Advogada interpela ex-ministro no TJ e diz que a Bahia não aceita mais ‘traquinagem’ em processo
A advogada Ana Patrícia Dantas Leão, ex-candidata a presidente da OAB baiana, e seu sócio, o procurador do Estado Eugênio Kruchewski, foram protagonistas de um diálogo duro na tarde da última terça-feira (21) com o colega e ex-ministro José Eduardo Cardoso, no Tribunal de Justiça da Bahia.
Segundo relatos de funcionários do Fórum, ela havia acabado de chegar ao TJ para acompanhar o andamento de uma ação milionária que uma cliente move na Vara de Família contra o ex-marido Lucas Queiroz Abud quando foi informada de que o representante do empresário se encontrava no local com outros integrantes de sua equipe.
A advogada então correu na direção dele e, ao encontrá-lo, o interpelou diretamente: – Ministro, respeite a minha história e a história de Eugênio Kruchewsky. Respeite os nossos nomes. Somos advogados sérios, não fazemos fraude em processos. É decepcionante saber que um ex-ministro de Justiça atua num processo em que há deliberado ataque à honra dos advogados que defendem a outra parte.
Em seguida, emendou elevando o tom: – A Bahia não precisa de traquino importado. Não venha fazer traquinagem na Bahia. Visivelmente assustado com a abordagem, José Eduardo tentou se defender.
– Eu fui agredido primeiro. Apenas me defendi, afirmou ele, ouvindo de volta de Ana Patrícia: – Como é, ministro? Neste momento, Kruchewski atalhou: – Está confessando, ministro? As publicações contra a gente partiram do senhor?
José Eduardo, então, buscou se explicar: – Da última vez que estive aqui na Bahia, ao chegar em SP, fui surpreendido com uma notícia em que diziam que, “curiosamente, depois do meu ingresso nos processos, sites de Brasília teriam iniciado uma série de matérias contra os advogados Ana Patrícia e Eugênio”. Eu apenas reagi, fui agredido primeiro.
A advogada contra-argumentou, assumindo que tinha atribuído a ele as denúncias apócrifas contra ela e o sócio. – Ministro, não existe anonimato comigo, eu afirmei e reafirmo que, para nossa decepção, após o seu ingresso nos processos, uma série de notícias inverídicas contra mim e Eugênio tiveram início em sites de Brasília.
Sempre segundo testemunhas, demonstrando indignação, ela ainda acrescentou que não era covarde para se esconder atrás da imprensa, que havia ficado decepcionada com o comportamento dos advogados de Lucas Abud e que não tinha motivos para alterar provas.
Para completar, acrescentou que se ele quisesse ganhar a ação contra ela e o sócio, advogasse ‘dentro dos autos’. A situação constrangeu também os funcionários que assistiram ao tenso diálogo e o relataram a este Política Livre.
Lucas Abud constituiu 36 advogados, entre os quais está José Eduardo Cardoso, para se defender da ação milionária movida pela ex-mulher. Neste período, Ana Patrícia e Kruchewski, únicos defensores dela, foram alvo de uma campanha na imprensa, principalmente de Brasília, em que foram acusados de fraudar provas, o que comprovaram ser mentira.
Política Livre
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