Noite violenta em Barra do Rocha: em ataques distintos, guarda municipal é morto a tiros e casal baleado
A cidade de Barra do Rocha, no sul da Bahia, voltou a registrar crimes violentos após um longo período de tranquilidade. Na noite de sábado (10), dois casos distintos envolvendo disparos de arma de fogo deixaram um homem morto e outras duas pessoas feridas.
O crime mais grave ocorreu por volta das 23h40, na Rua Adelson Viana, próximo ao colégio CEAMB, na localidade conhecida como Horta Comunitária. Henrique Luiz Pereira de Araújo, de 48 anos, guarda municipal, foi executado a tiros em frente ao imóvel onde morava e também mantinha uma pequena mercearia. Segundo informações de moradores, diversos disparos foram ouvidos no momento do crime. No local, a Polícia encontrou cerca de dez cápsulas de pistola calibre .40. Henrique não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.
A esposa da vítima relatou à polícia que estava dormindo e acordou assustada com o barulho dos tiros. Ela contou que o marido havia ficado sentado na porta de casa tomando uma cerveja, quando teria sido surpreendido pelos criminosos. O corpo foi removido pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Jequié.
Casal baleado dentro de carro
Mais cedo, por volta das 21h, um homem e uma mulher foram baleados dentro de um carro na localidade conhecida como “Estrada da Ferrovia”. Eles foram atingidos por disparos enquanto estavam no interior do veículo. Apesar de ferido nas costas, o motorista conseguiu dirigir até a cidade e pedir socorro a uma guarnição da Polícia Militar. A mulher foi atingida no ombro esquerdo. Ambos foram socorridos por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados para atendimento médico. Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas. Conforme as informações preliminares, a mulher estava de carona no veículo quando ocorreu o ataque. A Polícia Civil irá investigar a autoria e motivação dos crimes. (Giro Ipiaú)
Auditores entregam cargos na Receita por valores de bônus
Auditores com cargos de confiança nas duas das principais divisões da Receita Federal, a de arrecadação e a de tributação, criticam o governo pela suposta quebra de acordo referente ao pagamento de bônus por eficiência (IEI) e isso levou a Coordenação de Tributação (Cosit) a pedir exoneração do cargo na última sexta (9).
A carta, obtida pela coluna Painel S.A., do jornal Folha de S.Paulo, foi enviada ao coordenador-geral de Tributação. Outra divisão da Receita, a coordenação de arrecadação, também enviou manifestação à chefia do órgão exigindo o cumprimento do acordo sob ameaças de paralisação em atividades relevantes.
No centro da discussão está o cálculo do bônus sobre os valores obtidos pelos fiscais para os cofres públicos em autuações e dívidas antigas de contribuintes.
“A solicitação decorre da recente decisão do Comitê Gestor do Programa de Produtividade da Receita Federal, que, de forma arbitrária, desarrazoada e desprovida de suporte legal, reduziu a remuneração dos auditores”, diz a carta da Cosit.
“Decorre também da ausência de senso de urgência para a solução das negociações salariais que negligenciam o corpo funcional da Receita Federal, cujos integrantes pertencem às únicas categorias do funcionalismo público federal que não tiveram reajuste do vencimento básico no ano corrente”.
Os auditores e analistas da Subsecretaria de Arrecadação, Cadastro e Atendimento reclamam ainda que uma resolução deste ano introduziu uma nova metodologia de cálculo no Índice de Eficiência (IEI) em divergência com o que determina a legislação.
Segundo a categoria, o decreto estabelece que o índice incide diretamente na base de cálculo do valor global e, em vez disso, ele estaria sendo definido por um novo modelo aplicado após a definição do valor individual de cada bônus.
Isso “representa ilegalidade e afronta à lógica do sistema instituído pela Lei nº 13.464/2017 e pelo Decreto nº 11.545/2023”, diz o documento.
Segundo os auditores, isso promove “uma segunda e indevida aplicação do IEI, com redução artificial e indevida do valor do bônus.
Os auditores afirmam que, em 2024, houve um acordo celebrado entre o governo e a Receita e, de com ele, o IEI incidiria sobre a base de cálculo do bônus para a definição do valor global a ser distribuído –não individualmente.
“A aplicação do IEI como fator redutor do valor global, e não individualmente sobre cada pagamento mensal, reflete a busca por um modelo juridicamente sólido, tecnicamente coerente e alinhado com os princípios da valorização do desempenho institucional”, diz a carta. “A inovação trazida demonstra uma quebra do acordo firmado.”
Por fim, os servidores dizem que, se não superado, o impasse poderá comprometer a execução de ações e projetos estratégicos da Administração Tributária e Aduaneira, como auditorias do direito creditório, análises de benefícios fiscais e de transações tributárias e a regulamentação da reforma tributária.
Julio Wiziack/Folhapress
Federações e fusões entre partidos antecipam eleições de 2026 na Bahia
Movimentos de cima para baixo, impostos pelas negociações nacionais entre partidos para a formação de federações ou fusões, afetam diretamente o xadrez político e antecipam a disputa eleitoral de 2026 na Bahia. Esses acordos miram o fortalecimento das legendas, ou são feitos por uma questão de sobrevivência das mesmas depois do fim das coligações, embora, muitas vezes, às custas do sacrifício de alianças locais.
A federação anunciada entre o União Brasil e o PP é um exemplo disso. Nacionalmente, os dois partidos passam a formar, juntos, a maior bancada na Câmara Federal, com 109 parlamentares. Na Bahia, no entanto, o “casamento” com prazo inicial de quatro anos sepultou os planos do PP de apoiar à reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT), ao menos de forma institucional.
Isso porque a federação, batizada de União Progressista Brasileira (UPB), será comandada em solo baiano pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), principal adversário do governador. Essa é a tendência, pois o partido de Neto tem mais congressistas do que o PP, presidido no Estado pelo deputado federal Mário Negromonte Júnior, que tentava levar a legenda para o “colo” de Jerônimo.
O acordo nacional também forçou os deputados do PP que almejam seguir com Jerônimo a intensificarem, faltando ainda 11 meses para a abertura da janela partidária de 2026, as articulações para troca de sigla. Quatro pepistas com cadeira na Assembleia Legislativa desejam fazer esse movimento de forma coletiva para uma única legenda, o que não é algo fácil.
Partidos da base de Jerônimo como o MDB, o PDT e o PSB, com quem os deputados estaduais do PP Niltinho, Hassan Iossef, Eduardo Sales e Antonio Henrique Júnior estão dialogando, têm dificuldades em receber os quatro pela resistência de candidatos das próprias siglas que miram cadeiras na Assembleia e não querem ser ameaçados. A questão é de matemática eleitoral.
PSDB e Podemos
Além do PSD e do Avante, que já chegam fortes em 2026 nas disputas proporcionais, o Podemos estaria disposto a receber os quatro deputados estaduais do PP em bloco, mas as conversas só serão concluídas após as negociações nacionais da cúpula do partido com o PSDB sobre uma fusão.
Essa fusão, que é um processo muito mais profundo do que uma federação, já que a partir dela surge um novo partido, afeta diretamente o posicionamento das duas siglas na Bahia. A maior questão é: quem ficará no comando no Estado. O PSDB hoje está no grupo de ACM Neto, enquanto o Podemos é da base de Jerônimo.
MDB e Republicanos
Outra federação que está sendo discutida em Brasília pode ocorrer entre o MDB e o Republicanos. A exemplo do PSDB e do Podemos, os dois partidos também estão em lados opostos na Bahia. O primeiro, inclusive, tem o vice-governador Geraldo Júnior. O segundo, comandado no Estado pelo deputado federal Márcio Marinho, é aliado de ACM Neto.
Esta semana, em conversa com este Política Livre, Márcio Marinho descartou que integrar uma federação seja prioridade do Republicanos neste momento. Entretanto, segundo a imprensa do sul do país, as conversas estão avançando. O site apurou que o ex-ministro Geddel Vieira Lima, liderança do MDB baiano, estará em Brasília esta semana para acompanhar essas negociações de perto.
MDB chegou a discutir PSD a possibilidade de uma federação, mas as conversas não avançaram.
Mecanismos diferentes
Embora muitas vezes confundidas, federação e fusão partidária são mecanismos distintos na legislação eleitoral brasileira. Na federação, dois ou mais partidos se unem para atuar como uma só legenda por, no mínimo, quatro anos, mantendo, no entanto, suas estruturas internas e identidades jurídicas separadas.
Já na fusão, os partidos deixam de existir individualmente para dar origem a uma nova sigla, com novo estatuto, direção e registro. Enquanto a federação é uma aliança duradoura e obrigatória em todas as esferas (municipal, estadual e federal), a fusão representa a incorporação definitiva de legendas em uma só.
Política Livre
PF alerta sobre sites falsos de concursos da instituição
Brasília/DF. A Polícia Federal alerta para o aumento de sites que anunciam concursos públicos inexistentes em nome da instituição.
Atualmente, o único concurso público aberto pela Polícia Federal é para a área administrativa, com inscrições realizadas exclusivamente no site oficial do Cebraspe: https://www.cebraspe.org.br/concursos/pf_25_adm.
A PF reforça que todos os processos seletivos oficiais são divulgados exclusivamente pelos canais institucionais e orienta os candidatos a desconsiderarem qualquer outra fonte não oficial. Em caso de suspeitas, denuncie às autoridades pelo canal Comunica PF: https://www.gov.br/pf/pt-br/comunica-pf.
Coordenação-Geral de Comunicação Social
Putin propõe negociações de paz com a Ucrânia após três anos de guerra
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs neste domingo (11) a realização de negociações diretas com a Ucrânia no dia 15 de maio, na Turquia. O objetivo, segundo ele, é alcançar uma paz duradoura — uma iniciativa que foi bem recebida pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O líder russo, que até agora ofereceu poucas concessões para encerrar o conflito, afirmou que as conversas, previstas para ocorrer na cidade turca de Istambul, devem focar em eliminar as causas profundas da guerra e restaurar uma “paz duradoura e estável” — não apenas uma pausa para rearmamento.
“Estamos propondo que Kiev retome as negociações diretas sem qualquer pré-condição”, disse Putin do Kremlin, nas primeiras horas de domingo. “Oferecemos às autoridades de Kiev que retomem as negociações já na quinta-feira, em Istambul”.
Putin afirmou que conversará ainda no domingo com o presidente turco, Tayyip Erdogan, para viabilizar as conversas, que poderiam levar a um cessar-fogo.
“Nossa proposta, como se diz, está sobre a mesa. A decisão agora cabe às autoridades ucranianas e seus curadores, que parecem estar guiados por ambições políticas pessoais, e não pelos interesses de seus povos”.
O gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o ministério das Relações Exteriores da Ucrânia não responderam de imediato ao pedido de comentário da Reuters.
Em mensagem na rede social Truth Social, Trump celebrou a proposta de Putin como um passo positivo para o fim da guerra.
“Um dia potencialmente grandioso para a Rússia e a Ucrânia!”, escreveu Trump. “Pensem nas centenas de milhares de vidas que serão salvas se esse ‘banho de sangue’ interminável finalmente tiver um fim.”
Nenhum cessar-fogo?
A proposta de Putin ocorreu poucas horas após potências europeias exigirem em Kiev, no sábado (10), que o presidente russo concorde com um cessar-fogo incondicional de 30 dias, sob pena de enfrentar novas e “massivas” sanções.
Putin rejeitou o que chamou de tentativas de algumas potências europeias de impor “ultimatos”.
Segundo ele, a Rússia já havia proposto diversos cessar-fogos, incluindo uma moratória sobre ataques a instalações energéticas, uma trégua durante a Páscoa e, mais recentemente, uma pausa de 72 horas para as celebrações dos 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial.
Rússia e Ucrânia se acusaram mutuamente de violar essas tréguas temporárias, incluindo o cessar-fogo de 8 a 10 de maio.
Apesar do apelo de Putin por conversas de paz, a Rússia lançou no domingo um ataque com drones contra Kiev e outras regiões da Ucrânia, ferindo uma pessoa nos arredores da capital e danificando várias residências, segundo autoridades ucranianas.
Putin afirmou que não descarta que, durante as conversas propostas na Turquia, as partes concordem com “novas tréguas, um novo cessar-fogo”, o que poderia ser o primeiro passo rumo a uma paz sustentável.
Após anúncio, Rússia lança ataque aéreo contra Kiev, diz prefeito da cidade
Unidades de defesa aérea da Ucrânia estavam tentando repelir um ataque aéreo russo contra Kiev, segundo informou o prefeito da capital. Testemunhas da Reuters relataram explosões semelhantes às provocadas por unidades de defesa aérea em operação.
O ataque ocorreu poucas horas depois de Vladimir Putin, propor negociações diretas com a Ucrânia em 15 de maio, em Istambul.
Folhapress
MP defende cassação do prefeito de Curitiba em manifestação; decisão cabe à Justiça
O Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) recomendou, em alegações finais — última etapa antes da sentença —, a cassação dos mandatos do prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), e de seu vice, Paulo Martins (PL), por suposto abuso de poder político e de autoridade durante o período pré-eleitoral de 2024. No mesmo parecer, o MPE também pediu que Pimentel, Martins e o ex-prefeito Rafael Greca (PSD) fiquem inelegíveis por oito anos. A decisão agora cabe à Justiça Eleitoral.
Pimentel nega irregularidades. “Venci os dois turnos da eleição com o voto da maioria dos curitibanos. Foi uma vitória democrática em uma eleição limpa. Fui diplomado pela Justiça Eleitoral e empossado em 1º de janeiro. Confio na Justiça e no arquivamento dessa ação”, disse Pimentel, ao Estadão.
A ação foi movida pela jornalista Cristina Graeml (Podemos), que foi candidata à Prefeitura de Curitiba em 2024 pelo PMB, e apura suposto abuso de poder político e de autoridade na arrecadação de recursos para a campanha de Pimentel. Segundo a denúncia, o ex-superintendente de tecnologia da prefeitura de Curitiba Antônio Carlos Rebello teria coagido servidores comissionados a comprar convites de R$ 3 mil para um jantar de arrecadação do PSD realizado no dia 3 de setembro de 2024. O dinheiro seria destinado à campanha do então candidato.
Pimentel afirmou, em nota, que repudia toda e qualquer atitude que possa configurar ameaça ou constrangimento a servidores públicos. “O evento em questão foi organizado pelo PSD e não pela candidatura, que usou apenas recursos do Fundo Eleitoral e doações de pessoas físicas no limite da lei. Respeito o parecer do Ministério Público, mas ressalto que se trata da opinião da promotoria. Aguardo a decisão judicial, com a certeza que o caso será arquivado, já que não há nenhum fato que demonstre que a campanha tinha conhecimento ou deu anuência para qualquer ato irregular”, disse ele.
A ação teve como base áudios divulgados pelo portal Metrópoles, nos quais o ex-superintendente Antônio Rebello aparece ameaçando exonerar servidores comissionados que se recusassem a colaborar. A defesa sustenta que as gravações são clandestinas e, por isso, não servem como prova. Aliados de Eduardo Pimentel afirmam reservadamente que o jantar citado ocorreu no âmbito do PSD estadual, responsável por financiar campanhas em diversas cidades do Paraná. Eles classificam o parecer do Ministério Público Eleitoral — que tem oito páginas — como frágil e baseado em prova considerada ilícita.
Para a promotora eleitoral Cynthia Maria de Almeida Pierri, há provas robustas que sustentam a acusação, mesmo sem considerar os áudios. Para ela, “a repercussão midiática, por si só, demonstra a gravidade e o impacto do ocorrido”. Ela menciona ainda a rápida exoneração do investigado Antônio Rebello, logo após a divulgação dos fatos, como um forte indício da veracidade e gravidade da conduta a ele imputada, representando uma admissão tácita da irregularidade por parte da administração. A promotora fala da existência de “diversas” doações no valor exato de R$ 3 mil, correspondente ao preço do convite, realizadas ao PSD em período próximo ao jantar.
“Portanto, mesmo desconsiderando-se o conteúdo direto dos áudios por eventual ilicitude, o conjunto probatório remanescente é suficiente para demonstrar a ocorrência da coação e do consequente abuso de poder”, diz a promotora. Ela acrescenta que há exceções que permitem o uso desse tipo de gravação como prova, como quando é feita em ambiente público.
Diante dos fatos, Pierri pede, em seu parecer, que a Justiça reconheça a prática de abuso de poder político e de autoridade por parte dos investigados; declare a inelegibilidade de Pimentel, Rebello e Greca por oito anos; e decrete a cassação do registro ou diploma de Pimentel e Martins.
Bianca Gomes/Estadão
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