total, 60% correspondem a minério de ferro e soja – cargas que dependem de transporte ferroviário. É uma alternativa mais eficiente, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental”, acrescentou Leonardo Ribeiro.
Infraestrutura baiana no centro da integração logística
O presidente da Bahiainvest, órgão do Governo do Estado, Paulo Guimarães, ressalta que “o Porto Sul e a Ferrovia Oeste-Leste são fundamentais não apenas para as regiões Sul e Sudeste, mas para todo o estado. Eles vão possibilitar o escoamento de minérios e grãos e representar uma grande artéria para o desenvolvimento de novos projetos industriais e agroindustriais. Além disso, tornam-se o principal elo, e é esse o motivo da visita dos chineses, para a implantação de uma ferrovia bioceânica ligando o Oceano Pacífico, no Peru, ao Oceano Atlântico, em Ilhéus”.
Guimarães também destacou que “o Porto Sul atrairá novas indústrias e viabilizará a criação de um Polo de Logística, com impacto positivo em toda a economia regional, com uma característica própria da Bahia: a produção sustentável”.
A Malha I da Fiol, com 537 quilômetros entre Caetité (BA) e Ilhéus (BA), é peça essencial na logística de escoamento de cargas. A integração com o Porto Sul figura como uma das alternativas mais promissoras para o sucesso do corredor bioceânico. A concessionária Bahia Mineração S.A. (Bamin) é responsável pelas obras do trecho ferroviário e também pela construção do Porto Sul.
Projeto Fico-Fiol: nova rota ferroviária estratégica
O projeto Fico-Fiol compreende a concessão à iniciativa privada da Ferrovia Integração Centro-Oeste (Fico) e Fiol. Prioritário no Novo PAC, o empreendimento prevê 2,7 mil quilômetros de extensão entre Bahia, Goiás e Mato Grosso, com investimentos estimados em R$ 28,7 bilhões. As ferrovias envolvidas serão integradas à Ferrovia Norte-Sul e à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), fortalecendo a consolidação de um corredor logístico estratégico.
“O projeto, que já conta com parte de sua infraestrutura construída pelo governo brasileiro, visa transportar a produção de grãos e minérios da Bahia e do Matopiba até Lucas do Rio Verde (MT)”, detalhou Leonardo Ribeiro.
O Corredor Bioceânico Brasil-Peru conectará a Fico-Fiol ao Porto de Chancay, cruzando os estados de Rondônia, Acre e o território peruano.
Delegação chinesa percorre obras e faz avaliações técnicas
A delegação chinesa iniciou a semana visitando as obras do entroncamento entre a Fico-Fiol e a Ferrovia Norte-Sul, concebido para promover a integração do transporte ferroviário de Norte a Sul do país. Técnicos e engenheiros estiveram em Mara Rosa (GO), ponto exato em que essas ferrovias se encontram.
Na terça-feira (15), os técnicos asiáticos foram recebidos na Casa Civil, em Brasília (DF), e nesta quinta-feira (17) seguem para o Porto de Santos, dando continuidade à análise da infraestrutura logística brasileira e à articulação com o Corredor Bioceânico Brasil-Peru.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
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