Sheila Lemos descarta ser vice na chapa de ACM Neto e afirma que Ronaldo Caiado é o melhor nome para unificar a oposição em 2026


Presente em Salvador para prestigiar as homenagens concedidas ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), assim como o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República, a prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (União Brasil), reforçou que as qualidades do correligionário o credenciam para representar a oposição nas eleições de 2026.

A este Política Livre, Sheila Lemos reforçou que Caiado é um gestor com uma longa trajetória política tanto no Legislativo como no Executivo. “Ele é o melhor governador do país, tem um trabalho prestado. Então, claro que tem todas as credenciais para hoje estar lançando a sua pré-candidatura a presidente da República no próximo ano de 2026”, disse. Ela pontuou, no entanto, que diante da polarização de extremos que o País está vivendo esse “não será um caminho fácil”.

“Caiado vem trazendo uma proposta de união. Sentimos e vamos criar condições para que esse país possa crescer e sair dessa crise. Ele tem todas as condições, sim, de organizar o país, de organizar o nosso querido e imenso Brasil”, contextualizou.

A prefeita de uma das mais importantes cidades da Bahia e a principal da região sudoeste também falou sobre suas pretensões políticas, já que o seu nome é constantemente citado para ocupar a vice na chapa de ACM Neto na eleição para o governo do Estado.

“As pessoas comentam, né, nunca houve um convite formal, acho que também é muito cedo para Bahia estar formando chapa. Não é esse o momento de Neto se posicionar quais serão essas pessoas que irão marchar com ele. Me sinto bastante honrada pela lembrança das pessoas porque isso só fortalece ainda mais esse trabalho que a gente vem fazendo no sudoeste baiano, em Vitória da Conquista. Mas fui eleita prefeita de Vitória da Conquista no ano passado e o meu desejo é de continuar prefeita até 2028 como o povo de Conquista assim decidiu”, afirmou.

Política Livre

Sete prefeituras têm contas de 2023 aprovadas


Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, na sessão desta quinta-feira (03/04), recomendaram às câmaras de vereadores a aprovação com ressalvas das contas de mais sete prefeituras baianas. Todas são referentes ao exercício de 2023.

As contas que receberam o parecer prévio pela aprovação são dos municípios de Catolândia, da responsabilidade de Giovanni Moreira dos Santos; de Irajuba (Antônio Oliveira Sampaio); de Iraquara (Walterson Ribeiro Coutinho); de Irecê (Elmo Vaz Bastos de Matos – 04/02 a 31/12 e Erício Ferreira Batista – 02/01 a 03/02); de Muritiba (Danilo Marques Dias Sampaio); de Nordestina (Eliete de Andrade Araújo); e de Ruy Barbosa (Luiz Cláudio Miranda Pires).

Após a aprovação dos votos, os conselheiros relatores imputaram multas – através de Deliberações de Imputação de Débitos – nos valores de R$2,5 mil (Irecê); R$2 mil (Catolândia e Irajuba) e R$1 mil (Muritiba, Nordestina e Ruy Barbosa). Pela pouca relevância das ressalvas destacadas nas contas de Iraquara, a relatoria não imputou multa ao gestor.

Cabe recurso das decisões.

PM desarticula laboratório de drogas e prende suspeito de tráfico no Bom Juá


Equipes do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e da CIPT/Rondesp BTS, em operação conjunta, apreenderam quantidade de drogas e munições com um suspeito de tráfico na Rua Retirolândia, no Bom Juá, na manhã desta quinta-feira (3).

As guarnições receberam informações sobre um grupo de indivíduos traficando drogas na região. No decorrer das diligências, os militares visualizaram os homens que, ao perceberem a aproximação dos agentes, fugiram. Durante a varredura, as equipes localizaram um membro do grupo adentrando um imóvel, momento em que ele foi alcançado, abordado e imediatamente preso.

Após as buscas, foram encontrados 95 munições de calibres 762 e 9mm, 855 frascos contendo cocaína, 143 comprimidos de ecstasy, 13 tabletes e oito sacolas contendo maconha, duas sacolas e uma porção de crack, cinco balanças de precisão e materiais utilizados no fracionamento e na comercialização de entorpecentes.

O suspeito preso e todo o material apreendido foram apresentados à Polícia Civil, onde a ocorrência foi registrada.

Foto(s): CPE e CIPT/BTS

Polícia Militar apreende fuzis, pistolas e granadas em Fazenda Grande I


Os militares do 22º BPM realizavam ações de policiamento no bairro, quando avistaram um grupo de homens armados que, diante da presença policial, atiraram contra os agentes. Houve o revide e parte do grupo adentrou um imóvel, onde fez um homem, duas mulheres, um adolescente e uma criança reféns. 

O Bope foi acionado e negociou a liberação dos reféns e a rendição dos cinco sequestradores.

Com os presos, foram apreendidos dois fuzis 556, um com numeração raspada, três pistolas 9mm, todas com numerações raspadas, 192 munições 9mm, 56 munições 556, cinco carregadores para 9mm, sendo três alongados, um carregador em caracol, dois carregadores de fuzil, uma balaclava, duas granadas, 618 porções de maconha e R$ 1.932 reais em espécie.

Os indivíduos detidos e as vítimas do cárcere privado foram encaminhados para a delegacia que atende à região, onde todas as providências cabíveis foram adotadas.

Foto(s): BOPE e 22º BPM

INSS: 13º antecipado injetará R$ 73,3 bi na economia; veja calendário

 Pagamento para quem ganha um salário mínimo começa no próximo dia 24
A antecipação do décimo terceiro para aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) injetará R$ 73,3 bilhões na economia, divulgou nesta quinta-feira (3) o Ministério da Previdência Social. O pagamento beneficiará 34,2 milhões de pessoas.

A primeira parcela será paga de 24 de abril a 8 de maio. A segunda parcela vai de 26 de maio a 6 de junho. As datas são definidas com base no dígito final do Número de Inscrição Social (NIS) e com base na renda do beneficiário. Quem ganha apenas o salário mínimo começa a receber antes de quem recebe mais que o mínimo.

O decreto com a antecipação do décimo terceiro do INSS foi assinado nesta quinta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante evento que apresentou o balanço do governo até agora.

Este será o sexto ano seguido em que os segurados do INSS receberão o décimo terceiro antes das datas tradicionais, em agosto e em dezembro. Em 2020 e 2021, o pagamento ocorreu mais cedo por causa da pandemia de covid-19. Em 2022 e 2023, as parcelas foram pagas em maio e junho. No ano passado, o pagamento ocorreu em abril e maio, como neste ano.

O extrato com os valores e as datas de pagamento do décimo terceiro estarão em breve disponíveis no aplicativo Meu INSS, disponível para celulares e tablets. A consulta também pode ser feita pelo site do Instituto.

Quem não tiver acesso à internet pode consultar a liberação do décimo terceiro pelo telefone 135. Nesse caso, é necessário informar o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e confirmar alguns dados ao atendente antes de fazer a consulta. O atendimento telefônico está disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h.
Confira as datas de pagamento
Quem recebe mais que o salário mínimo:
Final do NIS Primeira parcela Segunda parcela
  • 1 e 6 2 de maio 2 de junho
  • 2 e 7 5 de maio 3 de junho
  • 3 e 8 6 de maio 4 de junho
  • 4 e 9 7 de maio 5 de junho
  • 5 e 0 8 de maio 6 de junho
Fonte: INSS
Perfil

Conforme os dados mais recentes do INSS, de fevereiro, 28,68 milhões de pessoas, cerca de 70,5% do total dos segurados do INSS, ganham até um salário-mínimo por mês (R$ 1.518). Outros 11,98 milhões de beneficiários recebem acima do piso nacional. Desse total, 10,6 mil ganham o teto da Previdência Social, de R$ 8.157,41.

A maioria dos aposentados e pensionistas receberá 50% do décimo terceiro na primeira parcela. A exceção é para quem passou a receber o benefício depois de janeiro e terá o valor calculado proporcionalmente.

O Ministério da Previdência esclarece que os segurados que recebem benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) também têm direito a uma parcela menor do décimo terceiro, calculada de acordo com a duração do benefício. Por lei, os segurados que recebem benefícios assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Renda Mensal Vitalícia, não têm direito a décimo terceiro salário.
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Brasil se arma para retaliação ao tarifaço, mas plano é insistir em negociação com EUA


O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se arma para uma eventual retaliação comercial contra as tarifas adicionais anunciadas por Donald Trump, mas, antes de seguir pelo caminho mais drástico, pretende insistir em negociações com os Estados Unidos para tentar derrubar barreiras contra o aço e o alumínio brasileiros.

A ideia do governo é atuar em duas frentes. De um lado, enviar sinais públicos de que tem meios para retaliação e está disposto a adotar contramedidas caso seja necessário. De outro, avaliar o real impacto do tarifaço sobre as exportações brasileiras, mapear possíveis oportunidades e insistir nos contatos bilaterais para abrir cotas nas vendas de aço e alumínio.

O setor metalúrgico é visto como fundamental pelo governo Lula, uma vez que, só em 2024, foram enviados US$ 3,5 bilhões em produtos semiacabados de ferro ou aço aos EUA. É também um segmento em que o Brasil tem argumentos considerados sólidos: o fato de exportar material semiacabado aos EUA e de ser grande comprador de carvão metalúrgico dos americanos.

O Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas brasileiras, afirmou que a prioridade do setor é a defesa da via diplomática negocial para reestabelecer o acordo de cotas de exportação do produto, que vigorou até o mês passado e previa isenção de tarifas de importação.

A postura mais moderada nos bastidores contrasta com o discurso adotado pelo presidente Lula em reação às tarifas impostas por Trump ao Brasil. Em evento nesta quinta (3), o chefe do Executivo disse que o Brasil “respeita todos os países, do mais pobre ao mais rico, mas que exige reciprocidade”.

“Diante da decisão dos EUA, de impor sobretaxa aos produtos brasileiros, tomaremos todas as medidas cabíveis para defender nossas empresas e nossos trabalhadores brasileiros”, afirmou.

O petista citou como referência a lei da reciprocidade, aprovada pelo Congresso Nacional e que autoriza o governo a adotar a retaliação comercial, além das diretrizes da OMC (Organização Mundial do Comércio). “[O Brasil] não bate continência para nenhuma outra bandeira que não seja a verde e amarela”, acrescentou.

Nesta quinta-feira, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, resumiu a estratégia brasileira ao comentar o projeto aprovado pelo Congresso.

“[É] Uma boa legislação, necessária, importante, mas não pretendemos usá-la. O que queremos fazer é o diálogo e a negociação. Mesmo o Brasil ficando com a menor tarifa, 10%, ela é ruim. Ninguém ganha numa guerra tarifária, perde o conjunto”, disse Alckmin, durante entrevista a um podcast.

Na avaliação de um membro do governo brasileiro, o processo de negociação vem surtindo efeito e já trouxe resultado para o Brasil, que acabou sendo alvo de uma tarifa menor do que a imposta a outros países.

Na véspera do anúncio, o clima era de pessimismo diante de declarações de autoridades e documentos da administração Trump que apontavam o Brasil como um país problemático para os EUA na questão da reciprocidade comercial.

Em Washington, a estratégia dos negociadores brasileiros incluiu martelar ideias simples durante as discussões, como os argumentos de que tarifa efetiva aplicada pelo Brasil a produtos americanos é de 2,7% e que os EUA registram recorrentes e expressivos superávits comerciais em bens e serviços com o Brasil ao longo dos últimos 15 anos.

Na Esplanada, a avaliação é que agora é o momento de digerir todas as informações apresentadas pelos EUA e dar sequência às conversas com os americanos para ter dimensão do real impacto das medidas sobre o Brasil, antes de avançar em uma contraofensiva.

Para um membro do governo, Lula fala em medidas cabíveis, mas à luz dos impactos reais sobre a pauta exportadora brasileira. Na avaliação de especialistas, a tarifa anunciada por Trump representa um “alívio” para o Brasil e uma oportunidade para alguns setores.

Mas há preocupações. A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquina e Equipamentos) afirma que a elevação da tarifa pode provocar impactos negativos significativos para o setor.

De acordo com a associação, 25% das exportações de 2024 do setor foram direcionados aos Estados Unidos. “Seremos menos competitivos em relação à indústria local [americana] de máquinas e equipamentos. Podemos citar como exemplo máquinas agrícolas, rodoviárias e máquinas para a indústria de transformação”, disse.

Em entrevista a jornalistas nesta quinta (3), o presidente ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Jorge Viana, disse não conseguir enxergar nenhuma vantagem “quando o mundo pode piorar sua relação comercial” e considerar um “equívoco” qualquer palavra de otimismo.

“O Brasil não tem que focar em qual vantagem a gente vai tirar disso”, disse. “Abrem-se muitas possibilidades, mas acho que, antes das possibilidades, vão vir as dificuldades.”

Uma das possibilidades, segundo ele, é que as tarifas impostas por Trump acelerem o acordo Mercosul-União Europeia –visão também de uma ala na Europa. O embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, disse, por outro lado, que esse cenário não vai diminuir as resistências dos franceses com as cláusulas do tratado de livre-comércio.

Para Viana, a busca de diálogo do governo brasileiro tem sido a postura “mais correta”. “Quando o Congresso cria um instrumento de reciprocidade, já está mandando um sinal para os negociadores dos Estados Unidos de que tem isso [possibilidade de retaliar]”, disse.

“[Precisa] ter cautela e calma nessa hora. Talvez a maior dificuldade do governo americano seja a implementação interna e isso só vamos saber esperando um pouco”, acrescentou.

Nathalia Garcia e Ricardo Della Coletta/Folhapress

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