Homem é baleado na garganta durante ataque a residência no distrito de Camamuzinho; filha da vítima era alvo dos criminosos

Um trabalhador identificado como Manuel Gilberto dos Santos, de 55 anos, foi alvejado com um tiro na garganta e também na perna direita na noite desta quarta-feira, 20, na rua São Luís, em Camamuzinho, distrito de Ibirapitanga. O crime ocorreu dentro da residência da vítima e causou comoção na comunidade. Segundo informações apuradas pelo Ubatã Notícias, homens armados teriam chegado ao imóvel e efetuado diversos disparos, atingindo Manuel.
Uma adolescente, filha de Manuel e que segundo testemunhas seria o verdadeiro alvo dos criminosos, também foi ferida de raspão na boca. Populares socorreram as vítimas ao Hospital César Monteiro Pirajá, em Ubatã. O estado de saúde de Manuel é considerado delicado. A Polícia Militar realizou diligências, mas não localizou os suspeitos. O caso será investigado pela Polícia Civil, que deve apurar a motivação da tentativa de homicídio. *Com informações do Ubatã Notícias

Mensagens expõem guerra de Eduardo com Tarcísio: ‘Vendo você se foder e se aquecendo para 2026’

As mensagens trocadas por Jair Bolsonaro (PL) e seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) expuseram uma guerra entre a família do ex-presidente e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nos primeiros dias após o anúncio do tarifaço contra o Brasil.

Numa mensagem enviada ao pai, citada em relatório da Polícia Federal, Eduardo alerta que Tarcísio nunca ajudou Jair Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal), que vai julgar o ex-presidente por liderar a trama golpista de 2022 e 2023.

“Tarcísio nunca te ajudou em nada no STF. Sempre esteve de braço cruzado vendo você se foder e se aquecendo para 2026”, escreveu Eduardo a Jair.

Na mesma mensagem, o deputado afirmou que trabalhou nos EUA para desfazer a ideia de que Tarcísio falava por Bolsonaro e afirmou que o governador queria “posar de salvador da pátria”.

Cézar Feitoza/Folhapress

‘Seu filho Eduardo é um babaca’, disse Malafaia a Bolsonaro em mensagem

O pastor Silas Malafaia, alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (20), fez duras críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e xingou o parlamentar em mensagem enviada ao pai dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Esse seu filho Eduardo é um babaca”, escreveu Malafaia em 11 de julho, dois dias depois que Donald Trump anunciou a aplicação de uma sobretaxa de 50% ao Brasil, em meio a uma articulação de Eduardo nos EUA.

Para Malafaia, o deputado estava dando “a Lula e à esquerda o discurso nacionalista, e ao mesmo tempo te ferrando”.

“Um estúpido de marca maior. ESTOU INDIGNADO! Só não faço um vídeo e arrebento com ele porque por consideração a você. Não sei se vou ter paciência [de] ficar calado se esse idiota falar mas [mais] alguma asneira”, escreveu o pastor.

Cézar Feitoza/Folhapress

Silas Malafaia é alvo de operação da PF e é proibido de falar com Bolsonaro e Eduardo

O pastor Silas Malafaia foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quarta-feira (20). Ele teve o telefone celular apreendido no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ao desembarcar de Lisboa.

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o pastor teve passaportes cancelados, não pode sair do país e nem manter contato com Jair e Eduardo, mesmo por intermédio de outras pessoas.

Moraes também autorizou a quebra de sigilo de dados bancários, fiscais e telefônicos dos equipamentos apreendidos.

A PF havia incluído o pastor no inquérito sob relatoria de Alexandre de Moraes que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo por suposta tentativa de embaraçar as investigações.

“A continuidade das investigações demonstrou fortes indícios de participação de Silas Lima Malafaia na empreitada criminosa, de maneira dolosa e com unidade de desígnios com Jair Messias Bolsonaro e Eduardo Nantes Bolsonaro”, afirmou Moraes, que autorizou as medidas contra Malafaia.

A Polícia Federal afirma ter identificado que Malafaia, “conhecido líder religioso”, atuou em articulação com outros investigados “na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas, bem como no direcionamento de ações coordenadas”.

Para os investigadores, o objetivo do pastor seria “coagir os membros da cúpula do Poder Judiciário, de modo a impedir que eventuais ações jurisdicionais proferidas no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) possam contrapor os interesses ilícitos do grupo criminoso”.

Malafaia organizou o ato de apoio a Bolsonaro em 3 de agosto, no qual o ex-presidente participou por vídeo transmitido em redes sociais de terceiros. A aparição resultou, no dia seguinte, na decretação de prisão domiciliar do ex-presidente.

A inclusão no inquérito gerou reação da bancada evangélica. O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder da bancada do PL na Câmara, afirmou na semana passada considerar a medida “perseguição religiosa”.

“É uma situação gravíssima, um absurdo. A perseguição autoritária juristocrática que se dava por motivos ideológicos agora incluiu a perseguição religiosa, a perseguição a um pastor”, afirmou.

Secretário Héber Cancio esclarece informações e reafirma avanços na saúde de Ibirataia

Nos últimos dias, circularam informações equivocadas em alguns veículos locais a respeito da saúde pública de Ibirataia. Diante disso, venho a público esclarecer os fatos e reafirmar o meu compromisso com a população, destacando os avanços significativos conquistados na área da saúde.

Atualmente, a Farmácia Municipal encontra-se completa e bem abastecida, garantindo que os pacientes tenham acesso regular a medicamentos básicos e essenciais. No transporte, conseguimos renovar e ampliar a frota, permitindo que um número recorde de pacientes seja levado para consultas, exames e procedimentos em outros municípios.

No atendimento e nas marcações, tenho atuado com responsabilidade, dedicação e afinco junto à equipe, assegurando organização e eficiência em benefício da comunidade.

Sobre o episódio citado na Câmara Municipal, referente à entrega da ambulância no distrito de Algodão, não pude estar presente no início da solenidade por motivo de força maior. Naquele momento, eu acompanhava uma operação de extrema importância para proteger a comunidade: a contenção de um indivíduo em surto, armado e que colocava em risco a segurança de moradores. Minha decisão foi pautada pela responsabilidade e pelo zelo pela vida da população.

Sinto alegria e satisfação com a entrega da nova ambulância ao distrito de Algodão, um equipamento que terá grande relevância para a segurança e o bem-estar da comunidade. Além disso, já estamos planejando a implantação de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS), em local apropriado e de fácil acesso, que trará ainda mais qualidade aos serviços oferecidos.

Ao lado do prefeito Sandro Futuca e de toda a equipe de coordenadores, reafirmo nosso compromisso em continuar trabalhando para oferecer uma saúde cada vez mais humanizada, eficiente e próxima da população.

Atenciosamente: Héber Cancio e Lima

Secretário Municipal de Saúde de Ibirataia

CCJ do Senado aprova novo Código Eleitoral e inclui voto impresso no texto

Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira, 20, o novo Código Eleitoral O texto, que teve o aval de 20 senadores contra seis contrários, enfraquece a Lei da Ficha Limpa e a penalização da compra de votos. A oposição ainda teve uma vitória e conseguiu incluir no texto o voto impresso em um placar mais apertado: 14 a 12.

Essa inclusão foi feita por sugestão do senador Esperidião Amin (PP-SC) e diz que o processo de votação de cada eleitor conclui após a confirmação da correspondência entre o teor do voto impresso e o exibido pela urna eletrônica.

O projeto de lei complementar, de 877 artigos, disciplina diversas questões eleitorais e é alvo de controvérsia entre congressistas. Líderes partidários brigam contra o tempo para aprovar esse projeto até o final de setembro, para o texto poder valer até o pleito de 2026.

A expectativa inicial é que a proposta já estivesse aprovada em julho deste ano, mas impasses sobre um trecho que obriga quarentena de dois anos para agentes da lei e outro, que trata punições para desinformação eleitoral, adiaram a votação para o segundo semestre.

Para garantir a aprovação, o relator, Marcelo Castro (MDB-PI), precisou fazer alterações. A quarentena foi reduzida para um ano e a punição sobre fake news eleitoral foi abrandada.

Na versão anterior, estava previsto que quem divulgasse “fatos sabidamente inverídicos sobre partidos ou candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado” estava sujeito a prisão de um a quatro anos e multa, além de possibilidade de aumento de pena caso a divulgação tivesse a finalidade de ferir a integridade do processo eleitoral.

Na atual versão, o tempo de prisão foi reduzido para dois meses a um ano e a multa – o agravante foi retirado.

No caso das eleições de 2026, Castro criou uma exceção para permitir que a desincompatibilização seja feita até 2 de abril.

Castro foi contrário à inclusão do voto impresso no texto, mas a oposição garantiu a votação na CCJ da inclusão de uma emenda sobre o tema.

O relator disse que o trecho é inconstitucional e avaliou que não deve ser aprovado em plenário. “Quero chamar a atenção que o texto aprovado na CCJ sobre o voto impresso foi o mesmo texto aprovado em 2015 no Congresso Nacional e o STF considerou inconstitucional. Quero crer que estamos incorrendo numa inconstitucionalidade pela segunda vez”, afirmou Castro.

“As urnas eletrônicas estão conosco há décadas, em todas as eleições nunca houve até hoje uma única comprovação de fraude ou violação das urnas eletrônicas”, acrescentou.

Proposta fragiliza Lei da Ficha Limpa

O projeto ainda fragiliza a Lei da Ficha Limpa ao estabelecer a contagem de um político condenado ficar oito anos sem poder participar de uma eleição desde a condenação por órgão colegiado, sem menção à necessidade de cumprimento da pena antes

Na legislação atual, a contagem só começa após um político cumprir a pena.

No caso da compra de votos, para a cassação do diploma, do registro ou do mandato de um candidato que se beneficiou de compra de voto, seria necessária uma “aferição da gravidade das circunstâncias”, apontando nexo causal entre a compra de votos e o resultado da eleição.

Na atual legislação, o mero ato de comprar o voto já é o suficiente para se aplicar a punição. A pena é de até quatro anos de prisão e multa, além da possibilidade de cassação do registro ou diploma do candidato. No caso da inelegibilidade, a contagem de oito anos de inelegibilidade ocorre após o cumprimento da pena.

Levy Teles, Estadão Conteúdo

Destaques